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Oposição centra ataques em Dilma

Os tucanos decidiram centrar ataques a ministra chefe da Casa Civil Dilma Roussef . Querem processá-la com outros 14 assessores palacianos.

“A produção do dossiê foi um ato imoral. A ministra instaurou apuração do vazamento, e não de quem fez o documento. É uma prática de improbidade”, disse o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), sub-relator da CPI dos Gastos Públicos, apelidada de CPI dos Cartões.

Sem força na CPI, a oposição decidiu entrar com uma representação no Ministério Público Federal em Brasília para que seja aberto uma ação contra a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, por improbidade administrativa no caso do dossiê com gastos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. O pedido será protocolado na próxima segunda-feira. O documento foi finalizado na noite de ontem pelo deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP) e inclui ainda outros 14 servidores da Presidência da República. Entre eles, a secretária-executiva da Casa Civil, Erenice Guerra; sua chefe de gabinete, Maria de La Soledad Castrillo; o secretário de Administração, Norberto Temóteo Queiroz; e José Aparecido Nunes Pires, ex-secretário de Controle Interno da Presidência da República, todos suspeitos de envolvimento na criação do dossiê.
Fonte: CB

É de lascar!

A frase que não foi pronunciada: “A igualdade racial dos cartões me deixou confusa.”

Ministra Matilde, pensando na justificativa para a troca dos cartões por causa da mesma cor.

Dilma é o foco para estratégia da oposição e adversários intestinais

Análise da notícia - Os prejuízos de Dilma

Tanto faz como vai terminar o caso do dossiê. A ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, já contabiliza estragos gigantescos. A crise a pegou em um momento delicado, quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva começava a articular seu nome como pré-candidata às eleições de 2010. Isso fez dela um alvo. Não apenas para a oposição, mas também para adversários internos do PT.

Do ponto de vista de Lula, Dilma demonstrou uma qualidade importante nessa crise: a lealdade. Ela vem se esforçando para seguir à risca as orientações do manual de crise do Palácio do Planalto. O problema é que não está se saindo bem na tarefa. Demonstrou irritação nas entrevistas, perdeu a calma e deixou o governo apavorado com a idéia de vê-la depondo em uma CPI. Não conseguiu demonstrar a frieza e o jogo de cintura exigidos de um presidenciável. (GK)

Raul Jungmann - relaxando com dinheiro público

Agência Brasil



























Sempre muito ativo nos movimentos que exigem a ética parlamentar, o ex-ministro da Reforma Agrária de FHC, Raul Jungmann, até ontem, vangloriava-se que teria sido o 1.o ministro à abrir publicamente as contas de sua gestão.


Ótimo.


A Controladoria-Geral da União decidiu que vai investigar o paladino da moralidade por pagar uma série de despesas essencialmente pessoais, portanto, que deveriam ter sido pagas com dinheiro do próprio bolso.

Diante dos indícios de irregularidades, o CGU quer saber, direitinho, os gastos do deputado Raul Jungmann (PPS-PE) no período em foi ministro do Desenvolvimento Agrário (1996-2002), tais como o uso do dinheiro público para comprar seis pacotes de pipocas para microondas, 20 lanches do McDonald's e pagar uma massagem de R$ 60 feita no Rio. Para a CGU, essas despesas são, em princípio, impróprias.


Jungmann reagiu à decisão da CGU dizendo esperar que o órgão faça o mesmo com as contas do presidente Lula e de todos os atuais ministros.

Só vale investigar o vazamento

A Polícia Federal entrou no caso do vazamento do dossiê dos gastos de FHC.
Em enquete encerrada no último domingo pelo blog, nada menos que 90% dos leitores acham que o governo apresentou uma versão mentirosa desde o início do caso, iniciado há duas semanas atrás com denúncia da revista Veja.

Em artigo publicado hoje na Folha de S. Paulo, intitulado "Baixou Polícia", a jornalista Eliane Cantanhêde resume a ópera bufa.

Quanto mais a imprensa mexe, remexe e junta os "ossinhos de galinha", mais vai surgindo um "dinossauro" dentro da Casa Civil. A estratégia de comunicação do governo tem enorme responsabilidade nisso. Quando surgiu a história do dossiê, Dilma Rousseff e Franklin Martins deveriam ter ido direto ao ponto: existe, está sendo coletado a partir do dia tal, pela equipe tal, abrangendo o período tal. Não é por nada. Só para a necessidade de a CPI pedir os dados ao Planalto.

