Uma princesa desde o berço

















Charlotte Gainsbourg

Charlotte Gainsbourg é uma perturbadora mistura de força e fragilidade

Vinte anos depois do álbum Charlotte For Ever, no qual cantava em duo com seu pai, a atriz Charlotte Gainsbourg retoma seus primeiros amores. Aos trinta e cinco anos, lança um álbum-evento, 5.55, cuja vendagem não pára de aumentar. Biografia de uma filha de estrelas.

Charlotte Gainsbourg nasceu em um universo de artistas. Seu pai, o genial Serge Gainsbourg, é um dos maiores autores-compositores-intérpretes do século XX, uma mistura de poeta e provocador. Sua mãe, Jane Birkin, é atriz e cantora de origem britânica, musa de Serge e ícone dos anos 1970.

Charlotte despontou no cenário musical e cinematográfico ainda na adolescência. Sua delicada voz foi ouvida pela primeira vez, em 1984, na faixa Lemon Incest, canção diabólica que interpreta com o pai. Dois anos depois, Serge Gainsbourg compôs o disco Charlotte For Ever para a filha, colocando-a, com apenas quinze anos de idade, entre as “grandes” estrelas.

Paralelamente, Charlotte inicia sua carreira no cinema, revelando-se em dois filmes do cineasta Claude Miller: L’Effrontée (A Descarada, de1985), em que interpreta uma adolescente rebelde e sonhadora e A Pequena Ladra (1988), com roteiro de François Truffaut, retrato de uma jovem ávida por liberdade. Os franceses foram conquistados pelo tímido charme e pela fragilidade da pequena Charlotte. A atriz também foi adotada pela “grande família” do cinema, que lhe concedeu, por sua atuação em L’Effrontée, o prêmio César de melhor atriz-revelação.










Charlotte, filha única de um casal mítico (1971)
A opção pelo cinema

Nos anos seguintes, Charlotte Guainsbourg colaborou com cineastas de renome, como Patrice Chéreau, Bertrand Blier, Jacques Doillon… Mas a morte do pai, em 1991, fez com que mergulhasse em uma profunda tristeza. Voltando a atuar alguns anos depois, ela conquistou o público com a maturidade e a segurança da mulher que se tornou. Ela foi a alma do sucesso das comédias La Bûche (A Lenha), de Danielle Thompson, Ma Femme est une Actrice (Minha Mulher é Atriz)e Ils se Marièrent et Eurent Beaucoup d’Enfants (E Viveram Felizes para Sempre), de Yvan Attal, ator e diretor com o qual vive.

Desde então, é solicitada pelos mais originais talentos do cinema francês: de Dominik Moll (Harry, un Ami qui Vous Veut du Bien/ Harry – Um Amigo que Veio para Ajudar ), passando pelo thriller psicológico Lemming (Instinto Animal) em 2005, até Michel Gondry, no filme La Science des Rêves (A Ciência dos Sonhos), verdadeiro óvni cinematográfico lançado em agosto de 2006. Ela também é cortejada por diretores internacionais: atuou ao lado de Sean Penn em 21 Gramas (2004) do mexicano Alejandro Gonzales Irarritu, acaba de rodar, na Argentina, o filme de época The Golden Door do italiano Emmanuel Crialese e prepara-se para integrar o elenco do diretor americano Todd Haynes no I’m not there, que retraça a vida de Bob Dylan.

O grande “come back” musical
Mas foi em agosto de 2006 que Charlotte Gainsbourg virou notícia. Depois de ter abandonado o cenário musical por vinte anos, ela acaba de lançar um disco pop-rock, com inspiração inglesa, bastante esperado. Esse era um projeto no qual pensava há dez anos, mas foi o encontro decisivo com a banda francesa de música eletrônica Air, na saída de um show de Radiohead em 2003, que fez com que desse o passo definitivo.

Para a realização desse disco, grandes nomes do mundo da música não demoraram a integrar-se ao projeto: Nicolas Godin e Jean-Benoît Dunckel, a dupla do grupo Air, de Versalhes, autores das melodias, os letristas ingleses Jarvis Cocker (Pulp) e Neil Hannon (The Divine Comedy),o produtor Nigel Godrich (Radiohead, Paul MacCartney) e ainda os músicos Tony Allen na percussão e Davi Campbell, pai de Beck, nas cordas.

