Aposentados e Pensionistas na mídia

Nervos à flor da pele
À beira de um ataque de nervos, o líder do governo na Câmara, deputado Henrique Fontana (PT-RS), pediu ontem ao senador Paulo Paim (PT-RS), a representantes dos pensionistas do INSS e a líderes da base e da oposição, um novo prazo para levar à votação o reajuste dos aposentados e a extinção do fator previdenciário.

Custo
A derrota do governo na questão dos aposentados tem custo estimado de R$ 35 bilhões
A aprovação do PL 58 de 2003, que atualiza o valor das aposentadorias e pensões do INSS, R$ 76 bilhões

Centrais
Fracassou a negociação do secretário-geral da Presidência, Luiz Dulci, com a CUT e a Força Sindical para chegar a um acordo sobre os aposentados. A conversa será retomada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que retornou ontem da Líbia.

Fonte: Correio Braziliense.

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Aposentados
O governo federal e o deputado Pepe Vargas estão brincando com os aposentados. Desde fevereiro estão estudando a situação e até agora não apresentaram nenhuma proposta. Já morreram muitos e morrerão vários outros. Assim sobrará mais dinheiro para emprestar ao FMI.

Fonte: Zero Hora.

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Previdência
Seria de bom tom que fosse divulgado o nome dos deputados e senadores que votarem contra a proposta de reajustar a remuneração dos aposentados e pensionistas do INSS de acordo com o reajuste dado ao salário mínimo para que possamos excluí-los em futuros pleitos eleitorais (Gazeta, 1/7). A geração de aposentados que aí está foi responsável pelo desenvolvimento e enriquecimento deste país, e não os parlamentares que agora lhes negam uma remuneração digna, condizente com seu passado. É imperativo que saibamos quem vai votar contra.

Fonte: Gazeta do Povo.

Operação segura-Sarney

Ação deflagrada por Lula ainda na Líbia sustentou o peemedebista no comando do Senado. À noite, já em Brasília, petista comemorou a decisão, que, por ora, mantém o apoio do cacique do PMDB a Dilma

Sarney: tropa escalada por Lula conseguiu preservar, pelo menos por enquanto, a parceria entre PT e PMDB


O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), começou o dia de ontem enfraquecido, disposto a renunciar. Chegou a dizer a aliados que não tinha mais condições políticas de governar a Casa. No início da noite, no entanto, a situação mudou. Senadores petistas foram em bloco conversar com Sarney. A tese do afastamento perdeu força graças a uma operação deflagrada da Líbia pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em conversa telefônica, Lula pediu ao senador que não tomasse uma decisão antes de conversarem pessoalmente em Brasília. Para garantir a permanência do aliado no cargo, Lula(1) foi além. E escalou um time de peso a fim de impedir que o PT engrossasse o coro pela licença de Sarney.

A mando do presidente, entraram em campo a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, pré-candidata à Presidência da República, o ex-ministro e deputado cassado José Dirceu (PT-SP) e o chefe de gabinete de Lula, Gilberto Carvalho. Os três dispararam ligações a petistas e peemedebistas nos quais reafirmaram a necessidade de preservar a parceria entre os partidos, considerada estratégica para a disputa em 2010, e de combater a oposição, que estaria agindo de olho na sucessão presidencial. Uma série de fatores levou à contra-ofensiva em defesa de Sarney. Conforme revelou o Correio na semana passada, Lula não quer o aliado magoado com o PT e o governo, o que prejudicaria a candidatura de Dilma.

Além disso, não deseja reviver a disputa renhida entre petistas e peemedebistas pela Presidência do Senado. Hoje, admitem auxiliares do presidente, seriam grandes as chances de um oposicionista ou de um “nome ético” ou dito “independente” vencer o páreo. As consequências disso seriam problemas para o Planalto, como o início dos trabalhos das CPIs da Petrobras e do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). Interesses particulares de caciques do Congresso também deram fôlego à campanha em favor de Sarney. Presidente da Câmara, o deputado Michel Temer (PMDB), por exemplo, quer ser vice na chapa de Dilma. Ele sabe que, em caso de tensão entre PT e PMDB, será mais difícil conquistar a vaga.

Cartada
Já os líderes do PMDB e do PTB no Senado — respectivamente, Renan Calheiros (AL) e Gim Argello (DF) — jogam uma cartada para se manter no controle da Casa. Os dois têm consciência de que, se Sarney cair, eles voltarão à planície também. E, pior, serão os próximos alvos da avalanche de denúncias que assola o Legislativo (leia mais na página 3). Ontem à noite, ministros e líderes comemoravam o resultado da operação segura-Sarney.

Principalmente, o fato de a bancada petista ter seguido à risca as regras ditadas por Lula. No início do dia, o líder Aloizio Mercadante (PT-SP) chegou a declarar que pediria ao peemedebista que se licenciasse do cargo durante investigações sobre as irregularidades da Casa.

