PROGRAMAÇÃO MUSICAL COMPLETA
O Ibama completa 20 anos e apresenta a Mostra Nacional Ambiental - Caminhos da Sustentabilidade de 3 a 7 de Novembro na sede do Ibama, em Brasília. A mostra apresenta, por meio de materiais lúdicos, tecnológicos e interativos, projetos e ações voltadas para a promoção e desenvolvimento da sustentabilidade, além de incentivar a educação ambiental e estimular a participação da sociedade na construção de um mundo melhor.
Uma das grandes atrações da mostra é o Corredor dos Sentidos, um instrumento inédito onde, por meio de espaços cenográficos, o público terá percepção das várias fases da natureza, tanto em momentos saudáveis, quanto em estados de degradação pelo homem. Será possível sentir o clima das florestas, o que acontece no momento do desmatamento e das queimadas, as conseqüências da poluição, a força da chuva, renascimento natural da flora, mudanças climáticas, dentre vários outros acontecimentos da natureza.
O evento será realizado no espaço da sede do Ibama onde será instalada uma Ecovila - construída com materiais naturais e divididas em nove bairros: Corredor de Sentidos, Você Pode Fazer a Diferença, Sustentabilidade, Oficinas, Ecocultural, Ecorádio, Gastronomia e espaço para empresas que possuem atuação sustentável.
A mostra também apresenta o Projeto Protetor do Meio Ambiente que levará, em parceria entre o Ibama e a Secretaria de Educação Integral do GDF, 12 mil crianças de escolas públicas para a realização de oficinas com o objetivo de transformar os alunos em agentes multiplicadores por meio da conscientização.
Diferente de outras propostas de conscientização e educação ambiental, a Mostra Nacional Ambiental conta com atrações inovadoras e inéditas para todas as idades. São exposições, palestras, Mostra de Cinema Ambiental com os ganhadores do Festival Internacional de Cinema Ambiental - Fica -GO, apresentações culturais, oficinas, trilha monitorada no Ibama, brinquedos com material reciclado, pesca, confecção de pipas em forma de animais em extinção, gincanas, plantio de mudas.
Além de shows diários com bandas locais e apresentação de bandas nacionais.
Com mais de 80 filmes, nacionais e internacionais, Mostra de Cinema Ambiental traz a discussão do meio ambiente através da linguagem do cinema
Por Lígia Benevides
Durante a 1ª Mostra Nacional Ambiental – Caminhos da Sustentabilidade a sede do Ibama em Brasília será uma janela de exibição para diversos filmes nacionais e internacionais cujo foco temático aponta para questões ambientais que hoje enfrentamos.
A Mostra de Cinema Ambiental, que terá lugar no Auditório do Ibama, com capacidade para 150 espectadores, acontece de 3 a 7 de novembro, com uma programação variada que vai do início do dia ao final da noite. São 86 títulos em cartaz, que somam cerca de 32 horas de exibição, durante os seis dias do evento. A programação é composta por 9 filmes de longa-metragem, 8 de média-metragem e 69 de curta-metragem, com espaço para documentários, animações, ficções e mesmo experimentais. As produções estão divididas em sessões temáticas que têm como intuito aglutinar temas semelhantes, e mostrar diferentes pontos de vista sobre os mesmos problemas, e como eles acontecem nas diferentes regiões do Brasil. Todos os filmes serão exibidos no formato DVD, com sessões gratuitas. A mostra tem caráter não-competitivo e não possui fins lucrativos.
Na Sessão Preservação serão exibidos 10 filmes (2 longas, 2 médias e 6 curtas) que abordam diferentes formas de se lidar com a preservação da natureza e dos recursos naturais, mostrando tanto o trabalho de pessoas que contribuem para essa luta, quanto a degradação do meio ambiente. Compõe a sessão os filmes “Nas Terras do Bem-Virá”, de Alexandre Rampazzo (SP); “Benzeduras”, de Adriana Rodrigues (GO); “Lutzenberger: for ever Gaia”, de Frank Coe e Otto Guerra (RJ); “Biopiratas: a Carta de São Luís”, de Manuele Franceschini (RJ); “Roque Pereira: Mobiliário Eco-Sustentável”, e “Lamento”, ambos de Kim-Ir-Sem (GO); “Expressões da Agroecologia”, de Eduardo Homem (PE); “Icologia”, de Ângelo Lima (GO); “Urubus Têm Asas”, de Marcos Negrão e André Rangel (RS) e “A Figueira do Inferno”, da Telephone Colorido (PE).
