Giovanni Queiroz no programa Direto de Brasília

Baita entrevista! Vejam.

Prosseguem encontros discutindo o Estado do Carajás

Dgeison S. Peixoto

















A Bancada do PDT no Congresso Nacional reuniu-se ontem, em audiência com o presidente Luis Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.

Todos os parlamentares tiveram voz. O Deputado Federal Giovanni Queiroz (PDT-PA) lembrou das caminhadas do presidente há vinte anos pelo Sul do Pará, com chapéu de palha e em cima de caminhões onde realizava seus comícios que inflamavam os simpatizantes do lider sindical.

Giovanni Queiroz conversou com o presidente sobre o Estado do Carajás. Lula lembrou que no Capítulo Amazônia de seu Programa de Governo de 2002, no Capítulo IV, a questão da redivisão geopolítica da Amazônia foi um dos itens de destaque.

Após a audiência, Queiroz revelou que as possibilidades políticas para a aprovação para a realização do plebiscito são favoráveis.

Debates em todo o Pará - Enquanto não se define a data exata para que a matéria entre no Plenário do Senado e da Câmara, cresce a ampliação do debate sobre a criação de novos Estados.

Os Deputados Giovanni Queiroz e Zenaldo Coutinho (PSDB-PA) foram sondados para um debate na Universidade da Amazônia (Unama), que já está agendando o encontro. Queiroz é autor do projeto que autoriza a realização do plebiscito, Coutinho é contra, e propôs a criação de uma Frente Parlamentar que valorize os Municípios e impeça a criação de novos Estados.
"Será uma ótima oportunidade para a classe estudantil e acadêmica de Belém, assistir os prós e contras de cada parte. Se bem que não acredito em argumentos contrários ao maior projeto de desenvolvimento da Amazônia", destacou Queiroz.

Aproximadamente 800 pessoas entre alunos e professores e sociedade organizada, assistiram o parlamentar em palestra proferida no Campi da Universidade Federal dos Pará, em Rondon do Pará, debatendo com a audiência um novo modelo de desenvolvimento para o Sul/Sudeste do Pará, a partir da criação do Estado do Carajás.

Na próxima terça-feira, 21, o Deputado Giovanni Queiroz participa de uma Conferência na Grande Loja do Pará, que abre discussão de três dias na sede da Loja Maçônica na Av. Almirante Tamandaré - Comércio, em Belém.

No último sábado, 11 a segunda-feira, 13, Giovanni Queiroz manteve encontros em São Felix do Xingu e em Tucumã, na respectivas Câmaras Municipais; em Ourilândia do Norte, em um Clube de Serviço, comandando uma conferência com os segmentos empresariais, comerciais, eclesiásticas e políticas, esclarecend as razões para a necessidade do projeto de criação do Estado do Carajás.

Segmentos empresariais e políticos dos Municípios de São João do Araguaia, Palestina do Pará e

Na segunda-feira, 13, o deputado participa do encontro com Bispos da CNBB que coordenam a ação executiva da Igreja Católica Apostólica Romana, cujo tema da Campanha da Fraternidade deste ano é a Amazônia.

Os Bispos da Amazônia estão propondo uma refleção conjunta sobre os desafios e alternativas para o real desenvolvimento da Amazônia.

Queiroz apresentou números dos pífios índices sociais que flagelam o povo paraense. Pautou a discussão do Estado do Carajás como ação política essencial, de motivação transformadora. Nesse encontro participaram os Deputados Federais Wandenkolk Gonçalves (PSDB-PA), Paulo Rocha (PT-PA), os estaduais Miriquinho Barbosa e Joaquim Passarinho.

"Foi um ótimo encontro e os bispos da Amazônia são muito preparados, servos de Deus sensíveis. Coloquei que a Prelazia de Marabá, tendo a frente o bispo D. José Foralosso, aderiu no primeiro momento ao Projeto que emancipará a região sul/sudeste do Pará", conclui.

