A mudança do Pê Tê do Pará

Beleza e charme para mudar o Estado.

Brasil


Governadora muito família

Contrastando com uma safra de bons
governadores, Ana Júlia Carepa só
quer saber de dar felicidade a seus
parentes e amigos

Victor De Martino

VEJA TAMBÉM
Nesta reportagem
O governo é a casa dela


A política brasileira é tão machista que, quando uma mulher chega ao poder, se espalha que é seu marido quem manda no governo. Dizia-se, por exemplo, que Jorge Murad administrava o Maranhão para Roseana Sarney e que Anthony Garotinho geria o Rio de Janeiro para Rosinha Matheus. Quando a ministra do Turismo, Marta Suplicy, era prefeita de São Paulo, insinuava-se que o comando estava com seu marido, Luis Favre. A governadora do Pará, Ana Júlia Carepa, 49 anos bem vividos, é a nova vítima desse tipo de comentário. A oposição diz que a eminência parda de seu governo é um de seus ex-maridos, Marcílio Monteiro, atual secretário de Projetos Estratégicos do Pará. Foi pelas mãos de Monteiro que Ana Júlia ingressou na política sindical e no PT. Nem mesmo a separação, ocorrida há mais de dez anos, impediu que ele continuasse a dedicar sua vida à carreira da ex-mulher. Mas os adversários, desalmados, não entendem que as relações afetivas possam sobreviver às intempéries. Não compreendem, enfim, que a governadora é muito família, só isso. Ela não tem medo de ser feliz, gente.

Eleita senadora em 2002, Ana Júlia retribuiu o empenho de Monteiro. Emplacou-o na chefia do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) no Pará. No cargo, ele articulou a candidatura da ex-mulher à prefeitura de Belém. Ana Júlia acabou derrotada e Monteiro, suspeito de improbidade administrativa. Na CPI da Biopirataria, ele chegou a ser acusado de autorizar a exploração ilegal de madeira em troca de dinheiro para as campanhas do PT. Um empresário declarou que a propina ia para a conta de Joana Pessôa, caixa de campanha de Ana Júlia. Por causa dessas denúncias, o PT a preteriu no momento de escolher seu candidato a governador. Ana Júlia só participou da disputa porque o deputado Jader Barbalho, do PMDB, convenceu o presidente Luiz Inácio Lula da Silva de que era possível elegê-la. Uma vez instalada no palácio, Ana Júlia recompensou a todos. Empregou sete parentes, Joana Pessôa – e deu a Jader onze cargos, que, juntos, controlam 33% do orçamento estadual. Jader, puxa, é como se fosse da sua família, né?

Nos anos 80, o incorrigível Jader empregou o pai de Ana Júlia, Arthur Carepa, na Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia. Carepa estava afastado dos postos oficiais desde 1964. Naquele ano, o regime militar o demitiu da Secretaria de Obras de Belém depois que uma comissão de investigação concluiu que ele "exerceu o poder corruptor e cometeu desonestidade: sonegou; enriqueceu ilicitamente". As acusações não redundaram em processo criminal, mas Carepa teve seus direitos políticos cassados até 1979, quando foi anistiado. Longe da vida pública, sobreviveu com a receita de sua academia de natação, que, naquele tempo, era a preferida dos ricos de Belém. Por causa da escola, seus sete filhos conviveram com a juventude dourada local. Ana Júlia só teve de enfrentar a reputação do pai quando passou a fazer política, na faculdade de arquitetura. Nesse tempo, apaixonou-se por Rômulo Paes de Sousa, um líder estudantil que se tornou seu primeiro marido e pai de seu filho, Júlio. Influenciada por ele, militou no PCdoB. Ao passar num concurso do Banco do Brasil, em 1983, ela mudou de partido e de companheiro, mas, como é muito família, não se esqueceu de Sousa, indicando-o para a Secretaria de Avaliação do Ministério do Desenvolvimento Social do governo Lula. Seu novo marido, Marcílio Monteiro, levou-a para o PT. Ao fim dessa relação, Ana Júlia tinha uma filha, Juliana, e o grupo político que hoje a acompanha.

