Impaciência produtiva



Eram os Deuses astronautas?

Uma questão de paciência

Senhores e senhoras eleitores: a vida. Vida essa. Essa vida. É tão rara.

Obama, Hillary, MaCain! A vida é tão rara!!!

Foi há 25 anos que Thriler revolucionou o pop e a linguagem de vídeos curtos

Lembro muito bem o impacto do lançamento do álbum Thriller.

Mas a versão indiana da parada é ótima. O protagonista é ou não é a cara do Wlad?

Morava na Conselheiro Furtado, esquina da Alcindo Cacela, na inesquecível Belém do Pará.

O filho do síndico do edifício, hoje um professor de direito e advogado de sucesso, não acreditou no que escutou ao presenteá-lo com o álbum, edição importada. O LP só chegaria 9 meses depois em Belém (PA).


A bolacha tocou até a resistência da agulha naquela noite festiva.


Antecipadamente, sabedor do corre-corre que aquela obra-prima causaria em seus convidados, presentiei, meu amigo Júnior, com uma caixa lacrada de fitas K-7, metalizadas da marca TDK. Outro must da época.


E deu-se o esperado. O aniversariante não teve como recusar gravar, na hora, praticamente todas as dez fitas para os amigos mais chegados.


Michael Jackson, artista da Epic em 1982, vinha de um retumbante sucesso da mesma gravadora: Off de Wall, em minha opinião, é melhor que Thriller no contexto musical da época.


O assombro que sucedeu-se com o início da consolidação da MTV, aliada à invasão da mass media na cultura popular sem fronteiras, coloca o segundo ábum do menino que trilhou seu próprio caminho pós-Jackson Five, com brilhantismo e muita expectativa, parecia não ter limites.


Thriller figura até hoje no livro Guinness dos Recordes como o mais vendido da história fonográfica de todos os tempos.


Sete das nove faixas do álbum chegaram às lojas como compacto, um marco que seria igualado poucas vezes no futuro. Três músicas conquistaram o topo das paradas: "The Girl Is Mine", "Billie Jean" e "Beat It". Os videoclipes nem se fala. Todos inovadores e considerados até hoje como referência de edição, produção, direção e roteiro para a época.


Em Thriller, Michael assina a composição de quatro músicas e ainda divide créditos com Rod Temperton pela autoria da faixa-título. Em "Wanna Be Startin' Somethin'" o astro fala sobre a indústria das fofocas; em "Beat It" faz um apelo contra a violência urbana; e na polêmica "Billie Jean" relata a história de um homem acusado falsamente de ser o pai de uma criança - uma história real vivida por Jackson em 1981, quando uma fanática passou a persegui-lo clamando que ele assumisse a paternidade do filho dela.


Além de um sucesso de vendas, Thriller foi também um marco na luta contra a discriminação racial na indústria da música. Em março de 1983, o videoclipe de "Billie Jean" estreou na MTV fazendo de Jackson o primeiro negro cuja música ganhou espaço na emissora. Em abril, a WAAF 97.7 FM, de Boston, tornou-se a primeira rádio de rock da história a executar a música de um negro, colocando "Beat It" na grade de programação. Na época, o formato era direcionado a um público essencialmente branco. O feito foi seguido por emissoras similares e "Beat It" alcançou a 14ª posição na lista da Billboard que monitora as músicas mais executadas pelas rádios de rock dos Estados Unidos, algo inédito e que não seria repetido por nenhum outro cantor negro no futuro.


Posteriormente Michael e o diretor John Landis estabeleceram novos horizontes para a concepção dos clipes, que passaram a ser vistos como pequenos filmes, hoje facilmente disponíveis para download de celular.


No Brasil, Thriller é o álbum internacional mais vendido de todos os tempos.


Michael seguiu, após esse álbum, uma carreira em que a falta de inspiração foi apenas um detalhe de seus problemas com as autoridades sob a acusação de pedofilia.