A inadiável necessidade da criação dos Estados do Carajás e do Tapajós

Comentário sobre a criação de novos estado no PA

Roberto C. Limeira de Castro disse...
Os cinco pequenos estados do Nordeste oriental, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas e Sergipe com pouco mais de 250.000 km juntos, têm todos os índices sociais e econômicos superiores ao Pará, que tem quase cinco vezes o território. Aliás, o Pará é maior que o Nordeste Oriental inteiro, incluindo mais a Bahia e o Ceará.
Esses sete estados do leste Nordestino perfazem juntos 970.743 km2 contra 1.247.689 do Pará. Cabem com folga dentro do território paraense e ainda dá para colocar o Maranhão ou o Piauí de lambuja. Esses sete estados têm 123 deputados federais e 21 senadores, conta 17 deputados federais e 3 senadores do Pará.
Por isso, o PIB do Nordeste, em território inferior e com poucas riquezas minerais e florestais e muita seca é de R$ 250 bilhões contra 35 do Pará. Isso porque se trata de uma das regiões mais pobres do Brasil.
O reordenamento territorial do Pará e de toda a Amazônia não devia nem ser discutido, mais feito imediatamente pelo governo federal com apoio intransigente dos governos estaduais. Ou divide e reorganiza ou a região norte viverá para sempre na pobreza e na barbárie, com dois séculos de atraso em relação ao restante do Brasil que não para de crescer.
Taí um tema que deveria ser unanimidade total e irrestrita de todos os Amazônidas. Detalhes completos sobre a criação de novos estados podem ser visto no Blog Brasil Novo http://obrasilnovo.blogspot.com/ com link direto para o Blog do Waldyr Silva e todos os blogs que apoiam a redivisão do Pará.

Os 10 Mandamentos da cidadania

O programa é embasado em 10 mandamentos (já adaptados ao nosso país):

  1. Você acha um absurdo a corrupção da polícia?
    Solução: Nunca suborne nem aceite suborno!
  2. Você acha um absurdo o roubo de carga, até mesmo com assassinatos dos motoristas?
    Solução: Exija a nota fiscal em todas as suas compras!
  3. Você acha um absurdo a desordem causada pelos camelôs?
    Solução: Nunca compre nada deles! A maior parte de suas mercadorias são produtos roubados, falsificados ou sonegados. (Apesar do grande mercado informal que emprega grande parte de nosso país, este mandamento é uma verdade indiscutível).
  4. Você acha um absurdo o poder dos marginais das favelas?
    Solução: Não compre e nem consuma drogas!
  5. Você acha um absurdo o enriquecimento ilícito?
    Solução: Não o admire, repudie-o.
  6. Você acha um absurdo a quantidade de pedintes no sinal ou de flanelinhas nas ruas?
    Solução: Nunca dê nada. Assistência social é obrigação do governo.
  7. Você acha um absurdo que qualquer chuva alague a cidade?
    Solução: Só jogue o lixo no lixo.
  8. Você acha um absurdo haver cambistas para shows e espetáculos?
    Solução: Não compre deles, nem que não assista ao evento.
  9. Você acha um absurdo o trânsito da sua cidade?
    Solução: Nunca feche o cruzamento.
  10. Você está indignado com o desempenho de seus representantes na política?
    Solução: Nunca mais vote neles e espalhe aos seus amigos seu desalento e o nome dos eleitos que o decepcionam.

Estamos passando por uma fase de falta de cidadania e patriotismo, aliás, nunca soubemos o que é cidadania e o patriotismo só aparece de quatro em quatro anos quando o país se embevece por causa de uma maldita bola. Precisamos mudar nosso comportamento para que possamos viver num país onde tenhamos orgulho de dizer: Eu sou brasileiro!

Ficando parado, você não contribui com nada; portanto não pode reclamar. Pratique os pontos com os quais você concordou e tente praticar também os que você não concordou. Vamos todos viver, ou pelo menos tentar viver, com ética.

Ações da CVRD com perdas expressivas

A Companhia Vale do Rio Doce perdeu no butim da especulação mundial R$ 15 bilhões.

