Por quê se tornou inadiável a criação dos Estados de Carajás e Tapajós?

Enviado pelo economista Roberto Castro, habitué do blog e publicado originalmente no blog do Hiroshi Bogea.

1 - Olhem para o mapa do Brasil com bastante atenção.














2 – Vejam a área dos Estados do Amazonas, Pará e Mato Grosso com 3.721.790 Km2 ou 43,7% do território nacional.

3 – Agora, olhem para uma das regiões mais pobres e mais secas do Brasil, o nordeste oriental (RN-PB-PE-AL-SE) com apenas 257.227 km2 ou 3,02% do país.

4 – Esses cinco Estados do nordeste, têm, juntos 750 municípios contra 344 da primeira região, portanto, são muito mais organizados.

5- Em termos de qualidade de vida e riqueza têm: PIB/Anual muito superior (R$ 78,04 bilhões), População maior (19.769.874 habitantes), mais veículos (2.058.060), mais telefones fixos e celulares (2.661.800 e 4.265.201 respectivamente), o triplo de Universidades Federais (9), 3,7 vezes mais Alunos Universitários (631.035 alunos no curso superior), uma representação política no congresso nacional muito superior a nossa (15 senadores e 62 deputados federais) além de cinco governadores. Com apenas 3,02% do Brasil, eles nos superam em tudo, até em estradas pavimentadas, o que é um verdadeiro descalabro, mesmo sendo paupérrimos em relação ao sul e sudeste. Dados do censo de 2000 do IBGE.

6- Isso significa que os nordestinos são mais ricos porque possuem mais veículos e produzem um PIB que é quase o dobro do nosso, se comunicam melhor, conseguem mais recursos no Congresso, se educam melhor por terem o triplo das nossas universidades federais gratuitas, além de um futuro muito melhor porque têm quase quatro vezes mais alunos no curso superior.

Dados completos abaixo, para uma reflexão mais profunda dos nossos governantes e políticos.

Não quis fazer uma comparação com os Estados do sul e sudeste, porquanto, cairia em depressão profunda e falta de esperança com relação ao nosso futuro. Apenas para se ter uma idéia, o pequenino Estado do Rio de Janeiro com 43.696 Km2 (1,16% do nosso território) nos supera em todos os indicadores com vantagens assustadoras, com exceção do número de senadores que é igual para cada Estado, e aqui somos 3 Estados, além do número de municípios devido à exigüidade territorial.






Evocando o princípio democrático, de que, todo o poder emana do povo e em seu nome será exercido, lembramos que uma significativa parte das populações desses três Estados gigantes está pedindo aos três Excelentíssimos Srs. Governadores, Blairo Maggi, Ana Júlia Carepa e Eduardo Braga que apóiem e recomendem a criação dos novos Estados de Araguaia, Tapajós, Carajás, Solimões e Juruá, além dos territórios federais de Marajó e Rio Negro.

Assim, considerando que toda a população das unidades federativas originais, sem exceção, encontra-se com o seu futuro irremediavelmente prejudicado, conforme explicitamos nos dados inequívocos acima, mister se faz que os referidos próceres tenham cinco minutinhos de prosa e tomem a feliz iniciativa de recomendar e trabalhar ativamente, para a criação desses novos Estado, em caráter especial urgente, em virtude da verdade e do bem estar dos seus governados.

Ao contrário, estariam, sem se dar conta, contribuindo para a felicidade e o desenvolvimento de outras regiões e de outros brasileiros, em detrimento de sua gente, em visível contra-senso as suas missões primordiais.

Morre em São Paulo o Deputado Federal Nélio Dias, presidente nacional do PP

Morre o deputado Nélio Dias, presidente nacional do PP
Gilberto Nascimento
Deputado Nélio Dias
Morreu nesta manhã o deputado Nélio Dias (PP-RN), que era presidente nacional do Partido Progressista e vice-líder da legenda na Câmara dos Deputados. O corpo do deputado será enterrado amanhã, às 16 horas, no cemitério Morada da Paz, no município de Parnamirim, próximo a Natal. O velório será realizado no Palácio da Cultura (centro de Natal), local oferecido pela governadora Wilma de Faria. A previsão de chegada do corpo a Natal é 17 horas.

