PEC do Calote terá resistência da OAB

Entidade lutará contra aprovação

Correio Braziliense

Contrária a projeto que será votado no plenário da Câmara, instituição diz que tentará convencer parlamentares a rejeitarem o texto da PEC. Documento prevê prolongamento no prazo de pagamento da dívida

Prefeito João Coser: “Os advogados criticam a proposta porque perdem com o valor negociado”

A Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que prolonga o prazo para o pagamento de precatórios (dívidas da administração pública decorrentes de decisão judicial definitiva) está mais próxima de sair do papel. E continua causando polêmica. Aprovada em comissão especial da Câmara na noite de terça-feira, a PEC seguirá, agora, para votação em plenário. O texto já passou pelo Senado em abril. A estimativa é que estados e municípios devam, atualmente, um montante de R$100 bilhões em precatórios.

Principal voz contrária à PEC, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) foi a primeira a reagir. Divulgou nota de repúdio. Presidente em exercício da OAB, Vladimir Rossi Lourenço classificou o texto como “o maior escândalo público-financeiro da recente história constitucional brasileira”. Foi a OAB que apelidou a proposta de “PEC do calote”. E agora vai tentar convencer os parlamentares a não aprovarem a matéria no plenário.

Já a Frente Nacional de Prefeitos, que representa cerca de 500 municípios brasileiros, comemorou. Presidente da entidade, o prefeito de Vitória (ES), João Coser, disse que o texto aprovado pela Câmara atende às necessidades dos municípios e preserva princípios constitucionais que, antes, vinham sendo atacados. “Fizemos uma articulação suprapartidária e conseguimos melhorar a proposta original”, disse Coser. Ele rebateu as críticas da OAB. “Os advogados continuam criticando a proposta porque quem perde um pouco com isso são eles. Há uma resistência corporativa em função do valor negociado pelos precatórios”, completou.

Representantes do Judiciário também reagiram. Presidente da Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe), Fernando Mattos afirmou que a PEC “relativiza” as decisões judiciais. “O dever do Estado é pagar o precatório. É claro que existem dificuldades de caixa, mas é preciso encontrar outra forma de resolver essa questão. O que vai acontecer é que a pessoa não vai receber o que tem direito”, declarou Mattos.

O texto aprovado prevê que 50% dos recursos reservados aos precatórios serão destinados ao pagamento em ordem cronológica de apresentação. Débitos de natureza alimentícia de credores com idade acima de 60 anos ou portadores de doença grave terão prioridade. A outra metade deverá ser destinada a credores que oferecerem maior desconto sobre o valor que têm a receber. Isso poderá ser feito por meio de leilões ou câmaras de conciliação. Pela proposta, o pagamento poderá ser realizado em até 15 anos. Caso seja aprovada no plenário da Câmara com o mesmo texto da comissão, a PEC voltará ao Senado, segundo a Mesa Diretora dos deputados, por causa de mudanças no documento original.

Holocausto para Irã ver

O deputado Marcelo Itagiba (PSDB-RJ) solicitou à Câmara espaço para promover uma exposição sobre o holocausto. A data foi escolhida a dedo: coincidirá com a semana de 23 novembro, data da chegada ao Brasil do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, que renega a existência do extermínio de judeus na Segunda Guerra Mundial. Itagiba é de família judaica e teve parentes mortos no holocausto. (CB)

Calote institucionalizado


A OAB está preocupada com a aprovação da chamada PEC do Calote, que trata dos precatórios. “É inconstitucional, amesquinha as decisões judiciais e tunga o cidadão credor da fazenda pública”, avalia o vice-presidente nacional da OAB, Vladimir Rossi Lourenço. Aprovado na noite de terça-feira, em comissão especial da Câmara, o parecer do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), relator do projeto, prevê leilões para priorizar o pagamento dos credores que concedam os maiores descontos.

O Brasil perdeu a vergonha de vez e os credores assistem esse absurdo com um solene silêncio.

R$ 713 milhões para 63 mil aposentados

Caixa pagará dívida com pessoas que estavam empregadas há 40 anos. Débito refere-se a juros do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço

Lupi, do Trabalho: “A Caixa vinha perdendo as ações na Justiça”
Os trabalhadores com contratos de trabalho antigos, assinados entre 1967 e 1971, vão poder receber a diferença de juros devida pelo Fundo de Garantia do Tempo de Serviço sem precisar entrar na justiça. Decisão nesse sentido foi aprovada ontem pelo Conselho Curador do FGTS. Segundo os dados apresentados pela Caixa Econômica Federal, existem hoje tramitando na justiça 63 mil ações desses trabalhadores, muitos deles já aposentados.

Eles pleiteiam a diferença de juros dos atuais 3%, que são creditados anualmente às contas, para 4%, 5% ou 6%, como era previsto na lei então em vigor. Para fazer o pagamento dessa diferença, a Caixa já separou R$ 713 milhões. Segundo o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, “a Caixa já vinha perdendo, sistematicamente, todas as ações na justiça. Não fizemos nada mais do que agilizar os pagamentos”, disse. A Caixa já pagou 41.900 ações.

Os juros progressivos do FGTS, de 3% a 6% ao ano, foram instituídos pela Lei 5.107, de 13 de setembro de 1966. Naquela época os trabalhadores podiam optar pelo FGTS. Os juros de 3% eram devidos durante os dois primeiros anos de permanência na mesma empresa. Do terceiro ao quinto ano de permanência na mesma empresa os juros subiam para 4%, passando para 5% entre o sexto e o décimo ano de permanência no mesmo emprego. A partir do 11° ano, os juros subiam para 6%.

