A postura do prefeito Cesar Maia diante da epidemia de dengue é mais um indício das mudanças radicais que marcaram a trajetória do alcaide na política. Pessoas que trabalharam e conviveram com ele lembram o homem pró-ativo, que se posicionava diante das situações e não se escondia atrás de e-mails.
– A mudança do prefeito vem acontecendo desde 2003. Ele abandonou as classes média e alta, pois queria os votos da favela. Teve uma visão acomodada, de inércia política, pois achou que o que havia conquistado com a classe média não perderia – opina a vereadora do PV, Aspásia Camargo, ex-aliada. – Na verdade, o blog dele foi uma forma de demissão da gestão da cidade.
Depois de trabalhar diretamente com o prefeito, o ex-secretário municipal de urbanismo Alfredo Sirkis é outra testemunha da metamorfose.
– A mudança foi avassaladora. Costumo dizer que o prefeito está sofrendo da síndrome de Groucho Marx e deve estar pensando: não posso ser prefeito de uma cidade que me elege três vezes.
Paulo Ramos, pré-candidato à prefeitura pelo PDT, partido a qual Maia já foi filiado, acha que falta disposição.
– Ele se cansou de ser prefeito. Não tem mais ânimo para enfrentar os problemas do município.
Para a deputada e também pedetista Cidinha Campos, as mudanças são cada vez mais visíveis.
– Ele é muito mais inteligente do que isso, antes sabia usar a palavra a seu favor, agora só usa contra. Isso não é natural de pessoas saudáveis.
A defesa
Maia se defende, dizendo que com a tecnologia já não é mais tão essencial sair a campo.
– O problema é que o mundo mudou e muitas pessoas não perceberam. Os instrumentos que tínhamos para administrar e governar eram uns e hoje são outros completamente diferentes. Entendo que as pessoas estão acostumadas ao contato físico, mas esse reduz o tempo de trabalho e o alcance das medidas e a amplitude dos canais – respondeu o alcaide...por e- mail..
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Ex-aliados chocados com mudança do prefeito
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Acompanho fatos relevantes a partir de abordagem jornalística, isenta e independente
O Prefeito Sumiu
Onde está você, Cesar Maia?
Marcello Gazzaneo
Reportagem do ‘JB’ procura o prefeito pela cidade, mas só chega até ele pelo e-mail
A estudante Jéssica Rosa de Souza, 19 anos, o construtor civil Adilson Silvestre Affonso, 50, e a dona de casa Patrícia Antunes dos Santos, 27, têm mais em comum do que a sina da espera por atendimento em um hospital da rede municipal. Ontem, enquanto aguardavam por mais de três horas que parentes com suspeita de dengue fossem atendidos, exorcizavam a figura e a postura do prefeito do Rio diante da epidemia da doença na cidade com um única pergunta: onde está Cesar Maia?
– É pouca vergonha demais. Enquanto faltam médicos nos hospitais, o prefeito está escondido no gabinete – desabafa Patrícia, com Paloma, de apenas quatro meses de vida, no colo. – Também é preciso ter coragem para ser prefeito.
Ontem, em mais um dia de rotina desde que os números da dengue começaram a explodir na cidade, Cesar Maia cumpria agenda pré-programada. Desta vez, saiu do seu gabinete, no Centro Administrativo, na Cidade Nova, para os salões do Palácio da Cidade, em Botafogo. Ali, recebeu vereadores, alguns dos futuros secretários municipais e ainda almoçou com oficiais do Comando Militar do Leste (CML).
– Acho essa postura uma covardia. Olha a situação dos hospitais do Rio – diz, indignado, o construtor civil Adilson Affonso, que consolava a mulher, Aneliza Affonso dos Santos, 51, na fila para ser atendida no Hospital Souza Aguiar. – Já que as autoridades não conseguem acabar com o mosquito da dengue, que pelo menos dêem um atendimento decente nos hospitais da cidade.
Em busca do prefeito
A reportagem do JB percorreu ontem os três endereços oficiais do prefeito para saber onde ele cumpriria mais um dia de agenda – em gabinete e dando entrevistas por e-mail. Depois de passar pela Casa da Gávea Pequena, a residência oficial, em São Conrado, e pelo Centro Administrativo, na Cidade Nova, conseguiu localizar Maia no Palácio da Cidade, em Botafogo. Ali, conforme dito pelo próprio prefeito, por e-mail, teve encontros com vereadores e alguns dos novos secretários do município. Depois, almoçou com a cúpula do Comando Militar do Leste (CML).
