Passarinho: O censor

É uma vergonha a censura imposta pelo Deputado Joaquim Passarinho, do Pê Tê Bê paraense aos comentários postados em seu blog. O poster já viu essa palhaçada em outras épocas e patrocinada pelas mesmas aves.

O jornalista João Carlos Rodrigues, um dos editores do jornal Opinião desabafou em seu blog Sul do Pará a sua indgnação.

Comentário censurado

Esperei até agora para ver se o deputado Joaquim Passarinho publicaria os comentários em seu blog, colocado no ar com o único objetivo de combater a criação dos Estados de Carajás e Tapajós. Como nada aconteceu, publico aqui o comentário que fiz por lá na segunda-feira, 2-9-07, e que até agora foi censurado pelo blogueiro Passarinho, que se recusa a debater de peito aberto a divisão do Pará:


"Senhor deputado,

Compartilhamos do seu sentimento de respeito por todos os paraenses e por aqueles que vieram para este Estado, ajudando a construir o seu desenvolvimento no decorrer das últimas décadas.

Acreditamos, até, nas boas intenções do nobre parlamentar de querer ver o Pará unido em torno de um projeto comum de crescimento e de melhores condições de vida para todos. Porém, não podemos comungar da idéia de que essa distribuição das riquezas e dos investimentos estatais se dará por todo o Estado, senhor deputado, porque isto vem sendo prometido desde que o Pará é Estado (ou seja, há 400 anos), sem nunca se concretizar.

Caro deputado Passarinho, sei que o senhor, ao contrário da maioria dos militantes contra a reestruturação territorial do Pará, conhece bem o sul e o sudeste do Estado, já que me lembro bem de suas andanças por aqui quando participava da coordenação da campanha do seu tio Jarbas Passarinho ao governo do Estado, em 1994. Não sei se o senhor tem andado por aqui nos últimos 13 anos, mas quero informá-lo que desde aquela época muita coisa mudou. E mudou para pior, deputado: as estradas se deterioraram, passando de vez em quando por tapa-buracos insuficientes para resolver o problema; a segurança pública não existe; a Cosanpa não conseguiu ampliar seu atendimento para um município sequer nos últimos 20 anos e onde atende, o faz muito mal.

Aliás, deputado Passarinho, quem mora em 35 dos 38 municípios do sul e sudeste do Pará não sabe que a Cosanpa existe. Já quem mora em Marabá (como eu), Conceição do Araguaia e São Félix do Xingu sabe da existência da companhia exatamente pelo péssimo serviço prestado por ela.

Aqui em Marabá, a Cosanpa atende (?) 30% das residências, sendo que em algumas áreas (a maioria) a população fica sem água por dias e semanas até. Eu mesmo acabei de mudar de residência porque não suportei mais contar com a água da Cosanpa de dois em dois dias, ou somente às madrugadas, como aconteceu nos últimos dois anos.

Ainda acerca do assunto, nobre deputado, é por essa completa ausência do governo paraense que a Saneatins, a empresa de Saneamento do Tocantins, já está adentrando ao território paraense, tendo já implantado sistema de abastecimento de água em São Geraldo do Araguaia, onde já fez funcionar também sistema de esgoto domiciliar, inclusive com estação de tratamento dos resíduos.

A mesma Saneatins está na briga para abocanhar os serviços de água e esgoto em Xinguara, Tucumã, Curionópolis e, agora, Eldorado do Carajás. E vai abocanhar. Sabe por que, deputado? Porque a nossa Cosanpa, muito mal gerenciada pelo governo do Pará, está quebrada e não consegue fazer os investimentos necessários para atender a população.

Não sei se a imprensa da capital tem atualizado os números da violência no sudeste do Pará ou se o senhor, como representante dos 143 municípios paraenses na Assembléia Legislativa, tem mecanismos para se informar do que anda acontecendo por aqui, caro deputado Passarinho. Mas, caso o senhor não saiba, o IML de Marabá já necropsiou 500 corpos somente este ano, vítimas da violência e da falta de governo. Os assaltos acontecem às dezenas diariamente, e não é somente pelas madrugadas. A bandidagem, ciente da incapacidade da polícia em combatê-la, prefere assaltar à luz do dia, às vezes ferindo e até matando suas vítimas em praça pública. O cenário, caro deputado Passarinho, é de caos absoluto com uma população acuada pelos marginais e uma polícia que não recebe o devido apoio governamental para agir. Isso, deputado, pode ser inclusive tema para um discurso seu na tribuna da Assembléia Legislativa, já que o senhor se mostra tão generosamente preocupado em manter a unidade do Pará. Respeitosamente, acho que o mínimo que o senhor pode fazer é começar a levantar seus olhos além das fronteiras da Região Metropolitana de Belém, lembrando-se que aqui nos rincões do interior existem vidas sendo ceifadas, existem seres humanos clamando por atenção de seus representantes no Parlamento e no Executivo.

