Testemunhas contam como foi o acidente com o avião da TAM

Explosão foi sentida nos prédios vizinhos.
Morador acha assustador ser vizinho do aeroporto.
Do G1, em São Paulo, com informações da Globo News

Testemunhas do acidente com aeronave da TAM, que derrapou na cabeceira da pista de Congonhas e bateu em um prédio na Avenida Washington nesta terça-feira (17), falaram como foi o momento da explosão.

Segundo Marco César Campos de Oliveira, a explosão foi sentida nos prédios vizinhos. “Ouvi um barulho diferente, muito forte. Vi um clarão e fui até a janela, então vi que o avião tinha batido”, afirmou. “Eu senti a explosão e vi as luzes dos prédios vizinhos.”

Moradora de um prédio próximo ao aeroporto, Deisy Oliveira contou que viu a explosão. “Fui surpreendida por uma bola de fogo em frente a minha janela. O clima é nervoso e tenso, porque ninguém sabe muito bem o que aconteceu. Como o avião atingiu o prédio e um posto de gasolina, não dá para saber exatamente onde aconteceu a explosão.”

Para Adriano Assi, a sensação de insegurança para quem é vizinho ao aeroporto é constante. “É realmente assustador para a gente que mora aqui no bairro. A gente sabe que São Paulo não vive sem o aeroporto, que é importante para cidade e para o país, mas para quem mora aqui perto não é nada bom”, disse.

Tragédia em Congonhas. Avião da Tam derrapa e explode

Passados dez meses da queda de um jato da empresa aérea Gol, vindo de Manaus para Brasília, matando 154 pessoas, desencadeando a mior crise aérea da história da aviação comercial do país; outra tragédia acaba de acontecer no Brasil, desta vez com um Airbus 320, da TAM.

Não se sabe o número de vítimas até o momento. A pista no aeroporto de Congonhas passou recentemetne por reformas. Acredita-se que o serviço não foi de qualidade e quando a aeronave tocou o solo molhado por uma fina garôa que cai em São Paulo, a aeronave "aquaplanou", perdeu o controle, atravessou uma rua e explodiu num Posto de Abastecimento da Shell, invadindo o terminal de cargas da própria TAM.

As primeiras notícias dão conta de várias vítimas no solo que trabalhavam nos prédio atingidos.
















Avião de passageiros da TAM derrapa, atinge depósito e pega fogo na zona sul de SP


Portal UOL

Um avião bateu contra um posto de combustíveis de bandeira Shell e um depósito de cargas da TAM ao tentar pousar em Congonhas. O acidente causou um grande incêndio, e o fogo consome neste momento o prédio, que fica na rua Otávio Tarquino de Souza, perto do aeroporto. De acordo com nota divulgada pela TAM, o vôo JJ 3054 vinha de Porto Alegre trazendo 170 passageiros quando sofreu um acidente no pouso. O avião, um airbus A320, derrapou na pista, que estava escorregadia, saiu da pista do aeroporto, atravessou a avenida Washington Luiz e se chocou contra o depósito.

A assessoria de imprensa da TAM diz ainda que não é possível determinar a extensão dos danos no momento, nem o status de possíveis vítimas.

O aeroporto de Congonhas está fechado para pousos e decolagens desde as 18h45, e os vôos estão sendo redirecionados para Cumbica.

Pelo menos 20 equipes do Corpo de Bombeiros trabalham para controlar o incêndio, e dezesseis ambulâncias estão no local. Segundo informações preliminares, cinco funcionários da TAM estariam presos dentro de um elevador do depósito da companhia aérea.

De acordo com Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), a avenida Washington Luis está interditada nos dois sentidos na altura da rua Otávio Tarquino de Souza. A avenida 23 de Maio também está fechada. A interdição causa cerca de cinco quilômetros de congestionamento no local.

Ontem, outro avião derrapou após pousar na recém reformada pista principal do aeroporto, o que causou a suspensão das operações em Congonhas. O avião parou de bico na área de grama.

Leia comunicado da TAM sobre o acidente

Empresa divulga telefone para atender familiares de passageiros do vôo JJ 3054.
Aeronave Airbus A320 envolvida no acidente saiu de Porto Alegre às 17h16.
Do G1,

A TAM divulgou nesta terça-feira (17) um comunicado oficial sobre o acidente no Aeroporto de Congonhas:

"A aeronave da TAM Airbus A320, vôo JJ 3054, que partiu de Porto Alegre, às 17h16, com destino ao aeroporto de Congonhas (SP), sofreu acidente no pouso no aeroporto em São Paulo.