Também por correio eletrônico, Maia não quis dar detalhes sobre o encontro com os militares, que desde segunda-feira, mantêm hospitais de campanha para atender às vítimas da doença. Mas considera, mais uma vez, que a cidade não vive uma epidemia de dengue. Como tem declarado, diz que ocorreu um "surto epidêmico em Jacarepaguá, não na cidade toda". Além de "surtos no entorno de Manguinhos e de Senador Camará e incidências mais e menos significativas na cidade".
Maia também declara que vem realizando visitas aos hospitais da cidade, mas com agenda fechada, sem divulgação à imprensa. "Se se fala de epidemia na cidade toda, perde-se a prioridade de concentrar serviços nas áreas que precisam mais", completa, por e-mail.
Rio tem quase 35 mil casos
Do mundo virtual do prefeito para a realidade da dengue nos hospitais, a cidade atingiu a marca de 34.284 vítimas da doença, com mais de 1.500 novos casos registrados ontem. Em três unidades de saúde da rede municipal – os Hospitais Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, Miguel Couto, no Leblon, e Souza Aguiar, no Centro – visitados pelo JB, à rotina de espera pelo atendimento se juntava a indignação com a atitude de Cesar Maia.
– Eu só posso pensar que o Cesar Maia está sendo, no mínimo, negligente. E basta olhar para as filas nos hospitais do Rio – resume a estudante Jéssica Rosa de Souza, 19, à espera de atendimento no Souza Aguiar, que já durava duas horas.
A indignação não estava estampada apenas nos rostos de quem tinha esperança de ser atendido. Entre funcionários dos hospitais, a revolta era a mesma.
– Não tenho palavras para falar sobre a postura do prefeito. Diante disso que vemos, é melhor ficar calada – desabafa uma enfermeira, há 25 anos na rede municipal de saúde. – Não é só a população que sofre. Nós, que trabalhamos nos hospitais, também somos vítimas, pois não temos estrutura.
Marcello Gazzaneo
Reportagem do ‘JB’ procura o prefeito pela cidade, mas só chega até ele pelo e-mail
A estudante Jéssica Rosa de Souza, 19 anos, o construtor civil Adilson Silvestre Affonso, 50, e a dona de casa Patrícia Antunes dos Santos, 27, têm mais em comum do que a sina da espera por atendimento em um hospital da rede municipal. Ontem, enquanto aguardavam por mais de três horas que parentes com suspeita de dengue fossem atendidos, exorcizavam a figura e a postura do prefeito do Rio diante da epidemia da doença na cidade com um única pergunta: onde está Cesar Maia?
– É pouca vergonha demais. Enquanto faltam médicos nos hospitais, o prefeito está escondido no gabinete – desabafa Patrícia, com Paloma, de apenas quatro meses de vida, no colo. – Também é preciso ter coragem para ser prefeito.
Ontem, em mais um dia de rotina desde que os números da dengue começaram a explodir na cidade, Cesar Maia cumpria agenda pré-programada. Desta vez, saiu do seu gabinete, no Centro Administrativo, na Cidade Nova, para os salões do Palácio da Cidade, em Botafogo. Ali, recebeu vereadores, alguns dos futuros secretários municipais e ainda almoçou com oficiais do Comando Militar do Leste (CML).
– Acho essa postura uma covardia. Olha a situação dos hospitais do Rio – diz, indignado, o construtor civil Adilson Affonso, que consolava a mulher, Aneliza Affonso dos Santos, 51, na fila para ser atendida no Hospital Souza Aguiar. – Já que as autoridades não conseguem acabar com o mosquito da dengue, que pelo menos dêem um atendimento decente nos hospitais da cidade.
Em busca do prefeito
A reportagem do JB percorreu ontem os três endereços oficiais do prefeito para saber onde ele cumpriria mais um dia de agenda – em gabinete e dando entrevistas por e-mail. Depois de passar pela Casa da Gávea Pequena, a residência oficial, em São Conrado, e pelo Centro Administrativo, na Cidade Nova, conseguiu localizar Maia no Palácio da Cidade, em Botafogo. Ali, conforme dito pelo próprio prefeito, por e-mail, teve encontros com vereadores e alguns dos novos secretários do município. Depois, almoçou com a cúpula do Comando Militar do Leste (CML).
