Rosa agrada Lula em entrevista sobre administração da Vale

Sérgio Rosa, presidente da Previ e do conselho da Vale, defende investimentos da mineradora no setor siderúrgico. "Temos de olhar o consumo 10, 20 anos à frente"

Maior acionista da Vale, a Previ, a fundação de previdência dos funcionários do Banco do Brasil (BB) quer, a exemplo do governo, que a empresa invista na produção de aço no Brasil. Nesta entrevista ao Valor, o presidente da Previ, Sérgio Rosa, rompeu o silêncio a que vinha se impondo desde o início da polêmica envolvendo o presidente Lula e o principal executivo da Vale, Roger Agnelli.

A entrevista agradou o presidente Luis Inácuio Lula da Silva.

A íntegra aqui.

Lembram do Dingo?

Agora quem apronta é seu filho que acabou sendo adotado.

A história está aqui.

Detonado pelo "núcleo duro" do PT, Eduardo Suplicy Matarazzo é vítima da síndrome anti burguesa do PT

Ainda influente, porém depauperado politamente na briga interna num território minado pela ambição pelo poder. O senador bonachão do Pê Tê, quadro propositivo do partido, vê-se à correr sério risco de desaparecer do cenário político nacional. Seu último suspiro é algo lamentável: pedir à rêgo para a não exibição à uma emissora de televisão que não veiculasse sua ridícula exibição de sunga de Super Herói, proposto por uma televisão sensacionalista de seu próprio Estado.

- Tudo, a cara do Brasil.

Mas, a pergunta é: Você votaria no Super Herói se ele fosse candidato ao Senado no seu Estado?

Pelo sim ou pelo não: O Pânico amarelou

Bruno Meier, na revista Veja

Televisão

Especializado no assédio agressivo às celebridades, o programa da Rede TV! deixou de exibir um quadro constrangedor envolvendo Eduardo Suplicy – e só porque o senador pediu

Recentemente convertida em repórter política, Sabrina Sato, do Pânico na TV, desembarcou em Brasília com a missão de descobrir um "senador super-herói". Encontrou Eduardo Suplicy, político e clown que já recitou letras dos Racionais MC e deu cartão vermelho para José Sarney. O senador petista aceitou desfilar com uma sunga vermelha de Super-Homem. Sabrina ajudou Suplicy a vestir o adereço, por cima da calça. A cena deveria ter ido ao ar no domingo 18. Não foi. A foto de Suplicy com a cueca heroica, estampada nos jornais, causou irritação e constrangimento em seus colegas. Falou-se em um processo por quebra de decoro. E o Pânico, programa especializado no assédio às celebridades, amarelou diante de um político: o quadro foi engavetado a pedido de Suplicy.

"Até meus três filhos me criticaram por vestir o calção", diz o senador (aliás, os filhos Supla e João estrelam o programa Brothers na Rede TV!, a emissora do Pânico). Suplicy ligou para a equipe do programa e foi convidado a assistir às imagens editadas na noite de sábado. Depois da exibição do vídeo, solicitou candidamente que as imagens não fossem ao ar. Emílio Surita, apresentador e líder da trupe do Pânico, alega que não houve tratamento especial ao senador – e que qualquer celebridade que se sinta incomodada por um quadro pode barrar sua exibição simplesmente ligando para a produção. "A gente tem um pouco de coração, ué’’, diz.

