Dor e descaso, sofrimento para quem fica


Jornal do Brasil
19/7/2007

O descaso fez com que a expectativa de informações se transformasse em lenta agonia para quem perdeu parte de sua família no vôo 3054. Apesar de as primeiras imagens do acidente irem com rapidez instantânea ao ar em emissoras de TV, por volta das 19h de terça-feira, os parentes das vítimas tiveram que ouvir por um programa de rádio, à 1h35 de ontem, os nomes de seus mortos.

Eram cerca de 23h50 quando a própria TAM encaminhou, de ônibus, para o Hotel Plaza São Rafael - conhecido como Plazinha - as famílias que tentavam, desesperadas, saber dos atendentes da empresa no Aeroporto Internacional Salgado Filho se quem esperavam estava a bordo do Airbus que não chegou a São Paulo. Mas o silêncio dos funcionários fez aumentar o volume dos gritos no saguão e a dor de quem procurava por notícias.

Apesar de a TAM ter prometido, em nota oficial por volta das 21h de terça-feira, que as informações sobre os passageiros seriam divulgadas primeiro para as famílias, as cerca de 100 pessoas que estavam no hotel escutaram a lista com 160 nomes de vítimas pela voz de um locutor de rádio da capital gaúcha.

Nos corredores, mais silêncio e desencontro de informações. Uma funcionária da companhia ficou 30 minutos e foi embora. Seis pessoas passaram mal e receberam atendimento no local.

Fomos confinados em uma sala e abandonados. Teríamos mais informações em casa - disse Renata Rocha, 33 anos, que esperava notícias do tio. - Estão brincando com nossos sentimentos - desabafou Josmar Gomes, 45, irmão de um passageiro.

Em 1996, à época do acidente com o Fokker 100, a companhia aérea também montou uma central de atendimento às famílias de vítimas, no Golden Flat Hotel, ao lado do Aeroporto de Congonhas. O então presidente da empresa, Rolim Adolfo Amaro, ficou sabendo da queda do Fokker quando se recuperava de uma gripe durante viagem de negócios nos Estados Unidos, e fez questão de comandar pessoalmente o trabalho de apoio aos parentes de passageiros.

Às 2h40, a TAM divulgou uma lista de vôos para embarque dos parentes para São Paulo. Alguns familiares foram para casa buscar documentos dos acidentados. Outros voltaram ao aeroporto, onde permaneceram até as 9h30, quando partiu, sob forte chuva, o primeiro vôo para a capital paulista, com 67 pessoas.

Em entrevista coletiva na tarde de ontem, o presidente da companhia aérea, Marco Antônio Bologna, disse ontem que a empresa não terá problemas para pagar as indenizações às famílias das vítimas do vôo 3504.

Segundo ele, a apólice de seguro da companhia aérea cobre todos os danos, tanto aos 186 passageiros e tripulantes do vôo quanto às cerca de 60 pessoas que estavam no prédio da TAM Express quando o avião se chocou contra o edifício.

De acordo com dados do mercado de seguros, o valor da apólice de responsabilidade civil, para indenizar danos materiais, corporais e morais causados a terceiros é US$ 1,5 bilhão.

Bologna não revelou o nome da seguradora da TAM, citando "razões contratuais". Segundo ele, as mudanças na legislação sobre acidentes aéreos no Brasil devem garantir que a liberação das indenizações seja mais rápida do que na época do acidente com o Fokker 100.

A liberação (do dinheiro) será feita da forma mais rápida possível, incluindo antecipações para gastos urgentes - declarou.

Em relação às indenizações do Fokker 100, Bologna disse que ainda há decisões pendentes na Justiça norte-americana em relação a ações movidas por parentes das vítimas e que todos os ressarcimentos devidos pela TAM já foram pagos.

As ONGs e as ‘Jóias da família’

por Nilder Costa

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28/jun/07 (AER) – Está causando ondas de choque a decisão da agência americana de inteligência (CIA) de disponibilizar na internet centenas de documentos secretos da agência. Os documentos incluem a série conhecida como ‘Jóias da Família’ que detalha alguns dos piores abusos e atividades ilegais cometidos pela agência entre os anos 50 e 70. Um dos aspectos mais bombásticos das ‘Jóias’ é a revelação que a CIA utilizou – e certamente ainda utiliza – outras entidades do governo americano para realizar as suas operações de inteligência e contra-inteligência. Dentre essas destaca-se a USAID, que deveria se envergonhar – e não se orgulhar - de apresentar-se como a "primeira organização de assistência estrangeira livre de funções políticas e militares". [1]

Mesmo considerando-se que a USAID prestou e presta relevante ajuda humanitária, o fato de ser utilizada como fachada para operações ‘políticas e militares’, projeções de poder ou defesa de interesses do governo americano coloca sob suspeição todo e qualquer projeto por ela patrocinado.