Esse time de primeira linha fechou-se em um estúdio de gravação parisiense durante um ano, trabalhando sem parar. Charlotte Gainsbourg decidiu interpretar suas canções na língua de Shakespeare (com exceção de uma), pois, como explica: “Cantar em francês me aproximava demais de meu pai. Demais e menos bem”.

Em 5.55, álbum deliciosamente melancólico, ela murmura melodias evanescentes, mergulhando o ouvinte no centro de seu universo. Um universo noturno, entre o sonho e o pesadelo, povoado por criaturas imaginárias e fantasmas do passado. Ao mesmo tempo torturada, apaixonada e sensual, Charlotte diz quem é. Sua voz ganhou mais segurança: emprestando os agudos da mãe, ela é, ao mesmo tempo, velada e intensa. Instrumentalmente, o disco deve sua qualidade às guitarras acústicas e ao piano. A influência musical paterna também é percebida: as linhas dos baixos e dos violinos são uma referência direta ao álbum “cult” Melody Nelson, composto em 1971 por Serge Gainsbourg.

Aclamado de maneira unânime pela crítica, 5.55 está no topo das vendas desde a primeira semana de lançamento, preparando-se para ganhar o mundo: depois da Europa, o álbum será lançado nos Estados Unidos e na Ásia. Charlotte Gainsbourg fará shows? A questão permanece em aberto, a perspectiva de subir em um palco ainda a assusta. Seu atual projeto é criar um museu na rua de Verneuil, em Paris, a última morada de seu pai, para que o público descubra essa casa, que manteve intacta. Um pai que teria hoje um enorme orgulho da filha.

Stéphanie Secqueville, jornalista

A música eletrônica é a locomotiva de vendas



















As máquinas de luxo da música eletrônica francesa

Chama-se de “French Touch” a técnica e a sensibilidade que, em dez anos, alçaram, a música eletrônica* francesa à posição de modelo de criatividade e inovação. Tecno, house, trance, garage*…, os reis do French Touch misturam gêneros, que são mixados* nos clubes*, fazem experiências na produção e compõem os próprios álbuns.


Apesar de serem, por vezes, pouco conhecidos na França, eles se tornaram verdadeiros porta-vozes no exterior, lotando os lugares mais badalados do planeta graças ao som universal e aos hits, a maioria em inglês. Símbolos de certa “classe” à francesa, estrelas discretas ou melhores amigos dos VIPs*, os reis da música eletrônica francesa permitiram que fosse conhecida uma corrente até então exclusiva dos iniciados. Apresentação.


Laurent Garnier, o porta-voz
Pioneiro da música eletrônica na França, Laurent Garnier, quarenta e um anos, é considerado um dos melhores DJs* do mundo. Em 1987, começou na profissão trabalhando no Hacienda, clube mítico de Manchester (Grã-Bretanha), antes de brilhar nos maiores clubes franceses. Ele imprimiu uma marca de nobreza ao dance, tornando-se o primeiro artista do gênero a receber em 1998 o troféu Vitória da Música, concedido anualmente pelos profissionais da área. Eclético, trabalhou, por exemplo, com companhias de dança contemporânea. Sua carreira, feita de experimentações, foi resumida em uma coletânea best of*, Retrospective1994-2006, lançada em 2006.


Duplas inovadoras
A música eletrônica francesa gosta das duplas, fórmula essa que proporciona encontros com estilo e certo gosto pela performance.


Uma figura de primeira grandeza dessa tendência desde o fim dos anos 90 são os Daft Punk. Sempre mascarados (nunca mostraram o rosto), souberam, pela raridade, construir um verdadeiro mito em torno de sua música. Seu primeiro disco, Homework, lançado em 1997, de eletro-rock saturado, hipnotizante, continua sendo o maior sucesso mundial da música eletrônica francesa (2 milhões de exemplares vendidos no mundo todo). Discovery, segundo disco (lançado em 2001) faz um disco-pop futurista, criando um gênero único. Em 2007, volta à cena com seu primeiro filme, Daft Punk’s Electroma, exibido em Cannes em 2006.


