Supremo acata denúncia da PGR contra os acusados na CPMI do Mensalão

Brasília - A semana passada foi cheia, embora não tenha havido votações importantes nos plenários da Câmara e do Senado. Na Câmara, a CCJ aprovou a PEC que renova a CPMF e a DRU até 2011. Pesquisa revela vitória dos trabalhadores nas negociações salariais até 1º semestre de 2007.

Num processo que promete ser longo e tortuoso, o Supremo Tribunal Federal (STF) acatou a primeira parte da denúncia do procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, contra os 40 acusados pela CPMI do chamado “mensalão”. O ministro relator do processo, Joaquim Barbosa vê indícios suficientes para processar os acusados. A previsão é que o julgamento vá além desta segunda-feira (27).


O Congresso Nacional recebeu com indiferença o acatamento das denúncias pelo Supremo, cujos parlamentares, mesmo os de oposição, não vêem muito impacto sobre o Governo.

Deputada Ana Arraes resume a realidade brasileira

Ag. Câmara






















Desde já um dos melhores e mais profundos discursos do ano que acaba de ser proferido pela Deputada Federal Ana Arraes (PSB) filha do ex-Governador e um dos fundadores do Partido Socialista Brasileiro, Miguel Arraes em comemoração aos 60 anos de fundação do PSB.

O SR. PRESIDENTE (Rodrigo Rollemberg) Concedo a palavra à Deputada Ana Arraes, que dispõe de 5 minutos. (Palmas.)

A SRA. ANA ARRAES (Bloco/PSB-PE. Sem revisão da oradora.) Sr. Presidente Rodrigo Rollemberg, Sras. e Srs. Deputados, Ministro Sérgio Rezende, Presidente da INFRAERO, Sérgio Gaudenzi, nosso Vice-Presidente em exercício, Dr. Roberto Amaral, Líder Márcio França, meu amigo e 1º Secretário do Partido, Carlos Siqueira, Embaixadores, representantes das Embaixadas, autoridades presentes, minhas amigas e meus amigos, minha intenção, neste momento, não é contar a história e fatos que marcaram a existência do PSB. Meu objetivo é fazer uma reflexão sobre a idéia central dos seus fundadores: socialismo e liberdade.

Durante 60 anos, o PSB busca incessantemente transformações sociais objetivando uma sociedade mais justa, sintetizado na insígnia Socialismo e Liberdade.

Socialismo que compatibiliza liberdade e igualdade, como aspirações humanas, continua sendo tarefa pendente e uma baliza a orientar os socialistas na luta por transformações sociais profundas para os próximos 60 anos.

Temos pela frente uma tarefa árdua, mas indispensável. Essa tarefa começa agora, pois nas palavras de Arraes, o futuro, para o brasileiro atual, para o pernambucano que me escuta, élogo depois de agora, é cada dia que amanhece. A única diferença está em que cada dia amanhecerá inevitavelmente, quer queiramos quer não; mas o nosso futuro, o futuro de um povo livre e emancipado econômica e politicamente, esse nós temos que merecer, que conquistar a cada hora e a cada dia.

O aumento do poder do capital global e do Estado norte-americano e a ideologia neoliberal, que resume o projeto de ambos, colocaram a esquerda socialista em defensiva. Nacionalismo e socialismo versus globalização foram temas que se contrapuseram nas discussões econômicas e políticas das duas últimas décadas. Era um período em que a mera indicação de nacionalista já apontava como "dinossáurico" um intelectual. Hoje, completando quase duas administrações conservadoras de George W. Bush, parte da intelligentzia repõe o imperialismo e o nacionalismo nas reflexões.

Como membros do PSB sabemos que vivemos em um mundo globalizado, intrinsecamente excludente, que gera um modelo perverso no qual o desenvolvimento e a globalização se dão em condição de profunda desigualdade da riqueza e do poder entre as nações e entre classes sociais.
A persistência da desigualdade no Brasil está diretamente associada à naturalidade com que é encarada, como se não fosse a decorrência de um processo histórico específico ou de uma construção econômica, social e política deliberada. A naturalidade com que se vê a desigualdade está fincada em raízes históricas profundas, ligadas à escravidão e à sua abolição tardia, passiva e paternalista; e também no caráter inicialmente elitista (República Velha) e depois corporativista (Era Vargas) de parte considerável do período republicano.

