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Deputado Arnaldo Faria de Sá encerra sessão solene em homenagem aos aposentados e pensionistas

Foto: Luiz Alves
















O
SR. PRESIDENTE (Arnaldo Faria de Sá) Agradeço a presença às várias entidades que se deslocaram de seus Estados para virem a Brasília, muitas das quais citamos aqui; ao Senador José Nery; ao Senador Paulo Paim, que neste momento está conversando com o Senador José Sarney para decidirem sobre a votação do veto amanhã; ao Deputado Cleber Verde; ao Clodomil Antonio Orsi; ao Edison Guilherme Haubert; ao Jacy Afonso de Melo; à Maria Aparecida Romeiro.

Foto: Rodolfo Stuckert
















Na verdade, essa nossa luta é difícil. Sabemos que muito do que foi conseguido na época da Constituinte decorreu da pressão de várias entidades, capitaneadas pela COBAP, o que nos permitiu escrever um capítulo inteiro sobre previdência e assistência social na Constituição.

Por 2 vezes, governos sucessivos tentaram desmontar o art. 195 da Constituição, mas a luta das entidades sociais, também capitaneadas pela COBAP, impediu que isso acontecesse.

Tenho certeza de que agora a COBAP, coordenando todas as federações de aposentados nos Estados, estará presente nessa luta de pressão para que possamos votar o PL nº 1, o projeto de recuperação das perdas e possamos acabar com o fator previdenciário. Há também aquele projeto que derruba os vetos.

Conseguiu alguma novidade, Senador Paulo Paim? (Pausa.)
O Senador José Sarney pediu que fôssemos em comissão conversar com S.Exa. Estou combinando com o Senador Paulo Paim para tomarmos essa providência.
Cumprimento todos vocês, que deveriam estar descansando, deveriam estar no seu lazer, na sua atividade natural com a família. Muitos se deslocaram a Brasília sem condições financeiras, muitos de vocês, não tendo nem condições para comprar remédio e alimentação, estão aqui.

Neste momento, lembro uma frase que é extremamente importante, da música de Geraldo Vandré: Quem sabe faz a hora não espera acontecer.
Vamos à luta, aposentados e pensionistas! (Palmas.)

O SR. PRESIDENTE (Arnaldo Faria de Sá) - Nada mais havendo a tratar, vou encerrar a sessão.

O SR. PRESIDENTE (Arnaldo Faria de Sá) - Está encerrada a sessão.

(Encerra-se a sessão às 13 horas e 22 minutos.)

Aposentado canta música de protesto em defesa da categoria

Foto: Rodolfo Stuckert
















O
SR. PRESIDENTE (Arnaldo Faria de Sá) - Chamo o Marcelino Sertanejo para apresentar uma música a todos os aposentados e pensionistas. (Palmas.)

O SR. MARCELINO SERTANEJO - Boa tarde, Srs. Deputados. Deixo o meu abraço e o meu carinho a essa plateia maravilhosa.

















Sou da Zona da Mata, em Minas Gerais, e moro no Vale do Paraíba. Também sou aposentado com 1 salário mínimo, tenho esposa e 3 filhos e sou um artista. Estou muito orgulhoso de estar aqui.

Vou cantar uma música intitulada Meu Presente, que escrevi em homenagem às mães ela vale também para os homens, porque eles também são mães juntamente com as mulheres deste Brasil.

(É executada a música Meu Presente..)


O SR. MARCELINO SERTANEJO - Alô, Brasil! Alô, São José dos Campos! Alô,Minas Gerais! Alô, São Paulo! Alô, Brasília!

COBAP vai aguardar audiência com presidentes da Câmara e do Senado

Fotos: Ag. Câmara
















O SR. PRESIDENTE (Arnaldo Faria de Sá) - Para encerrar a sessão, concedo a palavra ao Presidente da COBAP, Warley Martins. (Palmas.)
























O SR. WARLEY MARTINS GONÇALLES - Eu queria agradecer ao Senador Paulo Paim, ao nosso Deputado Arnaldo Faria de Sá, ao Cleber e a toda a Mesa.

















Queria agradecer aos nossos parceiros que estão nesse movimento conosco, ao meu amigo José Augusto, da Confederação Nacional, ao tesoureiro da CUT e a todo o pessoal — não me lembro o nome de todos — , porque isso é muito importante para nós.

















Queria dizer ao nobre Deputado que falou agora que nós não vamos a lugar nenhum, nós vamos esperar que eles venham aqui atender a gente. Essa é a nossa meta. (Palmas.) Vamos estar aqui. Vamos esperar que eles venham conversar com a gente — os dois, o Presidente do Senado e o Presidente da Câmara.

















Nós, aposentados e pensionistas — e falo em nome de todos os aposentados e pensionistas — , nosso querido Senador, nosso querido Arnaldo Faria de Sá, Cleber Verde, vamos ficar aqui. Nós nem vamos sair para comer, porque já trouxemos a nossa quentinha. Vamos ficar aqui, aguardando que os Deputados venham atender aos aposentados e pensionistas. É isso o que nós vamos fazer.

















Queremos que a Senadora venha nos atender. Não importa que S.Exa. esteja lá em Santa Catarina, nós esperaremos porque não temos pressa.

















Aguardaremos até que S.Exa. venha aqui, falar com os aposentados.

Essa é a luta dos aposentados e pensionistas. Estamos aqui, hoje, aguardando uma resposta, pois queremos que seja votado amanhã. E queremos ver a cara daqueles Deputados que votarão contra nós. Vamos aguardar.

















Então, peço aos nossos queridos aposentados que saíram e esvaziaram o plenário que voltem, não fiquem lá fora. Estou vendo que há pessoas lá fora, por isso peço-lhes que voltem porque, daqui a pouco, quem saiu não mais entrará porque eles não deixarão.

Temos o Deputado Arnaldo Faria de Sá, que é o nosso Deputado, temos o nosso Senador, temos o Deputado Cleber Verde, que já prometeu ficar conosco. Vamos ficar aqui e temos o apoio de várias centrais e entidades.

Anteriormente, já comunicamos que ficaremos até amanhã, às 18h, se ninguém nos receber. (Muito bem. Palmas.) Vamos ficar aqui dentro.
Muito obrigado e vamos ficar aqui, aguardando.
Até mais tarde.

Serventuários criticam política do governo em desfavor dos aposentados

Fotos: AG. Câmara.
















O
SR. PRESIDENTE (Arnaldo Faria de Sá) - Concedo a palavra a Clodomil Antonio Orsi, representando os serventuários da Justiça do Brasil.

O SR. CLODOMIL ANTONIO ORSI - Sr. Presidente Arnaldo Faria de Sá, Senador Paim, companheiras e companheiros aposentados, como eu, que desde 1988 busco, como vocês, dentro do serviço público, a dignidade para nós, aposentados.

Tenho vergonha de dizer que, já há 21 anos aposentado, continuo contribuindo com 11% do meu salário para o Governo do Estado. O nosso lema dentro da nossa entidade é um só: acreditar sempre e nunca, nunca desistir.


















Graças a Arnaldo Faria de Sá, que nos tem atendido, que nos tem compreendido, temos batido de frente com o Presidente da Casa da Justiça de São Paulo, um Poder que deveria ser independente, mas não o é, quando é para atender a eles, que têm os cargos de Estado. Nós, funcionários, somos exatamente como vocês, operários do Tribunal de Justiça de São Paulo.

Vim de São Paulo, estou aqui com vocês, aceitando o convite de Arnaldo, para batalhar e continuar batalhando por todos os aposentados. Tenho meus filhos que trabalham; uma que não se aposenta, a mais velha, por causa da insalubridade, e outros 2 que estão a caminho da aposentadoria também. É por isso que luto por todos vocês, por mim e por minha categoria.

Parabéns a vocês pela luta, por essa união que estou vendo neste plenário.
Muito obrigado, Arnaldo. Muito obrigado a todos. (Palmas.)

Senador José Nery defende reajuste de 16% para todos os aposentados

Foto: Ag. Senado.























O SR. PRESIDENTE (Arnaldo Faria de Sá) - Concedo a palavra ao Senador José Nery. S.Exa. dispõe de 5 minutos.

Ao final, teremos a apresentação do Marcelino Sertanejo, que cantará em homenagem a todos os aposentados.

O SR. JOSÉ NERY - Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, Senador Paulo Paim, representantes das diversas organizações de aposentados brasileiros aqui presentes, um abraço especial a todos os aposentados, pensionistas e sindicalistas que vieram do Brasil inteiro para participar desta sessão especial da Câmara dos Deputados, agora transformada em Comissão Geral, para que também nós da Casa co-irmã, por iniciativa do Deputado Arnaldo Faria de Sá, e os convidados desta sessão especial possamos aqui falar.

Quero, em primeiro lugar, em nome do Partido Socialismo e Liberdade, manifestar a nossa solidariedade e o nosso apoio à luta, à causa dos aposentados e pensionistas brasileiros.

Vocês sabem que essa questão é muito polêmica e muito grave, porque foi o debate sobre a reforma da Previdência, em 2003, que levou à expulsão do Partido dos Trabalhadores da ex-Senadora Heloísa Helena, hoje Vereadora em Maceió, porque S.Exa. se manteve fiel à história e ao compromisso inarredável da defesa dos interesses dos trabalhadores, em especial do direito à aposentadoria digna para todos os trabalhadores brasileiros. (Palmas.)

Por isso, a nossa luta no Partido Socialismo e Liberdade, junto com todos os outros partidos, que estão abarcando, com o coração, com a alma, o compromisso de não permitir que o Parlamento sepulte o sonho, o desejo, a vontade de cada umae de cada um por este Brasil inteiro. São quase 25 milhões de aposentados e pensionistas que não podem ficar esperando os acordos de quem quer que seja para, no Plenário do Congresso Nacional, derrubar o veto do Presidente da República e garantir o reajuste a todos os aposentados do nosso País. (Palmas.)