Encontro de dois produtores, Cassius assinou remixes* para os maiores: Depeche Mode e Björk. Misturando house, hip-hop* e funk*, sua música faz enorme sucesso na Inglaterra. O primeiro disco, cujo nome é 1999, vendeu mais de 250.000 cópias no mundo. Dois discos seguiram-se, o último em 2006, 15 Again, com convidados ilustres, como o cantor M.


Considerado por muitos como o promissor herdeiro de Daft Punk, o grupo Justice, sem ainda ter realmente lançado disco, já é uma referência mundial. Formado por dois parisienses que fizeram remixes para Franz Ferdinand, Daft Punk e até... Britney Spears!


Amantes de baixos eletrônicos saturados e especialistas em “ruídos”, os dois simbolizam a cena musical do futuro.


DJs de classe mundial
Os DJs franceses são exportados em grande número por todo o planeta. Sua capacidade de atrair multidões nas festas mais concorridas fez com que se tornassem famosos. Entre eles, quatro nomes particularmente requisitados:


Stéphane Pompougnac é o rei do lounge, música ambiente, hipnótica, escolhida pelos cafés da moda de Paris a Nova Iorque. Seu reino, o Hôtel Costes, em Paris, tornou-se o símbolo desse movimento que é, ao mesmo tempo, barroco e de vanguarda.


Bob Sinclar tornou-se conhecido do grande público por seu gosto eletro-pop totalmente disco, sua música acessível a todos e sua capacidade de compor hits potentes, próximos à canção, como Love Generation, que fez de Sinclair o DJ francês mais popular.


Martin Solveig, especialista em house, tornou-se conhecido por seus mixes no Palace, famoso clube parisiense. Multiplicando influências, esse ex-dançarino impôs seus ritmos alucinantes na França e no exterior depois do segundo disco, Hedonist, lançado em 2005. Um terceiro, So Far, chegou às lojas no início de 2007.


David Guetta encarna, finalmente, o lado mais “VIP” da música eletrônica francesa. Verdadeira estrela do show-business, ele se impôs como empresário de destaque da noite parisiense dos anos 2000 e da de Ibiza (balneário da moda em uma das Ilhas Baleares, na Espanha) lugar privilegiado dos night-clubbers *. Muito dançante, influenciada tanto pela house quanto pela disco, marcada por hits como Money ou Love don’t let me go, sua música faz a alegria das boates e das compilações* de todo o tipo.


A nova geração
Ainda mais eclética do que as de seus precursores, uma nova onda de músicos eletrônicos franceses conquista seu espaço. E as moças entram na dança.


Figura da cena underground, aplaudida na Alemanha e na Grã-Bretanha antes de ser conhecida na França, Mis Kittin encarna a corrente trash*. Seu som é frio, estrito e eficaz, sintético, repetitivo e dançante. Seu último álbum, Bugged Out, foi lançado em 2006.


“Djette” [DJ mulher] aclamada pela noite parisiense, a DJ Chloé, artesã diferenciada, navega entre o minimalismo, os sons trash e um talento inegável para as ondas hipnóticas. Multiplicando as colaborações, ela lançou três álbuns, entre os quais The Disfonctional Family, em 2006.
Wax Tailor, enfim, representa o bem-sucedido encontro entre o hip-hop, o trip-hop, o jazz e a música eletrônica. Mestre do sample*, mesclando trechos de diálogos, músicas antigas e composições próprias, ele acaba de lançar seu segundo disco: Hope & Sorrow.

Pierre Langlais, jornalista


Wax Taylor, encontro bem-sucedido entre o hip-hop, o trip-hop, o jazz e a música eletrônica.

Sites oficiais dos artistas na Internet: biografias, fotos, trechos de músicas, vídeos, fóruns, turnês, etc.
• Cassius: http://www.cassius.fm/
• Laurent Garnier: http://www.laurentgarnier.com/
• Martin Solveig: http://www.martinsolveig.com/

A Legião Estrangeira influencia a música francesa

Influência determinante, diga-se de passagem.