O Pânico tem um histórico de perseguições agressivas a celebridades – que desmente essa história de "ligou, barrou". Seus integrantes já esfregaram meleca no cabelo do ator Wagner Moura e usaram uma grua para filmar o interior do apartamento da atriz Carolina Dieckmann, em clara violação de sua privacidade. "Eles fazem graça com quem não quer entrar na brincadeira. Esperar que a gente telefone é muita audácia", diz Carolina, que processou o Pânico (e ganhou). Neste domingo, o programa exibe uma nova entrevista com Suplicy, na qual ele devolve a sunga a Sabrina. Na gravação, ele ainda presenteou a apresentadora com livros sobre suas ideias fixas. "Não entendo nada disso, mas vou ler e guardar para mostrar aos meus filhos e netos’’, diz ela. Surita agora se revela reticente com as investidas de seu programa no Congresso. "Mexer com política é complicado’’, diz. Vale lembrar que Surita, segundo relatou VEJA em 2007, já esteve envolvido em uns negócios mal explicados, de aquisição de emissoras de rádio e televisão, do seu cunhado Romero Jucá, outro senador governista. Política é mesmo um negócio complicado.

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Enquanto a Caravana passa e os cães ladram, a vaga do senador gente boa, foi rifada para quadros, digamos, mais enquadrados no espaço! Os cumpanheiros negam, segundo o blog apurou.

- As urnas dirão.

À luta, companheiros!

'Pra quebrar tudo é mais caro'

Laura Diniz, na Veja

De olho no dinheiro do imposto sindical, centrais de trabalhadores
contratam capangas armados a 180 reais por cabeça para invadir
territórios rivais e "roubar" filiados umas das outras


NA BASE DA PANCADARIA

Para impedirem a criação de sindicatos "concorrentes" na cidade de Osasco (SP), capangas alugados pela CUT enfrentam homens contratados pela Nova Central: teve pancadaria, coquetéis molotov, portões arrancados e cadeiras voando

Poucos negócios no Brasil são tão lucrativos quanto montar um sindicato. Sim, você leu direito. Na república sindical instalada no Brasil pelo governo petista, conseguir representar uma categoria de trabalhadores virou excelente negócio. Mas não um negócio qualquer. Para começar, o sindicato tem monopólio local garantido por lei. Essa categoria é minha e ninguém tasca!

A segunda característica desse ramo especialíssimo de negócio é o fato de que o dinheiro cai no caixa automaticamente, sem que seja preciso mexer uma palha. As contribuições, para filiados ou não, são compulsórias. Delas, dos impostos e da morte, ninguém escapa. Uma terceira faceta do negócio é ainda mais atraente. A lei garante a inviolabilidade de suas finanças. Isso significa que os sindicatos estão dispensados de prestar contas sobre como gastam o dinheiro arrecadado compulsoriamente. Quando se somam essas facilidades todas, fica evidente que os sindicalistas chegaram não apenas ao Planalto, mas ao paraíso. Digamos que, mesmo em um ambiente favorável assim, um dirigente sindical brasileiro sinta-se insatisfeito. Sem problema. Passa pela direção de um sindicato o caminho mais curto para conseguir a nomeação para algum alto posto no governo federal em Brasília, que tem 12% dos cargos de confiança ocupados por pessoas ligadas às centrais sindicais.

Mas – e sempre tem um mas – um negócio desses, garantido e lucrativo, é muito disputado. Como se verá nesta reportagem, disputado a pau e pedra. Para evitarem que um sindicato "roube" o monopólio de filiação de outro, lideranças desenvolveram uma estratégia previsível quando se trabalha fora do alcance da lei. Estão contratando capangas armados para, na base do quebra-quebra e da pancadaria, impedir a realização de assembleias de fundação de sindicatos potencialmente concorrentes. Em São Paulo, desde o ano passado, já foram registradas dezenas de confrontos do tipo, alguns envolvendo até 300 homens de cada lado – pois a parte ameaçada reage com a mesma moeda e sai a contratar arruaceiros. Desarmado, cada um custa 130 reais; armado, sai por 180 reais – ou 250 reais caso seja policial. "Agora, se for pra quebrar tudo, fica mais caro", disse a VEJA o chefe de um dos mais ativos serviços de milícia de aluguel de São Paulo. Ele garante ter trabalhado para três das seis principais centrais sindicais do país.

