O operador de um esquema revelado
Em um dos depoimentos prestados no Ministério Público Federal, em São Paulo, Durval Barbosa disse que recebeu, em 1999, orientações do então secretário de Governo, Benjamin Roriz, sobre como contratar sem licitação, por meio do Instituto Candango de Solidariedade (ICS), empresas de informática. As regras teriam sido definidas por Benjamin Roriz quando Durval assumiu o comando da Codeplan, empresa que concentrou todos os contratos de prestação de serviço.
Uma das referências do ex-governador Joaquim Roriz (hoje no PSC) na área jurídica, Benjamin Roriz teria determinado a cobrança de uma taxa de administração no valor de 5% para que o ICS tivesse receita para custear suas despesas e impostos. De acordo com Durval, Benjamin Roriz — que na atual gestão exerce a função de secretário-adjunto de Relações Institucionais — acumulava a função no secretariado com a de presidente do Conselho de Administração do ICS.
A cobrança da taxa de administração e a fórmula adotada de contratos sem licitação por meio do ICS foram contestadas em diversas ações ajuizadas pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT). No depoimento, realizado em 9 de dezembro, Durval sustentou que foi escolhido um formato de “contrato guarda-chuva”, sem qualquer controle, que permitia todos os tipos de serviços. Todas as contratações, segundo Durval, eram extremamente políticas.
Ele declarou ainda que o ICS trabalhou em 2002 na campanha de Roriz e de todo seu grupo político, incluindo Arruda, que foi candidato a deputado federal. Procurado pelo Correio, Benjamin Roriz negou irregularidades no ICS e, sobre as acusações de Durval, afirmou: “Teria que ver primeiro o depoimento do senhor Durval. Como não vi, prefiro não me pronunciar”.
(AMC e LP), da equipe do Correio Braziliense.
Durval Barbosa: risco de ser "apagado"
Ex-Delegado, considerado pelos colegas "linha de frente". Barbosa iniciou sua carreira na arte da corrupção, quando exercia o cargo na Polícia Civil do Distrito Federal -- a polícia judiciária -- mais bem paga de todo o país.
Poderia ter seguido carreira percebendo quase o mesmo salário de um ministro do Supremo Treibunal Federral, com mordomias incorporadas aos vencimentos, além do status de policial que resolve casos complicados e de grande comocão popular.
Ao contrário, enveredou-se nos subterrâneos do propinoduto e da corrupção.
Sua vida hoje é cercada por uma aparato de proteção que, não impede um atentado que possa calá-lo.
Conversando com um experiente político, figurante da lista dos 10 mais influentes do Congresso Nacional, o poster ouviu literalmente: "Agora não. Mas, esse sujeito está condenado a morte".
Em que prazo? Perguntei.
-- Não mais do que 2 anos. Disse, sêco, meu interlocutor.
Revelações de Durval Barbosa sepultam estratégia de PO para suceder Arruda no DF
Mesmo que o Governador do Distrito Federal José Roberto Arruda (DEM) consiga regrupar sua base de sustentanção política na Câmara Distrital para evitar a cassação por corrupção, perda de direitos políticos e tentativa de emplacar seu sucessor. As revelações que vem a tona no curso das investigações da Operação "Caixa de Pandora" que investiga suposto pagamento de propina pelo governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM), a parlamentares da base aliada na Câmara Legislativa do DF. A situação política do seu vice, Paulo Otávio, desmantela a possibilidade de sucessão do próprio Arruda, contribuindo para o fim de sua carreira política.
Reportagem de capa deste domingo do jornal Correio Brazileiense, estarrece a população ao expor que em novos depoimentos ao MPF, o ex-secretário de Relações Institucionais, Durval Barbosa, protegido pela delação premiada, disse que repassou R$ 200 mil diretamente a Paulo Octávio. Ele relatou ainda que, em 2007, entregou a intermediários do governador Arruda R$ 3 milhões dados por uma empresa de informática
Dias depois do cumprimento dos mandados de busca e apreensão da "Caixa de Pandora", Barbosa, delator do suposto esquema de corrupção no Executivo e no Legislativo do DF, prestou 16 novos depoimentos na sede do Ministério Público Federal em São Paulo e aprofundou as denúncias feitas anteriormente. Em um dos trechos, Durval disse ter repassado R$ 3 milhões em dinheiro vivo ao ex-secretário de Governo José Humberto Pires, a pedido do governador José Roberto Arruda (sem partido). O ex-secretário de Relações Institucionais do DF também afirmou aos promotores ter entregue R$ 200 mil nas mãos do vice-governador Paulo Octávio (DEM), que seria fruto de propina cobrada do grupo TBA.