Neste momento não podemos determinar a extensão dos danos ou de possíveis lesões sofridas pelos ocupantes do avião, passageiros e tripulantes. Uma equipe da TAM já está no local e outros técnicos da companhia estão a caminho. A assistência de emergência também está sendo prestada pelo Corpo de Bombeiros, Infraero e outras autoridades aeronáuticas.

A TAM já ativou seu Programa de Assistência às Vítimas e Familiares e disponibilizou um número de chamadas gratuitas voltado para o atendimento aos familiares dos passageiros e tripulantes deste vôo: 0800 117900.

Qualquer outra informação relevante será comunicada imediatamente pela TAM."

Noite de lua cheia revive cabarés no 13º Maraluar

Jornal Correio do Tocantins

















Maraluar – em julho uma famosa festa no luar na praia do Tucunaré.















Para saber mais da festa clique aqui>>

Neste sábado (21) a praia do Tucunaré será palco para o 13º Maraluar, um baile ao estilo caribenho que reúne milhares de pessoas até o nascer do sol do dia seguinte. Nos últimos dias que antecedem a festa, mais de 100 pessoas trabalham para a realização da festa, entre carpinteiros, braçais, eletricistas e artistas-decoradores de cada espaço da arena que vai dando forma à casa de shows no meio da ilha.

O projeto embrionário do Maraluar começou com o Grupo Só da Terra, que congrega amigos que idealizaram a festa e a promovem até hoje. Este ano, eles demoraram cerca de dois meses para decidir sobre o tema e acabaram optando por reviver o glamour dos cabarés. “O Grupo Só da Terra tem o compromisso de recontar as histórias numa região de migração muito grande”, explica Vanda Américo, uma das coordenadoras da festa. Ela relembra que, assim como se vê na televisão retratar cabarés de época, Marabá também teve a magia dos cabarés e as festas a fantasia, com mulheres belíssimas que gastavam muito dinheiro com laquê, penteados, pinturas, plumas e paetês. Não era a prostituição do calçadão.

A história desse tema não é uma apologia à prostituição, mas uma forma de retratar a cultura dos cabarés”, justifica. Vanda observa que as pessoas iam para os cabarés para conversar, se divertir, discutir políticas, para jogar cartas e jogos de azar. “Tanto é verdade que o cenário lá dentro da arena será composto, principalmente, de jogos de azar, que enfoca a realidade do cabaré”, sustenta.

Segurança - Para garantir a segurança dos convidados, o Grupo Só da Terra mantém, desde a primeira edição do Maraluar, um cadastramento de barqueiros que transportam os participantes para a praia. Antes da festa, todos recebem orientação para que tratem bem o turista, independente da situação.

Cada embarcação é vistoriada antecipadamente pelas autoridades competentes para avaliar a capacidade e condições de trafegabilidade. Todos precisam ter coletes salva-vidas e boa estrutura de iluminação. “A idéia é oferecer uma festa agradável para manter todos os convidados na praia até o amanhecer, para facilitar o transporte de volta, sem atropelos”, enfatiza.

Bandas Com relação ao critério para a escolha das bandas, o Grupo Só da Terra procura valorizar a música regional. Para tanto, mantém contato com promotores de Belém para identificar quem está no auge para poder trazer ao Maraluar. O objetivo central é trazer duas bandas básicas para agradar pessoas dos mais variados gostos e idades. “Temos que ter aquela banda básica com instrumental de sopro que toca tudo, que é a banda do baile.

Temos mais uma banda de Marabá, Swing Moleque, que vai abrir a festa, desde às 22 horas, quando o pessoal estiver atravessando o rio, eles vão estar tocando”, antecipa. Depois do Swing Moleque, a noite será das bandas Zona Rural, Making Off e Maresia, de Belém. “Preferimos este ano contratar mais bandas com o objetivo de segurar os participantes na festa até o amanhecer, pois não queremos atravessar pessoas na madrugada, para evitar congestionamento de barcos no retorno”, esclarece Vanda. (Josélio Lima)

Ministério analisa pedido para abrir sindicância sobre ação recorde de combate ao trabalho escravo no Pará





Marcos Chagas e Isabela Vieira

Repórteres da Agência Brasil

Brasília - O Ministério do Trabalho e Emprego analisa pedido para que abra processo administrativo para apurar eventuais abusos cometidos pelo Grupo Móvel de Combate ao Trabalho Escravo durante operação no fim do mês passado que encontrou mais de 1,1 mil trabalhadores em condições degradantes na empresa Pará Pastoril Agrícola (Pagrisa), no município de Ulianópolis (PA). O número de trabalhadores resgatados foi recorde.

De acordo com a assessoria de imprensa do ministério, o ministro Carlos Lupi informou durante uma reunião com parlamentares e representantes da Pagrisa, na quinta-feira passada (12), que vai esperar o resultado do relatório da fiscalização para tomar qualquer medida. O documento deve ficar pronto esta semana e, segundo a assessoria, já tem mais de cinco mil páginas.

