Amazônia avalia estrutura e orçamento da Sudam

A reestruturação da Sudam e sua disponibilidade orçamentária para este ano serão analisadas nesta terça-feira (13) em audiência pública na Comissão da Amazônia, Integração Nacional e de Desenvolvimento Regional.

O deputado Sebastião Bala Rocha (PDT-AP), que propôs a realização desse debate, lembra que a Sudam é um importante instrumento de desenvolvimento para a região amazônica. "A reestruturação do órgão trouxe de volta a esperança para mais de 20 milhões de brasileiros que residem na região. No entanto, essa esperança pode ser transformada em frustração, haja vista a limitação de recursos disponíveis no orçamento da Sudam para este ano", alerta.

A audiência também vai avaliar os projetos do Banco da Amazônia (Basa) para fomentar o desenvolvimento na região.

Foram convidados para o debate o superintendente, a diretora de administração e o diretor de Planejamento e Articulação de Políticas da Sudam, respectivamente, Djalma Bezerra de Mello, Georgett Motta Cavalcante e Pedro Calmon Pepeu Garcia Vieira Santana; e o presidente do Banco da Amazônia, Abidias José de Sousa Júnior.

Fonte: Ag. Câmara

Comissão vai resgatar dados sobre Guerrilha do Araguaia

A Comissão de Direitos Humanos e Minorias realiza audiência pública na quarta-feira (14) para atualizar e resgatar informações sobre a Guerrilha do Araguaia.

O debate foi proposto pelo presidente da comissão, deputado Pompeo de Mattos (PDT- RS). Ele afirma que, "a despeito das versões, perduram dúvidas que ainda causam sofrimento às famílias dos desaparecidos, privados do direito de sepultar seus mortos. O objetivo da comissão é reunir todas as informações disponíveis para permitir a localização dos restos mortais dos desaparecidos. Mattos afasta qualquer intenção de alimentar ressentimentos ou intenções revanchistas. "O que existe é uma ação de Estado civilizado. As incertezas dificultam a ação reparadora, indispensável para encerrar esse assunto e concluir a justa reconciliação", disse.

Convidados
Foram convidados para a audiência:
- o tenente de reserva do Exército José Vargas Jimenez, que chefiou um dos grupos de combate;
- o relator do processo sobre a abertura dos arquivos da guerrilha na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Nélio Roberto Seidl Machado;
- o presidente da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça, Paulo Abrão Pires Júnior;
- o ex-soldado do 52º Batalhão de Infantaria de Selva Raimundo Antônio Pereira;
- o ex-soldado do 52º Batalhão de Infantaria de Selva Lorivan Rodrigues de Carvalho;
- Manoel Leal Lima, camponês que atuou como guia de grupo das ações de combate do Exército na região da guerrilha;
- Lúcia Regina Martins de Souza, ex-guerrilheira;
- a jornalista e pesquisadora da "Guerrilha do Araguaia" Myrian Luiz Alves.

A audiência está marcada para as 14 horas, no plenário 9.

Fonte: Ag. Câmara

O Exército, seus antagonismos e o estado de bem-estar social

Texto enviado pelo jornalista Davis Sena Filho, jornalista dos melhores e um dos bons amigos deste blogguer em Brasília.

O Exército, seus antagonismos e o estado de bem-estar social
Davis Sena Filho, é jornalista em Brasília

