Duciomar Costa: Um prefeito que ama sua cidade

BELENENSES PERDEM MILHÕES

O que é que Dudu faz na prefeitura de Belém do Pará?



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Brasília – O prefeito de Belém, Duciomar Costa (PTB), mais conhecido por Dudu, não sai do lugar. É um cego assessorado por cegos. Semana passada, um advogado da prefeitura esteve em Brasília para resolver pendências em três locais em apenas um dia. Não resolveu nada. Nem podia. Belém deveria ter escritório em Brasília. A prefeitura está inadimplente em convênios federais no valor de R$ 597.328,50. Uma ninharia. Por isso, não poderá receber R$ 34,85 milhões em emendas parlamentares – R$ 29,8 milhões só para infra-estrutura turística. Está tudo no Siafi.

Sem resolver a inadimplência, de onde Dudu tirará dinheiro para tocar as obras que ele já anunciou?

A prefeitura de Belém está inadimplente nos seguintes convênios:

Agência de Desenvolvimento da Amazônia (ADA); R$ 450 mil; 2004; administração do ex-prefeito Edmilson Rodrigues (Psol).

Fundo Nacional de Saúde; R$ 111.688,50; 2004; administração do ex-prefeito Edmilson Rodrigues.

Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação; R$ 35.640; dezembro de 2005; administração de Duciomar Costa.

O que os belenenses estão perdendo:

Turismo: emenda do deputado Zenaldo Coutinho (PMDB) – R$ 7,4 milhões; emenda do ex-deputado Josué Bengtson – R$ 7,4 milhões; emenda do ex-deputado Anivaldo Vale – R$ 7,4 milhões; emenda do ex-deputado Raimundo Santos – R$ 7,4 milhões; emenda do ex-senador Ney Suassuna, do PMDB da Paraíba – R$ 200 mil (qual será o interesse de Suassuna em Belém? Foi acusado de freqüentar a confraria dos Sanguessugas, quadrilha com tentáculos em Belém, desbaratada pela Polícia Federal). Total: R$ 29,8 milhões.

Saúde: emenda do ex-senador Luiz Otávio – R$ 1 milhão; emenda do ex-deputado Anivaldo Vale – R$ 900 mil; emenda do deputado Vic Pires Franco (DEM) – R$ 500 mil; emenda do ex-deputado Babá – R$ 400 mil; emenda da ex-deputada Ann Pontes – R$ 150 mil. Total: R$ 2.950 mil.

Segurança: emenda do deputado Vic Pires Franco – R$ 2 milhões.

Cultura: emenda do deputado Zenaldo Coutinho – R$ 100 mil.

Dudu quer reeleger-se, mas o tempo é inexorável; fica cada vez mais claro que somente um milagre manterá Dudu na prefeitura. Contudo, milagres não existem em política. Como o perfil pessoal que Dudu construiu, até agora, é de barro, seu futuro político está ameaçado.

Seu erro consiste em que Dudu ainda vive uma Amazônia escondida na selva, difícil de ser fiscalizada, onde tudo é permitido. Essa Amazônia não existe mais. Tudo é vigiado por blogueiros, pelo Ministério Público e pela Polícia Federal. Novos tempos, Dudu.

De qualquer forma, se um poste instalar esgotos em Belém, será reeleito. Belém está cada vez mais fétida devido aos esgotos a céu aberto em toda a cidade. Toda.

NOTA DO BLOG: Em política tudo pode acontecer, inclusive nada! E esse é o caso desse rapaz.

Renan não nos engane!




O que falta explicar

Algumas das dúvidas sobre a defesa do senador Renan Calheiros:

1) Tem como comprovar a origem e mostrar o caminho do dinheiro que diz ter usado para pagar a pensão de sua filha com a jornalista Mônica Veloso?

2) Por que teria recorrido a Cláudio Gontijo, lobista da construtora Mendes Júnior, para intermediar os pagamentos da pensão a Mônica Veloso?

3) Por que diz ter vendido 2.200 bois e só apresentou guias de transporte de animais de 1.700?

4) Por que usou recibos para justificar depósito de R$220 mil em uma de suas contas em 2004, mas não apresentou as notas fiscais correspondentes à suposta venda de bois?

5) Por que várias notas fiscais de venda de gado foram emitidas em datas diferentes das de emissão das guias de transporte de animais?

6) Por que alguns números de notas fiscais de venda de bois estão rasurados?

7) Por que Renan não entregou ao Conselho de Ética do Senado o livro do produtor, onde estaria registrada toda a evolução de seu rebanho?

8) Por que notas fiscais e guias de transporte de animais indicam locais distintos para os mesmos lotes de bois que teriam sido vendidos?

9) Por que alguns lotes de bois teriam sido vendidos bem acima da média nacional de preços?

10) Como, em tão pouco tempo, conseguiu se transformar num pecuarista de sucesso?

Série sobre redivisão territorial do Brasil

Pelos Corredores do Planalto publica, a partir deste post, uma série de quatro artigos do economista Roberto Limeira de Castro sobre redivisão territorial do Brasil. Acompanhem abaixo o 1.o artigo. TRÊS SÉCULOS DE ENGESSAMENTO DA REGIÃO NORTE DO BRASIL
A eterna e santa ingenuidade dos governantes paraenses
Por Roberto Limeira de Castro
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Iniciava-se o século dezoito. O território brasileiro expandia-se desde o Oceano Atlântico até os primeiros contrafortes da Cordilheira dos Andes, saindo do seu nicho litorâneo original das Capitanias Hereditárias, inicialmente bloqueadas nos séculos dezesseis e dezessete por conta do
marco legal histórico da linha de Tordesilhas.

Contribuíram de forma decisiva para essa expansão do século dezoito, a grande calha do Rio Amazonas e a ação colonizadora dos intrépidos bandeirantes paulistas.

Seis grandes divisões territoriais destacavam-se nesse período de transição e consolidação do nosso imenso território:
1. Na Região Norte – A Capitania do Grão Pará;
2. Na Região Nordeste – As Capitanias do Maranhão e Pernambuco;
3. Na Região Leste – As Capitanias da Bahia e Rio de Janeiro;
4. Na Região Centro-Sul – A Capitanias de São Paulo.

As demais capitanias que se originaram dos primeiros donatários como
Ceará, Rio Grande, Paraíba no Nordeste e Sergipe e Espírito Santo no
leste eram consideradas Capitanias Subalternas e nem constavam dos
mapas oficiais, conforme pode ser visto no mapa de 1709 abaixo:
2
MAPA

1709: Auge da província de São Paulo


















Fonte: Wikipédia
EM DESTAQUES (VERDE E AMARELO) AS DUAS MAIORES CAPITANIAS DO PERÍODO COLONIAL, DO PONTO DE VISTA TERRITORIAL, DENOMINADAS DE SÃO PAULO E MINAS DE OURO (EM AMARELO) E GRÃO PARÁ (EM VERDE)

Observação importante: O território da antiga Capitania de S.Pedro do Rio Grande do Sul (em cinza) era também subordinado à Capitania de São Paulo, tendo logrado a sua emancipação simultânea com a Capitania de Santa Catarina somente em 1738.