A vaga de Nélio Dias será ocupada pelo primeiro suplente da coligação PP-PMDB-DEM-PTN, Carlos Alberto Sousa Rosado (Betinho Rosado), do DEM, que já exerceu três mandatos de deputado federal, nas legislaturas de 1995-99, 1999-2003 e 2003-07.

Morte encefálica
Ontem, às 16h30, havia sido decretado o estado de morte encefálica do deputado pela equipe de neurocirurgia do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. Ele estava internado na Unidade de Terapia Intensiva do hospital desde 10 de julho.

O deputado tinha câncer no pulmão havia seis anos e se submetia a tratamento radioterápico. Na manhã do dia 10, sofreu ruptura de aneurisma e parada cardíaca durante a penúltima sessão de radioterapia, realizada no mesmo hospital.

Nélio Dias era agropecuarista, tinha 62 anos e estava em seu segundo mandato como deputado federal.

A liderança do PP divulgou a seguinte nota: "O falecimento do nosso amigo e correligionário muito nos entristece. Nélio Dias foi um obstinado na busca do consenso, da harmonia e da paz nas questões partidárias. Como presidente coube-lhe iniciar um processo de reconstrução do Partido Progressista. Foi um homem do bem, um companheiro fiel e incansável. Neste momento difícil, desejamos muita força e fé aos seus familiares. A memória de Nélio Dias será honrada com nosso respeito e seu exemplo guiará nossas ações."

* Notícia atualizada às 11h58

Morre em São Paulo Antonio Carlos Magalhães

Agência Senado
Foto:

Morre Antonio Carlos Magalhães

Morreu às 11h40 desta sexta-feira (20) o senador Antonio Carlos Magalhães (DEM-BA), em São Paulo, devido a uma infecção e a problemas renais e cardíacos. O senador, que tinha 79 anos, estava internado desde 13 de junho no Instituto do Coração do Hospital das Clínicas (Incor), em São Paulo. O corpo será levado a Salvador, onde o senador será enterrado.

ACM havia sido hospitalizado em quatro oportunidades neste ano.
O político baiano era diabético e tinha problemas renais e cardíacos.

Uma das principais lideranças da política nacional, o senador Antonio Carlos Magalhães (DEM-BA) morreu nesta sexta (20), aos 79 anos, no Instituto do Coração do Hospital das Clínicas (Incor), em São Paulo.

A saúde do político baiano, diabético e com problemas renais e cardíacos, agravou-se em 2007. Debilitado, ACM foi hospitalizado quatro vezes neste ano. Em março, foi internado no Incor com quadro de pneumonia e disfunção renal. Depois, voltou a ser hospitalizado em 17 de abril, 29 de maio e 13 de junho. (G1)

Adesão total do empresariado sulparaense ao Carajás

Enviei ao longo desta semana a logomarca que estamos utilizando para as peças Pró- Criação do Estado do Carajás.

Acredito que seja uma reação espontânea às declarações da Associação Comercial do Pará desta semana, que está articulando um movimento de mobilização contra a criação dos Estados do Carajás e do Tapajós.

Produtores de alimentos, empacotadores de grãos, Lojas de Eltrodomésticos, de Tecidos, Supermercados, Postos de Gasolina...estão utilizando a logo em suas embalagens e fachadas.

Não há ao certo o número exato de assinaturas recolhidas até o momento em apoio ao plebiscito. Fala-se em 40 mil assinaturas em menos de um mês de mobilização.

"Nossa meta será de 500 mil", disse de Redenção, a pouco ao blog, o Deputado Giovanni Queiroz.