Foto: Rodolfo Stuckert
















Eu queria ver, se estivesse em discussão aqui um veto relacionado à prorrogação ou negociação de setores que têm peso na economia nacional, como o setor dos ruralistas, se estariam criando a dificuldade que estão criando para que amanhã, dia 26, como foi o compromisso expresso na semana passada, no dia 13, em sessão do Congresso Nacional, seja apreciado pelo Plenário do Congresso o veto do Presidente ao reajuste de 16% para todos os aposentados. Eu queria ver se estariam engendrando as manobras que estão aí para tentar adiar a votação que deve acontecer no dia de amanhã.

Por isso, quero lamentar e dizer que o requerimento aprovado no Plenário do Senado, que pede o adiamento da sessão que apreciará o veto amanhã, respeitando a iniciativa, não pode ser considerado, porque foi do Congresso Nacional a decisão de fazer, amanhã, a votação e, possivelmente, com o apoio dos Srs. Parlamentares, derrubar o veto.

Não foi decisão nem da Câmara nem do Senado, isoladamente. Portanto, só o Plenário do Congresso poderia apreciar um veto sugerindo o adiamento da votação.

Não procede, portanto, a orientação daquele requerimento aprovado no plenário do Senado Federal.

É lamentável que essa votação, que esperamos que seja amanhã, ainda se dê sob a forma do voto secreto. E o Senador Paulo Paim não é apenas o autor das leis para garantir a recomposição do salário mínimo, mas é, entre nós, o mais destacado; é um Parlamentar brasileiro, como costumo dizer a S.Exa., que orgulha não só o Rio Grande do Sul, mas todos os brasileiros, por sua coerência, sua ética, sua vontade. (Palmas.) Em um momento como este, S.Exa. é também autor do projeto de lei para acabar com a votação secreta, a fim de que nenhum de nós possa se esconder atrás do voto secreto, muitas vezes para votar contra o direito dos trabalhadores. (Muito bem! Palmas.)

É preciso não só acabar com o voto secreto. É preciso aprovar a recomposição dos salários dos aposentados e pensionistas; aprovar, como o Senado já fez, o fim do fator previdenciário, essa regra perversa, que retira e confisca pelo menos 40% do salário dos trabalhadores na hora de se aposentarem; aprovar a recomposição dos salários tendo como patamar os salários mínimos no período em que eles foram concedidos.

Por isso, Deputado Arnaldo Faria de Sá, temos essa obrigação, se os aposentados assim decidirem. E, como convocou o Senador Paulo Paim, estamos prontos, como estivemos nas outras vigílias em defesa dos aposentados, no plenário do Senado, a noite inteira, e na semana passada, em defesa da Amazônia. Estaremos aqui com vocês até o dia amanhecer, até as 9 horas da manhã, na sessão do Congresso, para derrubar o veto e aprovar o direito dos aposentados brasileiros.

Viva a luta, a vitória e a organização de todos os brasileiros, das aposentadas e dos aposentados! Um grande abraço a todos. (Palmas.)

CUT apóia mobilização em defesa dos aposentados e pensionistas

Foto: Ag. Câmara.















O
SR. PRESIDENTE (Arnaldo Faria de Sá) - Concedo a palavra ao Sr. Jacy Afonso, representante da CUT, por 2 minutos. (Palmas.)

O SR. JACY AFONSO DE MELO - Presidente, Deputado Arnaldo Faria de Sá, companheiro e amigo; Varlei Martins, Presidente da Confederação dos Aposentados e Pensionistas de Catanduva, em nome de quem cumprimento todos os aposentados, pensionistas, militantes, trabalhadores da ativa, sindicalistas, Senador Paulo Paim, fundador da Central Única dos Trabalhadores, que, quando eleito Deputado Constituinte pelo Rio Grande do Sul, exercia o cargo de Secretário Geral da CUT.

O Senador Paulo Paim foi sempre um grande batalhador na luta pelo salário mínimo que hoje é uma conquista para os trabalhadores. Todas as centrais sindicais, a partir de 2004, promovem uma marcha no mês de dezembro. Estamos negociando com o Governo e esperamos que....

O SR. PRESIDENTE (Arnaldo Faria de Sá) - Há orador na tribuna.

O SR. JACY AFONSO DE MELO - ...o Congresso aprove, além da PEC do Senador Paulo Paim, uma política permanente para o salário mínimo, neste País, de modo que a situação não mude a cada ano.

Isso é importante, porque, neste ano, o PIB vai serábem menor e, se essa lei não for aprovada, em 1º de janeiro, quando será feito o reajuste do salário mínimo, como consequência da crise financeira e do PIB menor, o valor do salário mínimo será prejudicado, pois, de acordo com a lei, a base é o PIB de 2008 e não o PIB de 2009. É importante que esse projeto seja aprovado.

A Central Única dos Trabalhadores, por meio de seus dirigentes, — estão aqui presentes Luiz Epaminondas, Presidente do SINTAP, e representantes de outras centrais sindicais, Luiz Cláudio Marcolino, Presidente do Sindicato dos Bancários, solidários ao movimento dos aposentados, estaremos aqui em vigília, se assim os companheiros decidirem.

A Central Única dos Trabalhadores, aqui no Distrito Federal, nasceu junto com o companheiro Adelino Cassis, que foi o fundador da CUT e um dos baluartes da Luta dos 147%, que o Fernando Collor tentou confiscar dos aposentados.
Sr. Presidente, eu não podia deixar de registrar a brava e heróica luta do companheiro Adelino Cassis, a favor dos demais aposentados do País.
Muito obrigado. (Palmas.)

APAMPESP manifesta apoio aos aposentados e pensionistas

Foto: Ag. Câmara.
























O
SR. PRESIDENTE (Arnaldo Faria de Sá) - Concedo a palavra, por 2 minutos, à Sra. Maria Aparecida Romeiro Leal, representante da APAMPESP, que falará em nome de todas as mulheres presentes.

A SRA. MARIA APARECIDA ROMEIRO LEAL - Sr. Presidente, Srs. Parlamentares, aposentados de todo o Brasil, do INSS e do serviço público.
Na qualidade de professora aposentada do magistério público do Estado de São Paulo, represento a Associação dos Professores Aposentados do Magistério Público do Estado de São Paulo, APAMPESP.

Nesta oportunidade dirijo-me a todos vocês para, primeiramente, agradecer em especial ao Deputado Arnaldo Faria de Sá, que requereu a realização desta linda festa, e pelo trabalho ininterrupto e eficaz que realiza em favor dos aposentados.

Quero falar da também difícil situação do professor aposentado no Estado de São Paulo. Nossos governantes, ao longo dos anos, vêm concedendo gratificações e bônus que não são repassados para os professores aposentados e, com isso, os salários vão sendo cada vez mais achatados. Alguns colegas não podem mais pagar plano de saúde, porque o salário não dá. E, não temos nenhum aceno do Governo. Digo sempre aos colegas que os nossos governantes querem que os aposentados morram, para poderem zerar a Previdência.

Conto com vocês. Agradeço a todos a oportunidade, ao Deputado Arnaldo Faria de Sá e trago, da nossa Associação, o nosso agradecimento por tudo o que tem feito por nós, por todos os aposentados do INSS e do serviço público. Muito agradecida. (Palmas.)

MOZAP se pronuncia sobre o Dia Nacional dos Aposentados

Foto: Ag. Câmara.
















O
SR. PRESIDENTE (Arnaldo Faria de Sá) - Com a palavra o Sr. Edson Haubert, Presidente do MOZAP, por 2 minutos.

Informo que faltam 12 oradores para concluirmos a sessão. Depois ela será encerrada.

O SR. EDSON GUILHERME HAUBERT - Sr. Presidente desta sessão solene, Deputado Arnaldo Faria de Sá, Sr. Senador Paulo Paim, Sr. Senador José Nery, demais autoridades, senhoras e senhores aposentados e pensionistas, nós, aposentados e pensionistas, do serviço público brasileiro, e também servidores ativos, estamos aqui para declarar nossa inteira solidariedade e concordância com essa luta de vocês, que também é nossa.

Quero declarar que participaremos da vigília, lembrando que nós servidores aposentados e pensionistas do serviço público brasileiro temos também as nossas questões na Casa. Há a PEC nº 555, que revoga a famigerada contribuição para aposentados e pensionistas, impingida pela Reforma da Previdência; há uma denúncia na OEA, também fazendo a mesma reclamação e solicitando reparação.

Solicito a todos os servidores públicos aposentados e pensionistas que estejamos irmanados nessa luta, que também é nossa, porque temos pais, mães e irmãos que dependem do salário pago pela Previdência Social.
Portanto a nossa solidariedade a todos vocês.
Nossos agradecimentos à Mesa Diretora e à Presidência da Câmara.
Estejamos irmanados porque unidos jamais seremos vencidos.
Muito obrigado. (Palmas.)

Sessão vira Comissão Geral

















O
SR. PRESIDENTE (Arnaldo Faria de Sá) - A partir de agora, transformo esta sessão em Comissão Geral.


O deputado transformou a sessão solene em homenagem aos Dias Nacional dos Aposentados e Pensionistas em Comissão Geral com o objetivo de poder franquear a palabvra aos senadores presentes à sessão, de acordo com o que determina o Regimento Interno da Câmara dos Deputados

Deputado Paes de Lira defende aposentadorias dos PM´s

Foto: Ag. Câmara.

















O SR. PRESIDENTE (Arnaldo Faria de Sá) - Tem a palavra o Deputado Paes de Lira, pelo PTC.

O SR. PAES DE LIRA (Bloco/PTC-SP. Sem revisão do orador.) - Exmo. Sr. Deputado Arnaldo Faria de Sá, Presidente desta sessão solene, Exmo. Sr. Senador Paulo Paim, paladino dos aposentados, Exmo. Sr. Warley Martins Gonçalles, Presidente da COBAP, em cuja pessoa eu cumprimento todos os lutadores aposentados, homens e mulheres, dignos trabalhadores do Brasil, aqui presentes para lutar pelos seus direitos e pressionar legitimamente esta Câmara dos Deputados e o Senado da República.