Estiveram com Lupi, além do presidente da Pagrisa, Marcos Villela Zancaner, e o presidente da Federação de Indústrias do Pará, José Conrado dos Santos, o senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA) e os deputados Giovanni Queiroz (PDT-PA) e Paulo Rocha (PT-PA).

Flexa Ribeiro diz que questiona o fato de a empresa haver sido multada por “trabalho degradante”. “Fiz questão de conhecer a empresa, fui antes do encontro ao local e constatei que em hipótese alguma se configurava trabalho degradante”, diz ele. “O que queremos é definir, e projetos nesse sentido já tramitam no congresso, o que é trabalho degradante.”

O Brasil é signatário de diversas convenções internacionais que condenam o uso de trabalho escravo. Segundo o artigo 149 do Código Penal, é crime "reduzir alguém a condição análoga à de escravo, quer submetendo-o a trabalhos forçados ou a jornada exaustiva, quer sujeitando-o a condições degradantes de trabalho, quer restringindo, por qualquer meio, sua locomoção em razão de dívida contraída com o empregador ou preposto".

“Jamais defenderíamos uma empresa que submetesse seus colaboradores a trabalho degradante”, defende o senador tucano. “No caso da Pagrisa, ela tem 1800 funcionários, transporte de ida e volta, fardamento completo, atendimento clinico e odontológico, plano de saúde com cobertura de 50% para quem quiser optar, alojamento com energia elétrica, água encanada e saneamento, da forma como é exigido pela resolução do Ministério do Trabalho.”

Ainda segundo Flexa Ribeiro, o ministro “tomou um susto” ao saber que acompanhava o grupo móvel uma equipe de jornalistas da agência norte-americana de notícias Reuters. “Isso de imediato foi transmitido para todo o mundo como se a empresa explorasse o trabalho degradante.”

Segundo o senador, uma outra fiscalização conduzida pela Delegacia Regional do Trabalho havia constatado irregularidades localizadas na Pagrisa, as quais já haviam sido sanadas. “Antes da força tarefa do ministério chegar lá pra essa inspeção, a DRT do Pará já havia feito uma fiscalização no início do ano”, conta o senador.

As irregularidades que, segundo ele, já haviam sido sanadas, diziam respeito à alimentação dos trabalhadores e o fornecimento de energia elétrica para os alojamentos.

O presidente da Pagrisa, Marcos Villela Zancaner, disse que espera a abertura de uma sindicância o quanto antes. "A verdade está lá. Não tem como, em tempo recorde, alterarmos as coisas", diz ele, que questiona o fato de o ministério ter divulgado os resultados da fiscalização antes de finalizar os autos de infração e pensa até em "sabotagem". "Nós estávamos produzindo cana na Amazônia Legal quando achavam que isso não era possível", diz ele. "Chegamos até em pensar que a fiscalização pudesse esconder motivos muito maiores, como a concorrência desleal."

Fazem parte do Grupo Móvel de Combate ao Trabalho Escravo representantes do Ministério do Trabalho e Emprego, do Ministério Público do Trabalho e da Polícia Federal.

Conflito na Apyterewa se arrasta sem solução

O conflito pela posse da terra na recem-criada Reserva Apyterewa, em São Felix do Xingu se arrasta sem soluação.

Brancos e índios disputam uma área maior que vários estados brasileiros, riquíssima em mogno e minérios.

Segundo a Associação dos Agricultores da Vila Taboca, no último dia 13 deste julho, os índios Apyterewa, estavam limpando o rio São Sebastião para ter melhor acesso até a ponte, com a intenção de queimá-la.

A ponte, contruída através de uma coleta entre agricultores e fazendeiros, de 85 metros de comprimentos por 5 metros de largura, com corrimão, é o novo alvos dos índios.

Um grupo de agricultores desde a noite do dia 13 faz vigília protegendo a ponte.

No dia seguinte (14/07) foi formado um grupo maior, que solicitou a presença das autoridades locias (policia militar e um vereador), que foram até o rio São Sebastião para ver como estava a situação. Ao chegar ao local foi encontrado cinco pessoas que estavam à beira do rio, em uma balsa com equipamentos de garimpo. Os garimpeiros foram identificados como sendo: José Carlos Alves Ribeiro, Antonio Severino de Lima, Raimundo Pessoas dos Santos, Raimundo da Silva Moreira e Marcela da Silva Lima, filha do piloto da voadeira da aldeia e todos residem em Altamira - PA.

