Passageiro infarta e morre na espera do embarque

Passageiro sofre infarto em aeroporto e morre no hospital de Curitiba

MARI TORTATO

da Agência Folha, em Curitiba

O passageiro Luiz Fernando Mosca, 54, morreu de infarto hoje pela manhã em um hospital de Curitiba, depois de passar mal no aeroporto Afonso Pena, de São José dos Pinhais, à espera do vôo que o levaria a Porto Alegre.

A Infraero (empresa administradora dos aeroportos), a Gol e o hospital Santa Cruz, de Curitiba, confirmaram a morte, mas não forneceram mais informações pessoais do passageiro.

Segundo funcionários da supervisão da Infraero, uma ambulância com médico foi destacada para atender o passageiro às 6h05 da manhã, a pedido do posto de primeiros socorros do aeroporto. Mosca foi levado então para o hospital Santa Cruz, no bairro Batel, centro de Curitiba, mas morreu durante o atendimento.

No balcão da Gol, companhia aérea pela qual Mosca viajaria, os atendentes não deram informações a respeito. Na sede da Gol, em São Paulo, também não foi fornecida nenhuma informação adicional.

Nota: Quem será responsabilizado por essa morte. Ou as honoráveis otoridades acham que só viaja de avião quem faz turismo!?

Um fim de semana inesquecível!

Por Val-André Mutran, com QuidNovi e Radiobrás

Brasília - O Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek continua com filas. Elas atravessam o saguão e chegam à área externa do aeroporto, onde os passageiros chegam para o embarque
Foto: Antonio Cruz/ABr

Controladores de vôo, descontrolados e em greve de fome. Aeronáutica nega. Senhores passageiros ..., queiram se acomodar nos chãos dos aeroportos e boa viagem!

Um em cada sete vôos foi cancelado, informa Infraero

Ana Luiza Zenker, Da Agência Brasil

Antonio Cruz/ABr

Brasília - O Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek continua com filas. Elas atravessam o saguão e chegam à área externa do aeroporto, onde os passageiros chegam para o embarque

Brasília - De acordo com boletim divulgado há pouco pela Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero), 14,8% dos 553 vôos programados para voar entre a meia-noite e as 10h30 da manhã de hoje (31) foram cancelados. Isso significa que, de cada sete vôos, um não decolou ou então não pousou em algum dos destinos previstos. No mesmo período, os atrasos de mais de uma hora chegaram a 18,3% dos vôos, ou seja, quase um em cada cinco.

Os aeroportos que registram maior percentual de cancelamentos são Recife (PE), com 62,5% dos vôos cancelados, Brasília (DF), com 41,7%, e Salvador (BA), onde 35,1% dos vôos não decolaram ou aterrissaram.

Em Cuiabá, dos sete vôos programados para o período, três estão atrasados em mais de uma hora, o que equivale a mais de 40%. Em Manaus esse número chegou a 41,7%, com cinco dos 12 vôos atrasados.

No Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, dos 86 vôos agendados, 18 estão atrasados em mais de uma hora e três foram cancelados. No Aeroporto Internacional de Guarulhos/São Paulo, os números são de 16 atrasos e 15 cancelamentos, entre os 83 vôos que deveriam ter chegado ou saído do aeroporto.

Brasília - O Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek continua com filas. Elas atravessam o saguão e chegam à área externa do aeroporto, onde os passageiros chegam para o embarque Foto: Antonio Cruz/ABr

Guerrilha do Araguaia: Sem avanços na identificação

GUERRILHA DO ARAGUAIA

Ag. Carta Maior

Comissão não consegue avanço na identificação dos corpos

Em quatro anos, comissão interministerial enfrentou dificuldades para conseguir informações das Forças Armadas e concluiu seu trabalho sem identificar ossadas.

BRASÍLIA – Em outubro de 2003, o governo federal instituiu por meio do Decreto 4850 uma comissão interministerial com o objetivo de, em até 120 dias, trabalhar na busca de informações sobre desaparecidos na Guerrilha do Araguaia, investida patrocinada pelo PC do B no início da década de 70 na região entre os estados do Pará, Maranhão e Tocantins. (leia matéria “Nova comissão tenta localizar corpos de desaparecidos”). A iniciativa foi uma resposta à determinação feita pela juíza Solange Salgado, da 1ª Vara da Justiça Federal, de quebrar o sigilo das informações militares relativas a todas as operações realizadas no combate e encontrar os locais de sepultamento dos guerrilheiros mortos.

Quase quatro anos depois, em coletiva do ministro dos direitos humanos, Paulo Vannuchi, nesta quarta-feira (28) a comissão apresentou à imprensa o relatório final. Em vez de conclusões e avanços na identificação dos restos mortais dos guerrilheiros, o documento reafirma para as Forças Armadas a obrigação estabelecida pela sentença da Juíza Solange Salvado de apresentar “todas as informações relativas à totalidade das operações militares relacionadas à Guerrilha” em até 180 dias. A sugestão tem como motivação o fato das investidas junto ao comando do Exército durante o trabalho da comissão terem sido insuficientes.

“Elemento importante é que o relatório reafirma compromisso do governo com direito de ter restituída a versão sobre o acontecimento”, declarou Paulo Vannuchi. Segundo o ministro, o avanço está no fato de as Forças Armadas terem pela primeira vez reconhecido a existência da Guerrilha, o que até então não havia sido feito. Frente à resposta da corporação da inexistência de documentos acerca do acontecido, o relatório final da comissão recomenda que, então, ao menos os autos de destruição dos documentos sejam disponibilizados.

Caso nenhum dos expedientes sugeridos seja bem sucedido, o documento sugere que o Presidente da República “determine às três Forças Armadas que procedam à rigorosa investigação formal para construção de quadro preciso e detalhado das operações realizadas na guerrilha, intimando e ouvindo formalmente os agentes ainda vivos” em até 120 dias. Os pontos compõem um jogo de “gato e rato” no qual, de maneira gradativa, integrantes do governo vêm buscando reduzir as desculpas das Forças Armadas para não reconhecer as atividades promovidas no desmonte da guerrilha e as informações sobre a localização dos restos mortais.

Na coletiva, Vannuchi afirmou que há um desnível entre as informações e investigações veiculadas na imprensa ou reveladas em livros e a versão que a corporação dá ao fato. “A coisa não se resolve, fica informação na imprensa mais detalhada do que aquela que oficialmente o Estado oferece”, lamentou. E exemplificou: “Se não há mais corpos, por que não se reconhece a versão do Coronel Cabral sobre a operação limpeza?”, questionou o secretário. Segundo o Coronel Pedro Corrêa Cabral em depoimento dado ao Congresso Nacional em março de 2004, findado combate contra os guerrilheiros, o Exército teria queimado cerca de 40 corpos na Serra das Andorinhas, região próxima à Xambioá (cerca de 500 km de Palmas, capital do Tocantins).

Após o pouco avanço na queda-de-braço com o Exército, a Secretaria Especial dos Direitos Humanos aposta no peso político do presidente Lula para tentar fazer o processo andar. “Tenho certeza que o Presidente da República vai atender às recomendações”, afirmou Vannuchi, com a experiência de quem foi durante 27 anos assessor de Lula.

Localização dos corpos
Outra recomendação feita pelo relatório é a continuidade do trabalho de busca dos restos mortais a partir das informações que hoje o governo já dispõe. Durante o trabalho, o Exército forneceu as coordenadas de áreas onde pode haver corpos. De posse destes dados, o texto defende que o governo faça mais diligências, desta vez com maior estrutura e garantindo a presença dos familiares. A expectativa é que sejam garantidas melhores condições do que as das dez expedições realizadas durante o trabalho da comissão.

O documento pede também a consolidação do banco de amostras de DNA dos familiares de mortos e desaparecidos da ditadura (leia matéria “Banco de DNA vai ajudar na identificação de mortos e desaparecidos”), para para que o governo possa dar prosseguimento à identificação das dez ossadas em posse da Secretaria Especial dos Direitos Humanos, da Comissão de Direitos Humanos da Câmara e do Instituto Médico Legal. Segundo Paulo Vannuchi, o governo celebrou convênio com um laboratório para acelerar a análise dos restos.

Ao final da coletiva, o ministro afirmou ser uma responsabilidade do Estado resolver a dívida histórica para com os familiares dos desaparecidos. Quase como dando um recado, ele destacou que o reconhecimento da ação das Forças Armadas não tem qualquer clima de revanchismo nem tem como objetivo possibilitar que torturadores ou executores sejam julgados e punidos. Foi neste espírito, continuou, que o documento não apresenta qualquer proposta de revisão da Lei de Anistia. “Espírito da pacificação não pode ser obtido enquanto houver postura evasiva”, cobrou.