O Exército Brasileiro serve como referência para exemplificar o estado de bem-estar social. Sou filho de um oficial de Cavalaria do Exército. Até os 21 anos tive contato rotineiro com a vida militar, pois morei em prédios e casas pertencentes ao Exército Brasileiro, fui sócio de clubes do Exército, muito bons por sinal, fui atendido por clínicas e hospitais militares, fui às compras em mercados militares, no interior do Rio Grande do Sul e freqüentei festas, reuniões, confraternizações em âmbito militar. A minha primeira namorada era filha também de um oficial, este de Engenharia.
O único benefício do Exército que não usufruí foram os bancos escolares. Estudei em escolas públicas e particulares, mas o fato é que a instituição militar tem escolas de alto nível, sejam elas de ensino fundamental, secundário e acadêmico. Além disso, o Exército paga salários, religiosamente em dia, e permite que seus oficiais e praças se transfiram de cidade para cidade, de estado para estado, a favorecer, desse modo, seus integrantes no sentido de terem a oportunidade de conhecer o Brasil e as diversas culturas de seu povo, o que é conveniente para instruir os militares.
Lembro que existiam oficiais que eram arredios a mudanças, mas meu pai e minha mãe gostavam e eu achava que o fato de mudar era muito interessante e útil para o meu conhecimento sobre o País. A vida dos militares é igual a de qualquer cidadão civil. Eles têm as mesmas necessidades, sonhos e desejos de qualquer um, que não seja militar. Mas há uma questão fundamental. Os militares, geralmente, têm uma vida profissional regida por um regulamento severo. Não poderia ser de outra forma, pois o Exército é o braço armado da sociedade. Onde há armas, tem de haver controle e por isso, muitas vezes, os civis confundem a disciplina rígida dos militares com autoritarismo.
Conheci muitos militares democráticos e muitos civis autoritários e até mesmo tirânicos, inclusive no jornalismo. Conheci familias de militares abertas a conceitos e novidades e famílias de civis fechadas a qualquer coisa que não entendessem ou viessem trazer mudanças em suas vidas, mesmo se fossem para melhor. Agora, a questão fundamental são os paradoxos, os antagonismos do Exército em relação ao jeito de viver de seus integrantes e como os militares que chegaram ao poder em 1964 enxergavam a sociedade civil.
Os militares que ascenderam ao poder viviam em uma época maniqueísta, onde a luta ideológica, por intermédio da propaganda e até mesmo da luta armada era a tônica. O mundo era dividido em dois mundos econômicos e políticos, que eram capitaneados pelos Estados Unidos (capitalista) e a União Soviética (comunista), atual Rússia. Os militares brasileiros e, conseqüentemente, sul-americanos, pertenciam, digamos, ao "time" do mundo capitalista e, portanto, ser comunista, principalmente no cone sul era uma questão de muita coragem, pois os militares, como áulicos de um regime de força, perseguiam incessantemente a oposição, de todas as formas e maneiras, a fim de que o regime socialista inaugurado pela União Soviética em 1917 não se tornasse vitorioso no chamado mundo ocidental capitalista "democrático", liderado pelos estadunidenses, que, após a II Guerra Mundial, passaram a dominar, com mão de ferro, a economia mundial e a determinar como os países ocidentais deveriam agir para que idéias e conceitos socialistas fossem melhor combatidos. A história conta como isto foi feito: por meio de regimes de força, regimes ditatoriais.
Enquanto os militares administravam o Brasil, com um crescimento econômico recorde no mundo na década de 1970, o País também deixava de ser, definitivamente, rural, ao passar a ser urbano e industrializado, apesar de seu atraso no que concerne ao seu desenvolvimento social, que deixa muito a desejar até os dias de hoje. No fim da década de 60, no decorrer da década de 70 e no início da década de 80 os militares colocam em prática estratégias elaboradas, inicialmente pela CIA estadunidense, juntamente com o Serviço Nacional de Informação (SNI), para combater os chamados "subversivos", alcunha de época dada àqueles que, como diz o Dicionário Aurélio, "pretendem destruir ou transformar a ordem política, social e econômica estabelecida" pelo establishment mundial.
O establishment impõe as regras de mercado aos países do terceiro mundo e, quando questionado, coloca em prática sua política externa, que não é feita pela diplomacia e sim pelo porrete, como ocorreu em Panamá, Venezuela — há pouco tempo, quando quase derrubaram o presidente Hugo Chávez —, em Granada, Afeganistão, Irã, lraque, Palestina, Vietnã, El Salvador, Nicarágua, Coréia e muitos e muitos outros países, cujos povos, pobres e humildes, têm de aturar todo tipo de humilhação e violência perpetradas pelos que se acham os donos do mundo — os Estados Unidos da América.
Foi neste clima de histerismo político que os militares mandaram no Brasil. Órgãos de informações das Forças Armadas (Codi, Ciex, Cisa e Cenimar), além do SNl e as polícias Militar e Civil (DOI) passaram a determinar a política de combate aos subversivos, ou seja, à esquerda brasileira. Comunistas e socialistas e até mesmo empresários nacionalistas ou simples sindicalistas, aqueles que, por exemplo, defendiam um Brasil onde os brasileiros tivessem seus direitos civis garantidos ou que questionavam o regime de força vigente, ao exigir a abertura do regime e que fosse dada anistia aos presos políticos e aos exilados, eram combatidos severamente, de forma cruel e, quando da tortura, de maneira desumana.
Lembro-me bem daqueles tempos. Apesar de ser novo em idade, percebia como funcionava a política brasileira. No meio militar e também civil não se falava em política, bem como nas escolas onde fui matriculado. Quando se falava em política, falava-se baixo. Quando se lia algum livro considerado "subversivo", lia-se de forma discreta, escondida. Muitos militares legalistas, democráticos foram presos e expulsos de suas corporações e quem não foi preso e nem expulso cometia atos como, por exemplo, queimar livros. Livros como os escritos pelo economista Celso Furtado ou que falassem do presidente João Goulart ou do governador Leonel Brizola.
Uma vez, em 1978, na casa da minha namorada, na 209 Sul, em Brasília, comentei com o pai dela, que tinha a patente de major: "Esquisito, o jornal fala de eleição no Congresso, diz que o general Figueiredo foi eleito mas eu não votei. Que eleição é essa?" O militar mudou de assunto e sua mulher me olhou espantada, ou melhor, surpresa, pois ninguém falava de política e o meu ex-futuro sogro não ficou temeroso e nem irritado, era um homem democrático, apenas riu e olhou para sua mulher, como se dissesse: "Olha o Davis, mesmo sem informação, por causa da censura, questiona o que ainda não compreende".
Naquela época nada era questionado, somente o MDB questionava alguma coisa, pois era o partido de oposição e mesmo assim passava por situações, digamos, perigosas. A maioria dos militares, oficiais inclusive, não sabia o que acontecia nos porões da ditadura militar. Esses profissionais viviam na caserna, ocupados com suas responsabilidades, a pensar na educação de seus filhos e preocupados para que não faltasse o feijão de amanhã na mesa de seus lares. Quem se meteu na chamada "Guerra Suja" foram os militares (políticos) ambiciosos e ideológicos e os boçais, fanáticos e pouco questionadores.
Os primeiros se preocupavam com política desde 1930, quando Getúlio Vargas ascendeu ao poder ao derrotar a política do café com leite. Os segundos eram paus-mandados, os tais "vibradores", que participavam, entre outras organizações, do DOI-Codi e se envolveram com policiais. Um adendo: Getúlio acabou com a política do café com leite porque ela privilegiava os estados de Minas Gerais e São Paulo que eram contrários à industrialização do País, a fim de que os cafeicultores e os grandes pecuaristas permanecessem no poder por tempo indeterminado. Em 1932, esses fazendeiros tentaram retornar ao poder, mas Getúlio deu fim àquela aventura elitista, que apenas visava impedir que o fundador do trabalhismo brasileiro iniciasse a revolução social que a maioria do povo brasileiro esperava. Esta é a verdade, rotineiramente deformada nos meios de comunicação e nos meios acadêmicos.
Volto aos militares. Para se ter uma idéia, a Operação Bandeirantes (Oban), criada em 1969 pelo comandante do II Exército (São Paulo), general José Canavarro Pereira, foi também uma idéia de civis — notadamente grandes empresários. Esses homens endinheirados faziam fé à direita tanto quanto os generais. Afinal de contas, a classe empresarial é a alma do capitalismo, e o que se sabe empresário visa o lucro. Se repressão e violência aumentassem os lucros e os deixassem "em uma boa" com os militares e os policiais, porque, então, não apoiar o sistema ditatorial, nascido do antagonismo entre o capitalismo estadunidense e o comunismo soviético? Até hoje muitos desses empresários estão atuando na política nacional, ao ocupar altos cargos e mandar, como autênticos coronéis que são, em seus estados de origem.
De formação conservadora, os militares, principalmente os oficiais, têm uma noção de brasilidade desenvolvida. São sérios e profissionais, disciplinados e organizados. São, também, honestos. Tudo funciona dentro de uma instituição militar. Só que, quando os generais alçaram a Presidência da República, ao ter que negociar diariamente com os civis e conviver com os princípios que norteiam os mercados dos diversos segmentos econômicos de uma sociedade, eles não compreenderam e, se compreenderam, não se esforçaram para se adaptar aos novos tempos, pois vivem em um "mundo socialista", mesmo sendo o Exército uma instituição conservadora, pró-capital, que combateu, incansavelmente e cruelmente, a esquerda brasileira.
Por isso, afirmo-lhes: o Exército é socialista em sua forma administrativa e social, mas defensor do regime de mercado liderado pelos países capitalistas desenvolvidos. A instituição verde-oliva é a guardiã do estado e do governo, seja ele democrático ou não, de esquerda ou de direita. Quando o Exército resolveu reprimir a esquerda, quando foi acusado de torturar presos políticos, ele maculou seu nome e deixou muitos militares contrariados com essas ações e com alguns de seus pares que entraram na aventura da repressão.
O militar tem o direito de ser político. Ele é um cidadão como qualquer outro. Só que se quiser ser político que entre em um partido e dispute o pleito de forma democrática. Se eleito, parabéns. Os Estados Unidos e a França já tiveram alguns generais em suas presidências. O marechal Eurico Gaspar Dutra foi eleito presidente em 1945. Tudo bem. Agora, militar liderar e compactuar com um movimento armado para derrubar presidente eleito constitucionalmente, como em 1964, é um absurdo, não é tolerável, é ilegal e por isso não é correto.
Quando era jovem, admirava meu pai e seus colegas de profissão por serem honestos e terem uma carreira digna, apesar da possibilidade de uma guerra, mesmo ao se tratar do Brasil, País que não participa há muito tempo de um conflito armado. Mas ficou esta imagem do Exército Brasileiro em minha retina e memória. A de ser uma instituição voltada ao bem-estar de quem a ela pertence. Os militares têm uma vida segura, trabalham para o estado — que é o grande empregador de qualquer país —, têm acesso ao estudo, à saúde, ao esporte, ao lazer e à moradia. Não recebem altos salários, mas eles também não são baixos. Conhecem o País e, apesar de haver competição entre os oficiais, o que é natural, vivemos em uma sociedade competitiva, há respeito entre os militares.
Somente há um fato a lamentar. Apesar do Exército ser socialista no que tange à sua rotina, ele é capitalista no que se refere à defesa do sistema colonialista brutal imposto pelos países desenvolvidos. Tanto que combateu os socialistas e fez Luís Carlos Prestes sofrer — um político de grande envergadura e referência moral, fruto da farda do Exército, onde se tornou oficial. Talvez o socialismo seja tão bom que esta instituição bicentenária tenha querido o socialismo somente para ela.
Eu ainda sonho com um estado de bem-estar social. Um estado para o Brasil como os estados dos países escandinavos, dos países baixos e outros como a Austrália, a Nova Zelândia, o Canadá, a França, a Inglaterra e a Espanha. Caro leitor, eu falo do socialismo democrático e não de ditaduras socialistas, que são tão terríveis quanto às ditaduras apoiadas pelos Estados Unidos na América Latina e em outros continentes. Por isso, considero o estado e o governo norte-americanos ditatoriais, principalmente após a derrubada das torres gêmeas, em Nova Iorque.
O tempo passou. Segui minha vida de paisano, palavra esta que define ser civil para os militares. Há 26 anos não convivo com suas comunidades, em se tratando de rotina. Mas há muito tempo eu queria escrever algo sobre as impressões que tive na minha infância, na minha adolescência e no início de minha juventude sobre a forma comunitária de viver dos militares. Como se sabe, comunitário, comunidade significam "estado do que é comum", "comunhão", "direito em comum", "o corpo social", "a sociedade" e "local por elas (pessoas) habitado". Ah, já ia me esquecer: as festas, principalmente as de São João, eram maravilhosas e, portanto, inesquecíveis para mim.

