Ele vai esquecer e pedir de novo

ENTREVISTA

ZÉ GERALDO

EM VEZ DE DIVIDIR, INVESTIR

Diário do Pará

O presidente estadual do PT, deputado federal Zé Geraldo, 45 anos, mete a colher com força no debate da possível divisão territorial do Pará. Ele afirma que não há consenso na bancada federal do Estado sobre o assunto, e repete o mantra do PT paraense desde as eleições: as regiões “separatistas” foram abandonadas, mas agora tudo será diferente.
Como o senhor avalia as propostas sobre a divisão territorial?

ZÉ GERALDO - Eu tenho feito uma análise de conjuntura por todo o Estado do Pará para debater este tema. Vou expressar a minha opinião. Isso não se resume a ser contra ou a favor. É muito mais amplo. Esta idéia (da divisão) não se consolidará nos próximos 10 a 12 anos, por questões conjunturais e de projeto de desenvolvimento.

Quais são?
ZÉ GERALDO – Primeiro: não existe um consenso político na bancada parlamentar paraense no Congresso Nacional, entre senadores e os 17 deputados. Fica difícil encaminhar a demanda no plenário do Congresso, inclusive, por conseqüência, a realização do plebiscito.

O que mais?
ZÉ GERALDO - O PT assumiu o poder no Pará há somente oito meses. Temos um projeto de desenvolvimento global e sustentável para todos, inclusive articulado com o governo federal. Realizamos, de forma participativa, 143 assembléias públicas e 12 plenárias regionais envolvendo milhares de cidadãos e autoridades do Pará, que definiram as demandas da população. A governadora deu posse ao Conselho Estadual de Planejamento Territorial Participativo e acaba de entregar o Plano Plurianual na Assembléia Legislativa, com os valores dos recursos que serão aplicados entre os anos 2008-2011. Além disso, temos o governo do presidente com grande aceitação popular e um plano de desenvolvimento para o Brasil, que está pautando o desenvolvimento e estimulando canteiros de obras pelo território nacional.

Mas, o problema é como fazer chegar os recursos nos municípios.
ZÉ GERALDO - O Pará viveu 12 anos de tucanato, recebemos um governo com déficit de caixa e eles nunca ouviram a população paraense como estamos fazendo. Como falar em divisão, num momento que temos aproximadamente R$ 30 bilhões do governo federal para serem aplicados em obras de infraestrutura em todas as regiões do Pará, através do PAC, além dos recursos do Tesouro estadual?

Esses investimentos debelam a onda separatista?
ZÉ GERALDO – Já começou a segunda frente de asfaltamento da Transamazônica, entre Medicilândia e Altamira. Investimento de R$ 100 milhões. Deste valor, a metade está empenhada. Isso facilitará o escoamento da produção, através do porto de Vitória do Xingu, para a capital paraense e para outros estados do Norte. Estes recursos beneficiam quem? Só o Oeste do Pará ou todo o Pará? Outro exemplo: o Marajó receberá aproximadamente R$ 10 milhões do Tesouro estadual, que levará energia para a região. Quem ganha com chegada da energia? Todos, e ajudará a melhorar o IDH do arquipélago, que é um dos mais baixos do estado. É fundamental olharmos a questão de médio, longo prazo e com responsabilidade política e social.

Então o separatismo é uma questão de governo?
ZÉ GERALDO - Ana Júlia já mostrou que o seu governo tem ações descentralizadas, para interiorizar as políticas públicas e fazê-las chegar até os cidadãos, como foi o exemplo do Marajó. A utilização do argumento das distâncias não se justifica, pois estamos invertendo as prioridades junto com a população. A conjuntura econômica e política brasileira não ajuda o argumento da divisão do Pará, principalmente pela capacidade política do presidente Lula de articular esta experiência histórica de um governo de coalizão que pense o Brasil como um todo. No Pará, temos poucos meses de governo e sabemos que a participação popular incomoda.

Comentário do blog: O de mais valioso nessa entrevista é como um político, por livre e espontânea vontade, se desmascara. Vale tudo pelo voto.

Esse rapaz mentiu aos eleitores do Carajás, mentiu aos eleitores do Tapajós e, cuidado, com esse precedente, pois ele torna-se muito confiável aos eleitores da sede da Capitania de Belém, sua nova investida.

Portanto, fiquem a vontade, ele é muito confiável. Os R$ 30 bi do PAC também. Perguntem ao TCU.

Ah! Os vídeos da campanha não mentem, exceto se foi utilizado um clone o que tenho em meu arquivo dos comícios que esse cidadão participou, ou será seu clone?

Reforma trabalhista

Imperdível artigo de Roberto Monteiro Pinho, colunista da Tribuna da Imprensa sobre reforma trabalhista.

Reforma trabalhista linear ou cortes na CLT?

Roberto Monteiro Pinho

A finalização do texto da reforma trabalhista em curso no Congresso está a cada passo mais distante de se concretizar, porque além das divergências dos segmentos que nele atuam, seu formato final depende prioritariamente da concordância insofismável dos trabalhadores, que representam a força de produção da nação, cuja mais valia é também a proteção dos seus direitos.