Nazaré Pereira, intérprete das brejeiras músicas do povo da Floresta Úmida da Amazônia, nascida em Belém do Pará, puxa a corrente de músicos brazucas em Paris. Uma embaixadora a mostrar-lhes os caminhos.

No século passsado Carlos Gomes, maestro laureado pelo talento como excepcional compositor, talvez tenha sido o precussor da invasão de legionários musicais estrangeiros em solo francês.

Conterâneo de Pereira, Olivar Barreto fincou o pé que parece não mais sair dos concorridos palcos franceses, por enquanto, com relativo sucesso, mas, com cotação em alta.

Em pleno Moulin Rouge, uma alucinante apresentação que marcou a reentré da inigualável banda de rock piscodélico paulista Mutantes, introduzindo nos vocais Zélia Ducan em substituição a uma cansada Rita Lee; foi considerado pela crítica francesa a união perfeita do insólito.

Sucesso arrasador foi conferido pelos franceses nas apresentações de Caetano Veloso e, posteriormente, Gilberto Gil.

Comoção suplantada pelo grupo para-folclórico Boi Garantido, da pequena Ilha Parintins, distante 400 quilômetros de Manaus, a capital do Amazonas que ao executar, pela primeira vez, a exótica e vibrante Vermelho, escalou o topo das paradas francesas e européias.

Mas não é só de Brasil que bebem no caldeirão de influência longínquas os músicos do atual cenário musical francês.

Músicos detentores de reconhecido talento da África, cercanias do Oriente Médio e de outros países da América Latina, são cultuados como semi-deuses pelo público francês.

Surpresas marcam o novo cenário musical francês

Lá onde menos se esperava

Ainda segundo a Label France, a menos que se considere o rock, como em todo o mundo, como um termo genérico ao qual agreguem-se todas as formas de música popular. Nesse caso, o melhor do rock francês estaria lá onde menos se esperava: na famosa música eletrônica, hoje mais aberta, graças a bandas como Phoenix ou Air. Os primeiros, autores de três álbuns que oscilam entre o pop ultra-melódico inspirado pelos anos 70 americanos e um rock diferente no estilo de The Strokes, conseguem ocupar um espaço no cenário internacional, onde suas origens francesas encontram-se totalmente dissipadas.

Idem para o duo Air, que pertence à mesma turma e cujos álbuns e diversos projetos paralelos (músicas, filmes ou balés) chegam a uma espécie de universalismo que faz deles os herdeiros de Serge Gainsbourg – ainda mais depois de terem composto e produzido um álbum com sua filha, Charlotte, em 2006 [ver Label France n° 65] – e de Pink Floyd.

Em menor medida, um outro duo, batizado de Aaron, que acaba de lançar seu primeiro álbum na esteira de um inesperado sucesso, o single U-Turn (Lili), também faz um tipo de mistura de identidade ao flertar com o trip-hop.

Outro duo, desta vez misto, o Cocoon propõe um folk-pop despojado, também em inglês, que o levou a conquistar o cobiçado prêmio do concurso “Aqueles que precisamos descobrir” (Ceux qu’il faut découvrir – CQFD) organizado todo ano pela revista Les Inrockuptibles.

A dupla AaRONLirismo literário e rock visceral
A mais sólida e duradoura tendência do rock francês continua sendo a que deve seu surgimento à banda Noir Désir, ou seja, o encontro, ou até mesmo colisão, de um certo fraseado literário e lírico com as energias renováveis do rock, do folk e do punk.

A banda Luke, com seu segundo álbum (La Tête en Arrière, 2004), que vendeu na França 200.000 cópias, inscreve-se nessa linha, com os amplificadores no volume máximo e as vozes rasgadas. Em turnê com a banda amiga, o Deportivo, cujo primeiro trabalho também fez muito sucesso, comprovaram juntos, em 2006, a possibilidade de existência de um rock visceral francês, livre das revoltas pós-adolescentes e cuja verdade sem máscara está no palco.