Em 1971, a Lei 5.705 extinguiu as taxas progressivas de juros do FGTS, estabelecendo que a capitalização dos juros devidos às contas vinculadas dos trabalhadores seria de 3% ao ano. Foi preservado, no entanto, o direito à progressividade da taxa prevista na lei original para os trabalhadores já optantes do FGTS. Todos os trabalhadores admitidos após a lei ou que viessem a optar pelo regime do FGTS após 1971 teriam direito a essa única taxa.

O que motivou a enxurrada de ações judiciais e agora a decisão do Conselho, em benefício dos trabalhadores, foi justamente o não pagamento das taxas progressivas para os trabalhadores que fizeram a opção retroativa pelo FGTS, o que também era permitido por lei. Só a partir de 1988 é que o FGTS deixou de ser uma opção dos trabalhadores, passando a ser um benefício para todos os empregados celetistas, com carteira assinada.

Portanto têm direito a uma diferença de até 3% de juros por ano os trabalhadores que optaram pelo FGTS após 1971, mas que já nessa época trabalhavam na mesma empresa por pelo menos três anos. Quem permaneceu na mesma empresa por mais de 11 anos tem direito a receber a maior taxa por todo o período trabalhado.

O que fazer
Requisitos para receber a diferença de taxa de juros do FGTS
1— Contrato de trabalho firmado até 22 de setembro de 1971.
2 — O trabalhador tem que ter permanecido no mesmo emprego por pelo menos três anos.

Como receber
A Caixa Econômica Federal vai regulamentar o pagamento da dívida do FGTS dentro de 60 a 90 dias.

Para os trabalhadores que estão na Justiça, a Caixa vai propor um acordo.
Para os trabalhadores que não recorreram ao Judiciário vai ser possível, após a regulamentação, receber a diferença de juros por meio administrativo.
A Caixa vai exigir comprovação do período trabalhado na mesma empresa.

Deverá ser assinado um termo de quitação dos juros entre as partes.

PEC dos Precatórios passa em comissão especial e segue para Plenário

A comissão especial criada para analisar a Proposta de Emenda à Constituição dos Precatórios (PEC 351/09, 395/09 e outras apensadas) aprovou ontem o texto-base do parecer do relator, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que prevê leilões para priorizar o pagamento dos credores que concedam os maiores descontos. O texto de Cunha inova ao prever que as novas modalidades de pagamento desses títulos - por leilão e por fila organizada a partir dos menores valores - passariam a conviver com o critério cronológico já previsto na Constituição.

A referida PEC atende pelo singelo apelido de PEC do Calote e foi veementemente rechaçada pela OAB e outras 35 entidades da sociedade civil.

Ag. Câmara.

Proposta sobre reajuste dos aposentados pode entrar na pauta na próxima quarta (4)

A emenda do Senado ao PL 1/07 que garante a todas as aposentadorias os mesmos índices de reajuste do salário mínimo pode ser votada na quarta-feira da próxima semana pela Câmara. Após reunião com representantes dos cerca de 300 aposentados que vieram a Brasília pedir a aprovação da matéria, o presidente da Câmara, Michel Temer, prometeu incluir o assunto na pauta da primeira semana de novembro, com ou sem a concordância do governo.
“Eu trabalhei muito junto ao governo para que houvesse um acordo global em torno desse assunto, mas o acordo vem sendo parcial.”

Mesmo com a promessa, alguns dos manifestantes garantiram que vão permanecer em vigília na Câmara para pressionar pela votação do projeto.

O presidente da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas, Warley Martins, disse que a mobilização neste momento é importante para garantir que a matéria seja analisada antes do dia 10 de novembro.

“Hoje, 8,1 milhões de aposentados ganham acima de um salário mínimo e vão ser beneficiados com esse projeto. No começo do mês de novembro, vão entrar os PLs do pré-sal. Depois, vem o recesso de dezembro e nada mais será votado”, avaliou.

Outras propostas - Os representantes dos aposentados também querem a votação de outros dois projetos que ainda aguardam análise na CCJ. O primeiro (PL 4434/08) recupera o número de salários mínimos a que tinha direito o aposentado no momento da concessão do benefício. O segundo (PL 3299/08) acaba com o fator previdenciário.

Mostra de Cinema Ambiental

  mostra ambiental

PROGRAMAÇÃO MUSICAL COMPLETA

O Ibama completa 20 anos e apresenta a Mostra Nacional Ambiental - Caminhos da Sustentabilidade de 3 a 7 de Novembro na sede do Ibama, em Brasília. A mostra apresenta, por meio de materiais lúdicos, tecnológicos e interativos, projetos e ações voltadas para a promoção e desenvolvimento da sustentabilidade, além de incentivar a educação ambiental e estimular a participação da sociedade na construção de um mundo melhor.

Uma das grandes atrações da mostra é o Corredor dos Sentidos, um instrumento inédito onde, por meio de espaços cenográficos, o público terá percepção das várias fases da natureza, tanto em momentos saudáveis, quanto em estados de degradação pelo homem. Será possível sentir o clima das florestas, o que acontece no momento do desmatamento e das queimadas, as conseqüências da poluição, a força da chuva, renascimento natural da flora, mudanças climáticas, dentre vários outros acontecimentos da natureza.

O evento será realizado no espaço da sede do Ibama onde será instalada uma Ecovila - construída com materiais naturais e divididas em nove bairros: Corredor de Sentidos, Você Pode Fazer a Diferença, Sustentabilidade, Oficinas, Ecocultural, Ecorádio, Gastronomia e espaço para empresas que possuem atuação sustentável.

A mostra também apresenta o Projeto Protetor do Meio Ambiente que levará, em parceria entre o Ibama e a Secretaria de Educação Integral do GDF, 12 mil crianças de escolas públicas para a realização de oficinas com o objetivo de transformar os alunos em agentes multiplicadores por meio da conscientização.

