Salgueiro do "Peguei um Ita no Norte" é a campeã no Rio

Fotos: G1














Relembre o samba enrêdo de 1993, "Peguei um Ita no Norte", que valorizou o Pará aqui.
Confira a galeria de fotos.

Luma de Oliveira ― o espetáculo está de volta
















É ou não é a mais bonita "madrinha"?

Rezek x Sepúlveda

Inconsoláveis com a fragorosa derrota imposta por Jackson Lago (PDT-MA), o clã Sarney aposta na competência do ex-ministro Sepúlveda Pertence para tomar de volta o governo maranhense no tapetão.

A parada será dura pois, o advogado o governador do Maranhão é o também ex-ministro Francisco Rezek

Agora como advogados, Sepúlveda Pertence enfrentará Francisco Rezek no plenário do tribunal. Em jogo, o processo de cassação do governador maranhense Jackson Lago, acusado de abuso do poder econômico.

Pacotão arrasta multidão em Brasília














Brasília - O jornalista J Pingo, um dos fundadores da Sociedade Armorial Patafísica Rusticana, conhecido como Pacotão, segura o estandarte do bloco Foto: Elza Fiúza/ABr

Polícia prende cachaceiros ao volante no DF

Polícia multa 73 motoristas que dirigiam alcoolizados em Brasília

Brasília - A polícia multou, desde o início dos desfiles de carnaval, na sexta-feira (20), até ontem (23), 73 motoristas que dirigiam alcoolizados em Brasília. Cinco deles foram presos em flagrante. Na operação, foram recolhidos 29 veículos e apreendidas 78 carteiras de habilitação. Ao todo, a polícia contabiliza 368 autuações por infrações diversas nesse período.

Os motoristas multados tiveram a carteira de habilitação recolhida e vão ser multados em R$ 957,70. Além disso, eles terão suspenso o direito de dirigir durante 12 meses. Os presos em flagrante, além da punição administrativa, estão sujeitos a detenção de seis meses a três anos. (ABr)

Curuça ― a folia no mangue

Existe um lugar que procova o homo sapiens à experimentar suas mais remotas danações.

É o Carnaval de Curuça, no Pará.

Veja a curtição aqui.

Conheça a língua que está fora do acordo ortográfico

É falada no Baixo Tocantins, no Estado do Pará.
Para os curiosos leitores, direto de Marabá, via blog do Hiroshi Bogéa. O que pensa o caboclo do beiradão desse rio-mar, mar-rio de risos, riquezas e estórias.

De Baião a Abaeté, passando por Mocajuba

Meu amigo Gerson Nogueira, diretor de Redação do Diário do Pará, envia essa preciosidade que só quem conhece o dialeto de beiradão morre de dar gaitadas:

Os grandes sucessos do cinema, ao serem exibidos em Abaetetuba (podia ser Baião...), não davam público. O cinema da cidade estava quase indo à falência. Para salvar os negócios, o proprietário resolveu adaptar seus títulos ao dialeto local.
Literalmente, Bamburrou!!
Aqui vão alguns exemplos:

- Velocidade Máxima = Rápido pra Purra!
- Duro de Matar = Escruto de Murrer.
- Esqueceram de Mim = Me deixaro suzinho, mano.
- Coração Valente = Curação presepeiro.
- Free Willy = Tambaqui Porrudo.
- Tubarão = Mapará que mata.
- Tubarão II = Mapará que mata... De nuvo!
- Titanic = Naufrágio do Fé em Deus IV.
- Epidemia = Mina de Curuba.
- Máquina Mortífera = Jegue Matador.
- Fantasma = A Visage.
- Querida, Encolhi as Crianças = Mulhé, as crianças tão gitiiiinha.
- Corra Que a Polícia Vem Aí = Te abicora que os homem tão na Ilharga.
- Priscila, a Rainha do Deserto = Bando de bicó alegre.
- As Margens da Loucura = Na ilharga da duidera.
- Tomates Verdes Fritos = Mandioca escruta e rançosa.
- Rio Babilônia = Igarapé pervertido.
- Amor Selvagem = Trepada no Maracapucu.
- Poço das Vaidades = Olho d'água cheio de pavulage.
- Splash, uma Sereia em Minha Vida = Spraxi, minha mulhé é um Curimatá.
- A Gaiola das Loucas = Arapuca de fresco.
- 9 1/2 Semanas de Amor = Um monte de trepadas!

A concorrência tá grande para o melhor "emprego do mundo"

Desempregados da Embraer, Vale et Caterva. Uni-vos.

Ainda dá tempo para concorrer, segundo o marketing da agencias internacionais a uma vaga apenas, no que chamam de o "melhor emprego do mundo".