Alguns desses projetos, é verdade, dispensam a confirmação tornada ‘oficial’ do envolvimento da agência em operações como as acima descritas. Esse é o caso, por exemplo, do programa ‘Iniciativa para a Conservação da Bacia Amazônica’ (ABCI, em sua sigla inglesa), que vem sendo implantada pela agência a alguns anos. O programa inclui o estabelecimento de ‘consórcios’ de ONGs para desenvolver cinco subprogramas. Em maio passado, este Alerta publicou o memorando ‘USAID planeja a ocupação da Amazônia’, de autoria do jornalista Lorenzo Carrasco, denunciando que o ABCI foi concebido e orientado para a ocupação efetiva de áreas críticas da Amazônia, onde a presença soberana dos Estados nacionais que compartilham a região é precária.

O memorando teve grande repercussão e provavelmente influiu para a dura resposta do governo brasileiro que, por intermédio do Itamaraty, exigiu que a Usaid suspendesse o programa no Brasil. Essa aberta ingerência do governo americano na Amazônia brasileira sob o disfarce de uma suposta ‘proteção ambiental’ foi motivo de intensas discussões nos meios castrenses, como o secretário de Política, Estratégia e Relações Internacionais do Ministério da Defesa, general Maynard Santa Rosa, ao afirmar que ‘algumas ONGs, muito facilmente e de maneira barata, são utilizadas como instrumentos de captação de informações por organismos de inteligência estrangeiros, atuam na espionagem. Sabe-se disso porque os serviços secretos do Reino Unido e dos Estados Unidos têm trabalhado na área. Temos informações seguras sobre isso’. [2]

Um evidente desdobramento dessa preocupação foi a realização do seminário "Forças Armadas na defesa da Amazônia", realizado entre os dias 18 a 22 passados sob o patrocínio da Fundação Alexandre Gusmão (Itamaraty). Entre os conferencistas, o General-de-Brigada Eduardo Dias Villas Bôas (Cmt EsAO), o Contra-Almirante Guilherme Mattos de Abreu (Cmt 2ª Div Esqd) e o Cel Av Carlos Augusto Oliveira. Nos informa o veterano jornalista Mauro Santayana sobre o seminário:[3]

Os vários depoimentos conduziram à conclusão dramática: faltam-nos aviões em números suficientes; não há veículo de combate nos milhões de quilômetros de rio e na imensidão das selvas; para patrulhar outros milhões de quilômetros, no mar territorial, só temos dois submarinos, e a munição de que dispomos só da para três ou quatro dias de disparos. Não há como adestrar os recrutas para a luta contra um possível inimigo, porque não temos como alimentá-los devidamente. Só podemos contar com a extensão territorial e o patriotismo das Forças Armadas e dos cidadãos brasileiros, para organizar e exercer a resistência, se a isso formos levados...

È fácil – e tem sido freqüente – a tática de desqualificar as advertências de setores da opinião pública, entre eles as de alguns jornalistas, ao tachá-las de manifestações de paranóia. Assim têm agido os ingênuos, desde que os gregos presentearam os troianos com um imenso cavalo de madeira, recheado de soldados.

Temos que realizar todos os esforços e nos submeter aos sacrifícios necessários, a fim por em prática um plano nacional de ocupação da Amazônia pelos brasileiros, e fortalecer a capacidade militar de defesa do território. Para isso, é necessário seguir o exemplo de nacionalidade econômico da China, da Índia e da Rússia.



Por dentro da ABCI
Uma análise, mesmo superficial, da montagem da ABCI mostra como o governo americano constrói uma rede de ONGs altamente especializadas para satisfazer interesses políticos e estratégicos dos EUA. Agências como a Usaid funcionam como um ‘buffer’ entre as ONGs e o Departamento de Estado que pode, assim, alegar desconhecimento sobre atividades que influenciam diretamente os assuntos internos de um determinado país.

No caso da ABCI, a USAID contratou o International Resources Group (IRG) para montar e gerenciar todo o programa. O IRG, fundado em 1978 e baseado em Washington, tem mais de 600 contratos com o governo americano em 90 países para gerenciar complexos projetos ambientais, energéticos e de reconstrução. Em 2003, por exemplo, a USAID contratou o IRG para atuar na reconstrução do Iraque. Por sua vez, o IRG sub-contratou a Crown Agents, conhecida empresa formada por ex-agentes de inteligência e contra-inteligência do antigo Império Britânico. De fato, os dirigentes do IRG possuem fortes vínculos com a estrutura do governo americano. Seu presidente, Philip Palmedo, é um ex-dirigente de alto escalão do Departamento de Energia; David Joslyn, vice-presidente, foi diretor do programa ‘Alimentos para a Paz’ da USAID; Doug Clark, vice-presidente corporativo, trabalhou na USAID por 27 anos; Benjamin Farrah, outro vice-presidente, é um es-funcionário do Departamento de Defesa dos EUA.