Acesse aqui o abaixo-assinado "Desarquivando o Brasil"

Energia

A última fronteira
Veja

Com tecnologia menos agressiva ao ambiente,
novas usinas na Amazônia evitarão repetir os
desastres de Balbina e Tucuruí

Duda Teixeira

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As novas hidrelétricas da Amazônia
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Energia sem destruição

Uma nova fronteira está sendo aberta na Amazônia. Não se está falando, desta vez, de agricultura, e, sim, de energia. O governo federal pretende construir três hidrelétricas gigantes na região. Duas delas, a de Santo Antônio e a de Jirau, no Rio Madeira, em Rondônia, que constam do Programa de Aceleração de Crescimento (PAC), são a solução que o Palácio do Planalto habitualmente contrapõe à previsão feita por especialistas de que uma crise energética de grandes proporções se aproxima. Pela vontade oficial, as construções no Rio Madeira começariam no ano que vem, de modo que Jirau entrasse em operação em 2011 e Santo Antônio em 2012. Com capacidade somada de 6.450 megawatts, as duas usinas poderiam atender sozinhas ao consumo do estado do Rio de Janeiro. A terceira hidrelétrica, a de Belo Monte, no Rio Xingu, no Pará, proporcionaria ainda mais energia, 11.000 megawatts, e também está no PAC. Apesar do empenho pessoal do presidente Lula, todos os projetos permanecem em compasso de espera devido a restrições ambientais. Na semana passada, o Ibama informou que o estudo da licença prévia das usinas do Rio Madeira, iniciado há 22 meses, chegou à fase final. Já os estudos de impacto ambiental de Belo Monte, embargados pelo Ministério Público desde 2001, recomeçaram a ser feitos em janeiro, com autorização judicial.

O Brasil dispõe de uma rigorosa legislação de proteção ambiental. Ela impõe aos projetos de novas hidrelétricas exigências minuciosas para reduzir ao máximo os efeitos negativos sobre a natureza e os moradores das proximidades. Na prática, infelizmente, as regras são usadas mais para bloquear obras de infra-estrutura do que para fiscalizar e proteger a natureza. Pelos dados do Ministério do Meio Ambiente, só no período de doze meses anteriores a agosto de 2006, 13.100 quilômetros quadrados de Floresta Amazônica – o equivalente a meio estado de Alagoas – foram derrubados para abrir espaço para a pecuária, a soja e outros fins. Os dados da devastação acelerada comprovam que a ameaça ambiental não está na construção de novas hidrelétricas, sobretudo porque estas adotam hoje tecnologias menos agressivas à natureza. O que aumenta o risco de o avanço energético na Floresta Amazônica fugir ao controle é o avassalador fracasso demonstrado pelo estado brasileiro no cumprimento da tarefa de fiscalizar e impedir a destruição de áreas que devem ser preservadas. "As obras do Rio Madeira poderiam incentivar a ocupação de uma vasta área da Amazônia cujo ecossistema é muito delicado", preocupa-se o biólogo americano Thomas Lovejoy, presidente do Centro Heinz para a Ciência, em Washington.

Os desafios ambientais e econômicos das três usinas previstas para a Amazônia são proporcionais ao seu tamanho. Belo Monte, no Pará, foi projetada ao lado de florestas com grande biodiversidade e tem como vizinhos dez tribos indígenas. As usinas do Rio Madeira estão perto demais de áreas preservadas e de terras indígenas e longe demais dos principais centros de consumo. O custo da linha de transmissão até o Sudeste já foi estimado em 10 bilhões de reais, o que encareceria bastante o projeto, orçado inicialmente em 20 bilhões de reais. O desafio ambiental, por sua vez, foi enfrentado com novas tecnologias de construção com menores impactos diretos na natureza. Dessa forma, será possível evitar a repetição dos desastres causados no passado pela construção de grandes hidrelétricas na região, como Balbina e Tucuruí. Inaugurada em 1984, Tucuruí, no Pará, alagou uma vasta área de floresta e afogou, sem remorso, toda a fauna que ali vivia. Também atraiu indústrias e migrantes, o que provocou a devastação de mais da metade da floresta nos sete municípios mais próximos. Nada disso se repetirá no Rio Madeira.

Divulgação

Usina de fio d'água no Rio Danúbio, na Áustria: sem reservatório


Em vez de uma só usina com um grande reservatório, o projeto prevê duas menores, cujas turbinas serão acionadas pelo sistema a fio d'água. Nesse método, toda a água que chega é aproveitada pelas turbinas, do tipo bulbo, e, em lugar
de formarem um lago, as águas avançam 500 metros em cada margem do rio durante o período de cheia. O projeto prevê ainda que as árvores da área a ser alagada sejam retiradas antes e de forma progressiva. Desse modo, os animais podem sair andando e não se forma um lago que se tornaria uma fonte de gases de efeito estufa causado pela decomposição do material orgânico, como ocorre hoje na usina de Balbina. As empresas Furnas e Odebrecht, que financiaram os relatórios de impacto ambiental das usinas, propõem que os canais laterais para a passagem dos peixes que sobem o rio no período da desova tenham curvas e fundo irregular, para imitar o leito natural. Seria possível controlar a quantidade de água e a correnteza para favorecer diferentes espécies de peixe, de acordo com a época do ano.

As medidas para reduzir os impactos ambientais nas novas hidrelétricas representam uma gorda fatia do total da obra. Na usina de Peixe Angical, uma obra da iniciativa privada inaugurada no ano passado no Rio Tocantins, as medidas sociais e ambientais responderam por 13% do orçamento. O projeto exemplar incluiu a construção de hospital e residências para as pessoas desalojadas, aterros sanitários, cursos de educação ambiental, viveiros de espécies retiradas e o resgate de 55.000 animais, entre eles um milhar de invertebrados. Até minhocas foram recolhidas e transportadas para locais seguros. Nas usinas do Madeira, grupos de investidores já deram demonstrações de que aceitam arcar com esse custo ambiental. "A maior ou menor degradação do ambiente depende de quanto um país está disposto a investir em medidas que reduzam ou compensem o impacto", diz o engenheiro Rafael Schechtman, diretor do Centro Brasileiro de Infra-estrutura (CBIE), uma consultoria do Rio de Janeiro. "A questão é saber se a sociedade está disposta a arcar com esse custo."

O último projeto das usinas do Rio Madeira enviado para análise do Ibama reserva áreas para a construção, em uma segunda etapa, de eclusas, tanques de água que permitem às embarcações superar o desnível das barragens. Uma vez concluídas, as eclusas vão permitir que a produção agrícola de Rondônia e de Mato Grosso – que hoje é transportada com dificuldade por uma estrada federal toda esburacada – seja levada em barcaças até Porto Velho ou Itacoatiara, no estado do Amazonas. Neste último porto, o carregamento poderia ser transferido para navios maiores e seguir diretamente para destinos em qualquer ponto do mundo. Com a construção de mais uma usina na fronteira com a Bolívia e outra no país vizinho – projetos que teriam o apoio e o financiamento brasileiros –, a hidrovia pode chegar a 4.155 quilômetros, por vários rios. Um estudo considera que a hidrovia proporcionará um aumento na produção de grãos de 28 milhões de toneladas ao ano na área de influência do projeto. De acordo com uma conta feita pela ONG Amigos da Terra, isso vai requerer um aumento de 350.000 quilômetros quadrados na área agrícola, o que daria uma área maior do que São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo juntos. Evidentemente, cabe ao estado o dever de impedir que o crescimento da produção ocorra à custa de desmatamentos da Floresta Amazônica.

As dificuldades criadas por motivo ambientalista vão adiar, mas não devem impedir para sempre, a instalação de outras hidrelétricas na Amazônia. A pressão por novas fontes de energia no Norte tem boas razões para existir. Dados da Eletrobrás mostram que o Brasil dispõe em seus rios de quedas-d'água em quantidade suficiente para multiplicar por quatro sua capacidade hidrelétrica – mas 40% de todo esse potencial está na bacia do Rio Amazonas. Fora da Região Norte, poucos locais poderiam receber usinas com capacidade maior do que 1.000 megawatts, o necessário para abastecer uma cidade com 3 milhões de habitantes. "Estamos todos voltados para o norte. As grandes hidrelétricas que podiam ser feitas no restante do Brasil já foram construídas", diz Renato Lanzi, diretor da Alstom, que cogita instalar uma fábrica de turbinas em Porto Velho para suprir futuras obras na Amazônia e no exterior. Se a economia brasileira crescer 5% ao ano, como está nos planos do governo Lula, será preciso acrescentar 3.500 megawatts por ano à capacidade energética do país. Com a construção das pequenas hidrelétricas e termelétricas que já receberam licença ambiental, o máximo de acrescimento até 2010 será de 1.272 megawatts anuais, segundo o CBIE. "A partir do ano que vem, o sistema elétrico já poderá operar no limite", diz Adriano Pires, diretor da consultoria. "Bastará uma temporada de chuvas fracas ou um aumento no consumo para que tenhamos um novo apagão."