Os tablados nos quais saltam feito um exército de molas enlouquecidas também é o lugar preferido do Dionysos – banda francesa inigualável no palco – para dar destaque às canções já turbulentas de seus CDs, esse folk-rock de inspiração americana, mas alimentado pela loucura poética francesa à Raymond Queneau.

Mais realistas e ao mesmo tempo utópicos, os textos de Mickey 3D são de uma dinâmica musical em que se combinam com muita habilidade de maneira um tanto astuta o nervosismo do rock e as luzes do pop com o rigor tradicional da canção francesa.

Quanto às mulheres, enquanto a Rita Mitsouko, banda de referência dos anos 80 liderada por Catherine Ringer, volta à cena, a emancipação do rock revela-se, com a radiante Grande Sophie (Et Si C’était Moi, 2004) e a nervosa Mademoiselle K (Ça Me Vexe, 2006). Duas alforriadas, mais mandonas do que obedientes, respectivamente inspiradas em Chrissie Hynde (The Pretenders) e PJ Harvey.

No setor dos solitários, Benjamin Biolay, que foi precipitadamente identificado como parte da nova canção francesa (por causa de suas inspiradas colaborações com Keren Ann, Henri Salvador e Françoise Hardy), cria, por sua vez, um rock sofisticado que se inspira tanto em Gainsbourg quanto na new wave sintética de Taxi-Girl, pioneira do gênero na França. Em seus dois últimos trabalhos (À l’Origine, 2005, e o lançado em setembro de 2007 Trash Yéyé) encontram-se alguns toques hip-hop perfeitamente integrados aos seus textos. Por si só, ele já bastaria para desmentir hoje John Lennon.

Texto original de Christophe Conte, jornalista da revista semanal Les Inrockuptibles

Um generoso Arco-Íris

Nesse imenso arco-íris de sons e referências, surge outro divisor: Bertrand Betsch, com um rock nem um pouco comportado.

Mas, o cabaré está entranhado no sangue francês, assim como, de toda a classe masculina do Brasil, de Norte a Sul. Do Oeste para o Leste. A chanson, chansionese de melodias parodiais de uma inebriante ressaca, turbinada com guitarras, teclados, baixo-bateria, guitarra e muita edição de studio com inseparáveis e muito bons Dj’s, fazem do novo arranjo pop e rock francês, a grande diferença do restante da Europa.

Segundo a publicação Label France, editado pelo próprio governo francês. Com o sucesso de Noir Désir e Louise Attaque, o rock francês acabou encontrando sua cara.

Desde o início de 2000, várias e inusitadas experiências renovam sem parar um cenário em plena ebulição.

Há muito tempo, John Lennon resumiu a questão com a fórmula mortal: “O rock francês é como o vinho inglês”. Quarenta anos depois do lançamento de Sgt Pepper’s, dos Beatles, a França pode parecer ainda estar no primeiro estágio do rock, com o surgimento de um rock de subúrbio chique criado por grupos adolescentes como Naast, Second Sex, Les Plastiscines, que procuram combinar o espírito altivo dos jovens parisienses arrogantes dos anos 60 com o vigor elétrico do rock anglo-americano da mesma época.

Os observadores mais críticos avaliam que, mesmo depois de ter conseguido importantes conquistas territoriais graças à música eletrônica e à famosa “French Touch”, a França voltou aos seus eternos complexos em relação ao rock ao invés de explorar sua diferença.

Será a Nouvelle Vague da música francesa?

Muito além da “Nouvelle Vague”

Muito provavelmente não, pois, é magnífico o novo cenário da música francesa.
Em contínua renovação, a canção francesa dos anos 2000 é a metamorfose do vocabulário herdado de seus precursores e inscreve-se em uma perspectiva contemporânea, tanto do ponto de vista das letras, quanto das músicas, posto que os performáticos artistas que protagonizam essa bem-vinda revolução da transgressão do silêncio, o fazem com inspiração, uma boa dose de influências, tangenciando, sobretudo, o prazer de executar proposta sem amarras e com surpreendente vigor à frente do lugar comum, e de certo modo, cansativo signo que vigora no Velho Continente, constatado pela repetição fórmulas exauridas à tempos.