O ‘homem-chave’ do IRG para a ABCI é o biólogo americano Dr. Anthony Anderson, que liderou a equipe de avaliação da Usaid para o projeto cujo conceito básico foi estabelecido no documento ‘Conservação da Biodiversidade na Bacia Amazônica: Contexto e Oportunidades para a USAID’. Dr. Anderson, ex-pesquisador do Museu Paraense Emílio Goeldi, possui 33 anos de experiência profissional na região amazônica e já trabalhou para a Fundação Ford, para o Banco Mundial e para o WWF. Além disso, Dr. Anderson aparece como um dos membros fundadores do Instituto Socioambiental, o ISA, junto com o atual secretário-executivo e ‘homem forte’ do Ministério do Meio Ambienta, João Paulo Capobianco.

Atualmente, Dr. Anderson é o Diretor do Secretariado da ABCI como funcionário do IRG.


A Usaid e a criação do Serviço Florestal Brasileiro
Considerada como um primeiro passo para a internacionalização da Amazônia, a criação do polêmico Serviço Florestal Brasileiro (SFB) teve ingerência direta da Usaid. Em agosto de 2004, o jornal O Globo revelou que técnicos do Ministério do Meio Ambiente viajaram meio mundo para pesquisar experiências semelhantes. Pelo menos um dessas viagens, feita à Austrália entre março e abril de 2004, foi organizada e patrocinada pela Usaid com dinheiro do Serviço Florestal Americano (USDA/FS). Relatório da viagem obtido pelo jornal aponta que quatro funcionários do governo brasileiro foram a New South Wales e que pelo menos dois tiveram as despesas custeadas pelos órgãos americanos, entre eles Tasso Azevedo, então diretor do Programa Nacional de Florestas e atual presidente do SFB. Também participaram da visita técnica representantes de ONGs que atuam na Amazônia. [4]

Na ocasião, até mesmo algumas ONGs ambientalistas criticaram o esquema de concessão de florestas à iniciativa privada que viam como um risco de o governo perder o controle sobre as áreas repassadas às empresas. ‘Estaríamos abrindo as portas para grandes grupos estrangeiros que devastaram matas da Indonésia e de países da África e depois saíram’, disse o ambientalista Flávio Garcia, do Movimento em Defesa da Amazônia.

Recorde-se que, em abril passado, Azevedo foi acusado de fazer proselitismo internacional colocando à venda boa parte da Floresta Amazônica. Azevedo é partidário da corrente internacional que impulsiona a perigosa idéia que a 'conservação' da Floresta Amazônica é tarefa de várias nações. Coerentemente, na 7ª Sessão do Fórum das Nações Unidas sobre Florestas (UNFF), realizada em abril passado em Nova York, Azevedo propôs que os países desenvolvidos ajudem o Brasil a preservar a Amazônia sugerindo que eles paguem uma espécie de estipêndio aos moradores da região para manter a floresta de pé. Sem surpresas, o acordo internacional proposto pelo representante brasileiro foi aprovado no Fórum e vai para a apreciação da Assembléia Geral da ONU. [5]


O Instituto Chico Mendes e a 'nova geometria' ambientalista
Como já analisado anteriormente por este Alerta, a ditatorial divisão do Ibama com a criação do Instituto Chico Mendes deve vista como uma espécie de adequação à nova geometria de 'governança mundial' que o Establishment anglo-americano tenta desenhar e onde fatores como o 'aquecimento global', 'proteção ambiental' e 'direitos humanos' aparecem como os principais ordenadores dos relacionamentos entre os países. Nesse esquema, a soberania das nações seria 'relativizada' e vai para o vinagre. [6]

Carente de recursos, o Instituto prosseguirá criando novas e imensas reservas ambientais sem pessoal e meios para um adequado gerenciamento e fiscalização das mesmas, como já ocorre atualmente. Em tal quadro, as portas estão abertas ao aporte de generosos recursos externos para que esse gerenciamento e fiscalização sejam ‘terceirizados’ a representantes de ONGs.


A ‘Pax Verde’
Como se percebe, a iniciativa da USAID ocorre nesse contexto de intenções ostensivas de interferência direta na Amazônia, que configura uma autêntica estratégia de guerra irregular, ou "guerra de quarta geração" (G4G), contra a soberania nacional do Brasil e seus vizinhos amazônicos.

