Eu recomendo Roberto Bolaño

Aê Cris. Você já leu algo de Roberto Bolaño? Pois não?! Corra na Jinkgs, esse eu recomendo.

O professor Hardman também. Leia a crítica dele abaixo.





O detetive selvagem

O chileno Roberto Bolaño é mesmo o farol da nova literatura latina?

Francisco Foot Hardman

Em sua última entrevista, feita três semanas antes de sua morte e publicada postumamente pelo jornal La Tercera, de Santiago do Chile, em 20 de julho de 2003, Roberto Bolaño, então gravemente enfermo, aguardando na fila por um transplante de fígado que pudesse lhe garantir alguma sobrevida, “sobretudo por meus filhos, minha pequenita que tem dois anos (Alexandra), e Lautaro (com 14)”, consciente do fim próximo, almejando apenas “o prêmio de poder escrever cada dia”, não perdeu sua irreverência debochada em relação a toda idéia de literatura e literatos como instituição de poder cristalizado.

Desde 1999, com a consagração generalizada no mundo das letras em língua espanhola (que culminou com a obtenção do prêmio Rómulo Gallegos por seu romance polifônico Os Detetives Selvagens), ele passou a ser cultivado por jovens escritores, pela mídia cult e por críticos literários, em especial no Chile, para onde jamais retornaria, desde sua milagrosa fuga de um campo de concentração de presos políticos em Concepción, auxiliado por um policial que o reconheceu como o ex-colega dos bancos do liceu, semanas depois do golpe de Pinochet. Mas nessa derradeira entrevista, dada em sua casa em Blanes, na Catalunha, a 100 km ao norte de Barcelona, reafirmava: “Eu não sou ídolo de nada.” Para arrematar: “Prefiro morrer em plena lucidez a morrer (como vários escritores) fazendo tontices.”

Ao desaparecer, aos 50 anos, Bolaño parecia ter cumprido, em meteórica carreira, essa postura radical sem nenhuma impostação de vanguarda, e o legado de sua obra vertiginosa e absolutamente incomum em número, variação, brilho e densidade surge como roteiro de pistas e sentidos inesgotáveis, a ser trilhado, agora lentamente, pelas atuais e futuras gerações de amantes sobreviventes do que ainda pode ser tomado como grande arte literária (grifo meu). Deixou pelo menos duas obras inéditas: o livro de contos El Gaucho Insufrible, este já no prelo (publicado três meses depois de sua morte), que ao lado de seus dois outros volumes de contos, Llamadas Telefónicas (1997) e Putas Asesinas (2001), insere o autor, tranqüilamente, no rol dos mestres da narrativa curta na América Latina, o que não é pouco numa região em que esse gênero teve tantos inventores de altíssima qualidade em todo o século 20; e o romance monumental 2666, este carecendo ainda de revisão final em suas mais de mil páginas, trabalho que Bolaño confessava, naquela entrevista, estar além de suas forças físicas, e que sairia postumamente em 2004, sem o último mergulho que ele reclamara.

Enquanto esperamos ver proximamente toda a sua obra traduzida no Brasil, vale reportar, ainda aqui, os dois contos-manifestos com que encerra seu El Gaucho Insufrible e que iluminam algo do que seria uma sorte de testamento poético, ao lado da entrevista final e também, veremos, de seu discurso em Caracas, ao receber o prêmio Rómulo Gallegos. Em Literatura + Enfermedad = Enfermedad, na aguda visão da doença, mas sem nenhum pingo de autopiedade, Bolaño, numa sucessão de blocos narrativo-ensaísticos, faz homenagem a poetas e escritores de sua linhagem estética mais remota, encerrando com Kafka, a partir do livro que lhe dedicou Canetti, para dizer que, percebendo-se doente, “já nada o separava de sua escritura”. Já em Los Mitos de Chtulhu, dedicado ao amigo Alan Pauls, sucedem-se parágrafos contundentes de pensamentos autônomos mas todos convergentes para uma desconstrução impiedosa do atual sistema literário latino-americano e mundial globalizados, e da ridícula encenação de suas imortalidades passageiras. Sua visão da história emerge faiscante: “América Latina foi o manicômio da Europa assim como os Estados Unidos foram sua fábrica. A fábrica está agora em poder dos capatazes e loucos fugidos são sua mão-de-obra. O manicômio, faz mais de 60 anos, está queimando em seu próprio azeite, em sua própria gordura.” Quem são esses “capatazes”? Voltamos à entrevista com que comecei: Hernán Rivera Letelier, Skármeta, García Márquez, Vargas Llosa, Bryce Echenique, Isabel Allende, Tomás Eloy Martínez. E prossegue Bolaño: “E digo que a literatura agônica é a minha e que os ganhadores são eles, os que vão ditar as normas do manicômio.” Para então constatar, ele que foi grande admirador de Guy Debord: “A perdurabilidade foi vencida pela velocidade das imagens vazias. O panteão dos homens ilustres, descobrimo-lo com estupor, é o canil do manicômio que se incendeia.”