Ouvir a nova safra de músicos franceses não é tarefa para neófitos. Foi necessário esperar por muito tempo para que as inovações da "Nouvelle Vague" – movimento cinematográfico –, embriagasse uma nova geração que dele parece agora fazer bom uso, bem distante da chatice, inclusive de movimentos literários insuportavelmente egoístas, herméticos ao grande público e fadados, pela própria concepção, ao esquecimento.

Abin de La Simone e Florent Marchet demoliram com surpreendentes propostas, calcadas em uma mistura desconcertante entre o ultra moderno e a insofismável dor de cotovelo da tradicional música francesa, uma nova forma reverencial de abordar os mestres como Jacques Tati ou Boris Vian, Charles Aznavour ou Edit Piáf e ainda Claude Chabrol.

Cenário extraordinário na França

Música moderna Francesa: tradição romântica, experimentalismo e modernidade
Por Val-André

Estava devendo, conforme prometi, uma visão pessoal, de como se encontra o atual cenário da música francesa.

Paixão arrebatadora, a música, segundo estudos recem publicados, comprova que é capaz de ajudar na recuperação, com assombrosos resultados a melhora em pacientes vítimas de AVC.

A música, essa expressão mundial da humanidade que não está atada à barreiras de credo, cor ou idioma, procede milagres, junta adversários não raro e promove a tolerância entre desiguais desconhecidos além das fronteiras conhecidas. Algo que intriga civilizações, – e, quem sabe: outros mundos.

Nesse ensaio-reportagem sobre o novo cenário da música francesa, uma paixão dentre outras deste blogger; convida-os para uma viagem sensorial.

Trata-se de um amostragem do que se passa na França sem fronteiras, pós adesão à União Européia. Que seja então o despertar de uma longa trajetória para, juntos, despojarmos algum resquício de preconceito com a atual música européia a partir da França.

Como transferir, por e-mail, arquivos gigantescos?

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Podmailing é um sistema P2P que une o que o sistema de e-mail e o de download têm de melhor. Você enviará e recebará arquivos de qualquer tamanho com este programa que vai dar o que baixar com traquilidade.

É inegável a revolução que a popularização das transferências de arquivos ocasionou em qualquer usuário de internet. Os e-mails, por exemplo, não somente representam um excelente meio de comunicação como também permitem que os usuários troquem arquivos leves. O problema é que arquivos pesados somente poderão ser enviados por outros sistemas de transferências, uma vez que qualquer e-mail possui limitação de dimensões e de tempo para a transferência.

Para Enviar e Receber arquivos grandes
O usuário que deseja usar este serviço precisa apenas ter uma conta qualquer de e-mail para servir de base para as atividades do programa. Basta que o usuário selecione a opção de novo envio e entre com o login de sua preferência. Vale lembrar que cada pessoa que for usar o programa poderá criar a sua própria conta e usar os serviços de forma independente.

Em seguida é necessário entrar com o endereço da pessoa que vai receber, ou mesmo com vários deles separados por vírgula e espaço. Na opção select você poderá selecionar a pasta ou o arquivo que deseja enviar e, caso desejar, poderá aproveitar para escrever uma mensagem em seu e-mail. Em seguida você poderá acompanhar o processo de envio que pode ser pausado e retomado quantas vezes forem necessárias, similarmente aos gerenciadores de download.

O usuário que tiver alguma dúvida poderá ainda visualizar um vídeo explicativo feito pelos desenvolvedores do programa aqui.

Para receber o arquivo, abra na sua conta de e-mail cadastrada neste serviço (e que tenha algum arquivo enviado pelo programa) a mensagem de aviso do Podmailing. Nela você poderá saber o andamento do envio e receber o arquivo, lembrando que este estará disponível por 30 dias após o seu envio. Em seguida será aberto o programa para que você possa acompanhar o andamento do seu download que acontece de forma similar ao processo de envio.

Baixe o programa aqui.