O conceito de G4G, que vem sendo discutido entre certos círculos militares e estratégicos da América do Norte e da Europa, se refere a campanhas em que um Estado nacional se defronta com oponentes não-estatais, como organizações terroristas e/ou criminosas - ou, no caso brasileiro, ONGs contrárias ao desenvolvimento nacional. Assim sendo, não é exagero considerar que estão em curso na Amazônia ações de "quarta geração", nas quais os territórios não são conquistados no sentido militar clássico, mas têm neutralizado o seu pleno desenvolvimento socioeconômico e conseqüente povoamento, para, em uma fase posterior, serem eventualmente declarados como territórios sem "soberania efetiva". Estaríamos, portanto, às voltas com uma doutrina estratégica exógena, cuja denominação não poderia ser outra senão "Pax Verde".

Notas:
[1]Arquivo revela que CIA quis usar mafiosos para matar Fidel, Folha de São Paulo, 26/06/07
[2]Itamaraty pára ‘rolo compressor’ da USAID na Amazônia, Alerta Científico e Ambiental, 28/05/07
[3]A Soberania sobre a Amazônia, Jornal do Braisl, 24/06/07
[4]EUA pagaram viagem de funcionários, O Globo, 01/08/04
[5]SFB põe a Amazônia à venda no exterior, Alerta Científico e Ambiental, 26/04/07
[6]A USAID e a 'governança mundial' da Amazônia, Alerta Científico e Ambiental, 10/05/07


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A cana e o funesto ambientalismo geopolítico

Leiam excelente artigo de Nilder Costa sobre etanol e geopolítica


5/jul/07 (AER) – O presidente Lula aproveitou a Conferência Internacional sobre Biocombustíveis, que se realiza em Bruxelas, para defender o etanol brasileiro das críticas costumeiras sobre degradação ambiental, trabalho 'escravo' e outras usualmente destiladas por ONGs e entidades governamentais européias que as apóiam, às vezes, com recursos financeiros e outros.

Por uma estanha coincidência, a OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) e a FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura ) emitiram, simultaneamente, relatórios e declarações centradas em riscos ambientais e de segurança alimentar no plantio de cana-de-açúcar. Uma das afirmações foi que o aumento da produção de etanol e biodiesel em países como o Brasil acarretaria um aumento de 10 a 20% no preço internacional de alimentos prejudicando diretamente os países mais pobres da África e da Ásia. Para diplomatas brasileiros que acompanham o presidente Lula na Europa, tais divulgações foram propositais.

Oportunamente, o governo brasileiro anunciou a elaboração de uma certificação própria para garantir a procedência e a qualidade do etanol brasileiro. O problema, apontado por um dirigente de uma das maiores usinas do setor no Brasil, é que o efeito pode ser o inverso do esperado por excesso de critérios nas certificações: "Não somos contra a certificação. Mas o perigo é que a União Européia faça exigências absurdas para tentar mascarar práticas de protecionismo também nesta área", disse ele. [1]

A artilharia européia foi disparada por Peter Mandelson, comissário da UE para o Comércio, para quem "a Europa tem que agir para evitar que um boom de biocombustíveis ameace destruir florestas tropicais para produzi-lo" e que "a União Européia (UE) não pode permitir que a mudança para os biocombustíveis se transforme em um estouro ambientalmente insustentável no mundo em desenvolvimento...Os europeus não pagarão um prêmio pelos biocombustíveis se o álcool que abastecerá seus carros for produzido de maneira insustentável devido a sistemáticas queimadas após a colheita ou à custa das florestas tropicais". Realmente comovedor.

No Brasil, o ministro da Agricultura Reinhold Stephanes declarou que o governo brasileiro pretende impor restrições ambientais para o plantio de cana-de-açúcar que poderiam afetar inclusive áreas onde o produto já está presente hoje, leia-se, 'Amazônia'.

"Queremos evitar o discurso contrário ao desenvolvimento do etanol como energia limpa. Temos muitos adversários no mundo que não têm interesse (nesse desenvolvimento) e muito menos que isso aconteça no Brasil", afirmou o ministro, acrescentando que "Agricultores que recebem subsídio nos EUA ou na Alemanha evidentemente vão dizer que o Brasil está derrubando a floresta amazônica para plantar cana, e nós queremos mostrar que não estamos fazendo isso." [2]

É louvável a iniciativa do governo em criar essa certificação própria (desde que o aparato ambientalista fique fora do processo), mas seria inaceitável que venha, eventualmente, a ceder à imposições externas de proibir o plantio de cana na 'Amazônia'. Explica-se as aspas: uma das principais peças da propaganda enganosa da rede de ONGs e seus apoiadores é confundir a opinião pública mundial que a Amazônia Legal equivale ao bioma de mesmo nome. Assim, qualquer pé de cana plantado em Mato Grosso, por exemplo, é imediatamente arrolado como 'predador' da floresta Amazônica.