Pausa. A essas alturas, seria o caso de referir pelo menos uma amostra do enfeitiçado poder narrativo de Bolaño, pelo menos uma personagem, para além de seus duplos, o par quixotesco de poetas-detetives-cultos-selvagens-presentes-ausentes que são Arturo Belano e Ulises Lima, alter egos, respectivamente, do próprio autor e de seu amigo maior, o poeta mexicano infra-realista Mario Santiago Papasquiaro (1953-1998), a quem ele dedica esta hoje injustamente ignorada prosa poética Amuleto (1999) e algumas passagens comoventes de seu discurso de Caracas. Fiquemos por ora em Amuleto, com essa personagem estranhíssima que é Auxilio Lacouture, poeta uruguaia, exilada no DF (a fórmula popular para a megalópica capital mexicana), mas que na vida real se chamou Alcira (confirmam isso tanto a crítica argentina argentina Celina Manzoni quanto o poeta uruguaio Enrique Fierro, hoje professor em Austin, Texas, e exilado no México, nos anos 70, coevo a Bolaño). Tirando histórias de dentro de histórias, no que também se revela craque, o autor amplificou, em Amuleto, numa narrativa em primeira pessoa, a voz delirante de Auxilio-Alcira, cujo primeiro registro, sob forma de depoimento, aparecera no capítulo 4 da segunda parte de Os Detetives.... Já na sua reaparição, em primeiro plano, o discurso lírico toma a cena e o caso, combinando o onírico de suas visões enlouquecidas à evocação trágica da repressão militar que se abateu sobre a Universidade Autônoma do México (Unam) em 1968, seguida do massacre de centenas de estudantes na praça das Três Culturas de Tlatelolco, durante as Olimpíadas. O caso é que essa mulher, andarilha do campus, espécie de antimusa dos jovens poetas radicais do México, ficou confinada por cerca de duas semanas num dos banheiros femininos dos prédios invadidos pelo exército, e sua saga é a da resistência, não só libertária mas poética, pois dialoga em sua cisma solitária, entre outros fugitivos, com exilados de outro tempo e outra guerra, a Civil Espanhola, como o poeta Pedro Garfias e a pintora surrealista Remedios Varo, que emigrara para o DF junto com Benjamin Péret. Ela diz: “Pensei: ambos fatos estão relacionados, escrever e destruir, ocultar-se e ser descoberta.”

A propósito, uma pista para o “infra-realismo” ou “visceral-realismo” do jovem poeta Bolaño, ao lado de seus companheiros de viagem no exílio mexicano, nos anos 70: a expressão inspira-se numa expressão de Mariátegui sobre a poesia de Philippe Soupault, outro dos surrealistas “históricos”. Enfim, estamos diante da mistura, nem sempre de resultados felizes, entre a idéia de poesia e a de revolução. Mas as visões de Auxilio-Alcira são as de uma memória imemorial, entre sonho e delírio, como sorte de instrumento da lembrança do desastre histórico de várias gerações, matriz de todas as utopias derrotadas. Na viagem de sua mente revolta, prisioneira oculta e senhora de uma façanha involuntária, ela vê num quadro de Remedios o vale mítico do México, e ouve a marcha e o canto dos milhares de jovens rumo ao sacrifício, e seu canto de guerra e amor se converte em amuleto, da narradora e de sua loucura, mas logo da loucura dos poetas e artistas, amuleto de uma literatura capaz de evocar tantos personagens mínimos, tantas vozes mortas.