Os caras e as mina

Theo Flexa Ribeiro, CláudioToscano, Alacid Nunes Filho, Alex Messias — irmão do Ney, Marcinha Acatauassu, Rogério (nota dez em tudo), Val-André, Kalume, Délio Guilhon (meu querido amigo, saudade, saudade, saudade....mais saudade é pouco), Beto Oliveira (outro querido amigo), Afonso, Emília, Zé Maria e o Aluízio, que, no final das contas, revelou-se um excepcional mestre.

...Meu bom Deus: que turma!!!!

Marcos, Afonso e Vicente.

Maria do Socorro e Cristina, disputei num clima de guerra com o meu amigo Alcebíades Maroja. Hoje um vestusto senhor!!! Doido, doidinho para emplacar no Pará a sua grande paixão, a qual sou entusiasta: a equitação.

Uma moça me marcou: Roberta Faciola.

Comprei roupa nova para ir ao seu encontro na festa de seus 15 anos num baita espaço.

...Ela nem me viu, sú mano!!!! Hehehhehhe.

Paixão platônica...Hhehehe. Coisa de menino.

Beijão na bôca Roberta! Pra mim. Sempre linda de morrer.

Todos, sem excenção, brilhantes alunos.

Afora o recreio lá no Nazaré.

A então mocinha Valéria, pertubava o intervalo com a sua linda presença.

A irmã, da mesma forma.

Um bonitão na época, era o terror das desgonizações Globo! Hhehheehhe.

O tipo era tão bonito, mas tão bonito mesmo, que aperriava os alunos maristas como um todo.

Não estou de sacanagem. Mas, o tal bonitão meteu-se à gajo após uma publicação da extinta Led Zeppelin.

Na mesma publicação, tornei-me amigo do pai de um amigo.

Ricardo, um dos herdeiros do Grupo Visão. Desde essa época, mostrou-se um invulgar diplomata.

Pertubei esse amigo apenas um dia. Que no final resultou na simbiose entre a Amil e o Grupo Visão.

De um Pará que se apequena. Com essas notas. Fica difícil saber quem é o coringa!?

Até quando?

Não digo nada, mas, se me pergutarem vou falar: eles e elas são>>>>> os caras!

Hehheheheheh!

Revolução do bem

Pipoca da Assembléia Paraense. Cruz, credo: o clube.

Altas rodas paraenses da imbecilidade.

Foi em em 1984.

Os Silvas, gente que admirava a Lua (Echo & The Bunimen), um ritmo hipnotizante.

Eis a reação que cortou muitas asinhas dos que criticam o mainstream paraense.

