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O personalismo cara de pau dos Sarney

Deu na Veja

Maranhão

Os vultos maranhenses

O Ministério da Cultura acaba de indeferir por unanimidade um pedido de enquadramento na Lei Rouanet de dois inusitados projetos: um documentário e um livro de arte destinados a contar "a história de filhos ilustres e vultos notáveis do Maranhão". Fernando, Zequinha e Roseana Sarney, entre outros, seriam (ou serão, se os produtores resolverem tocar o projeto sem ajuda de renúncia fiscal) as estrelas das duas obras. O MinC vetou a captação dos 900 000 reais pedidos. Segundo o parecer, os projetos "carecem de relevância cultural e têm chance de ferir o princípio da impessoalidade". É bom ficar de olho: logo, logo o pedido será feito de novo, com um padrinho mais forte. Eles são assim.

Sarney mentiu novamente

Ag. Senado
Empreiteira admite ter comprado apartamento usado pelos Sarney

Holdenn diz, em nota, que imóvel foi vendido a deputado, mas contato inicial da negociação foi neto do senador

Quatro horas depois de o senador José Sarney (PMDB-AP) dizer ontem, no plenário, que o Estado havia publicado uma reportagem "irresponsável" e "sem provas" em sua edição de domingo, a empresa Holdenn Construções Assessoria e Consultoria Ltda. admitiu em nota a relação de favores com a família. A reportagem mostrou que a Holdenn negociou e pagou dois apartamentos usados pelo clã Sarney em São Paulo.

Na nota, assinada pelo empresário e amigo da família Rogério Frota de Araújo, a empreiteira admite que comprou o apartamento nº 22 do edifício Solar de Vila América, na Alameda Franca, 1.581, nos Jardins. Diz que depois da compra, o imóvel "foi vendido ao senhor José Sarney Filho, mediante instrumento Particular de Promessa de Compra e Venda e outras Avenças". O apartamento 22 foi comprado pela empreiteira depois de um contato inicial de José Adriano, neto de Sarney, com o proprietário do imóvel, o economista Felipe Jacques Gauer.

O imóvel foi adquirido em fevereiro de 2006, quando a empresa ainda se chamava Aracati. "Ele (José Adriano) me fez algumas perguntas e disse que uma pessoa dessa empresa, a Aracati, iria me procurar para acertar a compra do apartamento", contou ao Estado Felipe Gauer, o antigo proprietário.

O apartamento de nº 32, diz a nota da empreiteira, foi comprado em dezembro de 2006 e "é de propriedade da Holdenn (...) para uso dos sócios da empresa". O dono do imóvel, o empresário Sidney Wajsbrot, disse ao Estado, também em entrevista publicada na edição de domingo, que antes mesmo de pôr o apartamento à venda foi procurado pelo então zelador do prédio com a informação de que "o senador Sarney estava procurando um apartamento, que já tinha outros dois e queria um terceiro, para um assessor dele". A família utiliza os apartamentos desde que foram comprados pela Holdenn, em 2006. No apartamento 22, mora Gabriel José Cordeiro Sarney, 22 anos, filho do deputado Zequinha Sarney (PV-MA). Antes dele, morou o irmão, José Adriano, o mesmo que iniciou a negociação concluída pela Holdenn.

O apartamento 32, usado com frequência por assessores da família, já hospedou o próprio senador. Chama atenção, na relação entre a Holdenn e os Sarney, o fato de que nem a empresa nem a família esclarecem as condições da suposta venda do apartamento 22 para Zequinha Sarney.

Limitam-se a informar a existência de um "contrato de promessa de compra e venda" e que o deputado está até hoje pagando o imóvel à Aracati. Não esclarecem valor nem em quantas parcelas a empreiteira teria financiado o apartamento. Também não informam quando se deu o negócio. Na prática, admitem que Zequinha Sarney é dono informal de um imóvel comprado por uma empreiteira com negócios no setor elétrico, área em que sua família exerce forte influência.