Ocorre que apesar do governo federal ter optado pelo fatiamento da reforma, e com isso pretende acabar com a CLT, os novos instrumentos aprovados, data maxima venia, são de forte tendência pró-empresarial, cujo capital, grande parte composto pelo apoio estatal (BNDES), capital volátil e pela exploração de mão-de-obra, principalmente nos setores (no interior do País) em que a atuação sindical se faz ausente ou está desorganizada.

Um dos ingredientes que torna a relação capital/trabalho estável é o do respeito às normas legais, que são monitoradas através dos delegados sindicais, Delegacias do Trabalho (DRTs), de fraca atuação, e a Justiça Especializada do Trabalho, as agremiações subsidiadas pela taxa sindical contribuitória e a compulsória, enquanto os outros três organismos são subsidiados pela União.

O fato é que a organização sindical forte se faz presente nos países desenvolvidos, notadamente entre os que lideram a economia na Comunidade Européia, França, Inglaterra, Alemanha, Espanha e Itália, além dos EUA e do Japão, cuja economia se estrutura no sindicalismo moderno, e nem por isso esses países sequer cogitam pelo fim da contribuição sindical da folha salarial.

Daí que é um equívoco, e desastrosa, "argumenta ex vano", a recente declaração do ministro do Trabalho, Carlos Lupi, que, afinado com o governo que o nomeou, prega o fim do imposto sindical, propondo substituí-lo por outro mecanismo, tido como usurpador e temerário pela classe trabalhadora. A declaração do ministro é tão incoerente que até o seu partido, PDT, data maxima venia, através do seu Movimento Sindical, defendeu durante seu congresso no mês de junho deste ano a manutenção do artigo 8° da Constituição Federal.

A reforma trabalhista não está sendo levada com seriedade política, seu formato não é linear e vem sofrendo intervenções de interesse capitalista, e por isso mesmo recua em alguns pontos, quando levados à aprovação, e recua, quando pressente a derrota, podendo voltar mais à frente com outro formato, ou seja, a fórmula e o conteúdo são o mesmo rótulo enganoso. Já a reforma da CLT, que é extremamente necessária, até mesmo para atualizá-la, agregar novos instrumentos de processualismo, não se discute, apenas se critica e deixa o governo Lula da Silva, sorrateiro, a perseguir seu intuito a favor do capital internacional.

Hiperestrutura que atrapalha

A grande verdade é que hoje existe muito bem formatado uma hiperestrutura para tratar da reforma, composto do Fórum Nacional do Trabalho (FNT), linha governista, Fórum Nacional Sindical (FNS), composto de sindicalistas, Congresso Nacional, Ministério do Trabalho e o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), e ainda engrossa o grupo a própria Justiça do Trabalho, através de seus magistrados representantes no CNJ e no FNT.

O Congresso Nacional, que é responsável pela aprovação das novas propostas, não tem sido coerente em suas decisões e retarda temas relevantes, como o da redução da jornada de trabalho de 44 para 36 horas, que já tem sinal verde das agremiações sindicais mas depende do sinal verde do governo federal. Espera-se que com a recente aprovação do governo venezuelano pela redução da jornada de trabalho para 36 horas a proposta brasileira saia do papel, até porque o Brasil está perdendo seu espaço no Mercosul, porque tem pífia atuação no bloco.

É fato que em alguns países a redução de jornada não teve a eficácia pretendida, como ocorreu na França de Mitterrand, fazendo com que o governo revisse a medida, já que o cerne da matéria que seria a redução do desemprego não ocorreu da forma prevista. Temos que lembrar que a reforma trabalhista é o conjunto do projeto, mas o cerne da questão é exatamente a revitalização ou modernização da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), que reúne 922 artigos, dos quais pelo menos 500 são desnecessários, inócuos, ultrapassados e superados pela modernidade e a globalização.

Há quem sustente (com razão), até porque "mellius est, sensum magis, quam verba ampleci", que a CLT, hoje, atrapalha mais do que ajuda no conjunto de iniciativas para gerar mais empregos, já que uma das suas principais cláusulas (artigos, como queiram), o que trata dos dissídios, e o próprio art. 618 são necessários, mas precisam ser revisados, no sentido não de flexibilizá-los, mas de adequá-los à realidade do novo enlace laboral da atualidade.

Data venia & Data venia...

JUSTIÇA TEM UM PROCESSO/ANO PARA CADA 10 BRASILEIROS - O primeiro diagnóstico geral do Poder Judiciário brasileiro realizado em 2003 revelou que naquele ano 17,3 milhões de processos deram entrada ou foram distribuídos pela Justiça em todo o País, o que significa um processo judicial/ano para cada 10 brasileiros.

