Mostrando postagens com marcador Ciência e Tecnologia. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Ciência e Tecnologia. Mostrar todas as postagens

A ciência e o Código Florestal

REINHOLD STEPHANES
O debate sobre o Código tem que caminhar na direção de encontrar amparo legal para mantermos a produção de alimentos que abastece o país

Reclamo, há tempos, que falta ciência e racionalidade ao debate sobre o Código Florestal. Porém, não me iludo que os argumentos racionais sempre prevaleçam na defesa de um ideal.
O meio ambiente é uma causa capaz de mobilizar seguidores que, de tão bem-intencionados, repudiam qualquer mudança, mesmo em áreas em que nem sequer conhecem a realidade. E quem tenta apontar alternativas é visto como inimigo da natureza, o que deixa em segundo plano os reais motivos para revisar a legislação.
Esse lapso ficou claro no seminário da Frente Parlamentar Ambientalista, da qual participo, com membros da SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência) e da Esalq-USP (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz).
Sob a aprovação do público, técnicos defenderam três teses, com as quais há consenso: o Código Florestal de 1934 e o de 1965 foram feitos com base na ciência; a agricultura deve crescer por produtividade e sem avançar em novas áreas; e, antes de desmatar, áreas degradadas devem ser recuperadas.
Portanto, o seminário nenhuma novidade trouxe ao debate, embora a discussão seja oportuna já que votaremos o projeto que altera o atual Código. E isso vai ocorrer para simplificar legislação com mais de 16 mil itens e longe de ser aquela definida pelos especialistas em 1965.
Na verdade, 80% das normas tiveram mudanças profundas de conceito, principalmente por meio de medida provisória que, em 2001, deixou de fora do processo produtores, Ministério da Agricultura e cientistas. Desde os códigos de 1934 e 1965, houve novidades expressivas na ciência agrícola, como a descoberta da fixação biológica de nitrogênio e o plantio direto na palha.
O primeiro permitiu alimentos mais baratos e saudáveis e valeu a indicação ao Prêmio Nobel de Química, em 1997, da pesquisadora da Embrapa Johanna Döbereiner, que aperfeiçoou o processo. O segundo chegou ao Brasil nos anos 1970, sendo eficiente no controle da erosão, reduzindo custos e aumentando a produtividade.
Ambos se aliam a outras técnicas modernas difundidas pela Embrapa, por 17 unidades estaduais de pesquisa e por instituições afins.
A prova incontestável do avanço da ciência agrícola está nos números, conhecidos por líderes e dirigentes do setor: a produção vem crescendo 3% ao ano, por aumento de produtividade e sem expansão da área de plantio.
Além disso, nos últimos dez anos, somos o país que mais cresce em eficiência. Também a recuperação de áreas degradadas já é realidade no campo e na Embrapa, sendo orientação de governo, com financiamento aos produtores. A questão concreta que o seminário ignorou é o que acontecerá, em três meses, quando se tornar inviável um milhão de pequenas e médias propriedades, em áreas consolidadas há décadas, por cumprir uma legislação elaborada sem critérios técnicos?
Quando for proibido o plantio em encostas e morros, o que será feito com as plantações de maçã em São Joaquim (RS); com cafezais em Minas Gerais e no Espírito Santo; e com os vinhedos e arrozais do Rio Grande do Sul? Como retirar dos agricultores o direito de produzir e até de viver nessas regiões? E como isso vai afetar o bolso dos trabalhadores? Essas são questões práticas que se colocam.
O debate sobre o Código tem que caminhar na direção de encontrar amparo legal para mantermos, de forma sustentável, a produção de alimentos que abastece o país e mais de 180 mercados fora daqui.
Não podemos deixar que prevaleçam posições ideológicas e doutrinárias, afetadas pelo preconceito contra o campo daqueles que nem sequer conhecem o meio ambiente que defendem. Estou certo de que há ciência disponível para equilibrar o desejo de ambos os lados.

REINHOLD STEPHANES, economista, é deputado federal pelo PMDB/PR. Foi ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (governo Lula).