Amigos, o que nós vemos acontecer com os aposentados e pensionistas do Brasil é muito parecido com o que eu testemunhei na Polícia Militar do Estado de São Paulo.

Lá pelos idos de 1988, após várias conquistas salariais, especialmente devidas à compreensão do Governador Franco Montoro, os patamares salariais da Polícia Militar atingiram uma certa dignidade, a tal ponto que era possível aos sargentos aspirar chegar ao tempo de passarem para a inatividade, ou para a reforma, com vencimentos próximos aos dos oficiais, dos tenentes; e aos cabos e soldados, com vencimentos próximos aos dos sargentos antigos. Os oficiais tinham um patamar razoável.

















Mas o que fez o Governo do Estado de São Paulo a partir da sucessão de Franco Montoro? Não queria mais manter essa folha salarial. Outros projetos pareciam ao Governo politicamente muito mais importantes, e eles demandavam o dinheiro dos vencimentos dos policiais militares, ativos e inativos, bem como dos servidores públicos em geral.

Começaram então a aprovar leis complementares que obrigavam o pessoal ativo e inativo a optar pela nova norma, caso não quisesse ficar a pão e água, no molde antigo. Todos, para evitar esse perigo, cederam à pressão.

Perderam muito, ano após ano. E esse processo foi se repetindo.
Quando as leis complementares não foram mais suficientes, o Governo idealizou emendas constitucionais, que fez aprovar na Assembléia Legislativa de São Paulo, prejudicando ainda mais aqueles que estavam um pouquinho mais bem aquinhoados salarialmente. Achataram a escala salarial. Reduziram-na a tal ponto, que, em 8 anos aproximadamente, o patamar salarial dos policiais militares caiu aos níveis de antes do Governo Franco Montoro. Isso foi conseguido metódica e maquiavelicamente, num processo que idealizou um verdadeiro furor legislativo contra os trabalhadores, no caso específico os da Polícia Militar.

Com os aposentados o que foi que aconteceu? Primeiro, a extinção da aposentadoria integral, com adoção da média do último período de trabalho. Depois, o aumento do tempo de contribuição, que continua mudando, porque cada vez mais se idealizam modos diferentes de aumentá-lo. Em seguida, a elevação da idade mínima, primeiro neste patamar, depois naquele, subindo sabe-se lá até quando. Depois o famoso fator previdenciário e aquelas fórmulas maravilhosas que nunca ajudam, só prejudicam o interesse dos aposentados. E, finalmente, o reajuste dos vencimentos sistematicamente em percentuais inferiores aos do salário mínimo.

Qual é o propósito disso? Ora, como disse o Deputado Arnaldo Faria de Sá, o propósito é que todos os benefícios sejam achatados, até chegarem ao patamar do salário mínimo. O propósito do Governo e nessa questão não há diferença entre este Governo e o Governo passado é reduzir os vencimentos dos aposentados até o nível do salário mínimo.

















Vale a pena lutar contra isso. Vale a pena lutar contra essa injustiça. Onde vão parar? Qual será o próximo passo do Governo? O Governo fala na saúde financeira da previdência, fala na saúde atuarial da previdência belo termo!, mas ninguém se lembra da saúde do aposentado, que precisa de remédios nessa fase da vida. (Palmas.)

Alegam que os trabalhadores ativos não aguentam mais o ônus de sustentar o aposentado. Como assim, se o aposentado foi quem até agora produziu a riqueza nacional, se é graças ao aposentado que hoje há empregos para os que estão na ativa? O aposentado chegou a este momento da vida por mérito, por ter trabalhado mais de 35 anos.

Recentemente, emenda apresentada a uma medida provisória foi votada e rejeitada nesta Casa em votação simbólica das Lideranças. Às vezes o discurso que se faz na tribuna não se traduz no momento da votação.

Especialmente quando a votação é simbólica, os partidos acabam votando contra o interesse dos aposentados.

Declarei meu voto naquela ocasião, um voto contra a orientação do meu bloco e em favor dos aposentados. Espero que quando votarmos a derrubada do veto à Medida Provisória nº 288, de 2006, embora a votação seja secreta, todos os Deputados se sintam na obrigação de mostrar o seu voto para a câmera (palmas), todos se sintam na obrigação de pegar a cédula eleitoral e exibir seu voto para as câmeras da TV Câmara, porque, ampliando-se a imagem, é perfeitamente possível verificar como foi o voto dele. Esse é o desafio. Eu o farei. Assim como declarei o meu voto, eu o farei, e espero que todos os Parlamentares desta Casa façam o mesmo.

Em essência, essa é uma luta do País, não só das senhoras e dos senhores, mas dos seus filhos e pelo respeito e pela dignidade dos futuros aposentados, porque os que trabalham hoje são os aposentados de amanhã.
Deus proteja a todos. (Palmas.)

Deputado Acélio Casagranse adere em defesa dos aposentados

Foto: Ag. Câmara.















O SR. PRESIDENTE (Arnaldo Faria de Sá) - O último orador inscrito é o Coronel Deputado Paes de Lira.

Enquanto S.Exa. se dirige à tribuna, concedo a palavra ao Deputado Acélio Casagrande, por 1 minuto.

O SR. ACÉLIO CASAGRANDE (Bloco/PMDB-SC. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srs. Senadores, Srs. Deputados, todos os Deputados Federais e Senadores deveriam levar para casa a foto daquela senhora que entrou hoje na igreja no horário da missa a que assistimos, às 9h da manhã, aquela senhora de 92 anos que entregou a Constituição Federal no ofertório.

Quero que o rosto dessa senhora entre nos lares dos nossos colegas Parlamentares, Deputados Federais e Senadores. Temos de ter compromisso com a Nação quando nos elegemos para ser representantes desse povo que precisa do nosso apoio, da nossa dedicação. Nós nos elegemos para representá-los. (Palmas.)

Acho importante a vigília, mas a maior vigília que temos de fazer deve atingir os Deputados e Senadores que, depois de eleitos, agora podem trancar a pauta, ou mesmo não querer votar amanhã o veto, como está previsto.

Venho lá de Santa Catarina, da cidade de Criciúma, dizer nesta segunda-feira que nós temos de ter compromisso com os que tanto suaram a camisa, e que hoje precisam comprar seus medicamentos, para sobreviver com um pouquinho de dignidade.

Meus amigos aposentados e pensionistas, contem conosco nessa luta. Vamos nos aliar ao nosso Deputado Arnaldo Faria de Sá e ao Senador Paulo Paim nessa causa justa que é de todos.
Obrigado. (Palmas.)

Deputado Cleber Verde em defesa dos aposentados e pensionistas

Fotos: Ag. Câmara.
















O
SR. PRESIDENTE (Arnaldo Faria de Sá) - Como penúltimo orador inscrito, concedo a palavra ao Deputado Cleber Verde, pelo PRB, que tem feito um trabalho muito grande em parceria conosco no sentido de valorizar a situação de aposentados e pensionistas. A Frente Parlamentar tem feito um trabalho muito bom coordenado por S.Exa.

















O SR. CLEBER VERDE (Bloco/PRB-MA. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Deputado Arnaldo Faria de Sá, Sr. Senador Paulo Paim, Presidente Warley, na pessoa de quem cumprimento os demais membros da Mesa e todos os representantes de Federação, Associação em defesa dos aposentados em nosso País, meus cumprimentos.

Sr. Presidente, inicialmente, parabenizo V.Exa. pela iniciativa desta sessão solene. Venho do Estado do Maranhão com a consciência voltada para o entendimento do que dizia Rui Barbosa de que não hánada mais relevante para a vida social do que a formação do sentimento de justiça. E, nesse sentido, ao chegar a esta Casa, no exercício do meu primeiro mandato, fiz questão de, primeiro, junto com V.Exa., com o Senador Paulo Paim, com o Deputado Júlio Delgado, e centenas de outros Deputados, organizar a Frente Parlamentar em Defesa dos Aposentados e Pensionistas do nosso País.

Imbuído da minha missão aqui nesta Casa, representante do Parlamento brasileiro, aproveitei para apresentar centenas de projetos de lei complementares para corrigir distorções e, obviamente, suprir a lacuna de leis que, por ventura, não venham a atender os interesses da sociedade brasileira.
Nesse sentido, dos mais de 300 projetos que protocolei, quero aqui, citar, por exemplo, um requerimento de indicação com um anteprojeto que foi encaminhado ao Presidente da República e que jáse encontra, inclusive, no gabinete da Ministra Dilma Rousseff. Este anteprojeto propõe a aposentadoria especial para servidores públicos que trabalham expostos a fatores de risco.

Não apresentei projeto, encaminhei requerimento de indicação com o anteprojeto porque é matéria exclusiva da Presidência da República.
Os servidores públicos, para obterem esse direito, buscam o mandado de injunção, que é exatamente um instrumento legal, o remédio jurídico para, na ausência de lei, ingressarem na Justiça para buscar a garantia desse direito.

Portanto, os servidores públicos, mais do que nunca, merecem que a Presidência da República encaminhe para apreciação desta Casa o projeto que vai garantir aposentadoria especial aos servidores públicos do nosso País.
Com autorização da Presidência, concedo um aparte ao eminente Deputado Rodrigo Rollemberg, do Distrito Federal. (Palmas.)

