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Um legado sobre quem somos

Charles Darwin: Teoria da Evolução continua atual depois de 200 anos

Charles Darwin, criador da Teoria da Evolução, nasceu em 12 de fevereiro de 1809. Suas pesquisas pemanecem atuais depois de 200 anos. Veja entrevista com a professora Sandra Escovedo Selles.

G1

Dois séculos de um gênio

Há exatos 200 anos, no dia 12 de fevereiro de 1809, nascia em Londres Charles Darwin, o homem que criou a Teoria da Evolução das espécies. A casa onde ele viveu se transformou em um museu.

Um esperança para os politraumatizados

clipped from g1.globo.com

Resultado, obtido também com gatos, prenuncia teste em humanos.
Equipe da Fiocruz espera aprovação de comitê de ética para próxima fase.

Pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) da Bahia estão se preparando para testar o potencial das células-tronco adultas para ajudar pessoas que sofreram lesões na medula espinhal e ficaram com parte do corpo paralisada. Após resultados animadores em animais – cães e gatos voltaram a ficar de pé após meses em estado paraplégico –, o grupo coordenado pelo médico Ricardo Ribeiro dos Santos espera a autorização da Comissão
Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) para iniciar os primeiros testes em humanos.

Foto: Reprodução

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Células-tronco – a sociedade não pode ficar emparedada entre a ciência e o fundamentalismo religioso

Artigo - Pluralismo moral no debate

Com relação à utilização de células-tronco de embriões humanos para pesquisas seria desejável que não houvesse imposição moral de qualquer interesse sobre outro, seja ele científico, religioso, jurídico ou político

A forte expectativa da sociedade brasileira e da comunidade internacional em torno da decisão do Supremo Tribunal Federal sobre as pesquisas com células-tronco embrionárias revela a importância que o tema tem para a vida das pessoas, para a ciência e para o próprio futuro da humanidade. Com as recentes discussões desenvolvidas no Judiciário, das quais os brasileiros têm participado de modo indireto e que têm chamado a atenção da imprensa mundial, o que surpreende é o silêncio em relação a três declarações internacionais produzidas recentemente e vinculadas ao assunto — seja por parte dos tribunos, dos cientistas ou da própria sociedade civil organizada —, apesar do forte aval dado pelo Brasil à sua criação e ratificação.

Sem entrar no mérito da Ação Direta de Inconstitucionalidade que tramita no STF e divide opiniões entre os diferentes setores da sociedade, o que causa estranheza nesse saudável debate democrático é o fato de ele não estar levando em consideração os textos referenciais acordados internacionalmente que tratam da bioética, da genética e dos direitos humanos. Como organismo oficial das Nações Unidas incumbido da análise e discussão dos temas relacionados à educação, à ciência e à cultura, a Unesco tem como responsabilidade neste momento lembrar as bases conceituais e os objetivos de tais declarações de modo a contribuir para uma visão mais transdisciplinar e pluralística das questões bioéticas, que são de interesse da sociedade como um todo.

Desde a última década, vêm sendo empreendidos esforços internacionais na construção de caminhos referenciais para a comunidade das nações em relação aos avanços da tecnologia biomédica e ao controle ético da qualidade da vida humana de modo geral. Inicialmente, em 1997, foi lançada a Declaração Universal sobre o Genoma Humano e os Direitos Humanos, que ofereceu referenciais concretos para os países interessados em regulamentar o assunto, principalmente em relação aos direitos naturais das pessoas, ao desenvolvimento das pesquisas e às condições de exercício da própria atividade científica neste campo do conhecimento.

Em 2003, foi promulgada a Declaração Internacional sobre os Dados Genéticos Humanos, que teve como preocupação garantir o indispensável respeito à individualidade e confidencialidade no trato público e privado das informações genéticas de toda e qualquer pessoa. Esse documento propôs o compromisso da humanidade em zelar pelo respeito à dignidade humana e às liberdades fundamentais na coleta, tratamento, utilização e conservação dos dados genéticos da nossa espécie, atendendo a imperativos de igualdade, justiça e solidariedade.