No mesmo período, os 13.660 magistrados brasileiros julgaram 12,5 milhões de processos, com um índice de julgamento de 72% (medido pelo número de processos julgados/entrados). A taxa média de julgamento por magistrado brasileiro foi de 1.104 processos, ou seja, cada um julgou 92 processos por mês (4,6 por dia útil). Desse grupo, 18,7% são juízes trabalhistas, responsáveis por 2,3 milhões de ações trabalhistas.

O diagnóstico que revelou que integra o arquivo jurídico do Ministério da Justiça, sobre a Reforma do Judiciário, revelou ainda que o Judiciário é congestionado por ações de interesse dos governos federal, estaduais e municipais e de grandes corporações.

CURSO MERITUM APROVA 100% NO EXAME DE ORDEM - O curso Meritum, um dos mais conceituados do Rio de Janeiro, conseguiu aprovar 92% de seus alunos no último exame de Ordem no Rio de Janeiro, e 100% na cidade de Nova Iguaçu. O resultado do Méritum é surpreendente porque é o maior obtido até hoje nos exames de Ordem da OAB do Rio de Janeiro. O curso tem coordenação acadêmica do jurista Edegar Bernardes.

O BOM JUIZ DO STF - O ministro do STF Joaquim Barbosa, relator do processo que julga os crimes praticados pelos 40 acusados do mensalão, mostrou que para ser um bom juiz não depende da toga carreirista do concurso, ser do Quinto Constitucional, ou convocado, mas do talento e vocação salômonica para a profissão que abraçou e o respeito para com a Carta Magna. Sua exemplar atuação no Supremo Tribunal Federal é um descortinar dos novos tempos, em que fazer justiça, basta fazê-la com direito pelo direito. É bom que isso ocorra, para que os dirigentes que promovem desmandos e se desobrigam de cumprir a CF estejam atentos, porque podem cair nas mãos do promissor julgador.

LISTA DO QUINTO NO TRT/RJ - Se persistir o desmando e a prática e usos de artifícios para não cumprir a CF, no TRT do Rio, vamos renovando o que já foi dito, e a pedidos da sociedade leiga retomamos hoje, com o texto de lei, Artigo 94 da C.F.: "Um quinto dos lugares dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais dos Estados, e do Distrito Federal e Territórios será composto de membros do Ministério Público, com mais de dez anos de carreira, e de advogados de notório saber jurídico e de reputação ilibada, com mais de dez anos de efetiva atividade profissional, indicados em lista sêxtupla pelos órgãos de representação das respectivas classes". É o que diz a lei, o resto é desobediência.

O LEITOR CONSULTA - Tenho várias faltas no trabalho, quais são os descontos que podem ser realizados? Não podem ser descontados os dias de férias, caso o trabalhador tenha até cinco faltas injustificadas em um período de 12 meses (período aquisitivo). Você terá direito a 30 dias corridos de férias, caso tenha de 6 a 14 faltas injustificadas no período de 12 meses (período aquisitivo), terá direito a 24 dias corridos de férias. Para 15 a 23 faltas serão 18 dias corridos de férias. Para 24 a 32 faltas, apenas 12 dias corridos de férias. Acima de 32 faltas o trabalhador perde o direito às férias. O desconto no salário é proporcional ao número de faltas. Getúlio Franco - Niterói-RJ.

PEC AUMENTA LICENÇA-MATERNIDADE PARA 180 DIAS - Proposta de Emenda à Constituição PEC 30/07, da deputada Angela Portela (PT-RR), aumenta a licença-maternidade para 180 dias. Atualmente, as mulheres têm direito a 120 dias, com opção de tirar 28 deles antes do parto. A parlamentar argumenta ser incoerente o prazo de 120 dias, uma vez que o governo faz campanhas ostensivas de estímulo ao aleitamento materno exclusivo por seis meses. De acordo com suas razões, a Organização Mundial de Saúde (OMS) inclusive adotou a recomendação da amamentação exclusiva até os seis meses por iniciativa brasileira.

Ela sustenta que a medida não causará prejuízo ao empregador, explica que atualmente o afastamento já é custeado pela Previdência Social. Segundo ela, tal concessão visa proteger a saúde da mulher e das crianças. Segundo a parlamentar, "os conhecimentos científicos há muito informam o valor do aleitamento materno como recurso nutricional insubstituível para a boa formação do lactante e a criança também ganha contato físico com a mãe, condição de suma importância para desenvolver os estímulos sensoriais e emocionais".

JURISPRUDÊNCIA/AÇÃO CRIMINAL. JUSTIÇA DO TRABALHO. INCOMPETÊNCIA. A Justiça do Trabalho não detém competência para processar e julgar causas criminais, não lhe sendo atribuídas pela Emenda Constitucional nº 45/2004, além do habeas corpus, qualquer outra ação de natureza penal. AC 2ª T 10686/2007 - RO 02305-2006-029-12-00-6 - 12ª REGIÃO - Sandra Márcia Wambier - Relatora. DJ/SC de 26/07/2007 - (DT - Setembro/2007 - vol. 158, pág. 55).