Essa sugestão não foi formalizada graças à atuação do trio formado por Dilma, Dirceu e Carvalho e ao fato de Sarney ter negado tal possibilidade. Em conversa com petistas, ele foi claro: tudo ou nada. “Estou nas mãos de vocês. Vocês decidirão o meu futuro.” Futuro que, a depender de Lula, dos ministros, e do PT já está selado. “O governo é PMDB, é Sarney, temos que segurar o cara. Vamos jogar com o recesso”, orientou Dilma, segundo relato de um parlamentar.

1- “TAPETÃO” OPOSICIONISTA
Antes de embarcar de volta para o Brasil, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ontem, na Líbia, que a oposição pede o afastamento de José Sarney (PMDB-AP) porque quer ganhar a Presidência do Senado no “tapetão”. “É importante para DEM e PSDB, que querem que ele se afaste para o Marconi Perillo (PSDB-GO e primeiro-vice-presidente do Senado) assumir, o que não é nenhuma vantagem para ninguém. A única vantagem é para o Perillo e para o PSDB, que quer ganhar o Senado no tapetão. Assim não é possível. Isso não faz parte do jogo democrático.”

Fonte: Correio Braziliense.

Sarney e neto vão depor à PF sobre crédito consignado

Delegado ordenou pente fino nos contratos com instituições financeiras para buscar indícios de crimes

Vannildo Mendes, de O Estado de S. Paulo

BRASÍLIA - O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), e seu neto, José Adriano Cordeiro Sarney, serão ouvidos no inquérito da Polícia Federal que apura denúncias de irregularidades na intermediação de empréstimos consignados a funcionários do Legislativo. Na condição de suspeito, Adriano será alvo de intimação, em data a ser definida nos próximos dias pelos investigadores. Sarney, mesmo não figurando no rol de suspeitos, será ouvido como testemunha e, como tem prerrogativa de função, poderá marcar local e data.  

A PF informou ontem que está realizando um pente fino nos contratos com as instituições financeiras que operavam o crédito consignado do Senado para verificar indícios de crimes e estabelecer a cadeia de responsabilidades. O próximo passo é fechar a agenda de depoimentos e definir possíveis indiciamentos. Para a polícia, é cedo para falar nos desdobramentos do caso, mas se as acusações forem confirmadas, Adriano corre o risco de ser indiciado por tráfico de influência, corrupção e formação de quadrilha.

O neto de Sarney é dono de uma das empresas que intermediavam o crédito, a Sarcris Consultoria, conforme revelou reportagem publicada no jornal O Estado de S. Paulo na quinta-feira. Destinados aos 14 mil servidores ativos e aposentados do Senado, os empréstimos, descontados em folha, movimentaram R$ 1,2 bilhão em três anos junto a 20 instituições bancárias. Em nota distribuída aos colegas, Sarney negou qualquer vínculo com os negócios do neto no Congresso.

Acuado pela necessidade de dar satisfação aos pares sobre as providências para debelar a crise do Senado, Sarney mandou ofício ao diretor-geral da PF, Luiz Fernando Corrêa, pedindo "completa investigação" do esquema de empréstimos consignados e um pente fino nos contratos com as instituições financeiras autorizada a fazer as operações.

Corrêa, em contrapartida, pediu a Sarney, também por ofício, que designe um servidor da Casa para atender prontamente às requisições de documentos feitas pela PF e tornar ágeis as providências de interesse da investigação. Ele não deu detalhes, mas explicou como funciona a estratégia policial. "No início, a PF investiga fatos, não pessoas", disse. "Num segundo momento, quem estiver envolvido será chamado a dar explicações", completou.

O inquérito foi aberto originalmente em 13 de maio para apurar a denúncia de que o diretor de Recursos Humanos, João Carlos Zoghbi, afastado do cargo, teria usado um grupo de laranjas, entre os quais a ex-babá Maria Izabel Gomes, de 83 anos, para intermediar empréstimos na Casa. A empregada, que figura como sócia da Contact Assessoria de Crédito, já foi ouvida pela PF, mas o teor do depoimento não foi revelado.

O neto de Sarney admitiu ser dono da Sarcris e disse que faturava "menos de R$ 5 milhões" por ano em comissões em todas as suas operações no mercado, incluindo o Senado. Na edição de ontem, o jornal O Estado de S. Paulo revelou que a empresa de Adriano também atuou na venda de seguro de vida para servidores do Senado. Segundo a PF, o depoimento do neto pode ficar para depois e, dependendo das circunstâncias, será aberto inquérito.

Meu Garantido ganha novamente

O Boi Garantido conquista seu 27º título no Festival Folclórico de Parintins de 2009.

Veja.

Amuado, o Caprichoso, em atitude antidesportiva, acusou os jurados de terem sido comprados. Coisa de mal perdedor.