Dilma curte o carnaval no Inferno

A presidente Dilma Roussef passará o carnaval conhecendo os trabalhos na Barreira do Inferno.

Barreira do Inferno garante seu futuro na pesquisa espacial brasileira

Visão geral do Centro de Lançamento da Barreira do Inferno, em Parnamirim (RN).

Foto: Ichiro Guerra/PR

O pioneiro Centro de Lançamento da Barreira do Inferno (CLBI), próximo à Natal (RN), que hospedará a Presidenta Dilma Rousseff em seu descanso de carnaval, renova seus planos para manter-se como importante centro para as atividades espaciais brasileiras.

Embora tenha passado a dividir as atenções do público com o Centro de Lançamento de Alcântara (MA), a base potiguar, localizada no Centro de Parnamirim, continua recebendo investimentos, e está pronta para lançar, em abril próximo, o foguete Improved Orion. O CLBI está sendo modernizado para se adequar às atividades de lançamentos suborbitais, uma das ações previstas no Programa Nacional de Atividades Espaciais (Pnae), coordenado pela Agência Espacial Brasileira (AEB).

Hotel de trânsito dos oficiais do Centro de Lançamento da Barreira do Inferno

onde ficará hospedada a presidenta Dilma Rousseff no feriado de carnaval.

Foto: Ichiro Guerra/PR

Para o lançamento de abril, a Barreira do Inferno recebeu em 2010 investimentos de R$ 2,36 milhões, destinados a melhorias que envolvem a reforma do lançador principal, ampliação da casamata de proteção dos técnicos durante os lançamentos, além de novas construções, como o prédio de montagem de motores e um laboratório para experimentos científicos. Esse investimento está incluído no orçamento total do CLBI, que foi de R$ 7,8 milhões em 2010, incluídas as despesas de custeio administrativo de todas as atividades do Centro.

Setor de lançamento de foguetes da Barreira do Inferno,

em Parnamirim (RN). Foto: Ichiro Guerra/PR

As melhorias, segundo o Comando da Aeronáutica, incluem reformas em equipamentos e novas instalações do CLBI, além das citadas. “Na área da preparação e dos lançadores, por exemplo, está prevista a instalação de um sistema contra descargas elétricas”, disse o chefe da Divisão de Operações (Dop), engenheiro Dolvim Dantas.

O Lançador Universal é um bom exemplo de como estas mudanças podem alavancar as atividades do CLBI. Conforme o engenheiro, o Lançador atende à grande maioria dos foguetes suborbitais espalhados pelo mundo, com capacidade para lançamentos de até 14 toneladas. “A reforma do Universal abre portas para que a comunidade internacional utilize nosso sítio”, explicou.

Outro lançador, o MRL -- primeiro lançador de artefatos do CLBI, Fabricado em 1966 nos Estados Unidos- também passou recentemente por uma revisão geral de seus componentes. Nessa revisão, foi refeito o seu fuso em aço SAE 4140. Conforme o chefe da Subdivisão de Preparação e Lançamento do CLBI, engenheiro elétrico Cromácio Barros, o lançador tem capacidade para foguetes com peso de até 7,5 toneladas.

Barreira é complementar a Alcântara

O diretor do CLBI, coronel-aviador Luiz Guilherme Silveira de Medeiros, explica que o Centro de Parnamirim e o Centro de Lançamento de Alcântara (CLA) são complementares entre si no atendimento das necessidades do Programa Espacial Brasileiro.

O CLBI tem capacidade para lançar foguetes de pequeno e médio porte, possui ampla estrutura para o rastreamento e equipamentos, como radares, indispensáveis para as operações. Por meio de acordo com a Agência Espacial Européia, por exemplo, o CLBI monitora a trajetória do foguete Ariane 5, lançado a partir da Guiana Francesa, além do apoio aos lançamentos de grande porte do CLA.

“O acompanhamento da trajetória do foguete é fundamental. Se o foguete estiver em trajetória distinta, tem de ser destruído, por questões de segurança”, afirma o diretor do CLBI.