O gangsterismo sindical, agora em sua versão explícita, começou com uma mudança legal ocorrida no ano passado. No Brasil, desde o governo Getúlio Vargas, vigora o sistema de unicidade sindical, que permite a existência de apenas um sindicato por categoria em determinada região. Uma portaria do governo, porém, passou a admitir a abertura de entidades "concorrentes" em uma mesma região desde que a sede da mais nova não fique no mesmo local que a sede da mais antiga. Imagine-se o Sindicato dos Garçons, com sede na cidade de São Paulo e atuação em toda a Grande São Paulo. Ele era o único autorizado a representar os profissionais da região. Hoje, com as atuais regras, qualquer um pode montar o, digamos, Sindicato dos Garçons do B, desde que a sua base fique, por exemplo, em Santo André – onde a primeira entidade não mais poderá atuar. Do ponto de vista do modelo sindical, a mudança não significa nenhum avanço. Ela é apenas a fragmentação de um monopólio. Os garçons brasileiros – ao contrário dos seus colegas americanos ou da maior parte dos europeus – continuam sem ter o direito de decidir se querem ou não contribuir com os seus sindicatos e também sem poder escolher qual a entidade que vai representá-los. O fato de a "contribuição" ser compulsória garante que o dinheiro seja entregue ao sindicato que fica na região em que o contribuinte trabalha. Já do ponto de vista prático, deu no que deu.

No mês passado, para fundar mais dois sindicatos na cidade de Bertioga (litoral de São Paulo), a CUT levou 400 "seguranças", como o secretário de organização da entidade, Jacy Afonso de Melo, prefere chamar os capangas de aluguel. "Dona" do pedaço, a Federação dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário do Estado de São Paulo (Feticom) recepcionou a CUT com 600 homens, prontos para impedir a realização das assembleias ("Metade era trabalhador, metade a gente pagou", admite o presidente da Feticom, Emílio Alves Ferreira Júnior). O embate só não aconteceu porque, na última hora, os líderes dos dois lados decidiram sentar-se para lotear entre si as cidades que permaneceriam sob a esfera de influência de cada um. Já o desfecho do embate ocorrido em 31 de julho, em Osasco, entre a mesma CUT e a Nova Central foi menos diplomático. A disputa para abocanhar as "contribuições" de trabalhadores do setor de bares e restaurantes envolveu 300 cavalheiros, muitos sopapos, coquetéis molotov e cadeiras voando pelos ares. "Estamos vivendo numa anarquia sindical. E a razão é que o movimento está sendo dirigido por interesses financeiros e pessoais", diz Ricardo Patah, presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT).

A CUT e a Força Sindical, as duas maiores centrais do país, perderam território para as novas entidades, criadas por lideranças de olho na reestruturação da divisão do imposto sindical sacramentada pelo presidente Lula no ano passado. A mudança agraciou as centrais com 10% do imposto arrecadado pelos sindicatos, porcentagem que antes ficava para o governo. Foi um presentão do "paizão" Lula – como, na ocasião, se referiu ao presidente da República um sindicalista. O "presentão do paizão" foi comemorado em grande estilo. Dirigentes de classe organizaram um festão no Congresso, com vinho e uísque 12 anos rolando solto.

"PRESENTÃO DO PAIZÃO"
Dirigentes de centrais sindicais comemoram com uísque a lei, apoiada por Lula (acima, conversando com o sindicalista e então ministro Luiz Marinho), que transfere para os cofres das entidades 10% do imposto sindical.