A Sessão Acqua toca em um assunto vital: a água. Por todo o Brasil, documentaristas têm se preocupado em pensar e registrar essa questão tão importante e que se coloca atualmente como uma dos maiores desafios da humanidade. Compõe esta sessão 7 produções de todo o Brasil: o longa-metragem de Cris Azzi intitulado “Sumidouro”, que trata das questões das hidroelétricas no Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais; e os curtas “Nascente”, de Almir Correia (PR); “Profetas da Chuva e da Esperança”, de Márcia Paraíso (SC); “Recife de Dentro pra Fora”, de Kátia Mesel (PE); “Mar de Dentro”, de Pascoal Samora (SP); e “Nascente”, de Helvécio Marins Jr. (MG).
A cidade e a humanidade. Habitando em um planeta que se transformou, ao longo de séculos de civilização, em um imenso globo urbanizado, a Mostra de Cinema Ambiental não poderia deixar de dedicar uma sessão especialmente a essa questão. A Sessão Urbanidades propõe-se a exibir filmes que trazem à tona as principais questões que permeiam o cotidiano das cidades, dentre as quais se sobressaem as questões do lixo urbano, da poluição, da violência e da necessidade de poesia num contexto caótico. Serão exibidos 1 longa-metragem, 1 média-metragem e 7 curtas-metragens: “Estamira”, de Marcos Prado (RJ) e “Harmonia do Inferno”, de Gui Castor (ES) têm temas muito semelhantes: as pessoas que moram e sobrevivem ao, e do, lixo urbano; “Londrina em Três Movimentos”, de Rodrigo Grota (PR); “Boca no Lixo”, de Lígia Benevides e Marcela Borela (GO); “Além dos Outdoors”, de Caio Henrique Salgado e Paulo Henrique dos Santos (GO); “Alfavela Deltavile”, de Caio Araújo (BA); “Subpapéis”, de Luís Eduardo Jorge (GO); Rapsódia do Absurdo, de Cláudia Nunes (GO); e “Dreznica”, de Anna Azevedo (RJ).
Saindo do contexto urbano, por excelência o habitat “natural” da sociedade contemporânea, entramos no contexto da fauna durante os filmes da Sessão Animal. Os animais, suas necessidades, a “função” utilitarista e ornamental atribuída à sua existência são os principais temas abordados nos 2 médias-metragens, ambos produzidos pelo Instituto Nina Rosa, e nos 9 curtas-metragens, que somam 80 minutos de projeção. “A Carne é Fraca” e “Não Matarás”, ambos produzidos em São Paulo, trazem uma realidade chocante e nada digerível sobre o consumo da carne no mundo e o uso de animais como cobaias em laboratórios científicos. Ambos possuem classificação indicativa de 14 anos. Os curtas-metragens, a maioria animações, abordam de diferentes formas a questão dos animais: “Encanto”, de Júlia De Simone (RJ); “Ratos de Rua”, de Rafael de Paula Rodrigues (RJ); “Bartô”, de Luiz Botosso e Thiago Veiga (GO); “Peixe Frito”, de Ricardo George de Podestá Martins (GO); “Da Utilidade dos Animais”, de Betânia Vitor (DF); “Zôo”, de Daniel Lima (GO); “Bicho”, de Vitor Brandt (SP); “Genoma 2020”, de Andres Lieban (RJ), que trata do homem em sua condição naturalista de forma bastante irônica; e “Passo”, de Alê Abreu, belíssima animação que rodou o Brasil e o mundo.
Com temas diversos, explorados nos diversos gêneros cinematográficos e abordados de formas às vezes cômica, às vezes irônica, ou totalmente realista, a Mostra de Cinema Ambiental terá em sua grade de programação filmes, ou mesmo visões de mundo, às vezes difíceis de “digerir”, e histórias até mesmo difíceis de aceitar. Qual será a herança das gerações passadas para as gerações futuras? Como fazer para mudar a realidade atual, para que assim possamos encontrar um caminho sustentável e um futuro possível?