José Sarney: Só falta o PMDB pedir sua cabeça

Sai daí Sarney

Val-André Mutran - Os tempos mudaram e a população brasileira não aceita mais que um político – seja ele quem for – continue a tripudiar com a nossa cada vez mais escassa paciência.

Os motivos que levaram à essa “impaciência” movem homens e mulheres de bem desse país, sejam ricos ou humildes à uma sentença fatal para os políticos que ainda insistem na tese do intocável.

É verdade que o Edmar do Castelo escapou, por enquanto. É verdade também que outros, de alto poder na operação de bandalheiras que ainda não sabemos ou que sabemos até demais… Ainda estão a circular por aí, tripudiando de nossas caras.

Caras que acordam muito cêdo para pegar a condução para o trabalho honesto que mal dá para pagar as contas.

Caras não muito satisfeitas com o tratamento que se tem dado para certos setores da economia que nos roubam dioturnamente e que ninguém levanta a voz para que cesse o martírio de quem está pendurado no cheque especial, em cinco ou seis cartões de crédito, empresas safadas de crédito barato, operadoras de telefonia que merecem simplesmente a prisão imediata de seus diretores, junto, evidentemente, com os safadões dessas Agências de Regulação disso e daquilo a serem sustentados pelo nosso suor.

E o que dizer do povão do Bolsa Família?

Essa gente que se apresenta como salvador da Pátria, não vai mais representar absolutamente nada para a gente. Como o presidente do Senado, por exemplo, o Senhor José Sarney. Um cara de pau sem precedentes que insiste em nos humilhar como povo brasileiro.

Lula, o presidente e ex-sindicalista errou terrivelmente ao proteger esse elemento.

Vejam um pouco das considerações do jornalista Leandro Fortes. Amapaense que, entre tantos outros colegas meus, tem a coragem de desmascarar esse velho ultrapassado e cínico.


Sarney, o homem incomum

Há anos, nem me lembro mais quantos, os principais colunistas e repórteres de política do Brasil, sobretudo os de Brasília, reputam ao senador José Sarney uma aura divinal de grande articulador político, uma espécie de gênio da raça dotado do dom da ponderação, da mediação e do diálogo. Na selva de preservação de fontes que é o Congresso Nacional, estabeleceu-se entre os repórteres ali lotados que gente como Sarney – ou como Antonio Carlos Magalhães, em tempos não tão idos – não precisa ser olhada pelas raízes, mas apenas pelas folhagens. Esse expediente é, no fim das contas, a razão desse descolamento absurdo do jornalismo brasiliense da realidade política brasileira e, ato contínuo, da desenvoltura criminosa com que deputados e senadores passeiam por certos setores da mídia.

Olhassem Sarney como ele é, um coronel arcaico, chefe de um clã político que há quatro décadas domina a ferro e fogo o Maranhão, estado mais miserável da nação, os jornalistas brasileiros poderiam inaugurar um novo tipo de cobertura política no Brasil. Começariam por ignorar as mentiras do senador (maranhense, mas eleito pelo Amapá), o que reduziria a exposição de Sarney em mais de 90% no noticiário nacional. No Maranhão, a família Sarney montou um feudo de cores patéticas por onde desfilam parentes e aliados assentados em cargos públicos, cada qual com uma cópia da chave do tesouro estadual, ao qual recorrem com constância e avidez. O aparato de segurança é utilizado para perseguir a população pobre e, não raras vezes, para trucidar opositores. A influência política de Sarney foi forte o bastante para garantir a derrubada do governador Jackson Lago, no início do ano, para que a filha, Roseana, fosse reentronizada no cargo que, por direito, imaginam os Sarney, cabem a eles, os donatários do lugar.

José Sarney é uma vergonha para o Brasil desde sempre. Desde antes da Nova República, quando era um político subordinado à ditadura militar e um representante mais do que típico da elite brasileira eleita pelos generais para arruinar o projeto de nação – rico e popular – que se anunciava nos anos 1960. Conservador, patrimonialista e cheio dessa falsa erudição tão típica aos escritores de quinta, José Sarney foi o último pesadelo coletivo a nós impingido pela ditadura, a mesma que ele, Sarney, vergonhosamente abandonou e renegou quando dela não podia mais se locupletar. Talvez essa peculiaridade, a de adesista profissional, seja o que de mais temerário e repulsivo o senador José Sarney carregue na trouxa política que carrega Brasil afora, desde que um mau destino o colocou na Presidência da República, em março de 1985, após a morte de Tancredo Neves.

Ainda assim, ao longo desses tantos anos, repórteres e colunistas brasileiros insistiram na imagem brasiliense do Sarney cordial, erudito e mestre em articulação política. É preciso percorrer o interior do Maranhão, como já fiz em algumas oportunidades, para estabelecer a dimensão exata dessa visão perversa e inaceitável do jornalismo político nacional, alegremente autorizado por uma cobertura movida pelos interesses de uns e pelo puxa-saquismo de outros. Ao olhar para Sarney, os repórteres do Congresso Nacional deveriam visualizar as casas imundas de taipa e palha do sertão maranhense, as pústulas dos olhos das crianças subnutridas daquele estado, várias gerações marcadas pela verminose crônica e pela subnutrição idem. Aí, saberiam o que perguntar ao senador, ao invés de elogiar-lhe e, desgraçadamente, conceder-lhe salvo conduto para, apesar de ser o desastre que sempre foi, voltar à presidência do Senado Federal.