Seria esse o destino do vôo cego da alta literatura, ou a função maior da poesia, de que tanto falava nosso poeta e exímio contador de histórias? Em Os Detetives... reaparece o motivo, em torno dessa outra mítica personagem feminina, Cesárea Tinajero, poeta desaparecida nos desertos mexicanos, nos anos 30, e redescoberta pela obsessiva busca da dupla Belano-Lima, nas páginas finais do romance.

Dela não restaram versos, apenas as marcas desconexas de testemunhos e registros vagos espalhados em vilas-fantasmas de Sonora. Quando ela reaparece, precipita-se o desastre, mas sua morte é a salvação dos detetives, do jovem poeta García Madero e de sua namorada, a prostituta Lupe. Essa paisagem, de desolação e anúncio de queda iminente, de estilhaçamento das identidades, tem outro grande inspirador: Malcom Lowry, de À Sombra do Vulcão (1947), não à-toa inserido como epígrafe do romance. Mas Tinajero teria dito a uma professora primária, sua colega, entre tantos destinos perdidos e silêncios vagos, sobre “os tempos que iriam vir”. “Cesárea mencionou uma data: lá pelo ano 2600. Dois mil seiscentos e tanto.” Como se, fora do tempo e do espaço, uma nova locação histórica e cultural pudesse começar a ser tecida. Parece que aqui também se vislumbra a pista desencadeadora de seu mais ambicioso e derradeiro projeto, 2666.

Mas nenhuma presunção e muito menos misticismo irrompem das múltiplas vozes, centenas de histórias e milhares de páginas de Bolaño. Seu infra-realismo volta sempre ao plano da lucidez mais meridiana. Nas linhagens longínquas, Cervantes acompanhou, certamente, nosso iluminado escritor. Isso foi muito bem apontado por Cedomil Goic, grande scholar, espécie de Antonio Candido chileno, em magistral conferência sobre Bolaño dada em Austin, na primavera de 2006. A estrutura do picaresco, da aventura radical e do acúmulo labiríntico de intrigas, da crítica política e moral, de pontuações que combinam a precisão de marcas exatas no tempo e no espaço com o imprevisto, aleatório e quase sempre desastrado fim dos personagens, reatualiza a saga renascentista de Quixote ao mundo desencantado de nossa era dos extremos.

Por isso, citando Cervantes, em Caracas, em 99, Bolaño reafirmava: “... tudo que escrevi é uma carta de amor ou de despedida à minha própria geração, os que nascemos na década de 50.” E, adiante: “Toda América Latina está semeada com os ossos destes jovens esquecidos.”

Francisco Foot Hardman é professor de Teoria e História Literária no Instituto de Estudos da Linguagem (IEL) da Unicamp. Atualmente está na Universidade do Texas-Austin, como pesquisador visitante



- Ei Cris. acabei de "devorar" numa sentada "Os Detetives Selvagens", é um livro sensacional de um gênio pouco conhecido da vanguarda literária latinoamericana. Eu remomendo com louvor.

Corrido de vaia. Atrás do ouro de tolo

Mancheteou o Diário do Pará hoje: Investimentos chegam a quase R$ 1 bilhão

PAC Projetos contemplados foram anunciados em cerimônia no Palácio do Planalto

Os projetos do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) na área de saneamento e urbanização, foram anunciados ontem pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que recebeu em cerimônia no Palácio do Planalto os governadores dos Estados beneficiados. Ana Júlia Carepa, governadora do Pará, esteve presente e assinou o protocolo de cooperação com o Ministério das Cidades, que garante investimentos de quase R$ 1 bilhão em obras no Pará, nos municípios de Belém, Ananindeua, Castanhal, Santarém, Marabá e Marituba.

Além do Pará, foram também contemplados com recursos do programa os Estados do Amapá, Amazonas, Rondônia, Roraima, Maranhão, Alagoas, Amazonas, Goiás, Espírito Santo, Santa Catarina e o Distrito Federal. O total de investimentos previstos chega a R$ 6,835 bilhões e envolve majoritariamente recursos do Orçamento Geral da União (R$ 5,9 bilhões), ou seja, não se trata de empréstimos. O restante envolve financiamentos federais e contrapartidas dos estados e municípios. Os maiores valores serão destinados ao Pará (R$ 970,1 milhões) e ao Distrito Federal (R$ 858 milhões). Segundo a Presidência da República, os projetos beneficiam potencialmente 13,9 milhões de pessoas em 71 municípios.