Não foi o único mimo ofertado por Lula aos companheiros sindicalistas. Em março de 2008, ele vetou um dispositivo que autorizava o Tribunal de Contas da União (TCU) a fiscalizar as contas dos sindicatos – inescrutáveis desde a Constituição de 1988, que pretendeu, dessa forma, proteger as organizações de interferências do poder público. "Esse veto é inacreditável. É a primeira vez em que alguém diz que dinheiro público não precisa ser auditado. Nem o Banco Central tem essa autonomia", afirma o sociólogo José Pastore. Nas poucas vezes em que um órgão logrou escarafunchar a caixa-preta das entidades, como o TCU em 2003, os resultados foram alarmantes. Dos 137 milhões de reais em verbas federais destinadas a centrais sindicais pelo Plano Nacional de Qualificação do Trabalhador (Planfor), ninguém soube dizer onde foram parar 30,6 milhões. A auditoria do TCU só foi possível porque o dinheiro investigado não provinha do imposto sindical, mas de verbas federais. A apuração do TCU inspirou o governo de São Paulo a investigar com lupa os contratos e convênios firmados com sindicatos usando dinheiro do Planfor. Até agora, foram analisados 206 dos 876 contratos firmados de 1999 a 2006. Todos mostraram algum tipo de irregularidade, formal ou envolvendo de notas frias a listas de alunos-fantasma.

"O modelo sindical brasileiro reúne as três piores características possíveis. Primeiro a unicidade sindical, seguida do sustento das entidades por contribuição compulsória e, claro, a blindagem contra fiscalização", afirma Otávio Pinto e Silva, professor de direito da USP. Mesmo com seu figurino fora de moda, o sindicalismo nacional ganha cada vez mais espaço e dinheiro – o que, mais uma vez, coloca o Brasil na contramão da história. Para o sociólogo Leôncio Martins, as entidades de classe estão em franco declínio. "A mobilidade do capital internacional, a flexibilização da produção e a maior heterogeneidade da força de trabalho, resultado do crescimento da mão de obra imigrante, são alguns dos fatores que apontam para isso", diz. Mas no Brasil, ao menos por enquanto, os dirigentes não precisam se preocupar, já que têm o sustento garantido por um governo "companheiro". Na Argentina, Juan Domingo Perón inundou os sindicatos de dinheiro e, em troca, pôde usá-los como armas de auxílio direto para a sua sustentação na Presidência. No Brasil, os sindicatos já deram incontáveis provas de lealdade ao governo do qual dependem. Assumiram uma atitude de contemplação bovina diante de questões antes explosivas, como o salário mínimo e o desemprego. Mas o maior favor prestado ao "governo companheiro" é o ensurdecedor silêncio que os sindicatos dedicam aos escândalos da administração petista. Lula, o "paizão", tem retribuído à altura – fingindo ignorar que seus "filhos" agem como gângsteres na luta para manter os lucrativos territórios.

BUENOS AIRES, 1951
Sindicalistas argentinos vão às ruas pedir a candidatura do seu benfeitor,
Juan Domingo Perón, à Presidência da República

Gerdau entrega estudo ao Governo: “tem aço sobrando no mundo”

Membro do Conselho de Notáveis que assessora Lula, o empresário Jorge Gerdau anda inquieto com a insistência do governo em obrigar a Vale a investir em siderurgia. Segundo a semanal Veja, o megaempresário enviou a Dilma Rousseff um estudo sobre o assunto. Na semana passada, esteve com Lula em Brasília para lhe entregar "uns papeizinhos" em que sustentava sua posição. Para ele, tem aço sobrando no mundo. Se a Vale, com todo o seu poder de fogo, começar a produzir aço com o próprio minério, sai de baixo.

A Vale começa a obras de construção de uma aciaria em Marabá.

Segunda maior mineradora do planeta, que também é a segunda maior empresa brasileira, será a única investidora no projeto, diz a governadora paraense, ressaltando que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) já teria sido consultado para financiar o projeto. Do investimento total previsto, US$ 3,3 bilhões serão destinados apenas para a construção da usina. Outros US$ 275 milhões serão investidos num porto e mais US$ 125 milhões serão aplicados num ramal ferroviário.

Há duas semanas o Governo Federal pressiona a Vale para mostrar serviço como se ela fosse uma Petrobrás - a 5.a maior empresa do mundo -, refém das desídias e vontades do "canetão plantão".

