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Contundente, sublime, insuperável

São alguns adjetivos que vieram-me para designar a obra-prima que é o artigo publicado pelo jornalista Lúcio Flavio Pinto analisando a (ir)responsabilidade dos dois maiores jornais impresos do Pará.

A nobre causa que o jornalista defende é o respeito ao ser humano e sua dignidade violentamente vilipendiada com a publicação diária de fotos de cadáveres, membros caucinados, closes dantescos e sangue...muito sangue.

No mais espetacular trecho do extraordinário artigo Lucio sapeca: (...) os dois grupos de comunicação aproveitam qualquer possibilidade comercial, indiferentes aos compromissos e responsabilidades para com a opinião pública. Exploram os mais baixos instintos humanos e, ao mesmo tempo, contribuem para que eles se intensifiquem. Dizem-se conseqüência de um mal que estimulam. Tornam-se um elo do ciclo vicioso, que de fato existe, mas não é inevitável.

A íntegra do artigo você pode ler aqui.

O mercado de carne ameaçado por campanhas difamatórias

O jogo pelo domínio do mercado internacional de potreína animal, em especial o mercado de carne vermelha há muito trornou-se uma guerra suja da concorrência e um alerta aos produtores nacionais ao futuro do setor.

Há quase uma década o Brasil se posiciona como maior produtor e exportador mundial de carne e essa vanguarda está sendo "cobrada" com ações que tentam desestabilizar o setor.










❑ Tratores fazem “limpeza” de área de mata derrubada em Alta Floresta, MT, para plantio de pastagem.


A culpa é do boi?

Acusada pela destruição da Amazônia, a pecuária pode enfrentar novas barreiras se não se posicionar corretamente.

O desmatamento da Amazônia – que infelizmente voltou às manchetes dos veículos de comunicação nos últimos meses – pode se transformar na próxima barreira não-tarifária contra a carne brasileira. Mesmo não consumindo um único bife proveniente da Amazônia, os irlandeses utilizaram o desmatamento como munição contra o produto nacional, na campanha “Ban Brazilian Beef” que pressionou a União Européia a decretar embargo ao País, em fevereiro. O tiroteio contra a pecuária bovina acirrou-se também internamente, após a divulgação dos números do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), que indicaram forte avanço sobre a flores- ta entre os meses de agosto e dezembro de 2007. Várias ONGs (organizações não-governamentais) e setores do governo apontaram o boi como principal responsável pela nova onda de destruição.

São ataques contundentes: “a pecuária é o motor do desmatamento”, “a Amazônia está virando bife”, “você já comeu a Amazônia hoje?”, “conexão hambúrguer destrói floresta”, “queimadas para formar pastos aumentam aquecimento global”. Esse processo de quase “satanização” da atividade não deixa dúvidas: a questão ambiental “invadiu a praia” da pecuária e deve ser levada muito a sério pelo produtor. Não apenas para evitar multas cada vez mais pesadas, mas também para preservar a boa imagem de seu negócio. Segundo André Nassar, diretor geral do Icone (Instituto de Estudos do Comércio e Negociações Internacionais), o uso do desmatamento da Amazônia e das queimadas para for- mação de pasto como barreira não tarifária contra a carne brasileira dependerá muito de como o setor se posicionará daqui para frente.
Com Revista DBO

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