Pensando nisso, buscou-se compor uma programação especial para as cerca de 12 mil crianças que irão com as escolas à 1ª Mostra Nacional Ambiental. A Sessão Infantil exibirá 39 curtas-metragens de animação, sendo que apenas sete títulos dentre esses não têm como tema específico a questão animal. Serão exibidos 4 filmes produzidos no Distrito Federal e 3 de Goiás. O Sudeste apresenta 15 produções: 6 de São Paulo, 5 de Minas Gerais e 4 do Rio de Janeiro. O Nordeste é muito bem representado por 3 filmes baianos, 2 pernambucanos e 1 cearense. O Sul do País exibe 3 produções de Santa Catarina e o Norte é representado por um filme do Amazonas.
Além dos filmes da Sessão Infantil, todos brasileiros, as crianças poderão assistir a uma sessão especial de curtas em animação, selecionados por Márcia Deretti e Raquel Roriz, que foram exibidos neste ano durante o 11º Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental (FICA), de Goiás. O festival, um dos mais importantes do mundo quando o tema é meio ambiente, é uma das principais atrações da Mostra de Cinema, que exibe, além dos filmes infantis nacionais e internacionais de animações, as produções premiadas neste ano.
A parceria entre o FICA e a 1ª Mostra Nacional Ambiental engrandece a mostra na medida em que traz para o público de Brasília filmes muito recentes, de 2008 e 2009, cuja atualidade traça um painel nacional e internacional de temas de grande relevância. Entre os longas-metragens serão exibidos os filmes “Corumbiara”, de Vincent Carelli (PE); “A Árvore da Vida”, de Otávio Juliano (SP); “Kalunga”, de Luiz Elias, Pedro Nabuco e Sylvestre Campe (GO); e “Uma Mudança no Mar” [A Sea Change], de Barbara Ettinger (EUA). Os médias-metragens premiados são: “A próxima mordida”, de Ângelo Lima (GO); “Bode Rei, Cabra Rainha”, de Helena Tassara (SP); e o grego “Morrendo em Abundância”, de Yorgos Avgeropoulos. Na categoria de curta-metragem tem-se o francês “Sem grandes problemas” [C’est Pas Grave], de Yacine Sersar, e o italiano “Arrakis”, de Andrea di Nardo.
PROGRAMAÇÃO
A Mostra de Cinema Ambiental começa no dia 3, terça-feira de manhã, com a Sessão Infantil, e segue até às 13h, com a Sessão Preservação. A partir das 19h os filmes voltam a ocupar o auditório com meia-hora de curtas-metragens da Sessão Animal.
Na quarta e quinta, pela manhã, o auditório será espaço de debate, proposição e reflexão durante as palestras. Mas o cinema entra em cena, no dia 4, a partir das 13h, com o média-metragem “A Carne é Fraca” (C.I. 14 anos). A Sessão Animal continua com uma série de 45 minutos de curtas-metragens, sendo que na sequência tem início a Sessão Especial 9º FICA, com o curta alemão “Nove e Meia: Mudança Climática” e o belíssimo longa português “Ainda Há Pastores”, de Jorge Pelicano. Entre 16h30 e 18h o público poderá assistir os filmes da Sessão Urbana e, posteriormente, os filmes premiados do 11º FICA.
Na quinta à tarde, das 13h às 16h10, as crianças tem lugar cativo no Auditório do Ibama para a Sessão Infantil dos curtas brasileiros e a Sessão Especial de Cinema Infantil do 11º FICA, com vários títulos internacionais. Entre 16h30 e 20h50 serão exibidos outros filmes do FICA vencedores do festival, como “Kalunga” e “Uma Mudança no Mar”, além de “Bode Rei, Cabra Rainha” e “Morrendo em Abundância”. Fechando as sessões de quinta, mais uma Sessão Animal com o média-metragem “Não Matarás”.
Na sexta, a manhã é dedicada às crianças, entre 9h e 10h50. Após uma tarde de muito debate durante as palestras, o cinema retorna ao auditório às 19h, para a Sessão Urbanidade, com o longa-metragem “Estamira”.