Diferente de outras propostas de conscientização e educação ambiental, a Mostra Nacional Ambiental conta com atrações inovadoras e inéditas para todas as idades. São exposições, palestras, Mostra de Cinema Ambiental com os ganhadores do Festival Internacional de Cinema Ambiental - Fica -GO, apresentações culturais, oficinas, trilha monitorada no Ibama, brinquedos com material reciclado, pesca, confecção de pipas em forma de animais em extinção, gincanas, plantio de mudas.

Além de shows diários com bandas locais e apresentação de bandas nacionais.

Com mais de 80 filmes, nacionais e internacionais, Mostra de Cinema Ambiental traz a discussão do meio ambiente através da linguagem do cinema

Por Lígia Benevides

Durante a 1ª Mostra Nacional Ambiental – Caminhos da Sustentabilidade a sede do Ibama em Brasília será uma janela de exibição para diversos filmes nacionais e internacionais cujo foco temático aponta para questões ambientais que hoje enfrentamos.

A Mostra de Cinema Ambiental, que terá lugar no Auditório do Ibama, com capacidade para 150 espectadores, acontece de 3 a 7 de novembro, com uma programação variada que vai do início do dia ao final da noite. São 86 títulos em cartaz, que somam cerca de 32 horas de exibição, durante os seis dias do evento. A programação é composta por 9 filmes de longa-metragem, 8 de média-metragem e 69 de curta-metragem, com espaço para documentários, animações, ficções e mesmo experimentais. As produções estão divididas em sessões temáticas que têm como intuito aglutinar temas semelhantes, e mostrar diferentes pontos de vista sobre os mesmos problemas, e como eles acontecem nas diferentes regiões do Brasil. Todos os filmes serão exibidos no formato DVD, com sessões gratuitas. A mostra tem caráter não-competitivo e não possui fins lucrativos.

Na Sessão Preservação serão exibidos 10 filmes (2 longas, 2 médias e 6 curtas) que abordam diferentes formas de se lidar com a preservação da natureza e dos recursos naturais, mostrando tanto o trabalho de pessoas que contribuem para essa luta, quanto a degradação do meio ambiente. Compõe a sessão os filmes “Nas Terras do Bem-Virá”, de Alexandre Rampazzo (SP); “Benzeduras”, de Adriana Rodrigues (GO); “Lutzenberger: for ever Gaia”, de Frank Coe e Otto Guerra (RJ); “Biopiratas: a Carta de São Luís”, de Manuele Franceschini (RJ); “Roque Pereira: Mobiliário Eco-Sustentável”, e “Lamento”, ambos de Kim-Ir-Sem (GO); “Expressões da Agroecologia”, de Eduardo Homem (PE); “Icologia”, de Ângelo Lima (GO); “Urubus Têm Asas”, de Marcos Negrão e André Rangel (RS) e “A Figueira do Inferno”, da Telephone Colorido (PE).

A Sessão Acqua toca em um assunto vital: a água. Por todo o Brasil, documentaristas têm se preocupado em pensar e registrar essa questão tão importante e que se coloca atualmente como uma dos maiores desafios da humanidade. Compõe esta sessão 7 produções de todo o Brasil: o longa-metragem de Cris Azzi intitulado “Sumidouro”, que trata das questões das hidroelétricas no Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais; e os curtas “Nascente”, de Almir Correia (PR); “Profetas da Chuva e da Esperança”, de Márcia Paraíso (SC); “Recife de Dentro pra Fora”, de Kátia Mesel (PE); “Mar de Dentro”, de Pascoal Samora (SP); e “Nascente”, de Helvécio Marins Jr. (MG).

A cidade e a humanidade. Habitando em um planeta que se transformou, ao longo de séculos de civilização, em um imenso globo urbanizado, a Mostra de Cinema Ambiental não poderia deixar de dedicar uma sessão especialmente a essa questão. A Sessão Urbanidades propõe-se a exibir filmes que trazem à tona as principais questões que permeiam o cotidiano das cidades, dentre as quais se sobressaem as questões do lixo urbano, da poluição, da violência e da necessidade de poesia num contexto caótico. Serão exibidos 1 longa-metragem, 1 média-metragem e 7 curtas-metragens: “Estamira”, de Marcos Prado (RJ) e “Harmonia do Inferno”, de Gui Castor (ES) têm temas muito semelhantes: as pessoas que moram e sobrevivem ao, e do, lixo urbano; “Londrina em Três Movimentos”, de Rodrigo Grota (PR); “Boca no Lixo”, de Lígia Benevides e Marcela Borela (GO); “Além dos Outdoors”, de Caio Henrique Salgado e Paulo Henrique dos Santos (GO); “Alfavela Deltavile”, de Caio Araújo (BA); “Subpapéis”, de Luís Eduardo Jorge (GO); Rapsódia do Absurdo, de Cláudia Nunes (GO); e “Dreznica”, de Anna Azevedo (RJ).

Saindo do contexto urbano, por excelência o habitat “natural” da sociedade contemporânea, entramos no contexto da fauna durante os filmes da Sessão Animal. Os animais, suas necessidades, a “função” utilitarista e ornamental atribuída à sua existência são os principais temas abordados nos 2 médias-metragens, ambos produzidos pelo Instituto Nina Rosa, e nos 9 curtas-metragens, que somam 80 minutos de projeção. “A Carne é Fraca” e “Não Matarás”, ambos produzidos em São Paulo, trazem uma realidade chocante e nada digerível sobre o consumo da carne no mundo e o uso de animais como cobaias em laboratórios científicos. Ambos possuem classificação indicativa de 14 anos. Os curtas-metragens, a maioria animações, abordam de diferentes formas a questão dos animais: “Encanto”, de Júlia De Simone (RJ); “Ratos de Rua”, de Rafael de Paula Rodrigues (RJ); “Bartô”, de Luiz Botosso e Thiago Veiga (GO); “Peixe Frito”, de Ricardo George de Podestá Martins (GO); “Da Utilidade dos Animais”, de Betânia Vitor (DF); “Zôo”, de Daniel Lima (GO); “Bicho”, de Vitor Brandt (SP); “Genoma 2020”, de Andres Lieban (RJ), que trata do homem em sua condição naturalista de forma bastante irônica; e “Passo”, de Alê Abreu, belíssima animação que rodou o Brasil e o mundo.