Encrenca grossa em Santarém




Segundo denúncia do Jornal O Estado do Tapajós, secretário comete irregularidades e é denunciado.

Leia aqui>>

Mensagem da ACES à ACP

Associação Comercial de Santarém defende criação de novo Estado

A Associação Comercial e Empresarial de Santarém (ACES), defendeu nesta sexta-feira, 13, em matéria publicada no jornal O Liberal, a criação do Estado do Tapajós. A entidade enviou nota à redação do jornal na quinta-feira, contraponto matéria publicada no mesmo dia e que informava que a Associação Comercial do Pará (ACP) está fazendo uma mobilização contra a divisão territorial do Estado.

Na matéria desta sexta-feira, o presidente da ACES, Olavo das Neves, faz uma defesa contundente do novo Estado e apresenta dados que comprovam que a divisão territorial, ao contrário de causar prejuízos ao Pará, vai melhorar a vida dos moradores de todas as regiões. Embasado em números e estudos técnicos, o empresário defende que a população das regiões historicamente abandonadas seja ouvida em plebiscito.

Na defesa que fez da criação de novos Estados, Olavo diz que esta é uma excelente estratégia de fortalecimento político, econômico e social de toda a região Amazônica. "É uma luta histórica contra o abandono e a pobreza", diz Olavo, informando que a mobilização da classe empresarial da região Oeste do Pará caminha no sentido inverso da ACP, lutando justamente pela criação de um novo Estado.

LEIA A ÍNTEGRA DA MATÉRIA DIVULGADA PELO JORNAL O LIBERAL:

"Associação Comercial de Santarém defende a criação de novos estados"

A Associação Comercial e Empresarial de Santarém (Aces) declarou ontem, por meio de nota oficial, que tem um posicionamento diferente da Associação Comercial do Pará (ACP) sobre a divisão territorial do Estado. A classe empresarial de Santarém e da região Oeste do Estado, segundo a Aces, defende a criação do Estado do Tapajós e avalia que a criação de novos Estados não prejudica o Pará, já que é uma "excelente estratégia de fortalecimento político, econômico e social de toda a região Amazônica".

A ACP anunciou esta semana que está articulando um movimento de mobilização contra a divisão, mas os empresários de Santarém garantem que não vão aderir à campanha. Para o presidente da Aces, Olavo das Neves, a mobilização da classe empresarial da região caminha no sentido inverso, na luta pela criação de um novo Estado. "É uma luta histórica contra o abandono e a pobreza", diz.

"Quando a ACP afirma que não é de interesse do Pará a divisão e o desmembramento de seu território, está excluindo mais uma vez o pensamento das populações das regiões que hoje defendem a emancipação política. Respeitamos o posicionamento da ACP, mas o Pará não é só Belém ou a região metropolitana. Temos milhões de pessoas nesta região que gostariam de ser ouvidas", afirma ele, para quem o plebiscito é a forma mais democrática para que se saiba realmente o os paraenses querem.

A Aces também discorda da afirmação de que a divisão do Pará vai causar prejuízos ao Estado que remanescer. Segundo a associação, há estudos que demonstram o contrário. Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), órgão do governo federal, com a divisão a população que ficaria no novo Pará teria mantidos - e até melhorados - os índices de qualidade de vida. O estudo, reforça a nota, mostra que o Pará manteria a maior população e os melhores índices econômicos e sociais, como renda per capita, menor desigualdade, maior percentual de domicílios com acesso a água e energia e menor taxa de mortalidade infantil.

"As desigualdades sociais e econômicas entre as regiões são gritantes, o que por si só já justifica um rearranjo do território estadual", argumenta Olavo das Neves. A região que continuaria sendo o Pará tem um Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de 0,72, enquanto em outras regiões o IDH não passa de 0,7 (Tapajós e Carajás). "São séculos de tentativas frustradas de administrar um território maior do que muitos países", avaliam os empresários santarenos. "É chegada a hora de estas regiões terem o direito de decidir por um caminho diferente da exclusão e miséria social", finalizam."