Para concorrer com mais de 34 mil postulantes, você, desempregado da Vale e da Embraer, podem arriscar aqui ó: o melhor emprego do mundo.

Um tucano diferente

Sugestão de foto















Um flagrante de Daniel Nascido, expõe o amarelo-faturado com restos em seu bico na foto captada nos Jardins do Zoológico de Johannesburg , África do Sul.

Aproveitando a "moda". Sugiro ao José Serra essa foto para a abertura de seu futuro blog.

Entrevista de Jarbas Vasconcelos: quem cala consente

O que disse sobre as acusações de Jarbas Vasconcelos a noiva mais cortejada do Brasil?

― Silêncio dos inocentes?

A Veja diz que não.

Fundado em 1965, o Movimento Democrático Brasileiro, o então MDB, sobreviveu como alternativa institucional de oposição ao regime militar por vinte anos. A partir da chegada de José Sarney à Presidência, em 1985, o partido perpetuou-se no poder, usando a máquina pública como principal financiador de seu projeto. O resultado não poderia ser outro. São raros os casos de corrupção nas últimas duas décadas que não tenham as digitais do PMDB. O partido foi governo com Sarney, esteve no governo de Fernando Collor, foi governo com Itamar Franco, esteve no governo de Fernando Henrique Cardoso e está no governo Lula. São quase 25 anos de um ciclo vicioso. O gigantismo do partido garante a governabilidade e a governabilidade garante o gigantismo do partido. Hoje, o PMDB ocupa seis ministérios, governa oito estados e tem dezenas de cargos em autarquias e estatais, principalmente nas diretorias financeiras. Somando as esferas federal, estadual e municipal, o PMDB controlará em 2009 um orçamento de cerca de 365 bilhões de reais. É mais do que o triplo do orçamento da Argentina, cuja previsão para 2009 é de 106 bilhões de reais. Nos estados, o PMDB está na base de sustentação de 22 dos 27 governadores, tomando parte na gestão realizada por partidos que vão de um extremo ao outro do espectro ideológico. "O PMDB faz aliança com Deus de um lado e com o diabo de outro, para conseguir governar, ao mesmo tempo, o céu e o inferno", compara o cientista político Gaudêncio Torquato, da Universidade de São Paulo.

Céu ou inferno, não existe tempo ruim para os peemedebistas mais apaixonados. Veja-se, por exemplo, o caso do ex-governador mineiro Newton Cardoso. Político esforçado, o Newtão. No mês passado, VEJA revelou detalhes do processo de separação conjugal do ex-governador e da deputada Maria Lúcia Cardoso. Na ação, ela alega que o marido possui nada menos do que 2,5 bilhões de reais de patrimônio. A reportagem fez Newtão perder as estribeiras. Convocou uma entrevista para dizer que, na verdade, sua fortuna é superior a 3 bilhões de reais. Só não explicou como conseguiu amealhá-la. Nem precisa, não é, Newtão? Fenômeno igual a ele, só mesmo em Brasília, onde o ex-senador Joaquim Roriz, que governou o Distrito Federal por quatro mandatos, conseguiu multiplicar seu patrimônio em 400 vezes.

O que disse sobre as acusações de Jarbas Vasconcelos: Silêncio

Comandantes de um orçamento bilionário e movidos por interesses escusos, os políticos do PMDB são os campeões em processos nos tribunais superiores. Oito dos vinte senadores do partido respondem a inquéritos e ações penais no Supremo Tribunal Federal por crimes como corrupção, formação de quadrilha, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro, compra de votos e sonegação fiscal. Jarbas Vasconcelos, é bom ressaltar, não está na lista. Seus adversários, porém, capricham na folha corrida. Além do triunvirato, há outros figurões com o mesmo perfil. O senador Valdir Raupp, que entregou a liderança do PMDB a Renan, responde a quatro processos, um deles pela acusação de ter desviado 1 milhão de reais quando governava Rondônia. O senador Romero Jucá, líder do governo, é processado por desvio de recursos de obras federais em Roraima. O senador Leomar Quintanilha, presidente do Conselho de Ética – um cargo que deveria ser ocupado por alguém acima de qualquer suspeita –, é acusado pelo Ministério Público de já ter recebido propina de empreiteiras. Na Câmara dos Deputados, o cenário não é menos desolador. Dos 94 deputados do partido, dezoito respondem a processo no Supremo. E, entre os sete governadores que podem ser cassados pelo Tribunal Superior Eleitoral por crimes diversos, dois são do PMDB (veja reportagem).