Também por correio eletrônico, Maia não quis dar detalhes sobre o encontro com os militares, que desde segunda-feira, mantêm hospitais de campanha para atender às vítimas da doença. Mas considera, mais uma vez, que a cidade não vive uma epidemia de dengue. Como tem declarado, diz que ocorreu um "surto epidêmico em Jacarepaguá, não na cidade toda". Além de "surtos no entorno de Manguinhos e de Senador Camará e incidências mais e menos significativas na cidade".
Maia também declara que vem realizando visitas aos hospitais da cidade, mas com agenda fechada, sem divulgação à imprensa. "Se se fala de epidemia na cidade toda, perde-se a prioridade de concentrar serviços nas áreas que precisam mais", completa, por e-mail.
Rio tem quase 35 mil casos
Do mundo virtual do prefeito para a realidade da dengue nos hospitais, a cidade atingiu a marca de 34.284 vítimas da doença, com mais de 1.500 novos casos registrados ontem. Em três unidades de saúde da rede municipal – os Hospitais Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, Miguel Couto, no Leblon, e Souza Aguiar, no Centro – visitados pelo JB, à rotina de espera pelo atendimento se juntava a indignação com a atitude de Cesar Maia.
– Eu só posso pensar que o Cesar Maia está sendo, no mínimo, negligente. E basta olhar para as filas nos hospitais do Rio – resume a estudante Jéssica Rosa de Souza, 19, à espera de atendimento no Souza Aguiar, que já durava duas horas.
A indignação não estava estampada apenas nos rostos de quem tinha esperança de ser atendido. Entre funcionários dos hospitais, a revolta era a mesma.
– Não tenho palavras para falar sobre a postura do prefeito. Diante disso que vemos, é melhor ficar calada – desabafa uma enfermeira, há 25 anos na rede municipal de saúde. – Não é só a população que sofre. Nós, que trabalhamos nos hospitais, também somos vítimas, pois não temos estrutura.
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Nem um centavo do Pará para o Memorial da Guerrilha do Araguaia
O governo do Pará, não demonstrou nenhum interessse no projeto de construção do Memorial da Guerrilha do Araguaia.
O Pê Tê paraense, sinalisa que não tem nada com isso.
Guerrilha? Araguaia? Tocantins? Afinal o que diabos é isso? Deve pensar algum dos doutos dirigentes que ora comandam os desígnios dos paraenses, que preferem, claro, insistir de maneira histriônica e dramática que o "goveno da mudança" não reconhece como processo lícito a criação do Estado do Carajás - parte do palco dos acontecimentos da guerilha e movimento natural criado após sentir o gôsto amargo da mão pesada dos milicos.
Belém nem sabe o que é isso. No entanto, os belemenses recrutados para a guerra sabem muito bem o que se passou.
Os belemenses, salvo raras e cada vez mais raras exceções não sabem nem o que é Carajás, Tapajós, Araguia, Tocantins ou Amazonas. Dirá Guerrilha.
Mudou quase nada de lá prá cá.
Continua a região como terra segregada.
Não se retorna nem um terço da arrecadação de 40 municípios que veêm como salvação de seus destinos a separação, e fica tudo por isso mesmo.
Pilantras de todos os matizes chegam a pé, de ônibus, de barco, de trem, de carro próprio, de avião, e lá percebem que o negócio que vale a pena é ser dar bem e as leis que danem-se.
A região é campeã para cima e para baixo em quesitos de arrepiar os mais recônditos pêlos.
O Memorial do Araguaia, no município de Xambioá (TO), projeto oferecido aos mandatários do "governo da mudança", está mais próximo de se tornar realidade no outro lado do Araguaia, no Tocantins. Afinal, o Pará não tem nada a ver com isso.
Já foi publicado, no Diário Oficial da União, a aprovação do projeto pelo Ministério da Cultura, no valor de R$ 2.194.164,25. Os dirigentes do Instituto de Apoio aos Povos do Araguaia (IAPA) comemoram a aprovação.
Além do atrativo de uma região belíssima. Há na área, inscrições ruprestes de civilizações que a milhares de anos desapareceram como por encanto, assim como apareceram.