Ontem o Estado encaminhou quatro perguntas ao deputado e reiterou o pedido de acesso ao contrato de compra e venda do apartamento. Em nota, ele se negou a fornecer o documento e classificou o Estado como inimigo político da família. "Não me interessa dar detalhes da minha vida pessoal a um adversário político que tenta me envolver numa disputa cujo único objetivo é retirar meu pai da presidência do Senado."

Fonte: O Estado de S. Paulo.

Editorial – Uma empreiteira no circuito

O Estado de S. Paulo

O que mais chama a atenção nas impropriedades do clã Sarney que não cessam de vir à luz é a despreocupação com as marcas comprometedoras de suas ações. Pessoas comuns, como disse o presidente Lula para delas distinguir a especial figura do senador maranhense, geralmente cuidam de salvar as aparências para encobrir os vestígios de suas malfeitorias. Sabem quando as cometem e sabem que algum risco existe de serem chamadas a prestar contas por isso. As outras, aleitadas na cultura do privilégio, praticam impropriedades, ou coisa pior, com uma desenvoltura que só se explica pelo senso da própria incolumidade. De reincidência em reincidência, acabam perdendo a noção do certo e do errado, transformando a imoralidade em amoralismo.

O que se publicou nos últimos meses sobre a abastada crônica dos desvios de conduta do atual presidente do Senado - e os seus protestos de inocência em relação a cada um deles - se encaixa nessa perspectiva: o nepotismo, os favores aos apaniguados, as lambanças com recursos alheios, a apropriação privada de bens públicos. Em suma, os traços inconfundíveis da política patrimonialista à sombra da qual percorreu uma trajetória de 55 anos que ele hoje invoca para se considerar inimputável. Se tudo é natural, que mal haveria em recorrer a uma empreiteira para comprar "secretamente" imóveis para uso da família? E que mal haveria no fato de essa empreiteira fazer excelentes negócios no setor elétrico? Decerto a presença de apadrinhados de Sarney em postos decisivos do setor não tem nada que ver com isso.

A história chega a ser singela. Em 2006, a família resolveu ter mais dois apartamentos no prédio da Alameda Franca, em São Paulo, onde é dona de um pied-à-terre desde 1979, em nome de Fernando Sarney. Num caso, o proprietário do apartamento 22 foi procurado pelo neto do senador, o economista José Adriano Cordeiro Sarney, filho mais velho do deputado Sarney Filho, o Zequinha. (José Adriano frequentou recentemente o noticiário como sócio da empresa que intermediou R$ 1,2 bilhão em empréstimos consignados junto a 20 instituições bancárias para funcionários do Senado.) Dias depois, entrou em cena Maria Rosane Frota Cabral, irmã e sócia de Rogério Frota na empreiteira Aracati Construções, que hoje se chama Holdenn Construções.

Rogério, um cearense radicado no Maranhão, se tornou amigo próximo de Zequinha. "Por alguma razão, não queriam que o sobrenome Sarney aparecesse", percebeu o vendedor, que passou a escritura no saguão do Aeroporto de Congonhas a um tabelião de Sorocaba.

No segundo caso, dez meses depois, sabendo que outro proprietário pensava em vender o seu apartamento, o 32, o zelador do edifício o abordou. "Ele me disse que o senador Sarney, que já tinha dois apartamentos no prédio, queria um terceiro, para um assessor dele", contou ao Estado. A partir daí, o padrão se repetiu: depois de uma visita do empreiteiro Frota, a sua irmã fechou o negócio e passou a escritura com o mesmo tabelião de Sorocaba. Os dois imóveis foram e continuam registrados em nome da Aracati. Zequinha diz que o dono de fato do 22 é ele e que o declarou à Receita - uma anomalia. Diz também que o 32 "não nos pertence". Não é o que acham os moradores e funcionários do edifício. E o próprio senador se hospedou nele em junho, quando ficou em São Paulo acompanhando a convalescença da filha Roseana depois de uma operação. Mas o que os Sarneys dizem muitas vezes não passa pela prova dos fatos.