Obedece quem tem juízo
Da produção total de 2,5 milhões de toneladas de produtos siderúrgicos por ano, a Alpa planeja exportar 2 milhões de toneladas. As 500 mil toneladas restantes serão destinadas ao mercado doméstico, diz a governadora.

A concepção da Alpa será similar à da Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA), investimento de 4,5 bilhões da alemã ThyssenKrupp com a Vale. A Vale detém 10% da CSA, mas na semana passada a assinou memorando de entendimentos para elevar essa participação para 26,8%, com um aporte de capital de 965 milhões. A formalização da mudança acionária deverá ser ratificada mês que vem, após avaliação dos conselhos de cada empresa.

"A Vale contratou a ThyssenKrupp para fazer o projeto da siderúrgica do Pará. Esse projeto tem semelhanças (com o da CSA)", afirma Ana Julia.
Segundo a governadora, no auge das obras, a Alpa deverá contar com 25 mil trabalhadores. Durante a operação da siderúrgica, ela estima que serão necessários 3 mil funcionários diretos e 15 mil indiretos. A Vale confirmou a contratação da ThyssenKrupp Steel para realizar os trabalhos de engenharia do projeto, mas não informou mais detalhes.

PDT permanece na base de apoio de Ana Julia















"Ainda é cedo para qualquer decisão. Continuamos na base de apoio da governadora Ana Júlia Carepa", é o que garante o deputado federal Giovanni Queiroz (PDT-PA) sobre os boatos que teria fechado um acordo com o também deputado Jader Barbalho (PMDB-PA) para compor como vice-governador a chapa encabeçada pelo colega.

Os dois parlamentares são presidentes regionais respectivamente do PDT e do PMDB no Pará.

O fator Aécio

Uma pesquisa do Ibope afere o peso que o governador de Minas Gerais, Aécio Neves, daria a uma chapa presidencial encabeçada pelo seu colega paulista, José Serra. Segundo ela, 49% dos brasileiros apostam na vitória dessa composição, 17% na da chapa de Dilma Rousseff (PT) com Michel Temer (PMDB) e 12% na de Ciro Gomes (PSB) com Carlos Lupi (PDT). Encabeçada por Aécio, a chapa dos tucanos passa a ser vista como vitoriosa por 28% dos eleitores. Nesse caso, tanto Dilma e Temer quanto Ciro e Lupi alcançariam 22%. Quando são apresentados sem vice, Serra marca 41% e Dilma 17%. Já Aécio empata com Dilma em 19%.

Fonte: Veja.

Uma montanha de dinheiro para gastos com pessoal

Tv Câmara

Michel é assessor de Judas?

A afirmação é do colunista Villas-Bôas Corrêa no Jornal do Brasil

Em boca fechada não entra mosca

AO VENERANDO DITADO cunhado pela sabedoria popular, que o presidente Lula deve conhecer desde os tempos de menino pobre em Guaranhuns, para sua atualização a esta fase caipora, poderia acrescentar-se que, se a mosca não entra em boca fechada, dela também não saem bobagens.

Para o desempenho de uma semana, o presidente perdeu a tramontana. Numa seleção das pérolas mais valiosas, a temerária comparação da sua aliança com a sopa azeda de siglas, muitas com uma coleção de fichas sujas com uma hipotética aliança de Jesus Cristo com Judas. A sentença histórica merece ser citada na integra: “Se Jesus Cristo viesse para cá, e Judas tivesse votação num partido qualquer, Jesus teria que chamar Judas para fazer coalizão”.

Ao pé da letra, Lula é novo Salvador do Brasil e do Mundo – e, no papel de Judas, os partidos aliados da candidata Dilma Rousseff, com justo destaque para o PMDB, que já garantiu a indicação do candidato a vice-presidente, e o felizardo é o deputado Michel Temer, presidente da Câmara e o suposto assessor de Judas.

A reação da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil foi imediata e dura.
O secretário-geral da CNBB, dom Dimas Lara Barbosa, cutucou direto: “Cristo não fez aliança com os fariseus. E, se para governar o Brasil, Jesus teria que se aliar aos fariseus, fica a dúvida: Estamos tão mal assim?”.

