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Arns oficializa saída do PT

Flávio Arns entrega carta de desfiliação do PT em Curitiba

O senador Flávio Arns entregou nesta quinta-feira carta ao Diretório Municipal do PT em Curitiba em que comunica seu desligamento do partido. No documento, Arns aponta a orientação do presidente do PT, Ricardo Berzoini, para que a bancada do partido no Conselho de Ética votasse pelo arquivamento de representações contra o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AM), como uma das razões para sua saída.

“A referida orientação ignorou o documento assinado por todos os senadores da bancada em que requeriam a apuração e investigação das denúncias”, destaca Arns. Com o apoio do PT, todas as representações contra Sarney foram arquivadas no Conselho de Ética. Na ocasião, Arns anunciou que deixaria o partido.

Na carta, o senador afirma ainda ter sido discriminado por membros do partido, incluindo o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.

Em discurso na tribuna da Casa, Arns alega estar preparado para enfrentar a Justiça caso o partido recorra aos tribunais para reaver a vaga no Senado por infidelidade partidária. A saída de Arns deverá ser confirmada junto ao Tribunal Regional Eleitoral do Paraná. O senador ainda não definiu a que partido pretende se filiar.

Fonte: Último Segundo.

Frase da Semana

O PT dos seus sonhos não é mais um sonho de PT para seus melhores integrantes. Para o Brasil, pode ser um pesadelo.

Um leitor da Veja.

O "Irrevogável" Mercadante

“Um discurso envergonhado”  define a atitude do senador Aloisio Mercadante de não renunciar à liderança do PT 

A manobra deve custar-lhe caro pois, parte da aguerrida militância do partido, enxergava nele a possibilidade real de sacudir o partido e colocá-lo num caminho de resgate às convicções que levaram seus fundadores na construção de um partido focado num socialismo moderno. A social democracia que o PSDB jamais construirá.

Reproduzo reportagem do Correio Braziliense sobre o enterro político de Mercadante que, em 23 minutos, fez malabarismo de oratória para justificar permanência no cargo de líder da bancada petista no Senado. No fim, pediu desculpas aos militantes que cobraram a saída dele do cargo.

O senador Aloizio Mercadante (PT-SP) subiu à tribuna do Senado com uma missão difícil de cumprir. Precisou de 23 minutos para explicar ao eleitorado como, em 24 horas, havia desistido de deixar o cargo de líder da bancada petista na Casa em caráter irrevogável. Fez uma costura complexa para mandar seu recado. Iniciou o pronunciamento dizendo-se desiludido e frustrado, enumerando erros cometidos pelo PT e pelo governo. Disse que era um sacrifício permanecer na liderança e reconheceu que havia perdido interlocução com outras correntes do plenário, como o presidente José Sarney (PMDB-AP). Depois, colocou nas costas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a culpa pela desistência.

Leu uma carta enviada pelo presidente na manhã de ontem, pouco antes de iniciar seu pronunciamento. No documento, Lula pede a Mercadante que permaneça no cargo. “Mais uma vez na minha vida, o presidente Lula me deixa numa situação em que eu não tenho como dizer não. Não tenho. Não tenho, como não tive muitas vezes”, justificou, por fim.

A notícia já era esperada. Antes de Mercadante chegar ao plenário, o senador João Pedro (PT-AM) — que chegou a ser cotado para ficar na vaga do paulista na liderança — havia adiantado em seu Twitter o recado. “O Mercadante fica”, escreveu.

Na prática, a permanência do senador paulista na liderança no PT é uma boa saída tanto para ele quanto para a legenda. Com o apoio do Planalto, Mercadante poderá trabalhar para refazer alianças, e garantir um palanque para 2010. O partido, por sua vez, pacifica os rumores sobre um racha interno. “Eu apoio a posição dele. Foi uma medida acertada. Temos que ter uma unidade em torno da candidatura da Dilma e temos que ter unidade para auxiliar o governo. Recuperamos isso”, avaliou o líder do PT na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP).