É preciso ter claro que a desigualdade brasileira resulta de um acordo social excludente, que não reconhece a cidadania para todos, em que a cidadania dos incluídos é distinta da dos excluídos e, em decorrência, também são distintos os direitos, as oportunidades e os horizontes.

Nas palavras de Arraes:
"Em razão do poder de que já dispõem os setores hegemônicos das elites, eles continuam a alargá-lo e a consolidá-lo. Na prática, ditam os rumos de um crescimento econômico que não se ajusta à verdadeiras necessidade de desenvolvimento do país".

A sociedade exige um projeto para o Brasil, capaz de influenciar a opinião pública nacional na defesa de transformações sociais que levem a uma sociedade mais justa. A solução para o problema exige uma reversão no processo de concentração da renda e da riqueza, raiz das desigualdades sociais. Pois, segundo Arraes, "essas desigualdades sociais e regionais constituem dois pontos mais críticos de nosso processo de mudança, desse conjunto complexo de transformações econômicas, políticas e sociais a que estamos chamando de revolução brasileira.
A distribuição da renda implica a necessidade de um vontade política orientada para um projeto de distribuição da renda, sem o qual estaremos condenados a ser um País sem futuro.

A renda é concentrada porque a propriedade é concentrada
. O processo de desconcentração da renda exige que o sistema tributário seja alterado: quem ganha mais deve pagar mais.

O nosso projeto político do PSB para os próximos 60 anos será construir um projeto político com o objetivo de pensar o Brasil na defesa dos interesses populares. O PSB sabe que só a organização dos setores populares e da sociedade viabilizará a melhoria das condições de vida de nossa população, cuja maioria está excluída dos benefícios sociais e econômicos.

Arraes nos dá a lição para tal: O Estado brasileiro foi transformado numa espécie de vice-reinado: amplos poderes para enquadrar a população e nenhum para decidir sobre as questões fundamentais do País. Para isso, é necessário constituir uma força política nacional sustentada pelo povo, que deve ser convocado para defender a nossa sobrevivência como Nação. De nosso processo de desenvolvimento tem de ser beneficiário o povo brasileiro".

É importante deixar claro, portanto, que não é na Lei em si mesma que se hão de encontrar todas as soluções, nem ela representa um retrato fiel do povo a que se
destina. Não raras vezes, a lei pode conter até belas declarações de princípios, distantes, porém, da realidade em que vive o destinatário da norma: o povo.

Quem não sabe, por exemplo, que liberdade, igualdade e fraternidade permeia toda a legislação ocidental surgida desde a Bastilha? É claro que nem na França, de então, isso foi aplicado.

Conseqüência direta dessa idéia enciclopedista é, dentre outras, a inserção na nossa Carta Magna da declaração com que se abre o Titulo Dos Direitos e Garantias Fundamentais, assim expressa:
Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade".

É necessário que nossos esforços sejam redobrados diante dos índices que distanciam a lei da realidade das vidas de grande parcela da população brasileira. Que igualdade éessa que permite a 1% da população deter 90% da propriedade? Que igualdade é essa que permite que 1% dos mais ricos da população se apropriem de 13% da renda nacional? Que igualdade é essa que permite que 30% da população seja composta por pessoas com renda inferior à linha da pobreza? Que igualdade é essa que permite que 29% morram antes de completar 1 ano de idade? Que igualdade é essa que permite que 27% da população sejam analfabetos funcionais? Que igualdade é essa a ensejar o dispêndio de fortunas em propaganda quando há milhões de brasileiros para quem o lar é o vão da ponte, para quem a escola é a rua, para quem a mesa de almoço é a lixeira?
Não adianta a Constituição trombetear que a cidadania e a dignidade da pessoa humana estão entre os fundamentos da República. Não é nem cidadão e nem pode ter dignidade o homem que não come e nem tem com que alimentar seus filhos. Não será cidadão e nem terá dignidade o menino sem lar e sem escola.