Mais recentemente, em 2005, depois de quase três anos de intensas discussões e com o referendo de 191 países, entre eles o Brasil, foi aprovada a Declaração Universal sobre Bioética e Direitos Humanos. Essa declaração, entendida como o documento mais completo construído no presente século e relacionado com o tema, ampliou a pauta da disciplina para além dos campos biomédico e biotecnológico, incorporando ao seu conteúdo as questões sociais (pobreza, violência), sanitárias (acesso à saúde, medicamentos e novas tecnologias) e ambientais (sustentabilidade). A declaração reforça a concepção contemporânea de que os temas biomédicos não podem ser tratados exclusivamente na esfera biotecnocientífica pelas conseqüências sociais e políticas decorrentes da aplicação das novas tecnologias a pessoas e sociedades humanas.

Todos os três documentos internacionais, referendados unanimemente pela comunidade de nações que integram a Unesco, estão à disposição dos países, das diferentes sociedades humanas e das instituições científicas como normas internacionais não vinculantes — sem poder de lei, portanto — no sentido de apontar rumos futuros para a construção de legislações equilibradas, praticamente úteis e moralmente justas no contexto de pluralidade em que vivemos neste século XXI.

Com relação à utilização de células-tronco de embriões humanos para pesquisas, seria desejável que não houvesse imposição moral de qualquer interesse sobre outro, seja ele científico, religioso, jurídico ou político. Nesse sentido, a sabedoria está na construção de propostas afirmativas que, excluindo o paternalismo estatal que decide o que as pessoas podem ou não fazer, permitam que a decisão seja delegada às consciências individuais de cidadãos e cidadãs conscientes. Tudo isto, naturalmente, permeado por uma legislação justa e rigorosa, e por uma fiscalização sanitária adequada.


Vincent Defourny (1) Volnei Garrafa (2)
1. Representante da UNESCO no Brasil (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura). 2. Coordenador da Cátedra UNESCO de Bioética e do Programa de Mestrado e Doutorado em Bioética da Universidade de Brasília (UnB). (Publicado hoje no Correio Braziliense)

O lobby católico

Divulgação

Apesar de negar, o ministro paraense Carlos Alberto Menezes Direito, do Supremo Tribunal Federal, protagonista do pedido de vistas na ação de inconstitucionalidade apresentada pelo ex-procurador-geral do Ministério Público Federal, pode sim ser excluído do julgamento.

O defensores das pesquisas com células tronco embrionárias podem perfeitamente apresentar uma petição alegando suspeição do ministro.

Direito é declarado carola e age segundo a ditadura das leis canônicas da Igreja Católica. A mesma que é contra métodos contraceptivos, a mesma que se recusa a conceder a comunhão à casais divorciados, e por ai vai.

Mais um membro de destaque nacional do Pará, na contra mão da evolução humana.

Direito nem precisa revelar o que todos sabemos sobre a convicção da Igreja Católica sobre o assunto: o zigoto fecundado in vitro é gente, mesmo fora de útero que o permita o início do processo que, somente após 14 semanas começa a expandir a rede nervosa do futuro ser humano.

Detalhe: o objeto de pesquisa dos cientistas são células embrionárias descartadas e que serão jogadas no lixo após três anos sem que a elas sejam dado um destino final.

Carta de Belém sistematizará propostas para ciência na Amazônia

A Comissão da Amazônia, Integração Nacional e de Desenvolvimento Regional vai elaborar a Carta de Belém, que será a sistematização das propostas recebidas pelos parlamentares de pesquisadores e cientistas durante a Mesa Redonda “Amazônia, um desafio do Congresso Nacional”, realizada hoje (10/5) pela manhã, em Belém do Pará, dentro da 59ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), que está acontecendo no Hangar - Centro de Convenções da Amazônia até o próximo dia 13.