Marcio Ferreira/Imapress
Ana Júlia: com o dinheiro público, emprega o namorado, paga aluguel, férias...

A governadora costuma relacionar o fim do segundo casamento com sua emancipação pessoal. Uma vez separada, ela caiu na night. Ao som de forró e brega (no Pará isso não é adjetivo, mas gênero musical), Ana Júlia passou a exibir em bares e boates seu talento de dançarina. Muitos caíram apaixonados. Um deles fisgou o coração da então senadora, deixando de ser "ficante" para tornar-se namorado oficial – o piloto de avião Mário Fernando Costa. E bota oficial nisso: a governadora muito família empregou-o como administrador do hangar do estado. A desenvoltura de Ana Júlia na noite de Belém acabou sendo alvo de ataques durante a campanha para governador. Até hoje, Ana Júlia se ressente de adesivos com a frase "Xô, galinha", distribuídos na capital paraense. Depois de vencer nas urnas, para evitar a condenável associação com a ave, ela trocou a residência oficial, a Granja do Icuí, por uma casa alugada pelo governo paraense. Dos imóveis disponíveis para o governador, ela só usa a casa de praia de Salinas. Na Semana Santa, levou para lá seu namorado e 22 assessores – pagando a todos diárias de "trabalho". No início do governo, o séquito oficial incluía até uma dermatologista e uma cabeleireira, que zelavam pelos atrativos que se vêem na foto acima. Ambas foram demitidas por pressão da opinião pública. Mas a governadora ainda se dá ao direito de um luxinho ou outro. Em fevereiro, usou o jato fretado pelo governo para ir a Belo Horizonte assistir à formatura de seu filho. Ana Júlia é mesmo muito, muito família.

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The change of Pê Tê do Pará

Beauty and charm to change the Estado.

Brazil


Governor much family

Contrasting with a crop of good
Governors, Ana Júlia Carepa only
It wants to know about give yours happiness
Relatives and friends

Victor De Martino

SEE AS WELL
In this report
• The government is the house of her


The Brazilian politics is so macho that, when a woman arrives to the power, spreads that it is your husband who authority in the government. It told, for example, that Jorge Murad managed Maranhão for Roseana Sarney and that Anthony Little boy managed Rio de Janeiro for Little rose Matheus. When it administers her of the Tourism, Marta Suplicy, was São Paulo's Mayoress, it insinuated that the command was with your husband, Luis Favre. The governor of Pará, Ana Júlia Carepa, 49 very lived years, is the new victim of this kind of comment. The opposition tells that your government's drab prominence belongs one of his former-husbands, Marcílio Monteiro, current secretary of Strategic Projects of Pará. It was by the Monteiro's Hands that Ana Júlia entered in the union politics and in the PT. Not even the separation, occurred more than ten years ago, prevented that he continued to dedicate its life to the career of the former-woman. But the opponents, heartless, do not understand that the affective relations can survive to the bad times. They do not comprehend, finally, that the governor is much family, only that. She is not afraid of be happy, people.

Elect senator in 2002, Ana Júlia rewarded Monteiro's Determination. It supplied with a plate him in the Environment Brazilian institute leadership (Ibama) in Pará. In the position, he articulated the candidacy of the former-woman to Belém's Prefecture. Ana Júlia finished defeated and Monteiro, suspect of administrative improbity. In CPI da Biopirataria, he ended up to being accused of authorizing the wooden illegal exploration in money change for the PT campaigns. A business man declared that the fee went to the account of Joana Pessôa, box of campaign of Ana Júlia. For cause of these accusations, the PT deferred her at the moment of choosing your candidate for governor. Ana Júlia only took part in the dispute because deputy Jader Barbalho, of PMDB, convinced president Luiz Inácio Lula da Silva that I was possible to chooses her. Once installed in the palace, Ana Júlia rewarded to everybody. It employed seven relatives, Joana Pessôa – and gave to Jader eleven positions, that, close, control 33% of the state budget. Jader, gee, is as if it belonged to its family, né?