A manhã de sábado é novamente das crianças, das 9h às 11h05, com a última Sessão Infantil da Mostra de Cinema Ambiental. À tarde, diversos filmes serão exibidos. Às 13h tem início “Harmonia do Inferno”, da Sessão Urbanidade, seguido pelo longa “Nas Terras do Bem-Virá”. Às 16h uma sessão de curtas sobre a água ilustram a Sessão Acqua, que dá lugar, a partir das 17h30, a 2 médias e 1 longa da Sessão Preservação: “Biopiratas: a Carta de São Luís” e “Lutzenberger: For Ever Gaia”; e o longa goiano “Benzeduras”. E, encerrando a Mostra de Cinema Ambiental temos, a partir das 20h30, o longa documentário “Sumidouro”.
Créditos
Curadoria, Programação e Produção da Mostra de Cinema Ambiental por Lígia Benevides, documentarista, roteirista e produtora de mostras de cinema.
Contatos no e-mail ligiabene@gmail.com e (61) 9164-2520.
Mais informações sobre a 1ª Mostra Nacional Ambiental na página de internet HTTP://www.mostranacionalambiental/mna
MOSTRA NACIONAL AMBIENTAL
SHOWS | Educação Ambiental | Mostra de Cinema*| Corredor dos Sentidos | Teatro | Oficinas e muito mais
3 a 7 de novembro de 2009
ECOVILA – Montada na Sede do IBAMA
Horário de Abertura: 8h30
Shows a partir de 19h
(L4 Norte – ao lado dos Correios e próximo ao Centro Olímpico da UnB)
Entrada Franca
Classificação Indicativa Livre
* programação Mostra de Cinema Ambiental em anexo
TERÇA (03/11)
15h30 – Arun e seu violão cósmico – Cerimônia de Abertura
A partir das 19h
Roberto Correa (DF)
Pé de Cerrado (DF)
QUARTA (04/11)
A partir das 19h
Ellen Oléria (DF)
Feijão de Bandido (DF)
Jah Live (DF)
QUINTA (05/11)
A partir das 19h
Ha Ono (DF)
Seu Preto (DF)
Grupo de dança Soma – com Selma Trindade
°°° FUNK COMO LE GUSTA (SP)
SEXTA (06/11)
A partir das 19h
Amanita (DF)
Etno (DF)
°°° EDDIE (PE)
SÁBADO (07/11)
A partir das 17h30
Dudu Maia (DF)
Paulinho, com participação especial do grupo Mel da Terra (DF)
Grupo Calango Cyber – espetáculo Vida de Calango
°°° WADO (AL)
°°° QUINTETO VIOLADO (PE)
Entrada Franca
Classificação Indicativa Livre
Mais sobre as atrações:
QUINTETO VIOLADO
História
Em 1971 surgiu em Pernambuco um grupo musical que traçava um novo caminho para a MPB. Diante da indecisão no cenário da música nacional, após a irrupção do movimento tropicalista, o QUINTETO VIOLADO apresentava uma proposta fundamentada nos elementos musicais da cultura regional, através de trabalhos de pesquisa e da própria vivência de cada um dos seus integrantes, originários da região Nordeste do Brasil.
Conseguindo extrair das mais simples manifestações populares a sua essência rítmica e melódica, o Grupo criou uma nova concepção musical, cujo traço fundamental é a interação entre o erudito e o popular, sem desfiguração, reafirmando a idéia de que toda arte é sempre a universalização do popular. Com excepcional criatividade e talento, o QUINTETO VIOLADO, em seu disco de estréia, talvez nem sequer imaginasse que, muito mais que uma nova roupagem orquestradora, estava produzindo a semente de uma mudança no modo
de sentir e expressar a música brasileira.
Já são 35 anos de trabalho, onde se intercalam pesquisas, espetáculos, discos, festivais e excursões internacionais. A saga do QUINTETO VIOLADO percorrendo o Brasil inspirado numa filosofia mambembe, desde o sul, com toda a sua influência nativista, até a Amazônia, onde os ritmos e sons da natureza falam mais alto, está hoje registrada em
livro, vídeo e mais de 47 discos lançados no Brasil e no exterior.