Como estava com a mão na massa, dom Dimas mandou um recado a Lula: o projeto de lei encabeçado pela CNBB, e que recebeu 1,3 milhão de assinaturas, para impedir que pessoas processadas na Justiça possam candidatar-se nas eleições, para vigorar em 2010, está paralisado no Congresso. O apoio da maioria parlamentar governista, amplamente majoritária, bastaria para garantir a aprovação do projeto de lei sem contar com os votos da oposição.

E a oposição não tardou no revide. O líder do DEM, senador José Agripino (RG), apelou para a ironia: “A primeira aliança do presidente foi com o mensalão”.

Não se briga com quem veste saia: mulher, juiz e padre – é conselho que muitas vezes ouvi na casa do meu avô. E que não inclui a imprensa, outro alvo da metralhadora giratória do presidente.

Na entrevista à Folha de S. Paulo, Lula deu o seu palpite sobre liberdade de imprensa, inspirado no antigo Departamento de Imprensa e Propaganda, o DIP da ditadura do Estado Novo de Getulio Vargas, mas que deve ter aprendido durante os quase 21 anos da ditadura militar do rodízio dos cinco generais-presidentes.

Textualmente: “Não acho que o papel da imprensa é fiscalizar. É informar”. Didático e profundo, ensina: “Para ser fiscal tem o Tribunal de Contas da União, a Corregedoria-Geral da República, tem um monte de coisas”. O mestre aprofunda a tese: “A imprensa tem que ser o grande órgão informativo da opinião pública. Essa informação pode ser de elogios, de denúncias sobre o governo, de outros assuntos”. E o fecho de ouro do soneto da liberdade de imprensa: “A única coisa que peço a Deus é que a imprensa informe da maneira mais isenta possível, e as posições políticas sejam colocadas nos editoriais”.

A reação óbvia da oposição e a mudez da maioria não encerram o assunto. Imagino a perplexidade e o embaraço do ministro Franklin Martins, filho do bravo e saudoso deputado Mário Martins e responsável pela poderosa engrenagem de divulgação do governo.

Dada a importância e a seriedade do assunto, sugiro ao meu prezado amigo, Maurício Azedo, presidente da Associação Brasileira de Imprensa, posto avançado da ampla e irrestrita liberdade de imprensa, um convite ao presidente Lula para expor no auditório democrático da ABI a nova política oficial sobre o papel da imprensa.

Na eventualidade da recusa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com a agenda pesada com a rotina palaciana e as viagens com a ministra Dilma Rousseff, sua candidata a presidente, para fiscalizar as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do Minha Casa, Minha Vida, para a construção de 1 milhão de residências, os líderes do governo no Senado e na Câmara poderiam ser convidados para expor e defender a posição da maioria situacionista sobre a liberdade de imprensa e a marcha a ré da tese presidencial.

Fonte: Jornal do Brasil.

Caso de vereadores de S. Paulo é fichinha perto do que está para ser revelado

No voto, o buraco é mais embaixo

A ilegalidade na doação da Associação Imobiliária Brasileira para as campanhas dos 13 vereadores de São Paulo que haviam sido cassados por este motivo – decisão anulada até a análise do TRE – será fichinha perto do levantamento que o juiz Marlon Reis, um dos líderes do Movimento Ficha Limpa, recebe neste fim de semana. Uma pesquisa inédita vai revelar o tamanho do crime cometido por políticos Brasil afora na compra de votos nas últimas campanhas. A pesquisa trará os números de políticos cassados e os que estão sub judice – e não são poucos. O objetivo é reforçar a artilharia no convencimento da Câmara Federal para analisar, o quanto antes, o projeto de lei que proíbe a candidatura de políticos condenados em qualquer instância, e os que renunciaram.

Fonte: Jornal do Brasil.