Dois grandes territórios desse eixo de poder inicial, em quatro grandes regiões, destacaram-se por suas grandiosidades territoriais:
1. A Capitania do Grão Pará ao norte;
2. A Capitania de São Paulo ao Centro-Sul.
As duas demais regiões do leste e nordeste, apesar de importantes, política e economicamente, tinham territórios bem menores.

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O que se viu nos séculos seguintes foi à inteligência privilegiada de paulistas, nordestinos e dos habitantes do leste, subdividindo os seus territórios em um grande número de capitanias autônomas, as mais diversas, antes da Independência do Brasil, as quais, seriam reconhecidas
como Províncias do novo Império do Brasil que se iniciava.

Entre 1709 e 2007, a região nordeste dividiu-se em sete parcelas territoriais, o leste em quatro e São Paulo em dez, conforme emancipações abaixo descritas, enquanto, a do Grão Pará permaneceu intacta até 1850, conforme relacionamos a seguir:
1. Divisões territoriais da Capitania de São Paulo e Minas de Ouro – Denominação de 1709.
1.1 – Capitania de Minas Gerais – 1720;
1.2 - Capitania de São Pedro do Rio Grande do Sul – 1738;
1.3 – Capitania de Santa Catarina – 1738;
1.4 - Capitania de Goiás – 1744;
1.5 - Capitania de Mato Grosso – 1748;
1.6 - Província do Paraná – 1753;
1.7 - Distrito Federal - 1960
1.8 - Estado de Rondônia – 1970;
1.9 - Estado do Mato Grosso do Sul – 1977;
1.10 - Estado do Tocantins – 1988.

2. Divisões territoriais do Nordeste.
2.1 - Capitania de Pernambuco – 1532 – Original;
2.2 - Capitania da Paraíba – 1585 – Original;
2.3 - Capitania do Rio Grande do Norte – 1598 - Original;
2.4 - Capitania do Maranhão – 1603 – Original;
2.5.- Capitania do Ceará – 1619;
2.6 - Capitania do Piauí - 1811
2.7 - Província de Alagoas – 1822.

3. Divisões territoriais do Leste.
3.1 - Capitania da Bahia – 1534 – Original;

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3.2 - Capitania do Rio de Janeiro – 1555 – Original;
3.3 - Capitania do Espírito Santo – 1534 – Original;
3.4 - Capitania de Sergipe – 1534 - Original

As Capitanias originais do Leste denominadas de Ilhéus e Porto Seguro foram açambarcadas pela influência política da Capitania da Bahia, como sede dos Governadores Gerais da Colônia e até os dias atuais lutam desesperadas para juntas conseguirem pelo menos a emancipação de um único Estado de Santa Cruz, ao sul do Estado da Bahia, mas, são impedidas, no mesmo tipo de comportamento conservador dos grãos paraenses.

4 – Divisões territoriais do Norte
4.1 - Capitania do Grão Pará – 1535/1616 – Original
Não houve qualquer divisão territorial até 1850, ano da sofrida emancipação da Província do Amazonas.

Seria pertinente enfatizar que as outras duas subdivisões territoriais do Grão Pará foram feitas por motivo de insegurança externa e sem a anuência dos governantes dos Estados do Pará e do
Amazonas, somente em 1944, nos estertores do governo ditatorial do Estado Novo, ou seja, através da criação dos territórios federais do Amapá e Rio Branco (mais tarde Roraima).

O Estado do Acre incorporou-se à região norte através da Revolução Acreana e nunca pertenceu à Capitania do Grão Pará.

Pelo acima exposto é muito fácil perceber os equívocos históricos e a ausência de uma “intelingenzia” política dos governantes paraenses na sua megalomania de possuir um gigantesco e ingovernável território, principalmente, em termos políticos e econômicos.

Os nordestinos, por sua vez, emplacaram sete subdivisões com 21 senadores da República, ganhando mais seis com a incorporação de Sergipe e Bahia, que antes pertenciam ao leste, totalizando os 27 senadores atuais.

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Já as subdivisões do leste se transformaram em Sudeste com o deslocamento de São Paulo da região sul e a inclusão estratégica de Minas Gerais, os quais, se reuniram com o poderoso Estado do Rio de Janeiro, numa visível manobra geopolítica de convergência de dominação econômica, além do pequeno Espírito Santo pela proximidade.

Além do descomunal peso econômico com cerca de 70% do Produto Interno Bruto e a maior representação na Câmara Federal em função da gigantesca população, os hegemônicos do sudeste fizeram uma aliança estratégica com o sul e o centro-oeste, cujos Estados pertenciam à antiga repartição paulista, somando os seus 12 senadores com 09 do sul e 12 do centro-oeste, totalizando 33.

Somando os dois Estados deslocados artificialmente para o nordeste (Bahia e Sergipe) que antes pertenciam ao leste e os dois novos para o norte (Rondônia e Tocantins ), que sempre pertenceram à repartição paulista, os hegemônicos chegaram a um bloco de 45 dos 81 senadores.

Todas essas subdivisões da região Centro-Sul, 80% originadas da grande repartição de São Paulo, deram à metade sul do Brasil uma força econômica e política descomunal de 45 senadores originários contra 15 da Região Norte, incluindo o tardio Acre e 21 originários do Nordeste.

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Quando se considera a repartição regional estratégica estabelecida no seu todo pela Revolução de 1964, a metade do Centro-Sul ficou com apenas 33 senadores, o nordeste com 27 e o norte com 21, dando uma falsa aparência de equilíbrio, bastando para isso colocar o PIB de cada grupo senatorial acima, respectivamente, R$ 1 trilhão e 300 bilhões do Centro-Sul (Antiga repartição paulista e aliados), contra R$ 300 bilhões do nordeste e apenas R$ 100 bilhões do norte e ver as disparidades.

É mais do que evidente os representantes de uma economia de R$ 1,3 trilhões terem muito mais peso político e econômico que os representantes de apenas R$ 0,10 trilhões.

Quem fizer um pingo de reflexão descobrirá muito bem de que essa transferência de unidades federativas para os sub-representados do Norte e Nordeste teve conotações equilibristas e principalmente vantagens econômicas para que as empresas dos Estados transferidos
lograssem usufruir dos benefícios fiscais da Sudene e da Sudam.

Do ponto de vista histórico, entretanto, ao longo dos últimos 300 anos, o vetusto e dorminhoco Grão Pará, permaneceria, por quase dois séculos com apenas dois representantes no Senado e somente em 1850, já no período provinciano, indicaria mais dois senadores pelo Amazonas, numa época em que eram dois os senadores indicados de cada repartição.

Vejam como ficou a configuração do território brasileiro após cerca de 270 anos de história – 1709 a 1988:
MAPA



















1990: Unidades da Federação atuais
Fonte: Wikipédia
1. Ex-Território da Capitania de São Paulo e mais os seus aliados naturais do Leste, Minas Gerais, o Rio de Janeiro, Espírito Santo,além de Bahia e Sergipe do nordeste, Rio Grande do Sul,
Santa Catarina e Paraná do sul e do Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás, Tocantins, Rondônia e o Distrito Federal do Centro-Oeste .