O encontro teria ocorrido em 2008 em uma suíte do Hotel Kubitschek Plaza, de propriedade do grupo Paulo Octávio, com a presença do policial aposentado Marcelo Toledo, suplente de deputado distrital, hoje filiado ao PPS. Em um dos depoimentos, Durval explicou que esta teria sido a única vez em que Paulo Octávio recebeu dinheiro diretamente dele. Em outras ocasiões, segundo ele, as transferências eram feitas para Marcelo Carvalho, principal executivo do grupo comandado pelo vice-governador, ou para Marcelo Toledo. Carvalho e Toledo aparecem em vídeos gravados por Durval. Em um deles, Toledo cobra de Durval parte da proprina que seria para Paulo Octávio.
O advogado do vice-governador, Antônio Carlos de Almeida Castro, conhecido como Kakay, desqualificou as declarações prestadas por Durval. “Juridicamente, as declarações não têm valor. Vivemos reféns do que diz uma pessoa. A palavra dele vale no limite da fita que ele apresenta. Ele não gravou Brasília inteira? Então, que apresente a fita”, desafiou. O advogado disse ainda que Paulo Octávio esteve em algumas situações com Durval, pois ambos integravam o mesmo governo, mas não se lembra do encontro na suíte do Kubitschek Plaza.
Os depoimentos fazem parte do Inquérito nº 650, sob a relatoria do ministro Fernando Gonçalves, no Superior Tribunal de Justiça (STJ), em que se apura o pagamento de propina por parte de representantes de empresas prestadoras de serviço ao GDF. O processo se encontra no STJ porque o principal investigado é o governador(1) Arruda. Sob proteção do MPF, Durval afirmou que, na atual gestão, atuou como operador de um esquema de corrupção envolvendo empresas de informática.
De acordo com as denúncias, em 2007 Arruda teria delegado a Durval o trabalho de recolher propina de prestadoras que repassavam o dinheiro à medida que recebiam pagamentos por serviços prestados ainda na gestão anterior, de Joaquim Roriz. Segundo o depoimento, Arruda teria “pedido” R$ 4 milhões, que seriam recolhidos após a liberação de R$ 57 milhões decorrentes do reconhecimento de dívidas com essas empresas.
Durval disse ao MPF que esse valor era “extorsivo” porque as empresas receberiam 30% a menos do que o acertado por conta dos cortes de gastos decretados na atual gestão. Arruda, então, teria aceitado receber R$ 3 milhões. A maior parte dessa quantia veio, segundo Durval, da Linknet, que tinha a receber R$ 32 milhões do GDF. O dono da Linknet, Gilberto Lucena, que aparece em vídeo reclamando dos percentuais elevados de propina, teria entregue R$ 3 milhões a Durval na garagem do Palácio do Buriti. O dinheiro teria sido transportado no porta-malas do carro de Durval, que o dividiu em três lotes de R$ 1 milhão.
Do total, R$ 2 milhões teriam sido entregues em caixas a um filho do então secretário de Governo, José Humberto, na casa dele, no Lago Sul. O restante teria sido entregue na empresa Conbral, que foi alvo de busca e apreensão pela PF. Ainda segundo Durval, o dinheiro seria repassado a Arruda para ser utilizado no contrato de separação do governador com a ex-mulher Mariane Vicentini.
Em nota, o advogado do governador, José Gerardo Grossi, negou veementemente as declarações de Durval (leia ao lado). O grupo TBA informou que não está entre as empresas investigadas e nem foi alvo de busca e apreensão. Mesmo assim, a empresa estaria sendo alvo de “denúncias infundadas”. José Humberto também nega ter recebido dinheiro de Durval Barbosa.
1 - Em São Paulo
Durval Barbosa prestou depoimentos em São Paulo entre 2 e 11 de dezembro, na sede do Ministério Público Federal em São Paulo. As declarações foram registradas pela subprocuradora-geral da República Raquel Dodge, responsável pelo Inquérito nº 650 no Superior Tribunal de Justiça (STJ), e dois promotores de Justiça do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT).