Das usinas de menor porte que conseguiram a licença prévia do Ibama e foram oferecidas em leilão para ser construídas pela iniciativa privada, poucas despertaram o interesse dos investidores. Um dos motivos é o medo de ter a construção interrompida. Atualmente, qualquer cidadão munido de título de eleitor pode recorrer à Justiça e mudar completamente o andamento da obra de uma usina caso a ação seja aceita por um juiz. Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), existem 25 usinas hidrelétricas com cronograma parado ou atrasado devido a obstáculos criados pelo Ibama, pelo Ministério Público, por órgãos estaduais e movimentos ambientalistas. O preço congelado das tarifas e a elevada carga tributária que incide nas contas de luz, de 51%, também afugentam os investidores. "Não podemos nos comprometer com projetos que nos farão perder dinheiro. É minha obrigação dar um retorno aos acionistas", diz António Martins da Costa, diretor-presidente da Energias do Brasil, grupo europeu responsável pela hidrelétrica de Peixe Angical. A Energias anunciou no ano passado a disposição de investir 1 bilhão de reais em novas usinas, mas o dinheiro ainda está guardado no banco. "Em vez de termos um desenvolvimento sustentável, estamos enfrentando uma estagnação insustentável", define Jerson Kelman, diretor-geral da Aneel.



Foto Nilton Rolin

Saltitantes em apuros!

A caça aos infiéis

Veja

A decisão do TSE de que o mandato
é do partido aprimora a democracia


Ricardo Brito

Fotos André Dusek/AE


Arlindo Chinaglia (à esq.) e a deputada Jusmari Oliveira: incentivo à balbúrdia partidária


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Quadro: Bom para a oposição

A deputada baiana Jusmari Oliveira está em seu primeiro mandato. Empossada há dois meses, ela ainda não apresentou um único projeto de lei, mas foi festejada na semana passada como a 37ª parlamentar a trocar de partido na atual legislatura. Jusmari deixou o partido dos Democratas (ex-PFL), pelo qual se elegeu, e assinou a ficha de filiação do Partido da República (ex-PL). A deputada pode ser a última infiel da história do Parlamento brasileiro. O Tribunal Superior Eleitoral, respondendo a uma consulta, decidiu na última terça-feira que o mandato de deputados federais, estaduais e vereadores pertence aos partidos, e não aos políticos. A prevalecer esse entendimento, os parlamentares não poderão mais trocar de legenda depois de eleitos – prática mais que comum observada nas últimas legislaturas do Congresso. A proibição marcaria o fim de um dos costumes mais degradantes da política brasileira, que tem servido apenas para alimentar o fisiologismo, desmoralizar o Parlamento e fragilizar o sistema político.

A exigência da fidelidade partidária é discutida há duas décadas, mas nunca houve disposição para implantá-la. Por uma razão simples: ela não interessa à maioria dos políticos. Sem a regra, parlamentares podem migrar à vontade da oposição para a situação, ou vice-versa, dependendo da conveniência do momento. Dos 37 deputados que mudaram de partido recentemente, 23 foram procurar abrigo em legendas comandadas pelo governo. "Não há como negar que, na base do governo, meus pleitos podem ser atendidos", explica a noviça republicana Jusmari Oliveira. Nas democracias tradicionais, a fidelidade partidária nem sequer é regulamentada por lei.

Mudar de partido é algo incomum e danoso para a carreira de um político. É quase sinônimo de suicídio. No Brasil, não. Apenas na legislatura passada, 193 deputados migraram de uma legenda para outra sem maiores conseqüências. Existem casos espantosos como o de um deputado que mudou de partido nada menos que oito vezes. Para a grande maioria, a exemplo da deputada Jusmari, a infidelidade é questão de sobrevivência.

Estar alinhado com o poderoso do momento significa possibilidade de acesso a poder e dinheiro, através de cargos e emendas. Por isso, é comum as mudanças ocorrerem logo depois da eleição do presidente da República – e sempre em direção ao grupo dominante. A decisão do TSE ainda não é definitiva, mas é uma sinalização importante em direção à moralização do Parlamento. Em tese, os deputados que mudaram de legenda seriam obrigados a retornar ao antigo partido ou teriam o mandato cassado. O presidente da Câmara, o petista Arlindo Chinaglia, que poderia decretar a perda de mandato dos infiéis, já rechaçou a possibilidade de mudanças. Segundo ele, a decisão do tribunal não tem aplicação imediata. Os partidos prejudicados, por sua vez, já anunciaram que irão ao Supremo Tribunal Federal pedir a cassação dos infiéis e a posse dos respectivos suplentes. "Será uma longa batalha judicial", disse Chinaglia, tranqüilizando os traidores ameaçados. Para anular os prováveis efeitos da interpretação do TSE, a turma do troca-troca já articula a votação de uma emenda constitucional que regulamenta a fidelidade partidária. A idéia em discussão é obrigar os parlamentares – valendo apenas para os eleitos a partir de 2010 – a permanecer no partido no mínimo por três anos. No último ano de mandato, eles poderiam trair uma vezinha só. Afinal, ninguém é de ferro. Muitos são até caras-de-pau.

A espera de Sophia

Radar (Veja)

Lauro Jardim

GOVERNO

O fator Waldir Pires
Lula repetiu na semana passada a um interlocutor que vai esperar o fim do apagão aéreo para nomear o sucessor de Waldir Pires. Eis uma equação de difícil solução: com Pires no ministério, crise alguma chega ao fim. Entre os mais próximos a Lula, porém, há os que juram que não é nada disso. O presidente estaria apenas ganhando tempo porque ainda não achou um novo ministro da Defesa.

Senador quer novo Estado no Piauí

João Claudino defende criação do estado de Gurguéia
O senador João Claudino (PTB-PI) manifestou nesta quinta-feira (29), em Plenário, apoio à criação do estado de Gurguéia, a partir do desmembramento do estado do Piauí. A proposta está contida no Decreto Legislativo nº 439/94, que aguarda votação no Plenário da Câmara e, posteriormente, será encaminhado ao Senado.

João Claudino lembrou que a base econômica e a sustentabilidade sócio-espacial são essenciais para a viabilização de uma nova unidade federativa, frisando que o estado de Gurguéia tem esse potencial.

- Com o Gurguéia, mudaremos desse círculo vicioso para um círculo virtuoso. O centro das decisões ficará próximo ao problema - uma racionalidade administrativa - e o cidadão que vive na região se sentirá, e será, melhor atendido em suas necessidades - disse.

Quanto ao aspecto das finanças públicas, João Vicente Claudino explicou que, mesmo com o desmembramento, o Piauí continuaria com uma arrecadação equivalente a 98% do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) atual.

- A diminuição do Fundo de Participação do Estado, motivado pela criação do estado de Gurguéia, andaria em conjunto com a diminuição da responsabilidade administrativo-financeira. O Piauí se tornaria um estado mais enxuto e integrado. O Gurguéia ainda seria maior que doze estados brasileiros, e o novo Piauí maior que sete - afirmou.

Paulo Sérgio Vasco / Repórter da Agência Senado

Oligarquia sobralense

Leiam esta matéria publicada na Revista Piauí que revela uma nova oligarquia no Nordeste.
E toma-te Secretaria de Portos e Aeroportos.

Abdias José de Souza Júnior assume Basa

Nomeado novo presidente do Banco da Amazônia

Diário do Pará

Anúncio foi feito ontem à tarde pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega
Abdias José de Souza Júnior, ex-superintendente regional do Banco do Brasil no Pará, foi nomeado para assumir a presidência do Banco da Amazônia (Basa). A nomeação foi anunciada na tarde de ontem pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, que confirmou ainda os nomes de mais três presidentes de bancos públicos do país. Além da presidência do Basa, Mantega confirmou que os atuais presidentes do Banco do Brasil, da Caixa Econômica Federal e do Banco do Nordeste do Brasil continuam à frente dos cargos. São, respectivamente: Antônio Francisco de Lima Neto, Maria Fernanda Ramos Coelho e Roberto Smith.