Uma aula de criatividade

Vale a pena ver de novo o melhor comercial de carro, jamais feito....

Não houve manipulação de computação gráfica ou truques digitais.

Sucedeu em tempo real exatamente como se vê. A gravação requereu 606 tentativas. Nas primeiras 605 tentativas sempre ocorreu algo de menor importância que não funcionou.

A equipe de gravação passou semanas, dia e noite, e estava quase desistindo e trocando de objetivo. O apoio mútuo os manteve unidos.

Esta gravação custou US$ 6 milhões consumiu 3 meses até terminar, incluindo a engenharia de planificação completa de uma única sequência. Algo, realmente, que requer muita paciência e profissionalismo.

Além disso, este anúncio dura 2 minutos e já está se tornando no mais distribuído pela Internet. Existem no mundo somente 6 Hondas Accord fabricados à mão.

Um deles foi utilizado na gravação.

Incrível! Veja o comercial.

Interessado em antiguidades , decoração, poesias, contos?


















Caso a sua resposta seja positiva, acesse o blog da Martha Corrêa aqui. O mais novo link dos recomendados do Corredores.

A Amazônia vai virar Savana?

A verdade sobre a saúde da floresta
Leonardo Coutinho e José Edward

Revista Veja (para assinantes)

Alberto César Araújo/Greenpeace















DEPOIS DA QUEIMADA Território é preparado para receber pasto em São Félix do Xingu, no Pará: a floresta já perdeu 17% da cobertura original


As notícias sobre a Amazônia que chegam aos olhos e ouvidos dos brasileiros são, por natureza, fragmentadas e muitas vezes contraditórias. Ora se dá conta de que a selva tropical brasileira nunca esteve tão protegida. Ora soam os clarins do apocalipse e anuncia-se a morte iminente da maior reserva de água doce, plantas e animais do planeta. Onde está a verdade? A reportagem de VEJA que começa aqui tenta responder a essa indagação. A questão é mesmo complexa e multifacetada, mas esperamos que o leitor saia destas 22 páginas com conhecimento bem mais objetivo da Amazônia. A reportagem foi dividida em seis capítulos e se apóia em um conjunto de gráficos extraordinários produzidos pela equipe da editora Andreia Caires. Há um resumo possível de tudo o que se vai ler? Sim. Existem hoje leis, saber científico e vigilância remota suficientes para permitir a ocupação econômica da Amazônia sem alterar substancialmente seu metabolismo – mas para isso é vital que as leis sejam cumpridas, a ciência aplicada e a vigilância por satélites complementada com extensiva ação policial punitiva aos desmatadores.
Os capítulos:
1. Por que preservar a Amazônia

2. O grau de desmatamento

3. O boi, a soja e a madeira

4. As leis e suas conseqüências

5. A ameaça do homem

6. Propostas para o futuro

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Is Amazônia going to turn Savannah?
The truth about the forest health
Leonardo Coutinho and José Edward
Alberto César Araújo/Greenpeace
AFTER THE BURNT
Territory is ready to receive pasturage in São Félix do Xingu, in Pará: The forest already lost 17% of the original coverage
The news on Amazônia who arrive to the eyes and heard of the Brazilians are, by nature, fragmented and many times contradictory. Sometimes it realizes that the Brazilian tropical jungle was never so sheltered. Sometimes they sound the apocalypse clarions and announces itself the fresh water largest reserve imminent death, planet plants and animals. Where is the truth? The report of SEES that it starts here it tries to answer to this inquiry. The matter is complex same and multifacetada, but we hope that the reader leaves destas 22 pages with Amazônia's Knowledge Much more goal. The report was divided into six chapters and supports into a set of extraordinary graphs produced by the press team Andreia Caires. Is there a possible summary of everything that is it going to read? Yes. There are today laws, know scientific and enough remote vigilance to allow Amazônia's economic occupation without changing substantially his metabolism – but for that is vital that the laws be accomplished, the applied science and the vigilance for satellites complemented with extensive punitive police action to desmatadores.

Veja como foi a sessão solene em Homenagem à Nossa Senhora de Nazaré 2024, na Câmara dos Deputados

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