Nos últimos anos, os investimentos realizados no CLBI ampliaram a capacidade operação da unidade. As informações obtidas no rastreio de foguetes podem ser transmitidas on-line, por exemplo, diferentemente do que ocorria no passado, quando eram necessárias fitas magnéticas e o envio dos dados por avião.

Outros equipamentos do CLBI, como radares, ajudam a monitorar as áreas previstas para a queda da cápsula das sondas, em alto mar, para que não ocorram acidentes. Também produzem informações, como dados meteorológicos, indispensáveis para a decisão de lançar ou adiar o foguete.

Há plano de o local ser utilizado em projeto de lançamento com a Alemanha, com o emprego de um lançador móvel.

UMA HISTÓRIA DE PIONEIRISMO

Lançamento do foguete Skua no Centro da Barreira do Inferno,

em Parnamirim (RN). Foto: FAB

Com a criação do Centro Técnico de Aeronáutica (CTA), nos anos 50, começou no país um novo pensamento para o desenvolvimento dos programas aeroespaciais. Em 1960, o presidente Jânio Quadros criou uma comissão para dar os primeiros passos para a elaboração de um programa nacional de exploração espacial.

O resultado foi a formação, em agosto do ano seguinte, do Grupo de Organização da Comissão Nacional de Atividades Espaciais (GOCNAE), com sede em São José dos Campos, subordinado ao Conselho Nacional de Pesquisas (CNPq), com o propósito de sugerir a política e o programa de envolvimento do Brasil em pesquisas espaciais.

O GOCNAE instalou-se no CTA e iniciou suas atividades com equipamentos cedidos pela NASA e pesquisadores militares e civis do Ministério da Aeronáutica.

Com esse grupo, o Brasil participou de pesquisas internacionais nas áreas de astronomia, geodésica, geomagnetismo e meteorologia. A comissão, conforme o brigadeiro-do-Ar Hugo de Oliveira Piva, contou com a participação de franceses e, principalmente, de americanos. “Tivemos muito ajuda da NASA. Eles já traziam tudo pronto”, lembra o Brigadeiro, ressaltando, ainda, que “naquela época existia uma pressão dos países desenvolvidos para que o Programa Espacial Brasileiro não evoluísse ao ponto de desenvolver sua própria tecnologia”, completa.

Personalidade marcante do Programa Espacial Brasileiro e conhecido como o “Von Braun brasileiro” – cientista alemão tido como o pai do foguete Saturno 5, que levou os astronautas americanos à Lua, o brigadeiro Piva recebeu o título summa cum laude, dado ao aluno que durante todo o curso e em todas as disciplinas tenha recebido média igual ou superior a 9.5, numa escala de 0 a 10.

Foi então, com a ambição de não apenas se envolver em pesquisas internacionais, mas também de desenvolver sua própria tecnologia espacial, que surgiu no Brasil em 1964 o Grupo de Trabalho e de Estudos de Projetos Espaciais (GETEPE), que também se instalou no CTA e tinha como principal foco os campos de lançamentos. “Os engenheiros do programa espacial sabiam que tinham uma longa caminhada pela frente, mas estavam envolvidos no empreendedorismo que reinava na época, conta o Brigadeiro Piva sobre os primeiros “foguetes”, apelidados carinhosamente de busca-pé”.

Em dezembro de 1965 ocorreu o lançamento do primeiro foguete em solo brasileiro, era um foguete de sondagem de fabricação norte-americana – o Nike Apache. Em 66, começou o Projeto EXAMENT para estudos da atmosfera em altitudes de 30 a 60 km.

No final da década, o GETEPE foi desativado e deu origem ao Instituto de Atividades Espaciais (IAE), no CTA. O Instituto ficaria responsável pelos projetos de pesquisa e desenvolvimento de foguetes, cabendo ao Centro de Lançamento da Barreira do Inferno (CLBI) a parte operacional de lançamento de vários foguetes estrangeiros, e os nacionais SONDA I, II, III e IV.

Desde então, com a criação do CLBI, já foram realizados quase três mil lançamentos de foguetes para organismos nacionais e estrangeiros, assim como a unidade participou de quase 200 rastreios da família européia de lançadores Ariane, lançados de Kourou, na Guiana Francesa.