Nota oficial
O governador José Roberto Arruda repele com veemência as acusações feitas por um indivíduo que já responde na Justiça a 32 processos e terá que responder criminalmente às acusações infundadas, irresponsáveis e caluniosas que vem fazendo.
As doações que o governador Arruda recebeu, na campanha de 2006, estão registradas no Tribunal Regional Eleitoral.
Nada mais.
Tudo mais é calunia.
O governador aguarda que a Justiça restabeleça a verdade dos fatos.
José Gerardo Grossi
Advogado
Tudo para São Paulo
É o pensamento hegemônico do tucanato paulista e, de resto, deste partido cada vez mais desbotado.
Antecipadamente, o porter declara seu voto incondicional à candidatura da ministra chefe da Casa Civil Dilma Roussef para derrotar a tirania que se aproxima com a possibilidade de José Serra ser confirmado nas urnas como sucessor do presidente Luis Inácio Lula da Silva.
Deus nos livre dessa possibilidade.
Temer faz o balanço dos trabalhos em 2009 na Câmara dos Deputados
Retropectiva 2009 destaca projetos aprovados na Câmara dos Deputados.
Idesp faz diagnóstico da economia paraense
A agropecuária é o setor menos concentrado no Estado. Os setores de Serviços e Industrial registraram índices de elevada concentração da riqueza gerada.
Dez municípios são responsáveis por 66,2% da riqueza produzida no Pará: Belém, Barcarena, Marabá, Parauapebas, Ananindeua, Tucuruí, Santarém, Castanhal, Paragominas e Canaã dos Carajás. Juntos, eles somaram à economia R$ 32,752 bilhões.
O ranking das principais economias paraenses sofreu alterações em relação ao ano anterior: Paragominas subiu da 11ª para a 9ª posição, assumindo o lugar antes ocupado por Canaã dos Carajás, deslocado para a 10º posição; e, com a queda de uma posição, Oriximiná deixou o grupo dos dez municípios com maior PIB.
Os dez municípios com menor participação no PIB - Santarém Novo, São João da Ponta, Magalhães Barata, Santa Cruz do Arari, Peixe-Boi, Primavera, Terra Alta, Bonito, Palestina do Pará e Colares - não somaram 0,5% da economia do Estado.
Cinco municípios tiveram mais de 40% de variação nominal, o aumento do valor do PIB em relação ao ano anterior. Em geral, a variação em cada local se deu por conta dos seguintes fatores:
- Ourilândia do Norte: influência da construção civil, seguida da indústria da transformação com aumento da fabricação de laticínios;
- Benevides: crescimento da indústria, com destaque ao segmento de bebidas;
- Juruti: aumento significativo da atividade de comércio e construção civil;
- Anapu: aumento da produção de bovinos, construção civil, comércio e administração pública;
- São João da Ponta: expansão da administração pública, criação de bovinos e construção civil.
Com o segundo maior rebanho de bovinos do país desde 2004, São Félix do Xingu ocupou o primeiro lugar do ranking de municípios com maior valor adicionado ao setor agropecuário no Estado.
Em seguida, sobressaíram Santarém, maior produtor de soja, arroz e pescado do Pará, que também possui áreas de cultivo de milho e mandioca; Acará, maior produtor de mandioca do País, cujo crescimento da produção foi de 50%; Paragominas, produtor de bovinos, grãos (arroz, milho, soja) e mandioca; e Marabá, detentor do quinto maior rebanho de bovinos no Estado.
Barcarena, Tucuruí, Parauapebas, Belém e Marabá concentram 65,8% da riqueza produzida pela Indústria no Pará que, em 2007, chegou a R$ 13,780 bilhões, quase 31% da produção estadual, apesar do decréscimo de 0,60% do crescimento do setor no Pará.
Entre as atividades que garantiram aos municípios os primeiros lugares no ranking estão: a indústria da transformação, nas áreas de metalurgia e química, com a produção de alumina e alumínio em Barcarena; na área siderúrgica, com a produção de ferro-gusa em Marabá; e nas áreas de alimentos-bebidas e madeira-mobiliários em Belém; os serviços de utilidade pública, com a produção de energia elétrica pela Usina Hidrelétrica de Tucuruí; a construção civil, também na capital; e a extração mineral, com a exploração de hematita-ferro em Parauapebas.