Total: 15 Unidades Federativas e 45 Senadores originários.
2. Ex-Território da antiga região nordeste: 07 Estados e 21 Senadores originários.
3. Ex-Território do Grão Pará e mais os 03 Estados incorporados, um contra a vontade dos paraenses (Amazonas) e dois sem anuência e por decreto (Amapá e Roraima) e um por adesão forçada (o Acre).

Total: 05 Unidades Federativas originais e apenas 15 senadores.
Mesmo assim, somente com a Constituinte de 1988, após cerca de 270 anos de domínio político e econômico dos Paulistas, sulistas, sudestinos, centro-oestinos e nordestinos (esses não muito), é que os nortistas ganharam mais 06 novos senadores com a admissão de Roraima e do Amapá à União Federal. Até então, eram apenas 06 originários (Pará e Amazonas) e outros 03 do pequenino e pobre Acre.

A partir dos dados e imagens mostrados acima, pode-se concluir a estagnação a que foi submetida à região original do Grão Pará ao longo de praticamente toda a história do Brasil.

Engessado e paralítico, do ponto de vista político, econômico e social.










Em resumo, temos ainda hoje, a seguinte divisão de poderes:
Centro Sul – Antiga Repartição Paulista e mais o Rio de Janeiro e o Espírito Santo - 10 Estados mais o DF com 33 Senadores - 41% do território brasileiro e PIB de cerca de R$ 1 trilhão e 300 bilhões (cerca de 71,4% do Produto Interno Bruto), o Nordeste com 09 Estados, sendo dois emprestados, com 27 senadores (11,5% do Território e R$300 bilhões (21,4% do Produto Interno Bruto), enquanto que o velho Grão Pará com praticamente dois Estados significativos
(Amazonas e Pará) e 03 novos e incipientes Estados (Acre, Roraima e Amapá) e dois emprestados da repartição paulista com 21 senadores e pasmem um Produto Interno Bruto de cerca de R$ 100 bilhões (+ - 7,2%do PIB) em 47,5% do território nacional.
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Como se pode notar pelo quadro acima, o congelamento do território Grão Paraense ao longo de quase três séculos, por culpa dos governantes e das elites insensíveis da grande repartição territorial brasileira, teve um efeito catastrófico, do ponto de vista, político, social, econômico e humano para toda a Região Norte.

Poderíamos chamar isso de vocação mórbida para a pobreza e para o descaso com a população dos governantes paraenses e amazonenses.

Com 118 anos de proclamada a República e as instituições republicanas ainda não aportaram em 70% dos cerca dos quatro milhões de quilômetro quadrados do engessado Grão Pará.
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Inúmeros foram os estudiosos e políticos que propuseram novas subdivisões político-administrativas das ingovernáveis repartições do Grão Pará. Para sermos sucintos sobre assunto, citamos apenas 17 Estudos e Projetos:
1.Projeto da Comissão da Carta Geográfica de 1763;
2.Projeto do Padre Manoel Aires de Casal de 1817;
3.Projeto Antonio Carlos (1823);
4.Projeto Varnhagen (1849);
5.Projeto de Fausto de Souza (1880);
6.Projeto de Segadas Viana (1933);
7.Projeto de Teixeira de Freitas, (Apresentado duas vezes em 1933 e 1948);
8.Projeto Backheuser (1933);
9.Projeto Sud Mennucci (anos quarenta);
10.Projeto Ari Machado Guimarães (anos cinqüenta);
11.Projeto Juarez Távora (anos cinqüenta);
12.Projeto Siqueira Campos (anos sessenta);
13. Projeto Rondon (sem data);
14. Prejeto Amazônia Lega (anos quarenta);
15. Projeto Samuel Benchimol (1966);
16.Projeto Roberto Castro (1988-Enviados aos Constituintes)
17.Projeto da Comissão de Sistematização aprovada na primeira fase da Assembléia Nacional de Constituinte em 1988 e derrotado, para a tristeza dos eternos povos da floresta, pelos ricos e influentes Estados da insaciável repartição dos paulistas, seus aliados e os poderosos órgãos hegemônicos de comunicação social do Centro-Sul.

Três séculos se passaram e a conversa fiada dos paraenses e amazonenses continua a mesma – Não é chegada, ainda, a hora de dividirmos os nossos colossais Estados - a hora é de nos integrarmos e de nos unirmos.

Os hegemônicos agradecem, riem e fazem pouco da ingenuidade dos nortistas.
Para piorar ainda mais, o insuportável quadro acima, as subdivisões político-administrativas do Brasil tendem a aumentar com novas unidades federativas do Maranhão do Sul, Gurguéia, Rio São Francisco no Nordeste e Minas Norte, S.Paulo do Leste e do Sul, Araguaia, Aripuanã. Santa Cruz, Triângulo e Pampa na antiga repartição paulista e suas aliadas.

Seriam mais 33 senadores para irrigar a economia das duas regiões dos ex-paulistas e nordestinos com projetos e mais projetos de desenvolvimento.
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Pelo andar da carruagem, o conto da carochinha do pulmão do mundo e do museu de história natural da biodiversidade, engessará os futuros Estados de Carajás, Tapajós e Solimões, além dos territórios federais de Juruá, Rio Negro e da Ilha de Marajó, para sempre “seculorum”,
graças à eterna e santa ingenuidade dos governantes grão paraenses.

Infelizmente, contra os fatos históricos reais e os números da economiae do desenvolvimento não há argumento que resista.

Por ocasião do Primeiro Simpósio pela Criação dos Estados de Carajás e Tapajós, do último dia 15 de junho de 2007 em Marabá, com o apoio dos unidos co-irmãos maranhenses em torno da emancipação do Maranhão do Sul, duas dúzias de líderes paraenses da maior dignidade e visão política e econômica lutam como leões para reverter o vergonhoso quadro pobreza e de sub-representação territorial, econômica e política da Região Norte.

Que a força da Providência Divina e o Amor de Nossa Senhora de Nazaré ilumine a mente e os corações dos governantes paraenses e amazonenses das suas insensibilidades seculares e faça a união do povo paraense em torno dos plebiscitos previstos para os próximos meses.

Tomem cuidado com o BBB nos Motéis

Filmes de espionagem em motéis do Rio é o novo "grande assunto" da Internet

big brother no motel em www.exactaexpress.com.brDepois da divulgação de uma orgia com membros da elite de Ribeirão Preto e do recente escândalo da Faculdade Getúlio Vargas, onde estudantes foram fotografados dando "ousados amassos" em cubículos reservado durante uma festa, a exposição de momentos íntimos volta a se tornar o principal assunto da Internet.

Na última semana a Polícia Federal conseguiu prender um grupo de produtores de filmes adultos que comercializava fitas com flagrantes gravados nos quartos dos motéis mais conhecidos do Rio de Janeiro. A quadrilha usava recursos de alta tecnologia e instalava em várias suítes de um "motel alvo" microfones e microcâmeras, imperceptíveis até mesmo para os funcionários que trabalhavam na limpeza dos estabelecimentos. "Na maioria das vezes eles instalavam o material de espionagem no início da noite de Sexta e voltavam na Segunda para recolher tudo. Assim conseguiam flagrar o grande movimento nos quartos durante o final de semana, e ao mesmo tempo a alta rotatividade diminuía a chance de serem percebidos pelos funcionários dos Motéis", explica o delegado André Citrin. "O esquema funcionava desde o início do ano. Não tivemos tempo de analisar todo o material, mas o número de motéis que foram usados é impressionante, praticamente todos os que possuem um certo renome", conclui o delegado.