Fui informado por um amigo que a muitos anos é DJ nos Estados Unidos que Michael está preparando um novo trabalho.


Sinceramente, torço que seja tão inovador como "Off The Wall" e "Thriller", dos quais sou fã incondicional até hoje.


E lá se vai mais de 26 anos.

Bob Dylan ao vivo no Brasil: só nos Corredores





Por favor, nem tente ser meu amigo se não gostar desse cara como eu gosto.


Me identifico com o cara após saber que algumas aventuras frustradas o colocaram na "vida real", e quem em nossa idade não as teve? É um misto de guru e pôrra louca que deu certo.


Lá atrás, no início da carreira, não sabia se era um pianista ou guitarrista de rock!


Esse norte-americano desenvolveu na faculdade seu gosto pela música folk. Enquanto isso lia tudo o que podia e criava gosto pela literatura. Inspirado pelo escritor galês Dylan Thomas, criou em 1960 sua nova identidade: Bob Dylan.

A peça tem o nome original, caretíssimo de Robert Allen Zimmerman, batizado numa currutela chamada Dulut, do Estado de Minnessota.


Tenho absolutamente tudo de sua trajetória desde sua estréia, em 1962.


Concordo também com o elogio da crítica especializada ao álbum "Modern Times", lançado no ano passado, e desde então, o CD não sai do meu carro, é seu melhor trabalho desde "Blood on The Tracks" (1975).

Resta uma esperança à Ciência

Divulgação STF
Uma leitura com atenção revela que nem tudo está perdido na Suprema Corte do Brasil. Colegiado que passa por momentos de inadiáveis questionamentos, inclusive do presidente da República.

O relatório do ministro Carlos Ayres Britto, defendendo o prosseguimento das pesquisas com células-tronco embrionárias em julgamento de decisão sobre a constitucionalidade de ação indireta patrocinada pelo então ex-Procurador do Ministério Público Federal Claudio Fonteles (carola convicto), despertou no meio jurídico e naqueles que fazem pesquisas avançadas sobre o assunto, ideólogos religiosos, antropólogos, sociólogos, médicos e por ai vai... de impacto poderoso sobre os necessários avanços que a sociedade brasileira precisa encarar com naturalidade.

Temas relevantes e controversos como a eutanásia, aborto, união estável entre homoafetivos devem entrar no exame da Corte.

Mas o que chama a atenção como um fenômeno que não pode passar despercebido pelo conjunto da sociedade brasileira é a busca da solução de seus problemas num ambiente democrático, relevado pela decisão oposta de opinião, sob a justificativa de maior tempo para juízo de valor, do colega paraense de Carlos Britto, seu chará Carlos Alberto Menezes Direito, que para não dar muita bandeira sobre suas comvicções fundamentalistas católicas agiu desta forma.

Britto um alagoano de 65 anos, casado e pai de três filhos, é forte candidato, desde já, como o "caçador do obscurantismo" residente num Estado regido por lobbys secretos e interesses escusos.

Entrevista - Carlos Ayres Britto - Em defesa da luz
Leonel Rocha e Ana Maria Campos - Da equipe do Correio

células-tronco esperança

Depois do relatório pró-pesquisas com células-tronco embrionárias, ministro do STF se prepara para analisar a ação que questiona a união civil entre homossexuais. Vem aí mais um libelo antiobscurantista

Aos 65 anos, casado, pai de três filhos, o ministro Carlos Ayres Britto é considerado o mais liberal dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Na quarta-feira da semana passada, ele começou o debate que vai definir se os embriões congelados em clínicas de fertilização são seres protegidos por lei e se suas células-tronco poderão ser utilizadas em experiências genéticas e tratamentos médicos, como prevê a Lei de Biossegurança. Relator do caso, ele votou pela constitucionalidade do texto. Foi acompanhado pela presidente da Corte, ministra Ellen Gracie, e pelo colega Celso de Mello, que anteciparam suas opiniões. A votação foi suspensa depois que o ministro Carlos Alberto Direito pediu vista do processo. O assunto voltará a ser debatido (e definido ) nas próximas semanas. Católico com parentes padres, Britto procura ser holístico quando o assunto é religião. Dá a mesma importância a Cristo e a Buda, por exemplo.