Há um episódio que ilustra bem a engrenagem de corrupção denunciada pelo senador Jarbas Vasconcelos. Deflagrada pela Polícia Federal em 2007, a chamada Operação Navalha revelou que o empreiteiro Zuleido Veras, dono da construtora Gautama, conquistava obras públicas mediante o suborno de uma ampla rede de colaboradores no mundo político. VEJA teve acesso à íntegra das provas produzidas até agora pela PF, que continua investigando o esquema do empreiteiro. Esses documentos inéditos demonstram que, quando precisava de favores em Brasília, a turma de Zuleido recorria à bancada do PMDB no Senado. Uma troca comercial simples: o partido providenciava os serviços solicitados e Zuleido pagava por eles – especialmente por ocasião de campanhas eleitorais. As obras de ampliação do aeroporto de Macapá, no Amapá, constituem um bom exemplo dessa relação promíscua. A Infraero só licitou a obra, no fim de 2004, após pedido do senador Sarney ao presidente Lula. Até aí, nada mais natural – Macapá é reduto eleitoral do senador. A partir desse momento, contudo, começou a girar a roda da fortuna estabelecida pelo empreiteiro. Com "técnicos" instalados em postos-chave do governo, a Gautama conseguiu fraudar a licitação e assinar um contrato superfaturado em 50 milhões de reais.

O que disse sobre as acusações de Jarbas Vasconcelos: Silêncio

A PF conseguiu reunir provas – como comprovantes de depósitos bancários, diálogos telefônicos, planilhas de propina – que mostram como o dinheiro público roubado foi rateado: parte abasteceu campanhas eleitorais, parte foi parar diretamente no bolso dos envolvidos. Numa planilha apreendida na residência de Zuleido, constam 500 000 reais em contribuições de campanha no Amapá, por orientação de Sarney, chamado de "PR" (presidente). Segundo a Polícia Federal, a promiscuidade era tamanha que um dos lobistas da empreiteira, chamado de José Ricardo, despachava dentro do gabinete do senador Sarney. Há comprovantes de depósito para assessores dos senadores Renan Calheiros, Valdir Raupp e Roseana Sarney. Há anotações que sugerem repasses de propina ao senador Romero Jucá, cujo patrimônio declarado é de 512 000 reais – quase um pedinte dentro do padrão de seus pares. Um dos encarregados de cobrar os pagamentos era Ernane Sarney, irmão do presidente do Congresso, que recebeu de Zuleido um depósito de 30 000 reais. Num diálogo interceptado em abril de 2007, Ernane pede dinheiro ao tesoureiro da Gautama. "Vocês estão me enrolando. Já não estava tudo na mão? Eu tô com a corda no pescoço aqui, rapaz, o doutor também tá com a corda no pescoço", explica o irmão de Sarney. Diz o cientista político Rubens Figueiredo: "O PMDB sabe que o partido é exatamente isso que o senador Jarbas Vasconcelos falou. Essa reação de silêncio sinalizou à opinião pública que a carapuça serviu".

O PMDB é apenas o caso mais espetacular da corrupção que impregna o mundo político brasileiro. Nenhuma agremiação, absolutamente nenhuma, pode ser considerada uma vestal no trato com o dinheiro público. Se a situação chegou a esse ponto de degradação, isso se deve, principalmente, à secular impunidade que viceja no país. Dá para reverter esse quadro? Dá, mas é preciso dar os primeiros passos. VEJA gostaria de sugerir alguns deles:

• Priorizar a punição nas altas esferas
Existe um entendimento tácito entre juízes brasileiros de que cadeia é para criminosos que representam um risco para a sociedade. "Por esse motivo, crimes do colarinho-branco não são punidos com a mesma seriedade que um assalto a mão armada", diz Roberto Livianu, promotor de Justiça de São Paulo e autor do livro Corrupção e Direito Penal. O desvio de milhões de reais que deveriam ser usados para salvar vidas no sistema de saúde, por exemplo, também é uma forma de violência, diz ele. Livianu propõe uma maneira de criar um atalho para a punição rápida e exemplar de corruptos de alto gabarito. Trata-se de formar uma força-tarefa, composta principalmente de promotores e juízes, com amplos poderes para processar ocupantes de cargos públicos de destaque e empresários envolvidos em negócios ilícitos com o dinheiro do contribuinte. O modelo a ser imitado é o da Operação Mãos Limpas, na Itália, que levou à prisão três centenas de políticos e servidores no país. "Isso provocaria um choque pedagógico em toda a hierarquia do poder público", afirma.