Crise na Bolsa: Prejuízos bilionários

Empresas listadas na Bovespa perdem US$ 273,6 bilhões em valor de mercado


Folha de S. Paulo
17/8/2007

Um dia após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmar que o Brasil não seria afetado pela crise financeira mundial originada nos Estados Unidos, 316 empresas listadas na Bolsa de Valores registraram perdas no seu valor de mercado de US$ 273,6 bilhões, segundo levantamento feito pela consultoria Economática.
O levantamento mostra que, no dia de 19 de julho, pouco antes de surgirem os primeiros problemas no setor imobiliário norte-americano, essas empresas que têm ações negociadas no mercado valiam US$ 1,003 trilhão. Exatamente quatro semanas depois, o valor delas caiu para US$ 729,2 bilhões.
A queda não foi exclusividade do Brasil. Nas sete principais economias da América Latina, a perda chegou a US$ 415,1 bilhões, envolvendo 775 empresas. Nos Estados Unidos, fonte do estresse atual vivido no mercado, 1.204 empresas pesquisadas perderam, em um mês, US$ 1,612 trilhão do seu valor.
O Brasil, por ser o maior mercado na América Latina e também um dos que mais registraram ingressos de capital estrangeiro nos últimos anos, sofre proporcionalmente ao seu tamanho. No México, por exemplo, segundo mercado da região, as 103 empresas pesquisadas valiam US$ 459,5 bilhões, em 19 de julho, menos da metade da Bolsa brasileira. Ontem, as companhias estavam avaliadas em US$ 383,1 bilhões, uma queda de US$ 76,4 bilhões.
"Os investidores estrangeiros têm vencimentos a honrar e, com as perdas registradas, encerram posições em mercados mais líquidos para fazer caixa. Por isso, a Bovespa sofre tanto", avalia Edison Garcia, ex-diretor da CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e atualmente superintendente da Amec (Associação de Investidores do Mercado de Capitais).
Ele lembra que, nos últimos dois anos, 70% do dinheiro negociado nas ofertas públicas de ações no Brasil veio do exterior. "Há dois anos, o valor de mercado das empresas brasileiras também era bem menor. Os estrangeiros ajudaram a elevar. Agora, estamos pagando o preço disso", argumenta Luiz Leonardo Cantidiano, ex-presidente da CVM.
Segundo ele, o importante é não permitir que o pavor se instale no mercado. O gerente de operações da corretora Fator, Demetrius Borel Lucindo, diz que pavor foi justamente a palavra do dia, ontem, no mercado financeiro. "Na minha vida profissional tive três momentos de muito pânico: no caso Nahas, na queda das Torres Gêmeas e hoje [ontem]", afirmou, referindo-se ao episódio que desencadeou a quebra da Bolsa do Rio de Janeiro, na década de 80, e ao ataque terrorista ao World Trade Center, nos EUA.

FED interfere e Bolsa de New York abre com pequena alta

Surpreendendo o mercado o Federal Reserve (Banco Central americano) baixou em 0,50% a pressão dos juros no mercado ianque e a taxa de juros caiu para 5,75%, o que acalmou o mercado, porém, não afetando de maneira expressiva a volutividade dos negócios a curto prazo. A Bolsa acabou de abrir com alta de 0,22%.

Foi uma semana de perdas monumentais nas Bolsas internacionais. Ontem, o índice Nikkey despencou e a Bolsa de Tokio fechou em baixa de mais de 5%, afetando seriamente as exportações japonesas de bens duráveis, como automóveis.

O Brasil reflete o nervosismo do mercado, mas, a tendência é de recuperação , acompanhando a tendência de Wall Street. Vamos ver!

CAINDR aprova pedido de agilidade na conclusão das eclusas de Tucuruí

A Assessoria de Comunicação da Comissão da Amazônia, Integração Nacional e de Desenvolvimento Regional - (CAINDR), esclarece que não foi um deputado paraense e sim uma Deputada, Perpétua Almeida, PCdoB, do Acre, que teve o requerimento de nº191 aprovado, solicitando a indicação ao Ministro dos Transportes, Alfredo Pereira do Nascimento para agilizar a conclusão das eclusas de Tucuruí. Obra interrompoda desde 2002 e que agora integra o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) como parte do Projeto hidrovia Araguaia-Tocantins.

Será que a bancada paraense está dormindo de touca? Ou as eclusas não são mais uma prioridade para a região?