Também não será cidadã, nem poderá ter dignidade, a menina obrigada a substituir a boneca, que a sociedade nega-lhe, pelo dinheiro que a mesma sociedade impõe-lhe como pagamento pela precoce prostituição.

Aqui estamos porque há democracia no Brasil. Mas a democracia formal não basta. Ela é insuficiente para corrigir distorções que atingem toda a sociedade e que só podem ser retificadas com a democratização da economia. O regime democrático tem que abrigar, por definição, as aspirações de todos por uma vida melhor.

Arraes assim sintetizou:
"O conceito burguês de liberdade que nos foi legado pelas conquistas revolucionárias do século XVIII já não pode ter vigência neste século e neste tempo brasileiro. Mas o povo está aprendendo que esse conceito significa a liberdade de ser rico, para uns poucos e liberdade de ser infeliz e miserável para a maioria do povo.

Volto ao meu ponto. A integridade desses conceitos e princípios, contudo, não depende apenas da inteireza da norma. Eles perdem-se na abstração, adquirem cunho de mero exercício acadêmico se não estiverem plantados numa realidade social condizente com os ideais de justiça e igualdade.
Não podemos cair na armadilha exclusivamente eleitoral e formal do conceito de democracia.

Qual a importância para o desempregado saber se ele vota em nomes ou em lista? Qual a importância para o miserável saber se passa fome no parlamentarismo ou no presidencialismo? Qual a importância para milhões de brasileiros que vivem em favelas, morros, cortiços, alagados, nas grandes cidades saber se as campanhas eleitorais têm financiamento público ou privado?
Superar esses males sociais é imperativo da nacionalidade e pressuposto da democracia. Sem isso, continuaremos a ser a nação do futuro. Pois, de acordo com Arraes, "nós todos já sabemos que não pode haver liberdade concreta para o cidadão, sem as liberdades sociais, econômicas e políticas".

De novo, aprendi com meu pai que a liberdade é um poder que libera o homem e que a liberdade do homem é uma conquista do homem, não uma doação de nenhuma lei ou governo. O poder liberador éaquele que o homem ganha sobre a natureza e sobre sua própria natureza social".
A democracia estará sempre em nosso partido, e o amor que mulheres e homens têm à terra que nos serviu de berço impõe-nos o dever de resgatar o Brasil para o terceiro milênio, repudiando a discriminação racial e de gênero, combatendo o egoísmo do lucro excessivo, esmagando a miséria e a pobreza e legando aos pósteros um país construído com a grandeza de um povo altivo, sereno e forte.

Esta é uma data que nos faz voltar a refletir sobre a construção de um partido político que expresse as preocupações da maioria da população brasileira, população essa que está sendo deixada de fora do processo político.

O nosso objetivo para os próximos 60 anos, como membros do PSB, é a reafirmação constante dos ideais e compromissos assumidos pelos nossos fundadores. A necessidade de construir uma organização política de caráter socialista e ao mesmo tempo democrático.

Desde a sua criação, o PSB procurou marcar a sua atuação de forma diferente dos demais partidos políticos e se mostra como um partido brasileiro que pensa o Brasil. O pensamento político do PSB tem o objetivo de formação da Nação brasileira, um partido que objetiva construir um país mais justo e mais equânime.

Valorizamos a política como forma de mudar a sociedade para torná-Ia mais justa social e economicamente. Buscamos democracia e direitos com liberdade, almejando a igualdade de oportunidades para o povo brasileiro.

Temos a consciência de que devemos nos juntar a vários partidos que tenham identidade com essa luta do povo brasileiro para formarmos uma grande frente a favor do povo brasileiro e da democracia real do nosso País.