Nas margensa direita e esquerda do Araguaia, na plotagem onde se deu o conflito armado, há sítios arqueológicos e vestígio da existência de uma civilização avançadíssima e cultora de naves espacias, baste olhar os registros nas pedras, por hora, ainda preservadas.
Houve dificuldades para a captação de recursos pela Lei Rouanet. Até agora não saiu um centavo do governo Lula, o inpirador de plantão do "governo da mudança".
A Lei Rouanet permite que os projetos aprovados pelo Ministério da Cultura recebam patrocínios e doações de pessoas, que poderão abater os benefícios concedidos no Imposto de Renda devido.
O presidente da entidade, Micheas Gomes de Ameida, Zezinho do Araguaia; e a tesoureira, Neuza Rodrigues Lins, primeira camponesa anistiada naquela região, comemoram a aprovação do projeto, mas sabem que ainda tem muita luta pela frente.
Eles são representantes da comunidade que lutam desde 2001 pela construção do memorial. A data coincide com o início das exumações dos guerrilheiros mortos pelos militares na época do regime militar, quando desenvolveram uma resistência armada à ditadura na região do rio Araguaia.
História da guerrilha
O Memorial do Araguaia, que pretende se transformar no cartão postal da cidade, tem por objetivo resgatar o acontecimento histórico brasileiro da Guerrilha do Araguaia, com um espaço adequado para a guarda do acervo histórico, tornando possível o acesso de estudantes, professores, pesquisadores e comunidade em geral a documentos que contam a história da Guerrilha.
O obelisco é de autoria de Oscar Niemeyer e o projeto arquitetônico é de Osvaldo Iamauti.
O projeto inclui também a construção de equipamentos para o desenvolvimento de atividades culturais e educativas para comunidade de Xambioá e cidades vizinhas, mostrando as riquezas da região. ''Será um centro cultural vivo, onde a população vai trabalhar a arte, cultura, ciência e tecnologia'', explica Zezinho, acrescentando que ''Xambioá significa, na língua indígena, pássaro preto veloz''. Segundo ele, existe uma curiosidade grande das pessoas com relação ao nome do município.
As obras, que estavam previstas para início de julho há dois anos atrás e conclusão em fevereiro de 2007, não poderam ser iniciada por falta de recursos. Zezinho garante que ''assim que o dinheiro estiver na conta do Instituto, o cronograma do projeto será cumprido''.
Para manutenção e funcionamento do Memorial, o Instituto pretende assinar convênios com as três esferas do poder público - município, estado e União (o governo do Pará está na pauta, mas nunca demonstrou qualquer interesse de apoio. Ana Júlia, na certa, nunca ouviu falar disso! Será?). O dirigente do IAPA lembra ainda que o memorial terá recursos próprios, advindo dos equipamentos culturais como cinema, teatro, venda de livros etc.
Ajuda no exterior
Para garantir os recursos para construção do Memorial, os integrantes do IAPA, que têm uma história de cinco anos de luta pela construção da obra, estão dispostos a buscar ajuda no exterior. ''Já temos em vistas contatos com o governo italiano, diz Zezinho, considerando a participação do italiano Gian Carlo Castiglia, o Joca, que participou da guerrilha e foi morto pelos militares na região. O italiano faz parte dos heróis da Guerrilha do Araguaia, que será homenageados pelo memorial.
Outro contato previsto é com o governo japonês, que, segundo Zezinho, tem concessão de exploração de minério da Serra de Carajás, região da guerrilha. Leia-se Mitsui, uma das acionistas da Vale. A concessão pelo prazo de 30 anos foi feita no governo José Sarney, na gestão de Shigeaki Ueki como Ministro das Minas e Energia.
Cinco anos de luta
'Quando foram iniciadas as exumações dos corpos dos guerrilheiros mortos no Araguaia, em 2001, a comunidade iniciou uma discussão sobre o desejo de construir um símbolo à vida que eles levavam antes dos militares chegarem na região', conta Zezinho. Ele lembra que foi realizada uma audiência pública na Câmara dos Vereadores de Xambioá, quando foi aprovada a construção do Memorial do Araguaia, que engloba todos os desejos da comunidade da região.
A partir de então, foi criada comissão para formar a entidade jurídica que levaria adiante a idéia. Em janeiro de 2004, foi instituído o IAPA. Antes disso, porém, a comissão encaminhou ao Presidente Lula, por meio do deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), no dia 17 de janeiro de 2003, o pedido de construção do Memorial.