In the, the incorrigible Jader employed the father of Ana Júlia, Arthur Carepa, in the Development Superintendency of Amazônia. Carepa was remote of the official positions since 1964. In that year, the military regime dismissed it of the Works Secretariat of Belém after an investigation commission concluded that he "exercised the corrupter power and committed dishonesty: It defrauded; It enriched illicitly". The accusations were not redundant in criminal process, but Carepa had his political rights cancelled up to 1979, when it was amnestied. Far from the public life, it survived with the revenue of its swimming academy, that, in that time, was to preferred of the rich of Belém. Because of school, their seven sons cohabited with the local golden youth. Ana Júlia only had to face father's reputation when it became to do political, in the architecture faculty. In this time, it fell in love for Rômulo Paes de Sousa, a student leader that was become your first husband and father of his son, Júlio. Influenced by him, militou in the PCdoB. When passing in a Bank contest of Brazil, in 1983, she changed of party and of companion, but, as it is much family, did not forget about Sousa, indicating him for the Secretariat of government Social Development Department Evaluation Lula. Your new husband, Marcílio Monteiro, carried her to the PT. To the end of this relation, Ana Júlia had a daughter, Juliana, and the political group that today accompanies her.

Marcio Ferreira/Imapress
Ana Júlia: With the public money, it employs the boyfriend, paid rent, vacation...

The governor is used to relate second marriage end with her personal emancipation. Once separated, she fell into night. To the nigger ball sound and naff (in Pará that is not adjective, but musical gender), Ana Júlia proceeded exhibiting in bars and your night-clubs dancer's talent. Many fell lovers. One of them fished the heart of then senator, letting of being "ficante" to become official boyfriend – the pilot by plane Mário Fernando Costa. And it throws officer in this: The governor much family employed him as state hangar manager. The agility of Ana Júlia in Belém's Night finished being target of attacks during the campaign for governor. By today, Ana Júlia resents of stickers with the sentence "Xô, chicken", distributed in the capital paraense. After win in the urns, to avoid the condemnable association with the bird, she changed the official residence, Icuí's Farm, for a house rented by the government paraense. Of the available buildings for the governor, she only uses the beach house of Salinas. In Holy week, it carried to there your boyfriend and 22 advisory – paying to all daily of "work". At the beginning of the government, séquito official included until a dermatologist and a hair- dresser, that looked after the attractivenesses that in the photo are seen above. They were both dismissed by public opinion pressure. But the governor still gives to the right of a little luxury or another. In February, it used the jet freighted by the government to go to Belo Horizonte watch to his son's graduation. Ana Júlia is same too much, much family.

Mina de ouro

Com valor agregado, açaí "revoluciona" a pequena Codajás

Valôr Econômico (para assinantes)

João Faustino de Lima, produtor de açaí em Codajás: ele sobe em palmeiras de até 45 metros para cortar os cachos .

Fábrica de pasteurização da polpa da fruta fez receita encostar em R$ 1 milhão por ano.

Licitação pra quê?

O blog do Mauro Neto (Portal ORM) informa a dispensa de licitação da Secretaria Executiva de Saúde Pública que contratou a A.D. Empreendimentos Projetos e Construção LTDA para reformar a unidade básica de saúde da Pedreira. O custo da obra, será de um milhão - se não receber nenhum aditivo futuro -, exatos R$ 978.500.000,00, destaca o jornalista.

