A outra história da Aracruz Celulose

O blog está aberto para o contraditório sobre qualquer assunto desde que pautado pelas regras da educação e equilíbrio. Publico um pequeno histórico enviado por e-mail para este signatário por Ricardo Medeiros da Socioambiental Consultoria e Serviços em reportagem que o leitor poderá conferir abaixo.

O blog está aberto para a manifestação da Aracruz Celulose contestar o que Medeiros afirma se assim achar conveniente. Para tal, basta enviar um e-mail para valmutran@gmail.com que publicaremos a posição da empresa.

Ele sabia que aqui não era preciso se preocupar com o ambiente e a vida
Por Rogério Medeiros

Foto: Divulgação


Com 30 anos de idade, forte, sofisticado, elegante, charmoso, o empresário norueguês Erling Sven Lorentzen tinha uma idéia na cabeça: como Daniel Dravot (Sean Connery), ele queria ser rei.

Casado com a princesa Ragnhild, irmã do rei Harald V, tinha passaporte diplomático.

Em "O homem que queria ser rei" (filme produzido em 1975), Daniel Dravot e Peachy Carnahan (Michael Caine) são dois ex-soldados na Índia quando esta estava sob o poder dos ingleses. Vivem fazendo trapaças, viajando e aplicando golpes e fazendo pequenos contrabandos. Aventureiros, resolvem ir para o Kafiristão onde Daniel Dravot realiza seu sonho: vira rei.

Erling Sven Lorentzen escolheu o Brasil. Chegou há 55 anos, quando o País vivia mergulhado em plena ditadura militar. Seu passaporte diplomático e seus aliados lhe abriram todas as portas. No palácio do Planalto se reportava ao ditador de plantão.

O norueguês sempre conheceu estratégia e sabia escolher seus aliados: era ligado a pessoas influentes, muitas das quais se tornaram ministros. Um deles, Antonio Dias Leite, foi ministro das Minas e Energia, entre 1969 e 1973, e teve sucesso no governo do general Costa e Silva. Embora no governo esquerdista de Jango tivesse importante cargo na Vale, então uma gigantesca empresa estatal.

Lorentzen sabia que uma espécie anã na Austrália, onde era nativa, virava uma árvore gigante no Brasil. Sabia que no Espírito Santo a água era abundante, o solo rico. Que aqui o sol brilha o ano inteiro. Estas condições permitiam que o eucalipto, a espécie exótica no Brasil, crescesse como em nenhum outro lugar do planeta.

Sabia da possibilidade de transformar o eucalipto em celulose. Esta, matéria-prima principalmente do papel higiênico, de tão amplo e conhecido consumo no mundo inteiro.

Foto: Apoena



Lorentzen sabia que no Brasil não precisava ter nenhuma preocupação com os impactos ambientais que a produção da celulose causaria, entre estes a liberação de dioxinas, uma substância altamente cancerígena.

Seus aliados em Brasília haviam destacado para o comando do Espírito Santo, no grau de governadores biônicos - nomeados por eles, e não eleitos pelo voto do povo - pessoas como o advogado Cristiano Dias Lopes e o engenheiro Arthur Carlos Gerhardt Santos.

Arthur Carlos Gerhardt Santos foi o principal aliado de Lorentzen no Espírito Santo. Foi ele quem começou a preparar o terreno para o domínio da empresa que viria a ser constituída em abril de 1972, a Aracruz Celulose.

Arthur Carlos Gerhardt Santos à frente do Banco de Desenvolvimento do Estado, atual Bandes, no governo Christiano Dias Lopes Filho (final dos anos 60), foi quem fez toda a trama para entregar grande parte do território capixaba à Aracruz Celulose. A preço praticamente simbólico, as terras foram vendidas a 10 décimos de centavos o metro quadrado (a moeda, da época, era ainda o cruzeiro).

E de quem eram as terras compradas pela Aracruz Celulose com a armação dos governos do Espírito Santo e dinheiro do governo federal?

As terras indígenas que lhes restaram nas últimas décadas totalizavam cerca de 40 mil hectares. Quando a Aracruz Celulose tomou posse da terra dos índios, o seu território não estava mais inteiro. Os índios já dividiam parte dele com posseiros, que chegaram nos anos 40, e que se aproveitaram do sistema deles de rodízio de plantio agrícola para se instalar em pequenas glebas, dedicando-se ao fabrico do carvão vegetal para a Companhia Ferro e Aço (hoje Belgo, da transnacional ArcelorMittal).