ANOTEM: Resultado de recente pesquisa para saber o nível de aprovação dos governantes na América mostra Lula da Silva em 10° lugar, com 48%. O presidente brasileiro perde para o primeiro colocado, Nestor Kirchner 71% (Argentina), Álvaro Uribe 66% (Colômbia), Felipe Calderón 66% (México) e Martín Torrijos 60% (Panamá). Próximo de Lula está outro populista, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, com 50%.

Com o resultado da votação no Senado, que absolveu o presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), da acusação de ter parte de suas despesas custeadas por empreiteira, e graças ao apoio e ajuda do seu partido, o PT, o presidente Lula com certeza despencou ainda mais no ranking dos governantes da América. Agora só nos resta um Viva! a República das Alagoas...

E agora Sarney?

Aliados cortam crédito de MP para aeroporto de Macapá

BRASÍLIA - Pressionados pelos tucanos, os líderes dos partidos aliados concordaram em retirar da medida provisória (MP) 381, que abre crédito de R$ 6,3 bilhões para obras do Programa de Aceleração da Economia (PAC), R$ 6,89 milhões de recursos que seriam utilizados para a construção de aeroporto em Macapá.

As obras do aeroporto estão sendo feitas por um consórcio de empreiteiras, entre elas a Gautama. Em meados do ano, a construtora Gautama foi apontada pela Polícia Federal (PF), na Operação Navalha, como a principal beneficiada do esquema de fraude em licitações de obras públicas.

Decisão do Tribunal de Contas da União (TCU), publicada no Diário Oficial do dia 5 de junho, determinou à Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero), responsável pelas obras no aeroporto de Macapá, a "suspensão de qualquer pagamento relativo ao empreendimento, notadamente ao consórcio" integrado pela Gautama.

Apesar da determinação expressa do Tribunal, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva baixou medida provisória, no dia 5 de julho, liberando R$ 6,3 bilhões para as obras do PAC, entre elas a do aeroporto de Macapá. Durante a sessão de votação da MP 381, que foi aprovada na madrugada de ontem, o líder do PSDB na Câmara, deputado Antonio Carlos Pannunzio (SP), alertou para a irregularidade de manter recursos para uma obra condenada pelo TCU.

Em um primeiro momento, o vice-líder do governo, Beto Albuquerque (PSB-RS), negou a existência de relatório no Tribunal, mas depois os governistas foram confrontados com o relatório do TCU e aceitaram entrar em acordo para retirar os recursos de R$ 6,89 milhões para o aeroporto de Macapá.

O Ibama não é "bicho papão"













Nesta quinta-feira, 20, foi realizada uma audiência na sede da Justiça Federal em Marabá, para tratar da situação em que se encontra a ação pública que o IBAMA move contra algumas siderúrgicas do DIM (Distrito Industrial de Marabá), que contou com a presença de representantes de algumas guseiras, promotoria de justiça, SEMMA e IBAMA.

O advogado e procurador federal Aníbal Pessoa Picanço, novo superintendente do IBAMA, concedeu, logo após a audiência, uma entrevista exclusiva à TV Eldorado-SBT, de Marabá, onde entre vários assuntos, afirmou ao entrevistador Markus Mutran que o institutto não é o nenhum "bicho-papão", conforme alguns empresários o vem taxando, mas é, sim, uma entidade preocupada em resguardar os interesses dos setores produtivos, porém nunca em detrimento da preservação ambiental.

Plebiscito pelo novo Estado pode ser votado este ano

Paulo Leandro Leal

O Estado do Tapajós

O presidente da Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia, recebeu na manhã desta terça-feira, 18, em Brasília, o abaixo-assinado com 350 mil assinaturas pedindo a aprovação do projeto que autoriza o plebiscito pela criação do Estado do Tapajós no Oeste do Pará. O documento foi entregue em mãos por um grupo de deputados, vereadores, prefeitos, lideranças empresariais e de movimentos sociais do oeste do Pará, que permanecem em Brasília durante toda a semana articulando a votação do projeto na Câmara federal.

O deputado federal Lira Maia, que articulou a entrega do documento, avaliou nesta terça-feira que está sendo muito positiva a receptividade aos anseios da região com relação à criação do novo estado. Além dele, estiveram os deputados estaduais Alexandre Von e Antonio Rocha, a prefeita Maria do Carmo e os prefeitos dos municípios de Juruti, Jacareacanga, Porto de Moz, Itaituba e Rurópolis, além de vereadores, lideranças empresariais e integrantes do Movimento pelo Plebiscito e Criação do Novo Estado. As assinaturas foram coletadas durante meses pelos integrantes do movimento em todos os 25 municípios que poderão formar o novo Estado da federação.

Segundo o presidente do movimento, professor Edvaldo Bernardes, as ações realizadas em Brasília estão tendo grande sucesso. "A avaliação é a melhor possível. Após a desobstrução da pauta de votação tenho certeza absoluta que o projeto (que autoriza o plebiscito) será colocado em votação", comemora Bernardes, destacando que existe entre os deputados um clima muito favorável à criação do Estado do Tapajós.