Depois que este jornal revelou, em 10 de junho, o escândalo dos atos administrativos secretos no Senado, o titular da Casa afirmou textualmente: "Eu não sei o que é ato secreto." Na sexta-feira passada, o ex-diretor de Recursos Humanos Ralph Siqueira relatou ao Estado que, em fins de maio, falou a Sarney da existência dos atos secretos. "Ele sabia", contou. O senador, portanto, mentiu - como havia mentido ao negar que tivesse poderes decisórios na fundação que leva o seu nome, da qual foram desviados R$ 500 mil de um patrocínio de R$ 1,3 milhão da Petrobrás. Os atentados de Sarney ao decoro parlamentar se acumulam, portanto. Há menos de dois anos, convém lembrar, Renan Calheiros teve de renunciar à presidência da Casa para não ser cassado depois que se descobriu que o lobista de uma empreiteira pagava despesas da mãe de um de seus filhos. "Quantas denúncias mais ele aguenta?", pergunta o senador Demóstenes Torres.

Quem banca os Sarney

Deu no A Perereca da Vizinha

Dormindo no ponto

Deve ser touca: até o momento nenhum jornalão do Sudeste se interessou pelas contas de campanha do presidente do Senado, José Sarney, e da filha dele, a governadora do Maranhão, Roseana.

Só da Caemi – Mineração e Metalurgia, empresa controlada pela Vale, Roseana recebeu R$ 1,3 milhão e Sarney outros R$ 400 mil.

E, fato curioso: a exceção dos comitês financeiros únicos do PMDB, no Amapá, e do antigo PFL (hoje DEM), no Maranhão, a Caemi encabeçou a lista do financiamento de campanha tanto de Sarney, quanto de Roseana.

Aliás, a Caemi, através de três CNPJs, doou quase R$ 15,5 milhões a 152 candidatos de vários partidos (PT, PMDB, PSDB, DEM, PV, PP, PL, PSB, PPS, PDT, PC do B e por aí vai), nas eleições de 2006.

Mas, nenhum candidato recebeu tanto da Caemi quanto Roseana e José Sarney.

Na prestação de contas de campanha de Roseana também figuram várias construtoras, entre elas a Camargo Correa, além de outras empresas.

É pegar tais contribuições e verificar se os doadores não “conquistaram” algum contrato no Maranhão ou no Amapá, através da “mão amiga” dos Sarney.

Simples assim.

Clã Sarney: muito espertos

Sinopse de imprensa: Empreiteira pagou dois imóveis para família Sarney em São Paulo

Há três décadas, a família Sarney tem como endereço em São Paulo um edifício no bairro nobre dos Jardins. Até 2006, era um apartamento apenas. Hoje, além do apartamento número 82, comprado em 1979, a família tem a sua disposição outras duas unidades. A informação é do jornal O Estado de S. Paulo.

Segundo a reportagem, os apartamentos 22 e 32 foram comprados há três anos. São usados pelos Sarney, mas estão registrados em nome de uma empreiteira, que cuidou da negociação e pagou os imóveis.

A empreiteira proprietária dos imóveis é a Aracati Construções, Assessoria e Consultoria Ltda., cujo dono é o empresário Rogério Frota de Araújo, amigo dos filhos do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP).

De acordo com os registros da empresa na Receita Federal, a Aracati - cuja razão social foi formalmente alterada para Holdenn Construções, Assessoria e Consultoria - tem hoje como principal nicho de negócio o setor elétrico, área do governo federal em que Sarney exerce influência.