Os dez municípios que lideram o ranking estadual do valor adicionado ao setor de Serviços produziram R$ 10,931 bilhões ou 66% da riqueza gerada pelo setor no Estado - equivalente a R$ 26,876 bilhões.
As atividades de comércio, aluguel e administração pública dão a Belém a liderança no ranking. Produz não só 36,4% da riqueza gerada pelo setor, como também concentra a maior parte dos órgãos públicos (federais, estaduais e municipais), as agências bancárias e as operações financeiras realizadas no Pará.
Em seguida, vêm Ananindeua, Marabá, Santarém, Barcarena, Parauapebas, Castanhal, Paragominas, Altamira e Itaituba, cujas economias também se pautam pelas atividades de comércio, administração pública e aluguel. Em Marabá e Barcarena, há destaque também às atividades ligadas a transporte, seja pelo papel de distribuição comercial exercido pelo primeiro município na região sudeste paraense ou pela presença do porto de carga de Vila do Conde, o maior do Estado.
O PIB per capita do Pará - resultante da divisão entre o valor total do PIB pelo total da população - é de R$ 7.007, enquanto a região Norte alcança R$ 9.135 e o Brasil R$ 14.465.
No ranking de municípios com maior PIB per capita no Pará, estão Barcarena, Canaã dos Carajás, Tucuruí, Parauapebas e Marabá. Belém, com 1.408.847 habitantes, fica no 10º lugar. Os últimos lugares são ocupados por Jacareacanga, Curralinho, Faro, Bagre e Primavera.
Entre as regiões de integração, Metropolitana possui maior participação no PIB, seguida de Carajás e Tocantins.
Entre as 12 regiões de integração paraense, a com maior participação no PIB foi a Metropolitana (35,46%), seguida de Carajás (15,11%), Tocantins (10,92%) e Baixo Amazonas (7,21%). No que se refere ao PIB per capita, as regiões de Carajás (R$ 15.028), Lago de Tucuruí (R$ 10.553), Metropolitana (R$ 8.591), Tocantins (R$ 8.245) e Araguaia (R$ 7.049) tiveram os maiores valores registrados, acima da média estadual.
Fonte: Blog da Franssinete Florenzano.
Os donos dos cofres no Pará ameaçam campanhas
A ACP em nota no O Liberal diz que fará campanha contra o plebiscito para a criação do Estado do Carajás.
A nota soa como uma piada requentada aos ouvidos dos empresários carajaenses.
Os associados da ACP,há anos, não tem condições de competir comercial e tecnicamente na área interessada na criação do novo Estado.
Portanto, a campanha em nada altera os humores sulparaenses.
Na mesma nota é divulgado que o reitor da UFPA, Carlos Maneschi percorrerá o Estado para falar contra a divisão territorial.
Maneschi andará até os limites do futuro Tapajós, onde a Ufopa já é uma realidade. Dentre pouco tempo andará apenas na sua querida Belém , Baixo Amazonas, Zona Bragantina e Marajó.
A Federal do Carajás está em curso e sai em breve.
O DDD do Tapajós é 93. O de Carajás é 94 e o de Belém 91.
A divisão territorial das Telecomunicações está feita há pelo menos dez anos.
O apetite paulista e carioca adiam o Carajás
Confira as Notas na íntegra:
O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) - Vamos votar o requerimento do
decreto legislativo, urgência. Projeto de Decreto Legislativo nº 2.300/09. Plebiscito para a criação do Estado de Carajás.
Nota do blog: O DISCURSO DO SR. DEPUTADO ARNALDO MADEIRA QUE, ENTREGUE À REVISÃO DO ORADOR, SERÁ POSTERIORMENTE PUBLICADO. Porém, em razão do adiantado da hora, o poster gravou o discurso do deputado e amanhã publica-o na íntegra para os leitores avaliarem o que afirmo na abertura deste post.
Atualizado às 10:38, de 17/12.
O SR. ARNALDO MADEIRA (PSDB-SP. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Sras. e Srs. Parlamentares, embora se trate da urgência, quero aqui desde logo encaminhar a minha posição contrária ao mérito e à urgência. Eu não vejo urgência nenhuma para se votar a criação de um novo Estado e, no caso, nós temos duas urgências para se criar 2 novos Estados.