Com temas diversos, explorados nos diversos gêneros cinematográficos e abordados de formas às vezes cômica, às vezes irônica, ou totalmente realista, a Mostra de Cinema Ambiental terá em sua grade de programação filmes, ou mesmo visões de mundo, às vezes difíceis de “digerir”, e histórias até mesmo difíceis de aceitar. Qual será a herança das gerações passadas para as gerações futuras? Como fazer para mudar a realidade atual, para que assim possamos encontrar um caminho sustentável e um futuro possível?

Pensando nisso, buscou-se compor uma programação especial para as cerca de 12 mil crianças que irão com as escolas à 1ª Mostra Nacional Ambiental. A Sessão Infantil exibirá 39 curtas-metragens de animação, sendo que apenas sete títulos dentre esses não têm como tema específico a questão animal. Serão exibidos 4 filmes produzidos no Distrito Federal e 3 de Goiás. O Sudeste apresenta 15 produções: 6 de São Paulo, 5 de Minas Gerais e 4 do Rio de Janeiro. O Nordeste é muito bem representado por 3 filmes baianos, 2 pernambucanos e 1 cearense. O Sul do País exibe 3 produções de Santa Catarina e o Norte é representado por um filme do Amazonas.

Além dos filmes da Sessão Infantil, todos brasileiros, as crianças poderão assistir a uma sessão especial de curtas em animação, selecionados por Márcia Deretti e Raquel Roriz, que foram exibidos neste ano durante o 11º Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental (FICA), de Goiás. O festival, um dos mais importantes do mundo quando o tema é meio ambiente, é uma das principais atrações da Mostra de Cinema, que exibe, além dos filmes infantis nacionais e internacionais de animações, as produções premiadas neste ano.

A parceria entre o FICA e a 1ª Mostra Nacional Ambiental engrandece a mostra na medida em que traz para o público de Brasília filmes muito recentes, de 2008 e 2009, cuja atualidade traça um painel nacional e internacional de temas de grande relevância. Entre os longas-metragens serão exibidos os filmes “Corumbiara”, de Vincent Carelli (PE); “A Árvore da Vida”, de Otávio Juliano (SP); “Kalunga”, de Luiz Elias, Pedro Nabuco e Sylvestre Campe (GO); e “Uma Mudança no Mar” [A Sea Change], de Barbara Ettinger (EUA). Os médias-metragens premiados são: “A próxima mordida”, de Ângelo Lima (GO); “Bode Rei, Cabra Rainha”, de Helena Tassara (SP); e o grego “Morrendo em Abundância”, de Yorgos Avgeropoulos. Na categoria de curta-metragem tem-se o francês “Sem grandes problemas” [C’est Pas Grave], de Yacine Sersar, e o italiano “Arrakis”, de Andrea di Nardo.

PROGRAMAÇÃO

A Mostra de Cinema Ambiental começa no dia 3, terça-feira de manhã, com a Sessão Infantil, e segue até às 13h, com a Sessão Preservação. A partir das 19h os filmes voltam a ocupar o auditório com meia-hora de curtas-metragens da Sessão Animal.

Na quarta e quinta, pela manhã, o auditório será espaço de debate, proposição e reflexão durante as palestras. Mas o cinema entra em cena, no dia 4, a partir das 13h, com o média-metragem “A Carne é Fraca” (C.I. 14 anos). A Sessão Animal continua com uma série de 45 minutos de curtas-metragens, sendo que na sequência tem início a Sessão Especial 9º FICA, com o curta alemão “Nove e Meia: Mudança Climática” e o belíssimo longa português “Ainda Há Pastores”, de Jorge Pelicano. Entre 16h30 e 18h o público poderá assistir os filmes da Sessão Urbana e, posteriormente, os filmes premiados do 11º FICA.

Na quinta à tarde, das 13h às 16h10, as crianças tem lugar cativo no Auditório do Ibama para a Sessão Infantil dos curtas brasileiros e a Sessão Especial de Cinema Infantil do 11º FICA, com vários títulos internacionais. Entre 16h30 e 20h50 serão exibidos outros filmes do FICA vencedores do festival, como “Kalunga” e “Uma Mudança no Mar”, além de “Bode Rei, Cabra Rainha” e “Morrendo em Abundância”. Fechando as sessões de quinta, mais uma Sessão Animal com o média-metragem “Não Matarás”.

Na sexta, a manhã é dedicada às crianças, entre 9h e 10h50. Após uma tarde de muito debate durante as palestras, o cinema retorna ao auditório às 19h, para a Sessão Urbanidade, com o longa-metragem “Estamira”.

A manhã de sábado é novamente das crianças, das 9h às 11h05, com a última Sessão Infantil da Mostra de Cinema Ambiental. À tarde, diversos filmes serão exibidos. Às 13h tem início “Harmonia do Inferno”, da Sessão Urbanidade, seguido pelo longa “Nas Terras do Bem-Virá”. Às 16h uma sessão de curtas sobre a água ilustram a Sessão Acqua, que dá lugar, a partir das 17h30, a 2 médias e 1 longa da Sessão Preservação: “Biopiratas: a Carta de São Luís” e “Lutzenberger: For Ever Gaia”; e o longa goiano “Benzeduras”. E, encerrando a Mostra de Cinema Ambiental temos, a partir das 20h30, o longa documentário “Sumidouro”.