Segue link para a matéria publicada no site de O Liberal:

http://www.orm.com.br/oliberal/interna/default.asp?modulo=250&codigo=271109


Paulo Leandro Leal
Assessoria de Comunicação e Imprensa

Eu boicoto!















O blog junta-se ao boicote proposto pela Rede Record.

Veja o protesto aqui>>

Lula fala em rede nacional sobre acidente com jato da TAM

Finalmente está previsto para hoje a noite a fala do presidente Lula que vem a público, em rede nacional, lamentar o acidente e dizer o que seu (des)governo fará para equacionar essa vergonha que é o apagão aéreo há quase um ano.

Já vão tarde

São fortes os rumores em Brasília de que o presidente da Infraero, brigadeiro José Carlos Pereira, teria colocado o cargo à disposição ou pedido demissão. A expectativa é de que o Palácio do Planalto anuncie amanhã medidas de impacto em resposta à crise deflagrada com o acidente aéreo em Congonhas. Chefões da Infraero, Anac e Ministério da Defesa -- no caso, o ministro Waldir Pires -- estão inseguros em seus cargos. Só uma coisa é certa hoje em Brasília: O único com prestígio junto ao presidente Lula no momento é o comandante da Aeronáutica, brigadeiro Juniti Saito.

Blog dos Blogs

Carta do Deputado Giovanni Queiroz à ACP

A respeito da reunião da ACP e representantes do Governo Estadual sobre a divisão territorial do Pará. O Deputado Federal Giovanni Queiroz (PDT-PA), enviou a seguinte correspondência ao presidente da Associação Comercial do Pará (ACP).

Brasília, 13 de julho de 2007.


À
Associação Comercial do Pará
Belém - Pará

Att.: Altair Vieira

Prezado Presidente,

A respeito de reportagem publicada no jornal O Liberal, Caderno Política, Coluna Por Dentro, Pág. 04, edição de quinta-feira, 12 de julho, próximo passado, com o título: “Associação Comercial começa mobilização contra divisão do Pará”, vimos através desta, trazer ao conhecimento da Associação Comercial do Pará os seguintes esclarecimentos:

Como autor do Projeto de Decreto Legislativo (PDC) nº 159-B, de 1992, que versa sobre a autorização plebiscitária com o obejtivo de criação do Estado do Carajás, a partir do desmembramento do Estado do Pará, entendo que neste momento, devemos deixar de lado as paixões pessoais e que decorrem de interpretações superficiais das questões maiores do interesse do Estado do Pará.

Na minha ótica, impera o sentimento de que temos desafios inadiáveis a enfrentar, juntos, com o conjunto da sociedade, na busca de mecanismos que possam equalizar a imensa desigualdade social e econômica, fruto da insuficiência e ineficácia das políticas públicas, condenando o Estado a um impertinente modelo de desigualdade. Temos, portanto, a obrigação e dever patriótico de pensar grande e, sobretudo, pensar no Estado do Pará inserido num contexto nacional. Pensar num desenvolvimento maior de todo o Território e de toda a população.

O que propomos nada mais é do que dividirmos a gestão, e ao multiplicarmos nossa influência política, de maneira responsável, inteligente, planejada e estratégica, podermos alavancar muito mais o nosso tão almejado desenvolvimento. Um desenvolvimento em benefício de toda a população do Estado do Pará, no sentido de se garantir uma contribuição muito maior ao país.

Nesse sentido, quero propor a Vossa Senhoria promovermos um grande Simpósio no Estado do Pará, com a discussão do tema: “A divisão territorial”, que entendo ser um dos mais importantes instrumentos de desenvolvimento do País. Colocamo-nos, desde já, à disposição para participar desse debate.

Senhor presidente, a demanda por investimentos no interior de nosso Estado é crescente e inadiável. Outras de nossas grandes preocupações são relacionadas aos projetos de ampliação e implantação em curso por empresas do porte como a Companhia Vale do Rio Doce, Alcoa... dentre outras.