Para expressar seu voto, concluiu que a ciência tem que estar a serviço da saúde humana e não ficar limitada a dogmas religiosos. Em meio a uma das maiores polêmicas enfrentadas pelo tribunal, o sergipano Ayres Britto, com seis livros de poesia editados e um sétimo no prelo, recorreu ao poeta alemão (Johann Wolfgang von ) Goethe — que morreu pedindo mais luz no pensamento humano — para justificar suas opiniões. “Chegou a hora da luz no debate sobre o papel da ciência moderna. Chega de trevas”, argumenta. Sem toga e se preparando para ir ao show do cantor Djavan com a família, ele recebeu o Correio em casa, na manhã de ontem, e manteve acesa a polêmica sobre o assunto.

Por que este debate sobre a Lei de Biossegurança está carregado de disputas ideológicas, religiosas e filosóficas, além dos aspectos apenas jurídicos?
No meu voto, chamei a atenção para a relevância ética, religiosa e filosófica, além de jurídica, dessa causa. É uma matéria sensível nos três campos. As diversas confissões religiosas têm o direito de participar desse debate, porque a sociedade é plural. O que não se pode é impor um ponto de vista a ponto de obstar legítimas políticas públicas e estatais. O debate é a sadia convivência dos contrários. Essa decisão do Supremo já nasce com legitimidade pelo envolvimento da sociedade neste debate. Pluralismo é o nome que a democracia toma quando vista do ângulo da convivência dos contrários. No mundo inteiro, o próprio catolicismo se divide quanto a esses tabus. Onde se encontra um bloco monolítico, fechado, contra o aproveitamento terapêutico-científico das células-tronco embrionárias, existe um fenômeno de cúpula, de dirigentes da igreja que fecharam questão. Não os católicos em geral. Isso também quanto ao aborto e à eutanásia.

Como o senhor, que tem formação católica, se livrou da polêmica religiosa em torno da Lei de Biossegurança?
Transito por estes expoentes da espiritualidade sem fechar com nenhum em particular. Rendo homenagens a São Francisco de Assis, um homem depurado, por exemplo, mas me deparo com Buda e encontro um líder espiritual portentoso. E não vou minimizar o papel de Buda perante Cristo. Os dois foram gigantescos. Além disso, uma coisa é Cristo. Outra é uma organização em torno dele. Uma coisa é Buda. Outra são as organizações em torno dele. Prefiro ver Cristo e Buda diretamente, sem as igrejas que se estruturaram historicamente e que cultuam suas mensagens.

O STF tem pela frente temas tão polêmicos quanto este, a exemplo do aborto para casos de anencefalia e união civil homossexual, eutanásia e até o próprio aborto. A polêmica vai se repetir?
Certos temas tidos pela sociedade como tabus são evitados porque não podem ser vistos de frente como o sol a pino. Mas uma sociedade democrática evolui no sentido de trazer tudo a lume. Não pode haver tabus temáticos em uma democracia consolidada. Este julgamento faz parte de um processo de evolução democrática que estamos maravilhosamente vivendo. Eu recebi para relatar o processo que trata da lei que regula as relações homoafetivas. Um dia, o Supremo iria se debruçar sobre esse tema. Não se pode mais escamotear nada. Essa aurora institucional que dizem estar vivendo o Supremo é conseqüência do processo democrático. Quando se tem liberdade de expressão, os tabus acabam. Isto é bom, é o antiobscurantismo. O direito brasileiro está do lado dos que sofrem e não do sofrimento.