O Sindicato do Crime em cena

Foto: Ricardo Medeiros


Arthur Carlos Gerhardt Santos, sob o falso pretexto de que não existiam mais índios na região, fez o governo (Cristiano Dias Lopes) transferir as terras dos Tupinikins para a empresa, pelo valor simbólico de 10 décimos de centavos o metro quadrado.

A tomada das terras indígenas não foi gratuita. Nesta época, Arthur Carlos Gerhardt Santos - cujo grau de cumplicidade com a Aracruz Celulose era de tal monta, que foi ser seu presidente logo após deixar o governo do Estado - já era governador.

Lorentzen sabia que era estratégico, da parte da Aracruz Celulose, tirar primeiro os posseiros do território indígena. Através do seu chefe de segurança, coronel PM Argeu Furtado, trouxe para a área o major Orlando Cavalcante com o seu grupo de militares. Por essa ocasião, o major já era um dos oficiais mais temidos da Polícia Militar e acostumado a lidar com posseiros no interior do Estado em favor dos grandes proprietários. Agia como integrante de uma entidade criminosa conhecida como Sindicato do Crime.

Prendendo, torturando, espancando, ele não só retirou todos os posseiros de suas posses como também extraiu, com a cumplicidade dos cartórios, toda a documentação necessária para legalizar a transferência das terras para a Aracruz sem alusão a terrenos indígenas. Uma artimanha utilizada que transformou esses posseiros em donos das terras Tupinikins. Os índios então se dispersaram. Os que ficaram se concentraram em apenas quatro aldeias (existiam 32 na região).

A Aracruz Celulose de Lorentzen, para preparar o terreno para plantios de imensos eucaliptais, a matéria-prima por excelência da celulose e que fica pronta para produção em sete anos (na Europa são décadas), foram destruídos pelo menos 50 mil hectares de mata atlântica primária ou em avançado estágio de regeneração, com tudo o que estivesse no local, por correntões puxados por dois tratores.

Devastação em fotos

Foto: Ricardo Medeiros



Fotos, entre as quais da Força Aérea Brasileira (FAB) feitas antes e depois da implantação da empresa, provam a devastação da mata nativa. A destruição de toda a biodiversidade na área é de fácil verificação em solo.

Só em 2008 os índios conseguiram recuperar 18.027 hectares do que foi tomado.

Com sua idéia na cabeça, Lorentzen também sabia que precisava de muita terra para abastecer suas futuras fábricas. Havia quilombolas no norte do Estado e todo o seu território para conquistar.

Na sua estratégia para afastar os quilombolas de seus territórios, mais uma vez a empresa de Lorentzen emprega mão-de-obra bandida: usou como seu principal testa-de-ferro o tenente Merçon, do Exército. No máximo, o militar consentia em pagar valores irrisórios aos que resistiam.

Os negros então foram forçados a abandonar cerca de 50 mil hectares, principalmente no norte do Estado, no antigo território de Sapê do Norte, formado pelos municípios de Conceição da Barra e São Mateus.

As pesquisas realizadas pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) apontam que os negros foram forçados a abandonar suas terras: em Sapê do Norte existiam centenas de comunidades na década de 70, e hoje restam 37. Ainda na década de 70, pelo menos 12 mil famílias de quilombolas habitavam o norte do Estado: atualmente resistem, entre os eucaliptais, canaviais e pastos, cerca de 1,2 mil famílias.

Foto: Ricardo Medeiros



Nos seus territórios foram plantados eucaliptos, com emprego de gigantescas quantidades de agrotóxicos, que formam um mar de venenos agrícolas na região. Os poucos quilombolas que resistiram em minúsculas áreas em meio aos eucaliptais - que desertificam o solo, acabando com a água - são contaminados pelos agrotóxicos. Muitos morreram!

Quatro décadas depois, os quilombolas ainda lutam para retomar o seu território de Lorentzen.

Mutilados e abandonados

Dos trabalhadores da Aracruz Celulose, centenas, senão milhares, ficaram mutilados e foram abandonados pela empresa.

A Aracruz Celulose de Lorentzen, ainda com favores da ditadura militar e de seus agentes no Espírito Santo, também ocupou e explora terras devolutas, cuja destinação por lei tem de ser para a reforma agrária, como as da fazenda Agril.