Num dos apartamentos comprados em nome da empresa mora um neto do presidente do Senado, Gabriel José Cordeiro Sarney, filho do deputado Zequinha Sarney (PV-MA). O outro apartamento costuma abrigar assessores e convidados dos Sarney, mas também hospeda a família. Em junho passado, por exemplo, foi utilizado pelo próprio senador, em viagem a São Paulo para acompanhar a recuperação da filha, Roseana Sarney, operada para correção um aneurisma cerebral.

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    Pernas curtas

    A oligarquia reinstalada no governo estadual tem insistido nas afirmações de que meu governo deixou o Estado "financeiramente quebrado" e promoveu uma "irresponsabilidade fiscal inédita no País". Nada mais falso.

    Mesmo assumindo após um mês de minha deposição por um golpe judicial, o atual secretário de Planejamento deve saber que deixei 383 milhões de reais nos cofres do Estado. Mais que isso, a administração da senhora Roseana Sarney Murad encontrou um Estado com suas contas religiosamente pagas.

    Pagamento de pessoal? Em dia. Dívida pública? Mesmo sem ter aumentado em um centavo essa dívida (toda ela contraída pelas administrações da oligarquia, em especial pela hoje governante), entendo que o compromisso é do Estado e, por isso, honrei esses pagamentos. Pagamento de precatórios? Todos absolutamente em dia. Empreiteiros e fornecedores? Não há qualquer reclamação nesse sentido, pois obras realizadas e serviços prestados devidamente atestados foram pagos. Transferências constitucionais aos municípios? Todas feitas. E, ainda mais, meu governo fez transferências voluntárias com a maioria dos municípios, através de convênios em diversas áreas, recursos estes que foram subtraídos às municipalidades pela administração dos que hoje me acusam.

    Minha administração, no entanto, não se preocupou somente com o equilíbrio orçamentário e fiscal. À frente do governo, procurei diminuir a imensa dívida social para com nosso povo, que vem de séculos, mas que foi extremamente agravada pelos 40 anos de poder do grupo oligárquico

    Cito algumas iniciativas que estavam modificando a face do Maranhão. Meu governo construiu 160 novas escolas e reformou 310. Nelas foram instalados 291 laboratórios de Matemática, 120 de Ciências, 794 de Informática, além de 355 bibliotecas. Em dois anos e três meses, em parceria com o governo federal, tiramos do analfabetismo 50 mil jovens, adultos e idosos.

    A Saúde teve um extraordinário avanço em sua descentralização com a inauguração do Socorrão de Presidente Dutra, com cem leitos e atendimento a uma população de mais de 330 mil pessoas. Transferi recursos para a construção dos Socorrões regionais de Imperatriz e de Pinheiro, recursos estes que foram garfados pela administração de minha ilegítima sucessora. Quatro centros de reabilitação física, destinados a portadores de necessidade especial ou pessoas com recomendação de fazerem fisioterapia foram inaugurados em Imperatriz, Caxias, Bacabal e Grajaú.

    Na área de infraestrutura, meu governo trabalhou em parceria com os municípios, delegando a eles até mesmo obras de competência estadual, na visão de que a fiscalização e o controle social são exercidos com mais eficácia quando se trabalha dessa forma, além de termos obras mais baratas. Dessa forma, foi possível fazer mais de mil quilômetros de estradas estaduais asfaltadas, recuperar quase 6 mil quilômetros de estradas vicinais e pavimentar 1.300 quilômetros de vias urbanas.

    A Baixada Maranhense recebeu asfalto e sinalização em sua principal via de acesso, a MA-014, que com 166 quilômetros de extensão beneficia municípios como Vitória do Mearim, Viana, São Bento e Pinheiro, facilitando ainda o acesso a dezenas de outros municípios. A MA-262 tirou do isolamento toda a região de Matões e Parnarama. Enquanto a MA-209, entre Nova Bacabeira e Turiaçu, atendeu uma reivindicação mais que secular. A ponte da Liberdade, que liga o Maranhão com o Norte do Tocantins, consolida o papel de Imperatriz como centro econômico, administrativo e cultural de toda uma imensa região dos dois Estados.

