PEC 245/2008 equipara salário de militares no topo da carreira ao de ministro do STM
Funcionalismo federal prepara-se para protestos
Contradição explícita
Para Dulci, a crise financeira internacional é a “falência” do neoliberalismo, e um caminho para superar as dificuldades é o aumento do investimento público na economia. “Não é hora de reduzir gasto público ou investimento social. A hora é de aumentar o investimento público, manter e aumentar os gastos sociais”, discursou.
Mas há 2.120 quilômetros de distância, o ministro do Planejamento, dizia ontem que o governo ainda não tomou uma decisão sobre a preservação dos reajustes salariais do funcionalismo e a contratação de novos servidores públicos federais neste ano. Depois de anunciar um bloqueio “preventivo” de R$ 37,2 bilhões no Orçamento da União, Bernardo ressaltou que os acordos firmados pelo governo só serão cumpridos se não houver uma queda acentuada da arrecadação tributária neste ano. Em seguida, ele deixou claro que o cenário não é dos mais animadores, já que a tendência seria de diminuição na coleta de impostos e contribuições pelo Fisco devido aos impactos da crise na economia brasileira. (CB )
Alguém tem que pagar a conta. No outro lado do balcão a classe média abre mais uma vez a carteira, mesmo na pindaíba, para o chapéu que o governo passa entre as fileiras da missa.
Relator do orçamento diz que não é possível equiparação do reajuste das aposentadorias
Mais aqui.
Aumento dos servidores públicos no "fio da navalha"
Bolha global
Ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, diz que se perda de receita for maior que R$ 15 bilhões, aumentos negociados serão “insustentáveis”
Bernardo, do Planejamento: no momento, servidores não estão ameaçados
Os reajustes de salários negociados com pelo menos 16 categorias do funcionalismo público e 750 mil militares não estão garantidos. A indicação de que os aumentos podem não ser concretizados foi dada ontem pelo ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, caso a perda de receita no Orçamento de 2009 supere a previsão inicial de R$ 15 bilhões.
O ministro afirmou que, se o efeito da crise for pior que o imaginado na economia brasileira, com um cenário mais grave de perda de arrecadação, o governo terá que revisar todos os números. Ele acrescentou que o impacto dos reajustes para os servidores pode ficar “insustentável do ponto de vista orçamentário”.
Na entrevista, Paulo Bernardo não não explicou de que forma a redução da receita impactaria nos reajustes. Como os aumentos previstos para este ano já estão sendo pagos, os condicionamentos feitos por ele só podem estar relacionados às parcelas a serem pagas em 2009 e 2010.
A realização de concursos, nomeação de aprovados e substituição de terceirizados também podem estar na berlinda. “Se isso ocorrer (redução de arrecadação além do previsto), esse cronograma, com certeza, terá que ser alterado”, disse. “Mas havendo necessidade de adequação, o problema não é a realização do concurso, que não gasta nada, mas os atos de nomeação”, observou.
Paulo Bernardo disse, por outro lado, que se o rombo se mantiver na projeção de R$ 15 bilhões não haverá ameaça para os servidores. “Com esse patamar de perda, tenho certeza que teremos condições de resolver durante o ano, uma vez que essas despesas já estavam previstas”, ponderou o ministro.
As medidas provisórias 440 e 441 que implementarão os aumentos salariais já foram aprovadas no Senado e aguardam decisão da Câmara dos Deputados.
Ele destacou que técnicos do Ministério do Planejamento e do Congresso irão trabalhar na definição de critérios para os cortes que serão necessários a partir dessa perda de receita. Entretanto, reafirmou que estarão preservados os investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC ) e os programas sociais do governo. “Todo o resto está passível de corte, seja de custeio ou investimento”, disse numa clara indicação de preocupação com a despesa com pessoal.
Os gastos com funcionários públicos são um dos maiores do Orçamento. De acordo com a previsão do governo, a despesa passa de R$ 133,3 bilhões este ano para R$ 155,3 bilhões em 2009.