O senhor acha que no Brasil há excesso de leis conservadoras que reforçam os tabus?
Este fenômeno existe, mas não o endosso da Constituição. Pelo contrário. Isto ocorreu porque a Assembléia Nacional Constituinte produziu um documento que é melhor do que a própria assembléia que o elaborou. A obra é melhor do que seu autor. Há no Brasil um descompasso normativo entre o direito comum e o direito constitucional. A Constituição é mais avançada do que o direito ordinário. O que nos cabe como ministros do Supremo é dar um banho de Constituição no direito ordinário para que ele se atualize e corresponda ao sentido de liberdade das nossas vidas.

Por que há este descompasso entre a Constituição, o conjunto de leis ordinárias e a vida real no Brasil?
Isto ocorre porque a Constituição está muito mais próxima da vida real do que o direito ordinário. A crítica de que a Carta Magna seja muito extensa e com artigos desnecessários é descabida. O texto deve ser celebrado como um documento enxuto e contemporâneo, no sentido da atualidade e valores que consagra. Tanto que as cláusulas pétreas, tão injustamente criticadas, significam uma proibição de retrocesso. Nós avançamos tanto na Assembléia Constituinte que foi preciso garantir esse avanço e impedir o retrocesso. Eu estou convicto de que a Constituição tem que ser vista com um novo olhar, de reverência e gratidão. O que está faltando é um novo olhar sobre o direito brasileiro, na perspectiva dos maravilhosos valores que as Constituição consagrou. Vou dizer dois: plenitude democrática e liberdade de expressão.

O STF está afinado com o pensamento da sociedade?
Deve estar, sim. O doutor Dráuzio Varella, que é um incontestável cientista respeitado, disse que a medicina celular vai cumprir no século 21 a mesma revolução que o antibiótico tempos atrás. Isto é uma visão de homem contemporâneo. O Victor Hugo (escritor francês do século 19) disse que “nada é tão irresistível quanto uma idéia cujo tempo chegou”. E chegou o tempo da medicina celular. Goethe morreu pedindo luz, mais luz. Claro que ele estava falando de luz não pensando no sol tropicalista, caribenho ou nordestino, e sim na luz da consciência. E nós vamos querer mais trevas, mais trevas e ainda mais trevas agora? Chega de trevas.

O senhor procurou exaltar o papel da mulher neste debate?
Noto que subjacente às teses religiosas e científicas de que o protagonista central do processo de hominização é o útero, está a exaltação da mulher. Distingo, no meu voto, a gravidez da maternidade. E digo que na barriga de aluguel, com certeza, há uma gravidez, mas é de se supor que não haja maternidade. Na maternidade consentida, querida, há um aporte de bem querer que cumpre um papel criativo, que vai plasmar a personalidade de uma futura pessoa.

É de se supor, então, que na sua opinião é legitimo e legal uma mulher grávida que não quer ser mãe interromper a gestação?
Eu não quis, por enquanto, antecipar o debate sobre o aborto. Porque não estava em causa e, depois, quando se abre o leque de controvérsia, perde-se o foco e o poder de convencimento enfraquece. O foco da questão é: os embriões produzidos in vitro, quando destinados à pesquisa científica e à terapia humana, sofrem uma violência tal que corresponde a um aborto? Eu respondi que não. Tenho dito que, para mim, a vida humana, já adornada do fenômeno da personalidade, é um fenômeno que transcorre entre o nascimento com vida e a morte cerebral. A vida civil, no conceito de pessoa. Para convencer, tive que fazer as distinção entre embrião, feto e pessoa. Se isso sugere uma antecipação do debate sobre o aborto, não foi a minha intenção.

Há críticos que apontam vários defeitos na Lei de Biossegurança.
Isto é fugir do foco do debate. O que devemos fazer é saber se o conjunto normativo da lei, que é o artigo 5º, é compatível ou não com a Constituição. Procurar outros defeitos ou virtudes na lei não está em causa. Na parte que estamos analisando, a lei é adequada, ponderada e necessária. Não analisei a lei como um todo porque o artigo sozinho já é um mundo. É quase uma nanojurisprudência e exige uma nanodecisão.