São vários os desafios, daí a nossa proposta de um grande encontro e que convoquemos toda a sociedade para este debate.



Atenciosamente,



GIOVANNI QUEIROZ
Deputado Federal

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Atualizada às 10h26, de 20/07

A resposta da Associação Comercial do Pará ao Deputado Giovanni Queiroz foi a mais previsível possível: fuga do debate. Leiam


Belém, 19 de julho de 2007


Ao
Deputado Giovani Queiroz
Câmara Federal
Brasília, DF


Senhor Deputado,

Acusamos o recebimento de sua Carta datada do dia 18 do corrente, propondo a realização de simpósio para a discussão da divisão territorial do Estado.

V. Exa. abre a sua correspondência sugerindo que “devemos deixar de lado as paixões pessoais e que decorrem de interpretações superficiais das questões maiores do interesse do Estado do Pará”.

V. Exa. comete dois erros de avaliação ou de informação, dois equívocos numa mesma frase.

Nem são “paixões pessoais” os motivos que nos levam a defender a integridade do nosso território, nem decorrem de “interpretações superficiais”.

Não fosse o nosso civilizado espírito democrático e poderíamos receber como insultuosa crítica o reparo equivocado.

A ACP tem opinião formada e fechada contra a divisão do Estado do Pará.
Sempre estamos abertos a debater qualquer tema ou proposta com vista ao desenvolvimento do Pará, mas não a discutir a sua divisão territorial.
Porque não é diminuindo o nosso território que o Pará vai crescer.


Atenciosamente,


Altair Correa Vieira,
Presidente

Carta ao presidente Lula

Não costumo repassar nada de cunho político e nem religioso, mas, a carta é tão lúcida e tão justa, que não resisti.
Estou desolada com a situação do país, e percebo que minha desesperança tornou-se um sentimento comum aos brasileiros que conseguem olhar os fatos com isenção e distanciamento de suas creenças políticas.
Que Deus nos ajude e a este país que tem tudo para dar certo! Angela
Carta ao presidente

Por Teresa Maria Moniz de Aragão

Sr. Presidente,

O Senhor ficou triste com as vaias que levou, pois a minha tristeza é muito maior que a sua, quando vejo que o dinheiro da educação , da saúde, do saneamento básico, da habitação, direitos essenciais dos cidadãos está indo para o bolso dos corruptos.

Eu fico imensamente triste, com esses assassinos do povo brasileiro que ajudam a formar marginais e matam o povo de fome ao lhes negar direitos básicos: educação, alimentação, saúde, moradia, cultura, esporte e o mais importante: dignidade.

Senhor presidente, eu piro de tristeza ao ouvir de fontes seguras que foram gastos R$18 milhões só na Pira do Pan.

Senhor presidente, o senhor pode me prestar contas do que foi gasto no Pan?

Tenho fontes que me dizem que só a pira olímpica custou R$18 milhões... Isso é verdade? Pirei...

O transporte de um cavalo de salto do Rio a São Paulo custa R$400.

Fontes fidedignas me informaram que foi gasto com o transporte dos cavalos do aeroporto até Deodoro R$1 milhão. Adoraria saber que isto é mentira. Quem vai fazer a auditoria do Pan??? Muito tem se falado dos superfaturamentos e as concorrências sem licitação. Gostaria de saber a verdade das contas do PAN... Para onde foi o dinheiro dos meus impostos. Sr.Presidente, o que o senhor acha? É brasileiro que gosta de uma fofoca, ou todo boato tem um fundo de verdade? Dá para providenciar uma auditoriazinha básica nas contas do PAN??

O senhor acabou de criar um ministério, 600 cargos novos de DAS, para fazer o quê? Quem vai pagar essa estrutura toda? Eu e toda a classe média, né? Ai que tristeza...