Solidariedade
Mas Mercadante mandou recados a membros da legenda. Disse, por exemplo, que era petista antes de o PT existir. Ressaltou sua participação na criação e trajetória do partido e do próprio presidente Lula. Enumerou os pares da bancada que lhe foram solidários. Deixou de fora o senador Delcídio Amaral (PT-MS), que lhe fez críticas públicas, após desavenças por conta da crise de José Sarney. “Ali, naquele momento da história (na fundação do partido), ninguém foi para o PT para ter um cargo. Não foi fácil chegar aonde nós chegamos. Eu estou desde a primeira hora”, disse. Delcídio se filiou ao PT nas eleições de 2002, e chegou a cogitar uma adesão ao PSDB.

Ao final do pronunciamento, Mercadante pediu desculpas aos militantes que cobravam a sua saída. Mas a resposta veio no mesmo veículo que ele usou para dizer que iria deixar a liderança. A página do senador no Twitter foi o púlpito escolhido pelo eleitorado para debater o recuo do senador. “Suas palavras não me sensibilizaram. Onde está a sua dignidade?”, cobrou um internauta.

A guinada do PT


No Noblat

Para analistas, ética cedeu lugar ao pragmatismo no PT

Sociólogo fundador da legenda diz que partido está a reboque de Lula e atua segundo sua conveniência eleitoral

De Flávio Freire:

De ex-petistas de carteirinha a sociólogos, historiadores e cientistas políticos, o raciocínio recorrente quando analisada a atual crise que atinge o PT é o de que, há tempos, a ética deu lugar à conveniência eleitoral.

Tanto especialistas em análise política como quem já participou da estrutura petista dizem acreditar que as deserções anunciadas nas últimas 48 horas - os senadores Marina Silva (AC) e Flávio Arns (PR) - são apenas os primeiros reflexos da "degradação" do partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

- O PT está sendo despedaçado pelo presidente Lula, que ficou maior que o partido. E ele é quase uma unanimidade, tanto do lado dos dominados como do dos dominantes. O PT governista ficou a reboque do presidente e caminha de acordo com o que é conveniente - disse um dos fundadores do PT, o sociólogo Francisco de Oliveira, que abandonou a legenda em 2003, primeiro ano do governo petista, por causa de diferenças ideológicas.

Para Oliveira, não se pode levar adiante a justificativa da cúpula do partido de que a defesa do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), é tão somente uma forma de impedir que a oposição desestabilize a base do governo.

- Ora, toda oposição se opõe ao governo, em qualquer lugar do mundo. O que não pode é usar essa articulação para justificar o que sempre foi injustificável dentro do PT, que é apoiar o Sarney - disse o sociólogo, que não reconhece como positivo o governo administrado pelo partido que ele mesmo ajudou a fundar.

- Este governo tem façanhas sociais, mas se transformou numa regressão política. Está trazendo de volta um patrimonialismo que já tinha sido superado. Leia mais em O Globo

Entrevista - Flávio Arns - ''O partido mudou''

Ag. Senado
















O senador Flávio Arns (PT-PR) comunicou ontem oficialmente ao líder Aloizio Mercadante (PT-SP) que se desligará do partido. “Queríamos uma coisa simples: esclareça-se, investigue-se. O Senado não pode simplesmente não investigar. Lula, com tanta popularidade, poderia fazer isso com pé nas costas. Pedir justiça e transparência”, disse. Confira os principais trechos da entrevista:

A decisão de sair é irrevogável?
É, vou sair. Pedi para os advogados me ajudarem. Gostaria que houvesse uma decisão judicial porque hoje só se diz que o parlamentar perde o mandato. Só se fala da fidelidade do parlamentar ao partido. E a fidelidade do partido aos seus ideais. Acho que essa discussão deve ser feita. Estou saindo porque o PT mudou completamente.

Como o senhor vê as ações do presidente Lula em defesa de Sarney, a defesa de Henrique Meirelles como candidato em Goiás?

No caso do Sarney, isso desarticula, desautoriza a bancada. A bancada foi eleita e tem que ter um compromisso com a consciência, com o eleitor e com o partido, nessa ordem. A nota do (Ricardo) Berzoini (presidente do PT) não foi discutida, assim como a candidatura de Meirelles, não houve debate.
E Marina Silva? O senhor acha que muitos petistas podem migrar com ela? O senhor vai para o PV?