Lorentzen tinha como meta construir uma gigantesca fábrica, e sabia onde obter o dinheiro. Durante a ditadura militar, em situação desfavorável para a celulose no mercado internacional, o governo brasileiro assumiu a construção das fábricas no Espírito Santo. Depois, com o mercado internacional reaquecido, praticamente doou a maioria das ações ao setor privado.

Hoje a Aracruz Celulose é do grupo Lorentzen (28%), Safra (28%) e Votorantim (28%) e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES (12,5%).

Da mesma maneira que ganhou as fábricas, também recebeu um porto, o Portocel, em Aracruz, para movimentar suas cargas.

Foto: Apoenao



Lorentzen sabe que é vantajoso continuar com a parceria do governo federal. Na composição acionaria da empresa, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) tem 12,5% das participações. De todos os governos federais o norueguês recebeu e recebe favores. Foi assim também na construção da Veracel.

A produção das usinas da Aracruz Celulose no País já superam 3 milhões de toneladas anuais de celulose branqueada de fibra curta de eucalipto. Além das unidades de Barra do Riacho, em Aracruz, tem fábricas em Guaíba, no Rio Grande do Sul, e a Veracel, na Bahia. E vai construir três outras em Minas Gerais. A empresa vai aumentar sua produção para sete milhões de toneladas anuais de celulose, pois o mercado continua ávido.

Generosidade com políticos

Lorentzen sabe que é preciso ser generoso com os políticos. Ajuda a praticamente todos, como o governador Paulo Hartung, no Espírito Santo, senadores, deputados federais e estaduais, vereadores, prefeitos. Até as campanha dos presidentes da República recebem recursos da empresa.

Sua idéia na cabeça é fixa. Vai crescendo o seu poder. Seus bajuladores parecem formar um exército incontável. Ainda com o sotaque norueguês, Lorentzen subiu à tribuna da Assembléia Legislativa capixaba para agradecer os elogios: "Tenho muita satisfação de trabalhar ao longo desses 40 anos com brasileiros tão dedicados", afirmou.

Na rasgação de seda haviam se esbaldado muitos dos deputados. Foi lembrado que da época da fundação da empresa, o então presidente Ernesto Beckmann Geisel - quarto presidente do regime militar no Brasil, se referiu a Lorentzen como um "norueguês maluco" por sua idéia de criar um mundo de celulose.

Os bajuladores se superaram. Um deles, emocionado, diz: "Na época todos duvidavam desses novos e inusitados investimentos em eucalipto. Pois bem, senhor Lorentzen, o Espírito Santo e o Brasil agradecem por ter sido maluco a ponto de ajudar a fundar uma empresa mundialmente importante".

Foto: Divulgação

Haakon: filho e sucessor de Lorentzen
Na efetivação de sua idéia, a empresa de Lorentzen construiu um imenso latifúndio. Admitiu ter 211,2 mil hectares plantados com eucalipto em 2007. No total, a empresa tinha no Brasil no ano passado 456 mil hectares. Em 2006, segundo suas informações, a empresa tinha 279 mil hectares de plantios renováveis de eucalipto, e outros 154 mil hectares, totalizando naquele ano 433 mil hectares.

Lorentzen conseguiu, com sua idéia na cabeça, tornar a Aracruz líder mundial na produção de celulose branqueada de eucalipto: a empresa responde por cerca de 30% da oferta global do produto, 57% da celulose vendida destinada à produção de papéis sanitários. Da demanda de 2005, a Europa comprou 43,3% do total e a América do Norte, 35,1%.

A idéia original de Lorentzen o levou a criar um grupo, a Aracruz como holding: Companhia de Navegação Norsul e Ideiasnet. Seu filho Haakon o representa agora nos negócios desde que se aposentou. Lorentzen tem hoje 85 anos, dos quais 55 no Brasil. Todo ano desfruta suas férias na Noruega velejando no seu barco Saga. Ainda é um norueguês autêntico.

Lorentzem tem tem 50% da Arapar. A outra parte pertence a um pool de investidores financeiros liderado pelas famílias Moreira Salles e Almeida Braga.

No último dia 6, o Grupo Votorantim, integrante do bloco de controle da Aracruz Celulose S.A., ofereceu R$ 2,71 bilhões (1,004 bilhão de euros ou 1,67 bilhão de dólares, cotação em 15 de agosto de 2008), correspondentes a 127.506.457 ações ordinárias do grupo Arapar.

Erling Sven Lorentzen, o homem que virou rei, aceitou.