Quando se tem liberdade de expressão, os tabus acabam. Isto é bom, é o antiobscurantismo.

O lobby católico

Divulgação

Apesar de negar, o ministro paraense Carlos Alberto Menezes Direito, do Supremo Tribunal Federal, protagonista do pedido de vistas na ação de inconstitucionalidade apresentada pelo ex-procurador-geral do Ministério Público Federal, pode sim ser excluído do julgamento.

O defensores das pesquisas com células tronco embrionárias podem perfeitamente apresentar uma petição alegando suspeição do ministro.

Direito é declarado carola e age segundo a ditadura das leis canônicas da Igreja Católica. A mesma que é contra métodos contraceptivos, a mesma que se recusa a conceder a comunhão à casais divorciados, e por ai vai.

Mais um membro de destaque nacional do Pará, na contra mão da evolução humana.

Direito nem precisa revelar o que todos sabemos sobre a convicção da Igreja Católica sobre o assunto: o zigoto fecundado in vitro é gente, mesmo fora de útero que o permita o início do processo que, somente após 14 semanas começa a expandir a rede nervosa do futuro ser humano.

Detalhe: o objeto de pesquisa dos cientistas são células embrionárias descartadas e que serão jogadas no lixo após três anos sem que a elas sejam dado um destino final.

Passando pelos Corredores

Aos leitores. Meu muito obrigado.

O arrêmedo de tolerância

Por absoluta falta de novidades na Belém do Pará de Zenaldo Coutinho et Caterva, fica desde já, o pedido de uma união de jovens políticos tucanos para discutir a monumental obra de Almir, Efê Agá & Cia.

O endereço dos encontros não precisa expedição de convites.

Todos conhecem.

Façam, portanto, a renovação.

Se você leu essa mesagem e não é herdeiro de um destes. Mande um e-mail para os Corredores e informe. Informe como foi recebido.

Personalidade não se discute

Os pesares são inúmeros para desanimar a sociedade brasileira da possibilidade de dias melhores.

A classe política que a representa é um entulho que brinca de democracia e os elementos que postos são controlados.

Resta um pequeno espaço de resistência.

A cada degrau vencido, a sociedade brasileira mergulha em contradições que expõem-na à fragilidade em que está algemada, num ciclo de interminável iniqüidade que a formou.

O formidável dessa sociedade estranha, populosa e multifacetada é exatamente a incapacidade de seus governantes em dá-lhe o que seria o mínimo de direito.

Numa época no início de sua história, o recente desabafo resumido magistralmente na máxima martiniana-suplycista do senta, relaxa e goza, é combatido em todas as intâncias possíveis.

Intelectuais, barões da sem vergonhice que detem o controle da mídia e não menos pelilantras fantasiados para um funeral adjocatório do julgamento, resumem o que temos de melhor: o tesão.

Nesse angú de comidas, cheiros, tamanhos, e imbecilidades, constrói-se uma sociedade do caos.

Enquanto os donos do mundo arrepiam a ilharga submergindo num processo de redução da atividade econômica, os brasileiros tratam é de se dar muito bem, com ou sem grana para relaxar e gozar.

Seguir a risca a filosofia Sartreana de Suplici que também é Matarazzo é o máximo do luxo. Ou o lixo do mínimo.

Aturar o mau gosto do azedume natural paulista et orbit da Martiniana. Revela a insuperável capacidade, brasileiríssima, e como não!? De relevar o que seria uma bem aplicada pêia, se limitásse-mo-nos aos processos aos ditâmes dos bons costumes de padres estrangeiros numa terras de todas as raças.

O Brasil precisa de um Papa.

Presidente já o tem.

A visão medievalesca da empulhação tucana

Tucano de papo amarelo, habituado aos benefícios do poder partidário. O deputado federal Zenaldo Coutinho (PSDB-PA) não nega as intenções de seu partido, agora mesmo, na trincheira frágil da oposição que sua legenda tenta, mas, apesar do grande esforço, não consegue apoio público.