Gostaria de convidá-lo, deputado Passarinho, para visitar as escolas estaduais em Marabá e ver de perto as condições em que estão sendo formadas as cabeças que terão sobre si a responsabilidade de conduzir este Estado no futuro. Alunos do ensino médio, há muito, estão estudando sem professores de determinadas disciplinas por meses ou anos a fio. É isso mesmo!!! São "preparados" para o vestibular sem ver boa parte das matérias obrigatórias porque o governo, tão rápido em combater a divisão do Estado, anda a passos de tartaruga quando se trata de realizar concurso público para suprir as vagas de professores de matérias fundamentais, como Química, Matemática, Biologia e outras.


Enfim, caro deputado Joaquim Passarinho, se for enumerar todos os problemas graves que afligem a população do sul e sudeste do Pará, vou ficar aqui o dia inteiro tomando o seu tempo, que sei muito precioso para ser ocupado por um simples caboclo do interior do Pará.

Para terminar, lembro que o anseio emancipacionista não nasceu do nada, como um simples capricho de quem não mais quer fazer parte do Pará. A febre pela divisão vem de uma doença crônica chamada abandono, deputado. E essa doença só é curada com investimentos concretos que resolvam as misérias que atacam nossa população.

Fico com o vereador Miguelito, paraense, presidente da Câmara Municipal de Marabá, que diz que o movimento pela criação de Carajás só pode ser enfrentado com uma atitude: tragam R$ 1,5 bilhão e invistam em estradas, saúde, educação, segurança, infra-estrutura urbana, saneamento, etc. Agora, com plenárias, seminários e discursos vazios, o governo e todos os que combatem a idéia da reestruturação territorial do Pará estão perdendo o seu tempo. Quando não fortalecendo ainda mais a luta pela divisão.

Um forte abraço,

João Carlos Rodrigues
Marabá - Pará"

P.S deste blog.: Talvez por isso o nobre deputado alado esteja pegando um pisa com galho de goiaba verde na enquete de seu blog. Único sinal de vida que por lá opera.

Aprovação da CPMF sob risco

Está sob risco a tranquilidade da aprovação da prorrogação da CPMF.

Com Renan no Senado a oposição opera rapidamente para desgastar o governo.

O senador Marco Maciel (Democratas-PE) nomeou a senadora Kátia Abreu como relatora da CPMF no senado.

Todo o trabalho que o relator da matéria na Câmara, deputado Antonio Palocci (PT-SP) costurou para uma certa tranquilidade de sua aprovação naquela Casa, pode ir por água abaixo.

Nada impede que a senadora Kátia Abreu não jogue na lata do lixo o relatório de Palocci e apresente outro com emendas que permitam a divisão dos recursos da CPMF entre União, Estados e Municípios.

Se isso ocorrer, acabou a tranquilidade do presidente e seu segundo mandato se aproximará de um inferno.

Obstrução continuará

O PSOL, Democratas e PSDB confirmaram que continuarão em obstrução até o afastamento do presidente do senado Renan Calheiros (PMDB-AL).

O senador paraense José Nery (PSOL-PA) disse que o partido estuda se protocolará o 4º pedido de cassação por quebra de decoro parlamentar de Calheiros.

O 1º ele se safou, o 2º será a história da cervejaria, o 3º é a compra de rádios por laranjas e o 4º - se vingar - será o desvio de verbas públicas em Ministérios sob a influência do senador das Alagoas.

Nery disse ainda que a oposição e vários senadores da situação vão trabalhar para que o projeto de resolução que derruba o caráter de sessão secreta e o que o projeto de emenda constitucional (PEC) que acaba com o voto secreto, terá sua aprovação trabalhada até o julgamento das outras ações que correm no Conselho de Ética da Casa. Portanto, caríssimos é o mais do mesmo e o Senado está morto, não votará nada.

Plebiscito Já

O blog da Franssinete Florenzano informa que o deputado estadual Alexandre Von apresentou Projeto de Resolução que institui a Frente Parlamentar em Defesa do Plebiscito para a criação dos Estados do Tapajós e Carajás. Foi subscrito por 36 dos 41 deputados estaduais.

Renan leva o senado à sua morte política

Enquanto nós estamos trabalhando para criar com um mínimo de decência os nossos filhos, o Senado Federal acaba de absorver por 40 x 35 e 6 abstenções o senador Renan Calheiros.

O povo está revoltado. Veja as fotos.

República das Bananas

Apostas mobilizam cassino Brasil e o day after preocupa o Planalto. Clima de pugilato e vazamento de informações fazem o conjunto de vergonha em que o Senado da República das bananas se transformou. Um vergonha sem tamanho nunca antes visto.