Para o deputado federal Lira Maia, há muito o que comemorar. Ele destaca a grande comitiva que foi à Brasília para a entrega do documento, avaliando que esta participação ajudou muito a chamar a atenção dos parlamentares para o assunto, inclusive do presidente da Câmara. "O deputado Chinaglia se comprometeu a levar a matéria para o colégio de líderes e, não havendo nenhuma objeção, colocar o projeto em votação", informou Maia, explicando que o líder do governo, deputado José Múcio, se mostrou favorável ao projeto e vai atuar para que a bancada governista possa ser liberada para votar a favor do plebiscito.

Lira Maia informou que além da entrega das assinaturas, estão sendo mantidas reuniões com diversas lideranças políticas ou não, para tentar conseguir o maior apoio possível ao projeto. Entre elas está o presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil, Cézar Brito, que também disse que era favorável ao projeto e prometeu que a OAB se posicionaria sobre o assunto. Até esta terça, praticamente todos os lideres de partidos já haviam sido visitados por integrantes da comitiva.

Alem disso, a comitiva que está em Brasília se reuniu em nove equipes que nesta quarta-feira vão visitar todos os deputados em seus gabinetes, para pedir apoio à aprovação do projeto quando o mesmo for colocado em votação. Diante de tamanha articulação, Lira Maia está confiante quando á votação do projeto. Ele explicou que no momento quatro Medidas Provisórias e outros três projetos trancam a pauta na Câmara, por isso o projeto do novo estado não deve ser votado este mês. "Minha expectativa é que seja votado ainda neste semestre", disse o parlamentar. O deputado santareno diz ainda que as articulações estão sendo muito importantes para convencer as lideranças em Brasília. "Todos os lideres se manifestaram favoráveis, estou muito otimista", finaliza o parlamentar.

Além das assinaturas, as lideranças da região ainda levaram um manifesto público de apoio ao plebiscito assinado por diversas associações comerciais da região, inclusive a do município de Ananindeua, na região metropolitana. O manifesto, liderado pela Associação Comercial de Santarém, conta com a assinatura de 64 entidades da sociedade civil de oito municípios do interior do Pará.

Fonte: Paulo Leandro Leal

1- Nota do blog: O Estado do Carajás ainda precisa ser aprovado no Plenário do Senado e, somente a partir dai, seguir para votação final no Plenário da Câmara.

2- Nota do blog: Somente os Projetos de Decreto Legislativo que autorizam o plebiscito no Tapajós e no Maranhão do Sul estão pronto para votação final.

Resultado da enquete

Você acha correto que ao assumir, o novo Governo deve promover a caça às bruxas e bruxos do seu antecessor?

Acho 4,55% (1 voto)

Não acho 18,18% (4 votos)

Tem que demitir todos que estavam em cargo de confiança 22,73% (5 votos)

Matém os de comprovada competência, independente da filiação partidária 54,55% (12 votos)

Não interessa. O importante é aparelhar a máquina com os puxa-sacos, competentes ou não (nenhum voto)
Total: 22 votos

É evidente que este consenso apontado pela sondagem da enquete não é adotado por vários governos, inclusive aqueles que se autoproclamam de vanguarda.

Josenir assume diretoria executiva e Lula lança PAC da Funasa

Josenir Nascimento tomou posse hoje assumindo a diretoria executiva da Funasa no Marina Hall, com direito à presença do primeiro escalão do governo. O prato principal do evento foi o lançamento do PAC da Funasa.
Lula anuncia recursos do Programa de Aceleração do Crescimento para a Fundação Nacional de Saúde (PAC/Funasa) para municípios com até 50 mil habitantes, priorizando aqueles com altos índices de mortalidade infantil e registros de casos de malária e doença de chagas

PAC da Funasa promete investimentos de R$ 4 bi


Ullisses Campbell


Correio Braziliense

SANEAMENTO BÁSICO
Lula quer prioridade em saneamento básico e combate a doenças endêmicas. Quilombolas e povos indígenas estão entre beneficiados

Danilo Forte, da Funasa: União quer levar água e esgoto aos Grotões

O presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva anuncia hoje um pacote de medidas para os pequenos municípios brasileiros e para a saúde indígena, apelidado de PAC da Funasa. O programa prevê investimento de R$ 4 bilhões em saneamento básico e combate a doenças endêmicas até 2010. Na semana que vem, Lula deverá anunciar o chamado PAC da Saúde, entregue pelo ministro José Gomes Temporão, no Palácio do Planalto, e ainda não aprovado pelo presidente.

O PAC da Funasa está dividido em três eixos. O primeiro dá prioridade à saúde indígena. O governo quer elevar o abastecimento de água da população indígena nas aldeias do país, de 62% para 90%, e dobrar, de 30% para 60% a cobertura do sistema de esgotamento sanitário. No Amazonas, onde vivem 125 mil índios, apenas 7% têm água encanada. “Isso é um absurdo porque esses índios vivem na maior bacia hidrográfica do mundo e não tem água tratada para beber”, disse o presidente da Funasa, Danilo Forte.