Na escalada sem limites do desatino. O blogger acredita que em 2010 o pensamento do PSDB continuará exatamente o mesmo: tentar engrenar uma segunda marcha de uma carro que há muito, distanciou-se da fala pausada, da língua calculadamente entre os dentes à vomitar todo tipo de enrolação, menos aquilo que o povo quer ouvir: serás tú, ó ave que habita os píncaros das nuvens, o Ícaro de asas fortes que poderá nos levar, nós, o povo, ao caminho e esperança de vida melhor.

-- Os fatos revelam apenas mais um dos Ícaros que se sustentam na onda que embala os trouxas. Pobres coitados frutos da inclusão que FHC jura que tirou da miséria com seu governo que pagou um salário mínimo de fome.

O deputado em questão é advogado, supostamente preparado, que impôs o cargo de líderança à ferro e fogo, numa queda de braço, no ano passado com o DEM para se sustentar numa apagada Liderança da Minoria na Câmara dos Deputados, que, ressalte-se, perde todas, inclusive em obstrução.

Coutinho é o mais bem acabado processo onde hoje está, erigido, e agora finalmente revelado, pois, a verdade pode tardar mas não falta, do antagonismo que permitiu que sua jovialidade e inteligência o levasse onde está. Por pouco tempo, ressalte-se, mais uma vez.

Nesse tempo que lhe resta como vice-líder da minoria, o ex-presidente da Assembléia Legislativa do Estado do Pará, muito pouco apresentou para seu eleitorado paraense. Exceto, ataques, mais ataques...e tediosos ataques, inclusives de nervos de seu próprio alvitre, contra o governo central e estadual.

Estranho a atitude do jovem advogado, há muito tempo desacostumado à uma boa causa, pois, hoje, alocado por seus eleitores como político mesmo.

Interessante que o jovem advogado Zenaldo Coutinho, que teve tempo suficiente para exercer, longe das modorrentes e complicadas causas que os de sua profissão buscam para a garantia do pão, não tivesse aproveitado o tempo útil disponível, desonerado que estava dos cumprimentos de prazos e apresentação de petições, para apresentar um único projeto que seja ao povo paraense que tanto defende.

Doze longos anos com a faca e queijo na mão e qual foi o projeto apresentado pelo gajo?

Certamente uma ONG com o nome de uma parente próxima que concede certificados de cursos. Emendas que ele próprio destina a sí. Que mais?

Não apresentou um único projeto de lei revelante na Câmara. Não apresenta , igualmente, alternativas, sequer emendas aos bons projetos apresentados por seus pares. Trata-se de uma autêntico representante do novo mundo da empulhação tucana. Uma aves rara.

Sob o ponto do vista de atuação parlamentar o jovem deputado é um destêrro.

Com voz empostada, óculos que lhe apatecem uma aparência de um quê intelectual, limita-se a vociferar contra, toda e qualquer iniciativa do atual governo.

Para Zenaldo Coutinho, nada presta neste governo.

O representante tucano paraense, membro da alta cúpula que governou o Pará ao longo de mais de década, atua com invulgar proficiência contra a divisão do que chama a divisão de seu Estado. Mas, que Estado Zenado se refere. Belém do Pará?

Para o jovem advogado Belém do Pará é o Pará?

Coutinho e sua minoria contundente, é incapaz de apontar solução para o considera um projeto merecedor de discussão.

Especializado no mal educado nhem, nhem, nhem da política provinciana que não consegue se desvincilhar, Zenaldo segue a carreira.

Rei posto, príncipe morto.

A corrida do ouro verde

Trecho de um capítulo do livro que estou escrevendo, cujo título provisório é: "Macacada na Floresta".