A produtora denominada "Buraco da Fechadura" anunciava os seus vídeos em um precário site na Internet, onde iniciavam o contato por email com compradores interessados e montavam um esquema de entrega e pagamento tão elaborados como os usados em casos de seqüestro, tudo para manter o anonimato. O preço também não era para qualquer um, uma coleção de 12 fitas com 2 horas de gravação cada era vendido por 990 reais. "Vale cada centavo", garante o site, que promete que no material filmado há muitas pessoas famosas, orgias, homossexualismo e sexo bizarro. "Tudo isso com pessoas reais! Talvez até mesmo a sua vizinha seja uma de nossas estrelas!".

Aparentemente os contraventores cumpriam a promessa de "qualidade total", pois a fama dos filmes se espalhou e em menos de dois meses de vendas a polícia calcula que eles tiveram mais de 600 clientes, arrecadando uma soma superior a meio milhão de Reais. Um dos investigadores deixou escapar informalmente que a atriz Luana Piovanni foi uma das vítimas flagradas pelas câmeras escondidas.

A associação dos proprietários de motéis do Rio de Janeiro declarou que é tão vítima quanto os seus hóspedes e aguarda o a conclusão do inquérito para anunciar as suas ações.

Fonte: Cocadaboa

Esclarecimentos :

O senhor Alexandre proprietário do Site "www.buracodefechadura.kit.net " entrou em contato com nossa redação e nos pediu que colocássemos este esclarecimento, para que outros demais não o venham confundir mais;
A divulgação no site de vocês da notícia BBB EM MOTEL, está me tirando o sono, pois muitas pessoas têm entrado em contato comigo, entupindo um de meus e-mails, pois sou do Rio de Janeiro e proprietário do site www.buracodefechadura.kit.com e as pessoas estão associando a tal produtora a este meu site, sei que vocês nada têm a ver, pois quem lê a notícia deve estar associando o nome divulgado de uma produtora ao meu site.
Já me enviaram um e-mail de 2.3 MB, que logicamente abri e que bloqueou meu tráfego nesta conta.
Gostaria na medida do possível que divulgassem uma nota explicando a diferença, apesar de meu site ser de teor erótico, nada tem a ver com a referida produtora BURACO DA FECHADURA, pois o site é "BURACO DE FECHADURA", aqui cabe um explicação o porque da escolha do "DE" quando as pessoas achariam mais conveniente o "DA", pelo simples fato do sentido do "DA FECHADURA" dar uma idéia de uma fechadura específica, enquanto o "DE FECHADURA", generaliza, podendo ser qualquer fechadura. Isto traz confusões simples até a pessoas de meu relacionamento que ao tentarem acessar www.buracodafechadura.kit.net me ligam dizendo que meu site não está no ar e eu tenho de explicar que é "DE FECHADURA".
Conto com a ajuda dos amigos, para que tal confusão seja esclarecida na esperança de amenizar maiores problemas para mim, pois repito, as pessoas que lêem a notícia é que estão fazendo confusão, eu li a notícia no site de vocês após tantos e-mails e vi que ali vocês não fazem nenhuma menção a algum site buraco de fechadura ou buraco da fechadura, apenas a produtora.
Agradeço o que poder ser feito neste sentido.
A Exacta pede em nome de sua equipe desculpas ao senhor Alexandre.

Para Simon, Renan vai cair de maduro

Senador Pedro Simon (PMDB-RS), durante reunião do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar do Senado.
Fotógrafo: Célio Azevedo - Agência Senado






















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NTREVISTA - Senador Pedro Simon (PMDB-RS) -

'A hora de renunciar é agora'

Carlos Marchi

Para Simon, que aponta várias erros na linha de defesa de Renan, Conselho de Ética só vai condená-lo se sentir que há 'cobrança'

'A hora de renunciar é agora', afirmou ontem o senador Pedro Simon (PMDB-RS), em entrevista ao Estado, minutos depois de pregar a renúncia do senador Renan Calheiros à presidência do Senado, em aparte feito no plenário. 'Ele tem de renunciar à presidência. Fazendo isso, estaria praticando um gesto de grandeza', afiançou Simon. 'Mesmo que a perícia o absolva, o contexto adquiriu tal complicação, a sociedade está ridicularizando de tal maneira o Senado, ele e nós todos, que passou do ponto', arrematou.

Simon enunciou seis erros que o senador Renan Calheiros teria cometido ao defender-se no Senado e o último deles foi exagerar na defesa: 'Seus aliados exageraram ao fazer a defesa, no afã de prestar serviço de vassalagem', disse o senador gaúcho, que pertence ao mesmo partido de Renan. Ele apontou a causa de tantos e sucessivos casos de corrupção envolvendo políticos: 'É por causa da impunidade, doutor.' Para ele, acabar com a impunidade é 'a primeira responsabilidade do Brasil'. Eis a entrevista:

A renúncia é inevitável ou basta Renan se afastar da presidência do Senado até que as investigações se definam?

Ele tem de renunciar à presidência. Fazendo isso, estaria praticando um gesto de grandeza. Mesmo que a perícia o absolva, o contexto adquiriu tal complicação, a sociedade está ridicularizando de tal maneira o Senado, ele e nós todos, que passou do ponto. A hora de renunciar é agora.

Quais foram os erros de Renan?

O primeiro erro foi não ter se licenciado da presidência do Senado. O segundo foi que não deveria ter escolhido um Conselho de Ética composto por pessoas da sua mais absoluta confiança, mas por pessoas com autonomia para conduzir as questões. O terceiro foi não querer, no começo, que o caso fosse para o Conselho de Ética. O quarto foi fazer seu pronunciamento de defesa sentado na cadeira de presidente do Senado. O quinto foi querer que o processo, mal chegado no conselho, fosse arquivado logo; depois, quiseram ouvir uma pessoa e arquivar; em seguida, os senadores podiam ver os papéis, mas não podiam investigar as empresas. Foi tudo muito restritivo. Tudo se transformou num desgaste desnecessário. Mas os fatos posteriores agravaram o caso inicial, que era singelo. O sexto erro foi que seus aliados exageraram ao fazer a defesa, no afã de prestar serviço de vassalagem. Aconteceu o que aconteceu.

Aquele espetáculo de segunda-feira no Conselho de Ética não foi muito edificante...

Foram os caras que eles botaram lá para 'garantir' o Conselho de Ética... Tinha de botar gente com mais independência, mais autonomia.

Por que o sr. não foi indicado para o conselho?

Porque desde que Ney Suassuna assumiu a liderança do PMDB (na legislatura passada) eu caí fora do Conselho de Ética e CPI. Não me botam mais.

O sr. é tão perigoso assim para ficar no Conselho de Ética?