Segundo ele, o presidente Lula pediu que seja dada uma atenção especial às comunidades indígenas e um reforço no combate à doença de Chagas e à malária. Os dois males atingem, principalmente, as populações ribeirinhas que vivem na Região Amazônica.

Recentemente, foi traçado um mapa epidemiológico para Chagas e descobriu-se que a doença está mais evidente em cerca de 500 municípios localizados no meridiano que vai do sul do estado do Piauí, no limite com o Ceará, e segue até a divisa do Rio Grande do Sul com o Uruguai. Os maiores casos encontram-se na margem esquerda do Rio São Francisco, nos estados da Bahia e Minas Gerais. “Só para combate à doença de Chagas o PAC prevê R$ 280 milhões”, disse Forte.

Nos estados da Amazônia Legal com áreas sujeitas à malária, as medidas prevêm ações de manejo ambiental e drenagem urbana em 30 municípios onde a incidência dos casos da doença é maior. Uma das cidades a serem beneficiadas é Manaus (AM), que registrou, no primeiro trimestre deste ano, 16.944 notificações de malária, um crescimento de 815% em relação ao ano passado.

Alcance social
A Funasa é responsável pelo saneamento básico nos municípios brasileiros com até 50 mil habitantes e tem como missão atender a saúde das populações indígenas, das comunidades especiais quilombolas, assentamentos rurais, ribeirinhos e extrativistas. O órgão implementará com o Ministério da Saúde os projetos com execução previstos até 2010. De acordo com o presidente da Funasa, as ações estruturantes na área de saneamento possibilitarão o acesso de uma grande parcela da população mais carente a serviços básicos e essenciais na área de saúde.

As comunidades de quilombolas receberão água tratada e esgoto, com 45 mil famílias sendo beneficiadas em mais de 600 comunidades espalhadas pelo país. O chamado PAC da Funasa prevê ainda a formulação do Programa Nacional de Saneamento Rural, que fornecerá água de boa qualidade e esgotamento sanitário para as populações rurais dispersas em localidades rurais com até 2,5 mil habitantes. Para viabilizar esse plano, serão destinados recursos para construção de sistemas de abastecimento de água e esgoto. As escolas rurais também serão beneficiadas.

O governo promete a criação de 150 empregos para cada R$ 1 milhão investidos na área de infra-estrutura. Isso que dizer que, pelas contas da Funasa, a aplicação de R$ 1 bilhão vai gerar 150 mil empregos. No total, serão 750 mil novos postos de trabalho, ao longo dos próximos três anos e meio.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), cada R$ 1 aplicado na área de saneamento representa uma economia de R$ 5 em atendimento ambulatorial e hospitalar. “Como estaremos trabalhando com R$ 1 bilhão por ano, teremos uma economia de R$ 5 bilhões na execução do PAC, desonerando o sistema de atendimento à saúde”, prevê Danilo Forte.
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As principais medidas

O governo promete investir R$ 4 bilhões no chamado PAC da Funasa

Fornecer água para 90% das comunidades indígenas. Hoje, apenas 62% das aldeias têm água encanada. O governo quer ampliar de 30% para 60% o fornecimento de esgotamento sanitário. O governo vai priorizar as áreas com maiores déficits de cobertura de saneamento em municípios com até 50 mil habitantes, levando em consideração cidades com potenciais riscos à saúde

As comunidades quilombolas receberão água de boa qualidade e esgoto. Medidas beneficiam 45 mil famílias em 622 comunidades

Também serão contemplados 500 municípios localizados em área de alto risco da doença de Chagas, principalmente nos estados de Minas Gerais, Bahia e Rio Grande do Sul.

Na Amazônia, o governo quer prioridade para as áreas sujeitas à malária.

Entre as propostas, estão ações de manejo ambiental e drenagem urbana nos 30 municípios com maior número de casos da doença.

Entregue o abaixo-assinado para o plebiscito do Tapajós

Foto: Agência Câmara
Presidente Arlindo Chinaglia recebe Dep. Lira Maia (DEM-PA), que conduziu outras 30 Pessoas para entrega de 500 mil assinaturas favoráveis à criação do Estado do Tapajós.

Divisão Territorial. Uma Amazônia com afeições novas.



























Sobre a mesa 500 mil assinaturas para acelerar o plebiscito
A população paraense ainda está dividida quanto à questão. A realidade é que o atual Estado do Pará com seus 1.248.052 Km² de superfície, contendo blocos de cidades eqüidistantes da capital, tem uma perniciosa concentração de renda, que é um dos fatores que contribuem para o atraso geral da cultura, para a falta de saneamento básico e para a ausência de um turismo expressivo, uma vez que há sérias dificuldades de alocação de recursos por todo o Estado. Esta falta de recursos, aliada a uma intensa explosão demográfica, em decorrência dos grandes projetos implantados, não oferece condições de propiciar o atendimento social a populações espraiadas por um imenso território.