Arbusto sagrado que nunca passou do peito do guerreiro kaiapó em altura, logo foi identificado como fonte da desmedida cobiça da macacada do barulho vindo do céu. Oriundos de florestas que eles mesmo dizimaram.
O movimento da colheita da fôlha, na época da chuva, disputava espaço no chão com as medidas de armazenamento de energia das mais bem sucedidas colônias de formigas do lugar.
Enquanto o exército de insetos no chão corriam para o insensante vai-e-vém para garantir a comida em lugar sêco do alto plano inundado pela chuva aberta pela torneira do céu.
Os macacos barulhentos não catavam um ouriço de castanha-do-pará sequer.
A nova moda era no entardecer, tão logo a irmã do sol se pusesse a crescer, e todo o trabalho começava postava-se à prumo para arrancar as folhas de Jaborandi.
Acumuladas entre as 18h00 e 6h00 da manhã, o caminho das folhas era entregue aos sacos que caiam do céu como um milagre.
Os sacos eram amontuados em grandes pilhas e realocados em intimidadoras máquinas que percorriam os caminhos das esplanadas à beira de cá do Xingu.
Alguns macacos esperavam o outro transporte que surgia, ainda na névoa sobre o fio da água da manhã impúbere e avançavam na direção da cidade, no lado de lá do Xingu. E na cidade a macada saia, logo depois, para a sessão de cachaça, drogas, mulheres e troca de tiros do faroeste cabôclo que a Legião nunca jamais imaginou acreditar acontecer.
De lá, seguiam em caminhões para os barracões dos barões da Merck.

Alfredo Homma é um pesquisador da fragilidade e ao mesmo tempo do incalculável potencial da economia extrativa amazônica. Convite rentável à biopirataria de macacos de todas as odens.

Convocado por iniciativa da ex-deputada federal Socorro Gomes (PC do B-PA) para considerações na Audiência Pública presidida pela socialista paraense no dia16 de setembro de 1997, na Câmara dos Deputados o doutor revela os que os macacos e formigas não sabiam:

As indústrias farmacêuticas dos países desenvolvidos precisam ter segurança quanto a quantidade, qualidade e certeza do material que está sendo adquirido, principalmente, para a confecção de produtos medicinais e de corantes naturais para a indústria de alimentos. É bastante provável de que com os altos preços das ervas medicinais, por exemplo, os coletores passem a misturar componentes de outras plantas, tal qual os seringueiros faziam no passado colocando outros objetos nas "bolas" de borracha (* extraídas das seringueiras amazônicas, mas que também podem ser obtidas por um outro arbusto praticamente extinto na Amazônia: o caucho).

O aspecto mais importante é a fragilidade da economia extrativa no qual se baseia a coleta da maioria das plantas medicinais, aromáticas, frutos, entre outros, na Amazônia. A economia extrativa se caracteriza por uma oferta rígida, determinada pela Natureza, que depois de atingir certa quantidade, não consegue atender ao crescimento da demanda. A escassez do produto e os altos preços, constituem um estímulo e convite para desenvolver plantios racionais desses cursos. É o que já está ocorrendo com o jaborandi, planta produtora de pilocarpina utilizado no tratamento de glaucoma, que sempre constituiu-se no monopólio da Merck. Enquanto existiam estoques de jaborandi a Merck sempre se apoiou na coleta extrativa, mas a medida em que os estoques dessa planta passaram a se esgotar, esta indústria implantou um plantio racional de 300 hectares em Barra do Corda, no Maranhão, com colheita mecanizada e utilizando irrigação com pivô central, que apesar dos problemas, atende 40% do mercado de pilocarpina. O recente crescimento do uso de jaborandi para xampus tem pressionado ainda mais para a destruição dos estoques dessa planta na Amazônia. Outras plantas que a Merck dedica um esforço pela sua domesticação encontra-se a fava danta, com provável utilização para o mal de Parkinson. Esse exemplo da Merck deveria ser imitado por outras indústrias farmacêuticas, procurando domesticar recursos da biodiversidade e desenvolver plantios na região e, se possível, a verticalização da sua produção no país.


* Nota do escritor.

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