Além da memória, fixada em mais de um milhão de quilômetros percorridos em estradas brasileiras, conquistando e despertando o interesse das mais variadas platéias, que representam a motivação maior para sua caminhada. Hoje, há um amadurecimento cultural e profissional do grupo, que se mantém dinâmico em seu trabalho e com a consciência crítica de que não se acomodou ou fez concessões aos
modismos da indústria cultural.
Integrantes: Ciano | Claudio | Dudu | Fernando Filizola | Generino Luna | Israel Semente | Kiko Oliveira | Luciano Pimentel | Marcelo Melo | Marcio Batista | Mario Lobo | Roberto Medeiros | Sando |
Toinho Alves | Zé da Flauta
FUNK COMO LE GUSTA:
Depois de 8 anos juntos, os dez mensageiros do balanço seguem viagem . . . O Funk Como Le Gusta, altamente conceituado pela crítica e público, tem uma aplicada formação musical dedicada ao Funk, ao Samba-Soul e aos ritmos latinos e populares. A trajetória tem sido marcante, sendo mágicos os encontros criados pela banda e seus ilustres convidados. Inesquecíveis foram as participações especiais de Jorge Benjor, Elza Soares, Gerson King Combo, Fernanda Abreu, Thaíde, DJ Marky, Sandra de Sá, Maria Alcina, Marcelo D2, Seu Jorge e muitos outros. A “instituição” FCLG segue seu caminho, lançando seu primeiro DVD Funk ”ao vivo” Como Le Gusta e divulgando seus 2 álbuns, Roda de Funk (2000) e F.C.L.G. (2004).
Formado por músicos experientes que tocam com artistas consagrados como Jorge Benjor, Titãs, Zeca Baleiro, Karnak, além de produtores que atuam expressivamente no mercado artístico e publicitário, o FCLG tem músicas e álbuns lançados em diversos países como Itália, Portugal, Inglaterra, Japão, Espanha e França. Com um repertório variado e arranjos que vão do Jazz ao Drum’n bass a banda leva o público ao delírio executando seus clássicos, versões e sucessos atuais, esquentando as noites paulistanas sempre lotadas. O primeiro CD, “Roda de Funk”, está beirando a marca de 50.000 cópias vendidas (disco de ouro) e toda a discografia está disponível no iTunes Music Store.
Integrantes:
Reginaldo 16 (Trompete, Vocal) | Juliano Beccari (Teclado, Vocal) | James Muller (Vocal) | Emerson Villani (Guitarra, Vocal) | Hugo Hori (Flauta, Saxofone, Vocal) | Kuki Stolarski (Bateria) | Sérgio Bartolo (Contrabaixo) | Kito Siqueira (Saxofone) | Marcelo Cotarelli (Trompete) | Tiquinho (Trombone)
WADO
O que esquenta o sangue de wado que agora vive no verão sem fim de Alagoas é a forma como as periferias do mundo têm construído a nova música através de quase nada de matéria prima. Transformando arte bruta em estúdios caseiros, com microfones baratos e pouco conhecimento técnico, mas com muita urgência, energia e gana.
A subversão não está mais na estética do punk, domesticado e adocicado em canções de amor. O que dá voz a quem não tem voz hoje são ritmos como o funk carioca, o reggaeton e os afoxés baianos. Wado foi beber nestas astúcias da periferia para construir a estética de seu novo álbum, Terceiro Mundo Festivo.
São os ritmos terceiro-mundistas que permeiam este novo disco que também traz referências mundiais como as batidas de Timbaland, Pharrel e M.I.A. O disco é um passeio por novas levadas, americanas e africanas e também, um retorno a concisão de discurso dos seus primeiros discos.
O Começo; No Brasil; Na Europa:
No ano de 2001 Wado lança o seu primeiro CD e chama a atenção dos brasileiros para a nova safra de compositores que fazem “música inteligente”, como bem afirma o jornalista Pedro Alexandre Sanches em matéria para o jornal Folha de São Paulo.