Junto com a Policia militar, foi pergunbtado ao grupo se eles tinham licença e autorização para garimpar no Rio, responderam que ali estavam por ordem do Sr. Benigno Pessoas Marques e do procurador da Republica, Marcos Antonio Delfino de Almeida.

Estavam ali esperando três pessoas que são responsável pela operação de garimpagem, que foram de voadeira até a ponte e abrindo passagem no rio.

São eles: Rodrigo Tavares Amorim, portador do RG n°. 11883309-SSP-MG, Sebastião José Lucena, esse no dia 14/07/07 usou o telefone n°. 94- 3365-7059 e fez uma ligação interurbana e Jairo Morais Pereira, que negaram o envolvimento do Sr. Benigno e outros, comprometendo-os índios Apyterewa, que teriam fechado um acordo com os mesmos, de uma sociedade de 10% do minério retirados do rio para os índios, sendo que este processo de extração de minério contaminariam as águas com mercúrio.

Os cinco garimpeiros informaram que tinham combinado com os índios para se encontar no dia (21/07) e que o grupo seria levado à aldeia, foram trazidos até a delegacia Militar, sob o comando do Sargento do DPM, neste percurso alguns deles com exclusividade a Marcela falaram a língua dos Índios Apyterewa.

Entre eles: um que é deficiente de uma perna foi reconhecido no saqueamento e queima de uma moto junto com os índios.

Na delegacia, o Sr. Rodrigo Tavares e Sebastião José Lucena, orientaram os cinco garimpeiros, para não assinarem o Termo de Declaração, alegando que poderiam ser mortos pelos índios, ficando com todas as responsabilidades o Sr. Rodrigo, que de uma maneira inteligente, assinou o termo da POLICIA MILITAR DO PARA - COMANDO DE POLICIAMENTO REGIONAL 8ª. CIPM - SÃO FÉLIX DO XINGU DPM DO DISTRITO TABOCA.

Estes Garimpeiros, foram hospedados em um hotel com direito a refeição dormida por conta das Associações e levados de volta à beiro do rio São Sebastião o ponto de origem.

Não há semana que não haja o aumento da tensão na área, disse um dos dirigentes da Associação dos Agricultores da Taboca.

A região é povoada com mais de 4 mil brancos e o Governo Federal demarcou, através da Funai, uma área superior a 400 mil hectares para 200 índios.

Várias reuniões em Brasília com a direção das Associações ameaçadas de serem expulsas da região e o alto esclão da Funai, nunca obtiveram por parte das autoridades, a garantia que não serão expulsos da área.

"Só quando tiver derramamento de sague por aqui é que o governo vai tomar uma providência", antecipou o diregente.

Estão fabricando gente que vive como escravo




Evandro Éboli, 17/07/2007

Políticos do Pará protestam e pressionam ministro do Trabalho contra operações que reprimem exploração

BRASÍLIA
. Um grupo de políticos e empresários do Pará está pressionando o Ministério do Trabalho para rever a autuação da empresa Pará Pastoril e Agrícola (Pagrisa), acusada de expor funcionários à condição análoga ao trabalho escravo. A operação do Grupo Móvel de Fiscalização, que há duas semanas libertou 1.108 funcionários da fazenda, foi a maior realizada até hoje pelos auditores. Numa reunião tensa e constrangedora, ocorrida na última quinta-feira, no gabinete do ministro do Trabalho, Carlos Lupi, parlamentares paraenses acusaram o governo de ter exorbitado na ação.

Na comitiva, estava o deputado Paulo Rocha (PT-PA), um dos autores da proposta de expropriação das terras onde são flagrados casos de trabalho escravo, que tramita na Câmara. Ele é o coordenador da bancada do Pará no Congresso Nacional. A Pagrisa é a maior produtora de açúcar e álcool do estado e fica em Ulianópolis, a 450 quilômetros de Belém.

Presidente da Pagrisa mostra vídeo a Lupi














O presidente da Pagrisa, Marcos Zancaner, e o presidente da Federação das Indústrias do Pará (Fiepa), José Conrado, também participaram do encontro. Zancaner chegou a exibir um vídeo institucional sobre a empresa para Lupi.

Durante o encontro, o senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA), o mais exaltado, discutiu com a secretária de Inspeção do Trabalho, Ruth Vilela, coordenadora do Grupo Móvel. Ele a acusou de ser a responsável pela ação dos fiscais na Pagrisa.

- A reunião foi tensa, evidente. Queremos que o ministro apure se houve excesso dos fiscais. Discutimos sim. A secretária defendeu o ponto de vista dela, e sempre negava tudo - disse ontem Flexa Ribeiro.