Mas, qual seria o problema se existem condições de solo e clima favoráveis ao cultivo de cana no Pará? Entende-se que empresas prefiram, por questões de marketing, propagandear a consumidores europeus elitistas que seus produtos não vêm da 'Amazônia' (por mais equivocado que isso seja), mas o mesmo não se pode admitir do governo brasileiro. Uma vez estabelecido o precedente, qualquer outro produto da região sofreria enormes pressões para entrar na 'lista negra', fortalecendo o funesto ambientalismo geopolítico.

Notas:
[1]'Foi coincidência a divulgação de relatórios negativos?, O Estado de São Paulo, 06/06/07
[2]Plantio de cana pode sofrer restrições ambientais, Agência Estado, 05/07/07

Do Alerta em Rede

Aquecimento global em rediscussão no Brasil


11/jul/07 (AER) – Por oportuno, reproduzimos abaixo nota publicada na última edição da Resenha Estratégica:

Assim como vem ocorrendo em outros países, aos poucos, o alegado "consenso científico" sobre o aquecimento global antropogênico vem sendo objeto de um questionamento cada vez mais visível no Brasil, inclusive entre órgãos públicos e universidades, nos quais o enfoque "aquecimentista" costuma ser dominante. Membros do conselho editorial desta Resenha participaram de três eventos recentes, que sinalizam essa tendência.

Em 27 de junho, promovido pela Agência Nacional de Águas (ANA), realizou-se em Brasília o seminário "Recursos Hídricos no Contexto das Mudanças Climáticas". O evento, que contou em sua abertura com a presença da ministra do Meio Ambiente Marina Silva, foi desenvolvido em três mesas-redondas: questão científica, políticas públicas e o papel da comunicação social. O aspecto mais marcante do seminário foi o contraditório. Diferentemente do que vem ocorrendo de forma avassaladora na mídia em geral e em eventos similares, a versão "oficial" do aquecimento global como sendo resultante da ação humana foi contestada com competência e argumentos que causaram impacto em uma platéia visivelmente atenta e, até certo ponto, surpreendida.

Por isso mesmo, o ponto alto do seminário foi o painel científico, com as presenças de dois dos principais paladinos do aquecimento antropogênico no País, Carlos Nobre, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e Pedro Dias da Silva (Universidade de São Paulo), ambos integrantes do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), e Luiz Carlos Molion, um dos decanos da Climatologia no Brasil, aposentado do INPE e atualmente professor da Universidade Federal de Alagoas.

Previsivelmente, os dois primeiros apresentaram as conclusões do quarto relatório do IPCC, não deixando margem a dúvidas sobre a causa antropogênica do aquecimento global, bem como as suas catastróficas conseqüências para a Humanidade, caso não sejam adotados draconianos cortes no consumo de combustíveis fósseis nas próximas décadas.
Por sua vez, Molion, que é um dos mais antigos e severos críticos do catastrofismo climático, no Brasil e no exterior, contestou não apenas as conclusões do relatório, mas a metodologia empregada na sua elaboração, fundamentada em modelos matemáticos que estão muito longe de representar as complexas e interconectadas variáveis reais que condicionam as mudanças climáticas. Igualmente, ele ressaltou que o IPCC é uma entidade formada por cientistas, mas é também "intergovernamental", o que implica em fortes ingerências políticas na sua dinâmica de trabalho e conclusões. A última transparência de sua apresentação trazia o sugestivo título: "Conspiração?"

Nosso colega Nilder Costa, editor do Alerta Científico e Ambiental, participou da mesa-redonda sobre comunicação social, na companhia do ex-deputado "verde" Fabio Feldmann, atual secretário-executivo do Fórum Paulista de Mudanças Climáticas, o gerente do WWF Brasil, Samuel Barreto, e a gerente de Conteúdo do Canal Futura, Deborah Garcia. Na oportunidade, ele ressaltou que o tema do seminário unia os dois temas mais emblemáticos das distorções que envolvem a percepção e as discussões dos problemas ambientais - recursos hídricos e aquecimento global. "Um envolve os principais problemas ambientais reais e de saúde pública da maioria dos países em desenvolvimento, como o Brasil, mas não recebe nem a décima parte da atenção e da publicidade do outro, que foi elevado à condição de uma emergência global que, supostamente, justificaria toda sorte de restrições ao desenvolvimento, especialmente quanto aos usos da energia", enfatizou (o texto-guia da apresentação encontra-se no sítio do Movimento de Solidariedade Ibero-americana).

No mesmo dia, Geraldo Luís Lino proferiu uma palestra sobre "Mitos e realidade do aquecimento global", na semana acadêmica do Centro de Tecnologia da Universidade Federal de Santa Maria (RS). O evento contou com a participação de quase 300 pessoas, entre estudantes e professores (inclusive um de Climatologia), que proporcionaram duas horas e meia de discussões, entre palestra e debates, com muitas perguntas inteligentes e oportunas, que denotavam atenção e interesse real pelo assunto.