Foi a partir deste trabalho que Wado começou a ser reconhecido e respeitado em outros estados do Brasil, figurou em muitas listas de disco como o melhor do ano. Alexandre Matias, não só colocou o Cd de Wado no topo de sua lista com também escreveu uma crítica com declarações sobre tal escolha, “e agora vem Wado, com seu excelente O Manifesto da Arte Periférica, até agora o melhor disco de 2001. Sai Daft Punk, sai Vídeo Hits - o lugar é deste catarinense radicado em Maceió que conseguiu fazer um disco com sotaque, mas sem soar pós-mangue beat. Os dois discos que mais gostei no ano passado foram o do Mundo Livre S/A e o do Badly Drawn Boy. Wado converge os dois e cria um Damon Gough sambista, praiano.” – trecho do artigo publicado no Correio Popular (SP).
Aos 25 anos Wado começa a participar de projetos envolvendo o mercado internacional, na época do lançamento de seu segundo disco, “Cinema Auditivo”, quando foi convidado para participar do Tim Festival, oportunidade em que se apresentou ao lado de bandas como Los Hermanos, Lambchop, 2manyDJs e Public Enemy. Mostrando os timbres ousados, letras marcantes e a pegada firme nos grooves.
Depois de ter rodado quase todo o Brasil apresentando seu show, Wado grava “A Farsa do Samba Nublado” e com ele é selecionado pela FUNARTE para participar do Projeto Pixinguinha, antiga e lendária atividade do Ministério da Cultura que promove o intercâmbio de manifestações musicais entre as diversas regiões do país. Assim, em 2004, Wado excursionou pelo Sul e Sudeste do país ao lado de artistas como Rita Ribeiro, Totonho e Carlos Malta.
Em 2005 a França comemora um grande evento, “O ano do Brasil na França” e a caravana da qual Wado fez parte no Projeto Pixinguinha é escolhida para representar o Brasil. Este foi o primeiro show que Wado fez na Europa, na cidade de Paris. No ano seguinte é novamente selecionado para representar o Brasil, na cidade de Berlim – Alemanha no projeto Copa da Cultura / Música do Brasil, onde apresentou seu show dançante durante a Popkomm, Feira de Música Internacional. A música de Wado já circula pelo mercado europeu através da Coletânea Brazil Luaka Bop e da Coletânea da revista Tip Popkomm, com 80 mil cópias.
Wado já esteve em de festivais como Coquetel Molotov e Rec Beat (PE) Goiânia Noise (GO), Com: tradição (SP), FMI (BSB), Feira da Música (CE) além de vários outros eventos importantes do calendário nacional.
EDDIE (PE)
A banda Eddie vem da histórica cidade de Olinda (PE), um celeiro de bandas e artistas como Alceu Valença, Chico Science & Nação Zumbi e mundo livre s/a. Com 15 anos de estrada despontou nacionalmente junto com o movimento Mangue Beat – um jovem movimento cultural que surgiu em Pernambuco no início dos anos 90 e sua sonoridade é leve e descontraída, como o próprio carnaval de OLINDA.
O Eddie mistura rock, reggae, dub, samba e frevo para fazer uma dançante batida sonora. Desde o início, a idéia era fazer som movido a experimentos, música brasileira + três acordes + etnias + diversão. Línguas diversas, se comunicar, se encontrar nos Pixies, nos Ramones, Dead Kennedys, nas divagações da música jamaicana, nas repetições, nas lições do jazz, na poesia da Bossa, na maloqueragem dos pernambucanos, nas facilidades e possibilidades que as gravações proporcionam, na mistura de pessoas diferentes, musicalidades diferentes, escolas diferentes, um processo de mutação permanente.
Com apenas dois Cds lançados, o Eddie se tornou nacionalmente conhecido quando Cássia Eller gravou a musica “Quando a Maré Encher”, no Acústico MTV de 2001. No ano passado a banda lançou seu terceiro álbum, intitulado “Metropolitano” e realizou sua segunda turnê pelo Velho Continente durante o verão europeu.
“Metropolitano” mostrou um Eddie maduro com um trabalho mais requintado e com direções precisas. Os ritmos e as temáticas urbanas marcaram o novo trabalho produzido por Fábio Trummer, vocalista e guitarrista da banda.
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