Os auditores constataram que os colhedores de cana-de-açúcar trabalhavam e viviam em condições degradantes. Os fiscais encontraram diversas irregularidades, como alojamentos superlotados, jornada excessiva de trabalho e falta de água potável. O valor das indenizações a serem pagas aos trabalhadores chega a R$1,8 milhão. A Pagrisa ainda deverá ser multada e pode ser incluída na chamada lista suja do trabalho escravo.

O deputado Giovanni Queiroz (PDT-PA), também presente na reunião, fez duros ataques ontem às ações dos fiscais do ministério e também a Ruth Vilela.

- Foi uma ação premeditada. A secretária Ruth é a cascavel do grupo. Aquela ação foi uma palhaçada. Estão fabricando gente que vive como escravo no Brasil. É tudo um exagero - disse

Segundo Flexa Ribeiro e Giovanni Queiroz, o deputado Paulo Rocha, na reunião, disse que, apesar de ser autor da proposta que endurece o combate ao trabalho escravo, estaria havendo exageros na aplicação da atual legislação. O GLOBO procurou ontem Paulo Rocha. Sua assessoria informou que ele estava viajando e que retornaria a Brasília à noite.

Direção da empresa nega qualquer irregularidade

No encontro no gabinete de Lupi, Ruth Vilela teria dito que a reunião teve caráter de "tribunal sumário".

A direção da Pagrisa negou qualquer irregularidade, afirmando que todos os seus 1.600 empregados têm carteira assinada. A empresa informou ainda que os 27 alojamentos têm instalações sanitárias e um refeitório para servir aos trabalhadores.

O Ministério do Trabalho informou, por intermédio de sua assessoria de imprensa, que Carlos Lupi apenas atendeu a um pedido de audiência dos parlamentares e que se comprometeu a apurar se houve abusos da fiscalização. De acordo com a assessoria, não é comum encontros entre o ministro com empresas autuadas, mas que, diante da repercussão do caso, Lupi decidiu recebê-los. Ruth Vilela, que já havia decidido deixar a secretaria antes desse episódio, preferiu não comentar o assunto.

Escória da WEB atrás das grades

A Justiça Federal do Pará condenou 65 pessoas por crimes cometidos via internet. Os criminosos são integrantes de uma das maiores quadrilhas já descobertas no Brasil especializadas no uso da web para realização de fraudes, lavagem de dinheiro e estelionato.

Leia +

Veja abaixo a relação dos condenados e a pena imposta a cada um nos quatro processos sentenciados pelo juiz federal Carlos Henrique Borlido Haddad:

Processo nº 2001.39.01.001193-1
• Adalberto Monteiro Oliveira – 12 anos e 4 meses
• Adriano Duarte Cruz – 13 anos 4 meses
• Antônio Francisco Fernandes de Souza – 21 anos e 9 meses
• Antônio José da Silva Pereira – 13 anos 4 meses
• Antônio Wellington Fontes de França – 10 anos e 7 meses
• Daniel Xavier de Almeida – 12 anos e 2 meses
• Edmilson Fernandes de Souza – 11 anos e 6 meses
• Eurípedes Álvaro de Oliveira Filho – 15 anos
• Fábio Florêncio da Silva – 19 anos e 5 meses
• José Airton Ribeiro Soares – 11 anos e 6 meses
• José Augusto Leite Barros – 13 anos e 4 meses
• Josivaldo Leite Barros – 12 anos e 4 meses
• Orlando Eteovásio Pereira – 13 anos e 4 meses
• Valdir Flausino de Oliveira Júnior – 10 anos e 4 meses
• Valdir José Pereira de Vasconcelos – 9 anos e 10 meses

Processo nº 2002.39.01.000017-8
• Aldair Dalferth – 5 anos e 6 meses
• Antônio Carlos Coelho da Cruz – 7 anos e 4 meses
• Ataíde Evangelista de Araújo – 17 anos e 5 meses
• Cícero Geisel Magalhães Mesquita Pereira – 9 anos e 6 meses
• Domingas de Ramos Sales Silva – 12 anos e 4 meses
• Ébio José Neto – 13 anos e 4 meses
• Enilson Fernando Moreira Bezerra – 11 a nos e 4 meses
• José Helder Fontes de França – 9 e 8
• José Lucivaldo Moraes de Oliveira – 8 anos e 6 meses
• Josenias Barbosa dos Santos – 12 anos e 10 meses
• Marciélia Fontes de França – 12 anos
• Marlon Sanches Pereira – 11 anos e 6 meses
• Maurício Gomes Pina – 12 anos e 4 meses
• Ramoncito Borges Tavares – 11 anos e 6 meses
• Waldemir de Matos Fernandes – 6 anos e 6 meses