Eu acho que eles pensam isso (risos). Acham que eu sou independente demais para ficar no Conselho de Ética. Eu aceitei com humildade, porque Suassuna, com seu espírito de modernidade, achou que eu estou superado, com meus 75 anos. Eu defendo umas teses que não são muito atuais - ética, moral, essas coisas do passado. Para o Suassuna, tudo isso é coisa superada...

O sr. consegue explicar por que os políticos se metem em tantos rolos?

É por causa da impunidade, doutor. Veja o exemplo das crianças na escola: se a professora não chama a atenção, não pune, vira uma anarquia. Esse aprendizado começa lá na primeira infância. Vira anarquia. Ontem li que em 40 anos o Supremo (Tribunal Federal) não puniu um político. A gente vê a Polícia Federal: 'Denunciados tantos, mais tantos e outros tantos'. Vai dar tudo em nada! A primeira responsabilidade do Brasil é acabar com a impunidade. Na Itália, dois ex-primeiros-ministros foram para a cadeia. Lá, como se vê, o negócio muda de figura. No Japão, há três semanas, um ministro se matou porque ia ser processado. Aqui não acontece nada.

À vista do espetáculo encenado no Conselho de Ética, o que o sr. espera do julgamento de Renan?

Olha, normal esse pessoal que está lá vai absolver. Mas se eles sentirem que está havendo uma cobrança da sociedade, vão pensar duas vezes. Por outro lado, se Renan renunciar, ele passa a ter chance de ser absolvido, porque vai ser julgado como um senador qualquer. Eu nunca vi um caso como esse. Todo mundo está do lado dele, gosta dele. Mas se ele insistir em ficar na presidência do Senado, a absolvição fica difícil.

O sr. põe a mão no fogo por Renan, confia nele ou já começa a desconfiar?

A coisa é muito complicada, né, tchê? Se Jesus, que é Jesus, veio para a Terra e escolheu para ministro da Fazenda um gato - gato e traidor, roubava dinheiro e ainda traía Jesus. Se Judas traiu Jesus, não se pode botar a mão no fogo por ninguém. Eu tenho Renan como um cara respeitável. Mas que ele agiu equivocadamente nesse caso, eu não tenho nenhuma dúvida.

Pedro Simon: Senador do PMDB do Rio Grande do Sul

Quem é: Pedro Simon

Elegeu-se vereador (1960), deputado estadual (1962 a 1977), e senador por quatro mandatos (1978, 1990, 1998 e 2006). Foi do PTB, do MDB e do PMDB Elegeu-se governador do Rio Grande do Sul em 1986.

Renan insiste e instituição é que paga




Ou cai o senador, ou 'cai a Casa'

Depois do vexaminoso espetáculo proporcionado na segunda-feira pela tropa de choque do presidente do Senado, Renan Calheiros, no Conselho de Ética - e da avalanche de notícias que reduziram a pele e ossos a sua versão pastoril para a origem da pecúnia com que teria pago os seus débitos extraconjugais -, duas certezas ficaram claras. A primeira é que o Conselho já não tem como absolvê-lo, dando por findos hoje mesmo os trâmites do simulacro de processo aberto contra ele, a contragosto, por quebra de decoro parlamentar. A segunda é que o réu - cujos pares em momento algum tiveram a compostura de tratar como tal - perdeu por inteiro as condições morais e políticas para permanecer na direção do Senado.

Do contrário - permita-se o jogo de palavras - a Casa cairá estrepitosamente perante a opinião pública, completando o mais recente ciclo de desmoralização do Congresso Nacional, inaugurado com o mensalão, agravado pela Pizzaria Plenário e replicado no escândalo dos sanguessugas igualmente impunes. Até aqueles aliados de Calheiros, que podem ser o que se queira menos surdos à voz das ruas, perceberam que o clima de desgosto provocado pela revelação de que o lobista de uma empreiteira pagava em dinheiro vivo os compromissos do senador com a sua ex-amante se metamorfoseou em repulsa generalizada à operação-abafa posta em marcha sob o seu comando pessoal para inocentá-lo a qualquer preço.

O povo viu pela televisão o político alagoano - do alto da Mesa do Senado - tentar reduzir a questão de alçada íntima, o que é desde sempre uma séria suspeita de promiscuidade, entre o presidente do Congresso e Cláudio Gontijo, o agente de uma empresa de construção pesada que, precisamente por isso, vive de fazer negócios com o poder público. A sociedade viu também, na mesma ocasião, a fragilidade das evidências que ele exibiu para assegurar que pagara do próprio bolso, embora por interposta pessoa, os valores destinados à mãe da filha cuja paternidade havia assumido. Os brasileiros viram depois o senador apresentar documentos que ele dissera não existirem.

Viram em seguida o corregedor do Senado, Romeu Tuma, anunciar o desejo de absolver Calheiros e a movimentação do Conselho de Ética - sob a presidência do petista Sibá Machado, que virou senador porque a titular, Marina Silva, se tornou ministra - de liquidar a fatura em tempo recorde. Viram, mais ainda, a intenção do relator Epitácio Cafeteira de arquivar sumariamente o inquérito, tão acintosa que o obediente Sibá foi instruído a não aceitar. Viram, sobretudo, o Jornal Nacional comprovar serem de fachada as supostas empresas compradoras das providenciais reses do excepcionalmente operoso pecuarista de Murici - o “rei do gado”, como logo ficou conhecido.

Por fim, o País viu sair pela culatra o tiro que os homens de Calheiros no Conselho arquitetaram para impingir a fábula de que, nesse aranzel todo, ele era vítima de uma tentativa de chantagem. Não contavam com a recusa do advogado Pedro Calmon Filho, patrono da ex-amante do senador, de fazer a parte que lhe competiria na armação, muito menos que fosse denunciá-la com palavras contundentes: “Entendi por que me chamaram. É mais uma cortina de fumaça para encobrir o caso.” Ao mesmo tempo, divulgou-se que a própria perícia ligeira da Polícia Federal nos papéis que atestariam a lisura dos negócios pecuários do senador apurou que as datas das transações não batiam com as dos créditos nas suas contas bancárias.

Afundando-o cada vez mais, a imprensa descobriu significativas omissões nas suas declarações de Imposto de Renda, significativos lucros declarados com criação de gado, acima da média nacional, e significativos saltos patrimoniais - a compra de três fazendas e a formação de um rebanho de mais de mil cabeças em meros dois anos. Tudo leva a supor que, se de fato provinham de Calheiros os valores dos quais o seu amigo lobista seria mero repassador, se tratava de “recursos não contabilizados”, no imorredouro eufemismo delubiano para caixa 2. A esta altura, excluída por irrealista a hipótese de cassação do senador - e por suicida a da sua absolvição -, um desfecho passável para o escândalo seria ele renunciar à presidência da Casa e o Conselho aplicar-lhe pena de advertência ou censura.

Artigo para reflexão sobre a reforma política




A Reforma Política na Opinião Pública
Marcos Coimbra

Sociólogo e presidente do instituto vox populi
marcos.coimbra@correioweb.com.br

Depois de tudo que aconteceu nos dois últimos anos, a idéia de que uma reforma política é indispensável para evitar a repetição de problemas como o mensalão foi se tornando uma unanimidade

Uma boa maneira de discutir a reforma política é começar pela consideração do que o distinto público pensa sobre ela. Não é a única forma, mas é bem melhor que ignorar quem deveria ser, em última instância, o mais ouvido.