Tem razão o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao afirmar, embora pela lógica do absurdo, que José Sarney não pode ser julgado como um homem comum. É verdade. O homem comum, esse que acorda cedo para trabalhar, que parte da perspectiva diária da labuta incerta pelo alimento e pelo sucesso, esse homem, que perde horas no transporte coletivo e nas muitas filas da vida para, no fim do mês, decidir-se pelo descanso ou pelas contas, esse homem comum é, basicamente, honesto e solidário. Sarney é o homem incomum. No futuro, Lula não será julgado pela História somente por essa declaração infeliz e injusta, mas por ter se submetido tão confortavelmente às chantagens políticas de José Sarney, a ponto de achá-lo intocável e especial. Em nome da governabilidade, esse conceito em forma de gosma fisiológica e imoral da qual se alimenta a escória da política brasileira, Lula, como seus antecessores, achou a justificativa prática para se aliar a gente como os Sarney, os Magalhães e os Jucá.

Pelo apoio de José Sarney, o presidente entregou à própria sorte as mais de seis milhões de almas do Maranhão, às quais, desde que assumiu a Presidência, em janeiro de 2003, só foi visitar esse ano, quando das enchentes de outono, mesmo assim, depois que Jackson Lago foi apeado do poder. Teria feito melhor e engrandecido a própria biografia se tivesse descido em São Luís para visitar o juiz Jorge Moreno. Ex-titular da comarca de Santa Quitéria, no sertão maranhense, Moreno ficou conhecido mundialmente por ter conseguido erradicar daquele município e de regiões próximas o sub-registro civil crônico, uma das máculas das seguidas administrações da família Sarney no estado. Ao conceder certidão de nascimento e carteira de identidade para 100% daquela população, o juiz contaminou de cidadania uma massa de gente tratada, até então, como gado sarneyzista. Por conta disso, Jorge Moreno foi homenageado pelas Nações Unidas e, no Brasil, viu o nome de Santa Quitéria virar nome de categoria do Prêmio Direitos Humanos, concedido anualmente pela Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República a, justamente, aqueles que lutam contra o sub-registro civil no País.

Em seguida, Jorge Moreno denunciou o uso eleitoral das verbas federais do Programa Luz Para Todos pelos aliados de Sarney, sob o comando, então, do ministro das Minas e Energia Silas Rondeau – este um empregado da família colocado como ministro-títere dentro do governo Lula, mas de lá defenestrado sob a acusação, da Polícia Federal, de comandar uma quadrilha especializada em fraudar licitações públicas. Foi o bastante para o magistrado nunca mais poder respirar no Maranhão. Em 2006, o Tribunal de Justiça do Maranhão, infestado de aliados e parentes dos Sarney, afastou Moreno das funções de juiz de Santa Quitéria, sob a acusação de que ele, ao denunciar as falcatruas do clã, estava desenvolvendo uma ação político-partidária. Em abril passado, ele foi aposentado, compulsoriamente, aos 42 anos de idade. Uma dos algozes do juiz, a corregedora (?) do TRE maranhense, é a desembargadora Nelma Sarney, casada com Ronaldo Sarney, irmão de José Sarney.

Há poucos dias, vi a cara do senador José Sarney na tribuna do Senado. Trêmulo, pálido e murcho, tentava desmentir o indesmentível. Pego com a boca na botija, o tribuno brilhante, erudito e ponderado, a raposa velha indispensável aos planos de governabilidade do Brasil virou, de um dia para a noite, o mascate dos atos secretos do Senado. Ao terminar de falar, havia se reduzido a uma massa subnutrida de dignidade, famélica, anêmica pela falta da proteína da verdade. Era um personagem bizarro enfiado, a socos de pilão, em um jaquetão coberto de goma.

Na mesma hora, pensei no povo do Maranhão.

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Por muito menos do que uma crítica bem fudamentada, se o caso fosse de analisar a reeleição desse homem que me recuso a considerar pelo menos o que ele efetivamente é, e não sua sombra, que vem a ser o que mais se destaca. E olhe que ele teve a oportunidade nas mãos de mudar esse país, apoiado que estava por um grupo que representava os setores mais avançados desse país, e não o fez. Seria um luz em sua tenebrosa atividade de perseguidor profissional de quem o contesta.

Seus puxa sacos limitam-se diante das denúncias da Máfia que esse Senhor instalou há 15 anos no Senado Federal como coisa menor. Não é.