Revendo Marabá

Um imortal em visita

Quando fui informado da visita em Marabá (PA) do meu amigo Salomão Larêdo, logo um filme passou diante de mim. Sem qualquer dúvida um escritor de rara sensibilidade e compromisso com a vida, com a busca do amor, da sabedoria...uma coisa que alguns chamam de felicidade...a felicidade de seu povo - eu na fila - paraense, amazônico.

Volte sempre Mestre! O Araguaia-Tocantins agradecem.

A razão do post é porque vai rolar hoje, nesta sexta feira, 17, no programa Canal 7 Notícias da TV Eldorado - SBT, a entrevista especial com um imortal paraense: Salomão Larêdo concedida ao apresentador Markus Mutran.

Diante das câmaras um advogado, jornalista e escritor. Pós-graduado em língua portuguesa e análise literária pela UFPA, que iniciou suas atividades literárias como aprendiz na redação na “Folha do Norte”, no ano de 1965. Em 1972 lançou sua primeira obra: um livro de poemas intitulado “Cânticos do Amor Amado”, do qual não possui nenhum exemplar, até porque foram impressos apenas 30. Daí em diante sua carreira foi ganhando estrutura. Lançando a cada ano, novos livros e estando sempre presente a projetos ligados à cultura literária, Salomão Larêdo ocupa a cadeira nº 33 na Academia Paraense de Letras.

Em reconhecimento pelos relevantes serviços prestados à cultura, ciência e também a história do nosso município, Larêdo recebeu um Diploma da Casa da Cultura de Marabá. Por entender que uma de suas missões enquanto escritor é trabalhar incansavelmente para ajudar na formação de leitores, criou e mantém o projeto “O Escritor nas Escolas”, realizando palestras em colégios públicos e particulares.

O imortal é a principal atração do Projeto Cultura Pará 2007, da Companhia Vale do Rio Doce protagonizando o evento "Sempre um Papo", que proporciona o contato do público com a literatura paraense através de um descontraído bate papo sobre livros e tradições do nosso povo, num esforço direcionado à valorização da cultura amazônica.

O evento, ocorre em três etapas: Marabá, dia 14, Parauapebas, 15 e Canaã dos Carajás dia 16 de agosto. Larêdo aproveita a atividade ainda para lançar seu mais novo livro: “A Garota que Tentou Bater na Mãe com Uma Vassoura e Ficou Seca Na Hora”.

Giovanni participa de lançamento da Frente de Esquerda

Frente de Esquerda será lançada em Belém

Val-André Mutran

Foto: Ag. Câmara

Brasília - Será lançado amanhã (sexta-feira, 17), no Auditório João Batista, da Assembléia Legislativa do Estado do Pará a Frente Nacional de Esquerda. Composto por partidos de Centro-Esquerda, com viés socialista e trabalhista, reunindo PDT, PSB, PCdoB, PRB, PMN e PHS. A Frente reúnira lideranças do Pará, a exemplo do que ocorre no plano nacional.

"Além da atuação parlamentar no Congresso Nacional de apoio ao Governo Lula, a Frente reproduzirá no Plano Regional o apoio à Governadora Ana Julia Carepa na Assembléia Legislativa", disse o presidente Regional do PDT, Deputado Federal Giovanni Queiroz.

A Frente elaborará, a exemplo do movimento nacional, um projeto regional comum de desenvolvimento e estará aberto a adesão de outros partidos políticos. Será uma agenda propositiva em que serão priorizados, dentre outros temas, a ampliação da democracia, a justiça social e a integração regional", disse Raimundo Pinheiro, Secretário-Geral do Diretório Regional do PDT.

"Num segundo momento, a frente pensa em marchar junto em uma ampla coligação com vistas à eleição de 2008 e, num terceiro momento às eleições de 2010", adiantou o secretário do PDT.

Prestigiando o evento já confirmaram presença o senador Cristovam Buarque (PDT-DF), o Deputado Federal Ciro Gomes (PSB-CE) e o Secretário-Geral Nacional do PDT, Manoel Dias.


Lançada Frente de Esquerda em Brasília

Site do PDT

Brasília, 20/06/07 - O Bloco Parlamentar formado pelo PDT, PSB, PCdoB, PRB, PMN e PHS, integrantes da coalizão de apoio ao Governo Lula, e constituído de 73 deputados federais e nove senadores, decidiu, em ato público, realizado no dia 20/06, transformar-se em Frente de Esquerda e ganhar as ruas com um programa alternativo de desenvolvimento brasileiro.