Em 6 de julho, Lino e Lorenzo Carrasco participaram de um seminário interno da Companhia Paranaense de Energia (COPEL) sobre Mudanças Climáticas, no qual discorreram sobre as motivações políticas da campanha "aquecimentista" e as evidências científicas sobre as causas naturais do fenômeno. Na ocasião, a tarefa de ambos foi facilitada pela brilhante exposição anterior do Dr. Francisco Mendonça, professor de Climatologia da Universidade Federal do Paraná, autor de um celebrado livro-texto sobre os climas brasileiros e igualmente crítico do alarmismo ambiental em geral.

Na medida em que a enormidade dos custos socioeconômicos da adoção da agenda "aquecimentista" começa a ser percebida em toda parte, essas e outras discussões do gênero, em vários fóruns do País, proporcionam uma bem-vinda lufada de ar fresco e racionalidade para o encaminhamento de questões cruciais para a retomada de um processo de desenvolvimento compartilhado e realmente sustentável, tanto no Brasil como no resto do mundo.

Mudança Climática: Alinhando o que está solto

Desmatamento e soberania

Julho 16,2007 por Nilder Costa


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9/jul/07 (AER) – O Itamaraty acaba de nomear Sérgio Serra como embaixador do Brasil para Mudanças Climáticas. Em entrevista concedida à Folha de São Paulo, Serra comenta que a tradicional linha diplomática do Itamaraty em não vincular florestas e clima está mudando. [1]

Segundo Serra, vem sendo quebrada, ao longo dos últimos dois anos, um dos principais suportes a essa linha de atuação, a não aceitação de metas compulsórias para a redução de desmatamento pois elas implicam, necessariamente, em perda de soberania sobre porções do território nacional.

Entretanto, o mais preocupante foi o jeitinho encontrado para acomodar as resistências internas às pressões feitas por países industrializados e o aparato ambientalista para que o Brasil dê a sua 'cota de sacrifício' para aplacar o quimérico aquecimento global causado por emissões de CO2: aceitar-se-iam metas internas de desmatamento, mas sujeitas a fiscalizações internacionais ('accountability').

Trata-se de um perigoso sofisma uma vez que, como a gravidez, não existe meia soberania.


Notas:
[1] ENTREVISTA: SÉRGIO SERRA, Folha de São Paulo, 08/07/07

Redecker pressentiu o perigo que todos correm


















Do Blog A Nova Corja

Do deputado federal e líder da minoria na Câmara, Júlio Redecker (PSDB-RS), 51 anos, casado e pais de três filhos, morto no acidente de ontem, sobre o acidente com o avião da Gol que matou 154 pessoas em setembro do ano passado:
"Passados seis meses daquela tragédia, a sociedade ainda aguarda por respostas do governo, que insiste em não ver fato determinado para a instalação de uma CPI. Agora, cabe a esta Casa agir para que possamos voltar a voar com segurança, para que mais famílias não sofram a mesma dor e para que negócios e empregos possam ser retomados." (Rosane de Oliveira, Zero Hora, 18/07/07)

Porque Jânio Quadros condecorou Che Guevara

FUNDO DO BAÚ

Blog do Chico Dias

A história vai do jeito que me foi contada por um ex-deputado do grupo janista. Que, por sua vez, a ouviu do ex-ministro Saulo Ramos, seu amigo, num momento de descontração e reminiscências.

Jânio acabava de assumir a Presidência da República e almoçava no Alvorada com José Aparecido, Carlos Castelo Branco e Saulo Ramos, seus assessores mais próximos. No meio do almoço seu ajudante-de-ordens veio lhe dizer que havia um importante telefonema dos Estados Unidos. O presidente vai até seu gabinete, demora alguns minutos e volta com uma expressão mais enigmática do que a de sempre. Diante da curiosidade indisfarçável dos três assessores, resolve abrir o jogo:

-Era o presidente Kenedy e queria me pedir um favor. Acho que vou atendê-lo.
O telefonema foi resumido assim. Kenedy explicou a Jânio que estava tentando aprovar no Congresso americano um projeto chamado Aliança Para o Progresso, mas que estava encontrando uma resistência muito grande.

Por isso pedia ao presidente brasileiro que condecorasse Che Guevara, que se encontrava em Punta Del Este, no Uruguai, acompanhando a reunião da OEA, junto com Raul e Fidel Castro, antes de seu regresso a Havana. A condecoração seria um argumento definitivo para mostrar aos americanos o perigo de uma cubanização da miserável América Latina, a partir do Brasil. Perigo que só poderia ser afastado com a ajuda econômica milionária dos Estados Unidos. Como contrapartida, se a proposta colasse, quem primeiro receberia uma generosa ajuda, seria o Brasil.