Apesar de na década de 60 o Brasil não ter conseguido o efetivo lançamento operacional de foguete, o SONDA I, foi a grande escola do Programa Espacial Brasileiro, no qual houve os primeiros passos.

IMPORTÂNCIA DOS CENTROS DE LANÇAMENTO


As falésias no Centro de Lançament de Lançamento da Barreira do Inferno,

em Parnamirim (RN). Foto: FAB

Os Centros de Lançamentos são fundamentais na atividade espacial, tanto para o lançamento de veículos de pesquisa, quanto para a colocação de satélites em órbita e, ainda, pela sua capacidade de rastrear engenhos espaciais.

Cabe ao Centro de Lançamento:

Antes da decolagem:
- Estabelecer os procedimentos operacionais e de segurança específicos para cada tipo de operação
- Coordenar as atividades de preparação e de lançamento, incluindo os cuidados com a segurança das pessoas e dos meios envolvidos no processo
- Realizar cálculos da trajetória do veículo e dos pontos de impacto dos estágios a serem descartados após a decolagem
- Avaliar as condições críticas para teledestruição do veículo, caso haja necessidade, por motivos de segurança

Depois da Decolagem:
- Coletar e processar os dados relativos à trajetória do veículo e aos parâmetros de desempenho da carga-útil
- Avaliar, continuamente, as condições de segurança de voo e, se necessário, teledestruir o veículo
- Acompanhar a trajetória até atingir o ponto de injeção em órbita (para veículos orbitais) ou solo (para veículos suborbitais)

Fonte: Agência Espacial Brasileira (AEB)

A hora e a vez da ciência e tecnologia

Deputados apontam, como prioridades para a área de ciência e tecnologia nesta legislatura, o aperfeiçoamento do marco regulatório de incentivo à pesquisa e à inovação, a ampliação dos recursos orçamentários para o setor, o fortalecimento do programa espacial brasileiro e a concretização do Plano Nacional de Banda Larga. As prioridades coincidem com as propostas defendidas pelo novo ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, em seu discurso de posse. Ele também destacou como prioridade a transição para uma economia “verde e criativa”, com sustentabilidade ambiental.

Carros com chip no DF já em 2010

Correio Braziliense

TRÂNSITO
Os chips eletrônicos serão instalados em 56 milhões de carros, caminhões, ônibus e motos de todo o país

Até o início de 2014, todos os 56 milhões de automóveis, ônibus, caminhões, carretas e motos que compõem a frota nacional — incluindo os cinco milhões de veículos fabricados a cada ano — deverão estar equipados com uma placa eletrônica de identificação — um chip. Também conhecido como transponder veicular, o equipamento, que será instalado na parte interna do vidro dianteiro, atrás do retrovisor, servirá para fornecer informações para ajudar no controle de tráfego e coibir furtos, roubos, sequestros, clonagem e inadimplência. Brasília será uma das primeiras cidades a implantar o dispositivo. A informação foi confirmada ontem pelo Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) e pelo secretário de Transportes do Distrito Federal, Alberto Fraga.

O coordenador-geral de Planejamento e Estratégico do Denatran, Antonio Sergio Calmon, que apresentou ontem os aspectos técnicos da novidade, enumerou as utilidades do sistema para o dia a dia dos proprietários de carro. “O principal objetivo é planejar e implantar ações de combate a roubo e furto de veículos e cargas, mas essa mesma placa pode ser utilizada em estacionamentos e pedágios”, afirma.

Cada placa custa entre R$ 6 a R$ 30 e varia de acordo com o fabricante. As informações do chip instalado no automóvel serão repassadas a antenas em rodovias e avenidas de todo o país. O Denatran garante que não haverá invasão de privacidade e que as informações serão repassadas apenas aos Departamentos de Trânsitos (Detrans) e polícias.

Em Brasília, o sistema deve estar nas ruas já em 2010 e vai atuar inicialmente na caça aos motoristas inadimplentes e na redução do roubo de carros. Alberto Fraga não prevê aumento do Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) no próximo ano.