Foi radical.

Walter Bandeira, Maria Lidia, Marco Monteiro, Rogeria... & Cia. Cortaram o flêuma de muitos freqüêntadores da "Pipoca da Assembléia".

Programa alucinado! Sons nunca dantes ouvidos e dançados: Bella Lugosi´s Dead, do Bauhaus, para enquadrar.

Para muitos, mas, muito antes do danado Renato Russo, a gaiola ofereceu em primeira mão a libertação.

Meu amigo Castilho. Tinha acabado de estabelecer consigo a sua vida. Sempre, sempre, com sua loira muito linda e inteligente.

Era a época da revolução.

Foi-se o tempo. Ficamos nós.

Não há hoje no Pará, nada que se compare ao La Cage.

Perde você. Perdemos nós.

Belém caminha, claudicante, para suspiros de inteligência.

Mergulha de cabeça no tal do Techno Brega!

Promoção — vende-se mãe!

Estou trabalhando desde a última quinta-feira sem parar. Nada que possa me incomodar.

Sou um apaixonado pelo que faço.

Só agora falei, durante 20 minutos, com a minha mãe.

Hoje é o Dia das Mães!

Se não tivesse conseguido falar com a minha mãe hoje, penso que mamãe saberia o quanto detesto essas datas pré-determinadas.

Não deu outra: Mamãe Tereza já sabia de minhas elocubrações.

Quando um homem consegue falar com a sua mãe, mesmo que atrasado, não importando a data. Esse homem tem muitas chances de superar qualquer dificuldade.

Uma das insorpotáveis datas que os veículos de comunicação, os vizinhos insuportáveis e pidões, aproveitam e fazem descaradamente nessa dia é avançar algo além do que o aceitável permite.

Escolado na vida, morando há quatro anos em Brasília, num lugar em que só falam com este blogguer, aqueles que têm negócios comigo. Fiquei a pensar: não tenho tempo à perder.

No telefone disse:

— Mãe!? Te amo.

Maria Tereza, minha mãe, respondeu:

— Te amo também meu filho... Fique bem.

Conclusão: Eu sou um filho amado. E amor é o que tenho à dar para todos ao meu redor.

Se você está lendo este texto agora.

Se não for possível falar com a tua mãe.

Se você estiver, por algum motivo. Qualquer que o seja.

Amigo (a) tome vergonha na cara e ligue agora mesmo para a sua mãe, antes que seja tarde demais.

Agradecimento

Gostaria de agradecer a audiência americana, portuguesa, moçambicana, sulafricana, espanhola, francesa, italiana, holandesa, japonesa e alemã de leitores residentes nestes países.

De coração. O meu muito obrigado, antes, ressaltando, que este blogger está à disposição dos leitores que queiram contatar-me.

Meu lema é: Sempre pronto para servir.

Brasil — cuidar da terra, plantar na terra... O cio da terra

O relato do que vi no Amapá
Reflorestamento da Amapá Florestal e Celulose Ltda

Fotos e texto: Val-André Mutran


Em meio a um bioma de campo-cerrado no extremo norte do Brasil, a inteligência humana interage com a natureza gerando emprego, renda, divisas para o país e lucros para investidores estrangeiros que obedecem as regras do jogo da produção sustentável, numa das terras mais pobres da Amazônia.


A saga dos portugueses "descobridores" do Brasil há 508 anos atrás, revelou para o mundo na pena de Pero Vaz de Caminha reportando-se ao Rei de Portugal que: "aqui, em se plantando, tudo dá!". Há bem da verdade, após meio século, é adequado atualizar a frase profética do aventureiro: "Tudo dá! Dá problemas para o meio ambiente... Dá um problemão para os investidores que têm consciência do que se deve fazer para não matar e escravizar; plantar sem arrasar, queimar e emboletar-se num balaio de crimes em meio a ocupação da Hiléia amazônica.

Do escândalo à produção


Notem nesta seqüência de fotos que ao mesmo tempo em que se colhe, é possível plantar, cortar para colher; tratar a terra, corrigir suas imperfeições; plantar novamente... Voltar à colher... Tornando o ciclo da natureza sob certo controle.

Fazendo-se sócio desse ciclo a intervenção humana, bem longe do Divino Espírito Santo e dos ralhos protestantes; estabelecer um ciclo virtuoso onde antes era areia e barro, e agora, biomassa energética para o consumo humano: é o conceito da sustentabilidade na prática.

Planta-se.

Colhe-se


Volta-se a plantar



E a natureza no entorno, continua com toda a sua majestade.

Sucesso a reportagem da Amcel

Já repercute em todas as direções do planeta a reportagem sobre a Amcel, em inglês, of course.

Japanese companies alliance produce the newsprint that you read

Val-André Mutran (Macapá) — Probably the newspaper paper that you are reading has the base of your raw material produced in blocks of areas reforested in Amapá, extreme Brazil's North by Amapá Forest and Cellulose Ltda (AMCEL), acquired at the end of November 2006, therefore two years ago, in a Japanese companies alliance Marubeni and Nippon Paper. The commercial agreement acquired the Brazilian branch of the north american multinational International Paper, larger world manufacturer of paper for newspapers, that I had for mineradora Caemi as partner.

The acquisition operation, accomplished in national scope, by means of which Marubeni Corporation – holding belonging to the Group Marubeni, of Japanese origin – and Nippon Paper Industries CO., Ltd. ("Nippon") – belonging to the Group Nippon Paper, of same origin – acquired the companies quotas totality International Paper Participations Ltda. (International Paper) and Chamflora - Amapá Agroflorestal Ltda. ("Chamflora"), as well as from the actions total of Amapá Forest Cellulose S.A. ("Amcel") – belonging to the Group International Paper ("IP GROUP"), of north american origin.

The transaction at that time cost to the Japanese ¥6 billion (about US$ 50 million), divided igualitariamente among buyers. With the acquisition, the Japanese companies won Amcel's Control, lady of 130 thousand hectares in earths in Amapá's State.

In Amcel's Purchase, the Japanese acquired in the package the company Amap Forest and Cellulose, that there is time, had 67 thousand hectares planted with eucalyptus and another trees, and it exports wooden chips for industries stationers of Europe and of the USA. The company already also had plans of arriving to the Japanese market.