Processo nº 2004.39.01.001065-2
• Adalgenice Souza Silva – 2 anos
• Adilenhe de Matos Rodrigues – 2 anos
• Alaor de Castro – 2 anos
• Alberoni de Sá Cruz - 5 anos
• Aline Cristina Sousa Morais – 3 anos
• Antônio José da Silva Pereira – 4 anos
• Antônio Sérgio Langner de Moura - 4 anos
• Cláudio Rezende de Moraes - 4 anos
• Dianelly de Cássia Lobato Pereira - 4 anos
• Diones Barbosa – 4 anos e 9 meses
• Dirceu de Souza Terrão - 4 anos
• Elveni Dalferth - 2 anos
• Fernando Ribeiro Soares – 4 anos e 3 meses
• Francinelma de Andrade Melo - 2 anos
• Francisco Correa Nobre Neto – 7 anos e 6 meses
• Francisco Elesbão Neto – 4 anos
• Hermelindo Menezes de Lana – 7 anos e 4
• Ione da Silva Oliveira – 3 anos e 6 meses
• Jefferson Maciel de Sousa - 8 anos
• Joana Elias dos Santos – 12 anos
• José Raimundo P. Ramalho - 4
• José Ribeiro Soares Filho – 4 anos e 3 meses
• Josué Souza Silva - 4 anos
• Marco Braga dos Santos – 13 anos
• Marcos Antônio Barcelos – 4 anos
• Maria José Duarte da Cruz - 3 anos
• Marta Nílvia Gomes Pina - 3 anos
• Rosimar de Sousa Machado - 2 anos
• Rosimar Teixeira Salgado - 4 anos
• Zilda das Chagas Silva Fernandes - 2 anos

Processo nº 2004.39.01.001260-8
• Abraunienes Faustino – 11 anos
• Enes Faustino - 2 anos e 6 meses
• Frank Ney Martins da Silva - 2 anos
• Jaqueline dos Reis dos Santos - 1 ano e 4 meses
• Valdemir Sousa Oliveira - 1 ano e 4 meses


Já está no "ar" o site do Estado do Carajás



















www.estadodocarajas.com.br

Produtores rurais preparam empresas para abrir capital

Febre do IPO chega a produtores do MT

Mauro Zanatta
Valor Econômico
17/7/2007

Bons preços internacionais das commodities e cenário interno favorável animam grandes produtores rurais de Mato Grosso a criar empresas para gerir seus negócios e, ao mesmo tempo, preparam a abertura do capital dessas companhias. A opção pelo mercado de capitais, até então restrita a grandes usinas de açúcar e álcool e frigoríficos, é explicada pelas limitações do crédito rural oficial em financiar as safras e o alto custo do dinheiro emprestado por tradings ao setor.

As novas empresas do campo estão em busca de capital de giro para alavancar sua expansão e seus investimentos. E já começaram a profissionalizar sua gestão com o objetivo de elevar a captação de recursos a juros mais baixos. Atentos ao movimento, bancos e fundos de investimento internacionais com participações em empresas do agronegócio começaram a avaliar os negócios em Mato Grosso. Na semana passada, a convite do Banco do Brasil e do Deutsche Bank, dez analistas de fundos brasileiros, americanos e europeus, que administram uma carteira de US$ 1 trilhão em recursos, passou dois dias em visita ao Estado para estudar oportunidades de investimento.

Um dos maiores produtores rurais do país, o gaúcho Otaviano Pivetta anunciou aos potenciais investidores, durante visita à sua fazenda, em Nova Mutum, a 270 km de Cuiabá, que entrará na febre dos IPOs no início de 2008 com a sua Vanguarda do Brasil S.A. Pivetta planta 170 mil hectares de soja, algodão, milho e arroz em 11 fazendas.

A empresa, que fatura US$ 197 milhões, tem uma característica de forte verticalização da produção. Produz as sementes, planta, industrializa e transporta soja e algodão até o porto de Paranaguá. A produção de milho abastece a criação de 80 mil suínos, que são abatidos por uma cooperativa e exportados. Com a ida à bolsa, Pivetta planeja expandir a criação de bovinos de 30 mil para 100 mil cabeças, construir um abatedouro de grande porte, elevar a capacidade de esmagamento de soja de 10% para 40% da produção, além de erguer uma usina de biodiesel e outra de etanol base de milho na região. "Produzimos a matéria-prima nas fazendas, o que faz diferença nos custos e reduz riscos sanitários", diz Pivetta, que também é deputado estadual.

Dono do Grupo Bom Futuro, que fatura US$ 300 milhões, o paranaense Eraí Maggi Scheffer também avisou que prepara o terreno para ir à bolsa. Considerado o maior produtor do Brasil, com 200 mil hectares de soja, milho e algodão espalhados por sete municípios de Mato Grosso, Eraí informou já ter contratado a consultoria que auxiliou a SLC Agrícola a preparar a abertura de seu capital.