O Sr. Rodrigo Rollemberg - Presidente Arnaldo Faria de Sá, Senador Paulo Paim, na pessoa de quem cumprimento os membros da Mesa, Deputado Cleber Verde, cumprimento também os companheiras e companheiros aposentados, que nos honram com sua presença nesta Casa. Como é bonito ver, em uma segunda-feira pela manhã, este plenário completamente lotado por cidadãos brasileiros que vêm aqui reivindicar os seus direitos. A Liderança do PSB já teve oportunidade de se pronunciar através do Deputado Júlio Delgado. Nós temos muito claro que a aposentadoria digna é uma forma de promover a distribuição de renda e a justiça social. Portanto, nós do Partido Socialista Brasileiro, estamos solidários com essa luta. Queremos também apoiar que se coloque em votação o veto relativo aos aposentados na próxima sessão para que possamos apreciá-lo. O fato é que o Congresso não pode ficar tanto tempo sem apreciar os vetos do Presidente da República. É importante que o Congresso possa se decidir sobre isso. Portanto, Presidente Deputado Arnaldo Faria de Sá, Deputado Cleber Verde, deixo aqui a minha solidariedade, a solidariedade da bancada do Partido Socialista Brasileiro à luta de todas aposentadas e aposentados brasileiros. Muito obrigado. (Palmas.)

O SR. CLEBER VERDE - Muito obrigado, Deputado. Faço questão de incorporar vosso pronunciamento ao nosso discurso.

Da mesma forma, Presidente, encaminhei indicação através de requerimento, considerando que também é matéria exclusiva da Presidência, para a aposentadoria especial aos servidores públicos deficientes físicos.
E foi retirado dos garimpeiros a aposentadoria a que faziam jus. Esses homens e mulheres que trabalharam no garimpo se aposentavam como lavradores e pescadores, sem contribuir, apenas comprovando atividade.

Estamos retornando essa discussão ao emendar o Estatuto do Garimpeiro.

Da mesma maneira, há um projeto de nossa autoria, que tramita e está bem avançado, para atender os interesses de milhões de brasileiros que se aposentaram de forma proporcional ou mesmo integral, mas que, por conta de uma renda reduzida, voltam ao mercado de trabalho.

Eu me refiro, Sr. Presidente, ao instituto da desaposentação, isto é,que seja permitido ao trabalhador aposentado que continua trabalhando e que paga seus tributos — são milhares de casos País afora — , com a aprovação e sanção deste projeto, renunciar a sua aposentadoria proporcional e acrescentar esse benefício, o tempo trabalhado, após a jubilação, após a aposentadoria.

Acho que isso é justiça social, na medida em que se trata de dar garantias a homens e mulheres que continuam trabalhando, que não têm mais o pecúlio ou qualquer outro benefício, que continuam pagando ao INSS, devolvendo ao Governo seus tributos. Esperamos, portanto, que o Governo possa permitir a esses homens e mulheres renunciar a sua aposentadoria, seja ela proporcional, seja ela integral, e complementá-la com o tempo trabalhado após sua aposentadoria.

Sr. Presidente, quero, neste ponto, abordar o que entendo ser hoje a agenda positiva em favor dos aposentados, que já está praticamente pronta para ser votada. Vou me referir a 2 temas, um dos quais é o fator previdenciário.

O fator previdenciário, por nós tão bem conhecido, em seu cálculo pontua o tempo de contribuição e a expectativa de vida. A alíquota chamada de A, de 0,31%, empregada no cálculo do fator, corresponde aos 11% da contribuição do trabalhador somados aos 20% do empregador. Esse percentual de 0,31% é decisivo para a redução do benefício, por exemplo, no ato de aposentadoria por tempo de contribuição. No caso do homem, o benefício, no ato de sua concessão, ao se aplicar o fator previdenciário, sofre uma redução, aproximadamente, de 30% de seu benefício.

Por que não dar um benefício maior a ele? Em vez de 0,31, por que não aplicarmos o fator 0,41? Assim estaremos dando um ganho real a esse trabalhador. Se querem manter o fator previdenciário, é muito simples, basta aumentar alíquota, de 0,31 para 0,41. Vou sugerir isso como proposta ao Deputado Pepe Vargas, em nome da Frente, para que ele a incorpore ao seu relatório.

Sr. Presidente, poderíamos, por exemplo, apreciar o Projeto de Lei nº 1 de 2007, que estápronto para votação e corrige o salário mínimo. Emenda do Senador Paulo Paim garante o mesmo índice de reajuste para aposentadorias e pensões. Só este ano, os aposentados que ganham acima do mínimo sofreram uma defasagem de aproximadamente 7%.

Vou dar como exemplo o caso da mãe do Deputado Pedro Fernandes. Ontem eu conversei com sua irmã, que me pediu que citasse o exemplo. Aquela senhora hoje deveria ganhar 3 mil reais, no entanto seu salário não passa de 1 mil reais. Por quê? Porque a correção não acompanha o índice aplicado sobre o salário mínimo. Essa disparidade vem prejudicando muito o poder de compra dos nossos aposentados.

Sr. Presidente, como muito bem disse o Deputado que me antecedeu, os aposentados precisam ser respeitados, precisam merecer o respeito desta Casa. Mas o que se vê éque os projetos de interesse dos aposentados são sistematicamente retirados de pauta, não sendo apreciados com a mesma importância das demais matérias.

Presidente Warley, Deputado Arnaldo Faria de Sá, Senador Paulo Paim, Deputados e Senadores, conscientes de que somente a pressão que vem de fora faz as coisas acontecerem nesta Casa, vamos ouvir a manifestação do povo brasileiro. (Palmas.) Em nome dessa pressão, eu queria convidá-los a fazer essa vigília, por uma tarde, por 1 dia, por 2 dias. Quem vai decidir isso é a direção desta Casa, em negociação com os dirigentes de entidades representativas dos aposentados. Que a vigília seja feita até que a Mesa decida colocar em votação o fator previdenciário e também o Projeto de Lei nº 1, que está pronto.

É chegada a hora! A hora é esta! Vamos aproveitar que os senhores e as senhoras já estão aqui e vamos permanecer em vigília, buscando uma negociação até que possamos, de uma vez por todas, obter a resposta que o povo brasileiro tanto anseia.

Quero me associar a essa causa e me unir aos senhores.

Deputado Júlio Delgado, V.Exa. é o Presidente da Comissão que aprovou o Projeto de Lei nº 1 de 2007, com emenda do Senador Paulo Paim.

Eu me recordo de que vieram aqui representantes do Governo tentar acabar com a votação que V.Exa. fez cumprir na Comissão. Quiseram acabar com uma votação já realizada, justa e correta. Mas não conseguiram, porque ela foi feita dentro da legalidade.

Convido V.Exa., os Deputados, os Senadores, as entidades representadas nesta solenidade a permanecermos aqui num ato de vigília até que sejam decididos os projetos de interesse dos aposentados brasileiros.

Aqui me despeço, Sr. Presidente, agradecendo a oportunidade e felicitando os aposentados brasileiros. Na manhã de hoje, esta Casa faz justiça ao realizar uma sessão solene em homenagem ahomens e mulheres que deram tudo de si para o nosso País. Este País precisa agora devolver minimamente aos aposentados um pouco de respeito.

Muito obrigado. Que Deus nos abençoe. Um abraço a todos. (Palmas.)

Deputado Laerte Bessa propõe vigília dos aposentados

Fotos: Ag. Câmara.










O
SR. LAERTE BESSA - Sr. Presidente, peço permissão ao Deputado Cleber Verde, próximo orador, para usar da palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Arnaldo Faria de Sá) - Tem V.Exa. a palavra.

O SR. LAERTE BESSA (Bloco/PMDB-DF. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, sabemos que aqui se encontram aposentados de todos os Estados brasileiros e, como disse anteriormente, alguns estão propensos a dormir no Distrito Federal em vigília.

















Então, Sr. Presidente, solicito a V.Exa. que determine a segurança da Câmara para que, no momento em que eles saírem para o almoço, possam retornar para cá, porque eles querem permanecer nas galerias. (Palmas.)(Ovação.)

Outra questão seria de honestidade para com o povo brasileiro no sentido de que, antes de encerrar esta sessão, a Senadora Ideli Salvatti pudesse manifestar-se com respeito a essa pretensão de adiar a votação dos vetos, que está marcada para amanhã, dia 26. (Palmas.)

Uldurico Pinto é contra adiamento da votação que derruba o veto presidencial que prejudica aposentados e pensionistas

O SR. PRESIDENTE (Arnaldo Faria de Sá) - Com a palavra o Deputado Uldurico Pinto.

O SR. ULDURICO PINTO (Bloco/PMN-BA. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Deputado Arnaldo Faria de Sá, meu colega da Assembleia Nacional Constituinte, que desenvolve um trabalho reconhecidamente profundo em defesa dos aposentados e pensionistas do Brasil; Senador Paulo Paim, que considero um herói brasileiro, defensor aguerrido de todos os aposentados e pensionistas do nosso País; Sr. Warley Martins Gonçalles, Presidente da Confederação Brasileira dos Aposentados, a COBAP, em nome de quem cumprimento todos os aposentados; senhores e senhoras internautas; telespectadores da TV Câmara; Sras. e Srs. aposentados, venho aqui, em nome do meu partido, o PMN, do qual sou Líder, neste Parlamento, expressar solidariedade a todos os aposentados e pensionistas brasileiros.
Eu deveria estar hoje em Salvador, para marcar presença junto ao Presidente Lula. Na realidade, deixei de estar lá com o Presidente da República, que foi ao meu Estado para tratar de assunto importantíssimo e que diz respeito à minha região, para estar aqui ao lado dos aposentados e pensionistas do nosso País neste dia tão importante. (Palmas.)

Estamos escrevendo hoje, nesta sessão, uma página da história. Apesar da presença de poucos Parlamentares, todas as entidades de classe de aposentados e pensionistas estão aqui representadas.

Quero deixar um forte abraço aos senhores e senhoras que aqui estão, que gastaram para vir até aqui, pois alguns são de Brasília, mas a maioria é de outros Estados. Ao se fazerem presentes, ao darem seu testemunho, ao emprestarem sua força, exercem os aposentados o seu legítimo direito de pressionar o Parlamento brasileiro a cumprir sua obrigação.

Devo dizer que a suspensão da votação marcada para amanhã seria um imenso desrespeito aos aposentados e pensionistas de nosso País, principalmente aos senhores que vieram de tão longe, com tanta dificuldade e a tanto custo para estar presentes nessa votação, em razão de acordo já conversado e acertado.