Amcel's Business embodied about 67 thousand hectares of forests planted of pinus and of eucalyptus in Santana's Municipal districts Amapaenses, Tartarugalzinho, Porto Great, Ferreira Gomes, Amapá and Itaúbal do Piririm, besides the shavingses and biomass production.

The international demand of the raw material base for cellulose production increased and the company enlarged its customers wallet for Canada and the Turkey.

With the purchase both companies established a symbiosis in which Marubeni enlarges her operations becoming to offer in the world market wooden chips to prosecute paper and Nippon Paper keep stable stocks of the product for utilization in Japan.

Goal durst — Amcel was created in August 1976 as subsidiary of the Group CaemiI. In 1977 they initiated Pinus' Plantings in 1.032 ha; In 1978 were enlarged for more 4.931 ha and, after 1979, it kept an average program of planting of 7.700 ha per year. In 1996, Champion Paper and Cellulose acquired Amcel's stock rights, and in 2000 International Paper do Brazil Ltda, IPB, filial of a north american, acquired Champion. By April 2004 Amcel relied on 27,1 thousand ha of forests of Pinus in ages varying from 1 to 27 years, 47,4 thousand ha with the gender Eucalyptus, 264 ha with other species and 20,5 thousand ha with area in pousio.

Amcel's Saga is told in the book "The international commerce of the state of Amapá" , of Gutemberg de Vilhena Silva and Jadson Luís Rebelo Porto. Nowadays the company is reformulating the strategy for use of the effective planting areas, opting by the plantings substitution of Pinus for Eucalyptus' Plantings spp. According to company, the species are of easy cultivation and reproduction, fast growth whose rotation period is short, and it owns adaptation great capacity in the region where is inserted the proposed enterprise. It add that, according to Silva and Porto, the north American, main market buyer, uses more the eucalyptus than pinus to do not absorbent paper, being this one of the culture change main reasons.

The focus change after the Japanese control put Amcel between the ten larger exporters of the Northern region according to the Development Department, Industry and Outer Commerce, duplicating your performance. Before the acquisition the company was between the twenty larger in the ranking.

According to Hitoshi Wada, operations director of Amcel, is in the company's plans reach the scale of 300 thousand hectares planted in the nearby six years. "If everything run as the planned, the company, with this scale, will proceed evaluating as great possibility for verticalização of her operations implanting a paper and cellulose production plant in Santana, where it is already in operation the shavingses grind factory".

Difficulties — The transfer transaction of the stock control of Amcel, subsidiary of the Caemi, afterwards acquired by the Group International Paper ("IP GROUP") of American capital, was not seen with good eyes by then governor of Amapá João Alberto Capiberibe.

The governor understood that I was necessary to support a scandalous made accusation by the Land Commission Pastoral that the purchase process of the areas of the old Amcel was irregular and that cared forred an earths grilagem addicted process.

The Government of João Alberto Capiberibe initiated the discriminatory of this region. The polemic was examined by the National Congress, Incra among other agents regulators. After the investigatory courses, the agrarian frays were illustrious and the purchase process was concluded.

After acquiring Amcel's Control the Japanese they keep discreet about company's institutional relations with the political actors and prefer do not comment the episode involving to International Paper, CPT and then governor João Alberto Capiberibe.

Nowadays the company relations with the government of Amapá belongs to collaboration. The company develops a series of projects of social, independent responsibility to of being one of the largest taxpayers of the Estado, generating a thousand direct jobs and four thousand indirect, besides prioritizing the purchases in the own state where is installed.

But Amcel's Challenge nowadays is his commitment with the environment.

It is common a shouting regarding the probable damages caused in biomas Brazilian where is introduced a reforestation with exotic species.

Amcel operates in field-closed area in Amapá — or else the worst — competes for the title of one of the most complicated earths for any planting in every Brazilian Amazônia.

The Japanese did not give the arm to twist and implanted a laboratory high-tech of production of dumb of US$ 5 million and production capacity of 13 million dumb clonadas/ano.

The planting goal in 2008 with the dumb clonadas especially for the arid land amapaense fill of happiness and pride the forest engineer Adalberto Plinio Silva, manager Amcel's Forest General. Water monitoramento stations of streams, brooks and igarapés functional full-team under company's supervision and the eminent danger propagated by your detractors are treated with science and technology. "There is not any eucalypto danger change the environment of the areas in which it is planted in Amapá. Like São Paulo, been which the species was introduced at the beginning last century in bioma of the Atlantic forest and eucalypto canibalização menace in the nutritious front competitiveness to the native species of the region, prove that the science, a good handling and the scientific responsibility, today, are our allied larger in the Amapá to guarantee that no excepcionalidade is going to occur here", guarantees Plinio Silva.

Logistics integrated — maquinário in operation by Amcel demands sincronia. Four turns of hard working work on a symphonic team-work of at least a technical operational spare month.

Tractors from last generation imported of Finland and of the United States, subcontracted carts and a colossal equipment in the production line in the plant installed next to Porto de Santana, guarantee to the crazy production, the departure capacity of a ship graneleiro every week.

While the ton of used calcareous the dozens of thousands of tons to correct the weak and acid terrain explored by Amcel in Amapá in her reforestation areas cost the bagatelle of US$ 60,00, due to the import freight price of other regions producers of Brazil, the competition just pays ¾ of the ton price where are installed. "In the pencil tip that cost is diluted in the pencil tip by Porto de Santana's routes proximity where are located our main customers and, preponderantemente by the productivity levels that we persecute day-after-day, — and, yet, certainly, the standard that we reach after the certification ISO 14.100", attests Armindo Luiz Baretta, forest engineer and harvest manager and Amcel's Transportation.

The agrarian factor — Pasts two years after the commercial alliance that united Marubeni and Nippon Paper who acquired Amcel Paper and Cellulose S/A, a subsidiary of the Group Caemi who outside afterwards bought by the American of International Paper ("IP GROUP"), perhaps a detail, be the differential that convinced the Japanese that the business in Amapá would attend the focus of his interests.

The main problem for the arrival of foreign capital in Amazônia is the notorious agrarian mess in which all the region does not historically manage to put in equation.