Jogou para debaixo do mais fétido ralo o esforço da transição democrática do país ao negociar com militares da pesada e golpistas covardes bem ao seu gosto. Todos seus amigos de licôres e outras liturgias do cargo que pela institucionalidade e circunstância, caiu-lhe no colo.

Perseguiu covardemente políticos e jornalista no Maranhão. O repetiu ainda mais covardemente no Amapá, onde se emboletou às espenças de uma elite safada que o bajula a troco de vantagens.

Agora não aceitamos mais.

E os políticos? Só falta o PMDB entregar a cabeça do imortal. O último aliado já o fez.

Sai daí Sarney. Vê se te manca e salva pelo menos a instituição que representas.

Plenário da Câmara aprova o fortalecimento das defensorias públicas

Foto: Elton Bomfim

O deputado Mauro Benevides foi o relator, na CCJ, do projeto aprovado nesta terça-feira.

Órgãos que dão assistência judicial gratuita são reformulados e vão ter peso na proteção dos direitos das minorias e de grupos sociais vulneráveis.

O Plenário aprovou, nesta terça-feira, emenda substitutiva global do deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO) ao Projeto de Lei Complementar (PLP) 28/07, do Executivo, que reorganiza as defensorias públicas da União, dos estados e do Distrito Federal, alterando a Lei Complementar 80/94. A proposta amplia as funções institucionais e regulamenta a autonomia funcional e administrativa das defensorias - encarregadas de dar assistência jurídica integral e gratuita a quem não tem como pagar um advogado. A matéria segue agora para o Senado.

O texto, aprovado por 338 votos a 6, dá prioridade à resolução extrajudicial dos litígios por meio da conciliação e da arbitragem.

Um acordo entre as lideranças viabilizou a votação, com a retirada de pontos de discordância em relação ao substitutivo da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ).

Também foram retiradas do texto as prerrogativas de ministro de Estado para o defensor público-geral federal e a possibilidade de nomeação, para esse cargo, do mais votado em lista tríplice, quando o Executivo não nomear um dos indicados em 15 dias.

A lista será formada por integrantes da carreira com mais de 35 anos de idade, escolhidos pelo voto direto, secreto e obrigatório dos defensores. O mandato será de dois anos, permitida uma recondução. Atualmente, não há lista tríplice.

Constituinte
O único destaque votado - e rejeitado - proibia o exercício de atividade político-partidária em qualquer situação e não somente enquanto o defensor atuar junto à Justiça Eleitoral, como permaneceu na lei.

Segundo o relator da matéria na CCJ, deputado Mauro Benevides (PMDB-CE), a Câmara solucionou uma questão importante ao votar o projeto. Ele disse que a matéria demandou um trabalho exaustivo na CCJ.

Cidadania
O projeto assemelha a Defensoria Pública do Distrito Federal às dos estados e enfatiza a proteção dos direitos humanos e do exercício de cidadania. As defensorias deverão promover a difusão e a conscientização da cidadania e do ordenamento jurídico e poderão atuar perante órgãos e tribunais internacionais de proteção dos direitos humanos.

Elas também poderão entrar com pedidos de habeas corpus, mandados de injunção, habeas data (para ter acesso a informações) e mandados de segurança, individuais ou coletivos, ou com qualquer outra ação em defesa das funções institucionais, dentro de suas prerrogativas.

Proteção das minorias
Segundo o projeto, as defensorias deverão exercer a defesa dos interesses individuais e coletivos da criança e do adolescente, do idoso, da pessoa com deficiência, da mulher vítima de violência doméstica e familiar e de outros grupos sociais vulneráveis que mereçam proteção especial do Estado. A Lei Complementar 80/94 só explicitava a defesa das crianças, dos adolescentes e dos consumidores.

Além disso, elas poderão atuar junto aos juizados especiais cíveis e criminais. Atualmente, só podem agir perante juizados de pequenas causas.

Autonomia administrativa
A proposta assegura às defensorias públicas estaduais autonomia funcional, administrativa e de iniciativa para elaboração de suas propostas orçamentárias, dentro dos limites estabelecidos na LDO. Se a proposta orçamentária for encaminhada em desacordo com os limites estipulados em lei, o Executivo fará os ajustes necessários.

As defensorias estaduais poderão abrir concursos públicos para preencher os cargos de suas carreiras e dos serviços auxiliares.

Número
Atualmente, há cerca de 5 mil defensores públicos no Brasil, distribuídos de forma bastante irregular. Estados como Santa Catarina, Goiás e Paraná ainda não oferecem esse serviço.

Continua:
Projeto divide opiniões em Plenário
Texto detalha regras de promoção dos defensores

Notícias relacionadas:
Temer ressalta apoio à reorganização das Defensorias Públicas

Ag. Câmara.

Comissão aprova 40h de trabalho semanal e aumento na hora extra

Foto: Rodolfo Stuckert

Vicentinho, em meio aos manifestantes das centrais sindicais, comemora a aprovação da redução da carga horária.