"O processo está em andamento. Ainda dependemos de auditorias, mas estamos pensando na abertura de capital", disse o dono do grupo de Rondonópolis. Na mesma sintonia, o empresário goiano Orcival Guimarães, que planta 80 mil hectares de soja, milho e algodão e cria 100 mil bovinos em Lucas do Rio Verde, contou aos participantes da "field trip" que planeja, em associação com Otaviano Pivetta, construir um frigorífico de capital aberto com capacidade para abater até 500 mil bois na região. "O momento é este. Com alguns sócios estratégicos, penso que podemos fazer isso rápido".

Em Cuiabá, o governador de Mato Grosso, Blairo Maggi (PR), avaliou haver um "movimento interessante" entre os produtores em direção à bolsa. Ao Valor, disse que a principal empresa de sua família, a Amaggi, deve seguir a tendência. "A Amaggi está pronta para abrir o capital. Já tivemos várias auditorias e consultorias. As contas estão em ordem, mas falta a decisão estratégica sobre o melhor momento para colocar outras pessoas dentro da empresa", afirmou. Com sede em Rondonópolis, a empresa produz em 17 fazendas e fatura US$ 700 milhões.

Surpresos com a escala de produção dessa elite de produtores, e interessados em temas de logística e infra-estrutura, os analistas do mercado financeiro foram direto ao ponto: a taxa de retorno dos investimentos. De Pivetta, ouviram que, apesar do câmbio desfavorável elevar o custo do frete, a Vanguarda tem margem de 30% no algodão e de 15% na soja. "Em vez de transportar 20 quilos de milho, levamos um quilo de carne e diluímos o frete", disse. Pivetta disse, ainda, que cada hectare de suas fazendas rende até US$ 7 mil.

Eraí Maggi afirmou também trabalhar no mesmo nível de retorno. O problema é a insuficiência de crédito. Produtor em Rondonópolis, Bruno Goellner disse que sua empresa, o Grupo Girassol, que produz desde a semente e faz a exportação direta da produção, precisa de US$ 23 milhões para custear as safras, mas consegue apenas US$ 1,5 milhão no crédito rural oficial. "O restante vem de capital próprio ou de tradings", disse.

No campo, os analistas quiseram saber sobre investimentos em tecnologia. A resposta veio com a visita à colheita de algodão, onde viram colheitadeiras de US$ 400 mil. E Pivetta tem 40 dessas máquinas, além de 60 outras para colher soja. "É impressionante mesmo. O mais interessante é ver que existe uma empresa por trás disso", avaliou Marcos Amino, do hedge fund Discovery, que tem uma carteira de US$ 4 bilhões.

O analista Pascoal Paionne, do Votorantin Asset Management, cuja carteira soma R$ 1,5 bilhão, ficou animado. "Há oportunidades de negócio muito boas aqui. Abrir o capital é uma chance importante para esses produtores", disse. Integrante de uma equipe do Deutsche Asset que administra US$ 800 bilhões no mundo, o alemão Oliver Kratz informou aos empresários que o fundo tem US$ 1 bilhão disponíveis para "novos negócios". A analista Glaucia Renda, da Alliance Growth Equities, cujos investimentos incluem empresas do agronegócio, considerou fundamental conhecer de perto a realidade do campo brasileiro.

No comando da Diretoria de Agronegócios do Banco do Brasil, José Carlos Vaz avalia que a tendência de abertura de capital de empresas rurais de Mato Grosso poderia levar a uma redução de até 40% no mix de taxa de juros pago pelos produtores - hoje entre 15% e 20% ao ano. "Captar dinheiro na bolsa poderia significar um corte nos custos", avaliou. "Mas eles precisam ter alto padrão de contabilidade, gestão financeira e de riscos". Segundo ele, com esse movimento, as tradings passariam a ser comercializadoras e não mais financiadoras da produção. Nesse cenário, o diretor acredita que o BB passará a oferecer intermediação de recursos, como análises de risco, e proteção de preços (hedge) em geral a essa fatia do setor.

Lobby europeu articula veto à carne brasileira



Jamil Chade
O Estado de S. Paulo
17/7/2007

O Comitê de Agricultura do Parlamento Europeu pediu o “embargo total e imediato” à importação de carne brasileira. Lobistas tentam impressionar os deputados com dossiê. Relatório cita pesquisa do cientista brasileiro Aramis Augusto Pinto
O Comitê de Agricultura do Parlamento Europeu pediu ontem o "embargo total e imediato" das carnes brasileiras na Europa. Em uma sessão dedicada ao produto do Brasil, o presidente do comitê, o inglês Neil Paraish, estimou que a maioria dos deputados se declarou favorável ao embargo e, portanto, a medida precisava ser aplicada.