Segundo o ministro, o principal desafio dos bancos será “suprir a sua função de banco público e, ao mesmo tempo, ter um desempenho tão eficiente quanto o privado”. O ministro afirmou que, na conversa com sua equipe, reforçou a intenção do governo de fazer com que o setor financeiro seja competitivo. Nesse contexto, defende a função do banco público como importante estimulador do crédito e na tendência de redução do spread bancário - a diferença entre o juro pago pelo banco e o que é cobrado por ele ao consumidor.

Funcionário de carreira do Banco do Brasil há 22 anos, Abdias José nasceu em Brasília, tem 41 anos e é casado. Graduado em Ciência Sociais, tem pós-graduação em Comércio Exterior e dois MBA, em Marketing e Administração. Ele já trabalhou nos Estados de Goiás e Espírito Santos e também no Distrito Federal. No Pará, chegou em 2001. Atualmente, é gerente regional de varejo do Banco do Brasil no Estado. Abdias Júnior não quis comentar a nomeação para a presidência do Basa.

O Basa, através da Assessoria de Comunicação, na tarde de ontem, informou que o banco não havia sido notificado oficialmente a respeito da nomeação de Abdias Júnior, que substituirá Mânsio Lima Cordeiro na presidência do banco.

Carajás: um dos paraísos da Terra

O Sul do Pará na região de suas fronteiras no extremo sul do Estado são de uma rara beleza - uma das mais belas de toda a Amazônia - mas, qualquer esforço governamental sem um rigorosa presença fiscalizatória, arruinará todo o tesouro natural ali existente.

Potencial turístico no sul do Pará

O Liberal
As cachoeiras de São Geraldo do Araguaia se destacam entre as atrações aos visitantes
A região sul do Pará quer aproveitar suas riquezas naturais não só com a produção agropecuária e mineral, mas para deslanchar o turismo ecológico e de negócios. Tanto os municípios com maior infra-estrutura, como Marabá, Redenção e Conceição do Araguaia, quanto municípios menores como Xinguara, Tucumã, São Félix do Xingu e Floresta do Araguaia, dentre outros, estão se organizando em grupo para promover o turismo regional.


A construção de novas rodovias, como a que liga Xinguara a São Félix, e a pavimentação de outras menores na região, que deverão acontecer neste ano, irão viabilizar o turismo rural, como o festival do abacaxi, em Floresta do Araguaia, município que sozinho responde por 20% da produção nacional do fruto.

As praias do Tocantins e os rios piscosos da região são outras das atrações, bem como a grande criação de gado e a forte concentração de industrias de exploração mineral, que serão fatores importantes para desenvolver o setor.

Obras estruturantes como o asfaltamento da Rodovia Transamazônica, a ligação rodoviária do Pará com o vizinho Estado do Tocantins e a construção da hidrovia Araguaia-Tocantins, interligando toda a região, terão grande efeito no setor turístico. O escoamento de toda essa riqueza e as transações que serão feitas em razão dela vai representar um impacto positivo, dinamizando turismo de negócios.

O mesmo deve acontecer nas áreas do ecoturismo e da pesca. A região é cortada por serras com temperatura agradável e a natureza ainda está praticamente intacta. Há fartura de peixes e praias de águas doces bastante aprazíveis.

A rede hoteleira começa a se organizar melhor assim como os restaurantes, principalmente as churrascarias, pela excelência da carne da região. Frigoríficos e laticínios se instalam cada vem em maior número assim como novos projetos, como o cultivo da mamona e a apicultura.

Presença do Governo e divisão territorial

Goldemberg defende forte papel da Amazônia na mitigação das mudanças climáticas

Amazonia.org.br

A única maneira real e concreta de diminuir o desmatamento na Amazônia é aumentar a presença do poder público na região. Leis, licenças, multas, registros e tudo mais não terão nenhum êxito sem a presença maciça do poder público fiscalizando a floresta. Esse foi o foco da argumentação do físico e ex-secretário de Estado do Meio Ambiente de São Paulo, José Goldemberg, durante debate com a imprensa e ONGs sobre a crise climática na última quarta-feira.

O pesquisador citou a experiência bem sucedida, em sua opinião, de contenção do desmatamento da Mata Atlântica, em São Paulo, com o aumento do efetivo da polícia ambiental para mais de duas mil pessoas para sustentar seu ponto de vista.

Segundo seu raciocínio, levando-se em consideração a dimensão da Amazônia, de cerca de 15 vezes a área de São Paulo, seriam necessárias aproximadamente 30 mil pessoas nesse trabalho.
Goldemberg mencionou a grande responsabilidade brasileira em relação às mudanças climáticas tendo em vista a emissão de aproximadamente 4% do total de gases estufa do planeta, dos quais terço disso é resultante direto do desmatamento da Amazônia.

Ele também defendeu a idéia polêmica de que em um cenário pós-2012, quando se encerrariam os compromissos assumidos pelos países que ratificaram o acordo de Kyoto de reduzir a emissão desses gases, um novo acordo internacional deve ter como base que cada país assuma a responsabilidade sobre sua emissão histórica no estabelecimento de metas, independente de sua situação atual de desenvolvimento.

Além disso, citou os "créditos de carbono" como possível solução financeira, tanto para conter o desmatamento, com o pagamento desses créditos pela emissão de gases estufa, quanto para o benefício do desmatamento evitado na região.

Meu comentário: A efetiva presença do Governo só se dará com um redivisão Geopolítca na Amazônia. Leia-se: criação de novas unidades federativas.

A ocupação da Amazônia

Blog do Luis Nassif
Andressa Fernandes, do Projeto Brasil fala sobre o tema.

Com uma superfície de 7 milhões de quilômetros quadrados, a floresta Amazônica equivale a um terço das reservas de florestas tropicais úmidas do planeta. Além disso, possui maior banco genético do planeta e abriga um quinto da disponibilidade mundial de água doce. Em entrevista ao Projeto Brasil, Berta Becker, professora e pesquisadora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) afirma que a Amazônia mudou, não é mais aquela que estava em fase de ocupação durante o regime militar. “A população quer se desenvolver, tem demandas de consumo, de escola, de lazer”, diz. Segundo a professora, é preciso pensar em novos modelos de proteção à floresta, que permitam à população a possibilidade de trabalho e geração de renda.

Leia mais aqui.

Quem dá mais?

Aos que duvidam de que está em curso "grandes negócios" na Hiléia. Leiam as notas abaixo.
Salada Verde





Notas do Meio Ambiente.

Do site O Eco

Honra nacional

29.03.2007

Na quarta-feira, a deputada Perpétua Almeida (PC do B-AC) subiu à tribuna para dizer que era “gravíssimo” e um “acinte” à soberania nacional um vídeo em que o diretor de marketing da empresa Archosbiotech anunciava um programa de privatização da Amazônia para o capital estrangeiro. “A Amazônia é do povo brasileiro”, vociferou a deputada. No senado, Arthur Virgílio (PSDB-AM) seguiu o exemplo da colega e atacou a Archos Biotechnology, com direito a menção no site de seu próprio partido.

Furo

29.03.2007

Os dois políticos reagiam ao que, àquela altura, era um furo de reportagem da Agência Amazônia, a primeira a revelar a existência do vídeo. No afã de repercutir sua glória, os repórteres tentaram ouvir o Ministério do Meio Ambiente (MMA). Em vão. Uma burocrata preferiu apelar para que a notícia fosse abafada. Argumentou que com menos barulho seria mais fácil para a Polícia Federal investigar o assunto. Apesar do raciocínio torto, bem que os jornalistas deveriam ter ouvido seu conselho.

O negócio vai pegar

Era só o que oposição queria. Agora já tem palanque.

Da Série: Coisas da Política

















Do blog A Nova Corja

Em discurso sobre turismo sexual na Câmara de Vereadores de São Paulo na terça-feira, o cantor, evangélico, seguidor do Maluf, mais novo apoiador de Lula e vereador, Agnaldo Timóteo (PR) resolveu enfiar o pé na jaca.
"Agora, ela [Marta Suplicy] assume e a primeira proposta é para acabar com o tal do turismo sexual. Pelo amor de Deus, minha gente, vai prender um turista porque ele levou pro motel uma menina de 16 anos? É brincadeira!"
"As meninas com um popozão desse tamanho, os peitos como uma melancia e rodando bolsinha, aí o turista pega e passa a ripa. Tenha piedade. O cara [turista] não sabe por que ela está lá. Ele não é criminoso, tem bom gosto.”
A vereadora do PT Claudete Alves surtou e exigiu que as declarações fossem retiradas das notas da sessão que seriam publicadas no Diário Oficial. Tréplica de Timóteo: "com quantos anos a senhora teve a primeira relação sexual?"
Matérias na Zero Hora e no Estadão, que também colocou um trecho do áudio em que Timóteo, enlouquecido, diz que não retira nada do que disse.