Preliminarmente, é bom lembrar que é um assunto que interessa à maioria da população. Ao contrário da imagem convencional, ainda muito difundida, de que temas desse tipo são complicados demais para nosso povo, todas as pesquisas de opinião mostram que ele faz parte da agenda das pessoas comuns. Também pudera, depois de tudo que aconteceu nos dois últimos anos, a idéia de que uma reforma política é indispensável para evitar a repetição de problemas como o mensalão foi se tornando uma unanimidade. Hoje, é salutar a constatação que o sentimento popular é amplamente favorável a ela: na última pesquisa da Vox Populi sobre o assunto, 63% dos entrevistados disseram que ela era “necessária e urgente” e 17% que era “necessária”, contra apenas 9% que afirmaram que não era nem uma coisa, nem outra.

Há, nas propostas de reforma, coisas que a população claramente aprova, coisas que ela desaprova com igual clareza e coisas sobre as quais não tem opinião, por desconhecimento.

Das primeiras, uma que tem apoio popular é a fidelidade partidária. O eleitor típico não vota nos partidos, mas nos candidatos, procurando identificar aquele que mais merece seu voto. Pode fazê-lo baseado nas suas opiniões pessoais ou ouvir a recomendação de alguém, mas é, quase sempre, na pessoa em que vota.

Apesar disso, o espetáculo do chamado troca-troca partidário tem total rejeição. A frase que diz que “políticos trocam de partido, como quem troca de camisa” é ouvida no país inteiro e serve de metáfora para toda a falta de coerência e de compromissos típica de muitos políticos, em todos os níveis. Pular de um partido para outro seria, portanto, apenas uma evidência de quão pouco obrigado se sente o eleito pelo que disse ou fez em sua campanha. Disciplinar, coibir, limitar, tornar menos fácil o troca-troca, tem amplo apoio da população: 56% disseram aprovar a fidelidade, na pesquisa.

O mesmo valeria para qualquer proposta que aumentasse o controle social dos mandatos, mesmo que esse seja um dos temas que menos interessam aos políticos profissionais. Embora ausente das discussões correntes, inovações capazes de provocá-lo teriam apoio largamente majoritário.

Dentre as mudanças institucionais que ocorreram nos últimos anos, há uma que tem clara maioria a seu favor, mas que, ainda assim, continua na berlinda. Trata-se da reeleição, que quase ninguém quer mudar, a não ser, por razões pouco claras, os mesmos políticos que a criaram outro dia.

Há, também, uma mudança que tinha apoio significativo, parecia que ia acontecer e foi interrompida por ato do Judiciário, contrariando um desejo que tudo indicava ser quase consensual. A cláusula de barreira vinha corrigir uma distorção que a população enxerga em nosso sistema político, a proliferação de partidos que infesta o ambiente e provoca diversos problemas, como o próprio troca-troca. Foi adiada por alguns anos.

O rol das coisas que a população não aprova, dentre as que estão sendo discutidas na reforma, é grande. Uma delas é o financiamento público das campanhas, que a maioria imagina ser apenas uma forma de aumentar os gastos nas eleições, sugando recursos escassos e assim os desviando de aplicações mais nobres. Por isso, 60% dos entrevistados se disseram contra. Outras, são formas que diminuem a autonomia e a autoridade do eleitor sobre o processo de escolha dos eleitos, como, por exemplo, o voto de lista.

Voto distrital, sistemas híbridos de votação, coisas mais esotéricas, não têm apoio ou reprovação por ausência de informações a respeito. No dia em que alguém achar que vale a pena informar o eleitor, ele certamente terá o que dizer. Interesse não lhe falta.

Eis o placar contra e a favor de Renan


Disputa acirrada no conselho
Luiz Carlos Azedo

QUEBRA DE DECORO
Se votação do processo contra Renan for feita hoje, o presidente do Senado só tem garantido o apoio de cinco colegas. A estratégia é investir no grupo dos indecisos, que conta com quatro senadores

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), ainda não desistiu de pôr um ponto final, ainda nesta semana, ao processo aberto contra ele pelo PSol, no Conselho de Ética da Casa, por quebra do decoro parlamentar. Porém, está muito enfraquecido e conta somente com cinco votos incondicionais no colegiado. Os demais integrantes não estão satisfeitos com os esclarecimentos que Calheiros prestou até agora e querem adiar a decisão mais uma vez. O conselho é composto por 15 integrantes. Sibá Machado, presidente do conselho, só vota se houver empate.

Calheiros já está enfrentando problemas na bancada do PMDB, onde o senador Pedro Simon (RS) defende abertamente a renúncia de Calheiros do cargo para evitar mais desgastes da imagem do Senado. Este é o menor dos problemas do presidente do Senado no plenário da comissão, embora aumente o desgaste de Calheiros perante a opinião pública. Os quatro senadores titulares de seu partido votariam pelo arquivamento do processo em qualquer circunstância. São eles Wellington Salgado (MG), Valter Pereira (MS), Gilvam Borges (AP) e Leomar Quintanilha (TO).

Salgado vem defendendo o arquivamento do processo por quebra de decoro desde a semana passada, com qualquer escore de votação. “Sou pela aprovação do relatório de Cafeteira”, sustenta o suplente do ministro das Comunicações, Hélio Costa. O senador até hoje não se conforma com o fato de o assunto não ter se decidido na reunião do Conselho de Ética de sexta-feira passada.

Risco
O maior problema de Renan, no momento, é com a bancada aliada do bloco PT-PSB-PTB. Peça-chave no esquema de defesa do presidente da Casa, o senador Epitácio Cafeteira (PTB-MA), que tem 82 anos, passou mal no domingo e se licenciou do cargo. Sibá Machado (PT-AC) assumiu interinamente o cargo, mas corre o risco de comprometer seu papel de presidente, caso opere ostensivamente pelo arquivamento. É considerado um voto certo de Renan, em caso de empate na votação do conselho.

O problema é que os outros representantes do bloco no conselho não são votos de cabresto, estão exigindo esclarecimentos cabais para arquivar o processo. Na semana passada, se discutia entre seus integrantes a forma como poderiam atuar para salvar o peemedebista. Agora, a discussão é como preservar Sibá e Ideli Salvatti (PT-SC), líder do PT, do desgaste político que estão sofrendo em função do apoio a Renan.

Augusto Botelho (PT-RR) já avisou que votará contra o arquivamento imediato se não forem dados esclarecimentos suficientes, mas pode ser substituído pelo suplente João Pedro (PT-AM). O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) é um franco-atirador e vem exigindo a presença do presidente do Senado no conselho para dar esclarecimentos, não se satisfaz com o relatório de Cafeteira, nem com a perícia dos técnicos do Senado e da Polícia Federal. Renato Casagrande (PSB-ES) também só vota pelo arquivamento se tudo for esclarecido de forma cabal. Mas também pode ser substituído pela líder do PT, Ideli Salvati (SC), que é sua suplente.