Evidente que toda melhoria nos equipamentos de saúde pública é investimento louvável e aplaudido pela sociedade. Mas, o quê consta é que aquela unidade, diferente de outras, não seria uma obra em que se exigiria o caráter de urgência e a cidade - afora Dudurudú - não está vivendo um imediato estado de calamidade pública, visto que o contrato ocorreu com dispensa de licitação.

A dispensa de licitação é assinada pelo secretário e apadrinhado de Jader Barbalho, Halmélio Sobral, e por Paulo Massoud, diretor Administrativo Financeiro da Sespa.

Cem dias de governo e é só o começo.

Reeleição posta à prova

Casuísmo da década

Maria Cristina Fernandes
Valor Econômico
20/4/2007

O fim da reeleição é a proposta mais casuística surgida no país desde a aprovação da emenda há dez anos. A intenção de fazê-la valer para os próximos a serem eleitos, ao contrário do que aconteceu na implantação da reeleição, não causa menos espécie. A proposta é antes um meio de acomodar interesses pessoais de uma geração em que sobram ambições e falta vocação para trabalhar em benefício das instituições políticas do país.

Nenhum dos argumentos dos que defendem que se retire o direito à recandidatura se sustenta. A maior parte deles parte de uma visão paternalista sobre o eleitor, que seria facilmente manipulado pelos detentores de cargos públicos. Os números previnem o sofisma de quem levanta a bandeira em nome das salvaguardas democráticas. A eles :

- "Os poderes do Executivo são tão grandes que anulam as chances da concorrência"

Não há dúvidas de que a permanência no cargo facilita a exposição pública dos postulantes à reeleição. Isso pode até alimentar a discussão sobre a desincompatibilização nos seis meses que antecedem a disputa, mas está longe de transformar o instituto numa recondução mandatória. Esse sofisma tem por base as duas reeleições para presidente da República e despreza o que aconteceu nas cinco já ocorridas desde 1998 em 27 estados e 5.564 municípios.

A análise do que aconteceu no conjunto desses casos mostra que não é fácil ficar mais do que quatro anos no cargo. Apenas metade dos governantes são reeleitos. O dado leva em conta que, em média, apenas sete em cada dez governantes julgam-se em condições de popularidade para postular uma recondução. Desses que se recandidatam, também sete, em dez, se reelegem.

- "Para conquistar a reeleição, os governantes gastam mais do que devem e infringem os ditames da responsabilidade fiscal"

Como pôr as instituições à sombra das ambições

O professor do Departamento de Economia do Ibmec, Maurício S. Bugarin, em parceria com dois outros pesquisadores (Fernando Meneguin e Alexandre Carvalho) montou um modelo matemático para testar a hipótese de que os reeleitos são administradores mais perdulários. O estudioso levantou o desempenho fiscal de governadores e prefeitos reeleitos e concluiu que a reeleição os incentiva a não se endividar excessivamente no primeiro mandato.

Os estudos de Bugarin, que levaram em consideração os governos dos 27 Estados e de 4.098 municípios dos quais há informações fiscais confiáveis, mostram ainda que quanto maior a receita per capita do município maior a probabilidade de o prefeito ser reeleito. Esta probabilidade aumenta ainda mais se essa elevação de receita for obtida sem elevação da carga tributária.

O eleitor também demonstra discernimento sobre os gastos públicos. Nos municípios que elevaram suas despesas de custeio a probabilidade de reeleição cai. Por outro lado, naqueles em que há mais investimentos públicos, cresce a possibilidade de o governante ser reconduzido. O eleitor, conclui Bugarin, pune quem aumenta a máquina e premia quem faz obras desde que com responsabilidade fiscal.

- "A reeleição favorece a permanência de governantes corruptos no cargo"

Esta é outra falácia a partir do pressuposto de que o eleitor simplório premia quem lhe rouba. Um estudo de dois pesquisadores - Claudio Ferraz (Ipea) e Frederico Finan (Universidade da Califórnia) - com base nas auditorias feitas pela Controladoria-Geral da União nos municípios, mostra que a probabilidade de o eleitor vir a reeleger um prefeito é inversamente proporcional à quantidade de infrações encontradas pela CGU. Esta relação é ainda mais acachapante nos municípios com rádios locais.