Escândalo no Amapá

Macapá: Envergonhada, Indignada

Blog Repiquete no Meio do Mundo

A Operação Antídoto que levou à carceragem da Polícia Federal, médicos, ex-secretários, empresários, bioquímicos e outros funcionários públicos de funções importantes, envergonha, consterna e constrange a sociedade de um estado pequeno e que tanto precisa da contribuição de homens e mulheres que trabalhem por uma melhor qualidade de vida nesse estado ainda em formação.

Confesso que fico triste e constrangida com as cenas e com as notícias.

Confesso que me deu um nó na garganta ver o Dr. Abelardo Vaz, médico gabaritado, que como pediatra, cuidou de um dos meus filhos, chegar, nessa idade, algemado à Polícia Federal.
O crime de que todos são acusados, indigna. Não é só roubo do dinheiro público. É roubo do dinheiro público que era para ser usado na compra de medicamentos para a população, que precisa ser atendida na rede pública de saúde.

A falta de medicamentos mata, impede o amenizar da dor, constrange familiares de doentes a andar pelas ruas e gabinetes políticos pedindo medicamentos, como favor, como esmola.

Caos

A crise na saúde se arrasta há tempo. O que a Polícia Federal diz é o que a cidade comentava.
A eleição para o governo do estado em 2006, foi pautada pela crise na saúde. Mas apenas nos debates de uma emissora de televisão, nos programas político da oposição e na voz dos que estavam sofrendo nas unidades de saúde.

O resto fez cara de paisagem.
Lideranças políticas, grande parte da imprensa e os xerifes da sociedade. Alguns desses, com certeza, se beneficiando do dinheiro do esquema.
Saldo da omissão. O atual governo, que teve todos, eu disse todos, os seus secretários de saúde presos pela Polícia Federal, foi reeleito para mais quatro anos de “caos na saúde”.

Fraude bem planejada

O esquema para roubar o dinheiro da saúde foi montado logo no começo de 2003, quando da instalação do atual governo.

Uma palhaçada foi montada com o intuito de ludibriar a sociedade e acobertar o início do esquema - A CPI dos medicamentos vencidos.

Carretas desfilaram em Macapá, com faixas dizendo que eram "medicamentos vencidos no governo anterior". Num verdadeiro circo dos horrores.

O conteúdo das carretas já ia ser incinerado, quando o Ministério Público Estadual impediu a incineração dos medicamentos, numa ação rápida dos deputados Ruy Smith, Raldolfe Rodrigues e Jorge Souza.

E aí o MP descobriu que dentro das carretas o que existia era uma grande e criminosa fraude: Medicamentos não vencidos e instrumentos como termômetros e outros, necessários nas unidades de saúde.

A farsa era para que pudessem comprar tudo novamente. Em licitações dirigidas, com preços superfaturados e começando a praticar o que virou rotina: entregando só uma parte.

A pergunta que não quer calar é: E os mandantes? Os que indicaram as pessoas para os cargos? Os que participaram da partilha do dinheiro dos medicamentos?
Vão continuar fazendo cara de paisagem?

Bolado

Todos os ex-secretários de saúde do atual Governo do Amapá foram presos em operações da Polícia Federal. O hoje deputado Federal Sebastião Bala foi preso na Operação Pororoca, Uilton Tavares e Aberlado Alves na Antídoto.
Isso deixa qualquer povo bolado.

Vai desidratado

Lula convida PR para Transportes e avisa que criará órgão para portos

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva convidou e o senador Alfredo Nascimento (PR-AM) aceitou ontem assumir o Ministério dos Transportes. A informação é do líder do PR na Câmara, Luciano Castro (RR).

Na conversa de cerca de uma hora com o presidente, Nascimento apresentou explicações para acusações de irregularidades que vem sofrendo, inclusive relativas ao período em que era ministro dos Transportes - pasta que ocupou de março de 2004 a março de 2006, antes de sair para se candidatar ao Senado. Lula aceitou as justificativas. Por seu lado, o presidente avisou que pretende criar a Secretaria dos Portos, com status de ministério, que será oferecida aos aliados do PSB.

O PR quer que a área de portos continue sob o comando do Ministério dos Transportes e chegou a cogitar não aceitar a pasta caso a secretaria fosse criada. Ontem, antes do encontro de Nascimento com o presidente, o líder do PR havia dito que, sem os portos, o ministério seria aceito pelo senador, mas encarado como cota pessoal do presidente Lula.

Após a reunião, Nascimento deixou o Planalto sem dar entrevistas. O deputado Luciano Castro deu interpretação diferente da do Planalto para a discussão sobre o desmembramento da administração dos portos. “Entendemos que o senador Nascimento vai assumir o Ministério dos Transportes esta semana por inteiro, com os portos”, disse Luciano Castro, após falar com o futuro ministro. Segundo ele, a questão ficou para ser tratada depois, “em momento oportuno”. Ontem à noite, a cúpula do PR sinalizou que aceitará o Ministério dos Transportes mesmo desidratado.

POSSE ADIADA
Na semana passada, a expectativa era de que Alfredo Nascimento tomasse posse junto com outros três novos ministros: do Turismo, Marta Suplicy (PT-SP), das Relações Institucionais, Walfrido Mares Guia (PTB-MG), e da Agricultura, Reinhold Stephanes (PMDB-PR). Esse bloco de indicados foi empossado na sexta-feira. Por conta do impasse envolvendo os portos, o convite formal e a posse de Nascimento foram adiados para esta semana.

Na reforma ministerial, o presidente Lula se comprometeu a criar a Secretaria dos Portos para contemplar o PSB. O partido perdeu a pasta da Integração Nacional - que era ocupada pelo deputado Ciro Gomes (CE) - para o PMDB. O ministério foi entregue ao peemedebista Geddel Vieira Lima (BA). Para a futura secretaria, Lula pretende convidar Pedro Britto, ex-ministro da Integração Nacional e aliado de Ciro Gomes. O acerto garantiria o apoio do PSB no Congresso.
O próprio presidente Lula havia dado sinais de que não atenderia o pedido do PR nessa barganha. Na semana passada, Lula deixou clara a intenção de levar adiante o novo órgão para a gestão dos portos. “Vou criar, sim, essa secretaria e quero ver o PR recusar. Esse ministério é muito grande”, disse Lula numa reunião política, segundo interlocutores. “Deixa o Alfredo Nascimento reclamar. O ministério não fez nada nessa área”, afirmou, referindo-se ao período em que o parlamentar do PR ocupou o ministério, antes de sair para disputar uma vaga no Senado.

Por trás da disputa pelos portos estão R$ 326 milhões previstos para investimentos privilegiados no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Contando investimentos privados, a conta vai a R$ 600 milhões.

A troca de comando nos Transportes tem se configurado num dos pontos mais complexos da reforma ministerial deste início de segundo mandato. Superou até a mudança crítica no Desenvolvimento - o ministro Luiz Fernando Furlan já havia manifestado disposição de sair, mas só na semana passada foi definido seu sucessor, o executivo Miguel Jorge.

Agora, as pendências da reforma ministerial são poucas. Ainda há dúvidas, por exemplo, se Lula manterá Waldir Pires no Ministério da Defesa e Guilherme Cassel no do Desenvolvimento Agrário.

Fonte: O Estado de São Paulo Editoria Nacional 27/03/2007

Onça Puma deve acelerar

Com as informações da matéria abaixo, será compreensível se as obras de instalação da planta da Onça-Puma, outra mina sob o controle da Vale deve ter afetado seu cronograma, ou seja, deve-se pisar no acelerador.
Vamos aguardar.