Produção de aço na Amazônia chama atenção de autoridades européias

Europeus conhecem usina de aço

Da Redação
Agência Pará

© Tamara Saré / Ag. Pará
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Nesta quarta-feira (21), embaixadores da União Europeia visitaram a Siderúrgica Norte Brasil S/A, em Marabá

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Marabá - Os embaixadores da União Europeia que visitam o Pará conheceram de perto a planta industrial da Siderúrgica Norte Brasil S/A (Sinobras), empresa que integra o Grupo Aços Cearenses. O parque industrial produz 300 mil toneladas de aço/ano, tendo como principal mercado a construção civil.

A apresentação feita pelo vice-presidente Ian Corrêa demonstra que a empresa está contribuindo para colocar o Pará na era do aço. De acordo com Corrêa, a partir do próximo ano, a empresa passa a ser autossustentável na produção de carvão, já que, desde 2003, eles plantam suas próprias florestas energéticas, tendo à frente o eucalipto. A Sinobras possui 13 fazendas no Tocantins, num total de 24 mil hectares de área própria, das quais 10.300 hectares estão plantados, com 16 milhões de árvores, que geram 400 empregos diretos.

A Sinobras é a primeira usina integrada de aço do Norte e Nordeste e maior recicladora de sucata metálica dessas duas regiões. Numa mistura de gusa líquido e sucato de ferro, a empresa produz vergalhões em barras para concreto e fio-máquina, uma bobina lisa que é utilizada para produzir grelha de fogão, parafusos, pneus e tantos outros. A planta industrial é formada por quatro usinas integradas, que inclui os altos-fornos para produção do ferro-gusa, aciaria, laminação e terafila (que vai produzir telas, arames e outros).

Corrêa relacionou algumas ações de responsabilidade social da empresa cujo principal destaque é a contratação de empresas que foram submetidas à condição de trabalho análogo ao de escravo. A Sinobras é filiada à Organização Internacional do Trabalho e ao Instituo Carvão Cidadão. Também apóia o Águia Marabá Futebol Clube e a Fundação Zoobotânica. A empresa monitora toda o material particulado emitido da indústria, reutiliza a água, monitora efluentes e promove a coleta seletiva de lixo.

Ian Corrêa disse ainda que a Sinobras dá prioridade às compras locais e que, dos R$ 244 milhões investidos em 2008, 33% ficaram no Pará. Em 2009 já foram R$ 24 milhões destinados a compras no Estado.

O vice-presidente explicou ainda como é produzido o carvão utilizado na indústria. Segundo ele, a madeira é colocada em um equipamento tipo contêiner para a queima que, diferentemente dos fornos tradicionais, que levam sete dias para fazer um carvoejamento e expõe o carvoeiro a vários tipos de risco, diminui perdas e é um processo limpo.

O grupo visitou uma unidade da produção e pôde conhecer de perto o processo produtivo de vergalhões de aço, incluindo o processo de controle e qualidade. Ao final, todos demonstraram surpresa e admiração por ver uma empresa de aço tão grande e organizada em pleno coração da Amazônia.

Apoio - A visita dos embaixadores ao Pará tem o apoio do governo Ana Júlia Carepa. A comitiva é liderada pela embaixadora da Suécia, Annika Markovic. O Parlamento Europeu está sob a presidência da Suécia, que organiza esta missão de caráter institucional. Integram a comitiva os embaixadores Hans-Peter Glanzer (Áustria), Claude Misson (Bélgica), Nikolay Tzatchev (Bulgária), Ilpo Manninen (Finlândia), minisro Hermann-Josef Sausen (Alemanha), Kees Peter Rade (Holanda), Jacek Junosza Kisielewski (Polônia), Alan Charlton (Reino Unido) e João José Soares Pacheco (União Europeia).

Ivonete Motta - Secom

Veja como foi a sessão solene em Homenagem à Nossa Senhora de Nazaré 2024, na Câmara dos Deputados

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