Senador Paulo Paim, eu queria que V.Exa. articulasse para que não fosse adiada a votação de amanhã, em respeito aos aposentados que aqui estão. (Palmas.)

Senhoras e senhores, quero fazer uma homenagem especial aos aposentados brasileiros, aqueles que já completaram seu tempo de serviço, e também aos que estão prestes a encerrar sua jornada de trabalho.

Reconhecer a dívida que temos com os aposentados e pensionistas é imprescindível se quisermos fazer justiça social neste País. O lema do Governo é Brasil, um País de todos. Isso quer dizer que temos como meta criar oportunidades de educação, trabalho e renda para todos os cidadãos. Concordamos com isso, mas se queremos mesmo caminhar na direção da justiça social não podemos jamais deixar de fora os aposentados e pensionistas. (Palmas.)

Não podemos deixá-los de lado porque eles são parte da memória coletiva da Nação. Desrespeitar os aposentados e pensionistas significa ignorar o nosso passado e implica, ao mesmo tempo, enterrar o futuro que queremos construir.

Essa é uma situação antiga no Brasil. Todos os anos debatemos maneiras de impedir que os aposentados tenham seus rendimentos dilapidados por mecanismos e fórmulas cujo resultado final é sempre prejudicial a quem recebe benefícios da Previdência Social.

Mas acredito que agora daremos um passo à frente para restabelecer, de uma vez por todas, os direitos de aposentados e pensionistas. Há um clamor social nesse sentido. Todos os cidadãos que ainda estão na ativa têm pais ou avós que sofrem com o achatamento de suas aposentadorias. Cada um de nós convive com essa injustiça e compartilha a dor daqueles que nem ao menos possuem recursos para comprar os medicamentos necessários para melhorar as condições de vida na velhice.

Essa situação, Sr. Presidente, é inaceitável e é produzida de forma ainda mais intensa no interior do País, pois, em algumas outras cidades, os rendimentos da aposentadoria garantem o sustento de famílias inteiras.

Se a política de recuperação do valor do salário mínimo é um mecanismo de justiça social, então, é fundamental aplicar a todos os benefícios da Previdência. Da mesma forma que o salário mínimo ficou defasado, também as aposentadorias perderam muito de seu valor ao longo dos anos, o que foi consequência de uma série de planos e intervenções monetárias que, assim, procuraram ajustar a economia transferindo aos aposentados boa parte das contas a pagar. Era uma solução fácil, porque os efeitos permaneciam ocultos num primeiro momento, e não havia ainda condições políticas para que os aposentados reagissem.

Agora, a situação é bem outra. Por um lado, a estabilidade da moeda tem a vantagem de tornar as contas mais transparentes, relevando o quanto as aposentadorias perderam. Por outro lado, os aposentados estão mais organizados e a democracia os transformou num contingente significativo e influente de eleitores. Nesse novo contexto, estou certo de que o Congresso Nacional saberá encontrar alternativas viáveis para a recuperação do poder de compra dos aposentados.

Quero dar os parabéns aos aposentados e pensionistas brasileiros! Parabéns ao Senador Paulo Paim, que considero um herói brasileiro! E quero dizer a esta Casa e ao meu País que os tambores dos aposentados estão tocando; precisaremos de medidas mais fortes para poder recuperar o valor do salário dos aposentados e pensionistas e fazer com que todas as gerações futuras recebam o que é justo.

Parabéns aos aposentados brasileiros! Viva os aposentados deste País! (Palmas.)
Muito obrigado.

Sessão solene vira Comissão Geral

Fotos: Ag. Câmara.















O
SR. PRESIDENTE (Arnaldo Faria de Sá) - Apenas gostaria de dar uma orientação aos senhores presentes.

Há mais 3 Deputados inscritos. Em seguida, transformarei esta sessão em Comissão Geral, a fim de dar oportunidade ao nosso Senador Paulo Paim, que falará a todos vocês, e também ao Warley Martins Gonçalles, em nome da COBAP.

Logo depois dos 3 Deputados, transformaremos esta sessão em Comissão Geral para permitir a fala dos não Deputados. Logicamente, estamos muito alegres e satisfeitos com a presença do Senador Paulo Paim.

















Antes de conceder a palavra ao Deputado Uldurico Pinto, registro as presenças de Isaltino Carlos Almeida, Presidente das Associações dos Aposentados de Mato Grosso — SINOP; Luís Amaro de Lima, Diretor do Sindicato dos Mineiros de Nova Lima; Sandra Lôbo de Aquino, Presidenta da Associação dos Policiais Civis Aposentados do Distrito Federal; Carlos Luís, Presidente dos Aposentados da CEB, Distrito Federal; Raimundo Carvalho, Vice-Presidente da Federação dos Aposentados de Brasília;Octaviano Pereira dos Santos, Administrador da UAPO, de Osasco, São Paulo; Hermélio Soares Campos, ex-Presidente da COBAP, e atual Diretor da FAP; Maria Almeida Silva, Presidente da Associação de Aposentados e Pensionistas do setor de Vestuários de Belo Horizonte; Almir Silvério Nunes, Presidente da Associação de Aposentados de Nova Lima; Darcy Maria Gasparetto, Analista Legislativo; Benedito Marcílio, Presidente da Associação de Aposentados do ABC, ex-Deputado Federal, ex-Presidente da COBAP; Epitácio Luiz Epaminondas, o Luizão, Presidente do SINTAP/CUT; José Prates, Presidente da Associação de Catanduva; Lupércio Luiz, Vice-Presidente da ARAP, de Rio Preto; Emídio Luiz de Santana, da Federação de Aposentados do Rio de Janeiro; Adelfina Barbosa, Presidente da Federação de Mato Grosso; Pastor Laurindo, Secretário-Geral da Frente Parlamentar Brasil/Israel; Aldira Brandão, Diretora de Previdência do Sindicato dos Trabalhadores noComércio e Distribuição e Derivados de Petróleo do Rio de Janeiro.

Deputado Paulo Roberto: queda das aposentadorias é golpe contra o país

O SR. PRESIDENTE (Cleber Verde) - Dando continuidade a esta sessão solene, quero, antes de passar a palavra ao próximo orador, registrar a presença do Senador José Nery, do PSOL, do Pará, que certamente deverá usar a palavra logo depois que os Deputados se manifestarem.

Logo após conceder a palavra ao Deputado Paulo Roberto, quero convidar o Deputado Arnaldo Faria de Sá para reassumir os trabalhos nesta manhã de hoje.

Com a palavra, representando o PTB, o ilustre Deputado Paulo Roberto.
O SR. PAULO ROBERTO (PTB-RS. Sem revisão do orador.) - Muito obrigado, Sr. Presidente Cleber Verde. Quero parabenizar não só V.Exa. pela condução da presente sessão, mas também o autor do requerimento, meu companheiro do PTB Arnaldo Faria de Sá, Deputado que se tem destacado na luta dos aposentados do nosso País. Quero cumprimentar também todos os representantes de associações, federações, confederações, dos aposentados e todas as senhoras e os senhores que estão nesta sessão na qual tenho o prazer de discursar pelo PTB, partido que tem contribuído bastante pelo trabalhismo no nosso País.

Os aposentados do Brasil vivem um momento dramático, infelizmente. Ano após ano, o poder aquisitivo dos seus proventos vem caindo — isso não é novidade para ninguém. A política econômica do Sr. Presidente Lula para o salário mínimo vem priorizando aumentos reais apenas para o salário mínimo, em detrimento dos aposentados que ganham acima de 1 salário mínimo.

Hoje, o nosso salário mínimo ultrapassa 200 dólares. Lembro-me de que, há pouco tempo, a luta para que o nosso salário mínimo fosse de 100 dólares era muito grande. E hoje, graças a Deus, graças à política econômica, chegamos a esse patamar. Mas, enquanto isso, os proventos dos nossos aposentados vêm caindo sensivelmente, infelizmente, o que configura, na verdade, um golpe contra os aposentados do nosso País.

Sr. Presidente, Sr. Senador Paulo Paim, do nosso Estado — que muito nos orgulha por vê-lo lutar por esta causa e pelo fato de ser também do Rio Grande do Sul — , há determinadas causas que nos fazem embargar a voz, em função da situação de muitos aposentados.

Tenho um exemplo dentro da minha própria família: meu pai, que acaba de completar 80 anos e ainda tem que se submeter ao trabalho, em função da queda de seus proventos. Há 23 ou 24 anos aproximadamente, ele se aposentou com 17 salários mínimos. Era uma boa aposentadoria para um senhor que contribuiu tanto para a Previdência Social. E hoje ele amarga uma decepção toda vez que chega ao caixa para receber seu salário, pois retira apenas 4 salários mínimos.

Quantos de nós Deputados não temos esse exemplo dentro da nossa própria casa e que podem também empunhar essa bandeira do trabalhismo, a bandeira do Senador Paulo Paim, a bandeira do nosso Deputado, companheiro do PTB, Arnaldo Faria de Sá, para fazer mudar essa situação? Trata-se de um golpe que, ano após ano, vem sendo dado sobre os aposentados do nosso País.
Eu iria me ater apenas a ler o meu pequeno discurso, mas a emoção aqui infelizmente — ou felizmente — está falando mais alto. A emoção começa a tomar conta do nosso coração não sópelo fato de eu ter um aposentado na família, mas em função de todos aqueles rostos com que nos deparamos todas as vezes em que estamos em algum lugar, em algum evento. Neste final de semana, por exemplo, estive no Rio Grande do Sul, em duas cidades importantes, Carazinho e Santa Maria Santa Maria que fica no coração do Rio Grande — , onde pessoas chegaram a mim, emocionadas e eu me emociono com elas agora , para pedir que alguma coisa fosse feita para que esse processo de perda de renda, de perda de salários, cessasse, pelo menos parasse.

