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Lula sanciona novas regras para eleição em 2010

O presidente Lula sancionou nesta terça-feira (29) a minirreforma eleitoral com três vetos ao projeto de lei aprovado pelo Congresso. A principal mudança ficou por conta da retirada do dispositivo que submetia os debates na internet às mesmas regras impostas às rádios e às TVs.

O presidente também vetou a dedução do Imposto de Renda para emissoras de rádio e TV em relação à veiculação da propaganda eleitoral gratuita, e o parcelamento de tributos dessas empresas.

Lula ignorou os apelos do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Carlos Ayres Britto, e do ministro da Defesa, Nelson Jobim, e manteve os itens que tratam do voto impresso e do voto em trânsito para presidente.

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Engana-se quem pensa que os senadores petistas Marina Silva (AC) e Flávio Arns (PR) são os únicos insatisfeitos dentro do Senado e que a troca de legenda está restrita ao Partido dos Trabalhadores por conta da crise no Senado. No PMDB, no PSDB e até no DEM há parlamentares dispostos a trocar de partido nos próximos 45 dias para levar adiante projetos eleitorais sem espaço nas legendas que ocupam.

O senador tucano Mário Couto (PA) é um exemplo. Foi eleito com 1,4 milhão de votos, 51,87% dos votos válidos no estado. Superou até mesmo o número de votos obtidos pelos candidatos ao governo estadual. Só que o presidente do diretório do PSDB do Pará, Flexa Ribeiro, pretende colocar como candidato ao senado o ex-governador Simão Jatene.

Na semana passada, por exemplo, o senador Mão Santa (PMDB-PI) anunciou em alto e bom som na tribuna do Senado que irá deixar o PMDB. “Eles (do diretório estadual) não querem me dar o direito de ser candidato à reeleição. Que o povo não me queira, eu até aceito, mas o partido não tem o direito de querer me tirar da disputa”, reclamou.

No mesmo caminho está o senador Valter Pereira (MS), que assumiu o mandato depois da morte de Ramez Tebet. Ele gostaria de concorrer à reeleição e aguarda há meses uma definição do governador André Puccinelli sobre os candidatos peemedebistas ao Senado. Só que o governador pretende aproveitar as vagas ao Legislativo para atrair apoios, especialmente depois que o ex-ministro José Dirceu passou por lá e trabalhou a candidatura de Zeca do PT ao governo estadual. O deputado Julio Cesar (DEM-PI), também em conflito com o seu partido no estado, deseja buscar outra legenda para concorrer novamente a uma vaga na Câmara Federal.

Todos, no entanto, têm se segurado. A Casa ainda não deu sinal de que pretenda aprovar a janela para trocas partidárias. E, como está cada vez mais próximo o prazo de um ano para filiação partidária com vistas ao pleito de 2010, ninguém quer abrir a porteira agora. O receio dos grandes partidos é que a aprovação de um projeto que permita a alteração do prazo de filiação leve os que hoje mandam na Casa a perder espaço. Por isso, a ideia é manter o prazo de um ano antes da eleição. Sendo assim e diante da morosidade da Justiça em julgar os processos por troca de partido, quem mudar de legenda dificilmente perderá o mandato.

Os insatisfeitos

Flávio Arns (PT – PR)
O senador afirmou estar envergonhado diante do apoio dos petistas ao presidente da Casa, José Sarney (PMDB – AP). “Me envergonha estar no Partido dos Trabalhadores com o comportamento que está tendo”, afirmou, após arquivamento de denúncias contra o cacique político.

Marina Silva (sem partido – AC)
Militante do PT há 30 anos, a senadora deixou a legenda nesta semana, com o argumento de que ia “em busca do sonho” de lutar pelo desenvolvimento sustentável do meio ambiente. O PV afirmou que a filiação de Marina deve ocorrer ainda neste mês.

Mão Santa (PMDB – PI)
Crítico do governo de seu estado, comandado pelo petista Wellington Dias, Mão Santa afirma não ter mais espaço no partido para disputar uma reeleição ao Senado. Para isso, considera uma possível filiação ao PPS.

Valter Pereira (PMDB – MS)
Segundo o senador, o governador André Puccinelli defendeu que até o fim deste mês haveria um debate sobre a escolha dos candidatos do partido ao Senado. Como a indefinição persiste, Pereira está avaliando uma possível transferência para o PSB, PTB, PSB ou PPS.

Mário Couto (PSDB – PA)
O senador gostaria de concorrer ao  governo do estado, mas o diretório
local apoia Simão Jatene.