Ministro recua e disse que foi mal entendido na história do etanol na Amazônia

O ministro da Agricultura Reinhold Stephanes disse a pouco em audiência pública na Comissão da Amazônia, Integração Nacional e Desenvolvimento Regional da Câmara dos Deputados que ele e o presidente Lula foram mal interpretados na questão do plantio de cana de açúcar na Amazônia. "Derrubar a floresta para plantar cana não. Trabalhar nas áreas já entropizadas pode", e fim de papo.

Josenir assume Diretoria-Executiva da Funasa

Publicado hoje no Diário Oficial da União a nomeção de Josenir Nascimento para a Diretoria- Executiva da Funasa em Brasília. É o segundo cargo em importância no organograma da autarquia.

O poster acaba de conversar com Josenir Nascimento que deseja ampliar a interação entre a Funasa e os municípios brasileiros com o apoio do presidente da Funasa Francisco Danilo Bastos Forte. "Será uma política de governo", explicou.

Nascimento acrescenta que como o estado do Pará reúne a maior população indígena do Brasil e o presidente da Funai, Marcio Meira também é paraense, o estado terá uma atenção especial para os graves problemas que afligem a comunidade indígena daquela região, já que a Funasa é a responsável constitucional de gerir as ações de saúde aos silvícolas.

Josenir Nascimento assume o cargo com 15 anos de serviços prestados a causa municipalista.

A Funasa tem destinado recursos da ordem de R$ 2,4 bilhões para o ano de 2008 no Orçamento Geral da União. Tem sob sua responsabilidade 9 mil convênios com Prefeituras de todo o Brasil. O técnico foi indicado pela Deputada Elcione Barbalho (PMDB-PA) com o aval do Deputado e presidente nacional do PMDB, o paulista Michel Temer.

Salvar Renan é adiar problemas

Leia aqui>> a análise de Ricardo Noblat sobre a sessão secreta de votação do pedido de cassação do senador Renan Calheiros.

Senado = Caixa preta

É essa a observação que corre solta nos Corredores.

Diferente da Câmara dos Deputados esse mistério sobre a sessão que difinirá o rumo do pescoço do senador Renan Calheiros (PMDB-AL) é visto com muitas críticas por aqui.

Esqueçe o Senado que pescoços rolaram a profusão em Praça Pública com os golpes certeiros da lâmina afiada da guilhotina na queda da Bastilha.

Governo puxa sardinha para sua brasa

Ipea diz que governo aplica mais onde perdeu eleição

Karla Correia

Gazeta Mercantil

Estudo aponta ainda que clientelismo predomina na liberação de recursos federais e estaduais. O governo federal dá mais dinheiro a municípios onde o presidente em exercício teve menor número de votos no pleito em que se elegeu. Já as cidades onde os candidatos eleitos obtiveram maior ganho eleitoral acabam recebendo proporcionalmente menor volume de verba em repasses da União. É o que diz levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgado ontem.

Segundo a pesquisa, os governadores, por sua vez, se comportam de maneira exatamente oposta. Eles injetam mais recursos naquelas cidades onde conquistaram votação mais expressiva e maior margem de diferença em relação ao segundo candidato mais votado. A influência do comportamento eleitoral das cidades no volume de investimentos que recebe dos governos estaduais e federal, sobretudo nas áreas de educação e saúde, sugere uma relação de clientelismo entre governadores e prefeituras, observa o relatório do instituto. "Os presidentes buscam a conquista de novos eleitorados", explica o pesquisador do Ipea, Ajax Moreira, um dos autores do estudo. "Os governadores, por sua vez, firmam seus laços com o eleitorado já garantido, o que é um forte indicativo da ocorrência de clientelismo", acrescenta Moreira. Nesse entendimento, paga-se o "favor do voto" com maior aporte de recursos.

O levantamento mostra ainda que quanto mais dependente o município for das transferências de verba da União ou da ajuda financeira dos governos estaduais, mais ineficiente é o gerenciamento desses recursos, observa o Ipea. O dinheiro que entra no caixa das prefeituras proveniente da arrecadação do próprio município é administrado com mais eficiência, diz o pesquisador. "A transferência entre entes de governo torna mais indireta a relação entre o público que paga os impostos e o que recebe o benefício correspondente. Esse fato, em princípio, gera menor controle social do gestor", diz o estudo do Ipea.

A reeleição do prefeito também não costuma trazer vantagens para sua cidade, revela a pesquisa. De acordo com Moreira, o segundo mandato de um prefeito vem, em geral, acompanhado de uma piora na oferta de serviços para a população.

A pesquisa aborda a eficiência do gasto público nos municípios, e considera essa eficácia como a relação entre os gastos de uma prefeitura e a melhoria na oferta de serviços à população. Nesse contexto, o estudo afirma que o inchaço no número de cidades no País - que saltou de 4.266, em 1990, para 5.567, hoje - piorou a qualidade da gestão das prefeituras. Quanto maior o desmembramento de municípios, pior a eficiência de seus gastos, afirma o Ipea.

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