A mera divulgação das auditorias antes das últimas eleições municipais reduziu em 20% a probabilidade de reeleição de prefeitos acusados. Nos municípios em que se encontraram irregularidades e que tinham rádio local, o índice de reeleição foi ainda 40% menor do que nos demais. Da mesma maneira, quando a auditoria era favorável ao prefeito, as chances de reeleição aumentaram 27%. Quando essa auditoria era divulgada por uma rádio local, o índice subia para 85%.

As eleições de 2002 foram as primeiras, desde a redemocratização, em que a duração dos mandatos se manteve incólume. Eram seis anos na ditadura; caíram para cinco na barganha de José Sarney; depois para os quatro que Fernando Collor - eleito numa indesejável disputa descasada que agora se quer ressuscitar - sequer conseguiu completar; e, finalmente, ficou em quatro mais quatro com a mudança feito com a bola rolando no governo Fernando Henrique Cardoso. No meio de toda essa barafunda produzida pela elite política, o eleitor conseguiu aperfeiçoar o voto como instrumento de controle. Deve ser isto que está a incomodar. A carruagem que quer empurrar a reeleição ladeira abaixo tem o patrocínio irresponsável das cúpulas do PT e do PSDB. Só falta os tribunais superiores se engraçarem com a idéia.

Maria Cristina Fernandes é editora de Política. Escreve às sextas-feiras

Por seu turno, o presidente Luis Inácio Lula da Silva declarou, segundo a Folha de S. Paulo que: "Nem sei se estarei vivo até 2014". Mais aqui>> (para assinantes).

Até o presidente não agüenta tanta enrolação

Lula acusa Ibama de atrasar PAC e diz que fará cobrança dura a Marina

Luciana Nunes Leal

Presidente exige soluções para entraves ambientais e dá sinais de que quer mudanças no comando do instituto

Em reunião ontem com o Conselho Político, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não escondeu a sua irritação com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), por causa da demora na concessão de licença ambiental para construção de usinas hidrelétricas no Rio Madeira. O presidente ressaltou a importância dos empreendimentos para o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e para a garantia de produção de energia elétrica a médio prazo, deixando a impressão de que gostaria de ver mudanças no comando do instituto, subordinado ao Ministério do Meio Ambiente.

Lula comentou que teria uma reunião “muito dura” com a ministra Marina Silva e com a direção do Ibama. Ele cobra soluções para os entraves ambientais e não admite simplesmente a recusa na liberação das licenças. “Agora não pode por causa do bagre, jogaram o bagre no colo do presidente. O que eu tenho com isso? Tem que ter uma solução”, reclamou Lula, segundo o relato de um dos presentes ao encontro. O presidente se referia a um dos argumentos usados pelo instituto para barrar o licenciamento das obras - a construção das usinas vai bloquear a migração desses peixes.

As usinas hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau, no Rio Madeira, em Roraima, prevêem a produção de 6.450 MW de energia elétrica. Nos planos do PAC, a meta é ter esses empreendimentos praticamente concluídos em anos. Juntas com outro projeto de usina para o Norte, a Belo Monte, as três obras são consideradas vitais pelo governo Lula para garantir crescimento econômico de 5% nos próximos anos.

De acordo com um parlamentar presente à reunião, a líder do PT no Senado, Ideli Salvatti (SC), mostrou-se preocupada com uma autoridade do Ibama que estaria demissionária. “Em vez de problema, talvez isso seja solução”, respondeu o presidente, reiterando a insatisfação com o trabalho do instituto.

As reclamações acontecem no momento em que a ministra Marina está de fato pensando em trocar os ocupantes de postos-chave de sua pasta, especialmente do Ibama.