No Pará, serão aplicados em habitação R$ 628,7 milhões e outros R$ 341,4 milhões em saneamento e urbanização. “É o maior volume de recursos já destinados à urbanização e saneamento em toda a história do Pará”, comemorou a governadora. “Com essas obras vamos levar água potável, esgoto tratado, energia elétrica, moradia e melhoria da qualidade de vida para dois milhões de paraenses que vivem nessas cidades”, destacou.
A Presidência da República ainda não divulgou os prazos em que as obras devem ser iniciadas, nem a previsão para a conclusão dos projetos. Seguindo recomendação do próprio presidente Lula, a governadora Ana Júlia anunciou que será formado um Conselho Estadual Gestor do PAC para acompanhar as obras e prestar contas à comunidade sobre o andamento dos projetos. “São grandes obras, longas e demoradas, mas que vão ser acompanhadas constantemente”, garantiu. Na mesma cerimônia assinaram convênio para as obras os prefeitos Duciomar Costa (Belém), Hélder Barbalho (Ananindeua) e Maria do Carmo (Santarém), cujos municípios também entrarão com recursos para viabilizar os projetos do PAC.

Ei pessoal. Separei aqui R$ 10,00, ou, no meu limite de apostas, R$ 500,00, que desses um bi do papo acima, não sai nem 10% disso em quatro anos. Meu e-mail é valmutran@gmail.com
Querem apostar comigo?

Cansei










Movimento Cívico pelo Direito dos Brasileiros

A Ordem dos Advogados do Brasil – Secção de São Paulo reitera que o Movimento Cívico pelo Direito dos Brasileiros não é uma manifestação político/partidária, mas sim um ato cívico de cidadania e de amor ao Brasil dentro dos limites previstos em um regime de democracia.

A ação incentiva a população brasileira a demonstrar solidariedade e indignação, de uma forma pacífica, equilibrada e organizada, frente à realidade do País - com dois trágicos acidentes aéreos, corrupção, carga tributária, impunidade, criminalidade, criança abandonada, insegurança jurídica - questões que extrapolam mandatos, governos, partidos ou ideais políticos. Por isso, não tem um autor definido. A liderança da OAB-SP ap lado de 30 entidades reitera essa legitimidade do ato cívico.

A OAB SP reforça que a intenção do movimento não está ligada a qualquer ação, personagem ou partido político. O gesto é da sociedade civil, indignada, preocupada e entristecida, que precisa, dentro dos princípios da democracia participativa, buscar das soluções.

O protesto, com um minuto de silêncio, acontecerá no dia 17 de agosto, às 13 horas, um mês após o acidente com o avião da TAM. Em São Paulo, o ato público será em frente ao prédio da TAM Express, em Congonhas, e contará com a participação de diversas entidades e lideranças da sociedade civil.

O Movimento Cívico pelo Direito dos Brasileiros é um movimento a favor do Brasil.

Informações para Imprensa Movimento Cívico pelo Direito dos Brasileiros
CDI – Casa da Imprensa
Silvia Gandolfo
Domenica Faccioli
Daniela Filomeno
Tel. (11) 3817-7918 / silvia.gandolfo@cdicom.com.br

Assessoria de Imprensa OAB-SP
Santamaria Silveira – Assessoria de Imprensa da OAB SP
(11) 3291-8175/79/82
ssilveira@oabsp.org.br

Cansei

Cansei

Cansei: Eu também e faz tempo!

Hum!! É direita? é golpe?! Então tá!


O blog do movimento está aqui>>


A campanha do Movimento Cívico pelo Direito dos Brasileiros - "Cansei" - começou a veicular hoje peças na mídia impressa e eletrônica para expressar a indignação dos brasileiros com problemas do País. O movimento convoca a população para um protesto no dia 17 de agosto, quando completará 30 dias do acidente com o avião da TAM.