Créditos

Curadoria, Programação e Produção da Mostra de Cinema Ambiental por Lígia Benevides, documentarista, roteirista e produtora de mostras de cinema.

Contatos no e-mail ligiabene@gmail.com e (61) 9164-2520.

Mais informações sobre a 1ª Mostra Nacional Ambiental na página de internet HTTP://www.mostranacionalambiental/mna

MOSTRA NACIONAL AMBIENTAL

SHOWS | Educação Ambiental | Mostra de Cinema*| Corredor dos Sentidos | Teatro | Oficinas e muito mais

3 a 7 de novembro de 2009

ECOVILA – Montada na Sede do IBAMA
Horário de Abertura: 8h30
Shows a partir de 19h

(L4 Norte – ao lado dos Correios e próximo ao Centro Olímpico da UnB)

Entrada Franca

Classificação Indicativa Livre
* programação Mostra de Cinema Ambiental em anexo

TERÇA (03/11)

15h30 – Arun e seu violão cósmico – Cerimônia de Abertura

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A partir das 19h

Roberto Correa (DF)

Pé de Cerrado (DF)

ETNO-02-por Miguel Mello

QUARTA (04/11)

A partir das 19h

Ellen Oléria (DF)

Feijão de Bandido (DF)

Jah Live (DF)

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QUINTA (05/11)

A partir das 19h

Ha Ono (DF)

wado03 by Maira Villela_BAIXA

Seu Preto (DF)

Grupo de dança Soma – com Selma Trindade

°°° FUNK COMO LE GUSTA (SP)

flclg3

SEXTA (06/11)

A partir das 19h

Amanita (DF)

Etno (DF)

°°° EDDIE (PE)

SÁBADO (07/11)

A partir das 17h30

Dudu Maia (DF)

Paulinho, com participação especial do grupo Mel da Terra (DF)

Grupo Calango Cyber – espetáculo Vida de Calango

°°° WADO (AL)

°°° QUINTETO VIOLADO (PE)

Quinteto Violado02_BAIXA

Quinteto Violado03_BAIXA

  Entrada Franca
Classificação Indicativa Livre

Mais sobre as atrações:

QUINTETO VIOLADO
História

Em 1971 surgiu em Pernambuco um grupo musical que traçava um novo caminho para a MPB. Diante da indecisão no cenário da música nacional, após a irrupção do movimento tropicalista, o QUINTETO VIOLADO apresentava uma proposta fundamentada nos elementos musicais da cultura regional, através de trabalhos de pesquisa e da própria vivência de cada um dos seus integrantes, originários da região Nordeste do Brasil.

Conseguindo extrair das mais simples manifestações populares a sua essência rítmica e melódica, o Grupo criou uma nova concepção musical, cujo traço fundamental é a interação entre o erudito e o popular, sem desfiguração, reafirmando a idéia de que toda arte é sempre a universalização do popular. Com excepcional criatividade e talento, o QUINTETO VIOLADO, em seu disco de estréia, talvez nem sequer imaginasse que, muito mais que uma nova roupagem orquestradora, estava produzindo a semente de uma mudança no modo

de sentir e expressar a música brasileira.

Já são 35 anos de trabalho, onde se intercalam pesquisas, espetáculos, discos, festivais e excursões internacionais. A saga do QUINTETO VIOLADO percorrendo o Brasil inspirado numa filosofia mambembe, desde o sul, com toda a sua influência nativista, até a Amazônia, onde os ritmos e sons da natureza falam mais alto, está hoje registrada em

livro, vídeo e mais de 47 discos lançados no Brasil e no exterior.

Além da memória, fixada em mais de um milhão de quilômetros percorridos em estradas brasileiras, conquistando e despertando o interesse das mais variadas platéias, que representam a motivação maior para sua caminhada. Hoje, há um amadurecimento cultural e profissional do grupo, que se mantém dinâmico em seu trabalho e com a consciência crítica de que não se acomodou ou fez concessões aos

modismos da indústria cultural.

Integrantes: Ciano | Claudio | Dudu | Fernando Filizola | Generino Luna | Israel Semente | Kiko Oliveira | Luciano Pimentel | Marcelo Melo | Marcio Batista | Mario Lobo | Roberto Medeiros | Sando |

Toinho Alves | Zé da Flauta

FUNK COMO LE GUSTA:
Depois de 8 anos juntos, os dez mensageiros do balanço seguem viagem . . . O Funk Como Le Gusta, altamente conceituado pela crítica e público, tem uma aplicada formação musical dedicada ao Funk, ao Samba-Soul e aos ritmos latinos e populares. A trajetória tem sido marcante, sendo mágicos os encontros criados pela banda e seus ilustres convidados. Inesquecíveis foram as participações especiais de Jorge Benjor, Elza Soares, Gerson King Combo, Fernanda Abreu, Thaíde, DJ Marky, Sandra de Sá, Maria Alcina, Marcelo D2, Seu Jorge e muitos outros. A “instituição” FCLG segue seu caminho, lançando seu primeiro DVD Funk ”ao vivo” Como Le Gusta e divulgando seus 2 álbuns, Roda de Funk (2000) e F.C.L.G. (2004).
Formado por músicos experientes que tocam com artistas consagrados como Jorge Benjor, Titãs, Zeca Baleiro, Karnak, além de produtores que atuam expressivamente no mercado artístico e publicitário, o FCLG tem músicas e álbuns lançados em diversos países como Itália, Portugal, Inglaterra, Japão, Espanha e França. Com um repertório variado e arranjos que vão do Jazz ao Drum’n bass a banda leva o público ao delírio executando seus clássicos, versões e sucessos atuais, esquentando as noites paulistanas sempre lotadas. O primeiro CD, “Roda de Funk”, está beirando a marca de 50.000 cópias vendidas (disco de ouro) e toda a discografia está disponível no iTunes Music Store.