Boa vontade
Na oposição, a situação também mudou. Hoje, pela manhã, os quatro senadores do PSDB farão uma reunião para discutir o posicionamento do partido no Conselho de Ética. Marconi Perillo (GO) e Marisa Serrano (MS), titulares do conselho, vêm defendendo o aprofundamento das investigações. O líder do PSDB, Arthur Virgílio (AM), que é amigo de Renan, não esconde mais o desconforto com a situação, apesar da boa vontade para com o presidente do Senado.

Ontem, da tribuna, já cobrava um relatório definitivo e completo de parte da Polícia Federal. Sérgio Guerra (PE), que é pecuarista, não esconde o espanto com os índices de produtividade e rentabilidade das fazendas de Renan. Virgílio e Guerra são suplentes, mas há um pacto de decisão conjunta entre os quatro senadores tucanos e Virgílio está se isolando.

No DEM, com exceção do corregedor Romeu Tuma (SP), a posição da bancada é cada vez mais favorável à continuidade das investigações. O senador Demóstenes Torres (DEM-GO), que é promotor público, avisou que vai pedir vista do novo relatório e impedir o arquivamento.

Heráclito Fortes (PI) e Adelmir Santana (DF) tendem a acompanhar o voto de Demóstenes ou se abster da votação, caso o grupo de Renan insista em votar pelo arquivamento sem concluir as investigações. Jefferson Perés (PDT-AM) defende o aprofundamento das apurações e o afastamento do peemedebista da Presidência do Senado até que tudo se esclareça.

Renan e o fio da navalha

Senado já discute sucessão

Sérgio Pardellas
Jornal do Brasil
20/6/2007

O Senado já discute nos bastidores a sucessão do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), protagonista de uma crise política que ganha corpo a cada dia. Embora não admitam em público, líderes de partido consideram que Renan está com os dias contados no comando do Congresso. Por isso, articulam o lançamento de nomes para substitui-lo. O assunto ainda é tratado com cautela, pois depende do desenlace do processo no Conselho de Ética da Casa. Ou da renuncia de Renan à presidência.

Mas os quatro maiores partidos - PMDB, DEM, PSDB e PT - nem pensam em ficar de fora de eventual disputa pela sucessão do peemedebista. No próprio PMDB, nomes já começam a ser ventilados. Hoje, o mais forte é o da senadora Roseana Sarney (PMDB-MA), que é líder do governo no Congresso e teria o aval do Palácio do Planalto. O pai de Roseana, senador José Sarney (PMDB-AP), também é considerado um candidato natural.

Há ainda os que defendem uma saída "ética" - no caso, o senador Pedro Simon (PMDB-RS), que ontem defendeu a renúncia de Renan da presidência.

O Renan fará um gesto de profunda grandeza se renunciar à presidência do Senado - disse Simon. - Não podemos deixar o Senado sangrando.

O apelo, que ganhou adeptos na Casa, não foi capaz de demover Renan da intenção de permanecer no comando do Senado.

Não saio. Estou tranqüilo. Sofro pressão só da imprensa - replicou.

Em tese, o PMDB - dono da maior bancada, com 20 cadeiras - teria a prerrogativa de indicar o sucessor de Renan. O DEM, no entanto, que concorreu à presidência da Casa no início do ano com o líder José Agripino Maia (RN), também aspira ao cargo. Não à toa, desde a última semana os senadores do partido endureceram o discurso contra Renan. A estratégia, que consistiria em fragilizá-lo até tornar sua situação insustentável, chegou a ser discutida em reunião, há 10 dias, no gabinete da liderança do partido no Senado.

Primeira opção do DEM para suceder Renan, Agripino foi o primeiro senador a pedir publicamente a renúncia do peemedebista da presidência.

Não tem mais clima para a permanência de Renan - reiterou Agripino ontem.

Os tucanos evitam falar em nomes. Mas, intramuros, descartam apoiar a candidatura do senador José Sarney ou de Roseana. Devido à proximidade com o Palácio do Planalto, ambos seriam incapazes de equilibrar as opiniões na Casa, segundo o PSDB. O partido também vê na saída de Renan a oportunidade de comandar o Senado às vésperas das eleições municipais. A cadeira de presidente da Casa ainda seria importante porque os tucanos têm ambições de alcançar a Presidência da República em 2010.

Ao contrário do DEM, a estratégia do PSDB é recolher as armas. Nada de assumir a linha de frente dos ataques ao peemedebista. Certos de que Renan será peça-chave da própria sucessão, os tucanos comemoram o fato de o DEM liderar o movimento "Fora Renan". O PT também tem seu candidato natural. É o vice-presidente da Casa, senador Tião Viana (PT-AC), que, na hipótese de renúncia de Renan ou de cassação por quebra de decoro parlamentar, assumiria mandato-tampão até que sejam convocadas novas eleições.

Para petistas, seria a oportunidade de comandar ao mesmo tempo a Câmara e o Senado. Os mais comedidos, no entanto, reconhecem que o excesso de poder nas mãos do partido poderia ser prejudicial ao governo, ao gerar reação dos demais integrantes da coalizão governista.

A volta do tormento

É incrível, mas, entra mês, abre CPI, sai mês, e o governo federal não resolve o problema do apagão aéreo no país às vésperas das férias escolares.

Motim no Cindacta 1 pára vôos


Jornal do Brasil
20/6/2007

Uma operação-padrão iniciada no fim da tarde pelos controladores de vôo do Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta-1), em Brasília, paralisou ontem a maior parte do tráfego aéreo no país. Vôos para as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, começaram a atrasar desde as 16h30 e, no Rio, o Aeroporto Tom Jobim suspendeu todas as decolagens. Em Congonhas, às 20h, nenhuma aeronave podia decolar. Por volta de 21h, a Aeronáutica informou que os operadores haviam concordado em retomar a operação em nível normal.

A cúpula da FAB considerou a greve branca dos controladores de vôo "uma atitude muito grave" e ontem mesmo iniciou uma investigação interna que pode resultar em novas punições. Para fontes da força, a operação-padrão assemelha-se a um motim e seria uma espécie de revide dos controladores à prorrogação do Inquérito Policial Militar (IPM) que foi instaurado há dois meses para a apurar responsabilidades do caos instalado nos aeroportos do país.

Se a área técnica comprovar que não há problemas nos consoles, como alegam os controladores, vamos fazer novas investigações - declarou um oficial.

Fontes do governo também suspeitavam que o motivo da operação-padrão teria sido reajuste de até 140% para os cargos em comissão (DAS) anunciado na quarta-feira pelo Palácio do Planalto. Desde o fim do ano passado os controladores demandam aumentos salariais e melhorias nas condições de trabalho, além do direito de pertencer a uma carreira civil. O reajuste concedido aos DAS beneficiará 21.563 servidores públicos e custará R$ 277 milhões aos cofres públicos neste ano.

Desde a tarde de ontem, os controladores passaram a reclamar da "falta de nitidez dos consoles", que na prática seria a falta de foco das telas dos computadores do Cindacta 1. Segundo fontes da Aeronáutica, a estratégia dos controladores é criar um desencontro de informações para confundir as autoridades. Cada vez que o turno mudava, os operadores que assumiam os postos voltavam a alegar o mesmo problema nas telas.