Para finalizar, gostaria de fazer minhas as palavras de meu pai quando de sua posse como Governador de Pemambuco, em 1963: Senti que era meu dever dizer tudo o que acabo de dizer. Com minha rudeza de nordestina e meu orgulho de ser brasileira, repito o seu ensinamento, que é essencial para a vida pública: luta sem fim pela democracia, defesa permanente da soberania nacional, a crença na força da organização popular e o compromisso com os excluídos.
Muito obrigada. (Palmas.)

Sessão solene pelos 60 anos do PSB

Ag. Câmara















O Deputado Federal Giovanni Queiroz (PDT) representando o seu partido, homenageou há pouco o Partido Socialista Brasileiro na sessão solene em comemoração aos 60 anos do PSB.

Leia abaixo o discurso.

O SR. PR ESIDENTE (Rodrigo Rollemberg) Concedo a palavra ao Deputado Giovanni Queiroz, que falará pelo PDT.
O SR. GIOVANNI QUEIROZ (Bloco/PDT-PA) Sr. Presidente, demais autoridades da Mesa, Sras. e Srs. Deputados, senhoras e senhores, quando o funcionamento, a eficácia e até a legitimidade das instituições políticas nacionais são publicamente questionadas, a homenagem que esta Casa Legislativa presta ao 60º aniversário do Partido Socialista Brasileiro — PSB, além de justa e merecida, é, acima de tudo, o reconhecimento público que fazemos sobre o papel crítico e renovador que esta agremiação política exerceu sobre a sociedade brasileira.
Reconstituir a memória dos acontecimentos nacionais que forjaram os quadros políticos que estiveram à frente da fundação do Partido Socialista Brasileiro é deveras alentador, em particular para o Partido Democrático Trabalhista, que represento nesta homenagem.

Para nós trabalhistas, é mais gratificante ainda porque nossas raízes se situam na revolução que eclodiu em 1930, a qual, coincidentemente, forjou aqueles quadros que fundaram em 1947 a agremiação política do socialismo brasileiro.

A opção pela soberania e independência nacional exigia a mobilização das forças políticas e produtivas do País, numa dimensão difícil de ser avaliada à época, para construir e implementar um projeto de Nação, concebido a partir dos nossos recursos disponíveis e dos interesses e necessidades das maiorias nacionais. Envolvia os riscos de todas as atitudes inovadoras capazes de provocar efeitos desconhecidos, particularmente para um país de passado colonial e escravista e que, durante 4 séculos, manteve invariável o status de economia agro-exportadora, oscilando sob a batuta de ciclos econômicos administrados pelas potências ocidentais do hemisfério norte.

Os desafios a serem enfrentados comoviam e mobilizavam as classes médias urbanas, particularmente a oficialidade jovem das Forças Armadas, intelectuais e artistas brasileiros, quadros técnicos do serviço públicos e contingentes de operários das indústrias que se multiplicavam a partir dos investimentos do capital acumulado nas fazendas de café e no respectivo comércio exportador.

Acostumadas ao mando e à submissão dos que eram vítimas de seu domínio, àquelas oligarquias dominantes consideravam estranhas as manifestações crescentes de insatisfação que ocorriam, sempre violentamente reprimidas ou dizimadas como em Canudos, no Contestado e em algumas revoltas militares.

Para elas, a questão social era caso de polícia e os impasses políticos internos e as dificuldades externas logo retornariam à normalidade quando os mercados internacionais retomassem as compras do café brasileiro.

Apenas uma pequena parte das classes proprietárias rurais, comerciais e industriais mostrava-se disposta a encarar o desafio de ampliar o pacto de poder em vigor para torná-Io mais representativo e democrático.

Ao calor das mobilizações populares, dos movimentos artísticos, debates intelectuais e levantes militares que sucessivamente ocorriam naquelas décadas iniciais do século passado, estes temas foram discutidos e aprofundados em todo o País. Em outubro de 1929, entretanto, o crack da Bolsa de Nova Iorque iria conferir urgência à decisão de mudar o quadro institucional do País, elevando a temperatura da crise nacional e da campanha eleitoral para Presidente da República, a ser realizada em março do ano seguinte.