A Mesa Redonda materializou uma participação inédita do Congresso Nacional no maior evento do mundo científico brasileiro. Dezesseis parlamentares se deslocaram até Belém exclusivamente para o evento, 12 dos quais membros da CAINDR (ver lista abaixo) e representantes da Comissão de Ciência e Tecnologia, deputado Emanuel Fernandes, da Comissão Mista de Mudanças Climáticas, deputado Rodrigo Rolemberg (PSB-DF), da Comissão de Educação e Cultura, deputado Waldir Maranhão (PP-MA) e o senador José Nery (PSOL-PA).

Depois de elaborada e aprovada pelas quatro comissões que participaram do evento, a Carta de Belém será encaminhada ao presidente da República, Luis Inácio Lula da Silva. De acordo com a deputada Vanessa Graziottin (PCdoB-AM), presidente da CAINDR, a Carta será fundamentada nos eixos infra-estrutura, educação, ciência e tecnologia.

O documento constituirá um esforço do legislativo para reverter o quadro da ciência e da pesquisa na Amazônia, que hoje exibe números constrangedores como, por exemplo, o exposto pelo presidente da SBPC, Ênio Candotti, de que 70% da pesquisa que é produzida na região é feita por pesquisadores estrangeiros. Ou o dado do CNPQ (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) revelador de que dos 50 mil pesquisadores existentes Brasil, só dois mil estão na Amazônia.

Quando o relatório de 2006 do CNPQ parte para um comparativo numérico de instituições superior de ensino, a distorção também é grande: No Brasil existem 52 Universidades Federais, das quais só 10 estão na região Amazônica. O País tem 33 universidades estaduais, só cinco estão na Amazônia. Existem vinte e cinco universidades municipais brasileiras, nenhuma delas está na Amazônia. Resumindo, o universo nacional de professores graduados, professores com especialização, mestres, doutores, universidades públicas e privadas somam 65.897, dos quais somente 2.780 estão no Norte. O que representa apenas 4.2% para uma região que representa 62% da área geográfica do Pais.

Sugestões – O presidente da SBPC apontou como necessidade imediata a implementação dos Programas de Ciência e Tecnologia na Amazônia no nível da importância que a região tem. “Precisamos multiplicar por dez o número de cientistas, pesquisadores, professores e engenheiros na Amazônia. Precisamos de um programa que faça isso”, disse, estimando o custo dessa ação em R$ 20 milhões por mês.

Ênio Candotti também disse que é urgente um Projeto de Lei que “descriminalize” a prática da ciência. “Precisamos conhecer o que queremos preservar e para isso precisamos poder pesquisar”, ressaltou.

Outra solicitação de Candotti, são ações voltadas para o reconhecimento e valorização dos saberes tradicionais. “Eles são as chaves da entrada na floresta. Não devem ser guardadas na geladeira. São vivos, renováveis. Têm tanto valor quanto os conhecimentos científicos”, destacou.

O cientista Marcos Antônio Raupp, presidente eleito da SBPC, disse que é necessário a efetiva instalação e implantação das universidades já existentes. Além de ações que motivem ainda mais governadores como os dos Estados do Amazonas e Pará que já têm feito ações de apoio à educação como a criação de novas universidades e centros de pesquisas.

O secretário de ciência e tecnologia do Amazonas, José Aldemir de Oliveira, reforçou a necessidade de respeito aos conhecimentos tradicionais com a criação de linhas de pesquisa que estudem este patrimônio cultural. Solicitou também linhas de pesquisa que estudem a grande migração do interior para as grandes cidades. Além de ações que desconcentrem dos Estados do Pará e do Amazonas a pesquisa realizada na região Norte. “Não podemos repetir na Amazônia o que criticamos no Brasil”. Justificou.

Alex Fiuza de Melo, reitor da Universidade Federal do Pará (UFPA), enfatizou que a Amazônia não defende com exército, nem com armas, só com conhecimento. “A Amazônia tem muitos recursos naturais mas não tem conhecimento sobre eles”, disse, ressaltando ainda que o Brasil tem um pacto federativo extremamente injusto. O reitor solicitou ainda empenho dos parlamentares para obter do Governo Lula grande volume de concursos públicos para as universidades da Amazônia.