Unger defende revisão da política para índios brasileiros

clipped from g1.globo.com

O ministro-chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE), Roberto Mangabeira Unger, defendeu hoje a revisão da política indigenista brasileira, que, segundo ele, é ao mesmo tempo magnânima e cruel em relação aos índios, que acabam expostos à desintegração social. Também coordenador do Plano Amazônia Sustentável (PAS), Unger disse que os índios devem poder escolher se vão permanecer ou não nas suas culturas originais e
que, para isso, devem ter oportunidades educativas e econômicas.

Em palestra na Coordenação dos Programas de Pós-graduação de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ), Unger atacou a visão da antropologia que, de acordo com ele, encara a história não como história de indivíduos, mas de culturas a serem preservadas.
"Reservamos uma parte grande do nosso território nacional aos indígenas", disse o ministro, no debate "Amazônia: a Floresta em Pé para Quem?".

Mais aqui.

blog it

Mozarildo quer que Subcomissão da Amazônia investigue denúncias de conflitos na região

clipped from www.senado.gov.br

Preocupado com o que considera uma ameaça à soberania da floresta, o senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR) quer que a Subcomissão Permanente da Amazônia, vinculada à Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE), investigue, desde já os problemas arrolados em seu pedido de instalação de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar denúncias de conflitos na região. Ele anunciou que irá pedir brevemente a convocação, na subcomissão, do ministro de Assuntos Estratégicos, Mangabeira Unger, para tratar das propostas da pasta para a Amazônia.

Na justificação do requerimento de criação da CPI, Mozarildo solicita a investigação do conflito referente à demarcação da reserva indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima, entre outras reservas, e os problemas envolvendo a soberania nacional nas áreas de fronteira, como o tráfico internacional e as guerrilhas. O parlamentar pretende que seja averiguado se as fronteiras do país estariam ameaçadas com a demarcação de reservas indígenas junto a elas.

Continue lendo aqui.
blog it

Na expectativa de decisão do STJ, índios fecham passagem de marcha ruralista

Vejam como está o clima em razão do impasse da confirmação do irresponsável decreto que cria em área contínua a Reserva Indígena Raposa Serra do Sol.

Índios fecham estrada para impedir marcha de ruralistas a Roraima
JC OnLine - Recife,PE,Brazil
A caravana de agricultores que participa da Marcha a Roraima para se opor à demarcação contínua da reserva indígena Raposa Serra do Sol foi bloqueada por ...

Indígenas e integrantes do MST interditam BR-174 em Roraima
O Tempo - Belo Horizonte,MG,Brazil
Os índios eo MST querem proteger as terras da reserva indígena Raposa Serra do Sol. Policiais e algumas ambulâncias estão no local para acompanhar a ...

Índios interditam BR-174 em Roraima
G1.com.br - Brazil
Eles apóiam os produtores de arroz que querem ficar nas terras da reserva indígena Raposa Serra do Sol. Policiais rodoviários e federais estão no local para ...

O próximo lance será o derramamento de sangue. Aguardem.

Jackson assina protocolo com a Suzano Papel e Celulose


O Maranhão se prepara para receber mais um grande empreendimento: a implantação de uma unidade da Suzano Papel e Celulose. O protocolo de intenções foi assinado pelo governador Jackson Lago, nesta quinta-feira (14), no Salão de Atos do Palácio dos Leões, assegurando a instalação de uma fábrica de celulose na região Sul do Estado. O documento também foi assinado pelos diretores da Suzano, Rogério Ziviani e Luiz Cornacchioni; e pelos secretários de Estado de Indústria e Comércio, Júlio Noronha e de Fazenda, José Azzolini.

“Este é um novo momento para o Maranhão que recebe um grande empreendimento que vai contribuir para tornar realidade os sonhos da população”, declarou o governador. “É um gesto que terá reflexo junto a outros grandes empreendimentos que também desejam se implantar no Estado. O que mais nos conforta é a perspectiva de geração de oportunidade de trabalho, de emprego e de renda. O Maranhão começa a sair das suas potencialidades para dar passos concretos e se tornar economicamente desenvolvido e socialmente justo”, ressaltou.

O diretor executivo da Suzano, Rogério Ziviani, explicou que o estudo inicial para implantação do projeto elegeu 26 localidades, apontando o Maranhão como o mais viável, atendendo a todos os pré-requisitos para receber uma fábrica de celulose de grande porte. Entre as exigências, água, logística, clima e pessoas qualificadas.