Mesmo sem confiar no sistema eleitoral estabelecido, a Oposição participou ativamente da campanha unindo-se em torno da candidatura de Getúlio Vargas e de João Pessoa para a Presidência e Vice-Presidência da República, respectivamente, ao mesmo tempo em que se articulava o levante cívico-militar.

Com a ruptura institucional estabelecida com a Revolução de 30, restava definir com clareza a amplitude e os limites das mudanças e os quadros técnicos e intelectuais e as forças políticas internas que poderiam prestar apoio.

No momento em que se organizava o Governo Provisório, suas lideranças tinham diante de si dois grupos socialistas com influência junto àoficialidade militar. De um lado, existia o Partido Comunista do Brasil, de orientação marxista e reconhecido pela Internacional Comunista, controlada pela União Soviética. E, de outro, um grupo de intelectuais, advogados e professores universitários, sensíveis ao ideário socialista e que, mais tarde, iria dar origem ao Partido Socialista Brasileiro, hoje homenageado por esta Casa.

Não é este o momento de fazer balanço crítico ou autocrítica de nossas posições no passado, antes fixemos a atenção sobre os momentos gloriosos da vida nacional em que nós, PDT e PSB, estivemos juntos. Em primeiro lugar, a campanha vitoriosa de O Petróleo é Nosso, a criação PETROBRAS, a Frente Parlamentar Nacionalista, em que defendemos intransigentemente a intervenção estatal na economia para impedir que as multinacionais se apropriassem dos recursos nacionais e a limitação das remessas de lucro das empresas estatais.

Finalizando, eu gostaria de acentuar que o PDT sente-se honrado em participar desta homenagem aos socialistas brasileiros, reconhecendo e louvando o seu papel histórico de consciência crítica da Esquerda brasileira.

Que as lutas futuras que se avizinham fortaleçam os laços que unem as nossas agremiações políticas!

Era o que tinha a dizer.

Muito obrigado, Sr. Presidente. (Palmas.)

Inês não está morta!

Conseguimos um grande avanço: O Carajás e o Tapajós é assunto de mesa de bar, esquinas e vielas, nos assentamentos caponeses, na birita do Hélio na Assembléia - o clube.

Não é a primeira vez que somos massacrados com títulos vis, equivocados, porém, sinalizadores de que a maior parte da sociedade paraense está sob efeito do narcótico da falta de visão. Nós, igualmente, podemos ser passivos dessa contaminação; porém, com uma diferença: não cederemos um milímetro nessa luta! Estamos para ganhar. Somos guerrilheiros forjados no trabalho, na ação, na execução de nossas metas. Por não concordamos com armações. Sempre fomos os primeiros a não aceitar o chamado Trabalho Escravo, a utilização de mão-de-obra infantil. Quem me conhece, sabe muito bem o que penso da pistolagem, grilagem, exploração, tráfico, facilitação, mão sobre a cabeça de vagabundos...

Vamos ao debate. Vamos ao plebscito. Vamos aos votos. Vamos, todos, respeitar a vontade do povo nas urnas. Esse pessoal de Belém diz que no plebiscito a parada tá ganha. Ótimo! Perfeito!
Vamos as urnas.

Se a população do Estado do Pará não quiser o plebiscito, quem quer que seja o governante da vez, nunca mais nos deixará esperando na sua ante-sala. Discutirá projetos. Mas, não acredito que isso vire.

Não virará. Só se um anjo cair do Céu e me convencer que é anjo, antes de ser político.

Ah! Não mesmo.

Um bom domingo para vocês.

Pavimentando o 3.o mandato

Jader para governador

Val-André Mutran

Brasília- Há movimentos nas terras da Grã-Capitania do Pará.

O principal movimento em curso, passa ao léu do movimento separatista.

Está sendo gestado e articulado para a volta do Deputado Federal Jader Barbalho ao poder central do curral.