Esboçado a realidade dos paraenses, resta indagar o que fazer para mudar esse panorama? Mudar tudo, dirão alguns. Mas, resta saber em que base? Até porque, frases de impacto, feitas por autoridades do governo, de que será dada a largada a investimentos nas áreas menos desenvolvidas, já não surtem efeito, pois essas promessas já vêm de longa data, passando por vários governos, sem que nada aconteça. Acontece que em que pese o povo não acreditar nessas colocações de especialistas de plantão, elas sempre estarão na mídia, através de instituições que vão se sentir prejudicadas, e portanto, seus porta-vozes dirão que não é preciso dividir o Estado, bastando que o atual governo estadual processe as mudanças necessárias nas estruturas da produção agropecuária e na política industrial que passarão a ser direcionadas com mais pujanças para aquelas áreas do Estado. Assim, segundo eles, estradas serão priorizadas e portos serão construídos, resolvendo o problema até do país. A par disso, perguntamos: Com que paradigmas? Essas mudanças serão feitas com eficiência econômica e justiça social? Ou somente com prudência ecológica? Fazemos essas simples perguntas, pois antevemos que sejam lá quais forem às respostas, elas não se coadunam com a heterogeneidade e grandiosidade do território paraense.

Na verdade, o que existe, de fato, para os paraenses - não são descomunais riquezas do sub-solo -, é um extenso território, entrecortado por grandes rios e lagos, igapós e várzeas. O que existe mesmo, são cidades maiores, cujas periferias estão cheias de ruralistas exilados e cujos núcleos urbanos concentram toda a renda estadual, sobrando bolsões de pobreza espalhados por núcleos populacionais descentralizados. O que se observa, hoje, é que passado à fase eufórica de fazer da Amazônia a mais nova fronteira do país, houve o reverso do processo desenvolvimentista, com o inchamento, principalmente, das cidades de Santarém e Marabá, acarretando problemas de toda ordem, que nunca foram solucionados, em que pese às promessas políticas de ser interiorizado o progresso, através da continuidade no processo de desenvolvimento com a implementação dos sistemas infra-estruturais, físicos e sociais.

Portanto, já não é de hoje que o povo do Médio e Baixo-Amazonas está desiludido com promessas vazias, que vêm desde 1853, quando pela primeira vez se propôs a criação da Província do Tapajós. Entende-se que as falácias de ontem se repetem, ou melhor, são as mesmas de hoje, sem base de sustentação e sem certeza para fazer chegar, nessa parte da Amazônia, o desenvolvimento tão esperado. O pior é que as falácias surgem de instituições de classes, genuinamente, paraenses, com sede na capital. Tudo isso, porém, tem uma explicação: essas instituições habituadas à gestão cômoda, sem apresentar nenhum projeto auto-sustentável, não querem perder a força de polarizar a concentração de renda na capital. E assim, temerosas de que as mudanças que possam ocorrer, na economia regional - com a distribuindo eqüitativa da renda, e com o deslocamento de plantas industriais, formando novos distritos produtivos e, conseqüentemente, a intensificação do comércio por toda a região amazônica -, coloquem elas em cheque, quanto à eficiência dos atuais empresários sediados na capital paraense, que se prevalecem, costumeiramente, dos fracassos dos empresários das regiões mais afastadas do grande centro econômico que é Belém.

O certo é que essa modernização e melhoria de qualidade de vida requerida, por exemplo, pela população do Vale do Tapajós, não virá através dos meios convencionais, como possa parecer para aqueles analistas políticos acostumados com utopias e discursos eleitoreiros, mas virá da mesma maneira como veio para os mais novos estados do sul e centro-oeste do país, ou seja, através da vontade do povo, até mesmo de Belém do Pará, pois o povo em geral sente que é assim que se fará justiça, e que assim, todos sairão ganhando.

Depois de tudo o que já ocorreu, no país, a população passou a ser bem informada, entendendo que o modelo de desenvolvimento, implantado pelo regime militar que ainda persiste, atualmente, na democracia, é por demais concentrador de riquezas, nas mãos de poucos, e portanto, salta logo aos olhos de qualquer pessoa, que as populações dos municípios circunscritos no desenho dos estados - incluindo-se aí, o novo Estado do Pará, muito mais aconchegante em território -, só terão a ganhar, porque terão como monitorar as ações dos futuros três governos na exploração das riquezas naturais, com a preservação dos ecossistemas, uma vez que se constituirão em unidades com autonomia para firmar acordos internacionais de investimentos, cooperação técnica e parcerias em pesquisas, e, portanto, tendo vida própria. Assim é que, segundo os cálculos das organizações prol divisão, o novo Estado a ser formado, com o nome de Tapajós, com sede, provavelmente, em Santarém, já nascerá com um PIB maior que R$ 5 bilhões, bem superior que o PIB dos estados de Tocantins, Amapá, Acre e Roraima. Ainda de acordo com esses pré-estudos, que podem ser encontrados no site www.novoestado.com.br, o fundo de participação do Estado (FPE), começará com quase R$ 70 milhões, sem contar as complementaridades que virão do governo federal.