    Poderia me estender aqui, citando outras realizações nas áreas já citadas e em outras a que não me referi. Mas, o espaço que disponho não me permite. Mas, essas poucas linhas são o bastante para mostrar a falta de compromisso com a verdade daqueles que atiram pedras em meu governo. Apesar do monopólio que eles exercem sobre os meios de comunicação, a população pode, agora, fazer comparação entre dois diferentes estilos de governar. E, comparando, pode escolher entre eles.

    O governo Roseana

    Cem dias de volta ao atraso

    Por Jackson Lago, Governador cassado do Maranhão

    O governo ilegítimo da senhora Roseana Sarney Murad ultrapassou a marca dos cem dias. Nesse período, a população assistiu estarrecida a repetição daquilo que foi a marca registrada das administrações anteriores dessa senhora: a propaganda maciça, principalmente através da televisão, das intenções do governo. Essas intenções, no entanto, nunca se concretizam em ações ou em obras.

    Nos cem dias agora completos, o Maranhão viveu o drama das enchentes, em níveis nunca vistos, e cujas consequências até hoje perduram. Cerca da metade dos municípios maranhenses decretaram situação de emergência em seus territórios. Como o governo estadual agiu? Depois de exigir que o governo federal enviasse um bilhão de reais de ajuda, posou para as câmeras e voltou para o conforto de seus palácios, abandonando os atingidos à própria sorte. Além do mais, surrupiou dos municípios recursos que haviam sido transferidos legal e legitimamente por meu governo às administrações municipais e que seriam utilizadas em obras anteriormente previstas, mas que poderiam minorar o sofrimento das populações afetadas pelas cheias.

    Mas, os cem dias agora transcorridos significam, também, a interrupção de um caminho que vinha tirando o Maranhão do atraso que 40 anos de poder oligárquico o haviam mergulhado. Não vou me referir sequer a áreas mais visíveis, como Educação, Saúde ou Infraestrutura, nos quais houve consideráveis avanços, que os governantes de hoje pretendem desconsiderar ou desconstruir.

    Falo, por exemplo, da área da Segurança Cidadã, trabalho que vinha sendo elogiado nacionalmente, pelos avanços que vinham sendo conquistados pouco a pouco, apesar da sórdida campanha levada a efeito pelo sistema de mentira implantado pela oligarquia. Toda e qualquer ação dos bandidos era amplificada ao máximo pelos meios de comunicação da oligarquia, que diziam que com eles no governo as coisas seriam diferentes. E estão sendo: o número de crimes aumentou enormemente, em especial aqueles mais violentos. E o próprio secretário da área desconhece os avanços nacionais: na Conferência realizada há poucos dias (Conseg), o secretário mostrou sua ignorância quanto ao Programa Nacional de Segurança com Cidadania, o Pronasci.

    Falo, também, da área da Assistência Social. A gestora que havíamos nomeado ajudou a formular a política nacional para a área, e vinha de uma experiência exitosa à frente da Secretaria Municipal de São Luís. Hoje, os avanços que conquistamos e os técnicos que formamos estão sendo desperdiçados.

    E posso falar, ainda, da Cultura. Promovemos a democratização e a interiorização das ações nessa área, prestigiando as manifestações das mais diversas regiões. Da mesma forma que na Assistência Social, a política cultural nacional teve contribuição do secretário que havíamos nomeado. A população e os prefeitos já sentiram a diferença entre os festejos juninos deste ano e os ocorridos nos anos anteriores...

    Poderíamos nos estender indefinidamente para mostrar que, na verdade, estes cem dias foram uma volta ao atraso. Mas, o espaço que temos não nos permite. A população, no entanto, sabe. Sente diretamente na pele a mudança no estilo de governar. E, ao contrário de antes, sabe que as coisas podem ser mudadas. A propaganda maciça, que iludia as multidões, não tem mais a força que possuía.