Internet pela televisão leva ciência ao interior do Amazonas

O Pará continua perdendo pontos quando comparado com o vizinho Amazonas no campo da Educação, Ciência e Tecnologia.

Notícia da Agência Brasil dá conta que um estúdio montado pela Universidade do Estado do Amazonas (UEA) em Manaus vai garantir a transmissão de aulas, minicursos, palestras e mesas-redondas para estudantes do ensino fundamental, médio e superior de todos os municípios do interior do estado.

A iniciativa faz parte da programação da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, que ocorre simultaneamente em todo o país até o próximo domingo.

Com a ajuda da tecnologia internet por televisão (IPTV), os estudantes do interior do Amazonas poderão ter acesso à programação organizada em Manaus. No total, 700 pontos de recepção interativa foram instalados em salas de aula da UEA e em escolas da Secretaria de Educação do Amazonas.

Na capital do Amazonas, a base das atividades está localizada na zona leste, no Clube do Trabalhador do Serviço Social da Indústria (Sesi). No local foi montada a estruturada da Estação Ciência que reúne a exposição de 60 estandes de instituições, empresas e escolas. Para a reitora da Universidade Federal do Amazonas, Márcia Perales, a programação representa uma oportunidade única para que as instituições apresentem o que já produzem em laboratório e, assim, contribuam para a popularização da Ciência.

"Essa relação sociedade-academia é muito mais próxima e presente atualmente. A produção científica não tem sentido se não houver inclusão e divulgação para a população", ressaltou.

Este ano,o tema da semana nacional é Ciência no Brasil. No Amazonas, o evento contará também com exposições itinerantes e atividades como as Portas Abertas iniciativa que será realizada por 38 instituições com mais de 200 oficinas e 400 palestras em todo o estado.

Uma das principais instituições de pesquisa sobre a Amazônia no mundo o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) organizou centenas de ações especialmente para a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia.

De acordo com o coordenador de Extensão do Inpa, Carlos Roberto Bueno, o Instituto contabiliza até o momento cerca de 150 atividades em todo o Amazonas, além de ações no núcleo do Acre e exposição da barraca Amazônia Noturna, em Brasília. Para o estande do Inpa no Clube do Trabalhador em Manaus, a expectativa é que cerca de 50 mil pessoas visitem o local.

O Inpa também organizou uma exposição no Colégio Amazonense Dom Pedro II, localizado no centro de Manaus.

Cuidado com os Numerati

O livro do jornalista Stephen Baker, de 53 anos, articulista da revista BusinessWeek desde 1987, onde cobre a área de tecnologia, alerta para os cuidados que todos devem ter com os "Numerati", título da obra.

"Os Numerati" formam uma elite de cientistas com a missão de vasculhar montanhas de dados em busca de padrões para descrever o comportamento humano.

Segundo ele, os "Numerati" querem criar um modelo virtual de cada consumidor do planeta, usando-o para analisar nossas ações no mundo on-line e oferecer produtos no exato instante em que os desejarmos. Um exemplo de seu poder? Eles ajudaram Barack Obama a vencer as eleições americanas.

"Uma nova elite de cientistas tem o poder de vasculhar nossa vida no mundo on-line", diz o escritor.

Época entrevistou o jornalista.

Stephen Baker – São uma elite global de cientistas da computação e matemáticos que analisam todos os nossos movimentos. Eles vasculham montanhas de dados à procura dos nossos padrões de comportamento, para poder prever o que iremos comprar, em qual candidato votaremos ou qual trabalho faremos melhor. Alguns tentam até mesmo encontrar possíveis casais. O Google e a IBM estão infestados de Numerati.

ÉPOCA – Eles são perigosos?

Baker – É preciso ter cuidado com eles. Têm um poder sem precedentes para desvendar nossos segredos. E cometem erros o tempo todo – porque lidam com estatística e probabilidade. O poder deles sobre sua vida depende de quanta informação particular você quer deixar nas mãos de uma única empresa. Você pode preferir dividir seu relacionamento on-line entre várias empresas.