As peças mostram pessoas de todas as idades, raças e classes sociais descrevendo situações e fatos que contribuem para a sensação de caos, contra a qual a campanha se posiciona.

Liderado pela Ordem dos Advogados do Brasil - Seccional São Paulo e com a participação de diversas entidades e lideranças da sociedade civil, a campanha quer sensibilizar os brasileiros a pararem durante um minuto, às 13h, no dia 17 de agosto.

"Não se trata de um ato político, mas de uma manifestação cívica de cidadania e de amor ao Brasil", afirmou Luiz Flávio Borges D'Urso, presidente da OAB SP. "Com o silêncio, a sociedade poderá expressar sua solidariedade e indignação de forma pacífica, equilibrada e organizada", completou.

O protesto silencioso do dia 17 de agosto deverá reunir artistas, personalidades, empresários, formadores de opinião e representantes de várias correntes religiosas em frente ao prédio da TAM Express, em São Paulo. A OAB-SP acredita que o gesto será replicado em outras cidades do País.

A campanha conta com o apoio de um site na Internet - www.cansei.com.br. Nele, o internauta pode fazer comentários e divulgar ações programadas para o dia 17 de agosto. A meta é gerar um grande fórum virtual.

As peças não levam a assinatura de nenhuma agência ou produtora porque foram feitas por publicitários, câmeras, fotógrafos, atores e produtores voluntários.

Confira as associações que apóiam o movimento "Cansei":
OAB-SP Associação Brasileira das Empresas de Rádio e TV (Abert)
Associação Brasileira dos Pilotos de Helicóptero (Abraphe)
Associação Comercial de São Paulo
ADVB
Aescon-SP
CJE Fiesp
Crea
Conaje
Conselho Regional de Medicina
Febraban
Fiesp
Fiesp - Jovens Líderes
Fundação PIO XII
Grupo de Mídia
Grupo de Jovens da Associação Comercial
Instituto de Estudos Empresariais - IEE
JLIDE
Lide
Lidem
Sescon-SP

Cansei!

Tem um pessoal que acha que esse movimento cívico é golpe. Golpe é 350 inocentes entre gente com um futuro profissional brilhante, crianças e idosos morrerem de forma vil.

O pior é ter que aturar um presidente que diz que nunca sabe de nada, que o tal de "caos aéreo" é como se fosse um câncer em metástase: mestástase é o governo dele que contaminou todos com a desesperança e que só se sustenta porque se espalhou como um câncer incurável por todos os espaços públicos que pôde.

Dois Deputados Federais do Pará podem perder os mandatos




Deputados correm risco de cassação

Leonel Rocha


JUSTIÇA
TSE confirma que mandatos são dos partidos e deixa 39 congressistas que trocaram de legenda sob pressão. Decisão agora depende do Supremo, responsável por julgar três mandados de segurança

Onyx, líder do DEM: “Queremos todos os nossos mandatos de volta”

A segunda decisão deste ano tomada na noite da última quarta-feira pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), entendendo que os mandatos parlamentares são dos partidos políticos e não dos vereadores, deputados estaduais e federais eleitos no último pleito, deixa em risco 39 congressistas que trocaram de legenda desde as últimas eleições, em outubro. O julgamento final da corte eleitoral depende de confirmação do Supremo Tribunal Federal, que vai julgar, ainda sem data, três mandados de segurança impetrados pelo PPS, DEM e PSDB que pedem os mandatos de quem trocou de partido de volta. PTB, PPS e DEM (o antigo PFL) foram as siglas que mais perderam deputados — oito cada um.

O julgamento do TSE atendeu a uma consulta feita pelo deputado Ciro Nogueira (PP-PI). O parlamentar queria saber se o seu partido — que em fevereiro deste ano recebeu o deputado Waldir Maranhão (MA), dissidente do PSB — poderia contar com o novo integrante da bancada. A consulta de Ciro saiu pela culatra. “Não consigo entender a decisão do TSE. Defendo que o mandato pertence à coligação porque poderemos cassar parlamentares que trocaram de partido e entregar o cargo a outra legenda”, argumenta Nogueira.