Níquel a todo o vapor

Vale e BHP poderão adiar início de operação de minas de níquel


Gazeta Mercantil
27/3/2007

A Companhia Vale do Rio Doce e a BHP Billiton, que estão construindo duas das maiores minas mundiais de níquel, poderão perder o prazo para o início de suas operações, o que geraria um aumento nos preços da commodity, que subiram e alcançaram seu recorde este mês.
A produção do projeto Goro da Vale, localizado em Nova Caledônia (arquipélago localizado entre Fiji e a Austrália), marcada para ter início no final de 2008 ou início de 2009, pode ser adiada "significativamente", disse Peter Arden, analista da Intersuisse. Arden é um dos quatro administradores de fundos e analistas que prevêem atrasos em Goro e em Ravensthorpe, projeto da BHP localizado no Estado da Austrália Ocidental.
A escassez de trabalhadores e o aumento dos custos adiaram o andamento de novos projetos, contribuindo para elevar os preços à vista do níquel para seu recorde no último dia 19 de março, à medida que a demanda pelo metal, utilizado na fabricação de aço inoxidável, dispara na China. Com poucas perspectivas da entrada em funcionamento de grandes minas este ano, os preços da commodity poderão dobrar durante este primeiro semestre, segundo o Citigroup Inc.
"As minas de Ravensthorpe e Goro passam por aumentos de custos enormes e há muito motivo para acreditar que elas sofrerão adiamentos", disse Alan Heap, diretor de análise mundial de commodities do Citigroup, que fez seus comentários durante a Terceira Conferência de Níquel da Nova Caledônia, que se inicia hoje em Noumea, capital do arquipélago.
Estoques
Os estoques de níquel monitorados pela Bolsa de Metais de Londres (LME, pelas iniciais em inglês) despencaram 85% nos últimos 12 meses, passando a um nível equivalente a menos de dois dias de consumo mundial. A China, país que é o maior produtor mundial de aço inoxidável, provavelmente aumentará sua produção em 37 % este ano, para 7,35 milhões de toneladas, disse em 21 de março a empresa de pesquisa em metais Roger Agnelli, principal executivo da Vale, visitou Goro este mês, e a empresa "está estudando várias melhorias no desempenho ambiental e em outras áreas fundamentais para garantir um projeto sustentável e rentável", disse Steve Mitchell, porta-voz da empresa, em 6 de março passado. Ele recusou-se a fazer comentários adicionais na semana passada. A BHP Billiton já concluiu mais de 80% das obras em Ravensthorpe, contra os 78% do final de dezembro passado, disse ontem em Noumea Ian Clark, vice-presidente do setor de desenvolvimento de negócios da divisão Nickel West da empresa. As importações do metal por parte da China, o maior consumidor mundial de níquel, aumentaram 86% emfevereiro passado em relação ao mesmo mês do ano passado, disse o departamento alfandegário do país no último dia 22 de março. O níquel para entrega à vista na LME recuou US$ 3.325, ou 6,9 %, para US$ 44.800 a tonelada (US$ 20,30 a libra-peso) em Londres na última sexta-feira, 23 de março. O metal subiu 32 % este ano.
Cobre
Chip Goodyear, principal executivo da BHP Billiton disse que os preços do cobre, do níquel e de outros metais permanecerão altos por várias décadas com o crescimento da demanda por parte da China e da Índia. "Estou entusiasmado a respeito do que testemunharemos durante as próximas décadas, à medida que 2,5 bilhões de pessoas da China e da Índia e de outros países em desenvolvimento entrarem na economia mundial", disse ontem Goodyear em entrevista concedida em Santiago, no Chile. "Será que a China e a Índia serão as próximas razões para um aumento dos preços das commodities por várias décadas? Nós temos certeza de que sim."
Os preços dos metais subiram e alcançaram seus recordes nos últimos três anos.
kicker: As minas de Goro e Ravensthorpe passam por aumentos de custos e há motivo para acreditar em adiamentos, diz o Citigroup

Cade não concordou

Vale do Rio Doce perde contra o Cade no TRF

Fernando Exman e Luciana Collet
Gazeta Mercantil
27/3/2007

Blanaru afirmou também que o fim do imbróglio torna a CSN ainda mais atraente a aquisições por parte de grandes grupos internacionais.
Em seu recurso ao STJ, a Vale contestará o fato de a presidente do Cade, Elizabeth Farina, ter votado duas vezes quando o órgão analisou operações da companhia. Graças à intervenção, o resultado final foi a imposição de restrições mais amplas à Vale. "Esse direito (voto duplo) não é conferido sequer aos presidentes do Superior Tribunal de Justiça, do Supremo Tribunal Federal ou de qualquer outro tribunal", declarou a empresa em nota.
O relator do processo no TRF, desembargador Antônio Souza Prudente, acolheu os argumentos da Vale. Não foi seguido, entretanto, pelos outros dois magistrados que completaram a Turma. A Vale não questiona o mérito da decisão do Cade. Ataca a forma em que o órgão resolveu puni-la. No julgamento do caso, três conselheiros votaram a favor da imposição de restrições à Vale no mercado doméstico. Outros três -entre eles Farina- foram favoráveis à mesma sanção, acrescida de restrições no mercado internacional.
Diante do empate, Farina exerceu o voto de qualidade. A Vale e o relator consideraram ilegítima a duplicidade de votos da presidente. Já a desembargadora Maria do Carmo Cardoso e o juiz federal Carlos Brandão julgaram válidos o voto de Elizabeth que empatou a discussão e o voto de minerva da presidente. Para ambos, o voto de qualidade consta do regimento interno do Cade como uma obrigação da presidente da instituição. "Em 45 anos de Cade, o voto de qualidade já foi aplicado diversas vezes e nunca foi questionado", argumentou o procurador-geral do Cade, Arthur Badin.
Em agosto de 2005, o Cade julgou sete atos de concentração realizados pela Vale. Tratava-se da aquisição de cinco mineradoras e do descruzamento societário entre a CVRD e a CSN. Com as aquisições, segundo o Cade, a Vale passou a deter praticamente o monopólio privado sobre toda a capacidade produtiva de minério de ferro do Brasil. Para garantir a existência de pelo menos um agente no mercado capaz de concorrer com a Vale, o Cade determinou à companhia que vendesse a mineradora Ferteco ou abrisse mão do direito de preferência de compra do excedente de produção da Mina Casa de Pedra. Além do cancelamento da decisão do Cade, a Vale pede que a Justiça determine o pagamento de indenização pela CSN no caso de a Vale optar por romper os contratos da Casa de Pedra.

Tsunami na Amazônia

Onda gigante que atingiu Parintins foi provocada por terremoto

Blog Minha Notícia

Enviada por Reuel Damasceno

Uma onda de cerca de 15 metros de altura se formou no Rio Amazonas e atingiu uma área da cidade de Parintins, Amazonas, fazendo desmoronar quase 300 mil m² de um barranco, formando uma enseada no local.

A força das águas arremessou barcos, peixes, jacarés e destruiu duas palafitas.

Noticiários locais chegaram a especular que o fenômeno, ocorrido no dia 2, foi ocasionado por uma forte ventania.

Após estudos da Ufam (Universidade Federal do Amazonas) descobriu-se, entretanto, que um tremor de terra, semelhante a um pequeno terremoto foi o que realmente provocou a onda.

Os cientistas dizem que não está descartada a possibilidade de surgirem novas ondas provocadas por tremores.

Justiça amapaense quer calar jornalistas


O texto abaixo é uma nota do Sindicato dos Jornalistas do Amapá em apoio à jornalista Alcinéa Cavalcante, que está sendo processada pelo senador José Sarney e pelo desembargador Honildo Amaral (do Tribunal de Justiça do Amapá), por injúria, calúnia e difamação. O relato a seguir, enviado pela jornalista amapaense Alcilene Cavalcante, resume o que pode acontecer quando a Justiça - que deveria ser cega - abre o "olhão".


O blog juntam-se ao demais companheiros jornalistas, blogueiros, publicitários, advogados, economistas, assessores de imprensa, relações públicas, radialistas, médicos, professores e demais integrantes do "cordão de solidariedade", agora também apoiado pelo Sindicato dos Jornalistas do Amapá e pela Asscon - Associação dos Assessores de Imprensa do Congresso Nacional, o qual sou diretor de Comunicação, em protesto aos últimos acontecimentos envolvendo a questão que fere frontalmente o direito de livre expressão.


Alcinéa é um dos nomes mais importantes da imprensa na Amazônia Brasileira e noticiou, como a nota deixa claro, informações de interesse da sociedade brasileira.


O Sindicato dos Jornalistas do Amapá pede apoio à luta em defesa de Alcinéa, por meio de divulgação da referida nota.


Saudações sindicais e democráticas e pela liberdade de expressão.

Informamos que várias entidades representativas da sociedade amapaense apóiam esta luta.

Assina: Volney Oliveira, presidente do Sindjor Amapá (96) 8114-7907


Processos, indiciamentos, censura, mordaça.....