As bases do PT não concordam com o que vem sendo orientado no Congresso. Não existe sintonia. O PT aceitou que o presidente Lula coordenasse a escolha do candidato. Mas muita gente pode migrar agora. Como ocorreu na saída de Heloísa Helena para o PSol, sem dúvida ocorrerá com a ida de Marina para o PV. Ela é sensata, correta e com credibilidade. Ainda não defini meu destino.
O senhor acha que a crise acabou com o arquivamento das representações contra Sarney?

O problema não é o Sarney. Somos nós mesmos. Vimos um trator vir para cima. Fomos eleitos para aguentar pressões, mas a atitude foi errada, em desacordo com os princípios e o clamor da sociedade. O que queríamos? Que se investigasse. O Lula tem tanta popularidade que poderia fazer isso com um pé nas costas. Ah, mas isso pode interferir no apoio do PMDB ao PT. Mas o partido precisa saber que mais importante que apoios é a sociedade ter instituições boas. É o que eu acredito.

Senador renuncia amanhã da liderança do PT no Senado

Para preservar sua honradez política, o discurso do senador Aloizio Mercadante (PT-SP) de renúncia à liderança do PT no Senado vai ser realizado apenas às 10h desta sexta-feira. O senador pretendia anunciar às 15h desta quinta-feira, em plenário, sua saída da função. Porém, a pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o senador adiou o discurso.

Entretanto, apesar da conversa com Lula, a decisão de Mercadante é "irreversível', de acordo com a assessoria de imprensa do senador.

Presidente deve relativar sua posição amanhã.

Após Marina, Flávio Arns prepara saída do PT

Flávio Arns diz que PT 'rasgou a página da ética'

Ag. Senado


Ao felicitar a postura e a coerência do senador Arthur Virgílio (PSDB-AM), o senador Flávio Arns (PT-PR) disse estar envergonhado por ser filiado ao Partido dos Trabalhadores. O senador disse que o PT "rasgou a página fundamental de sua constituição, que é a ética", ao votar a favor do arquivamento, no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar do Senado Federal, das denúncias apresentadas contra o presidente da Casa, senador José Sarney (PMDB-AP).

- O PT tem de buscar outra bandeira, porque a ética deixou de existir, foi jogada no lixo - afirmou o parlamentar, criticando particularmente a nota divulgada pelo presidente do partido, Ricardo Berzoini, "recomendando que ética fosse jogada no lixo".

Para Flávio Arns, seu partido "deu as costas para a social, para o povo, para seus princípios".

- Eu me envergonho de estar no PT, com esse direcionamento que o partido está fazendo. Quero dizer isso de maneira muito clara para todos os meus eleitores. Houve um equívoco. Quando entrei no partido, achava que bandeiras eram pra valer, não eram de mentira - afirmou o senador, acrescentando que as bandeiras que hoje movem o PT "são bandeiras eleitorais, bandeiras visando a eleição do ano que vem".

Flávio Arns afirmou que Arthur Virgílio, seja como deputado ou como senador, "tem honrado o mandato que o povo lhe confiou". Mas disse não poder dizer o mesmo de seus companheiros de partido que votaram a favor do arquivamento das denúncias contra Sarney. Ele lembrou que esses senadores assinaram um documento pedindo que as denúncias fossem investigadas, mas acabaram por tomar outra posição.

- Peço [a esses senadores] que prestem conta a seus eleitores para dizer por que se posicionaram de uma maneira em um documento discutido por todos e divulgado por escrito e votaram de outra maneira no Conselho de Ética - afirmou Flávio Arns, perguntando como se pode confiar em pessoas que tomam um posicionamento em um documento e depois tomam outro na prática.

Logo depois de falar durante a reunião do conselho, Arns deu entrevista à imprensa em que admitiu estar pensando em deixar o partido. Ele disse, no entanto, que espera fazer isso com o reconhecimento da Justiça, uma vez que, a seu ver, o PT teria se afastado de seus princípios.

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