A Comissão Européia - braço executivo do bloco - afirmou que enviará novas missões de veterinários para avaliar as condições fitossanitárias da carne brasileira nos próximos meses, mas se recusou a aceitar a idéia de impor, por enquanto, o embargo pedido pelos deputados. "Não tomaremos uma decisão com base no Parlamento, mas sim nas evidências e nos fatos", disse um funcionário de alto escalão da Comissão.

O Parlamento não tem poder de impor sanções ou embargos, mas a decisão de ontem tem "um importante impacto político", segundo avaliação da Comissão. Durante a sessão, considerada tensa por alguns, deputados e lobistas ligados aos produtores da Europa, apresentaram as conclusões de uma investigação em que tentam provar que as condições da carne bovina brasileira são inadequadas.

Mostrando até fotos de um fazendeiro aplicando hormônios ilegais em um animal no Brasil, os produtores tentaram impressionar os deputados. Na Irlanda e Escócia, a questão virou assunto de Estado. "A Comissão Européia não pode mais ignorar o assunto diante do pedido do presidente do comitê", afirmou Padraig Walshe, presidente da Associação Irlandesa de Produtores de Carne. Autoridades da Comissão terão de comparecer ao Parlamento para se explicar nas próximas semanas.

Apesar do recado político, o departamento de veterinários da Comissão, único com poder de impor um embargo, mantém sua posição de defesa da carne brasileira. Para eles, as informações prestadas aos deputados pelos produtores são "incorretas", " falsas" e "enganosas".

A rejeição ficou explícita em uma correspondência entre o comissário de Saúde do Consumidor da Europa, Markos Kyprianou, e a comissária agrícola do bloco, Mariann Fischer Boel. Bruxelas, porém, deixa claro que, se até o fim do ano o Brasil não implementar novas recomendações, um embargo poderia ser avaliado. "As alegações no relatório (dos produtores) são baseadas em uma interpretação incorreta das exigências na importação de carne", afirmou Philip Tod, porta-voz da Comissão para assuntos de saúde do consumidor.

Para ele, não se justifica nenhuma ação imediata contra o Brasil. A Comissão ainda criticou os lobistas por não esclarecerem quais fazendas visitaram para realizar a investigação e alertou que as conclusões foram tiradas de visitas a Estados que já estão sob embargo: Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul. Para completar, os veterinários acusam os lobistas de terem preparado a investigação sem ter ido a laboratórios, frigoríficos ou órgãos de certificação no Brasil.

Na Comissão, o lobby está sendo visto como um recurso utilizado pelos produtores que vêm sofrendo com o incremento cada vez maior das exportações brasileiras.

Segundo a campanha liderada pelos produtores, as acusações envolvem a falta de um sistema que possa rastrear e identificar origem do gado. "A maioria das fazendas visitadas não tem sistema de rastreabilidade", afirma a investigação, publicada após uma missão realizada em maio, que indica o perigo da febre aftosa. Em algumas fazendas visitadas, os irlandeses apontam que os registros haviam sido cortados das orelhas do gado para impedir a identificação. Outra acusação é a de que produtores apenas colocam as identificações poucos dias antes de vender o gado, permitindo obter um preço maior.

IDENTIFICAÇÃO

A Comissão Européia, porém, rebateu os argumentos dos deputados, alegando que não há de fato uma exigência de que todo o gado no País seja identificado. O critério vale apenas para aqueles que serão exportados.

A segunda acusação dos produtores refere-se à falta de controle no Brasil em relação à movimentação do gado de um local livre de aftosa e de outro onde não há garantias fitossanitárias. Segundo a investigação, a movimentação entre as fronteiras é " generalizada".

Um dos exemplos é o transporte de gado entre o Paraná - região embargada - e o Rio Grande do Sul, um dos principais exportadores ao mercado europeu. Os produtores europeus acusam os exportadores gaúchos de comprar gado do Paraná para exportar diante da falta de produto no Estado. "O controle está sendo impossível", argumenta a investigação.

Mais uma vez, a Comissão Européia rebateu as críticas. Para os veterinários, o transporte de gado pode ocorrer. Segundo eles, não há problema no comércio entre o Paraná e o Rio Grande do Sul, já que, para uma carne ser exportada, o gado precisa estar em uma zona livre de aftosa por 90 dias antes do abate do animal.

A Comissão tomou para si a responsabilidade de defender o Brasil, algo raro. Segundo os veterinários, o controle de movimento do gado é praticado em todo o País e está sendo fundamental para impedir que a aftosa se alastre para outros Estados.

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