Integrantes:

Reginaldo 16 (Trompete, Vocal) | Juliano Beccari (Teclado, Vocal) | James Muller (Vocal) | Emerson Villani (Guitarra, Vocal) | Hugo Hori (Flauta, Saxofone, Vocal) | Kuki Stolarski (Bateria) | Sérgio Bartolo (Contrabaixo) | Kito Siqueira (Saxofone) | Marcelo Cotarelli (Trompete) | Tiquinho (Trombone)
WADO
O que esquenta o sangue de wado que agora vive no verão sem fim de Alagoas é a forma como as periferias do mundo têm construído a nova música através de quase nada de matéria prima. Transformando arte bruta em estúdios caseiros, com microfones baratos e pouco conhecimento técnico, mas com muita urgência, energia e gana.

A subversão não está mais na estética do punk, domesticado e adocicado em canções de amor. O que dá voz a quem não tem voz hoje são ritmos como o funk carioca, o reggaeton e os afoxés baianos. Wado foi beber nestas astúcias da periferia para construir a estética de seu novo álbum, Terceiro Mundo Festivo.

São os ritmos terceiro-mundistas que permeiam este novo disco que também traz referências mundiais como as batidas de Timbaland, Pharrel e M.I.A. O disco é um passeio por novas levadas, americanas e africanas e também, um retorno a concisão de discurso dos seus primeiros discos.

O Começo; No Brasil; Na Europa:

No ano de 2001 Wado lança o seu primeiro CD e chama a atenção dos brasileiros para a nova safra de compositores que fazem “música inteligente”, como bem afirma o jornalista Pedro Alexandre Sanches em matéria para o jornal Folha de São Paulo.

Foi a partir deste trabalho que Wado começou a ser reconhecido e respeitado em outros estados do Brasil, figurou em muitas listas de disco como o melhor do ano. Alexandre Matias, não só colocou o Cd de Wado no topo de sua lista com também escreveu uma crítica com declarações sobre tal escolha, “e agora vem Wado, com seu excelente O Manifesto da Arte Periférica, até agora o melhor disco de 2001. Sai Daft Punk, sai Vídeo Hits - o lugar é deste catarinense radicado em Maceió que conseguiu fazer um disco com sotaque, mas sem soar pós-mangue beat. Os dois discos que mais gostei no ano passado foram o do Mundo Livre S/A e o do Badly Drawn Boy. Wado converge os dois e cria um Damon Gough sambista, praiano.” – trecho do artigo publicado no Correio Popular (SP).

Aos 25 anos Wado começa a participar de projetos envolvendo o mercado internacional, na época do lançamento de seu segundo disco, “Cinema Auditivo”, quando foi convidado para participar do Tim Festival, oportunidade em que se apresentou ao lado de bandas como Los Hermanos, Lambchop, 2manyDJs e Public Enemy. Mostrando os timbres ousados, letras marcantes e a pegada firme nos grooves.

Depois de ter rodado quase todo o Brasil apresentando seu show, Wado grava “A Farsa do Samba Nublado” e com ele é selecionado pela FUNARTE para participar do Projeto Pixinguinha, antiga e lendária atividade do Ministério da Cultura que promove o intercâmbio de manifestações musicais entre as diversas regiões do país. Assim, em 2004, Wado excursionou pelo Sul e Sudeste do país ao lado de artistas como Rita Ribeiro, Totonho e Carlos Malta.

Em 2005 a França comemora um grande evento, “O ano do Brasil na França” e a caravana da qual Wado fez parte no Projeto Pixinguinha é escolhida para representar o Brasil. Este foi o primeiro show que Wado fez na Europa, na cidade de Paris. No ano seguinte é novamente selecionado para representar o Brasil, na cidade de Berlim – Alemanha no projeto Copa da Cultura / Música do Brasil, onde apresentou seu show dançante durante a Popkomm, Feira de Música Internacional. A música de Wado já circula pelo mercado europeu através da Coletânea Brazil Luaka Bop e da Coletânea da revista Tip Popkomm, com 80 mil cópias.

Wado já esteve em de festivais como Coquetel Molotov e Rec Beat (PE) Goiânia Noise (GO), Com: tradição (SP), FMI (BSB), Feira da Música (CE) além de vários outros eventos importantes do calendário nacional.
EDDIE (PE)

A banda Eddie vem da histórica cidade de Olinda (PE), um celeiro de bandas e artistas como Alceu Valença, Chico Science & Nação Zumbi e mundo livre s/a. Com 15 anos de estrada despontou nacionalmente junto com o movimento Mangue Beat – um jovem movimento cultural que surgiu em Pernambuco no início dos anos 90 e sua sonoridade é leve e descontraída, como o próprio carnaval de OLINDA.

O Eddie mistura rock, reggae, dub, samba e frevo para fazer uma dançante batida sonora. Desde o início, a idéia era fazer som movido a experimentos, música brasileira + três acordes + etnias + diversão. Línguas diversas, se comunicar, se encontrar nos Pixies, nos Ramones, Dead Kennedys, nas divagações da música jamaicana, nas repetições, nas lições do jazz, na poesia da Bossa, na maloqueragem dos pernambucanos, nas facilidades e possibilidades que as gravações proporcionam, na mistura de pessoas diferentes, musicalidades diferentes, escolas diferentes, um processo de mutação permanente.