Tendo o funcionalismo como um grande potencial de eleitores para a eleição de 2010, o governo fez ao longo desse ano amplas negociações salariais. Pelo menos 780 mil servidores de 16 carreiras foram beneficiados com aumentos, cujo impacto, somente este ano, é estimado em R$ 3,5 bilhões. E isso sem contar o aumento dado a outros 750 mil militares. Nesses acordos, os índices de correção variaram, mas houve casos de aumentos de até 238%.
Na última quinta-feira, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, chegou a fazer um apelo aos senadores para vetar qualquer tentativa de aumento ao funcionalismo e despesas da Previdência Social.
No dia seguinte, o ministro Paulo Bernardo afirmou que o colega da Fazenda não se referiu ao reajuste dos servidores quando pediu ao Senado para votar contra o aumento das despesas com pessoal, mas a outros projetos em tramitação no Congresso.
PIB mais baixo
Pela primeira vez desde a eclosão da crise, o governo admitiu que a economia crescerá menos em 2009. Segundo Paulo Bernardo, a meta de expansão de 4,5% do Produto Interno Bruto Brasileiro (PIB) vai ser rebaixada para 3,7% a 3,8%.
Ministro pede aos parlamentares apoio contra aumento do funcionalismo
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MP do reajuste sai até o fim do dia
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Relator inicia leitura do parecer da MP 431 que concede aumento ao funcionalismo público federal
O parecer do relator acaba de ser lido em Plenário, mas, por acordo a votação só se dará na terça-feira, 15, em sessão extraordinária.
Plenário da Câmara tenta acordo para votação da MP que concede aumento ao funcionalismo federal
Val-André Mutran – Os líderes partidários tentam chegar a um acordo para a votação ainda hoje da Medida Provisória 431/08, que concede reajustes a 16 carreiras federais e aos militares das Forças Armadas, abrangendo cerca de 800 mil servidores.
A oposição não entrou em obstrução, porém, há uma preocupação em relação à garantia da paridade salarial de várias categorias do serviço público federal.
A paridade é garantida nas Emendas Constitucionais de nº 41 e 47 da Constituição Federal. Portanto, uma MP, ou uma Lei infraconstitucional não tem força para derrubá-la.
Greve geral em oito agências reguladoras
Medida Provisória concede aumento à 1,5 milhão de civis e militares
Temendo ameaças de greves em setores estratégicos do funcionalismo e pressionado pelos sindicatos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou ontem a medida provisória (MP) mesmo sabendo das pressões da oposição que ameaça voltar a obstruir os trabalhos do Congresso Nacional caso o Executivo não diminua o número de MPs sem os chamados requisitos constitucionais de urgência e relevância.
A MP proposta, que contempla 17 categorias e as Forças Armadas, estava em análise e até a semana passada tinha o formato de projeto de lei. Graças a acordos políticos entre os partidos da base aliada e da oposição no Congresso Nacional o texto foi transformado em MP. Os reajustes são escalonados até 2010 e 2011 e retroativos a 1º de março.
No contracheque, o ganho será de até 137,28% , dependendo da carreira, do nível funcional e do perfil do servidor. Entre as categorias contempladas estão professores das universidades federais, servidores administrativos da Polícia Federal, funcionários do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), servidores do Hospital das Forças Armadas (HFA), do Plano Geral de Cargos do Poder Executivo (PGPE), da Previdência, da Saúde e do Trabalho, além de fiscais agropecuários. Só com os civis o gasto total estimado é de R$ 3,5 bilhões — R$ 100 milhões a mais do que consta no Orçamento.
Já a folha de pagamento dos militares passará de R$ 27,6 bilhões para R$ 31,8 bilhões neste ano. Em abril, o governo anunciou reajustes para as Forças Armadas em percentuais diferenciados por patente e parcelados anualmente. O índice médio de aumento para a tropa ficou em 47,19%. O primeiro, retroativo a janeiro, será de 8%. Os outros dois, de 3,64% cada um, incidirão sobre os ganhos de julho e outubro. Com isso, o menor salário entre os militares será o dos 82,2 mil recrutas (R$ 471). A maior remuneração bruta será de R$ 15.048,19, paga aos oficiais generais de quatro estrelas, o último posto da carreira.
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