• Aumentar o risco político e financeiro da corrupção
"No Brasil, lucra-se tanto com a corrupção, e a probabilidade de ser punido é tão pequena, que o risco compensa", diz Lizete Verillo, diretora da ONG Amarribo. Nada apavora mais um corrupto, seja qual for o lado do balcão das negociatas ocupado por ele, do que a perda do seu poder econômico – o que, inclusive, afeta diretamente sua capacidade de comprar favores e privilégios. Obrigar a devolução do montante desviado é pouco. Seria mais eficiente aperfeiçoar a lei para permitir o confisco do patrimônio integral do acusado. Assim, se o desvio de dinheiro público foi de 1 milhão de reais, mas o patrimônio do corrupto é de 50 milhões, a Justiça deveria ser capaz de bloquear tudo. Para que isso seja possível, é preciso também haver uma maior cooperação internacional entre a Justiça brasileira e a de outros países. Outra medida necessária é derrubar o foro privilegiado para políticos, no caso de crimes comuns. Eles se beneficiam dessa prerrogativa para responder a processos criminais apenas perante tribunais superiores. Com isso, conseguem reduzir as possibilidades de punição, pois os tribunais não têm estrutura para colher provas contra eles.

• Estreitar a boca do cofre
Simplesmente reduzir o gasto público não é garantia de menos roubalheira. Se assim fosse, seria possível concluir que a corrupção em obras de infraestrutura no Brasil diminuiu, já que o investimento atual do Ministério dos Transportes, por exemplo, é, em dados porcentuais, quase um décimo do registrado na década de 70. "Na verdade, quando o poder público reduz os investimentos, a disputa pelos contratos fica mais acirrada, o que inflaciona o valor das propinas", diz o economista Raul Velloso. Ele aponta outra maneira de estreitar a boca do cofre para reduzir as oportunidades de corrupção: sempre que possível, tirar o governo de atividades que envolvem empreiteiras e prestadores de serviços públicos. Um exemplo que funciona bem é o da concessão de rodovias. Uma vez definidos os preços e feito o contrato, o estado não precisa mais ficar às voltas com a gestão diária daquela atividade. Cabe a ele apenas o papel de fiscalizador.

• Profissionalizar a gestão pública
Na administração federal, há mais de duas dezenas de milhares de cargos de confiança, aqueles que são preenchidos por indicação. "Essa prerrogativa, garantida na nossa Constituição, leva ao loteamento do estado por critérios políticos e interesses pessoais", diz Claudio Weber Abramo, diretor-geral da ONG Transparência Brasil. Ele propõe uma reforma constitucional para limitar drasticamente a capacidade dos governantes de preencher cargos comissionados. O efeito seria o incentivo à contratação de funcionários por critérios profissionais, em que se leva em conta o mérito do candidato, e não sua filiação político-partidária. Ganha-se em duas frentes: na qualidade da administração pública e no fim do uso da máquina estatal em proveito próprio. Isso também pode ser incrementado por meio da criação de indicadores de desempenho, com o objetivo de avaliar os avanços em áreas específicas, como educação e saúde. "Quando há indicadores confiáveis, divulgados regularmente, fica mais fácil controlar a corrupção", diz o economista Marcos Fernandes, professor da Fundação Getulio Vargas, em São Paulo. A explicação é que o mau uso do dinheiro público afeta diretamente a qualidade dos indicadores, exigindo mais profissionalismo para recuperá-los. Fernandes dá o exemplo dos gastos com policiamento no estado de São Paulo, cuja eficiência melhorou muito depois que o governo começou a compilar e divulgar com mais frequência os índices de criminalidade.

• Incentivar a denúncia dos corruptores
Pela lei brasileira, quando alguém oferece uma comissão para ter acesso a alguma vantagem, está cometendo um crime de corrupção ativa. "No Brasil, são raros os processos por corrupção ativa, porque quase ninguém os denuncia", diz Roberto Livianu. Os casos que vêm a público em geral se referem ao crime de concussão, em que uma pessoa é pressionada a pagar a propina, mas se nega a fazê-lo e coloca a boca no trombone. Resultado: quem põe a mão no bolso para corromper não é punido. "Para mudar esse quadro, o Brasil deveria ter programas de delação premiada e de proteção à testemunha específicos para esse tipo de crime", diz a socióloga Rita de Cássia Biason, professora da Universidade Estadual Paulista, em Franca. Ela dá o exemplo do caseiro Francenildo Costa, autor de denúncias que derrubaram o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci. Em vez de ser premiado por sua atitude, ele foi massacrado por ter contado o que sabia. Isso desestimula outros cidadãos a fazer o mesmo.