Por essas pessoas que têm chegado até nós, que têm procurado nosso apoio, resta-nos, Sras. e Srs. Deputados e Senadores, empunhar essa bandeira: enquanto não votarmos o veto, não sossegaremos. Enquanto o veto não for apreciado, não sossegaremos. (Palmas.)

Empunharemos essa bandeira até que o trabalhismo no Brasil tome um rumo decente, o rumo da democracia que há hoje neste País.

Agradeço a V.Exa., Sr. Presidente, Deputado Arnaldo Faria de Sá, nosso companheiro, amigo, irmão, que tem nos ensinado muitas coisas dentro desta Casa, e uma delas é ter essa fibra de defensor dos aposentados brasileiros.
Parabéns, Deputado Arnaldo Faria de Sá! Parabéns, Presidentes de associações, de federações e de confederações! Parabéns, Sras. e Srs. Deputados! Parabéns, senhoras e senhores aposentados deste País, por esta sessão.

Muito obrigado. (Palmas.)

Arnaldo Faria de Sá convoca pressão total para derrubada do veto presidencial que beneficia aposentados e pensionistas

Foto: Ag. Câmara.
















O
SR. PRESIDENTE (Cleber Verde) - Neste momento, quero passar a palavra àquele que, reconhecidamente, tem defendido os aposentados na Câmara dos Deputados, que representa e que compõe junto conosco a Frente Parlamentar em Defesa dos Aposentados e Pensionistas, que certamente tem, através da sua luta, da sua postura, da sua conduta nesta Casa, realizado ações que atendem aos interesses do aposentado brasileiro, que é o autor do requerimento que deu origem a esta sessão solene justa e merecida em homenagem aos aposentados brasileiros. Com a palavra o ilustre Deputado Arnaldo Faria de Sá. (Palmas.)

O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ (PTB-SP) - Bom dia a todos os aposentados e pensionistas que se deslocaram de seus Estados, muitos sem condição, mas que aqui vieram para cobrar desta Casa aquilo que o Senado jáfez e que a Câmara ainda não fez. Vocês têm toda razão de estarem aqui.
























Quero cumprimentar o Presidente, Deputado Cleber Verde, e, na sua pessoa, todos os Deputados presentes; o companheiro Senador Paulo Paim, que, desde a época da Câmara, da Frente Parlamentar em Defesa da Presidência Pública, com a companheira Josefa, sempre fez um grande trabalho; o Warley Martins, Presidente da COBAP e, na sua pessoa, todas as federações aqui presentes; o Clodomil Antonio Orsi, Presidente da Associação dos Serventuários da Justiça;
a Maria Aparecida Romeiro, e, na sua pessoa, todos os representantes da APAMPESP; o Edson Guilherme Haubert, Presidente do MOSAP; o Jacy Afonso de Melo, Diretor-Financeiro representando a CUT; e todos vocês.

Na verdade, se não estivessem presentes, esta cerimônia não estaria valendo nada. Vocês conseguem, em uma segunda-feira, dia atípico na Casa, de pouca representatividade, lotar o plenário e as galerias.

Parabéns aos aposentados e a todos os pensionistas de todo o Brasil! (Palmas.)

Vocês mostram uma coisa muito importante, vocês mostram que estão vivos — e muitos vivos — para continuar pegando no pé dos Parlamentares que não querem votar os projetos de interesse dos aposentados e pensionistas.

Há o PL nº 1, de que falou Deputado Júlio Delgado; há o projeto de recuperação, de que falou o Deputado Jofran Frejat. Na Comissão de Seguridade, S.Exa. designou-me Relator e foi pressionado a retirar-me a Relatoria, mas a manteve e já aprovamos o parecer na Comissão de Seguridade. Mas agora o parecer está na Comissão de Finanças. E todos temos de ficar muito espertos, porque, se derrotado, o projeto morre — pois essa Comissão é terminativa — , se for declarada inadequação financeira. E colocaram como Relator o Deputado Antonio Palocci. O Palocci entende muito de número, mas não entende nada de aposentados e pensionistas. Vamos cobrar e exigir que o relatório seja votado o mais rapidamente possível. (Palmas.)

Lembro que o projeto do fator previdenciário está parado há 7 meses nessa Comissão, desde o mês 10 do ano passado foi para lá e até agora vai para cá, vai para lá, vai alterar o fator, e não évotado. Queremos acabar com isso. Na verdade, o projeto do fator interessa muito mais aos sindicatos e aos trabalhadores da ativa do que a vocês, que são aposentados. Queremos derrubar esse maldito fator previdenciário, como o fez o Senador Paulo Paim no Senado da República! (Palmas.)

É isso aí, você tem razão. Não sabem como é trabalhar em turno, não sabem o que é adicional de insalubridade, o que é adicional de periculosidade. Esses caras não sabem nada disso. Precisam ir para o chão de fábrica ver o dia a dia, conversar com cada um de vocês e saber como é duro.

E vemos essa luta toda. Em duas reformas da Previdência, só perdemos, e ainda lutamos muito para evitar que a perda fosse ainda maior. Lembro-me de que, na última reforma da Previdência, não fosse o Paulo Paim no Senado,para tentar aprovar a PEC paralela, o prejuízo seria muito maior. E essa PEC paralela só foi aprovada na Câmara em uma sessão de homenagem aos aposentados, em 2005. Vocês todos pressionaram e, em uma sessão solene, o Presidente da Câmara foi obrigado a votar a PEC paralela, por pressão de vocês, aposentados e pensionistas! (Palmas.)

Nas 2 reformas da previdência, tanto na do Governo passado quanto na do atual, queriam fazer o jogo da previdência privada. Esta Casa e o Senado é que não permitiram que isso acontecesse. E quando falávamos que isso não podia acontecer, achavam que estávamos atrapalhando o desenvolvimento, porque, na verdade, a previdência privada daria dinheiro para o desenvolvimento.

Que aconteceu com a previdência privada nessa crise mundial? Quebrou a AIG, a maior seguradora americana, quebrou o Washington Mutual e vai quebrar toda a previdência privada. O que vai valer é a previdência pública. É essa que defendemos. (Palmas.)

Agora, dizem que não podem pagar o projeto de recuperação, porque a previdência não agüenta. Mas o que é o nosso projeto de recuperação? Eles nem sabem o que é. O nosso projeto não paga nada de atrasado. Nós não estamos reclamando nada do atrasado, só daqui para frente. E ainda damos 5 anos para pagar, um quinto a cada ano. Vão pros quintos esses caras, que não sabem de nada! Essa é a realidade. (Palmas.)

Nosso projeto não quebra previdência alguma. E temos que ser honestos, temos que ser honestos: talvez tenhamos cometido um erro estratégico. Temos mania de dizer que somos 26 milhões de aposentados. Nós não somos 26 milhões de aposentados coisa nenhuma, nós somos 15 milhões de aposentados. Os outros 11 milhões de benefícios são assistenciais. Quem tem que bancar é o Tesouro, e não a Previdência. E aí falta dinheiro para pagar ao aposentado, àquele que contribuiu durante tanto tempo. (Palmas.)

Essa é a grande realidade. Quem tem que bancar LOAS, renda mensal vitalícia e FUNRURAL é o Tesouro, e não a Previdência. Aí haverá dinheiro para pagar a todo aposentado e pensionista. (Palmas.) Essa é a verdade.

Qual é o jogo que está por trás de tudo isso? O jogo é rebaixar cada vez mais para que, no final, todo mundo receba apenas um salário mínimo. Esse é o jogo. Mas não vamos deixar isso acontecer, não. Vamos pressionar esta Casa para votar o projeto de recuperação das perdas, criando o índice de correção previdenciária bolado pelo Senador Paulo Paim, no Senado, e garantir a revisão e atualização dos benefícios durante toda a vida. Ninguém aqui quer favor nenhum! Vocês querem receber aquilo que pagaram ao longo da vida. (Palmas.)

Se há essa crise de que estão falando por aí, o aposentado e a pensionistas não têm culpa. Ninguém colaborou para essa crise. Mas o queacho estranho, com todo o respeito ao Presidente Lula, é que não há dinheiro para pagar aposentado e pensionista, mas ele pode emprestar 4,5 bilhões de dólares para o Fundo Monetário Internacional. Dápara os aposentados e pensionistas! (Palmas.) Empresta para quem produz a economia neste País.

Já falou aqui, agora há pouco, o Deputado Jofran Frejat, que foi Presidente da Comissão de Seguridade Social e Família: quem movimenta a economia na maioria das cidades do Norte, Nordeste e Sudeste — São Paulo também — são os aposentados e pensionistas no dia em que recebem os seus benefícios. O que movimenta uma cidade é o benefício da Previdência e Assistência Social. Quem segura a barra na casa na hora da crise é o velho, o aposentado, a pensionista, garantindo o sustento da sua própria família! (Palmas.)

Parem de falar, parem de dizer que não têm dinheiro. Parem com essa falácia. Dar dinheiro para aposentados e pensionistas não é favor nenhum, mas retribuição de tudo aquilo que eles fizeram ao longo de suas vidas para este País. É só lembrar de um detalhe lá atrás, à época dos ex-IAPs, IAPC, IAPETEC, IAPFESP, IAPB etc. Usaram o dinheiro para construir Brasília, a Ponte Rio-Niterói, Itaipu. Ou seja, levaram o dinheiro do aposentado e pensionista.
(Palmas.)

Devolvam agora! Devolvam para todos os aposentados e pensionistas. É isso que nós queremos.

Tenho certeza de que a presença de vocês aqui, hoje e amanhã, todos esses dias, será extremamente importante, porque estávamos esperando que, amanhã, fosse votado o veto que nós queríamos derrubar, num compromisso com o Senador Paulo Paim. Mas nós já sabemos que a Senadora Ideli Salvatti pediu a retirada de pauta do veto, no dia amanhã, porque nós íamos derrubar esse veto. (Palmas.) Nós íamos fazer aquilo que todos vocês queriam e esperavam: derrubar esse veto.