O pedido foi atendido, Kenedy conseguiu sensibilizar o Congresso, aprovando a Aliança Para Progresso. E o governo brasileiro recebeu uma enxurrada de dólares e tonelada de leite em pó, de péssimo gosto, por sinal.

Mas até hoje o chamado grande público acha que a inexplicável condecoração de Che Guevara com a Ordem do Cruzeiro do Sul, a mais alta honraria nacional, foi fruto de uma decisão, digamos, etílica, do ex-presidente Jânio. Que nunca foi de esquerda.

Associação Comercial de Santarém defende criação de novo Estado

Recebo e publico nota da Associação Comercial e Empresarial de Santarém (ACES).

A Associação Comercial e Empresarial de Santarém (ACES), defendeu nesta sexta-feira, 13, em matéria publicada no jornal O Liberal, a criação do Estado do Tapajós. A entidade enviou nota à redação do jornal na quinta-feira, contraponto matéria publicada no mesmo dia e que informava que a Associação Comercial do Pará (ACP) está fazendo uma mobilização contra a divisão territorial do Estado.

Na matéria desta sexta-feira, o presidente da ACES, Olavo das Neves, faz uma defesa contundente do novo Estado e apresenta dados que comprovam que a divisão territorial, ao contrário de causar prejuízos ao Pará, vai melhorar a vida dos moradores de todas as regiões. Embasado em números e estudos técnicos, o empresário defende que a população das regiões historicamente abandonadas seja ouvida em plebiscito.

Na defesa que fez da criação de novos Estados, Olavo diz que esta é uma excelente estratégia de fortalecimento político, econômico e social de toda a região Amazônica. "É uma luta histórica contra o abandono e a pobreza", diz Olavo, informando que a mobilização da classe empresarial da região Oeste do Pará caminha no sentido inverso da ACP, lutando justamente pela criação de um novo Estado.

LEIA A ÍNTEGRA DA MATÉRIA DIVULGADA PELO JORNAL O LIBERAL:

"Associação Comercial de Santarém defende a criação de novos estados

A Associação Comercial e Empresarial de Santarém (Aces) declarou ontem, por meio de nota oficial, que tem um posicionamento diferente da Associação Comercial do Pará (ACP) sobre a divisão territorial do Estado. A classe empresarial de Santarém e da região Oeste do Estado, segundo a Aces, defende a criação do Estado do Tapajós e avalia que a criação de novos Estados não prejudica o Pará, já que é uma "excelente estratégia de fortalecimento político, econômico e social de toda a região Amazônica".

A ACP anunciou esta semana que está articulando um movimento de mobilização contra a divisão, mas os empresários de Santarém garantem que não vão aderir à campanha. Para o presidente da Aces, Olavo das Neves, a mobilização da classe empresarial da região caminha no sentido inverso, na luta pela criação de um novo Estado. "É uma luta histórica contra o abandono e a pobreza", diz.

"Quando a ACP afirma que não é de interesse do Pará a divisão e o desmembramento de seu território, está excluindo mais uma vez o pensamento das populações das regiões que hoje defendem a emancipação política. Respeitamos o posicionamento da ACP, mas o Pará não é só Belém ou a região metropolitana. Temos milhões de pessoas nesta região que gostariam de ser ouvidas", afirma ele, para quem o plebiscito é a forma mais democrática para que se saiba realmente o os paraenses querem.

A Aces também discorda da afirmação de que a divisão do Pará vai causar prejuízos ao Estado que remanescer. Segundo a associação, há estudos que demonstram o contrário. Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), órgão do governo federal, com a divisão a população que ficaria no novo Pará teria mantidos - e até melhorados - os índices de qualidade de vida. O estudo, reforça a nota, mostra que o Pará manteria a maior população e os melhores índices econômicos e sociais, como renda per capita, menor desigualdade, maior percentual de domicílios com acesso a água e energia e menor taxa de mortalidade infantil.

"As desigualdades sociais e econômicas entre as regiões são gritantes, o que por si só já justifica um rearranjo do território estadual", argumenta Olavo das Neves. A região que continuaria sendo o Pará tem um Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de 0,72, enquanto em outras regiões o IDH não passa de 0,7 (Tapajós e Carajás). "São séculos de tentativas frustradas de administrar um território maior do que muitos países", avaliam os empresários santarenos. "É chegada a hora de estas regiões terem o direito de decidir por um caminho diferente da exclusão e miséria social", finalizam."