Julio Cesar (DEM-PI)
O deputado piauiense está em processo de desgaste com o democratas em seu estado. Isolado, conversa com outros partidos em busca de um plano B para garantir a candidatura.

Crise política põe em risco votação de reforma eleitoral

SENADO PARALISADO

Falta de consenso em torno de Sarney já ameaça novas regras para 2010
Principal aposta do presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer (PMDB-SP), para os trabalhos legislativos do Congresso este ano, a aprovação da minirreforma eleitoral corre o risco de não vigorar em 2010 por força da crise no Senado.

A turbulência política no parlamento, que envolve a discussão em torno do afastamento do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), paralisou as votações na Casa e ameaça o calendário para a aprovação dessas regras.
O vice-líder do governo, Gim Argello (PTB-DF), reconhece que a crise, aliada às investigações da CPI da Petrobras, pode comprometer a reforma. Na semana passada, o parlamentar afirmou que esse assunto já é polêmico e que existem pontos em que aliados e oposição ainda não chegaram a um consenso. A reforma está sendo avaliada com cuidado.

– O problema é que temos até o fim do mês para aprová-la, e há o risco de as novas regras não passarem a valer em 2010 – afirma Argello.

Caso os senadores façam qualquer alteração no texto aprovado pela Câmara, a matéria ainda retorna para nova apreciação pelos deputados.

Líderes do DEM, PSDB e PDT já afirmaram que, com o impasse criado com a permanência de Sarney no comando do Senado, dificilmente se vota alguma coisa. Na semana passada, nada foi apreciado pelo plenário. Foram registradas discussões acaloradas sobre o arquivamento das representações e denúncias contra Sarney pelo presidente do Conselho de Ética, Paulo Duque (PMDB-RJ), e a ofensiva do PMDB contra o líder tucano, Arthur Virgílio (AM).

Outra iniciativa dos partidos e parlamentares que defendem o afastamento de Sarney e as investigações de denúncias contra ele pelo conselho será a apresentação de recursos para que a decisão de arquivamento seja votada pelo colegiado e, se for o caso, pelo plenário do Senado, com voto aberto.

Nesse quadro, o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) tem afirmado que enquanto José Sarney estiver “sentado na cadeira de presidente” não há qualquer condição de se votar nada na Casa.

O projeto de reforma altera regras em vigor, como a inclusão do uso geral da internet nas campanhas eleitorais e a previsão do voto impresso a partir das eleições de 2014.

O que os deputados aprovaram

DOAÇÕES OCULTAS
Se o Senado fizer alterações, o projeto retornará para a Câmara
- Continuarão permitidas as doações para campanhas via partidos políticos nas quais se perde o vínculo entre doador e beneficiado
- Doações de entidades esportivas ficam proibidas, enquanto as de cooperativas privadas serão permitidas. Doação de bens próprios passa a ser permitida, até R$ 50 mil

PROPAGANDA DE RUA
- Será vedado o aluguel de muros para publicidade

PROPAGANDA IMPRESSA
- Candidato poderá veicular até 10 propagandas num mesmo veículo na campanha, estampando o preço pago pelo anúncio

NORMAS DE VOTAÇÃO
- Fica proibido o porte de telefone celular e máquinas fotográficas dentro da cabine de votação
- O eleitor deverá apresentar título de eleitor e documento com foto
- Será permitido o voto em trânsito para presidente em todo o país

PRÉ-CAMPANHA
- Serão permitidas aos candidatos participação em programas de TV e rádio, realização de encontros em ambiente fechado e prévias partidárias antes mesmo do início oficial da campanha

PARTICIPAÇÃO EM INAUGURAÇÕES
- Será proibida para todos os candidatos no período de três meses que antecede a eleição

PROPAGANDA DE TV
- O nome de candidatos a vice ou a suplente deve aparecer com maior destaque, em tamanho não inferior a 10% do nome do titular

PUNIÇÕES E FISCALIZAÇÕES
- Partidos que apresentarem problemas na prestação de contas das campanhas apenas terão suspensão dos repasses do Fundo Partidário de forma considerada “proporcional ou razoável”

DÍVIDAS DE CAMPANHA
- Acaba a inelegibilidade de candidatos que terminarem a campanha com dívidas

JUDICIÁRIO
- Apenas as resoluções editadas pela Justiça Eleitoral até 5 de março do ano eleitoral terão validade no pleito subsequente
- Os processos de cassação de mandato passarão a ganhar prioridade de parte da Justiça. Além disso, terão prazo máximo para sua conclusão fixado em até um ano depois do pleito

Câmara pode votar mudança nas regras eleitorais

A Câmara dos Deputados se prepara para votar, nesta semana, novas regras eleitorais. O projeto de lei que trata de questões como doações online e campanha na internet foi aprovado em regime de urgência em reunião de líderes na semana passada. O texto permite, por exemplo, a propaganda de candidatos em blogs, Orkut, Twitter, Facebook e outras redes sociais. Nas últimas eleições, no entanto, de acordo com resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o espaço do candidato na rede se limitava a site oficial e ao endereço eletrônico do partido.