Com apenas dois Cds lançados, o Eddie se tornou nacionalmente conhecido quando Cássia Eller gravou a musica “Quando a Maré Encher”, no Acústico MTV de 2001. No ano passado a banda lançou seu terceiro álbum, intitulado “Metropolitano” e realizou sua segunda turnê pelo Velho Continente durante o verão europeu.

“Metropolitano” mostrou um Eddie maduro com um trabalho mais requintado e com direções precisas. Os ritmos e as temáticas urbanas marcaram o novo trabalho produzido por Fábio Trummer, vocalista e guitarrista da banda.

Fabiana Sampaio | Amanda Marinho | Fred Cunha
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Aposentados fazem vigília na Câmara dos Deputados

Cerca de 600 aposentados, ligados à Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), realizaram um ato público na Câmara dos Deputados e, em seguida, instalaram-se nos corredores e no salão verde da Casa, de onde prometem não sair enquanto não for definida a data para a votação de Projetos de Lei de interesse da categoria. O PL 001/2007, que estabelece a correção das aposentadorias de acordo com o salário mínimo, já passou pelas Comissões Permanentes da Câmara e está pronto para ir a plenário. O problema é que o Governo não tem interesse na votação da matéria e impede sua inclusão na pauta.

Outros dois projetos estão na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara: o PL 4.434/2008, que cria um índice de correção previdenciária para garantir a retroatividade do reajuste dos benefícios de acordo com o aumento do valor mínimo pago pelo Regime Geral da Previdência; e o PL 3.299/2008, que acaba com o chamado fator previdenciário, que calcula o valor das aposentadorias com base na idade e no tempo de contribuição e que, em muitos casos, reduz o valor dos benefícios.

O presidente da Cobap, Warley Martins Gonçalves, admitiu estar frustrado, pois mesmo depois de várias audiências com o presidente da Câmara, Michel Temer, o PL 001/2007 ainda não foi incluído na pauta, pois depende de um acordo entre as lideranças partidárias. Para reverter esse quadro, Warley conta com o apoio dos deputados Darcísio Perondi (PMDB-RS), Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP), Cléber Verde (PRB-MA), Acélio Casagrande (PMDB-SC), e Geraldo Resende (PMDB-MS), que integram a linha de frente do grupo parlamentar que luta pelos aposentados. “Contamos com esses deputados para fazer pressão junto aos líderes. Dependemos deles para que esse PL seja votado. Esperamos também que os líderes nos procurem. Afinal, ano que vem tem eleição e nós vamos saber quem está do lado dos aposentados”, desafiou o presidente da Cobap.

Para o deputado Darcísio Perondi, os PLs dos aposentados, principalmente o que estabelece a correção dos benefícios pelo salário mínimo e o que acaba com o fator previdenciário, já passaram pelo Senado e estão há muito tempo tramitando na Câmara, mas as lideranças do Governo impedem sua votação. “Essa ação dos aposentados na Casa é muito forte, mas necessária para chamar a atenção dos parlamentares. Eu apoio essa vigília, pois está na hora do Governo retirar a obstrução para a votação dos dois projetos”, afirmou Perondi.
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Assessoria de Imprensa: Fábio Paiva.

Confira a pauta de votações de hoje na Câmara

Plenário pode votar as PECs da Alimentação e da Música

O Plenário poderá votar hoje a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 98/07, do deputado Otavio Leite (PSDB-RJ), que proíbe a cobrança de impostos sobre gravações de músicas nacionais de autores brasileiros ou interpretadas por artistas brasileiros.

O regime em que a PEC quer incluir os produtos musicais brasileiros é o da imunidade tributária, que impede a cobrança de impostos de órgãos públicos, igrejas, entidades filantrópicas, partidos políticos e sobre livros, jornais e periódicos, inclusive o papel destinado à sua produção.

Alimentação

Também está na pauta de hoje a PEC 47/03, do Senado, que inclui a alimentação na lista dos direitos sociais estabelecidos pela Constituição.
A alimentação figuraria ao lado da educação, saúde, trabalho, moradia, lazer, segurança, previdência, da proteção à maternidade e à infância, e assistência aos desamparados. Um dos efeitos práticos da PEC é tornar as ações de combate à fome e à miséria políticas de Estado, que não poderão ser prejudicadas por mudanças administrativas.
Ontem houve uma inversão de pauta, para aprovação da política relativa ao aquecimento global, e essas matérias ficaram para hoje.

Dnit

Os deputados deverão analisar também nesta tarde o PL 5245/09, do Executivo, que concede um bônus especial aos servidores do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) que superarem as metas de desempenho relacionadas à área de atuação do órgão.
O bônus será pago em parcela única, em junho de 2010, no valor de R$ 48,6 mil para os cargos de nível superior, R$ 20,8 mil para o nível intermediário e R$ 6,4 mil para o nível auxiliar.

Veja a pauta completa

Por quê não na Amazônia?

O potencial de produção e o papel fundamental da cana-de-açúcar e de seus subprodutos – açúcar, etanol e energia elétrica, entre outros –, tanto na agricultura quanto na indústria, fazem dessa cultura uma das mais importantes atividades da agroindústria nacional. O Guia da Cana foi desenvolvido para servir de fonte de informações sobre esse cultivo, abordando sua origem histórica, sua utilização atual e os mais recentes avanços científicos na área.