Segue link para a matéria publicada no site de O Liberal:

http://www.orm.com.br/oliberal/interna/default.asp?modulo=250&codigo=271109

Paulo Leandro Leal
Assessoria de Comunicação e Imprensa

Artigo defende fim do foro especial de julgamento no STF e STJ

No artigo “Democratização”, publicado hoje na seção Opinião da página do DIAP, o vice-presidente para a Interiorização da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), entidade filiada ao DIAP, Mozart Valadares Pires, defende o fim do foro privilegiado de julgamento no STF e no STJ e que o Judiciário priorize os processos relativos à corrupção.

Também postamos na seção o artigo “Acorrentados” do deputado e vice-presidente do Parlamento do Mercosul, Dr. Rosinha (PT/PR). No texto, o parlamentar analisa o aumento da violência entre os jovens, discorre sobre suas conseqüências e apresenta as causas camufladas dessa triste realidade. Vela a pena ler! (Alysson Alves)

Acidente ou assassinato?

Datasul

Ilmo Sr Deputado Federal.
Envio esta ao senhor e a todos os seus colegas de Casa com pesar no coração e inquietude no espírito. Conterrâneo que sou de muitas vítimas do acidente ocorrido na data de ontem, tive a infelicidade de descobrir, entre as quase 200 vidas ceifadas, nomes conhecidos e queridos.
Como cidadão brasileiro e interessado pelo tema da aviação, acompanho todos os dias, pasmado, as presepadas do nosso Poder Executivo na condução do que começou sendo chamado de "Crise do Setor Aéreo" e hoje se resume a uma estapafurdeante pulverização de responsabilidades e estabelecimento de cortinas de fumaça para que se oculte o óbvio ululante: a arrecadação advinda da atividade aeroportuária de nosso país não é revertida em investimentos de infra-estrutura, necessários para que as aeronaves que nós utilizamos não sejam transformadas, a despeito do desejo da sociedade civil, em esquifes voadores.
A presente tem dois objetivos muito simples e, dentro de um mínimo de boa vontade do Ilmo Senhor Deputado, facílimos de serem compreendidos e atendidos. O primeiro é uma demanda para que o Ilmo Senhor Deputado apresente moção exigindo a prestação de contas sobre a arrecadação das tarifas de embarque cobradas de todo cidadão em nossos aeroportos.
A segunda, mais importante, é um apelo. Eu apélo ao Ilmo Senhor Deputado que não decepcione este cidadão, e todos os com quem ele mantém contato diário e constante, enquanto fiscaliza e divulga os trabalhos da nossa Casa em relação aos absurdos que, diariamente, o Poder Executivo comete em relação ao Setor Aéreo brasileiro, infelizmente acobertado e protegido por alguns setores do próprio Legislativo.
Na convicção de estar trabalhando para construir um país do qual meus filhos não se envergonhem de chamar de Pátria, subscrevo-me com protestos da mais alta estima.

Cassiano Ricardo Schwingel
Gerente Corporativo de Serviços
Datasul S.A.
cassiano.schwingel@datasul.com.br
Tel./Fax: ++ 55 47 2101.7497
Celular: ++ 55 47 9923.9617
www.datasul.com.br

Nota do blog: Os deputados federais e senadores começaram a receber correspondências como a publicada acima. O país está indignado com nossas autoridades.

Infraero não será investigada sobre responsabilidades do acidente da TAM

O ministro da Justiça Tarso Genro pode falar o que bem entender. Mas, se o titular desse blog fosse parente de uma das vítimas, a primeira ação que moveria seria exatamente contra o governo ao qual pertence, o "insuperável" Pê Tê.

Inquérito da PF é medida preventiva, diz ministro


Segundo Tarso Genro, determinação do presidente não revela suspeita.

Infraero não será investigada, afirmou.

MIRELLA D'ELIA Do G1, em Brasília

O ministro da Justiça, Tarso Genro, disse nesta quarta-feira (18) que a determinação do presidente Lula para que a Polícia Federal (PF) abra inquérito para investigar as obras na pista do Aeroporto de Congonhas é uma medida preventiva e não revela nenhuma suspeita ou acusação.

"Isto não é um juízo antecipado do assunto. Não é uma acusação a nenhum ente público. Mas é uma precaução do presidente para que todos os setores que podem ser investigados sejam investigados para que tudo seja absolutamente esclarecido", disse Tarso Genro, em entrevista do Ministério da Justiça.

O ministro classificou o acidente com o avião da TAM no Aeroporto de Congonhas como um "assunto de extrema gravidade e dramaticidade".

Infraero – Segundo Tarso Genro, o inquérito da Polícia Federal vai verificar se a pista de Congonhas foi entregue em "condições técnicas adequadas de uso", negando que a investigação da PF tenha sido determinada por causa de suspeitas sobre a Infraero.

"Trata-se de um inquérito da Polícia Federal porque houve mortes e não um inquérito no interior da Infraero. Esse inquérito vai verificar se a pista foi entregue de maneira adequada", explicou.

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