De acordo com alguns petistas, o presidente do instituto, Marcos Barros, do PT do Amazonas, estaria pronto para deixar o cargo - só estaria aguardando a dança de cadeiras em estudo pela ministra.

Responsável pela implementação do Complexo Hidrelétrico do Rio Madeira, a estatal Furnas Centrais Elétricas entregou o estudo de impacto ambiental do projeto ao Ibama em julho de 2005 , mas o instituto pediu uma série de informações complementares. Com isso, as licenças - primeiro passo para as obras - não foram concedidas e o projeto continua paralisado.

De olho em possíveis mudanças no Ibama, o PMDB não perdeu tempo e já indicou o nome do ex-deputado José Priante para substituir Barros. Ele é sobrinho do deputado Jader Barbalho (PMDB-PA).

Um dos argumentos dos peemedebistas nas negociações com o governo sobre os cargos do segundo escalão é que o PMDB adotaria uma política de destravamento das pendências ambientais que atrasam obras prioritárias.

Será difícil, no entanto, a substituição de um petista por um peemedebista no Ibama, por causa da forte resistência dos ambientalistas ligados ao PT e da própria ministra.

Fonte: O Estado de S. Paulo

Boa iniciativa

Marta vai à luta.

A montanha vai a Maomé

A ministra do Turismo, Marta Suplicy, decidiu não mais esperar os deputados e senadores no gabinete. Ela inaugurou ontem a política de conceder audiência aos parlamentares no próprio Congresso. Para isso, usará o gabinete da liderança do governo na Câmara. O objetivo, segundo informou o ministério, é "se aproximar de deputados e senadores e agilizar os processos de liberação de emendas relacionadas ao Turismo".

Desenvoltura

Flana com admirável desenvoltura essa ficha corrida no STF dos Campeões de votos no Pará.

Deputada Elcione Barbalho. Veja aqui>>

Deputado Jader Barbalho:

Ocorrências na Justiça e Tribunais de Contas:

STF Ação Penal 336 - Crime contra a administração pública, desvio de verbas, organização criminosa - lavagem de dinheiro. A ação investiga o caso Sudam. Jader consta como réu.

STF Ação Penal 339 - Crime contra o sistema financeiro nacional, evasão de divisas. Jader consta como réu.

STF Ação Penal 397 - Crime contra a fé pública, falsidade ideológica, corrupção, quadrilha, estelionato, lavagem e outras fraudes. Jader consta como réu.

STF Ação Penal 398 - Crime contra a administração pública, peculato. Corre em segredo de Justiça. Jader consta como réu.

STF Inquérito 2051 - Crime contra a administração pública, desvio de verbas, organização criminosa. Corre em segredo de Justiça. É o caso Sudam. Jader é indiciado.

STF Inquérito 2052 - Crime contra a administração pública, peculato. Jader é indiciado.

STF Inquérito 2236 - Crime contra a fé pública. Falsidade ideológica. Corrupção, quadrilha, estelionato, lavagem e outras fraudes. Jader é indiciado.

STF Petição 2451 - Parte do caso Sudam. Jader é requerido.

STF Petição 3149 - Corre em segredo de Justiça. Jader é requerido.

-Povo do Pará. Continuem aplaudindo a arte de esvaziar os seus caraminguás.

Antecipar para não chorar

O poeta, jornalista e advogado e blogueiro marabaense Ademir Braz, levanta, com invulgar propriedade uma questão de Ordem com Endereço e CEP connhecidos: O avanço dos investimentos da Companhia Vale do Rio Doce no bioma Vale do Tocantins - região Sul/Sudeste do Pará .

Leiam o que Ademir coloca em discussão:

As sete danações de Tucumã

Sob o título “Mineradora da Vale provoca caos em município paraense”, reportagem de Carolina Derivi, o site paulista Amazônia.org.br publicou semana passada o texto que vale a pena reproduzir como emblemático da mineração na região e seus efeitos na vida e na economia dos municípios atingidos.