Mais aqui.

Células-tronco ― falta a verba para a pesquisa

Cabe ao governo, na sua representação do Ministério da Ciência e Tecnologia ser o indutor de passo estratégico em busca do financiamento, sobretudo público, para o financiamento das pesquisas em células-tronco embrionárias.

O país têm um quadro de brilhantes cientistas geneticistas do mais alto nível, apesar dos baixos salários.

Estamos na vanguarda do mapeamento do genoma humano e de outros seres, inclusive vegetais, o que tornou a Embrapa uma referência internacional colocando o Brasil como o celeiro de produção de proteína animal através dos resultados extraordinários de anos de pesquisas conseguidos com o melhoramento genético do rebanho comercial brasileiro, tornando o país o maior exportador de carnes―e, ainda, na produção de alimentos e biodiesel. Neste último item, causamos inveja até nos poderosos americanos.

Portanto, se houver a esperada simbiose entre incentivo governamental à pesquisa pura e aplicada e a necessária injeção de recursos do capital privado nos centros de pesquisas de reconhecida excelência espalhados pelo país, o Brasil começa, efetivamente, a entrar pela porta da frente no time das maiores potências do mundo.

Células-tronco ― STF garante o avanço da ciência brasileira

Se depender do Supremo Tribunal Federal ― em votação histórica ― em placar apertado, os cientistas brasileiros têm meio caminho andado para colocar o país na vanguarda das pesquisas, sem restrição, de células-tronco.

A decisão estava ameaçada pela obscuridade religiosa que acomete alguns dos ministros, mas, por seis votos a cinco, o STF liberou as pesquisas com células-tronco embrionárias, no julgamento sobre a constitucionalidade da lei de Biossegurança. Ela prevê que os embriões, para serem usados nas pesquisas, estejam congelados há três anos e veta a comercialização do material biológico. O julgamento começou em março, foi interrompido e reiniciado na quarta-feira. Novamente adiado, ele foi retomado nesta quinta-feira e durou cerca de cinco horas. O presidente do STF, o ministro Gilmar Mendes, considerou a decisão um “marco” para o país e é mesmo.
Milhares de brasileiros esperam pelo resultado das pesquisas que podem, literalmente, mudar as suas vidas.

Um novo modo de coberturea jornalística

Filas do iPhone ao vivo na web mudam o jornalismo mais uma vez, diz blog

A cobertura das filas de espera pelo iPhone indica um caminho para o jornalismo e representou uma mudança profunda na maneira de contar uma historia, diz o respeitado blog BuzzMachine. "O evento foi coberto ao vivo, em video, pelas pessoas que estavam na materia diretamente para a internet e para o publico, sem as empresas jornalísticas" - diz o jornalista Jeff Jarvis, criador do blog. Compara com o que ocorreu em abril, quando o massacre de Virginia Tech foi coberto pelos estudantes, mas o conteudo em video foi para a web mais de 1 hora depois. Quando uma noticia está sendo transmitida ao vivo por quem está testemunhando ou vivendo o fato, a relaçao com os veiculos tradicionais muda - os jornalistas nao podem editar, censurar, nao podem intermediar. "Tudo o que as empresas jornalisticas podem fazer é linkar ou nao linkar para o que nós, as testemunhas, estamos colocando no ar enquanto as noticias estao acontecendo". Blue Bus

Mais investimentos para ciência e tecnologia na Amazônia

Até 2010 não haverá contingenciamento de recurso para ciência, garante diretor do MCT

Mais investimentos para ciência e tecnologia na Amazônia e zero contingenciamento de recursos para essa área na região. Essas solicitações foram feitas por parlamentares da Comissão da Amazônia, Integração Nacional e de Desenvolvimento Regional (CAINDR), na manhã de hoje (21/5), durante audiência pública que tratou das dificuldades enfrentadas pelos setores de educação, técnico e científico na região. O evento atendeu a requerimentos da presidente da Comissão, deputada Vanessa Grazziotin (PcdoB-AM) e do deputado Henrique Afonso (PT-AC).