Querem calar os jornalistas amapaenses

Carta Aberta à População

ABSURDO 1: O SENADOR JOSÉ SARNEY

Durante a campanha eleitoral do ano passado, a jornalista Alcinéa Cavalcante publicou no blog alcinea.zip.net, um dos mais acessados no Amapá, uma nota sobre José Sarney, que concorria a um novo mandato de senador pelo Estado. Um internauta acessou o blog e deixou um comentário afirmando que José Sarney fede, fede muito. Que fique bem claro: o comentário foi lançado por um internauta, um leitor, não pela jornalista. Mesmo assim, o blog foi censurado e retirado do ar pelo provedor, no caso a UOL. Como se não bastasse, Alcinéa Cavalcante foi indiciada pela Polícia Federal e está respondendo a processo por injúria, calúnia e difamação.

ABSURDO 2: O DESEMBARGADOR HONILDO AMARAL

Censurada e vendo a sua liberdade de expressão cerceada, Alcinea Cavalcante lançou um novo blog, o alcineacavalcante.blogspot.com. Operando no novo endereço virtual, a jornalista ousou publicar a fotografia de um prédio que está sendo construído (suntuoso para os padrões amapaenses) pelo desembargador Honildo Amaral de Mello e Castro no centro de Macapá, mais precisamente na esquina da rua São José com a avenida Coriolano Jucá. O jornalista Correa Neto, outro profissional dos mais respeitados da imprensa amapaense, reproduziu a fotografia em seu blog (correaneto.com.br) e fez alguns comentários a respeito da grandiosidade do prédio em questão, argumentando que os recursos investidos na construção são incompatíveis com os ganhos do desembargador Honildo Amaral. Detalhe: o nome do proprietário está estampado, para que todos leiam, na placa da construção. Sentindo-se ofendido, o desembargador decidiu processar Correa Neto e Alcinéa Cavalcante por injúria, calúnia e difamação.

OS DONOS DO PODER QUEREM CALAR OS JORNALISTAS

Ações judiciais desta natureza (entendemos como assédio judicial) confirmam que a situação está ficando insustentável para os jornalistas amapaenses. Tudo indica que os donos do poder estão decididos a estabelecer uma indústria da indenização, firmada em perseguições e represálias a jornalistas. Não se pode mais denunciar ou noticiar nada. O profissional que ousar cumprir o seu papel de jornalista está sujeito a ser processado. É um absurdo o que está acontecendo. É cerceamento da liberdade de pensamento e expressão, coisa que não se vê no restante do país – um prejuízo ao estado democrático e de direito, diriam senadores e desembargadores comprometidos com a democracia.

A situação é greve e causará sérios danos aos profissionais de imprensa - e o pior deles é a intimidação. Vamos acionar o Congresso Nacional, o Tribunal Superior Eleitoral, o Conselho Nacional de Justiça e, se preciso for, a Anistia Internacional, para garantir a liberdade de imprensa e o direito da sociedade à informação. Processar Alcinéa Cavalcante e qualquer outro jornalista é pisar na história da imprensa do Amapá, uma história que independe de desembargadores e de senadores importados.

Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Amapá

Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Pará

Federação Nacional dos Jornalistas

Sindicato dos Servidores Públicos Federais

Sindicato dos Bancários Pará/Amapá

Sindicato dos Urbanitários

Conlutas

Associação dos Moradores do Jardim Felicidade I

Associação de Mulheres Empreendedoras

Associação Amapaense de Escritores

Articulação de Mulheres do Amapá

É a notícia do final de semana no meio da Comunicação e Publicidade

Para catitas e assemelhados. Aproximem-se, mas, não me venham com papo de Diogito!?


Radar da Veja (para assinantes).
GOVERNO
O ministro Franklin 20:59
Lula acaba de bater o martelo: Franklin Martins será ministro da Comunicação Social, uma nova e poderosa pasta que englobará a Secom, a Radiobrás (e a futura tevê pública), as verbas de publicidade do governo e a secretaria de Imprensa. Franklin, atualmente no iG e na Band, aceitou agora à noite o convite feito duas semanas atrás por Lula. A posse de Franklin ocorrerá já na semana que vem. O total de verbas de publicidade que o futuro ministro manejará chega perto de 1,5 bilhão de reais, entre a propaganda da administração direta e de estatais como o Banco do Brasil e a CEF. Fora as verbas da Radiobrás e da futura


Toninho, o malvadeza.

Do Lauro Jardim. Coluna Radar. Revista Veja (para assinantes).

CONGRESSO

ACM vai à luta | 15:56
ACM diz para quem quiser ouvir que não descansará enquanto não conseguir empinar a CPI do Apagão Aéreo no Senado. Tudo para ter o prazer de ver Waldir Pires tentando responder o irrespondível.

Amazônia: Esta ilustre desconhecida





Ray Nonato
Praia do Pesqueiro, Soure, Marajó
Brasília – O governo federal, o Congresso Nacional e os governos e parlamentos da Região Norte estão gastando rios de dinheiro com a desculpa de saber o que fazer para salvar a Amazônia do aquecimento global. “Besteira!” – como disse o respeitado geógrafo Aziz Ab’Sáber, 83 anos, à Agência Estado. O relatório das Nações Unidas sobre o aumento da temperatura mundial, divulgado em fevereiro, afirma que a Amazônia se transformará em cerrado. Ab’Sáber lembra que entre 22 mil e 11 mil anos atrás, última era glacial, o mar desceu dezenas de metros devido ao congelamento nos pólos norte e sul. Há cerca de 12 mil anos, a temperatura subiu, o gelo polar derreteu parcialmente e o mar subiu de novo. “Entre 6 mil e 5 mil anos atrás, o calor ficou tal que o nível do mar esteve a 2,80, 3 metros mais alto” – explica o geógrafo.

A Amazônia está levando a breca porque não há política de estado no Brasil e os governantes, todos eles, só pensam em votos, em reeleição, em fazer o sucessor, ou em se perpetuar - de alguma maneira - no poder. “Falam muito do fim da Amazônia pelo aquecimento, mas se esquecem de tudo aquilo que está acontecendo hoje em dia na Amazônia” – adverte Ab’Sáber, referindo-se à devastação da grande floresta por madeireiras e fazendeiros. “Ouvi da boca de um fazendeiro: A terra é minha, e faço com ela o que quiser e quando quiser. Hoje, ele desmata para a agropecuária, mas depois, se quiser, desmata mais da floresta para plantar soja ou cana-de-açúcar.” Para Ab’Sáber, a Amazônia é um estado paralelo: “Só conheço dois estados paralelos no Brasil: os morros do Rio e a Amazônia”.

De fato. A Amazônia só se mantém em pé graças ao dinheiro despejado principalmente da Alemanha, Estados Unidos, Japão e Holanda, R$ 108,9 milhões por ano, segundo levantamento da Agência Estado. ONGs internacionais injetam R$ 31,6 milhões por ano na floresta. A filial brasileira do Fundo Mundial para a Natureza (WWF), que tem sede na Suíça, manda para a amazônia, anualmente, R$ 10 milhões. Dos R$ 9,2 milhões aplicados na floresta, em 2006, o Instituto Socioambiental (ISA), ONG nacional, R$ 7,9 milhões foram captados no estrangeiro.

Em contrapartida, em 2005, os estados da Amazônia Clássica, mais Mato Grosso e Maranhão, aplicaram R$ 96,4 em meio ambiente. Em 2006, o Ministério do Meio Ambiente destinou à Amazônia R$ 58 milhões. O Central Park, de Nova York, dispõe de R$ 52,3 milhões por ano. Em 2005, o estado de São Paulo gastou R$ 824,1 milhões com o meio ambiente.

Diz o pesquisador do Instituto do Meio Ambiente e do Homem na Amazônia (Imazon), Adalberto Veríssimo: “A verba nacional para a Amazônia é irrisória. Temos de pagar juros da dívida, cobrir os recursos obrigatórios de previdência, saúde, educação... Veja a questão da segurança pública... O meio ambiente tem de competir com todas essas demandas. O que sobra é pouco”.

E as populações da floresta? Vivem sob fogo cruzado. O estado não chega a elas. Só para dar um exemplo, no Marajó, Pará, a mais fantástica região do planeta, não há lei. Ratos d’água atacam casas de ribeirinhos e estupram tudo quando é mulher; até idosas.

Em berço esplêndido

É assim que os galos de briga disputam o mercado de jornais no Pará. No Carajás e no Tapajós, ambos, coram de vergonha com a concorrência. Cada vez mais preparada e preparando-se. Fiquem espertos, homis!

Abissal

"É tão vulgar ao reconhecimento esquecer, como à esperança o lembrar"
Gracián y Morales, Baltasar

Ave! Darci

Este blog recebeu e divulga com a alma contaminada de saudades e inominável entusiasmo, a seguinte comunicação.