“Em meados de março, o prefeito da pequena cidade de Tucumã, no sudeste paraense, decretou estado de emergência em todo território municipal, alegando "a deterioração das condições de governabilidade e sustentabilidade". A medida não guarda relação com queimadas ou enchentes, mas com uma espantosa pressão populacional que se abateu sobre o município desde agosto de 2006. A mineradora Onça Puma, empresa controlada pela Companhia Vale do Rio Doce, opera no município desde então extraindo ferro-níquel e atraindo milhares de pessoas em busca de emprego.

"Com certeza mais de dez mil pessoas já vieram pra cá. E continua aumentando. Não há mais vagas nos hotéis, nem casas para alugar", disse o prefeito Alan Azevedo ao site Amazônia. Segundo os cálculos de Azevedo, o empreendimento já criou mais de 1800 postos de trabalho. O que poderia ser motivo de comemoração para uma localidade com poucos recursos traz graves efeitos colaterais enquanto o contingente de migrantes é muito maior do que o município pode comportar.

O resultado, segundo a prefeitura, é degradação de ruas e avenidas, invasão e grilagem de terras públicas, precarização dos serviços do município como educação e saúde, aumento do tráfico de drogas e prostituição infanto-juvenil. Some-se a isso o fato de que Tucumã conta apenas com sete policiais militares, nenhum viatura, e uma delegacia degradada que vem ocasionando a fuga de prisioneiros.

Procurada pelo site Amazônia, a assessoria da Vale do Rio Doce não conseguiu designar um porta-voz para comentar o assunto até o fechamento desta reportagem. As informações são de que empresa e prefeitura estão em negociação, mas pouco se avançou além da promessa, por parte da Vale, de realizar estudos complementares de impacto ambiental.

Ironicamente, a cidade anda às turras com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) devido a uma estimativa populacional defasada (para menos) em 2006. O dado, oficial, acarretou uma redução dos repasses do Sistema Único de Saúde (SUS) e do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Da mineradora Onça Puma, a 17 km do centro da cidade, Tucumã não recebe nada na forma de impostos ou royalties. "Precisamos ser compensados pelos impactos econômicos, sociais e ambientais", defendeu Azevedo.”


Posto o caso, abrimos uma discussão no blog do conceituado jornalista com alma de filósofo.

Inseri na caixa de comentários que: Tem que mudar a Lei Minerária. Essa novela é velha para nós do Sul do Pará.
A próxima a ser "invadida" será Marabá com seu Salobo (Mega projeto em via de execução para explorar Cobre e outros minérios na área pertencente ao Município de Marabá, concedido pelo Governo para à CVRD) .

Ademir assim respondeu-me:

Val, meu entendimento é o seguinte: como o EIA-RIMAdo Salobo nos foi enfiado goela abaixo na década de 90, antes da privatização da VALE, e considerando que houve mudança no projeto de mineração apreciado, acho que cabe pedir-se na Justiça (a prefeitura, o Ministério Público, o governo do Estado) a elaboração de novo relatório de impacto ambiental.

Veja: foi por causa das reivindicações populares, inclusive com a obstrução da ferrovia na cabeceira da ponte do Tocantins, que a Vale de então celebrou termo de compromisso com a prefeitura de que construiria um mineroduto de 280 km entre a mina e o nosso Distrito Industrial, para aqui processar o cobre. Agora, a Vale está construindo uma ponte de 140 metros sobre o rio Itacaiunas, ligando a área marabaense do Salobo à sua servidão em Parauapebas, assim como vai construir o mineroduto na mesma direção, distante apenas 80 km da sua pêra ferroviária. Questões: quem vai receber os royalties, o imposto de renda e ICMS?