O senhor não sabe como eu fico frustrada, magoada, e até choro, ao colocar na ponta do lápis todos os impostos altíssimos que eu pago a quantidade de meses que trabalho só para pagar imposto e não vejo retorno. Tanto eu quanto a diarista que trabalha em minha casa pagamos um plano de saúde privado,pois os hospitais do governo não atendem às necessidades da população, não temos segurança, saneamento básico, redes de esgoto suficientes, uma estrutura urbana decente, etc.

Quando a CPMF foi criada, o objetivo era resolver o problema da saúde do Brasil. Quando o ministro Jatene viu que só 2% da CPMF ia para a saúde, sentiu vergonha de ter que compactuar com a sujeirada que é a política brasileira e pediu demissão...Retirou-se da política para guardar sua dignidade. E está aí a CPMF, engordando as contas dos corruptos, está aí o sistema de saúde que conhecemos.

Quem tem o direito de estar mais triste, Sr. Presidente, o senhor que foi apenas vaiado, ou os trabalhadores, os pobres, e a classe média, que padecem com o descaso das autoridades?

E depois, Sr. Presidente, não foi o senhor quem deu dinheiro para fazer o Pan, fomos nós , brasileiros da classe média, que , com nossos impostos financiamos o Pan. Não tenho que me sentir agradecida ao senhor por algo que eu paguei. O senhor esqueceu que eu com meus impostos ajudei a pagar o Aerolula para o senhor vir assistir abertura do Pan? O senhor é quem tinha que se sentir agradecido a mim. A mim e a todos os brasileiros que pagam impostos.

Me entristece sua política assistencialista. Como diz o ditado chinês, o importante não é dar o peixe, mas ensinar a pescar. Com sua política assistencialista, os pequenos empresários têm dificuldades de assinar a carteira de seus empregados que não querem perder a bolsa família. Não é hora de investir na geração de empregos? Numa reforma agrária com agrovilas, cooperativas, escolas técnicas e um planejamento de produção agrária com técnicos especializados? Fico triste quando vejo um sem terra pegar sua terra recém conquistada, e vender na primeira oportunidade.

Fico triste quando vejo um sistema discriminatório de cotas para a universidade. O que é isto? O povo brasileiro não quer favor. Quer educação pública de qualidade. Com um ensino público de alto nível ninguém precisa de cota para entrar na universidade.

Me deixa triste, Sr. Presidente, sua conivência com as manobras políticas para encobrir a roubalheira e a falta de ética que se instaurou no Governo Brasileiro em todos os níveis, desde o mais o mais alto até o mais baixo escalão - Esses assassinos ainda não entenderam que estão matando o país e o povo brasileiro a cada dia.

Escutei de uma pessoa próxima a mim que a maior alegria do Pan foi poder vaiar o Presidente pessoalmente. Não fique triste, Sr. Presidente, o senhor deixou, por alguns momentos, 90 mil brasileiros felizes, dando-lhes a oportunidade de lhe vaiarem pessoalmente. Triste fiquei eu de não poder fazer parte deste coro de insatisfação.

Eu votei no senhor no seu primeiro mandato, e fui traída. A decepção venceu a esperança. E o medo também. O senhor está arrebentando com as finanças do país. Arrebentando com a classe média e com os pobres... Pois rico não paga imposto. Coitado do próximo governo.

Concluindo, se alguns consideram a vaia uma atitude deselegante, ela é, como o senhor mesmo disse, a expressão espontânea da democracia e muito mais deselegante ainda é o desrespeito ao povo brasileiro.

Me diga agora, Sr.Presidente, quem tem o direito de estar mais triste, eu ou o senhor?

Assinado, uma brasileira muito triste, mas muito triste mesmo.

Este texto foi escrito por um leitor do Globo Online. Quer participar também e enviaro seu? Clique aqui

Teresa Maria Moniz de Aragão - tricampeã brasileira da canoagem em águas brancas (1989, 1990, 1991) e medalha de prata no Pan-americano de canoagem modalidade descida (1990).

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