    O Maranhão mudou.

    Personalismo e arrogância

    Vejam isso aqui. É ridículo, se não fosse trágico.

    Instituto Mirante frauda patrocínio de R$ 220 mil com dinheiro público

    Documentos inéditos em análise no Ministério da Cultura (MinC) apontam novas irregularidades e indícios de fraude em contas do Instituto Mirante, ONG presidida por Fernando Sarney, filho do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), e alvo de investigações da Polícia Federal.

    A entidade informou ter recebido R$ 220 mil da Eletrobrás para financiar projetos culturais no Maranhão, com base na Lei Rouanet. No entanto, auditores do MinC descobriram que parte dos gastos declarados não confere com os extratos bancários do instituto. Além disso, pelo menos R$ 116 mil — o equivalente a 52% do dinheiro captado — foram parar em contas de empresas ligadas à família Sarney.

    O processo do Instituto Mirante se arrasta desde 2005, quando a ONG foi autorizada a captar R$ 4,32 milhões em dinheiro de renúncia fiscal.
    Desde então, a entidade informou ter recebido R$ 220 mil da Eletrobrás — valor que tentou alterar posteriormente, sem convencer os auditores. Por causa dos problemas, a ONG chegou a ser declarada inadimplente seis vezes, como registra o sistema de acompanhamento dos processos do MinC.

    Cansada de cobrar explicações, a coordenadora-geral de Avaliação e Prestação de Contas do MinC, Maria da Glória Rocha, ameaçou pedir ao Tribunal de Contas da União (TCU) a abertura de uma tomada de contas especial. O ultimato foi dado em 24 de março deste ano, em ofício enviado a Fernando Sarney. Depois disso, o Instituto Mirante apresentou novas justificativas, ainda não analisadas.

    Mais essa do clã Sarney aqui.

    Devassa nos negócios do clã Sarney

    No Noblat

    Empresas da família Sarney são alvo de devassa

    Numa devassa sem precedentes nas empresas da família Sarney, a Receita Federal indicou a prática de crimes contra a ordem tributária, como remessa ilegal de recursos para o exterior, falsificação de contratos de câmbio e lavagem de dinheiro, entre outras ilegalidades.

    São 17 ações fiscais em curso, que atingem 24 pessoas e empresas relacionadas direta e indiretamente aos Sarney, incluindo sete contribuintes do Rio de Janeiro e São Paulo.

    O caso se estende até a Usimar Componentes Automotivos, empresa que deu nome ao escândalo da Sudam (Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia) no final da década de 1990 no Maranhão, no governo da então e atual governadora Roseana Sarney (PMDB).

    O trabalho dos auditores está em andamento, não tendo havido ainda autuações. O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), não se manifestou, e o advogado da família não ligou de volta à reportagem.

    O aperto da fiscalização sobre pessoas físicas e jurídicas da família Sarney somou-se a uma série de outros fatores que levaram o governo federal a demitir a secretária da Receita Lina Maria Vieira, segundo a Folha apurou.

    Além da divergência pública com a Petrobras, que promoveu mudança em seu regime tributário, a administração de Lina concentrou a fiscalização sobre grandes contribuintes, aplicando autuações bilionárias em bancos e empresas de diversos setores.

    Os atingidos, incluindo o grupo de Sarney, pressionaram pela queda de Lina. A versão oficial para a demissão dela, contudo, foi a consecutiva queda na arrecadação de tributos.

    A ação da Receita sobre a família Sarney está diretamente associada à Operação Boi Barrica (batizada posteriormente de Faktor), da Polícia Federal. Assinante do jornal leia mais em: Empresas da família Sarney são alvo de devassa da Receita

    Mais uma escândalo protagonizado pela família Sarney

    Gravações ligam família Sarney a nomeações por atos secretos, diz jornal

    Conversa entre senador e filho mostra negociação de cargos no Senado.
    Assessoria de Sarney e defesa de Fernando ainda não comentaram.