O Brasil é hoje o maior produtor mundial de cana, com 563 milhões de toneladas na safra 2008/2009, em uma área de 8,1 milhões de hectares, o que representa apenas 2,3% da área agrícola do País (Conab, Mapa). Os bons números e o aprimoramento tecnológico permitem que o País seja também o maior exportador mundial de açúcar, respondendo sozinho por 45% de todo o produto comercializado no mundo. Na fabricação de etanol, que utiliza aproximadamente 1% da área agricultável do País e 57% da área plantada com cana, o Brasil também ocupa liderança nas exportações e compartilha, com os Estados Unidos (EUA), a posição de maior produtor mundial. Na prática, os dois países são responsáveis por 70% de toda a fabricação desse combustível no mundo.

A cana-de-açúcar sempre teve um papel importante na economia brasileira, desde o período dos engenhos coloniais. Não é de hoje que especialistas vêm buscando maneiras de aprimorar o cultivo da planta, tornando-a mais produtiva e resistente, entre outras vantagens agronômicas. Com o êxito do mapeamento de seu genoma, abrem-se as portas para uma infinidade de possibilidades, entre elas, o melhoramento genético assistido por marcadores

O potencial de produção e o papel fundamental da cana-de-açúcar e de seus subprodutos – açúcar, etanol e energia elétrica, entre outros –, tanto na agricultura quanto na indústria, fazem dessa cultura uma das mais importantes atividades da agroindústria nacional. O Guia da Cana foi desenvolvido para servir de fonte de informações sobre esse cultivo, abordando sua origem histórica, sua utilização atual e os mais recentes avanços científicos na área.

O Brasil é hoje o maior produtor mundial de cana, com 563 milhões de toneladas na safra 2008/2009, em uma área de 8,1 milhões de hectares, o que representa apenas 2,3% da área agrícola do País (Conab, Mapa). Os bons números e o aprimoramento tecnológico permitem que o País seja também o maior exportador mundial de açúcar, respondendo sozinho por 45% de todo o produto comercializado no mundo. Na fabricação de etanol, que utiliza aproximadamente 1% da área agricultável do País e 57% da área plantada com cana, o Brasil também ocupa liderança nas exportações e compartilha, com os Estados Unidos (EUA), a posição de maior produtor mundial. Na prática, os dois países são responsáveis por 70% de toda a fabricação desse combustível no mundo.

A cana-de-açúcar sempre teve um papel importante na economia brasileira, desde o período dos engenhos coloniais. Não é de hoje que especialistas vêm buscando maneiras de aprimorar o cultivo da planta, tornando-a mais produtiva e resistente, entre outras vantagens agronômicas. Com o êxito do mapeamento de seu genoma, abrem-se as portas para uma infinidade de possibilidades, entre elas, o melhoramento genético assistido por marcadores moleculares e a biotecnologia aplicada à cana-de-açúcar.

Diante de tantos benefício, por quê não a produção de cana-de-açúcar em áreas antropizadas da Amazônia?

Investigação expõe racha na aliança pró-Dilma

A disputa política em torno da CPI do MST no Congresso causa uma forte preocupação ao governo para acomodar os variados interesses partidários em sua aliança. O governo precisa evitar um racha entre os partidos da base e o rompimento com parte da bancada ruralista na Câmara e no Senado. Os desafios serão equilibrar a composição da comissão que investigará os repasses federais e refrear os ânimos já exaltados por causa de outros embates, como a reforma do Código Florestal e a revisão dos índices de produtividade rural.

Maior partido do Congresso, o PMDB deve contar com maioria ruralista entre seus representantes na CPI. "Não concordamos com essa política de repasses do governo. E se o PT ficar na linha de defender radicais, vai ter resistência de um grupo forte do PMDB", afirma o presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, deputado Valdir Colatto (PMDB-SC). Um dos principais líderes ruralistas no Congresso, Colatto dá o tom das disputas futuras. "Pedi para compor essa CPI para tratar a questão de forma séria. Não vou esconder nada de ninguém. Nessa questão, não tem conversa", diz.

No lado do PT, os parlamentares rejeitam a chamada "criminalização" dos movimentos sociais e avisam que a busca de uma postura de "equilíbrio" pelo governo pode complicar a situação. "Essa CPI vai ser governo contra oposição. Se botar ruralista no comando, vai dar muito o que falar", prevê o coordenador do Núcleo Agrário do PT, deputado Assis do Couto (PR). "Não sei se tem receita para o governo, mas é um momento para o governo reconhecer o papel da agricultura familiar. Não podemos contribuir com o desejo da CNA de ofuscar esse papel", afirma Couto. Ele identifica uma tentativa da Confederação da Agricultura e Pecuária (CNA) de "desmerecer" os avanços da produção familiar destacados nos resultados do Censo Agropecuário 2006, divulgados há um mês.

A CPI pode precipitar uma reação do governo aos ruralistas dos partidos de oposição. O ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, afirma que a atualização dos índices de produtividade no campo, em debate no governo desde 2003, pode ser beneficiada pelas disputas políticas da CPI. "Talvez, a CPI impulsione os índices. O governo não vai se encolher", diz.

Responsável no governo pela reforma agrária, Cassel também aposta que a CPI abrirá espaço para reabilitar algumas ONGs. "A Caritas, por exemplo, está impedida dos convênios só porque uma responsável pelas assinaturas assinou um manifesto em favor do MST", afirma, em referência à rede da Igreja Católica composta por 162 entidades.

Na condição de principal investigado, o MST também não ajudará os operadores políticos do governo a manter a serenidade na CPI. Os sem-terra apontam uma tentativa deliberada da bancada ruralista em "criminalizar" o movimento. "Os latifundiários querem usar a CPI apenas para atacar os movimentos sociais. Essa ofensiva pretende anular os avanços dos índices de produtividade e da recomposição dos recursos para a reforma agrária", diz o coordenador nacional do MST, José Batista de Oliveira.

Fonte: Valor.

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