Com a presença de todas as centrais sindicais no Auditório Nereu Ramos, a Comissão Especial da Jornada Máxima de Trabalho aprovou, nesta terça-feira, a redução de 44 para 40 as horas trabalhadas na semana. O parecer do relator, deputado Vicentinho (PT-SP), também prevê a elevação da hora extra para 75% sobre o valor da hora normal.

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC 231/95), que trata do tema, vai ser apreciada em dois turnos pelo Plenário da Câmara e precisa de dois terços dos votos para ser aprovada. O mesmo procedimento será exigido no Senado.
Os integrantes da comissão vão pedir apoio dos líderes partidários para a inclusão da PEC na pauta do Plenário. A expectativa é que o primeiro turno de votação aconteça em agosto. Vicentinho está otimista quanto à aprovação. "Como ela foi aprovada por deputados de todos os partidos aqui presentes, a minha esperança cresce mais ainda de que seja aprovada na Câmara e no Senado", ressaltou.

Luta de 15 anos
Autor da PEC, o senador Inácio Arruda (PCdoB/CE) lembrou que a luta dos trabalhadores pela redução da jornada já dura 15 anos. Arruda avalia que a união das centrais sindicais e dos parlamentares é fundamental. "Eu considero que vamos entrar o ano de 2010 com redução da jornada de trabalho."

Preocupado, o deputado Ciro Gomes (PSB-CE) disse que a redução da jornada ou é aprovada agora ou ainda vai esperar 20 anos. "Se não houver uma mobilização de massas muito ativa, eu temo que ela não prospere porque o interesse de classe vigente, dado o conservadorismo, uma pressão conservadora da grande imprensa, é hostil às chances de sucesso da proposta."

Para o vice-presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), a redução da jornada vai trazer vantagens para o País. "Significa, imediatamente, a geração de três milhões de novos postos de trabalho diretos no País e outros tantos indiretos. O segundo, tem um impacto na melhoria da qualidade de vida do povo brasileiro, que terá mais tempo para convivência com a família."

Tempo para estudo
Rita Camata (PMDB/ES) destacou que o trabalhador terá mais tempo para se dedicar aos estudos. "Se qualificar para, cada vez, ter o seu trabalho com melhor reconhecimento da população empregadora do nosso País", assinalou.
Na avaliação do ex-presidente da Câmara deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), a redução da jornada ajuda a minimizar os efeitos da crise mundial. "É uma forma que o movimento sindical encontra para enfrentar a crise. Crise de desemprego, crise de redução de salário."

Continua:
Centrais sindicais se unem pela redução das horas de trabalho

AG. Câmara.

Relator propõe aprovação preliminar da nova PEC dos Vereadores

O relator da nova PEC dos Vereadores (336/09 e 379/09), deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP), recomendou a aprovação da admissibilidade proposta. O parecer do deputado não foi votado na reunião da CCJ em andamento em razão de pedido coletivo de vista.

A PEC 336/09 é resultado do desmembramento de outra PEC sobre o assunto já aprovada pela Câmara. O texto adotado pelos deputados ampliava o número de vagas nas câmaras de vereadores e, ao mesmo tempo, limitava as despesas dos legislativos municipais, proporcionando uma economia anual de cerca de R$ 1,2 bilhão.

Durante a análise no Senado, a PEC dos Vereadores foi dividida em duas: uma delas, que aumenta as vagas para vereadores, foi encaminhada à Câmara e precisa ser novamente votada pelos deputados. A outra PEC (paralela), que trata da redução de despesas, ainda aguarda votação no Senado.

Lula e o Senado

Marcos Coimbra - Sociólogo e presidente do Instituto Vox Populi

Ou seja: para ele, o que está errado no Senado é que exista oposição. O resto deve estar indo bem

Costuma-se atribuir a alguns políticos opiniões e declarações que ninguém sabe se são de fato deles. Há, até, quem tenha entrado para a história como autor de frases que nunca disse.

Zezinho Bonifácio, Tancredo Neves, Benedito Valadares, dentre outras lendas de nossa política, passaram por esse problema. Embora frasistas eméritos, se tivessem dito tudo que lhes é imputado, não teriam feito mais nada na vida a não ser esperar pela oportunidade de uma frase de efeito.

Hoje em dia, só Lula se parece com essas velhas raposas. Volta e meia, dizem que ele faz avaliações do quadro político que tanto podem ser genuinamente suas, como não. É difícil saber, por exemplo, se não são apenas o jogo de alguém, que põe na boca do presidente o que é de seu interesse.

Tomara que seja esse o caso das recentes opiniões que Lula teria externado sobre o Senado, o PT e Dilma. Seria melhor se ele não pensasse essas coisas.

Segundo a versão corrente, o presidente estaria recomendando a seu partido que se concentrasse em dois propósitos na eleição de 2010. O primeiro e óbvio, na vitória de sua candidata a presidente. O segundo, não tão evidente para quem acompanha a história do PT, nas eleições para o Senado. Para Lula, o melhor dos mundos é Dilma eleita e o Senado com maioria dela.