De acordo com a fonte, o problema alegado não é comum no Cindacta 1.

Há a suspeita de que esses problemas não estão acontecendo e que eles estão criando caso - comenta o militar.

O presidente da Infraero, tenente-brigadeiro José Carlos Pereira, lamentou o que chamou de "falha" no Cindacta 1.

Não sei qual foi o problema. Aguardamos um comunicado da Aeronáutica. Agora, cabe à Infraero lidar com os passageiros furiosos - disse o presidente da estatal, que administra os aeroportos.

Oficialmente, até os controladores garantiam que o problema era com o Cindacta 1. O presidente da Associação dos Controladores de Tráfego Aéreo do Rio de Janeiro, Jorge Nunes de Oliveira, disse que o caos era causado pelo aumento do tráfego aéreo.

Pelo que me informei, o problema era no radar de Brasília - disse Nunes de Oliveira.



O Unger do hungry

Mangabeira troca acusações por elogio

Riomar Trindade
Correio Braziliense
20/6/2007

Um ano e meio depois de classificar o governo Lula como o mais corrupto da história do Brasil, filósofo assume cargo exaltando a “magnanimidade” do presidente e provocando uma demissão no Palácio


Confiante e prometendo dar “braços e asas ao dinamismo reprimido da Nação”, o filósofo Roberto Mangabeira Unger, 60 anos, assumiu ontem a Secretaria de Planejamento de Longo Prazo da Presidência da República, deixando no rastro de sua nomeação muita polêmica e o pedido de demissão do coronel Oswaldo Oliva Neto, que ocupava o cargo de secretário-geral do Núcleo de Assuntos Estratégicos (NAE), agora sob o guarda-chuva da nova secretaria. Sócio fundador do PRB e afilhado político do vice-presidente da República, José Alencar, o professor de direito da Universidade de Harvard (EUA) tocará essa espécie de “ministério do futuro” com o foco na adoção de políticas públicas de desenvolvimento sustentável. Ainda ao longo desta semana, a secretaria de Mangabeira ganhará o reforço do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), transferência que causou insatisfação ao ministro do Planejamento, Paulo Bernardo.

Na opinião de Mangabeira, o Brasil agora pode ficar em pé, por força, segundo ele, de duas circunstâncias: a primeira é que o país não está mais de joelhos diante do dinheiro de fora e pode caminhar com suas próprias pernas e, a segunda circunstância, é que na eleição presidencial passada o povo pobre e o trabalhador não deixou que lhe formassem o juízo e, ao rejeitar tutelas, reconciliou-se consigo mesmo. “Do encontro dessas duas circunstâncias resulta o momento mágico na história do nosso país”, afirmou. Ele identificou o surgimento de uma “nova vanguarda, vinda de baixo, de emergentes e trabalhadores”. Na sua visão, essa parcela da sociedade, embora espoliada de acesso ao trabalho e ao conhecimento, “constrói nova cultura de auto ajuda e iniciativa”.

Carioca, filho de pai norte-americano e mãe brasileira, Mangabeira defendeu uma nova ordem política e econômica que assegure a primazia dos interesses do trabalho e da produção. Ele salientou que o Brasil tem idéia clara a respeito do futuro, faltando apenas “confiança em nossa própria originalidade coletiva”. Disse que a tarefa para qual foi convocado é a de ajudar a engajar todos os setores do governo e da sociedade na definição do rumo nacional. “Senhor presidente, ao convocar-me para esta tarefa o senhor demonstrou magnanimidade. Critiquei com veemência e combati com ardor seu primeiro governo. A magnanimidade tem duas raízes: grandeza interior e preocupação com o futuro”, desculpou-se Mangabeira das ácidas críticas feitas ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Em artigo publicado em novembro de 2005, na Folha de S.Paulo, Mangabeira escreveu: “Afirmo que o governo Lula é o mais corrupto de nossa história nacional. Corrupção tanto mais nefasta por servir à compra de congressistas, à politização da Polícia Federal e das agências reguladoras, ao achincalhamento dos partidos políticos e à tentativa de dobrar qualquer instituição do Estado capaz de se contrapor a seus desmandos.”

Ontem, Lula esqueceu as críticas do agora ministro, elogiou o filósofo e preferiu apostar no futuro. Sugeriu a Mangabeira, como já havia feito ao coronel Oliva, pensar em longo prazo tendo em mente 7 de setembro de 2022, data do bicentenário da Independência. Na opinião do chefe do Executivo, o governo, o Congresso e a sociedade precisam pensar o Brasil para daqui a 20 anos, 30 anos, pensar um Brasil possível de construir. “É por isso, meu caro Mangabeira, que você está guindado a fazer parte deste governo. É colocar sua inteligência a serviço de outras inteligências. A tua função é despertar um pouco uma parcela da sociedade que está adormecida nas universidades, na academia. Mas também fazer a boa provocação àqueles que nós chamamos de deserdados, que ainda não tiveram a oportunidade de conquistar sua cidadania”, disse Lula.

Memória
Pressão para retirar convite

A escolha de Roberto Mangabeira Unger para ocupar a Secretaria de Planejamento de Longo Prazo, com status de ministro, no segundo governo petista, feita em abril pelo presidente Lula, nunca foi unanimidade no Palácio do Planalto. Muito pelo contrário, durante o longo período de espera até sua posse, interlocutores graduados do chefe do Executivo tentaram dissuadi-lo a retirar o convite.

Primeiro, Lula demonstrou insatisfação ao saber que o filósofo havia ingressado com uma ação na Justiça dos Estados Unidos contra a Brasil Telecom, empresa da qual é trustee, uma espécie de consultor para resolver um problema definido. Mangabeira cobrava honorários da BrT na Justiça, mas a empresa nega o débito.

Mais recentemente, em 23 de maio deste ano, o professor de direito de Harvard enviou uma carta a um juiz de Massachussetts manifestando o desejo de continuar como trustee da Brasil Telecom. Nessa carta, Mangabeira insinua que sua presença no governo federal e o tempo que passará no Brasil, além de suas viagens freqüentes aos Estados Unidos – seus filhos ainda estudam lá – poderia “ecoar em benefício do Trust”. A Brasil Telecom tem entre seus principais acionistas os fundos de pensão estatais Previ (Banco do Brasil), Funcef (Caixa Econômica FederaL) e Petros (Petrobrás).

Do ponto de vista político, Mangabeira foi partidário do falecido ex-governador Leonel Brizola (PDT), participou da campanha presidencial do atual deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE) em 2002 e apoiou a campanha de Ciro no ano passado. O professor de direito de Harvard é o segundo político ligado a Ciro Goomes a ganhar cargo no Palácio do Planalto. O primeiro foi o ministro de Relações Institucionais, Walfrido Mares Guia (PTB-MG).

Sócio fundador, vice-presidente e principal ideólogo do PRB, Roberto Mangabeira Unger tem dois padrinhos políticos fortes: o vice-presidente José Alencar (PRB-MG) e o senador Marcelo Crivella (PRB-RJ), este também com trânsito livre no Planalto. O PRB é o braço político da Igreja Universal do Reino de Deus, de Crivella. (RT).

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