Nesses sete anos, Zezinho -- um dos sobreviventes da guerilha --, destaca que, em meio as questões burocráticas e políticas, a comunidade, por meio da comissão, conseguiu evitar a inundação de 14 municípios, inluindo Xambioá, para construção de uma hidrelétrica na região.
Em seguida, conseguiram a promessa de doação do terreno, pelo prefeito da cidade, Júnior Leite, em 2001. Zezinho lembra que, na época da morte do João Amazonas, as cinzas do líder comunista foram espalhadas nesse local.
No entanto, o memorial não pode ser construído no terreno doado pelo prefeito por que está em litígio. Para não perder o espaço privilegiado, na entrada da cidade, o povo reuniu-se, escolheu outro terreno e o IAPA comprou com recursos particulares do próprio dirigente da entidade.
E o Pará ó! Tá nem aí.
O Pê Tê paraense, sinalisa que não tem nada com isso.
Guerrilha? Araguaia? Tocantins? Afinal o que diabos é isso? Deve pensar algum dos doutos dirigentes que ora comandam os desígnios dos paraenses, que preferem, claro, insistir de maneira histriônica e dramática que o "goveno da mudança" não reconhece como processo lícito a criação do Estado do Carajás - parte do palco dos acontecimentos da guerilha e movimento natural criado após sentir o gôsto amargo da mão pesada dos milicos.
Belém nem sabe o que é isso. No entanto, os belemenses recrutados para a guerra sabem muito bem o que se passou.
Os belemenses, salvo raras e cada vez mais raras exceções não sabem nem o que é Carajás, Tapajós, Araguia, Tocantins ou Amazonas. Dirá Guerrilha.
Mudou quase nada de lá prá cá.
Continua a região como terra segregada.
Não se retorna nem um terço da arrecadação de 40 municípios que veêm como salvação de seus destinos a separação, e fica tudo por isso mesmo.
Pilantras de todos os matizes chegam a pé, de ônibus, de barco, de trem, de carro próprio, de avião, e lá percebem que o negócio que vale a pena é ser dar bem e as leis que danem-se.
A região é campeã para cima e para baixo em quesitos de arrepiar os mais recônditos pêlos.
O Memorial do Araguaia, no município de Xambioá (TO), projeto oferecido aos mandatários do "governo da mudança", está mais próximo de se tornar realidade no outro lado do Araguaia, no Tocantins. Afinal, o Pará não tem nada a ver com isso.
Já foi publicado, no Diário Oficial da União, a aprovação do projeto pelo Ministério da Cultura, no valor de R$ 2.194.164,25. Os dirigentes do Instituto de Apoio aos Povos do Araguaia (IAPA) comemoram a aprovação.
Além do atrativo de uma região belíssima. Há na área, inscrições ruprestes de civilizações que a milhares de anos desapareceram como por encanto, assim como apareceram.
Nas margensa direita e esquerda do Araguaia, na plotagem onde se deu o conflito armado, há sítios arqueológicos e vestígio da existência de uma civilização avançadíssima e cultora de naves espacias, baste olhar os registros nas pedras, por hora, ainda preservadas.
Houve dificuldades para a captação de recursos pela Lei Rouanet. Até agora não saiu um centavo do governo Lula, o inpirador de plantão do "governo da mudança".
A Lei Rouanet permite que os projetos aprovados pelo Ministério da Cultura recebam patrocínios e doações de pessoas, que poderão abater os benefícios concedidos no Imposto de Renda devido.
O presidente da entidade, Micheas Gomes de Ameida, Zezinho do Araguaia; e a tesoureira, Neuza Rodrigues Lins, primeira camponesa anistiada naquela região, comemoram a aprovação do projeto, mas sabem que ainda tem muita luta pela frente.
Eles são representantes da comunidade que lutam desde 2001 pela construção do memorial. A data coincide com o início das exumações dos guerrilheiros mortos pelos militares na época do regime militar, quando desenvolveram uma resistência armada à ditadura na região do rio Araguaia.