    Foto: J. Freitas/Agência Senado Foto: J. Freitas/Agência Senado

    O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), em discurso no plenário da Casa na última sexta-feira (17) (Foto: J. Freitas/Agência Senado)

    Uma sequência de diálogos gravados pela Polícia Federal (PF) com autorização judicial, durante a Operação Boi Barrica, e divulgados na edição desta quarta-feira (22) do jornal "O Estado de S.Paulo", revela a nomeação de cargos pela família Sarney no Senado e liga o presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), ao ex-diretor-geral Agaciel Maia na prestação de favores concedidos por meio de atos secretos.

    Ouça trechos dos diálogos na rádio CBN

    Em uma das conversas transcritas pelo jornal, o empresário Fernando Sarney, filho do parlamentar, diz à filha, Maria Beatriz Sarney, que mandou Agaciel reservar uma vaga para o namorado dela, Henrique Dias Bernardes.

    Leia mais sobre essa safadeza aqui.

    Roseana Sarney e a CBF

    O jornal O Estado de São Paulo, revela em matéria da repórter Luciana Nunes Leal que a CBF fez doação irregular e Roseana, sim, ela mesmo, a Sarney foi beneficiada.

    Vocês sabiam que Fernando Sarney é um dos vice-presidentes da entidade? Acusada de ter contribuído para campanha acima do limite de 2% do faturamento?

    A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) terá de dar explicações à Justiça Eleitoral pela doação de R$ 500 mil a candidatos nas eleições de 2006. Em ação movida pelo Ministério Público Eleitoral no Rio, a CBF é acusada de ter feito doação além do limite legal de 2% do faturamento bruto obtido no ano anterior. Uma das maiores beneficiadas foi a governadora do Maranhão, Roseana Sarney, que recebeu R$ 100 mil da instituição. Outros sete candidatos tiveram ajuda da confederação naquele ano, entre eles os senadores Marconi Perillo (PSDB-GO) e Leomar Quintanilha (PMDB-TO), com R$ 50 mil cada, e o deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS), com R$ 100 mil.
    Entre os vice-presidentes da CBF está o empresário Fernando Sarney, filho do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), e irmão de Roseana. Fernando foi indiciado pela Polícia Federal, acusado de favorecimento a empresas que têm contratos com estatais. O empresário nega qualquer envolvimento em atos ilícitos.

    Vejam mais esse esquemão aqui.

    José Sarney: Polícia Federal indicia nora do presidente do Senado

    Acusada de lavagem de dinheiro e falsidade ideológica, entre outros crimes, a empresária Teresa Murad, nora do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), foi indiciada ontem pela Polícia Federal no inquérito da Operação Boi Barrica. Mulher do empresário Fernando Sarney, filho do senador e responsável pelos negócios da família no Maranhão, Teresa figura junto com a filha, Ana Clara, como sócia das empresas do grupo, investigadas por suspeita de transações financeiras ilegais no Estado.

    No dia anterior, Fernando já havia sido indiciado pelos mesmos crimes e mais formação de quadrilha e comando de direção financeira irregular. O depoimento de Teresa durou mais de duas horas e seu teor não foi divulgado, mas Teresa teria entrado em contradições em vários momentos. A investigação foi desencadeada a partir de um saque de R$ 2 milhões em espécie que Fernando teria feito em 2006.

    PF vai indiciar membros da associação criminosa comandada por filho de Sarney

    Direto das páginas das colunas sociais para as manchetes policiais dos jornais de todo o Brasil, após um olhar investigativo, começa a desmontar a quadrilha comandada pelo filho do todo poderoso presidente do Senado Federal, José Sarney.

    O dinossáurico político, pode achar que é perseguição de quem não simpatiza com seus gestos amáveis, voz educada e jeito de vovô boa praça.