A decisão é fruto de sobrevivência política. O exercício de seu 3.o mandato é muito mais pragmatismo do que um ambiente mais, digamos, tranquilo! Algo como o sonho de uma retirada tática de um personagem que detem recordes para o bem e para o mau. Visto que Jader, é a prova viva que na política, com um salário de, vamos lá R$ 200 mil, pode-se ficar rico, muito rico. Mais isso é outra história. Se ao menos tivéssemos uma Receita Federal ao espelho da americana, a desnecessária suspeita não vingaria. Mas, como não a temos, Jader é um dos homens mais ricos do Pará! (NOTA: Não existe no Brasil um salário público de R$ 200 mim a pas). E sua contas com o fisco são aprovadas ano-a-ano.

Jader está operando como bom jogador. Está mais fortalecido que nunca dantes.

A possibilidade real de Helder - seu filho e herdeiro político - não virar a mesa no 2.o maior Colégio Eleitoral do Pará, agita como um terremoto peruano, os planos do maior jogador da política paraense.

Agitar é terreno conhecido como poucos para Jader Barbalho.

Desenha-se com força, cada vez maior, diante do atual cenário, a decisão de Jader pensar nele mesmo - contra sua vontade - é o que diria para os interlocutores -, de que, num processo natural de lançar seu filho, o prefeito de Ananindeua, como opção em 2010 à Ana Júlia é, agora, um jogo arriscado.

O Grupo RBA ou, como é mesmo o nome do Grupo sucessor? Tem uma missão que já ouriçou os seus executivos: mudar os números em Ananindeua. Tudo, no atual ambiente, leve a crer, está comprometido.

Como um movimento orquestrado, e mesmo assim, a situação não é a prevista pelos portugueses que enfiaram goela abaixo dos brasileiros, a sucessão ad eternum.

Soube até que se cogita a distribuição gratuíta do Diário do Pará na área, no intuito de reverter a desvantagem de enfrentamento direto entre Helder x Pioneiro.

O tributarista Helenilson Pontes assinando ficha no PMDB em Santarem, coloca Jáder rindo para as paredes. Explico: o advogado tapajoara, é um fenômeno; detentor de élan, inteligência e preparo. Maria do Carmo terá sérios problemas...Lira Maia, também.

No Carajás. Jáder será uma espécie de papa-tudo, bem ao seu gosto. E aposta nisso.

Levará Tucuruí, Parauapebas, Canaã dos Carajás, Curionópolis, Eldorado do Carajás, -e, a jóia da Corôa: Marabá, com seu aliado Asdrúbal Bentes.

Jader pavimenta agora mesmo a sua candidatura para a sucessão de Ana.

Helder se não der conta de virar a intenção de votos e uma rejeição três vezes maior em Ananindeua, não arriscará que o herdeiro se queime tão novo ao não ter a competência de adminsitar a 2.a maior cidade do Pará.

Enquanto isso, os emancipacionistas, olham tudo isso medindo os pesos na balança.

Val-André Mutran
Jornalista

Vote na nova enquete

A pergunta é: O STF condenará algum mensaleiro?

Participe! Sua opinião é importante. Vote ai ao lado.


Resultado da enquete

Na última enquete do blog, perguntamos:

Você acredita que a Governadora Ana Júlia Carepa deterá o movimento que quer criar novos Estados no Pará?

Sim


26,83%

Não


63,41%

Não me importo


9,76%


Não temos a pretensão de endossar o resultado como verdade. Trata-se apenas de um termômetro dos que visitam o blog e se dispõem a votar.

Não faça aos outros o que você não quer prá você

A história de uma armação bem conhecida aqui nos corredores do Planalto vem a tona agora para todo o Brasil. Patrocinada pelo ex-presidente e senador José Sarney (PMDB-AP), o esquemão roubou o mandato do então senador João Alberto Capiberibe - principal adversário político do curral eleitoral que el rei do Maranhão se aboletou no Amapá.

O feitiço pode virar contra o feiticeiro é o que se tira do episódio.





Quinta-feira, 23 de agosto de 2007 Pág. 7

Opinião

O triunvirato da cassação

João Capiberibe


Dia de cão aquele 25 de outubro de 2005, quando fui expurgado do Senado, sem direito de defesa, por decisão monocrática do presidente Renan Calheiros. Sarney não estava em plenário, dos bastidores manobrava a resistência obstinada de Renan em não ceder aos apelos de 52 senadores e senadoras que da tribuna defendiam que me fosse garantido o direito à ampla defesa, como determina o regimento interno e a Constituição.