In the president government Fernando Henrique Cardoso for obrigatoriedade of recomposição of the legal reserve in the rural buildings and the percentile of 80% legal spare in Amazônia's Legal Rural properties is being questioned by a Direct Action of Unconstitutionality (ADIN) judged by the Agriculture Confederation and Brazil's Cattle breeding (CNA) close to the Supreme Federal Court of Justice (STF). For the regions where was already demanded the application of the legal spare concept, like demands the Forest Code (Law 4771/65), the Temporary Measure 2166 even increases the percentile of earths that should be preserved for environmental ends, many times turning the economically unviable property, and without there is compensation to the owner. In Amazônia Legal, for example, each property should have 50% of its preserved area as legal reserve, as the original version of the Forest Code in its original composition. With MP 2166, 80% of the area should be kept as legal reserve, without caning be used to any activity combined agriculture or agrosilvopastoril.

MP 2166 became to demand, as well, the application of the legal spare concept the properties situated in regions where until then there was not such exigency, like the farms installed in field areas Brazil's Southern General. It is region without forests, with field formed by natural pastures, in other words, areas adequate for the cattle creation. By the rules of the original Forest Code, there was no need to earths use limitation in the areas of general field. According to MP 2166, however, bit of 20% of these earths should have the limited use, in the legal spare form.

ADIN nº 3346, judged with request of preliminary, has the minister Marco Aurélio Mello as reporter. In the action, CNA defends that MP's Determinations 2166 "they imply restrictions to the property right, without assuring the recoupment right to the particular reached by their dispositions". The text sent to STF cites, yet, that "ademais of the usurpation of legislative functions, for Temporary Measure it tends to suppress individual rights, what is not possible not even for Constitutional Amendment". The argumentation sent to the Judiciary indicates that MP's Edition 2166 guitar devices established by the goods 5th, 170 and 225 of the Federal Constitution. The devices of the Forest Code, changed by the edition of the Temporary Measure 2166 and contested by Adin 2246 are the goods 1st, interruption III; 16 and 44.

CNA understands that the imposition of the juridical illustration of the legal reserve, especially regarding the percentile new established by the Temporary Measure 2166 to are observed in the properties situated in Amazônia Legal, represents excessive onus, pledging the economic viability of the exploration combined agriculture of the rural building. This way, also regarding the imposition generalized of recomposição forest.

In the directors' company opinion, Brazil stops receiving voluminous investments in Amazônia in order regulatória barriers reason and fiscal.

Moments before the decree publication, Amcel his averbou areas in Amapá in the criterion in vogue of 50% legal spare, regularizing, in the practice that landing in Registry.
Nowadays, with 47 thousand hectares of eucalypto planting, 9 thousand hectares with pinus, 7 thousand hectares with other species, 70 thousand hectares for future planting, they perform with the rest blocks of previously planted earths, 160 thousand hectares of monitored reforestation and another 173 thousand forest spare hectares and Areas of Permanent Preservation (APPs, as the legislation determines). " Was not that the group would not be acquired by the Japanese", evaluates Carlos O. Rock, manager of Regional Subjects of Amcel.

To reach the 350 thousand indeed planted hectares, other producers would need to invest in reforestation. "Our goal is a paper and cellulose factory right here", guaranteed Witoshi Wada. The investment for the factory belongs to US$ 1 billion, own resources of the company are private for the durst plan.

Reflorestador weighed of the species Weaves in his farms in Pará, the federal deputy Giovanni Queiroz (PDT-PA) said that "PAS's New release is a light in the tunnel end, since Amazônia is paralyzed with the current policy of generalized repression, unpreparedness, laziness and government's federal incompetence", accuses.

In the opinion of the parliamentary that visited some of the plantings of Amcel in Porto Ferreira, in Amapá, companies as Amcel should be seconded for vendors of all the sizes. "Fault us an incentives policy to the personal computer, small and average producers, that of ownership of clear rules after the conclusion of a convincing Ecological-economic Zoning, allow to the State that compose Amazônia Legal, in proportional scale to the necessary cares with the Forest biomas preservation and Closed, the production in scale that can make the difference for Amazônia's sustainable development", foresees.

With the new release in this week in Brasília who resuscitated the Plan Amazônia Sustainable — kept in the drawer since 2003 —, that foresees, come in other actions, credit lines differentiated for investments in reforestation. Who knows other producers do not do the accounts and verify the reforestation excellent business advantages: Brazil and the environment of the whole world are certainly going to thank.

Aliança de empresas japonesas produz o papel de jornal que você lê

Fotos: Val-André Mutran com arquivo da Amcel



Val-André Mutran (Macapá) — Provavelmente o papel do jornal que você está lendo tem a base de sua matéria-prima produzida em blocos de áreas reflorestadas no Amapá, extremo norte do Brasil pela Amapá Florestal e Celulose Ltda (Amcel), adquirida no final de novembro de 2006, portanto há dois anos, numa aliança das companhias japonesas Marubeni e Nippon Paper. O acordo comercial adquiriu a filial brasileira da multinacional norte-americana International Paper, maior fabricante mundial de papel para jornais, que tinha a mineradora Caemi como sócia.

A operação de aquisição, realizada em âmbito nacional, por meio da qual a Marubeni Corporation – holding pertencente ao Grupo Marubeni, de origem japonesa – e a Nippon Paper Industries Co., Ltd. (“Nippon”) – pertencente ao Grupo Nippon Paper, de mesma origem – adquiriram a totalidade de quotas das empresas International Paper Participações Ltda. (International Paper) e Chamflora - Amapá Agroflorestal Ltda. (“Chamflora”), bem como do total de ações da Amapá Florestal Celulose S.A. (“Amcel”) – pertencentes ao Grupo International Paper (“Grupo IP”), de origem norte-americana.

A transação na época custou aos japoneses ¥6 bilhões (cerca de US$ 50 milhões), divididos igualitariamente entre as compradoras. Com a aquisição, as empresas japonesas ganharam o controle da Amcel, dona de 300 mil hectares em terras no estado do Amapá.


Na compra da Amcel, os japoneses adquiriram no pacote a empresa Amap Florestal e Celulose, que há época, tinha 67 mil hectares plantados com eucaliptos e outras árvores, e exporta lascas de madeira para indústrias papeleiras da Europa e dos EUA. A empresa já tinha planos de chegar também ao mercado japonês.

Os negócios da Amcel englobavam aproximadamente 67 mil hectares de florestas plantadas de pinus e de eucalipto nos municípios amapaenses de Santana, Tartarugalzinho, Porto Grande, Ferreira Gomes, Amapá e Itaúbal do Piririm, além da produção de cavacos e biomassa.