O reitor da universidade estadual do Pará, Fernando Palácio, também criticou o pacto federativo. Ele lembrou que na Amazônia só 7% dos jovens freqüentam ensino superior. A média do Brasil é de 12% e da região Sul é quase 30%. “A expectativa de trabalharmos juntos – legislativo e mundo cientifico – é fundamental para reverter essa lógica injusta do pacto federativo”, defendeu.

Lúcio Flávio, membro a SBPC e professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, criticou a concentração de Centros de Pesquisa nas regiões Sul e Sudeste do País. “Nos Estados Unidos e na França estes centros estão espalhados por todo o País”, exemplificou.

José Raimundo, membro da SBPC e pesquisador do Parque Tecnológico de São José dos Campos, destacou que a importância da Amazônia é consenso na SBPC e sugeriu aos parlamentares revisão da legislação de exportação de minério. “Temos que exigir agregado tecnológico neste minério. Não podemos nos orgulhar de exportar matéria-prima”.

Momento Vitorioso – Quase todos os parlamentares se manifestaram e assumiram compromisso com uma agenda positiva para o legislativo na área de ciência e tecnologia. Vanessa Graziottin considerou o evento um momento vitorioso. “Foi a primeira vez que um grupo de parlamentares esteve numa reunião da SBPC e o resultado é muito bom”, comemorou.

Participaram do evento os seguintes parlamentares da Comissão da Amazônia: Neudo Campos (PP-RR), Urzeni Rocha (PSDB-RR), Lindomar Garçon (PV-RO), Perpétua Almeida (PCdoB-AC), Elcione Barbalho (PMDB-PA), Zé Geraldo (PT-PA), Márcio Junqueira (DEM-RR), Paulo Rocha (PT-PA), Lira Maia (DEM-PA), Ilderlei Cordeiro (PPS -AC) e Sebastião Bala Rocha (PDT-AP).

Bety Rita Ramos (

Assessoria de Imprensa da Comissão

Já estou na fila - A second life

Quem sabe lá as coisas sejam melhores?

Grupo acha planeta extra-solar habitável

Mundo localizado a 20,4 anos-luz de distância pode abrigar vida. Cientistas estimam que ele seja só um pouco maior que a Terra.

Salvador Nogueira 9 (G1)

A busca finalmente terminou -- ou, nas palavras dos próprios cientistas, ela acaba de ficar mais interessante. Um grupo europeu de pesquisadores acaba de descobrir um planeta fora do Sistema Solar que é muito parecido com a Terra, com potenciais condições para abrigar vida.

Ele é um dos três planetas conhecidos que orbitam uma estrela chamada Gliese 581c. Trata-se de uma estrela das mais comuns, de uma classe conhecida como anã vermelha -- menor e mais fria que o Sol. O planeta mais interno é provavelmente um gigante gasoso, com tamanho similar ao de Netuno, e completa uma órbita em torno da estrela a cada 5,4 dias terrestres. Ele foi descoberto dois anos atrás.

As novidades são os outros dois planetas, apresentados num artigo científico submetido ao periódico "Astronomy and Astrophysics" (que estava embargado até as 20h desta terça-feira). O mais externo completa uma volta a cada 84 dias e tem cerca de oito vezes a massa terrestre. Mas interessante mesmo é o planeta do meio. Ele possui "apenas" cinco vezes a massa da Terra (é o menor já detectado) e tem um ano que dura míseros 13 dias.

Embora ele esteja muito mais próximo de Gliese 581 do que a Terra do Sol, como sua estrela é muito menos brilhante, sua órbita cai na chamada Zona de Habitabilidade. É a região em que um planeta não fica nem muito quente, nem muito frio, e pode abrigar água em estado líquido -- principal característica essencial à vida.

O grupo liderado por Michel Mayor, do Observatório de Genebra, na Suíça, estima que a temperatura média nesse mundo fique entre 0 e 40 graus Celsius -- não muito diferente da Terra, cuja temperatura média é de 15 graus. Mais aqui>>

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