Ao presidir a solenidade, na sede do PDT, em Brasília, o Ministro Carlos Lupi, presidente nacional do Partido chamou a atenção para o fato de que a nova Frente de Esquerda se forma e se consolida num ano ano não-eleitoral, o que reforça a seriedade do projeto nacional, tão ansiado por Leonel Brizola, Miguel Arraes e João Amazonas.


Ao ato compareceram grande parte das bancadas, os presidentes dos seis partidos da Frente, e outros líderes nacionais como Ciro Gomes, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, o ex-presidente da Câmara, Aldo Rebelo, o ministro da Ciência e Tecnologia, Sérgio Rezende, e o governador do ceará, Cid Gomes. O governador Eduardo Campos observou que a consolidação da Frente de Esquerda já pode representar um marco na política brasileira, não só em termos de potencial eleitoral mas principalmente de alternativa para um desenvolvimento mais voltado para o Brasil. Já o presidente do PcdoB, Renato Rabelo advertiu que o Brasil não pode continuar na atual estagnação da economia: “Até 1960, exemplificou, a China e a Índia tinham uma economia equivalente à do Brasil, mas hoje o nosso PIB só representa 1/8 do conjunto daqueles dois países”. Por sua vez, a ex-deputado Jandira Feghalli, do PCdoB, afirmou que o antigo Bloco Parlamentar, cujo fracasso chegou a ser previsto por muitos setores que se dizem bem informados, “está feito bolo, quanto mais se bate, mais cresce”.


Todos os oradores fizeram questão de enfatizar o comprometimento da Frente de Esquerda em apoiar e defender o Governo Lula, sobretudo o PAC, Plano de Aceleração do Crescimento. O manifesto da Frente de Esquerda, cuja íntegra segue abaixo, prega “o fortalecimento da soberania do país, a ampliação da democracia, a justiça social e a integração continental”.

LEIA O PROGRAMA COMUM DO BLOCO DE ESQUERDA


O PSB, o PDT, o PCdoB, o PMN, o PRB e o PHS – partidos integrantes da coalizão de apoio ao governo do presidente Lula, formaram um bloco parlamentar na Câmara dos Deputados para uma atuação comum. Defensores de um projeto nacional de desenvolvimento orientado para o fortalecimento da soberania do país, a ampliação da democracia, a justiça social e a integração continental, decidem, para balizar a ação conjunta nos diversos terrenos políticos em que venham atuar, manter o Bloco parlamentar de Esquerda, para o que assumem a defesa do programa mínimo seguinte, aberto a todos os Partidos que queiram do mesmo modo aderir a este programa e integrar o Bloco:

- Apoio ao Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), pelo seu aperfeiçoamento e plena aplicação das diretrizes e projetos que visam a acelerar o desenvolvimento e a distribuição de renda. Crescimento econômico de, no mínimo, 5% do PIB, por uma taxa anual de investimentos acima de 25%.

- Defesa da autonomia do governo para decidir e definir sobre a política macroeconômica. Ação política para que se efetive o compromisso programático de o governo “aprofundar a redução da taxa de juros, aproximando-a daquela praticada nos países em desenvolvimento.” Banco Central integrado e subordinado ao plano nacional de desenvolvimento. Política permanente de redução do superávit primário de sorte a dotar o Estado de recursos para investimento.

- Defesa resoluta dos direitos dos trabalhadores, por mais empregos e por uma política permanente de valorização do trabalho e de elevação do salário- mínimo. Ampliação do acesso dos trabalhadores ao sistema previdenciário e fortalecimento da Previdência Social pública. Inclusão no Orçamento Fiscal dos recursos necessários para garantir o equilíbrio e a real transparência dos recursos da previdência.

- Apoio à política externa do governo, centrada na afirmação da presença soberana do Brasil no mundo, no aprofundamento das ralações Sul-Sul, e na integração sul-americana. Defesa do fortalecimento do Mercosul e da União das Nações Sul-Americanas (UNASUL).