O surgimento de 2 novos Estados significa, para cada Estado, a criação de Palácio de Governo, Tribunal de Justiça, Delegacias dos Ministérios, Assembleia Legislativa, sede da Assembleia Legislativa, 3 Senadores, 8 Deputados Federais.Aliás, lembra bem o Deputado Genoíno, há mais um item para a partilha do pré-sal no Fundo de Participação de Estados e Municípios.
Então, Sr. Presidente, na verdade, hoje nós temos uma distorção na organização brasileira, na organização do Estado brasileiro.
Quando verifico os números a respeito, por exemplo, da representação, vejo o seguinte, pegando na ponta da lista: São Paulo — com dados de outubro de 2009 — , para eleger um Deputado Federal, 420 mil eleitores; Santa Catarina, 274 mil eleitores; Rio Grande do Norte, 271 mil eleitores, e por aí vai. Quando procuro lá embaixo os Municípios nos Estados menos povoados, vejo: Roraima, 31 mil eleitores elege um Deputado; Amapá, 48 mil; Acre, 59 mil.
Então, Sr. Presidente, temos um problema até de rever essa questão de organização do Estado brasileiro, seja do ponto de vista dos recursos, os Estados deveriam mostrar sua autossustentabilidade, seja do ponto de vista da representação. O que estaríamos fazendo aqui é acentuar a extorsão existente na organização do Estado brasileiro. Como nós sabemos como as coisas acontecem, o Paráhoje está com 17 Deputados Federais. Nós vamos criar 2 Estados, cada um vai ter mais 8 Deputados Federais. Quer dizer, o Pará com 17 e os 2 Estados vão ter 16 Deputados.
Portanto, sou uma pessoa que, em tese, sou a favor da criação de mais Estados, mas temos que fazer uma rediscussão da organização do nosso País.
Não é possível continuar desse jeito e aumentar a distorção e o gasto público hoje existentes. Estamos tratando aqui de 2 lados da questão: de um lado, o gasto público, com representação, com palácio do Governo, etc., e de outro lado, a representação política, a distorção da representação política nacional.
Com esses argumentos, coloco-me, inicialmente, contra a urgência, porque não vejo nenhuma urgência para criar mais 2 Estados no Brasil nas circunstâncias atuais.
O SR. ANTONIO CARLOS PANNUNZIO - Sr. Presidente, peço a palavra pela ordem.
CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ SEM SUPERVISÃO Número Sessão: 356.3.53.O Tipo: Extraordinária - CD
O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) - Tem V.Exa. a palavra.
O SR. ANTONIO CARLOS PANNUNZIO (PSDB-SP. Pela ordem. Sem
revisão do orador.) - Sr. Presidente, em linha bastante semelhante à que o Deputado Arnaldo Madeira encaminhou, quero deixar aqui clara minha posição. Eu, assim como V.Exa., Sr. Presidente, estamos entre os 70 Parlamentares que representam o povo do Estado de São Paulo aqui na Câmara dos Deputados.
Entendo que a formação de novos Estados pode e deve ser debatida nesta Casa, mas não em regime de urgência. E, mais ainda, qualquer debate tem que levar em consideração a questão da representatividade política de todos os Estados da Federação. A cada novo Estado que se cria torna-se menor na proporção a representação paulista. E o povo de São Paulo, caríssimo Presidente, Srs. Parlamentares, não é diferente, não é menor, não é pior e nem melhor do que os demais eleitores dos outros Estados brasileiros.
É preciso dar ao povo paulista um aumento de representação na proporcionalidade da Casa ou diminuir a representação dos outros Estados. Esse mínimo constitucional beneficia hoje 11 Estados da Federação, incluindo-se aí o Distrito Federal. Ou seja, eles juntos têm uma representação de 88 Deputados Federais e 33 Senadores. Somando-se as respectivas populações não têm a população da cidade de São Paulo apenas.
Sr. Presidente, é por essa razão que me manifesto contrário à aprovação do regime de urgência para votar essa matéria.
O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) - Muito bem.
O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Está em votação o regime de urgência. (Pausa.)
CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ SEM SUPERVISÃO
Número Sessão: 356.3.53.O Tipo: Extraordinária - CD
O SR. CHICO ALENCAR (PSOL-RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, peço a palavra para orientar.
O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ (PTB-SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, como houve encaminhamento contrário, a votação tem que ser nominal. Houve encaminhamento contrário. É automático. Havendo encaminhamento contrário, é automática a votação nominal.