“O Maranhão está de parabéns e é um orgulho para o grupo Suzano, fundado há 85 anos, firmar este protocolo que vai possibilitar a implantação de um empreendimento voltado 100% para exportação”, explicou Rogério. Ele disse que a Suzano é uma das 10 maiores produtoras de papel do mundo, sendo a segunda em produção de celulose a partir do eucalipto. “Só para se ter idéia, o projeto prevê a plantação de 62 milhões de mudas de eucalipto por ano, entre 1.200 a 1.700 mudas plantadas por dia”.

A Suzano Papel e Celulose, maior empresa em faturamento do setor de papel e celulose do Brasil, propõe um investimento em torno de 1,8 bilhão de dólares para implantar a nova unidade, que deve gerar cerca de 12 mil empregos diretos e indiretos.

Fonte: Gazeta de Ribeirão.

Leilão virtual vende gado sul-africano

Enquanto o leilão do "boi pirata" da lavra do ministro Carlos Minc ridiculariza o governo e vai à 5.a edição sem um único lance, a Casa Branca Agropastoril, projeto de criação de gado Simental sul-africano fora da África do Sul, venderá 60 touros, no dia 19 de agosto, com transmissão ao vivo pelo Canal Rural. “Selecionamos touros perfeitamente adaptados às condições do Brasil Central, precoces, jovens e prontos para trabalho já na próxima estação de monta”, explica Paulo de Castro Marques, proprietário da Casa Branca.

Este é o quarto leilão virtual de touros Simental sul-africanos da Casa Branca. Serão 60 machos de qualidade genética, com idade média de 24 meses, filhos de reprodutores consagrados e mães produtivas. “Os touros Simental sul-africanos são reconhecidos pelo mercado como machos extremamente férteis e precoces”, afirmou Marques.

Os preços dos bezerros já aumentaram mais de 40% desde o começo do ano e a tendência é de cotações em alta nos próximos meses para gerar bois gordos jovens e pesados, com boa qualidade de carne, e, assim, atender à crescente demanda internacional pela carne brasileira.

O Leilão virtual de touros Simental sul-africanos da Casa Branca entrou para o calendário de grandes vendas de machos de qualidade. As edições anteriores atraíram investidores do Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Bahia, Tocantins, Rondônia, Pará e Distrito Federal.

Governadores querem comissão gestora no Plano Amazônia Sustentável

BRASÍLIA - A instalação imediata de uma comissão gestora do Plano Amazônia Sustentável (PAS) está entre as 15 reivindicações que os governadores e vices-governadores da região definiram nesta sexta-feira (8), durante o II Fórum dos Governadores da Amazônia Legal, realizado em Cuiabá (MT).

De acordo com o secretário Estadual de Planejamento do Mato Grosso e coordenador do fórum, Yênes Jesus de Magalhães, os participantes do fórum discutiram ações de desenvolvimento regional sustentável para a Amazônia Legal para definir soluções voltadas aos problemas ambientais e estruturantes da regional.

- Nesta segunda reunião os gestores governamentais aprofundaram a discussão sobre as questões fundiárias, considerada hoje uma das principais dificuldades enfrentadas pelos estados - destacou o secretário.

Leia mais.


blog it

Morre Dorival Caymmi, aos 94 anos

O mar ficou triste e chorou.

Cielo livra Brasil do vexame

O nadador brasileiro César Cielo ganhou o primeiro ouro da natação brasileira em Olimpíadas e livrou o Brasil do maior mico.

A medalha de ouro veio após o final da prova dos 50 m livre ontem, em Pequim. Cielo quebrou o recorde olímpico com o tempo de 21s30 e é o primeiro nadador brasileiro a subir no lugar mais alto do pódio. Ele superou os seus dois principais rivais, o atual recordista mundial Eamon Sullivan, que ficou fora do pódio, e o francês Alain Bernard, em terceiro. A prata é de Amaury Leveaux, também da França.

A delegação brasileira é maior em participação em olimpíadas, porém a mais desqualificada em matéria de resultados. Pífios até o momento.

Impugnados!

O juiz Luciano Mendes Scaliza, da 57ª Zona Eleitoral, indeferiu Geraldo Francisco de Moraes, o Geraldo Bila, da candidatura a prefeito de Brejo Grande do Araguaia.