A demanda internacional da matéria-prima base para fabricação de celulose aumentou e a companhia ampliou sua carteira de clientes para o Canadá e a Turquia.

Com a compra as duas empresas estabeleceram uma simbiose em que a Marubeni amplia suas operações passando a ofertar no mercado mundial lascas de madeira para processar papel e a Nippon Paper mantêm estoques estáveis do produto para utilização no Japão.

Meta ousada — A Amcel foi criada em agosto de 1976 como subsidiária do Grupo Caemi. Em 1977 iniciaram-se os plantios de Pinus em 1.032 ha; em 1978 foram ampliados para mais 4.931 ha e, após 1979, manteve-se um programa médio de plantio de 7.700 ha por ano. Em 1996, a Champion Papel e Celulose adquiriu os direitos acionários da Amcel, e em 2000 a International Paper do Brasil Ltda, IPB, filial de uma norte-americana, adquiriu a Champion. Até abril de 2004 a Amcel contava com 27,1 mil ha de florestas de Pinus em idades variando de 1 a 27 anos, 47,4 mil ha com o gênero Eucalyptus, 264 ha com outras espécies e 20,5 mil ha com área em pousio.



A saga da Amcel é contada no livro “O comércio internacional do estado do Amapá” , de Gutemberg de Vilhena Silva e Jadson Luís Rebelo Porto. Atualmente a empresa está reformulando a estratégia para uso das áreas de efetivo plantio, optando pela substituição dos plantios de Pinus por plantios de Eucalyptus spp. Segundo a empresa, as espécies são de fácil cultivo e reprodução, crescimento rápido cujo período de rotação é curto, e possui grande capacidade de adaptação na região onde está inserido o empreendimento proposto. Acrescente-se que, segundo Silva e Porto, o mercado norte-americano, principal comprador, utiliza mais o eucalipto do que o pinus para fazer papel não absorvente, sendo este um dos principais motivos da troca de cultura.


A mudança de foco após o controle japonês colocou a Amcel entre as dez maiores exportadoras da região Norte de acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, duplicando seu desempenho. Antes da aquisição a companhia estava entre as vinte maiores no ranking.

De acordo com Hitoshi Wada, diretor de operações da Amcel, está nos planos da companhia atingir a escala de 300 mil hectares plantados nos próximos seis anos. “Se tudo correr como o planejado, a companhia, com essa escala, passará a avaliar como grande possibilidade a verticalização de suas operações implantando uma planta de fabricação de papel e celulose em Santana, onde já está em operação a fábrica de moagem de cavacos”.

Dificuldades — A transação de transferência do controle acionário da Amcel, subsidiária da Caemi, posteriormente adquirida pelo Grupo International Paper (“Grupo IP”) de capital americano, não foi vista com bons olhos pelo então governador do Amapá João Alberto Capiberibe.

O governador entendeu que era necessário apoiar uma escandalosa denúncia feita pela Comissão Pastoral da Terra de que o processo de compra das áreas da antiga Amcel era irregular e que se tratava de um processo viciado de grilagem de terras.

O Governo de João Alberto Capiberibe iniciou a discriminatória dessa região. A polêmica foi examinada pelo Congresso Nacional, Incra dentre outros agentes reguladores. Após os trâmites investigatórios, as pendências fundiárias foram esclarecidas e o processo de compra foi finalizado.

Após adquirir o controle da Amcel os japoneses mantêm-se discretos sobre as relações institucionais da companhia com os atores políticos e preferem não comentar o episódio envolvendo a International Paper, a CPT e o então governador João Alberto Capiberibe.

Atualmente as relações da empresa com o governo do Amapá é de colaboração. A empresa desenvolve uma série de projetos de responsabilidade social, independente de ser uma das maiores contribuintes do Estado, gerando mil empregos diretos e quatro mil indiretos, além de priorizar as compras no próprio estado onde está instalada.

Mas o maior desafio da Amcel atualmente é seu compromisso com o meio ambiente.

É comum uma gritaria em relação aos prováveis danos causados nos biomas brasileiros onde é introduzido um reflorestamento com espécies exóticas.

A Amcel opera em área de campo-cerrado no Amapá — senão a pior — compete para o título de uma das mais complicadas terras para qualquer plantio em toda a Amazônia brasileira.

Os japoneses não deram o braço a torcer e implantaram um laboratório high-tech de produção de mudas de US$ 5 milhões e capacidade de produção de 13 milhões de mudas clonadas/ano.

A meta de plantio em 2008 com as mudas clonadas especialmente para a árida terra amapaense enchem de alegria e orgulho o engenheiro florestal Adalberto Plinio Silva, gerente geral florestal da Amcel. Estações de monitoramento de água de córregos, riachos e igarapés funcionam full-time sob supervisão da companhia e o eminente perigo propagado por seus detratores são tratados com ciência e tecnologia. “Não há qualquer perigo do eucalypto alterar o meio ambiente das áreas em que está plantado no Amapá. Como São Paulo, estado o qual a espécie foi introduzida no início do século passado no bioma da Mata Atlântica e a ameaça da canibalização do eucalypto na competitividade de nutrientes frente às espécies nativas da região, comprovam que a ciência, um bom manejo e a responsabilidade científica, hoje, são nossa maior aliada no Amapá para garantir que nenhuma excepcionalidade vai ocorrer aqui”, garante Plinio Silva.



Logística integrada — O maquinário em operação pela Amcel exige sincronia. Quatro turnos de trabalhadores trabalham num time-work sinfônico de pelo menos um mês de reserva técnica operacional.

Tratores de última geração importados da Finlândia e dos Estados Unidos, carretas terceirizadas e um colossal equipamento na linha de produção na planta instalada ao lado do Porto de Santana, garantem à alucinada produção, a capacidade de embarque de um navio graneleiro a cada semana.

Enquanto a tonelada de calcário utilizado as dezenas de milhares de toneladas para corrigir o fraco e ácido terreno explorado pela Amcel no Amapá em suas áreas de reflorestamento custam a bagatela de US$ 60,00, devido ao preço do frete de importação de outras regiões produtoras do Brasil, a concorrência desembolsa apenas ¾ do preço da tonelada onde estão instaladas. “Na ponta do lápis esse custo é diluído pela proximidade do Porto de Santana das rotas onde estão localizados os nossos principais clientes e, preponderantemente pelos níveis de produtividade que perseguimos dia-após-dia, — e, ainda, certamente, o padrão que atingimos após a certificação ISO 14.100”, atesta Armindo Luiz Baretta, engenheiro florestal e gerente de colheita e Transporte da Amcel.