O SR. CHICO ALENCAR (PSOL-RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, eu ia alertar sobre isso. Veja o Regimento Interno, tão invocado aqui ontem. Tem que continuar assim.
O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) - A Presidência vai consultar os ilustres Deputados que se manifestaram contrariamente se estão de acordo com a votação simbólica. (Pausa.)
Estão de acordo com a votação simbólica ou não?
O SR. ASDRUBAL BENTES (Bloco/PMDB-PA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o PMDB sim.
O SR. SANDRO MABEL (PR-GO. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o PR sim.
O SR. ILDERLEI CORDEIRO (PPS-AC. Pela ordem. Sem revisão do orador.)
– Sr. Presidente, o PPS sim.
O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) - Os nobres Deputados se manifestaram.
O SR. CHICO ALENCAR (PSOL-RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, em nome do Líder do PSOL e do meu também, não concordamos. É uma matéria delicada, exige mais debate, a proposta chega a...
O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) - A Presidência vai retirar o projeto.
O SR. CHICO ALENCAR - É mais prudente, é mais prudente.
Wandenkolk rebela-se e obstrui sessão do Congresso Nacional
Como não havia quorum privilegiado para o prosseguimento da sessão, a mesma iria "cair".
O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) - Está reaberta a sessão.
Peço a atenção dos Srs. Líderes. Como não há acordo para a votação de
nenhuma matéria nesta sessão de hoje, havendo o acordo de todos os Srs. Líderes,
vamos suspender a sessão e reabri-la amanhã, às 11h30min. Vamos também
cancelar a sessão que estava marcada para as 10 horas de amanhã, quinta-feira.
O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ (PTB-SP. Pela ordem. Sem revisão do
orador) - Sr. Presidente, eu só quero fazer uma colocação importante.
CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ SEM SUPERVISÃO
Número Sessão: 038.3.53.N Tipo: Extraordinária - CN
Data: 16/12/2009 Montagem:
46
Eu queria agradecer ao Deputado Wandenkolk Gonçalves. S.Exa. tinha a
postura de derrubar o quorum em razão da decisão da Mesa da Câmara de não
votar o projeto de urgência de Carajás. E eu solicitei a compreensão do Deputado,
que acabou admitindo a possibilidade de permitir que buscássemos um acordo.
Eu queria deixar registrado que existe o compromisso de todos nós de
votarmos a urgência de Carajás. E agradeço ao Deputado Wandenkolk Gonçalves
essa posição.
O SR. LIRA MAIA (DEM-PA. Pela ordem. Sem revisão do orador) - Carajás e
Tapajós.
O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) - Parabéns ao Deputado Wandenkolk
Gonçalves pelo equilíbrio. É um Deputado que merece todo o nosso respeito, pelas
posições sempre equilibradas nesta Casa.
Mas o que o parlamentar tem que fazer vai muito além desse gesto, pois, foi seus colegas de partido do "São Paulo Maravilha" que forçaram o adiamento da votação do pedido de urgência de votação dos projetos de decreto legislativo que autorizam a realização de plebiscito para a criação dos Estados do Tapajós e do Carajás.
Os Projetos de Decreto Legislativo do Carajás e do Tapajós retirados da pauta por falta de acordo com PSDB e PSOL.
Antonio Carlos Panunzio e Arnaldo Madeira, ambos do PSDB, manifestam-se contra a urgência do Carajás.
Chico Alencar do PSOL do Rio, virou o ventríloquo do senador sem votos José Nery.
Essa trinca cria, neste momento, um rosário contra o aumento da representatividade do Norte.
Querem tudo pra eles. Acabaram de dizer que o novo Estado também repartirá o pré-sal.
O pré-sal, como sabemos, só será operacionalizado daqui há 20 anos.
Os PDC's do Carajás e do Tapajós ficam adiados para depois do recesso parlamentar.
No Dia D da votação do projeto, ficou evidente a falta de prestígio do único deputado da legenda, no Pará e da região do Carajás, interessado na matéria. Seu nome?
- Wandenkolk Gonçalves.
As urnas do sul do Pará é que dirão.
Carajás e Tapajós entram na pauta
Foi apresentado requerimentos para apreciação da urgência das matérias.
Posteriormente será analisado pelos parlamentares o mérito.
O Quorum, até o presente momento é bom.
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