Fonte: CB.

Mirrou os 30%

Lei das cotas só no papel

Apesar de a legislação determinar que os partidos preencham pelo menos 30% de suas candidaturas com mulheres, as aspirantes a vereadoras representam apenas 21% do total de postulantes no país

Em São Paulo, Soninha Francine (E) e Marta Suplicy (D) estão entre as candidatas, mas situação não é melhor do que no resto do país


São Paulo — Falta de legislações que penalizem os partidos, ausência de investimento na formação de quadros, dupla jornada de trabalho, preconceito, discriminação, rótulos de todos os tipos: ainda são muitos os fatores desmotivadores para a participação política feminina. Apesar das conquistas das últimas duas décadas, as mulheres permanecem, em sua maioria, afastadas dos palanques. Levantamento feito pela Secretaria Especial de Políticas para Mulheres da Presidência da República, com base em dados divulgados até a metade de agosto pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), revela que para as eleições deste ano nem um partido cumpriu em todo o país a chamada Lei das Cotas, (Lei Federal n. 9504/97) que estabelece reserva mínima de 30% de candidaturas para mulheres.

Os números do TSE mostram que de um total de 376.962 candidatos inscritos para a disputa de vagas nas câmaras de vereadores, 297.616 (79%) são homens e 79.346 (21%), mulheres. Na corrida pelos cargos de prefeito, a realidade é semelhante. Com exceção de Porto Alegre, onde quatro homens e quatro mulheres estão em campanha pela prefeitura, nas outras 25 capitais em que há eleições o índice de participação feminina é considerado baixo. Em nove delas, nem mesmo há candidatas ao cargo de prefeito – Rio Branco, Boa Vista, Porto Velho, Manaus, São Luís, Salvador, Vitória, Cuiabá e Goiânia.

Entre 192 países analisados pela União Parlamentar Internacional (UPI), o Brasil obteve uma constrangedora 146ª posição no ranking mundial de participação feminina em casas legisladoras, divulgado em janeiro. “A Lei das Cotas foi uma conquista importante na época, mas precisamos avançar”, analisa a deputada Luiza Erundina (PSB), que defende a complementação da lei atual com outra, prevendo punições para partidos que desrespeitarem os 30%.

Cenário paulista
Há 20 anos, Erundina tornou-se a primeira mulher a se eleger prefeita de São Paulo. Em 2000, a mesma prefeitura seria conquistada pela ex-ministra do Turismo, Marta Suplicy (PT), agora novamente candidata ao comando da cidade. Mas São Paulo não está à frente do restante do país quando o assunto é mulher na política. Na atual legislatura na câmara paulistana, só há sete mulheres vereadoras. Dados do TSE indicam que, dos 1.948 candidatos aptos para a disputa por prefeituras paulistas, 189 são mulheres — apenas 9,7% do total. E das 59.086 candidaturas para mandatos parlamentares, 14.290 são de mulheres, (24,18%). Em números absolutos, o contingente feminino tentando vagas nas câmaras de vereadores caiu ligeiramente este ano em relação a 2004, quando 14.666 mulheres participaram das eleições proporcionais no estado.

A consultora política e jornalista Cila Schulman faz, no entanto, uma reflexão sobre a obrigatoriedade imposta pelas cotas: “Precisamos pensar se não acaba sendo um instrumento que leva para a política não a mulher que quer fazer uma carreira, mas aquela que vê ali um espaço e acaba ocupando.” Para Erundina, a maior responsabilidade pelo quadro atual deve ser atribuída aos partidos: “Como não há sanções caso não cumpram as cotas, não incentivam, não oferecem capacitação, formação”, afirma a deputada, lembrando que em mais de 180 anos de Poder Legislativo no Brasil, nunca houve uma mulher na Mesa Diretora da Câmara. “Precisa mais para demonstrar desigualdade e discriminação?”, questiona.

Fonte: Correio Braziliense.

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