- Apoio ao Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) por uma educação pública, gratuita e de qualidade para todas e todos, com a universalização do acesso, promoção da qualidade e incentivo à permanência, seja na educação infantil, no ensino fundamental, médio, em busca do horário integral, e superior. Por uma campanha nacional efetiva de erradicação do analfabetismo. Implantação em todos os níveis do ensino à distância.

- Defesa da implantação do Sistema Nacional de Esporte e Lazer e consolidação do Sistema Nacional de Cultura.

- Defesa e fortalecimento do SUS para, efetivamente, assegurar o acesso universal às ações e aos serviços do sistema público de saúde. Gestão pública, democrática, com controle social e foco na prevenção.

- Defesa do direito do povo à segurança. Pela plena efetivação do Sistema Único de Segurança Pública com a integração das instituições de segurança pública. Firme atuação do Estado no combate à violência e ao crime, respeito às comunidades carentes, vítimas do banditismo e da truculência policial. Prioridade às ações de inteligência e prevenção do crime.

- Apoio à efetivação da política industrial e de inovação tecnológica. Promoção da pesquisa científica e do desenvolvimento tecnológico, ampliando a capacidade nacional de geração de conhecimento e inovação, tanto do setor público quanto do setor privado. Implantação de política de patentes que proteja o conhecimento e a inovação nacionais.

- Promoção de debate nacional sobre a propriedade de canais, o controle do acesso e do conteúdo dos diversos meios, tendo em vista pôr as novas tecnologias a serviço da democratização dos meios de comunicação de massa. Fortalecimento do sistema público de comunicação, democrático e pluralista, como medida indispensável ao processo de ampliação da democracia brasileira e da participação da cidadania.

- Defesa da soberania nacional, com ênfase sobre a Amazônia, a tríplice fronteira e a costa brasileira. Fortalecimento, modernização e aparelhamento das Forças Armadas e elaboração de um Plano de defesa nacional. Consolidação do Ministério da Defesa.

- Defesa da Federação cuja sobrevivência depende da superação dos atuais e inaceitáveis desníveis regionais.

- Defesa de medidas que possibilitem a capacitação e inserção dos beneficiários dos programas sociais do governo federal no mercado de trabalho.

- Defesa de políticas de desenvolvimento ambientalmente sustentáveis.

- Pela realização de cinco reformas indispensáveis ao projeto nacional. Reforma política que fortaleça e amplie a democracia e a participação, e assegure o pluralismo político. Reforma tributária comprometida com desconcentração da renda, o combate às desigualdades regionais, a desoneração da produção e o emprego formal. Reforma Universitária que democratize o acesso ao ensino superior, com a expansão das universidades públicas e controle social do ensino privado e investimentos massivos e sistemáticos em pesquisa. Reforma urbana com investimentos necessários para garantir o acesso à moradia de qualidade e aos serviços essenciais, em especial, o saneamento básico e transporte público de massa. Reforma agrária ampla, massiva e de qualidade e aplicação de uma política agrícola que promova o desenvolvimento da agricultura nacional.

- Para a realização de tais objetivos o Bloco de Esquerda envidará todos os esforços no sentido de promover campanha popular em prol do desenvolvimento nacional, entendido como crescimento econômico com distribuição de renda e a inclusão no mercado e na cidadania de milhões de brasileiras e brasileiros hoje sem esperança.

A luta conjunta e decidida pela realização progressiva dos pontos acima nomeados, todos eles integrantes ou derivados dos programas de nossos Partidos e dos compromissos assumidos pela campanha que reelegeu o presidente Lula, será a ação principal do Bloco de Esquerda. No momento oportuno em que estará na ordem do dia os entendimentos sobre o próximo pleito de 2008, os Partidos que compõem o Bloco, resguardado suas autonomias na constituição das frentes eleitorais, darão prioridade nesse momento à realização de alianças entre eles.
Finalmente, expressamos a convicção de que o segundo governo Lula tem amplas condições favoráveis, para, alicerçado no apoio e no impulso do povo brasileiro e na ampla coalizão partidária e parlamentar que se formou em seu apoio, resgatar e realizar, com ousadia e coragem política, um a um os compromissos assumidos com a Nação na histórica campanha de 2006. O êxito do segundo governo Lula é decisivo para o presente e para o futuro do Brasil e de seu povo e o Bloco de Esquerda, por nós reafirmado, e atuando nas mais diversas frentes da atuação política, estará empenhado para que isso se realize.