Com reportagem de Expedito Filho, Marana Borges e Raquel Salgado

O peso jurássico no Maranhão e no Amapá

Não tem nada com isso o presidente do pior senado de todos os tempos, o jurássico ex-presidente da República e atual presidente da instituição senador José Sarney (PMDB), sabe por onde? Pelo Amapá.

Aguarda com sua notável discrição o resultado do julgamento da ação contra crime eleitoral de seu desafeto Jackson Lago (PDT-MA), governador do Maranhão, destituindo daquele Estado, por vontade popular, a dinastia da truculência política de seu mandarinato.

― O sobrenome Sarney seguia reinado sem contestações sobre o estado do Maranhão há 40 anos.

Enquanto isso, no ex-Território Federal do Amapá, agora Estado, e cuja atuação onisciente não mexeu uma sobrancelha nem tocou um único foi de cabelo de seu vasto bigode, para ajudar a criar; passa por momentos de preocupação com a lição que deixou no rastro de sua reeleição para o senado federal.

Com uma vaga na disputa (note que em 2010 2/3 dos senadores vão à prova) o presidente do senado adota discurso do silêncio conveninete que o notabilizou como o mais longevo sobrevivente político de seu partido desde do tempo de apoio incondicional à ditadura militar.

Na oposição à seus adversários na única vaga que o reconduziu ao poder de sempre e sempre. José Sarney imortal pela "insuspeita" Academia Brasileira de Letras, aprontou em vida o que seus pares imortais (já mortos), não consideraram como prática abjeta.

Censurou blog´s, intimidou movimentos sociais, ameaçou o quanto pode, seus adversários ―e, claro, se reelegeu.

Para quem ainda não teve acesso ao histórico do oligarca, vejam os fatos.

A família do senador José Sarney tem emissoras de TV, rádio, jornal, fazendas e diversas empresas no Maranhão e no Amapá.

Na declaração apresentada ao Tribunal Superior Eleitoral, o ex-presidente informa que sua fortuna é de 4,6 milhões de reais.

Esconder ou subavaliar patrimônio é uma estratégia muito comum no mundo político, principalmente entre aqueles que não têm como justificar a origem da riqueza.

Sarney foi presidente da República em 1985 e, desde então, ele e seus familiares – cujo patrimônio real é estimado em cerca de 125 milhões de reais – têm sido alvo de diversas investigações criminais. No ano passado, uma investigação da Polícia Federal acusou um dos filhos do senador de chefiar uma "organização criminosa" responsável por crimes como lavagem de dinheiro, evasão de divisas, fraude em licitações e corrupção.

Em 2002, em plena campanha presidencial, a PF encontrou 1,3 milhão de reais em dinheiro escondido no escritório da então candidata e hoje senadora do PMDB Roseana Sarney, filha do senador.

Roseana abandonou a campanha, mas a origem do dinheiro nunca foi explicada. Renan e Sarney não são exceções no mundo peemedebista. A tal confederação dos líderes regionais citada na entrevista de Jarbas Vasconcelos é, em sua maioria, composta de políticos com perfil idêntico: são todos ricos, poderosos e enrolados com a Justiça devido à histórica folia com o dinheiro dos contribuintes.


Dos 27 presidentes regionais do PMDB, dezessete têm problemas com a Justiça. O deputado Jader Barbalho, por exemplo, é o mandachuva do partido no Pará e um dos chefões nacionais da legenda. O parlamentar foi preso em 2002, acusado de desviar 2 bilhões de reais dos cofres públicos. Dono de apenas um automóvel e uma casa no início da carreira, Jader também fez fortuna enquanto se revezava entre um cargo e outro da administração federal. Foi ministro da Previdência no governo Sarney, líder do PMDB e presidente do Senado no governo Fernando Henrique até 2001, quando renunciou ao cargo, acuado por denúncias de corrupção. Hoje, é um general sem estrelas, mas com poder intacto nos bastidores. Jader, Sarney e Renan formam o triunvirato do PMDB. Eles estabelecem as linhas mestras de ação do partido e controlam a indicação dos cargos que, como Jarbas vocalizou e até os mármores de Niemeyer sabem, são usados para "fazer negócios e ganhar comissões".

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O democrata José Sarney conspirou subterrâneamente para a cassação não de um, mas de dois mandatos pós ditadura militar e concedidos sob a égide da democracia que hoje o torna, deveras, um tanto confuso.

É atribuído a manobras de sua ordem no subterâneo do poder, a queda de seu então colega João Alberto Capeberibe e sua esposa a deputada (novamente eleita como a mais votada de seu estado) Janete Capeberibe, numa das manobras mais sórdidas e rasteiras de que se tem notícias no recente noticiário político.

É esse o PMDB que Jarbas não dá nome.

Francamente: Precisa?

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