Ouço, com prazer, o aparte do ilustre Deputado Laerte Bessa.

O Sr. Laerte Bessa - Sr. Presidente, nós não podemos aceitar mais uma vez esse golpe. Na semana passada, deram esse golpe em nós. O Senador Paulo Paim está sabendo de tudo o que aconteceu conosco na semana passada. Deputado Arnaldo, V.Exa. estava aqui e brigou. Nós não vamos aceitar, mesmo porque estão aqui hoje vários aposentados de todos os Estados brasileiros que pretendem fazer uma vigília aqui hoje. (Palmas.) Eles pretendem fazer uma vigília aqui hoje. Nós não podemos aceitar o adiamento. A votação está marcada para amanhã. Senador, vamos cuidar disso com carinho, porque nós não podemos aceitar. Mais um golpe nós não aceitamos. Não aceitamos, não. O Presidente lá está mandando recado para cá, mas nós não podemos aceitar isso. Muito obrigado. (Palmas prolongadas.)

O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ - Eu agradeço o aparte ao Deputado Laerte Bessa.

Na verdade, eu apenas fiz um comunicado. Estava discutindo com o Senador Paulo Paim sobre essa articulação para votar o veto no dia 26, coordenada por ele. E, lamentavelmente, nós sabemos que estão armando aí para não votar amanhã. Então, essa é uma comunicação extremamente importante.

Tenho certeza de que a atuação, tanto da Constituinte, ao longo do tempo de todos os mandatos...

Sempre temos um apoio muito importante, que é o apoio do DIAP. Está aqui o Toninho. Parabéns para o DIAP por essa luta sempre em defesa dos trabalhadores, dos aposentados e dos pensionistas de modo geral. (Palmas.)

Já que vocês estão aqui, vamos cobrar de Deputado por Deputado, gabinete por gabinete, para que eles votem com a gente. Até porque eu acho que todo Deputado tem um pai e uma mãe e por eles deverá ter respeito, assim como pelo aposentado e pela pensionista, a não ser que seja filho de chocadeira.
(Palmas.)

Aí não precisa votar com a gente, porque certamente não tem compromisso, nem com o pai, nem com a mãe, nem com o aposentado, nem com o pensionista.

Mas eu tenho certeza de que o aposentado, muito vivo, muito esperto, e a pensionista presente... Nós vamos aprovar o projeto de recuperação da perda, acabar com o fator previdenciário, votar o aumento de salário, igual ao salário mínimo, para aposentados e pensionistas. Isso não é nenhum favor! Vocês merecem pelo que fizeram e pelo que fazem por este País!

Parabéns aposentados e pensionistas de todo o Brasil por essa luta, por essa caminhada, por essa guerra, por essa vontade, por essa determinação de defender os seus direitos, o direito de quem é brasileiro, cidadão brasileiro que fez uma luta e uma caminhada durante toda a sua vida! (Palmas prolongadas.)

Parabéns a vocês! (O Plenário, de pé, aplaude demoradamente.)
(Palmas nas galerias.)
(Orador é cumprimentado.)
(Manifestação dos convidados.)

Jofran Frejat: aposentado não pode fazer greve, porque não adianta, mas esqueceu que aposentado vota!

Foto: Ag. Câmara.
















O
SR. PRESIDENTE (Cleber Verde) - Dando continuidade à sessão, passoa palavra ao eminente Deputado representante do PR, Deputado Jofran Frejat. (Palmas.)

O SR. JOFRAN FREJAT (PR-DF. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Deputado Cleber Verde, Deputado Arnaldo Faria de Sá, grande defensor dos aposentados e pensionistas nesta Casa, Senador Paulo Paim, homem que se tem mostrado, inclusive, rebelde a algumas questões partidárias na luta também pelos aposentados e pensionistas, cumprimento todos que compõem a Mesa e todos os aposentados, pensionistas e representantes que aqui se encontram nesta manhã.

Sou do tempo antigo, sou do tempo em que, quando foi criada a Previdência, estabeleceu-se que o empregado contribuía com 8%, o empregador com 8% e o Governo com 8%. Mas nós observamos que houve uma involução, ou seja, uma alteração para pior com relação ao tratamento que se passou a dar aos aposentados e pensionistas.

Primeiramente, aumentaram as alíquotas.

Naquela época era possível contribuir para receber até 20 salários mínimos. Lembram-se os senhores? Aí foram cortando, cortando, cortando. Depois o Governo retirou a sua parte de contribuição para eventuais déficits que a Previdência tivesse. Já não entra com a sua parte. E, nessa sequência, foram reduzindo o valor daquilo que o aposentado contribuiu com todo direito. Posteriormente, estabeleceu-se que o aposentado também tinha de contribuir com a Previdência Social.

Aí vem uma pergunta simples e clara: se durante tantos anos a lei garantiu que eu contribuiria para a Previdência Social para que, quando me aposentasse, eu pudesse receber benefícios, como o aposentado teve reduzida a sua capacidade de ganho — que hoje chega, no máximo, a aproximadamente 3 mil reais — , quando passo a contribuir novamente como aposentado, que benefício extra vou ter?

Ora, se eu contribuí de acordo com uma regra para que tivesse direito à aposentadoria e a minha família, à pensão, se estão me mandando contribuir novamente como aposentado, a pergunta que me cabe — já fui a vários Ministros — é: o que ganho a mais? Aumenta um pouquinho a aposentadoria? Não. Recebo assistência médica? Não. Vai atender a algum particular, a alguma questão? Também não.

Esse pessoal entende que aposentado não pode fazer greve, porque não adianta, mas esqueceu que aposentado vota. (Palmas.) Aposentado vota e contribuiu de forma exponencial para que este País tivesse a riqueza que tem hoje.

Quando apareceu aqui a proposta do Senador Paulo Paim a respeito do fator previdenciário, eu era o Presidente da Comissão de Seguridade Social. Conseguimos aprová-la na Comissão, com o apoio do Deputado Arnaldo Faria de Sáe de tantos outros, porque achamos justo que se retirasse aquela excrescência que é tirar a possibilidade de o aposentado ter de arranjar inúmeros outros elementos e fatores para somar à sua aposentadoria. (Palmas.)

Quando veio, agora, no salário mínimo, também da mesma forma — o Deputado Arnaldo Faria de Sá relatou — , nós entregamos a relatoria a S.Exa., porque sabíamos que era um defensor do aposentado e do pensionista, para que mostrasse, desse a cara do real interesse de pessoas comprometidas com os aposentados.

Esse pessoal que insiste em maltratar o aposentado, imaginando que ele não é capaz de mostrar sua capacidade, se equivoca. Eu até me preocupo. Às vezes, penso: será que esse pessoal tem pai e mãe? Será que esse pessoal realmentetem alguém mais velho em sua família, com 70, 80 anos, que trabalhou por este País duramente, que fez a sua parte, que acreditou na legislação existente? Porque era um contrato, era um acordo, era uma legislação. E depois simplesmente disseram: Não era bem isso. Vamos apagar isso aqui. Quem não pode reagir? O aposentado e o pensionista não podem reagir.

Então nesse chicote, o lado do látego, o lado do chicote está sempre nas costas do aposentado e do pensionista, e alguém segurando o cabo e batendo, e batendo, e batendo. (Palmas.) E, de vez em quando, nós somos surpreendidos aqui por mais uma medidazinha para prejudicar esse pessoal.

Parece que, para o aposentado que contribuiu, ganhar um salário mínimo é o suficiente, parece ser suficiente, como se desse para tudo.

E Deus sabe como essas coisas são, principalmente no interior. Quem mobiliza a economia nas pequenas cidades do interior é o aposentado. É ele que sustenta o filho, sustenta a mulher, sustenta o neto, dá o dinheirinho para que eles possam comer. (Palmas.) É ele que faz a compra no mercado, é aquele dinheirinho que faz falta.

E na medida em que o retiramos, é um grande equívoco daqueles defensores dessas medidas. É um grande equívoco imaginar que, baixando o valor da aposentadoria, vão mobilizar a economia. Não mobiliza.

O aposentado não deixa de ter uma coisa importante, é a experiência, é saber utilizar esse pouquinho. Por isso é que eles ainda sobrevivem.

Quero ser breve porque já mostramos aqui, claramente, nossas posições. Há pessoas aqui sérias, competentes. Há vários aqui, como o Deputado Cleber Verde, que está na Presidência; como o Senador Paulo Paim; como o Deputado Arnaldo Faria de Sá e tantos outros que não abrem mão, mesmo pressionados, mesmo pressionados, de defender e respeitar o direito daqueles que construíram este País. (Palmas.)

E a nossa contribuição é que permitiu a este País ter alcançado os níveis que alcançou hoje.

Portanto, meus amigos, contem com este Deputado. Em nenhum momento eu deixei de atender os aposentados, e Brasília sabe disso. (Palmas.) Em nenhum momento, nós deixamos de valorizar e de dar apoio a eles. Hoje, exige-se tudo. Além de ganhar pouco, o aposentado está tendo de fazer plano de saúde para poder sobreviver — isso já consome praticamente toda a sua pouquíssima renda. Também tem de sustentar a família, numa época de grande desemprego — e mais isso, de grande desemprego — , onde o aposentado é que está sustentando a família e a riqueza deste País.
Desejo a vocês, meus amigos, que vivamos muito para vermos um dia, neste País, alguém valorizar o trabalho daqueles que construíram e fazem tudo para que o Brasil seja cada vez maior.
Muito obrigado. (Palmas.)

Sessão lotada prestigia aposentados e pensionistas

O SR. PRESIDENTE (Arnaldo Faria de Sá) - Convido para assumir a Presidência dos trabalhos o Deputado Cleber Verde, que se elegeu nesta Legislatura mas tem tido um desempenho muito importante em defesa dos aposentados. (Palmas.)