Para o PT, ele aconselha, portanto, abrir mão das disputas pelos governos estaduais, mesmo onde tem candidaturas viáveis. Pelas especulações da imprensa, isso incluiria até estados onde o PT está no governo, como o Pará e a Bahia, contrariando o que é natural quando existe reeleição.

Em outros, como o Rio Grande do Sul, candidatos petistas que lideram as pesquisas teriam que desistir, o mesmo valendo para aqueles onde tem nomes com grandes chances, como Minas Gerais.

Essa prioridade para o Senado significaria, ainda, apoiar com toda ênfase candidaturas de partidos aliados nos lugares onde o PT não tem nomes ou onde o arranjo da chapa majoritária o exigisse. Na Bahia, por exemplo, isso poderia ocorrer, se Geddel aceitasse a vaga ao Senado e Jaques Wagner fosse disputar o governo.

Se essa é uma boa estratégia para o PT (e se ela deve ser aplicada de maneira homogênea em todo o país) é uma questão interna, que só interessa ao partido. O certo é que não foi deixando de disputar eleições majoritárias que o PT chegou aonde chegou e não foi raciocinando dessa maneira que Lula terminou por ganhar a Presidência.

O extraordinário nas opiniões atribuídas a Lula sobre o assunto é outra coisa. A grande motivação para sua concepção sobre o papel do PT na eleição e para a prioridade que destina ao Senado é sua convicção de que é preciso “varrer essa gente” que lá está, pois, se ela não sair, tem-se que “conviver com uma instabilidade constante”.

Ao ouvi-lo, quem acompanha os escândalos que atingem a Casa talvez se sinta aliviado, supondo que o presidente da República compartilha os sentimentos da maioria do país. Tendo Lula como aliado, quem sabe não se faz mesmo uma boa faxina por lá?

O problema é que o presidente acha, pelo que parece, que o problema do Senado é outro. Quem ele quer “varrer” são, nomeadamente, senadores como Arthur Virgílio e José Agripino, os líderes do PSDB e do DEM. Em suas palavras: “é preciso quebrar a espinha da oposição”.

Ou seja: para ele, o que está errado no Senado é que exista oposição. O resto deve estar indo bem.

É difícil acreditar que ele deseje para Dilma (e para o Brasil nos próximos anos) um Senado igual ao que tem, menos a presença de alguns senadores da oposição. Mas é isso que se diz.

Talvez esteja se passando com Lula aquilo que ocorria com políticos como os mencionados. Vai ver, ele nunca nem pensou em uma coisa dessas. Tomara.

O Sarney que falta a Sarney

* Alon Feuerwerker

A luta feroz pela sobrevivência acaba impedindo Sarney de fazer o papel de arquiteto e engenheiro da construção da saída para si próprio.
O mandato de José Sarney (PMDB-AP) presidente do Senado parece fadado a terminar do mesmo jeito que acabou vinte anos atrás o mandato de José Sarney presidente da República: melancolicamente. É possível que ele tenha sobrevida no cargo? É. Afinal, Sarney tem com ele a força política de Luiz Inácio Lula da Silva. Mas o presidente do Senado perdeu a autoridade política sobre os pares. Uns querem simplesmente vê-lo pelas costas, enquanto outros calculam o ônus político da operação de blindagem. E todos o culpam, nos bastidores, pela situação ter chegado aonde chegou: ao descontrole geral. Todos esperam também que o veterano político absorva sozinho as ondas de choque do escândalo.
As crises no Congresso seguem um manual. Eclodem, desenvolvem-se e morrem. Até aí, nada de mais. Só que os processos não são espontâneos. Há sempre uma condução, uma costura, até para decidir que cabeças sacrificar e quando. E sempre de olho no termômetro da opinião pública. “Fulano de Tal se aguenta no cargo? Bem, vai depender do que trarão os jornais e as revistas no fim de semana.” A política é um teatro, especialmente a congressual. Se o distinto público pudesse assistir às conversas reservadas de suas excelências, ficaria assombrado com a cordialidade, a objetividade e a tranquilidade no trato mútuo dos inimigos públicos na esfera íntima. Afinal, o show precisa sempre continuar.
Qual é o problema agora? É que no Senado não há sinal de ter sobrado alguém com liderança suficiente para tomar as providências de praxe. Esse personagem pode até aparecer, pois a política tem horror ao vácuo. Mas, por enquanto, nada. Senadores que assumiram como suplentes de licenciados têm tanta legitimidade quanto os demais. Porém, quando só resta ao presidente do Senado uma guarnição de suplentes para defendê-lo no plenário, eis mais um sintoma de como é grave a doença.
A luta feroz pela sobrevivência acaba impedindo Sarney de fazer o papel de arquiteto e engenheiro da construção da saída para si próprio. Infelizmente, não apareceu até agora um José Sarney para ajudar José Sarney. E quem olha para o plenário não fica muito esperançoso de que apareça logo.
Os casos em desenvolvimento já teriam sido suficientes para derrubar qualquer outro. Tecnicamente, as acusações são bem mais graves do que as enfrentadas por Renan Calheiros (PMDB-AL) em 2007. Aliás, só a existência de atos oficiais que não foram divulgados já mereceria processo de quebra de decoro. Talvez uma criança de cinco anos acredite que o ex-diretor-geral tinha essa amplitude de movimentos sem que nenhum senador soubesse. Ou sem que a Mesa soubesse. Ou sem que o primeiro-secretário soubesse. Ou sem que o presidente da Casa soubesse.
Como está difícil de colar, enfraquece-se a interpretação/solução apresentada por Luiz Inácio Lula da Silva, para quem tudo se resolverá quando forem apontados os responsáveis administrativos pelos desmandos, quando os erros forem corrigidos e quando o distinto público se convencer de que o Senado vai trilhar um bom caminho na gestão. Mas para que o público se convença, ou pelo menos se disponha a virar a página, é preciso que a Casa mostre vontade política. Coisa incompatível com o atual “não é comigo”. Enquanto os senadores, especialmente Sarney, acreditarem que podem escapar desta sem grandes sacrifícios, serão reféns do autoengano.
Geddel e Lobão
O presidente da República se movimenta para consolidar a aliança com o PMDB. A nova iniciativa é integrar na coordenação política de governo os ministros Geddel Vieira Lima (Integração Nacional) e Edison Lobão (Minas e Energia). Eles participariam da reunião palaciana do que antigamente se chamava “núcleo duro”.
É uma reivindicação antiga do comando peemedebista, e que o Palácio do Planalto agora está disposto a atender. Tudo para reforçar a fidelidade do peemedebismo pró-Dilma Rousseff.