Renan, impassível, ouviu três horas de discursos. Alguns com fundamentos jurídicos, outros mais políticos, um ou outro mais agressivo, causando-lhe grande desconforto. Renan não arredou pé. Nenhuma concessão à lei ou ao plenário. O senhor dos anéis arbitrou que eu não permaneceria nem mais um dia no mandato, conquistado pela vontade livre e soberana do povo do Amapá.

Seguro de sua decisão, Renan cumpriu o acordo ao arrepio da lei, para, em seguida, em grande júbilo, empossar um peemedebista derrotado nas urnas. Nesse momento, surge Sarney em plenário exibindo um sorriso triunfal. Não esquecerei um terceiro personagem que concorreu com seus préstimos para me retirar o mandato. Dele falarei mais adiante.

A convicção de Renan, sustentada em pareceres de advogados do Senado, sucumbiu em menos de 24 horas no STF, que considerou sua decisão uma afronta à Constituição. Esse revés, que poderia ter servido para alertar a casa da precariedade das regras e dos procedimentos na condução de processos envolvendo seus membros, teve efeito contrário. Renan fechou acordo na Mesa, estabelecendo rito sumário de cinco dias para a defesa, insuficientes para qualquer tentativa de cumprimento das confusas normas vigentes. Prevaleceu a manipulação e o arbítrio.

O mesmo ritual, improvisado ao sabor das circunstâncias, quase se repete no Conselho de Ética para inocentar Renan da acusação de ter usado um lobista para pagar pensão de uma filha fora do casamento. Renan queria e articulou tudo para ser declarado inocente na mesma velocidade em que conseguira me expurgar do Senado. Não logrou êxito, porque a imprensa, diligentemente, apressou-se a ir contar seu rebanho, trazendo a público denúncias cada vez mais comprometedoras, mobilizando, assim, a opinião pública, e reforçando a acusação de quebra de decoro parlamentar.

Vamos aos fatos que antecederam o dia "D". Logo após as eleições de 2002, o PMDB de José Sarney impetrou recurso junto ao TRE, pedindo a cassação de meu mandato e de minha companheira Janete (eleita para a Câmara Federal com o maior número de votos da história do Amapá) pela compra de dois votos, por R$26 cada, pagos em duas suaves prestações. O Ministério Público Eleitoral não apresentou denúncia, e o TRE nos declarou inocentes. O PMDB de Sarney recorreu ao TSE, cujo recurso foi cair nas mãos do então ministro Carlos Veloso. Esse senhor, agindo mais como advogado de acusação do que como juiz, convence seus pares de que de fato teríamos comprado os dois votos.

Depois de idas e vindas, o PMDB, em questão de ordem junto ao STF, propõe nosso afastamento dos mandatos antes do trânsito em julgado. O pleno do STF se divide: três a favor e três contra. Coube, então, ao presidente proferir o voto de Minerva. O voto da sabedoria.

É nesse momento crucial que emerge dos bastidores o terceiro personagem do triunvirato da cassação, o presidente do STF Nelson Jobim, já com um pé fora do Supremo e outro dentro do PMDB, batendo o martelo a favor do seu partido. Isso é o que penso até que me provem ao contrário.


JOÃO CAPIBERIBE foi governador do Amapá, prefeito de Macapá, senador e é vice-presidente nacional do PSB.

Giovanni lembra compromisso de Lula
















Discurso há pouco proferido na Tribuna da Câmara dos Deputados pelo Deputado Giovanni Queiroz (PDT-PA)

Srs. Deputados, trago aqui uma das propostas do Plano de Governo do Presidente Lula, quando ainda pleiteava, em seu primeiro mandato,chegar à Presidência da República.

Divisão territorial. Realizar estudos detalhados das propostas para a criação de novos Estados, considerando as dinâmicas econômicas e sociais produzidas historicamente, e estabelecer práticas de mediação entre os setores interessados para subsidiar o Congresso Nacional na votação da criação de novas unidades federadas.