Brasília, 23/03/2007

Dez anos sem o apóstolo da educação


O intelectual, escritor, professor e ex-senador Darcy Ribeiro foi homenageado pelo Senado em sessão especial nesta semana, uma sessão que marcou os dez anos da morte do antropólogo e educador, que se notabilizou pela luta em defesa do ensino público gratuito e de qualidade, dos índios brasileiros e das reformas sociais no país. Darcy Ribeiro elegeu-se senador em 1990, porém, o câncer impediu que ele concluísse seu mandato.

A reportagem mostra a opinião dos senadores sobre o educador e ainda traz um perfil completo de Darcy Ribeiro.


Subsecretaria de Divulgação e Integração do Senado Federal
Lídia Oyo - Marcio Varella
E-mail: ssdiv@senado.gov.br
Tel: 61- 3311.3335

É o cajado de homem que fugiu no entardecer da existência de uma Unidade de Tratamento Intensivo. Quando adoecer e se adoecer, este blogger fará a mesma cousa. Morrerá rindo da cara de todo mundo. Falta-me, ainda, o Cajado!! Hehehhe.

Senador do Tocantins apresenta proposta plebiscitária do Estado do Carajás no Senado


O senador Leomar Quintanilha (PMDB - TO) apresentou o Projeto de Decreto Legislativo que autoriza a realização de plebiscito para a criação do Estado de Carajás, a partir da emancipação do Estado do Pará. Leia aqui.

Quintanilha é um dos artífices que, ao lado do ex-Deputado Federal e ex-Governador, Siqueira Campos, criaram o Estado do Tocantins, a partir de desmembramento do Estado do Goiás.

O senado tocantinense atendeu o pedido formulado pelo amigo e Deputado Federal Giovanni (PDT-PA).

Logo mais publicarei a íntegra do Projeto de Decreto Legislativo, cujo inteiro teor ainda não está disponível no Banco de Dados do Senado.

Inda é Pará isso?

PARÁ

Cabeleireira e esteticista serão assessoras de governadora

DA AGÊNCIA FOLHA

A governadora do Pará, Ana Júlia Carepa (PT), nomeou como assessoras especiais, lotadas em seu gabinete, a cabeleireira Manuella Figueiredo Barbosa e a esteticista Franciheli de Fátima Oliveira da Costa, que costumam atendê-la.

Os decretos com as nomeações foram publicados no "Diário Oficial" do Estado de 14 de fevereiro e não informavam o salário nem a natureza da atividade que passariam a exercer. As duas profissionais mantêm atividades fora do governo.

A Folha tentou falar ontem com a governadora por meio de sua assessoria, mas não obteve retorno.

A reportagem tentou falar com a cabeleireira e com a esteticista, mas não conseguiu. No salão de beleza que pertence à Manuella Barbosa, a reportagem foi informada por telefone de que a governadora é cliente há "muitos anos" e que hoje a cabeleireira atende a petista no local de escolha desta.

A secretária de Manuella informou que ela não estava no salão ontem e que não podia ser localizada, mas que a cabeleireira entraria em contato hoje com o jornal.

A reportagem falou também com a secretária da esteticista, que informou que ela estava atendendo a uma paciente e só falaria hoje.

O deputado estadual José Megale, líder da bancada do PSDB na Assembléia Legislativa paraense, disse que a oposição irá se reunir nos próximos dias para definir quais medidas irá tomar sobre o assunto. (SÍLVIA FREIRE)

Encontro dos feras

Achava que ninguém ia publicar o encontro de blogueiros na Livraria Jinkings, mas, finalmente, eis que o Walter Jr., do Caneta Sem Fronteiras, registrou tudo e publicou (aqui).

Giovanni Queiroz no programa Direto de Brasília

Duvido! Mas seria ótimo

Reserva legal pode cair para 50% no Pará

O governo do Estado anunciou nesta segunda-feira, 18, durante sessão especial na Assembléia Legislativa, que está negociando com a presidência da República a assinatura de um decreto de revisão da reserva legal no Pará, que passaria de 80% para 50%.

O anúncio foi feito durante sessão solicitada pelo deputado estadual João Salame (PPS) para discutir a situação das indústrias de ferro-gusa de Marabá. A diminuição da reserva legal é uma antiga reivindicação do setor produtivo do Estado.

Os defensores da medida dizem que o Zoneamento Econômico-Ecológico do Estado definiu as áreas de preservação ambiental - transformadas em reserva - e de consolidação da produção. Estas áreas de consolidação já são alteradas pelo homem e teriam reserva legal de 50%.


Onde o calo aperta

Democratização? Como?

Mino Carta

Revista Carta Capital num. 0436

Na mesa, o projeto da tevê estatal. As tradições do poder a brasileira não permitem grandes esperanças

Fala-se muito em democratização dos meios de comunicação, mas não está claro o que se entende por isso. Tempo atrás, a Federação Nacional dos Jornalistas propôs a criação de um Conselho Federal com poderes para definir regras éticas no cumprimento da profissão. O projeto foi abortado no nascedouro, em meio a um debate alimentado pelos inoxidáveis paladinos da chamada liberdade de imprensa.

Vale dizer, porém, que o Conselho Federal não resolveria o problema. A reclamada democratização da mídia depende, obviamente, do avanço geral da nossa incipiente democracia. E se estabelece, em primeiro lugar, por leis antimonopolistas capazes de impedir que um indivíduo, ou uma empresa, seja dono de todos os tipos de meios de comunicação.

É assunto para o Congresso, o qual trai, no entanto, as regras mais elementares da democracia ao permitir que deputados e senadores sejam donos de jornais, revistas, rádios, canais de tevê. A vocação coronelista, o autoritarismo predador dominam o cenário em todos os quadrantes, e qualquer tentativa de aderir à contemporaneidade do mundo parece destinada ao fracasso.

Estamos longe da Europa e dos Estados Unidos, muito longe. Por lá, as leis são severas e cumpridas, vinga a meritocracia, não há diretores de redação por direito divino, patrão é patrão, jornalista é jornalista. Nos EUA, a democratização foi favorecida pela abertura do capital das empresas midiáticas, e tanto ali quanto nas redações européias só entram profissionais.

Recordo que quando trabalhei na Itália, no La Gazzetta del Popolo, de Turim, nunca vi o dono, rico biscoiteiro piemontês, em visita ao jornal. Recordo também de um estágio na Time-Life. Surpreendeu-me que o filho do fundador, o lendário Luce, só tivesse alcançado em sua carreira de jornalista a direção da sucursal de Londres. E os diretores da redação da Time e da Life eram grandes profissionais premiados por currículos brilhantes.

Por aqui, a justa preocupação com a democratização dos meios de comunicação, excitada pela reeleição do presidente Lula contra o esforço maciço da mídia nativa para comprometê-lo aos olhos da opinião pública, deságua nestes dias no projeto de uma televisão estatal, apresentado pelo ministro Hélio Costa.

Caberia à emissora, segundo o ministro, “mostrar as idéias do governo”, levantar temas e relatar situações que a mídia privada descura, sem detrimento da possibilidade de criticar ações governistas, desde que a crítica fosse correta. Lembrei dos tempos da censura da ditadura fardada, quando os generais exigiam que a crítica fosse “construtiva”.

Ora, se não se confundir com calúnia e difamação, a convocar o emprego do Código Penal, todo cidadão, em democracia autêntica, tem direito à crítica, a favor ou contra. Resta ver qual seria o critério usado para decidir o que é correto e o que não é. Justifica largos receios a tradição do poder à brasileira, resumida no ditado “aos amigos tudo, aos inimigos a lei”.

Se o governo cogita de uma televisão pública dedicada a lhe enaltecer os feitos, é certo que não contribuirá à democratização dos meios de comunicação. Temos, nesse campo, o exemplo das estatais européias. Trata-se de instrumentos institucionais, cujo exercício transcende o tempo de um mandato de governo, perenes no serviço ao país e ao Estado. Algo assim como teria de ser um Banco Central.

Que eu saiba, a regra só teve exceção na Itália com Silvio Berlusconi, figura política de desfaçatez sem limites, capaz de impor a ditadura da maioria, enquanto contou com ela. Mas não foi assim antes dele, e não é agora.

Permito-me umas tantas dúvidas a respeito da idéia do nosso governo. Quer dizer, duvido que seja correta, e aqui o adjetivo cabe. Ou ainda, duvido que não contemple a oportunidade pura e simples da autopromoção. Além disso, confesso que, ao ver o ministro Hélio Costa na ribalta, pergunto aos meus botões, embora avessos a Lombroso, até onde vai a validade de outro antigo ditado, “as aparências enganam”.

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