O fator fundiário — Passados dois anos após a aliança comercial que uniu a Marubeni e a Nippon Paper que adquiriram a Amcel Papel e Celulose S/A, uma subsidiária do Grupo Caemi que fora posteriormente comprada pelos americanos da International Paper (“Grupo IP”), talvez um detalhe, seja o diferencial que convenceu os japoneses de que o negócio no Amapá atenderia o foco de seus interesses.

O principal problema para a chegada de capital estrangeiro na Amazônia é a notória bagunça fundiária em que toda a região historicamente não consegue equacionar.

No governo do presidente Fernando Henrique Cardoso a obrigatoriedade da recomposição da reserva legal nos imóveis rurais e o percentual de 80% de reserva legal nas propriedades rurais da Amazônia Legal está sendo questionada por uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIN) ajuizada pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) junto ao Supremo Tribunal Federal (STF). Para as regiões onde já era exigida a aplicação do conceito de reserva legal, conforme exige o Código Florestal (Lei 4771/65), a Medida Provisória 2166 aumenta ainda mais o percentual de terras que devem ser preservadas para fins ambientais, muitas vezes tornando a propriedade economicamente inviável, e sem que haja compensação ao proprietário. Na Amazônia Legal, por exemplo, cada propriedade deveria ter 50% de sua área preservada como reserva legal, conforme a versão original do Código Florestal em sua redação original. Com a MP 2166, 80% da área devem ser mantidos como reserva legal, sem poder ser utilizada para qualquer atividade agropecuária ou agrosilvopastoril.

A MP 2166 passou a exigir, também, a aplicação do conceito de reserva legal a propriedades situadas em regiões onde até então não havia tal exigência, a exemplo das fazendas instaladas em áreas de campos gerais do sul do Brasil. Trata-se de região sem florestas, com campos formados por pastagens naturais, ou seja, áreas adequadas para a criação de gado. Pelas regras do Código Florestal original, não havia necessidade de limitação de uso das terras nas áreas de campos gerais. De acordo com a MP 2166, entretanto, parcela de 20% dessas terras deve ter o uso limitado, na forma de reserva legal.

A ADIN nº 3346, ajuizada com pedido de liminar, tem o ministro Marco Aurélio Mello como relator. Na ação, a CNA defende que as determinações da MP 2166 "implicam restrições ao direito de propriedade, sem assegurarem o direito de ressarcimento aos particulares atingidos por suas disposições". O texto encaminhado ao STF cita, ainda, que "ademais da usurpação de funções legislativas, por Medida Provisória tende-se a suprimir direitos individuais, o que não é possível nem mesmo por Emenda Constitucional". A argumentação encaminhada ao Judiciário indica que a edição da MP 2166 viola dispositivos estabelecidos pelos artigos 5º, 170 e 225 da Constituição Federal. Os dispositivos do Código Florestal, alterados pela edição da Medida Provisória 2166 e contestados pela Adin 2246 são os artigos 1º, inciso III; 16 e 44.

A CNA entende que a imposição da figura jurídica da reserva legal, especialmente em relação aos novos percentuais estabelecidos pela Medida Provisória 2166 a serem observados nas propriedades situadas na Amazônia Legal, representa excessivo ônus, comprometendo a viabilidade econômica da exploração agropecuária do imóvel rural. Assim, também em relação à imposição generalizada de recomposição florestal.

Na opinião dos diretores da empresa, o Brasil deixa de receber vultosos investimentos na Amazônia em razão das barreiras de ordem regulatória e fiscal.

Momentos antes da publicação do decreto, a Amcel averbou suas áreas no Amapá no critério em voga de 50% de reserva legal, regularizando, na prática esse patamar em Cartório.
Atualmente, com 47 mil hectares de plantio de eucalypto, 9 mil hectares com pinus, 7 mil hectares com outras espécies, 70 mil hectares para plantio futuro, perfazem com os demais blocos de terras anteriormente plantados, 160 mil hectares de reflorestamento monitorado e outros 173 mil hectares de reserva florestal e Áreas de Preservação Permanente (APPs, conforme a legislação determina). “Não fosse isso o grupo não seria adquirido pelos japoneses”, avalia Carlos O. Penha, gerente de Assuntos Regionais da Amcel.

A esperança com o PAS — Para atingir os 350 mil hectares efetivamente plantados, outros produtores precisariam investir em reflorestamento. “A nossa meta é uma fábrica de papel e celulose aqui mesmo”, garantiu Witoshi Wada. O investimento para a fábrica é de US$ 1 bilhão, recursos próprios da empresa estão reservados para o ousado plano.

Reflorestador pesado da espécie Teca em suas fazendas no Pará, o deputado federal Giovanni Queiroz (PDT-PA) disse que “o lançamento do PAS é uma luz no fim do túnel, visto que a Amazônia está paralisada com a atual política de repressão generalizada, despreparo, preguiça e incompetência do governo federal”, acusa.

Na opinião do parlamentar que visitou alguns dos plantios da Amcel em Porto Ferreira, no Amapá, empresas como a Amcel deveriam estar secundadas por fornecedores de todos os tamanhos. “Falta-nos uma política de incentivos ao micro, pequenos e médios produtores, que de posse de regras claras após a conclusão de um Zoneamento Ecológico-Econômico convincente, permita aos Estados que compõem a Amazônia Legal, em escala proporcional aos cuidados necessários com a preservação dos biomas de Floresta e Cerrado, a produção em escala que pode fazer a diferença para o desenvolvimento sustentável da Amazônia”, prevê.

Com o lançamento nesta semana em Brasília que ressuscitou o Plano Amazônia Sustentável — guardado na gaveta desde 2003 —, que prevê, entre outras ações, linhas de crédito diferenciado para investimentos em reflorestamento. Quem sabe outros produtores não façam as contas e constatem as vantagens do excelente negócio do reflorestamento: o Brasil e o meio ambiente de todo o mundo certamente irão agradecer.

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