Sr. Presidente, tive a oportunidade de estar com o Presidente da República, junto com a bancada do PDT, na semana próxima passada. E lá disse ao Presidente que a minha fala seria apenas a de levá-lo uma boa notícia. E a boa notícia éo fato que estamos já tramitando no Congresso Nacional, há algum tempo, particularmente na Câmara dos Deputados, o nosso projeto de decreto legislativo, que visa buscar autorização Congressual para procedermos à audiência à população por meio de plebiscito.
















E, ao mesmo tempo, dizia eu ao Presidente que também, de igual forma, tramita o mesmo projeto no Senado Federal, por iniciativa do Senador Leomar Quintanilha, do Tocantins, que tem autoridade para ter essa iniciativa, uma vez que é do Estado vizinho e o mais recente Estado da Federação, que também já tramitou na Comissão de Constituição e Justiça e de Redação. E, lá aprovada por unanimidade, aguarda a votação no Plenário do Senado Federal.

Dizia eu que estamos indo ao encontro daquilo que S.Exa. propunha para o Brasil, para que o País não continue mais esquecendo a Amazônia, como era a Capitania do Grão-Pará, que, em 1850, criou o Estado do Amazonas e, depois, em 1943, por uma questão de segurança, o Estado do Amapá e Roraima. Mas que pudéssemos integrar a Amazônia efetivamente. Era necessário que pensássemos numa revisão geopolítica, administrativa, para que pudéssemos ter Estados capazes de gerenciar mais próximo o anseio daquela população, que cresce, no sul do Pará, no Estado do Carajás e, no oeste paraense, o Estado do Tapajós.

E, dessa forma, Sr. Presidente, estaremos agregando ao País a condição de realmente incorporar a riqueza e potencial extraordinários que tem o Pará, na sua riqueza mineral, na sua água, no seu solo, no seu clima, já detectado em várias análises feitas para exploração de diversas atividades econômicas que ali possam se plantar. Inclusive a Vale do Rio Doce recentemente fez um estudo, que nos mostra que o crescimento de algumas cidades de influência direta dela, no sul do Pará, deverá dobrar a população nos próximos 5 anos. Isso significa o crescimento de 18% ao ano, Sr. Presidente. Isso é mais do a China. Isso também significa dizer que o empresariado brasileiro estáconvidado a investir no crescimento dessa região extraordinária, de solo e de terras férteis, assim como no Estado-mãe, o Estado do Pará, que também disponibiliza condições estruturantes, extraordinárias para o desenvolvimento e incorporação do desenvolvimento nacional.

A defesa de Paulo Rocha

Defesa de Paulo Rocha diz que MPF faz perseguição estatal como na ditadura

Blog do Jamildo

Blog Imagem/
Contar tanto dinheiro de origem ilícita causa sofrimento indizível

O advogado Mauro Luiz Silva, defendendo o deputado federal (PT-PA) Paulo Rocha, acusado de lavagem de dinheiro no esquema do mensalão, pediu que a denúncia, que classificou de "perseguição estatal", seja arquivada. Mauro Luiz chegou a lembrar a comparação, feita ontem por advogados de outros acusados, entre a denúncia do procurador-geral e a perseguição feita na época da Ditadura.

Segundo o advogado, Paulo Rocha somente atendeu a pedido do diretório nacional do PT e solicitou para sua assessora, Anita Leocádia, também acusada de lavagem de dinheiro, a retirada de dinheiro para o partido, "sem necessidade de obscurecer a transparência do que estava ali ocorrendo".

Ele acrescentou que a denúncia não é clara, o que gera dificuldade para a defesa. "Não há justa causa para a persecução penal, não se lastreia a denúncia em fatos que possam redundar em uma ação penal efetiva, sem o risco que os mais comezinhos princípios democráticos sejam deixados de lado", finalizou.

Mônica Veloso em cartaz

Calma! É só a prévia




















Será que é impressão do poster ou ela está tristinha!?

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