O candidato João Monteiro de Souza do PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira, pela coligação: UNIÃO POPULAR (PSDB / PRB / DEM) também foi indeferida pelo Tribunal Eleitoral ao cargo de Prefeito do município de Pau D'arco, o que escancara uma porteira para a candidatura de Luciano Guedes, candidato pelo PDT.

Deputados defendem plantio de cana em audiência com ministro da Agricultura


















Brasília ― A decisão do governo federal de proibir o plantio de cana-de-açúcar na Amazônia, anunciada no último dia 4, foi objeto de uma reunião na tarde da última terça-feira, 12 entre os deputados federais Giovanni Queiroz (PDT-PA), Moreira Mendes (PPS-RO) e o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, em Brasília.

O parlamentar paraense destacou que há estudos de vários órgãos especializados dentre eles o da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ), do departamento do Pólo Nacional de Bicombustíveis da Universidade de São Paulo (USP), batizado de Produção de Etanol: Uma Opção Competitiva Para o Aproveitamento de Áreas Alteradas no Leste do Pará, que atestam a disponibilidade de mais 9 milhões de hectares degradados aptos para a recuperação e plantio de cultivares de cana e de grãos, “sem que seja necessário derrubar uma árvore sequer na região”, informou Queiroz.

“É uma nau dos insensatos. Esse governo que o meu PDT dá apoio, e eu vou começar a repensar esse apoio, chega a ser ridículo. Onde já se viu proibir o plantio de cana e grãos na Amazônia? Com que base científica? Cadê o estudo que prova que isso é prejudicial?”, questionou Queiroz da Tribuna da Câmara logo após a audiência com o ministro da Agricultura, referindo-se à proibição do plantio de cana na Amazônia.

Na oportunidade, o deputado Moreira Mendes defendeu que o governo discuta o assunto com as comunidades envolvidas e, no caso de Rondônia, que os projetos já em execução tenham continuidade. “Aqueles projetos que estão em andamento no estado de Rondônia – me parece que são dois, ou três – devem ser concluídos, até porque foram iniciados com a autorização dos governos Federal e Estadual e dos municípios envolvidos. Há um grande trabalho envolvendo muita gente nessa questão, e isso não pode ser simplesmente jogado na lata do lixo”, argumentou.

Na audiência com Reinhold Stephanes, Moreira Mendes esteve acompanhado do também deputado Giovanni Queiroz (PDT), que enfrenta idêntico problema no Pará. Eles relataram ao ministro que a decisão do governo trouxe uma incerteza muito grande aos produtores não só do Pará e de Rondônia, mas também do Mato Grosso, atingido pela medida. “O ministro foi muito claro ao dizer que isso é um programa de governo e que é muito difícil tomar outro caminho. Tudo leva a crer que (o governo) vai mesmo proibir o plantio de cana-de-açúcar na Amazônia”.

Além de prejudicar os projetos já em andamento, o deputado afirma que é inconstitucional o governo federal proibir o plantio de qualquer cultura. “O governo pode até não financiar, mas não pode proibir o plantio, porque isso fere a autonomia dos Estados, e Rondônia possui seu zoneamento socioeconômico e ecológico. Quem é competente para dizer o que pode e o que não pode ser plantado - e onde pode - é exatamente o zoneamento, não é um ato do presidente da República, do Ministério do Meio Ambiente ou do Ministério da Agricultura”, criticou Moreira Mendes.

Dendê Em relação ao Estado do Pará, Moreira Mendes disse que o ministro da Agricultura sugeriu que, ao invés da cana-de-açúcar, os produtores optem pelo plantio do dendê, que é muito mais rentável e seu cultivo não é alvo de pressão internacional. “Nós dissemos firmemente ao ministro Reinhold Stephanes que essas questões não podem ser resolvidas de dentro de gabinetes em Brasília.

“Aliás, é uma coisa que eu tenho defendido sempre: não adianta levar ‘enlatados’ para Rondônia, coisa formulada entre quatro paredes sem ouvir as comunidades. No caso de Rondônia, nós temos que respeitar o zoneamento, que é soberano, e no caso do Pará, é um assunto que tem que ser discutido com as comunidades locais”, resumiu.
Val-André Mutran
Assessor de Imprensa Gabinete do Deputado Federal Giovanni Queiroz

Veja como foi a sessão solene em Homenagem à Nossa Senhora de Nazaré 2024, na Câmara dos Deputados

  Veja como foi a sessão solene em Homenagem à Nossa Senhora de Nazaré 2024, na Câmara dos Deputados A imagem peregrina da padroeira dos par...