O líder do Democratas na Câmara, Onyx Lorenzoni (RS), quer o cumprimento da decisão da Justiça o mais rápido possível. “Vamos aguardar a decisão final do Supremo. Mas queremos todos os nossos mandatos de volta, não abrimos mão disso”, exige Lorenzoni. A decisão do TSE foi uma complementação ao que a corte já havia julgado em março, quando os ministros entenderam que os mandatos pertencem aos partidos e não aos parlamentares. Se o Supremo confirmar a decisão do TSE, a oposição vai ganhar na Câmara, no mínimo, 23 votos de tucanos, do PPS e do DEM.

A decisão do TSE reacendeu um comportamento esquizofrênico no PSDB. A direção dos tucanos impetrou mandado de segurança no Supremo para reaver os mandatos de sete parlamentares que migraram para o PSB, PL e PR. Mas o líder da bancada na Câmara, Antônio Carlos Pannunzio (MG), não concorda com o pedido, apesar de ser da Executiva tucana. “Não defendo a tese do PSDB de reaver os mandatos e cassar os deputados que trocaram de legenda. Mas vamos esperar a decisão do Supremo. Essas mudanças podem causar muita balbúrdia e confusão entre vereadores, deputados estaduais e no Congresso”, argumenta Pannunzio.

Próximas eleições
O líder tucano quer que a nova regra, se for confirmada pelo Supremo, só seja aplicada nas próximas eleições. Ele espera que o STF decida pela manutenção dos mandatos. Mas o caso só será definido pela direção nacional do partido. A debandada do ninho tucano foi mais forte no Ceará, com a saída de três deputados que foram para o PR. O grupo saiu do PSDB junto com o ex-governador Lúcio Alcântara, que rompeu com o senador Tasso Jereissati (CE).

Em abril, o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia(PT-SP), julgou que o cargo que ocupa é formalmente incompetente para devolver aos partidos os postos ocupados por deputados indicados pelas legendas, mas que depois deixaram as siglas. Oito dos 39 deputados trocaram de partido mais de uma vez.

AS PERDAS

Confira os partidos que perderam deputados:

Partidos - Número de Deputados
DEM 8
PTB 8
PPS 8
PSDB 7
PSC 3
PMDB 2
PSB 1
PDT 1
PT 1
Total 39

Defesa do afastamento

Izabelle Torres

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Marco Aurélio Mello, afirmou ontem que os presidentes das Mesas Diretoras da Câmara e do Senado já poderiam ter afastado os parlamentares que deixaram os partidos pelos quais foram eleitos em outubro. Segundo ele, pelo entendimento unânime da corte eleitoral, o parlamentar que trocar de partido deve perder o mandato, mesmo que a migração tenha sido para outra sigla da mesma coligação. “Acima de tudo, está o ordenamento jurídico. Não precisamos de novas leis, mas de homens públicos que observem o arcabouço normativo existente”, defendeu.

Sobre a possibilidade de o TSE interferir diretamente no afastamento dos parlamentares, Mello lembrou que PPS, PSDB e DEM já entraram com mandados de segurança no Supremo contra decisão do presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), que se negou a afastar os parlamentares. Dos 11 membros do STF, três fazem parte do pleno do TSE e já se pronunciaram favoráveis à devolução dos mandatos aos partidos pelos deputados que trocaram de sigla. Os ministros Marco Aurélio Mello, Cézar Peluso e Carlos Britto votaram pela fidelidade partidária. Um quarto voto favorável à concessão dos mandados deve ser do ministro Celso de Mello, do STF.

Representante da Airbus que não é representante!
















Brasília - O deputado Fernando Gabeira (PV-RJ) conversa com o deputado Vic Pires Franco (DEM-PA) durante audiência da CPI do Apagão Aéreo da Câmara Foto: Marcello Casal Jr./Abr

"Perjúrio" é o que o bacana pode ser enquadrado

No Correio Braziliense de hoje.

Depoente errado

O deputado Vic Pires (DEM-PA) fez a CPI do Apagão Aéreo na Câmara passar ontem por um vexame. Ele apresentou requerimento solicitando a convocação de Mário Sampaio na condição de representante da Airbus no Brasil. Porém, antes de iniciar seu depoimento, Sampaio esclareceu aos integrantes da comissão que não representa a empresa no país e atua apenas como consultor de imprensa.