Do boom ao caos

Relatório do Imazon aponta que desmatamento gera "crescimento efêmero" e colapso social

Local: São Paulo - SP
Fonte: Amazonia.org.br
Link: http://www.amazonia.org.br

Lançado hoje, estudo analisa indicadores socioeconômicos dos últimos 30 anos e sugere mudança de política para o desenvolvimento da região

Eduardo Paschoal

Muitas políticas econômicas acreditam que o desmatamento exploratório é a saída para a economia amazônica, e que a conservação e o desenvolvimento sustentável são empecilhos para a geração de renda e crescimento econômico. No entanto, além de o desmatamento não trazer um desenvolvimento real, ainda gera vários problemas, como a violência e o colapso econômico. É o que aponta o relatório O Estado da Amazônia - Indicadores, lançado hoje pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon).

O estudo aborda as principais transformações da região amazônica nos últimos 30 anos, comprovando que a área passa por um desenvolvimento do tipo "boom-colapso", ou seja, há um período curto de desenvolvimento econômico e aumento do IDH da região, ocasionado pelo desmatamento e outras formas exploratórias, seguido de um colapso, resultado da ausência de planejamento e sustentabilidade da expansão, acarretando indicadores sociais "sofríveis".

O relatório se utiliza de dados socioeconômicos (demografia, violência, economia e IDH) para chegar à conclusão de que "a conversão dos recursos naturais não resultou no desenvolvimento econômico e nem em melhores condições de vida para a população".

Desmatamento
Segundo os pesquisadores Danielle Celentano e Adalberto Veríssimo, o desmatamento, a curto prazo, faz com que o IDH aumente, já que os indicadores econômicos (PIB e a quantidade de empregos) crescem, há a geração de renda e a atração de migrantes com melhores níveis educacionais e capital para investimento.

Por outro lado, há custos altos, como a violência rural e o desmatamento expressivo. No longo prazo, na zona onde o desmatamento foi intenso, os indicadores econômicos pioram. "Esse é o pior dos cenários: recursos naturais exauridos e manutenção ou agravamento da pobreza", afirma o relatório.

Não bastassem os índices econômicos, o desmatamento da Amazônia é também a principal fonte das emissões brasileiras de gás carbônico, com mais de 70% do total, com base em dados de 2004.

Tentativas de converter esse quadro estão presentes, mas não são a base principal das políticas governamentais, e precisam "evoluir do caráter piloto e periférico para o pilar central da vida política, econômica e social da região".

Soluções
O relatório sinaliza algumas medidas que podem ser tomadas para conter o desmatamento e frear o ciclo do "boom-colapso" ao qual a área está submetida. No curto prazo, os pesquisadores sugerem a melhoria da infra-estrutura e investimentos nos municípios que já sofreram desmatamentos, para que haja a "recuperação da base produtiva e consolidação da agropecuária e do reflorestamento".

Nos municípios onde há alta pressão, é preciso conciliar a conservação das florestas através da geração de emprego e renda, empregando a população em atividades econômicas que estimulem o manejo florestal em diferentes escalas. Para as áreas florestais, a política sugerida é a adoção de medidas públicas para "fechar o avanço da fronteira como, por exemplo, a criação de Áreas Protegidas".

No longo prazo, o relatório propõe mudanças na base econômica da região. Uma das principais alterações deve ser no valor agregado dos produtos e serviços florestais, para destacar as riquezas da floresta e melhorar a qualidade de vida da população local.

"Para isso, é necessário rediscutir as diretrizes do desenvolvimento da Amazônia e ampliar significativamente os investimentos em Ciência e Tecnologia. Iniciativas para reduzir drasticamente o desmatamento e até mesmo cessá-lo por completo (moratória) devem ser perseguidas no curto prazo. Esse esforço deve reunir não apenas o governo, mas também o setor privado, as organizações sociais e ambientalistas, assim como toda a sociedade brasileira", conclui o relatório.

Confira o relatório O Estado da Amazônia - Indicadores, produzido pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon).

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