Antes, porém, registro a presença das seguintes pessoas: Sylvio Rômulo Guimarães de Andrade; Osmar Cyreno Pinheiro, aposentado, da Coordenação de Serviços Especiais; Leci Coutinho da Braga, Sargento da Polícia Civil do DF; Maria da Paz Bezerra do Nascimento, Auditora Fiscal do Trabalho aposentada, do SINAIT; Hugo Carvalho Moreira, Auditor Fiscal do Trabalho, do SINAIT; Ester Almeida Valadares, Analista Legislativa; Jupyra Martins Mafra, Analista Legislativa; Haydéa Pires, Analista Legislativa; Carolina Castello Branco Coutinho da Silveira, Analista Legislativa da Câmara dos Deputados; Nair Martins Branco, Assistente em Ciência e Tecnologia da Comissão Nacional de Energia Nuclear; Gilka Moysés Santos Baptista, Analista Legislativa; Luzia de Almeida Kirjner, aposentada da Câmara dos Deputados;
Aurélio Feitosa Mattos Filho, Assessor do Vice-Governador do Distrito Federal; Telma Aparecida Margarido Teixeira Barbosa, professora aposentada da APAMPESP; Mercides Molar Ishi, professora aposentada também da APAMPESP; Zenny Aranha G. Correia, da APAMPESP; Luiz de Souza; João Alencar Dantas, 1º Tesoureiro da ASA; Benedito Rodrigues da Silva, Inspetor de Polícia Legislativa; Lázaro Pedro Silvério, aposentado da Câmara dos Deputados; Ednewton Viana, Subsecretário de Relações Institucionais do Governo do DF; Júlio César Chaise, representante do Deputado Vieira da Cunha; João Florêncio Pimenta, Presidente da Associação de Aposentados do Distrito Federal — AAPB/DF; Maria Cristina de Souza, Diretora de Aposentados e Pensionistas da Federação Nacional do Fisco Estadual e Distrital; José Rosa Flávio, Presidente da Associação de Aposentados e Pensionistas de Goiás; Osvaldo Fauerharmel, Presidente da Federação dos Trabalhadores Aposentados e Pensionistas do Rio Grande do Sul; Francisco José Nunes, Secretário Nacional dos Aposentadosda FENTECT; Trajano Jardim, Presidente da Federação dos Aposentados e Pensionistas FAP/DF

Júlio Delgado defende votação imediata do Projeto nº01, que vai equiparar aos aposentados e pensionistas

Fotos: Ag. Câmara.















O
SR. PRESIDENTE (Arnaldo Faria de Sá) - Concedo a palavra ao Deputado Júlio Delgado, pelo PSB.

O SR. JÚLIO DELGADO (Bloco/PSB-MG. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Sras. e Srs. Parlamentares, senhoras e senhores aposentados, estamos com as federações que vêm, nesta manhã, a esta sessão soleneem homenagem ao Dia Nacional dos Aposentados.

Cumprimento meu amigo, Senador Paulo Paim, os demais membros da Mesa e todos que vieram a esta sessão.

Eu não quero, nesta manhã, dizer da nossa satisfação ou orgulho. Venho à tribuna, em nome do Partido Socialista Brasileiro, demonstrar o meu inconformismo; o inconformismo de quem luta, junto com o Senador Paulo Paim e o Deputado Arnaldo Faria de Sá, pela questão dos aposentados e pensionistas.

Inconformismo com relação ao descaso com quem contribuiu, durante toda a vida, para o crescimento deste País. Venho manifestar meu inconformismo com relação às posturas adotadas, no discurso e da prática, em ações do Poder Legislativo. (Palmas.)

De nada adianta ocupar a tribuna e o microfone do Parlamento brasileiro para dizer que se pretende fazer algo que, na ação, não se concretiza. Estamos aqui — eu, os Deputados Arnaldo Faria de Sáe Cleber Verde, e o Senador Paulo Paim — lutando incessantemente pela votação de projetos que beneficiam aposentados e pensionistas do País.

















E, senhores, o que se discute hoje em dia neste Parlamento, mais propriamente na Câmara dos Deputados? O desgaste que estamos sofrento e a tal agenda positiva. A agenda positiva, segundo alguns dos meus colegas, destina-se a votar a reforma política. Essa reforma inclui as questões da fidelidade e da lista preordenada, que vão tirar do cidadão, do eleitor, o direito de escolher quem ele quer que o represente. Ela apresenta também a questão do financiamento público, como se isso fosse resolver o problema de corrupção em nosso País. Há pessoas que não deixam de ser candidatas porque seu processo não transitou em julgado. Embora tenham roubado do Erário, elas poderão ser beneficiadas pelo financiamento público e receber dinheiro dos impostos que pagamos para continuarem sendo candidatas. Isso é agenda positiva? Agenda positiva é votar o Projeto de Lei nº 01, de 2007.

(Palmas.) Agenda positiva évotar o fim do fator previdenciário — e com responsabilidade.

Antecedeu-me nesta tribuna o Presidente do PT, Deputado Ricardo Berzoini, que, quando foi Ministro da Previdência, conseguiu-nos grandes benefícios e conquistas. Lembro-me de que, ao chegar a esta Casa, juntamente com o Senador Paulo Paim, então Deputado, e com o Deputado Arnaldo Faria de Sá, quase fomos processados porque rasgamos e incendiamos o Diário Oficial da Uniãoali fora, porque haviam reajustado o salário mínimo em 151 reais. Era uma vergonha! Tentaram pegar todos nós: eu, os Deputados Paulo Paim e Arnaldo Faria de Sá, entre outros. Quase recebemos uma repreensão em função disso.

Depois dessas conquistas, atualmente a maior luta para aposentados e pensionistas é a correção dos proventos. Segundo os dados, conforme foi dito pelo nosso colega e amigo, Deputado Ricardo Berzoini, dos 24 milhões de aposentados e pensionistas no sistema público, 15 milhões recebem 1 salário mínimo. Parece que eles querem que os outros 9 milhões recebam também apenas 1 salário mínimo(palmas.), que hoje está na faixa de 200 dólares — o que foi uma conquista.

Com relação ao INSS, neste ano votamos aqui a prorrogação das dívidas dos municípios, que era importante. A matéria contou com o meu voto, com o voto dos Deputado Arnaldo Faria de Sáe Cleber Verde. Sabem o quanto isso envolveu em termos de recursos? Quinze bilhões de reais relativos a dívidas dos municípios junto ao INSS!

No ano passado, não com o nosso voto, concedeu-se anistia a ONGs e OSCIPs que deviam ao INSS. Essa anistia dada pelo Governo Federal envolvia, inclusive, uma organização que estava sendo investigada pela Polícia Federal. Foram anistiados 6 bilhões de reais de dívidas de ONGs e OSCIPs junto ao INSS.

Pergunto, então: por que não podemos votar o Projeto de Lei nº 01, de 2007? Eu presidia a Comissão que debateu a emenda de autoria do Senador Paulo Paim. Nós aprovamos a corrida, quando eles estavam cochilando no plenário, de uma comissão do Deputado Arnaldo Faria de Sá para aprovarmos a proposta que está pronta para o plenário.

Quero ver o PMDB, quero ver o PT e todos que falaram vir assumir publicamente: nós queremos votar o Projeto nº01, que vai equiparar aos aposentados e pensionistas. (Palmas.)

Eu quero votar, nós queremos votar, o Deputado Arnaldo Faria de Sá quer votar, o Deputado Cleber Verde quer votar, o Deputado Uldurico Pinto quer votar, o Coronel que está ali quer votar, nós queremos votar, mas somos de partidos pequenos. Tem que haver maioria, tem que haver acordo dos líderes. Ficamos lutando por isso, lutando por isso.

Quanto ao fator previdenciário, vamos esperar o relatório do Deputado Pepe Vargas, que está bem intencionado. S.Exa. quer fazer alteração. Nós queremos votar o fim e S.Exa. quer colocar uma alteração.

Concluindo esse nosso inconformismo, digo aos Senhores e Senhoras que estão presentes nesta manhã de sensibilização da causa que vocês ocupam o lugar mais honroso para nós que fazemos a representação Parlamentar o plenário da Câmara dos Deputados. Aqui são discutidas e votadas as matérias de importância para o País.

A cada 3 anos, quem aposentou com o salário mínimo de 5, está perdendo para 4; quem aposentou com 4, para 3. Então, a cada 3 anos, quem tem sabe que está perdendo 1. Então, quem está há 12 anos, já perdeu 4 salários mínimos; quem está há 15 anos, perdeu 5 salários.

Esclareço. No ano passado, quando aprovamos o projeto, eu e o Senador Paulo Paim, tentamos colocar, para que pudesse abrir um elo de negociação de novo, uma forma de negociação do PL nº 01. Sabemos que quem ganha mais de 9 ou 10 salários mínimos pode muito bem ter uma forma de gatilho e continuar o resto, mas tenho que fazer alguma coisa para estender a todos aqueles que contribuíram com esse País.

Esse ano foi o reajuste do mínimo, do PIB, da variação dos dois últimos anos, que votamos aqui na Comissão Especial, mais a correção da inflação, 12,5%, e o aposentado recebeu uma correção de 5,4%.

Esse ano tivemos um reajuste no bolsa-família, legítimo para aqueles que nunca contribuíram, mas que estão numa faixa de carência, de 9%, e essa semana o Governo anuncia um bônus para quem é funcionário público, para quem trabalhar mais, para ajudar o PAC, por conta de que no ano que vem haverá eleição, um bônus de 20 a 50 mil reais.

Digo aos senhores o que é mais positivo: quem não vai dar ... ninguém aqui quer 20 ou 50 mil reais, quer dignidade para 9 milhões de aposentados (palmas), que contribuíram não para acelerar o PAC, que empacou, mas para poder promover o crescimento e colocar o País onde ele está hoje.

Muito obrigado, Senador Paulo Paim e Deputado Arnaldo Faria de Sá, por eu estar junto dos senhores nessa luta pelos aposentados. (Palmas prolongadas.)

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