História da guerrilha
O Memorial do Araguaia, que pretende se transformar no cartão postal da cidade, tem por objetivo resgatar o acontecimento histórico brasileiro da Guerrilha do Araguaia, com um espaço adequado para a guarda do acervo histórico, tornando possível o acesso de estudantes, professores, pesquisadores e comunidade em geral a documentos que contam a história da Guerrilha.
O obelisco é de autoria de Oscar Niemeyer e o projeto arquitetônico é de Osvaldo Iamauti.
O projeto inclui também a construção de equipamentos para o desenvolvimento de atividades culturais e educativas para comunidade de Xambioá e cidades vizinhas, mostrando as riquezas da região. ''Será um centro cultural vivo, onde a população vai trabalhar a arte, cultura, ciência e tecnologia'', explica Zezinho, acrescentando que ''Xambioá significa, na língua indígena, pássaro preto veloz''. Segundo ele, existe uma curiosidade grande das pessoas com relação ao nome do município.
As obras, que estavam previstas para início de julho há dois anos atrás e conclusão em fevereiro de 2007, não poderam ser iniciada por falta de recursos. Zezinho garante que ''assim que o dinheiro estiver na conta do Instituto, o cronograma do projeto será cumprido''.
Para manutenção e funcionamento do Memorial, o Instituto pretende assinar convênios com as três esferas do poder público - município, estado e União (o governo do Pará está na pauta, mas nunca demonstrou qualquer interesse de apoio. Ana Júlia, na certa, nunca ouviu falar disso! Será?). O dirigente do IAPA lembra ainda que o memorial terá recursos próprios, advindo dos equipamentos culturais como cinema, teatro, venda de livros etc.
Ajuda no exterior
Para garantir os recursos para construção do Memorial, os integrantes do IAPA, que têm uma história de cinco anos de luta pela construção da obra, estão dispostos a buscar ajuda no exterior. ''Já temos em vistas contatos com o governo italiano, diz Zezinho, considerando a participação do italiano Gian Carlo Castiglia, o Joca, que participou da guerrilha e foi morto pelos militares na região. O italiano faz parte dos heróis da Guerrilha do Araguaia, que será homenageados pelo memorial.
Outro contato previsto é com o governo japonês, que, segundo Zezinho, tem concessão de exploração de minério da Serra de Carajás, região da guerrilha. Leia-se Mitsui, uma das acionistas da Vale. A concessão pelo prazo de 30 anos foi feita no governo José Sarney, na gestão de Shigeaki Ueki como Ministro das Minas e Energia.
Cinco anos de luta
'Quando foram iniciadas as exumações dos corpos dos guerrilheiros mortos no Araguaia, em 2001, a comunidade iniciou uma discussão sobre o desejo de construir um símbolo à vida que eles levavam antes dos militares chegarem na região', conta Zezinho. Ele lembra que foi realizada uma audiência pública na Câmara dos Vereadores de Xambioá, quando foi aprovada a construção do Memorial do Araguaia, que engloba todos os desejos da comunidade da região.
A partir de então, foi criada comissão para formar a entidade jurídica que levaria adiante a idéia. Em janeiro de 2004, foi instituído o IAPA. Antes disso, porém, a comissão encaminhou ao Presidente Lula, por meio do deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), no dia 17 de janeiro de 2003, o pedido de construção do Memorial.
Nesses sete anos, Zezinho -- um dos sobreviventes da guerilha --, destaca que, em meio as questões burocráticas e políticas, a comunidade, por meio da comissão, conseguiu evitar a inundação de 14 municípios, inluindo Xambioá, para construção de uma hidrelétrica na região.
Em seguida, conseguiram a promessa de doação do terreno, pelo prefeito da cidade, Júnior Leite, em 2001. Zezinho lembra que, na época da morte do João Amazonas, as cinzas do líder comunista foram espalhadas nesse local.
No entanto, o memorial não pode ser construído no terreno doado pelo prefeito por que está em litígio. Para não perder o espaço privilegiado, na entrada da cidade, o povo reuniu-se, escolheu outro terreno e o IAPA comprou com recursos particulares do próprio dirigente da entidade.
E o Pará ó! Tá nem aí.
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Em tempos de "apagão aéreo" o caos permanece em compasso de espera em Macapá
Viví no Amapá três anos (1976-79). Eram tempos de Território Federal, qualidade de vida espetacular, índices do IDH em patamares acima da média nacional.
É lá, na fronteira Norte, que começa o Brasil na ponta do Oiapoque.