Há anos alguns aventureiros vêm insistindo em "inventar" pelo menos cinco municípios entre Marabá e o Salobo, emancipando currutelas que não têm a menor expressão econômico-financeira, quando se sabe que o objetivo é um só: apropriar-se da mina de cobre, em torno da qual vai se repetir a desgraça que se abate sobre Tucumã.

Repliquei que:

Esse é assunto que tem que ser examinado já. Digo: ontem.

Discordo apenas no que se refere à criação dos Municípios, no resto estamos fechados e levarei a discussão avante no que couber à minha instância.

Pois bem.

A Câmara Municipal de Marabá já agendou a discussão sobre o assunto. Insisto, vital para os desígnios maiores do Município de Marabá.

Ademir Braz coloca com invulgar propriedade a questão da exigência legal na ponte a ser edificada para permitir o acesso à Mina.

Destaca ainda a caducidade do EIA-RIMA da mina a ser explorada.

Há outra dezena, talvez centenas de questões a serem examinadas nesse grande empreendimento da CVRD.

O que não pode ficar ao sabor dos ventos é exatamente o cruzamento de braços das discussões, que deve ser convocada pela própria sociedade ou seus representantes infra-institucionais, com apoio ou não dos entes estabelecidos, no como e durante quanto tempo teremos as monstruosas máquinas da CVRD a revolver as entranhas de nossas minas e deixar - como as plantações de cana-de-açucar, entes empregados precariamente ao sabor sa safra ou, o que é muito mais sério, até quando os recursos não renováveis estiverem à disposição.

Mais: E o quê a mineradora diz que vai compensar?

Com a palavra a maior mineradora do Planeta.

Fala sério

Gostaria de saber imensamente do Bernardino, colunista do jornal O Liberal, em que lugar do planeta ele ouviu que o mandarim que reinou na Secult, Paulo Chaves tem voto baseado em sua espetacular densidade eleitoral para se eleger ao menos chefe de Estacionamento no Ver-o-Peso. Onde, heim?!

Passe a vista nos balõezinhos plantados pelo escrevinhador.

Valéria Pires Franco está decidida a ser candidata a prefeita de Belém. Vai conversar com Jatene sobre o assunto.

Se Valéria for candidata, o arquiteto Paulo Chaves, ainda ligado ao PSDB, abre mão de sua candidatura a gestor da capital.

Belém precisa urgentemente de um outro jornal, de modo que se quebre já, a máxima que: "um é pouco, dois é bom e três é demais."

Casal 20

Lembram da minisérie enlatada Casal 20?

Pois o aveço está na edição de hoje de O Globo.

Trata-se da governadora do Pê Tê Ana Júlia Carepa e o deputado federal do Pê Mê Dê Bê Jader Barbalho.

Um tira-gosto da matéria.

A governadora sobre nepotismo:

É de ordem técnica, segundo o jornal a desculpa esfarrapada da governadora, pois, no seu brilhante e transparente entendimento, "ex-marido, ex-cunhado e ex-mulher de ex-cunhado não são parentes".

Ainda segundo O Globo, "quanto ao que não são 'ex', a governadora argumenta que quem os convidou foram os secretários".

Não diz a governadora que quem nomeou os secretários foi o "Santo da Cara-de-Pau" ou a "Santa", nesse caso tanto faz.

Leiam os elogios ao casal 20 aqui>>

Para moralizar...

...A Comissão de Legislação Participativa da Câmara aprovou uma sugestão da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) para assegurar que os agentes políticos possam ser punidos por atos de improbidade administrativa, como prevê a Lei 8429/92. A proposta foi transformada em projeto de lei e passa a tramitar nas comissões da Câmara.

Segundo a OAB, diversos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) manifestaram o entendimento de que as sanções aplicáveis aos agentes públicos pela prática de atos de improbidade não alcançam os agentes políticos, pois estes estariam sujeitos, exclusivamente, às sanções previstas na legislação que trata dos crimes de responsabilidade (Lei 1079/50).
Mais aqui>>

Fonte: Última Instância

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