Vic Pires justificou-se afirmando que Sampaio concedeu entrevistas após o acidente falando em nome da Airbus. O jornalista contestou as declarações. Disse que enviou correspondência à CPI informando que não era representante da Airbus e que também avisou o deputado Vic Pires. “Eu posso ter frustrado a comissão, mas desde que recebi a convocação telefonei informando que eu não represento a empresa no Brasil”, explicou.

Diante de falha, vários deputados pediram o cancelamento do depoimento, mas o presidente interino da CPI, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), decidiu manter a sessão. Sampaio disse aos parlamentares que a Airbus não possuía Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) nem escritório no Brasil. Depois, pressionado pelos deputados, afirmou que a empresa norte-americana possui escritório e representantes no Brasil.

Perjúrio
Diante da contradição, o relator Marco Maia (PT-RS) disse que Sampaio poderia ser processado criminalmente caso “faltasse com a verdade” no depoimento. Cunha reafirmou a possibilidade de responsabilizá-lo criminalmente e pediu que Sampaio encaminhasse documentos à CPI comprovando seu vínculo salarial com a Airbus. “Caso isso não ocorra, a comissão terá que quebrar seu sigilo bancário”, adiantou.

A Airbus enviou dois advogados para acompanhar o depoimento de Sampaio. Ao final do depoimento, o relator reclamou. “Foi uma desconsideração da Airbus mandar este cidadão à CPI”, criticou. Os advogados se comprometeram a levar à comissão, na próxima quinta-feira, um representante legal da Airbus no Brasil. (SL)

Seis homens assaltam frigorífico que comprava carne de Renan

Gazeta de Alagoas
Seis homens armados assaltaram o frigorífico Mafrial, aquele que fornace as notas fiscais pro senador enrolado. Funcionários do frigorífico, que fica em Satuba (região metropolitana de Maceió), disseram à polícia que um dos bandidos perguntou a outro sobre "os documentos do Renan" durante o assalto, segundo o blog do Josias de Sousa.

‘O funcionário foi bem claro. Eles [os assaltantes] perguntaram entre eles: ‘E os documentos do Renan?', contou o delegado Haroldo Gonçales, que investiga o crime.



Mais aqui>>


Pivô do Caso Renan vai ficar "peladinha"na Playboy

De boba a jornalista Mônica Veloso não tem nada. Veja a última dela. Você a chamaria de alpinista social ou ela é apenas uma mulher que se apaixona fácilmente?

‘Conseguiram convencê-la’, diz advogado de Mônica



A jornalista Mônica Veloso, que teve uma filha com o presidente do Senado, Renan Calheiros, decidiu posar nua. A informação é o advogado dela, Pedro Calmon, que confirma “estar negociando” com a revista “Playboy”. “Ela me autorizou a negociar questões de contrato com a revista”, disse.

Segundo ele, o ensaio não está totalmente confirmado. “Tem que saber quanto eles estão dispostos a pagar”, apontou. Calmon não dá mais detalhes. Não diz quando poderá ser o ensaio, nem como seria. “Estamos na estaca zero”.

No final de maio, também em entrevista ao G1, o advogado havia descartado qualquer possibilidade de que Mônica fizesse as fotos. “Não fui procurado, mas esse não é o perfil dela, ela não participaria. Isso (o convite) nem aconteceu e nem tem possibilidade de ela aceitar”, disse à época.

Agora, Calmon conta que “em um primeiro momento, ela [Mônica] não queria fazer [posar nua] de jeito nenhum”. Mônica Veloso é personagem do escândalo que atinge Renan Calheiros.

O parlamentar enfrenta processo no Conselho de Ética do Senado por denúncias de que o lobista Cláudio Gontijo, da construtora Mendes Júnior, teria pago as pensões à jornalista durante gravidez e após o nascimento do bebê.

No processo por quebra de decoro parlamentar, Renan tenta provar que o dinheiro era seu. Gontijo, segundo o presidente do Senado, seria apenas um intermediário.

(foto: Ailton de Freitas/Agência O Globo) Maria Angélica

Veja como foi a sessão solene em Homenagem à Nossa Senhora de Nazaré 2024, na Câmara dos Deputados

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