    Antes fosse. É aPolícia Federal quem está na cola da quadrilha.

    Após indiciar anteontem (15) o empresário Fernando Sarney, a Polícia Federal tomou ontem (16) novos depoimentos em São Luís (MA). Como a investigação está sob segredo de Justiça, a Polícia Federal não divulgou se quem foi ouvido é testemunha ou investigado.

    O filho do presidente do Senado, José Sarney, foi indiciado por formação de quadrilha, instituição financeira irregular, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica. O inquérito será encaminhado para o Ministério Público Federal, que vai analisar o documento e decidir se oferecerá denúncia à Justiça.

    Além de Fernando, foram indiciados Walfredo Dantas (falsidade ideológica, formação de quadrilha w lavagem de dinheiro), Marcelo Aragão (falsidade ideológica, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, entre outros crime de ordem financeira) e Thucidides Frota (falsidade ideológica e formação de quadrilha). A Polícia Federal não revelou a ligação entre os indiciados. Outras pessoas no Estado deverão ser indiciadas por formação de quadrilha, tráfico de drogas e outros crimes financeiros. O empresário Fernando Macieira Sarney foi o principal alvo da Operação Boi Barrica, nome de um grupo folclórico maranhense, criada em 2006 para investigar suspeitas de caixa dois na campanha de Roseana Sarney ao governo do Estado. Às vésperas da disputa, ele havia sacado R$ 2 milhões em dinheiro.

    Pela investigação, o órgão mais beneficiado pelos crimes foi o Ministério de Minas e Energia —controlado politicamente por seu pai.

    Ninguém se surpreenda se tudo isso virar uma grande pizza de camarão. Crustáceo abundante na costa maranhense.

    Clã Sarney: Filho de peixe…

    ... O empresário Fernando Sarney, filho do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), foi indiciado pela Polícia Federal sob a acusação, entre outros crimes, de falsificar documentos para favorecer empresas em contratos com estatais. A informação é de reportagem de Leonardo Souza e Hudson Corrêa publicada na Folha (íntegra disponível para assinantes do UOL e do jornal).

    A imoralidade da Fundação José Sarney

    Em meio a escândalo, aliados fazem festa

    Apesar de estar no centro do mais novo escândalo envolvendo o seu fundador e presidente vitalício, a Fundação José Sarney está em festa. Desde o início do mês, o histórico Convento das Mercês, sede da fundação, abriga o Maranhão Vale Festejar, festival de quadrilhas idealizado pela governadora do Estado, Roseana Sarney (PMDB), em que se apresentam diversos grupos de bumba-meu-boi.

    Na noite de quinta-feira, entre bandeirolas, plumas e máscaras, os "brincantes" se divertiam, sem deixar de homenagear os donos da festa. "Viva o senador Sarney, viva a governadora Roseana", gritava o líder de um dos grupos durante a apresentação.

    O festival, patrocinado pela mineradora Vale, é organizado pela Associação dos Amigos do Bom Menino das Mercês, outra entidade capitaneada pelos Sarney e sediada no convento. A associação é dirigida por Raimundo Nonato Quintiliano Pereira Filho, funcionário do gabinete do senador Lobão Filho (PMDB-MA), aliado do presidente Sarney.

    Dentre as atrações da festa, anunciada repetidamente nos intervalos comerciais da TV de José Sarney, está o Boi Barrica, fonte de inspiração para o nome da operação da Polícia Federal que investiga familiares do senador por suspeita de crimes financeiros. Os Sarney são padrinhos do grupo Boi Barrica.

    Na semana passada, os mesmos grupos da festa também cantaram em homenagem à governadora: "Ela é mulher do Senado, ela é mulher do governo e também do nosso Estado. Viva Roseana."

    O convento é um prédio do século 17, alvo de uma grande disputa judicial entre o Ministério Público e a Fundação Sarney.

    Fonte: Estadão.


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