O Diretor do Departamento de Ações Regionais do Ministério de Ciência e Tecnologia, Leonardo Hamur, disse que o Ministério tem desenvolvido um trabalho junto com os Comitês gestores dos Fundos Setoriais e os próprios setores de pesquisa do País para que haja o descontigenciamento desses recursos.

“Desde o ano passado já há uma liberação gradual desses recursos. Está sendo executada uma diminuição no volume reservado para contingência. Trabalhamos para que que até 2010 não haja mais nenhum tipo de contingenciamento”, destacou Hamur.

O contigenciamento de recursos para a área de ciência e tecnologia da Amazônia foi apontado, pelos parlamentares, como um dos principais entraves para o desenvolvimento da região. E também a causa da desigualdade no desenvolvimento da área científica existente hoje entre os Estados da Amazônia e os do Centro Sul do País.

Porém, Leonardo Hamur disse que o Governo hoje trabalha com atendimento a demandas. “Queremos ouvir as demandas da Amazônia. É um quebra de paradigmas adotada pelo atual Governo”. Ele avalia que a “culpa” pela pouca quantidade de recursos destinada a pesquisa na Amazônia não deve ser imputada só ao Governo.

“Há necessidade de que o setor de pesquisa também entenda o que é demandado pelo setor produtivo estabelecido na região como as populações ribeirinhas, das áreas de várzea, índios, setor produtivo da floresta, da zona urbana e outros. Eles precisam estabelecer o que querem como demanda tecnológica e a Academia precisa voltar seus estudos para atender a esse anseio do setor produtivo. E aí sim, o Governo Federal pode estabelecer políticas para atender a esse entendimento”, defendeu Leonardo Hamur.

Hamur disse ainda que hoje, devido aos poucos recursos, existe necessidade de extrema otimização. “Somos reféns de uma pesquisa voltada para resultados. Também não podemos, aqui de Brasília, direcionar recursos para a Amazônia sem que os setores que buscam essa inovação tecnológica possam fazer uso do resultado dessa pesquisa. A pesquisa pela pesquisa é um produto extremamente caro. A pesquisa precisa ser orientada para resultados que possam ser assimilados, absorvidos pelo setor produtivo”, ressaltou.

Emídio Cantídio de Oliveira Filho, diretor de Programas da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior da CAPES, destacou que os recursos são destinados para onde existe recurso humano desenvolvendo pesquisa. “A Amazônia, por suas características históricas, é uma região de baixíssima densidade demográfica. Temos um numero bastante pequeno se comparados com o de outras regiões do País. E aí, propocionalmente, os recursos disponibilizados, são poucos”, esclareceu.

O professor Spartakus Astolfi, da Universidade Federal do Amazonas, ressaltou que as atuais ações do Governo têm melhorado o ensino de base. Para ele uma das melhores formas de evitar o uso insustentável da floresta é educar o povo. Com relação formação superior e a pesquisa, ele disse que é necessário infra-estrutura para manter e fixar os pesquisadores na região. “Se não, eles se formam e vão embora”, alertou.

O presidente da Fundação Tecnológica do Acre (Funtac), João César Dotto, lembrou que além das desigualdades regionais dos investimentos em ciência e tecnologia, existem também diferenças de investimentos realizados pelos Estados da região Amazônica. “No Amazonas, por exemplo, são investidos 200 milhões e no Acre apenas R$ 20 milhões”, informou.

Dotto disse que o Acre passa por grandes dificuldades na área de infra-estrutura para pesquisa como laboratórios desatualizados, inconstância na qualificação dos pesquisadores, dificuldades de acesso aos editais, entre outras. Ele classificou como positiva a política de Governo exposta por Leonardo Hamur. “As decisões dos projetos da Amazônia têm que acontecer na Amazônia e não em Brasília”, disse.

Assessoria de Imprensa

Veja como foi a sessão solene em Homenagem à Nossa Senhora de Nazaré 2024, na Câmara dos Deputados

  Veja como foi a sessão solene em Homenagem à Nossa Senhora de Nazaré 2024, na Câmara dos Deputados A imagem peregrina da padroeira dos par...