A gritaria continuaria um pouco, com a imprensa cobrando e condenando o uso da máquina do Estado para constranger adversários políticos. Mas a novela do dossiê, sem novos capítulos, tenderia a perder audiência. Até porque o governo tem maioria na CPI da Tapioca, e a oposição late, mas não morde. Dilma Rousseff e Franklin Martins, porém, têm vocação para a guerra. Multiplicam versões que caem uma atrás da outra e se mantêm de prontidão, não para a defesa, mas para o ataque.


O resultado são duas novas frentes de batalha: a Polícia Federal e, talvez, uma nova CPI exclusiva no Senado, com maior equilíbrio de forças. O que se resolveria com a comunicação virou caso de polícia. Se Lula se irritava com "um clandestino" no Planalto, pode se preparar para vários "clandestinos". PF e CPIs seguem aquela velha regra: sabe-se como começam, nunca como acabam. E com a PF não há, ou não deve haver, negociação e acordo. Senão, o dossiê do uiscão vira o dossiê do uiscão e... da PF.


A imprensa, por vocação e por obrigação, "briga" pela notícia, pela informação, pela verdade. Dilma e Franklin deveriam ter respirado fundo e tirado os ossos da Casa Civil. Como? Com notícia, informação, verdade. Simples assim. Quando um não quer, dois não brigam. E não baixa a polícia. A não ser que o dinossauro seja ainda mais feio do que parece.

Dilma Roussef – Coletiva ressaltou seu desgaste

Ag. Brasil



Ficou patente o desgaste da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), ontem, durante a entrevista coletiva no Palácio do Planalto sobre o caso do dossiê do cartão corporativo.

A explicação que mais confundiu foi o fato admitido pela principal ministra de Lula que os computadores da Casa Civil são violáveis, "por hackers", ressaltou. “Há a possibilidade de um computador da Casa Civil, portanto um bem público, ter sido invadido".

Dilma disse que: “Eu acho estarrecedor a escandalização do nada feita acerca dos gastos da Presidência da República”.

Menos Dilma, menos.

Não tem nada de estarrecedor como quer fazer convencer a ministra com os gastos da Presidência?

O eleitorado que possivelmente poderá votar em Dilma caso for a candidata à sucessão de seu chefe, não vai gostar nem um pouco de saber que houve manobras orquestradas sob sua supervisão para esconder que os saques em dinheiro vivo, compras absolutamente surpérfluas e luxos inconcebíveis num país em que a pobreza grassa para todos os lados, é moeda corrente no andar de cima.

O povo brasileiro exige o direito de saber como é gasto o dinheiro arrecadado com o suor de seu trabalho na forma de impostos cada vez mais escorchantes para pagar a mordomia dos inquilinos do poder.

Ninguém dá conta com os "aloprados" do Planalto

Os perigos do atalho
Por Gustavo Krieger

“As grandes crises enfrentadas por Lula nasceram das entranhas do governo. Em todas elas, alguém, no ministério ou no PT, decidiu substituir o caminho da democracia pelo atalho da esperteza”

O governo Lula tem duas faces. A pública, que acerta na condução da economia, desenvolve programas sociais gigantescos e garante ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva índices recordes de popularidade. E a outra, sombria, que vive a se enredar em manobras subterrâneas, erradas do ponto de vista moral e desastradas na prática. A mais recente é a crise política detonada pelo dossiê fabricado na Casa Civil com informações sobre gastos em cartões corporativos no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Apesar do que possa parecer, não há uma contradição. As duas faces estabelecem a identidade do governo.

A crise atual é uma repetição de outras. A mais famosa foi a do mensalão, quando se descobriu que o PT montara um esquema de caixa 2 para financiar partidos da base de apoio do governo e ampliar a sustentação a Lula no Congresso. Depois vieram outras, como o caso dos petistas “aloprados” que foram presos quando tentavam comprar um dossiê contra tucanos no final da campanha de 2006. Todas têm como característica em comum serem crises internas, nascidas das entranhas do governo. Em todas elas, alguém, no ministério ou no PT, decidiu substituir o caminho da democracia pelo atalho da esperteza.

O mensalão nada mais foi que a tentativa de trocar a negociação tradicional no Congresso, que inclui desde o fisiologismo até concessões políticas, por uma relação hierarquizada. O PT bancava as contas dos aliados, portanto não precisaria ceder mais nada. Todo mundo sabe como a história terminou.

O mesmo acontece no caso atual. Há semanas, todo mundo em Brasília sabe que o governo montou um dossiê sobre gastos do governo Fernando Henrique. E como todos sabem? Porque o governo contou. Em conversas reservadas com jornalistas, ministros se vangloriavam de ter reunido munição suficiente para destroçar a oposição, caso eles insistissem em criar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre os cartões corporativos. Aos poucos, pipocaram nos jornais notinhas sobre gastos exóticos da administração tucana, que só poderiam vir de quem tinha a guarda dos dados. Ou seja, a Casa Civil.