Transformado em Estado junto com seus congêneres: Rondônia, Roraima e Acre na promulgação da Constituinte de 1988, os investimentos despencaram em razão dos cortes de recursos através de transferência direta da União que eram o modelo de então.
Cortes que atingiram em cheio a estrutura aeroportuária do novo Estado. Pior, revelaram péssimos políticos na gestão da coisa pública e eleitos através das urnas.
O aeroporto de Macapá em tempos da metade do século passado, sempre foi o principal elo de ligação do que restou do cordão umbilical que liga o antigo Território ao seu Estado-Mãe: O Pará. A outra são os rios e uma interminável rede de balsas que inviabiliza o incremento dos negócios entres os dois Estados, tornando, portanto, o Amapá, um refém do modal aéreo.
Os jornais e blog's de Macapá destacam que: “as obras do aeroporto de Macapá estão paradas porque o TCU constatou irregularidades na construção com suspeita muito forte de desvio de cerca de 50 milhões de reais e mandou suspender os pagamentos para a empresa, a Gautama, declarada inidônea”. Se pegar esses 50 milhões dá para continuar a construção. Já o superintendente da Infraero no Amapá, Júlio Kenzo afirmou que “a Infraero é uma empresa muito séria”. Então a Gautama também é, e todo mundo está levantando “aleive” - falso testemunho, calúnia, no linguajar amazônico - sobre duas empresas seriíssimas, a pública e a privada. Em tempo: a Infraero está sendo apontada como uma das maiores fontes da corrupção nacional e a Gautama é aquilo que todo mundo está vendo todo dia.
Aguardamos todos, se o Paladino empossado ontem resolverá esse imbróglio que cheira muito mal.
Mais: aguardamos todos se o Estado tem o dinheiro destinado e aprovado no Orçamento Geral da União para a conclusão dessas obras que permite a ponte de Macapá com o restante do país.
- Aliás. Cadê o Sarney heim?
Arrisco um palpite: Muito abalado pela morte do amigão ACM, o senador turista deve está em profunda reflexão, pois que será o próximo da lista para mudar de plano.
- E que seja feita a nossa vontade. Basta!
É lá, na fronteira Norte, que começa o Brasil na ponta do Oiapoque.
Transformado em Estado junto com seus congêneres: Rondônia, Roraima e Acre na promulgação da Constituinte de 1988, os investimentos despencaram em razão dos cortes de recursos através de transferência direta da União que eram o modelo de então.
Cortes que atingiram em cheio a estrutura aeroportuária do novo Estado. Pior, revelaram péssimos políticos na gestão da coisa pública e eleitos através das urnas.
O aeroporto de Macapá em tempos da metade do século passado, sempre foi o principal elo de ligação do que restou do cordão umbilical que liga o antigo Território ao seu Estado-Mãe: O Pará. A outra são os rios e uma interminável rede de balsas que inviabiliza o incremento dos negócios entres os dois Estados, tornando, portanto, o Amapá, um refém do modal aéreo.
Os jornais e blog's de Macapá destacam que: “as obras do aeroporto de Macapá estão paradas porque o TCU constatou irregularidades na construção com suspeita muito forte de desvio de cerca de 50 milhões de reais e mandou suspender os pagamentos para a empresa, a Gautama, declarada inidônea”. Se pegar esses 50 milhões dá para continuar a construção. Já o superintendente da Infraero no Amapá, Júlio Kenzo afirmou que “a Infraero é uma empresa muito séria”. Então a Gautama também é, e todo mundo está levantando “aleive” - falso testemunho, calúnia, no linguajar amazônico - sobre duas empresas seriíssimas, a pública e a privada. Em tempo: a Infraero está sendo apontada como uma das maiores fontes da corrupção nacional e a Gautama é aquilo que todo mundo está vendo todo dia.
Aguardamos todos, se o Paladino empossado ontem resolverá esse imbróglio que cheira muito mal.
Mais: aguardamos todos se o Estado tem o dinheiro destinado e aprovado no Orçamento Geral da União para a conclusão dessas obras que permite a ponte de Macapá com o restante do país.
- Aliás. Cadê o Sarney heim?
Arrisco um palpite: Muito abalado pela morte do amigão ACM, o senador turista deve está em profunda reflexão, pois que será o próximo da lista para mudar de plano.
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