* Alon Feuerwerker é jornalista.

PMDB: O mais de sempre

Correio Braziliense

Enrolação peemedebista

CONGRESSO

Caciques do PMDB tentam ganhar tempo e deixam de apresentar os nomes para compor Conselho de Ética do Senado

Calheiros, que deverá ser investigado no conselho: sem os nomes dos indicados, representações não andam

O PMDB não demonstra pressa para indicar os integrantes de sua bancada que comporão o Conselho de Ética do Senado. Apenas o partido deve a definição dos nomes escolhidos para integrar o colegiado que investigará dois de seus mais ilustres representantes: o líder da legenda na Casa, Renan Calheiros (AL), e o presidente do Senado, José Sarney (AP). Sem a apresentação dos indicados pela sigla, o Conselho de Ética não existe na prática, e as representações encaminhadas contra Sarney e Renan não andam dentro do Senado.

Ontem, o PSDB, que ao lado do PMDB devia indicações ao conselho, definiu seus nomes. Os tucanos tiveram pressa, já que exigiram, durante a tarde, o afastamento do presidente do Senado enquanto durassem as investigações sobre sua conduta. Ficaria mal para o partido cobrar providências de Sarney sem nomear pessoas ao conselho, o que retardaria o início das apurações. Após reunião, o PSDB indicou seu líder — e crítico mais contundente da gestão de Sarney à frente do Senado — Arthur Virgílio (AM) e a senadora Marisa Serrano (MS) para a composição.

Os demais blocos da Casa já haviam definido nomes para o conselho. Integrarão o colegiado, além de Virgílio e Marisa Serrano, Demostenes Torres (DEM-GO), Heráclito Fortes (DEM-PI), Adelmir Santana (DEM-DF), Eduardo Suplicy (PT-SP), Augusto Botelho (PT-RR), João Pedro (PT-AM), Renato Casagrande (PSB-ES), João Vicente Claudinho (PTB-PI) e Jefferson Praia (PDT-AM). Dos sete partidos com assento no Conselho de Ética, quatro se manifestaram, ontem, favoráveis ao afastamento de Sarney.

Comando
Após a escolha dos integrantes do conselho, haverá a nomeação de um presidente. Caberá a ele fazer a avaliação prévia das representações apresentadas contra Sarney, em um prazo de cinco dias úteis. O presidente pode requerer o arquivamento das denúncias ainda nessa fase da tramitação. O autor pode recorrer ao plenário do Conselho de Ética para reverter o arquivamento. Ironicamente, cabe ao líder do PMDB, alvo de uma das representações, apresentar as indicações.

O Conselho de Ética do Senado está sem funcionar desde março deste ano, quando venceu o mandato de dois anos dos membros escolhidos no início desta legislatura. Pelo regimento da Casa, os novos integrantes do colegiados deveriam ter sido empossados entre fevereiro e março deste ano. Apesar de todos os demais partidos terem feito suas indicações, muitos senadores ainda devem documentos à Secretaria-Geral da Mesa Diretora, exigidos para validar a efetivação no colegiado.

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