Num primeiro momento, pareceu dar certo. Intimidada, a oposição fez um acordo de não-agressão, que deixava fora da agenda da CPI os gastos da Presidência da República, tanto sob Lula quanto sob FHC. Quando a existência do dossiê ficou provada, o jogo mudou. Os oposicionistas reagiram com a indignação de praxe, como se não soubessem de nada antes. Viram na crise uma chance de derrubar a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, braço direito de Lula e possível candidata à sua sucessão em 2010.

Já o governo passou a empilhar desculpas. Primeiro disse ter reunido as informações a pedido do Tribunal de Contas da União (TCU). Depois, que eram uma preparação para ajudar a CPI. Finalmente, refugiou-se num eufemismo. Diz que não existe um dossiê e sim um “banco de dados”. Bobagem. Ninguém desconhece qual era a intenção ao juntar a papelada.

Por enquanto, o governo resiste a sacrificar qualquer peça no tabuleiro. Dilma defende os funcionários da Casa Civil acusados de elaborar o dossiê. E Lula protege Dilma. Ainda não se sabe como essa encrenca vai terminar. O presidente sobreviveu a crises que derrubaram outros auxiliares fundamentais, como José Dirceu, Antonio Palocci e Luiz Gushiken. Aliás, essa é a marca fundamental deste governo. Aconteça o que acontecer, Lula sobrevive.

Foi o presidente quem cobrou dos ministros e de sua bancada uma reação aos movimentos da oposição em torno da CPI dos Cartões. Mas ninguém dirá isso. Porque Lula é o governo.

Há um bom tempo, desde o escândalo do mensalão, o presidente aposta que as crises políticas não contaminem a relação do governo com a maioria dos brasileiros. Avalia que a face pública do governo vai prevalecer. Até aqui, deu certo. Mas é perturbador ver que a outra face, a da esperteza, surge como um fantasma a cada esquina. E perceber que as duas são indissociáveis.

Fonte: Correio Braziliense

Orlando Silva no fio da navalha

O presidente Lula já decidiu: vai substituir o ministro dos Esportes Orlando Silva e já pediu ao PCdoB a sugestão de nomes para a vaga.

Senadora tucana escolhida para presidir CPI dos Cartões

A senadora Marisa Serrano (MS), vice-presidente do PSDB, é o nome escolhido pelo partido para presidir a CPI mista dos Cartões Corporativos.

PSDB terá presidência da CPI dos Cartões Corporativos

Falta definir o nome.

Lula convoca PMDB para reunião secreta

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai reunir hoje à tarde, no Palácio do Planalto, toda a cúpula do PMDB, os líderes no Congresso e os quatro ministros do partido (Agricultura, Integração Regional, Comunicações e Minas e Energia). José Gomes Temporão, da Saúde, e Nelson Jobim, da Defesa, também participarão da audiência, embora dirigentes do PMDB não os considerem integrantes da cúpula. O motivo oficial da convocação não foi revelado pelo Planalto.

No entanto, a reunião acontece justamente a uma crise entre governo e oposição no Senado, em torno do comando da CPI Mista dos Cartões Corporativos. O PMDB está no centro dessa crise, porque pelas regras regimentais é à legenda que cabe a presidência da CPI, reivindicada pela oposição (DEM e PSDB). Mas o impasse foi agravado, porque o PT, setores do Planalto e o próprio presidente Lula resistem a partilhar o comando do inquérito com os seus adversários no Congresso.

Embora o ministro das Relações Institucionais, Múcio Monteiro, tenha dito ontem, no Rio, que o governo concluiria hoje as negociações de uma dezena de cargos no setor elétrico, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse que a definição será só amanhã. Lobão obteve do presidente Lula a delegação para resolver a questão, mas depende ainda de um julgamento do Tribunal de Contas da União (TCU), que examina um recurso contra o ex-presidente da Eletronorte, José Antonio Munir Lopes, indicado para presidir a Eletrobrás.

A segunda pendência da lista de indicações do PMDB é a presidência da Eletronorte, para a qual o deputado Jader Barbalho (PA) indicou Lívio Rodrigues de Assis. Investigação preliminar da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) apontou a existência de processos contra Assis na Justiça Federal e na Fazenda Nacional. Segundo o ministro Lobão, no entanto, o afilhado de Barbalho já deu ao governo todas as explicações e disse que depende disso para fechar as indicações. "Não estou pedindo para liberar a indicação de quem quer que seja. Peço apenas para que digam sim ou não. Se ele estiver habilitado, as nomeações podem sair amanhã", explicou o ministro. Informações da Agencia Estado - Christiane Samarco

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