Quanta à crítica de número um, por parte dos contrários ao redesenho territorial - que se radicaliza na construção das instalações para o funcionamento de novos governos, a corrente separatista que vai crescendo aceleradamente, principalmente nos meios estudantis, tece as seguintes considerações: os investimentos para organizar um estado nascente, na formação de instituições, tais como palácio de governo, assembléia Legislativa, Tribunal de Justiça, Secretarias e todo o aparato político, incluindo deputados federais e senadores -, segundo os cálculos do “pool prol Estado do Tapajós”, que incluem aí faculdades, câmaras municipais e associações comerciais e de logistas das sub-regiões, os investimentos federais para a consecução desses objetivos, não ultrapassam R$ 905 milhões de reais, além de poderem ser reembolsados, em parte, com a receita própria do futuro Estado.

O grande desafio que surge, é banir o medo que tem a população de Belém, e seus arredores, talvez induzida pelas autoridades ameaçadas, em seus esconderijos, e querem dar entender que não restará quase nada para a população do Pará remanescente. Nada disso é verdade, e nisso fazemos coro com os separatistas, visto que não há fundamentação em tal argumento. Ao nosso ver, o desenvolvimento de uma unidade federada não está dependente, diretamente,de sua dimensão territorial, mas sim, da sua força política para captar recursos para administrar, num espaço menor, com eficácia e destreza, e com a vantagem de ter as prefeituras mais perto do centro de decisão, sem perder de vista o acompanhamento dos investimentos, reduzindo assim os desperdícios e conseguindo melhor produtividade, com menor custos, em todos os campos das atividades econômicas. E é isso que, na realidade, vai ocorrer com o Estado do Pará a partir de um território bem menor.

A maior vantagem do futuro e novo Pará reside, fundamentalmente, em já recomeçar com uma população privilegiada, contando com uma malha viária bem estruturada e conectada com o Nordeste e Centro-Oeste do país, possibilitando o surgimento de novas atividades econômicas. Quanto ao Marajó, o Baixo-Tocantins e a região do Nordeste Paraense, cujos municípios, atualmente, são desprovidos de assistência governamental para a implantação de projetos econômicos e sociais, terão reais possibilidades de ter toda atenção do governador voltada para suas prefeituras, em suas linhas de ações. Na verdade, com um território menor, os municípios paraenses, contarão com mais recursos, porque não terão mais a concorrência de Santarém, Marabá e de todos os municípios que comporão os novos territórios. E justamente, por contar com uma cidade que não perderá a capacidade de ser a metrópole da Amazônia, e que tem uma infra-estrutura urbanística invejável, com uma série de atrativos turísticos, sendo bem servida em termos de sistema financeiro e parque industrial, e além disso, com uma significativa produtividade no campo, que o Pará ainda reterá o maior PIB, e ainda contará com mais de R$ 107 milhões em termo de FPE, em seus cofres públicos, e deixará de ter a responsabilidade de investir em 25 municípios a ser cedidos ao Tapajós e outro tanto ao futuro Estado do Carajás. Os setores de educação e saúde, por sua vez, contarão com maiores investimentos no Estado do Pará, e claro nos outros dois estados, também.

A partir dessa visualização, pergunta-se: para que melhor que isso? Só quem tem interesses escusos, ou está com uma visão estreita, não vê a vantagem de um território menor. A sorte é que a maioria da população, que é pobre, sofrida, e que está cansada de ser enganada com promessas de palanque, já está amadurecida, e sabe que é chegado o momento de dar o “sim” ao plebiscito, e de votar a favor da aprovação da “divisão’. Até porque, entende que só assim, pela força do voto, o atual modelo econômico, perversamente concentrador de riquezas, terá seus dias contados, transformando-se em um novo modelo, auto-sustentável, com uma distribuição mais justa dos fatores produtivos, pois novas perspectivas de emprego e renda se abrirão para levas e levas de jovens pobres, na idade de trabalhar, cujas famílias terão o poder aquisitivo aumentado. Sim, novas perspectivas surgirão, com o corredor de exportação que se formará; com as fábricas e instituições do governo, e através da rede financeira e hoteleira que para lá se dirigirá, oferecendo, também, oportunidades que atrairão os jovens de Belém e especialistas das mais variadas áreas profissionalizantes para as cidades do interior.

Claro que uma divisão, dessa magnitude, tem um certo custo, tanto financeiro como social. Agora, há aqueles que querem tirar proveito da mudança. E o pior é que, alguns deles, são os mesmos que são contra, mas quanto a isso, a sociedade está em alerta, para que grupos interesseiros não venham manchar os bons propósitos e desvanecer as esperanças, principalmente dos jovens, em ver um Pará, um Tapajós e um Carajás bem desenvolvidos.

Dizem os defensores da divisão estadual que se o povo da Grande Belém for inteligente, apoiará o povo do Baixo e Médio-Amazonas, na sua aspiração, e assim, nascerá um Pará forte. Da mesma forma acredita-se que se os habitantes do Leste Paraense apoiarem a causa do Oeste do Pará, passarão a ter o apoio total, em prol do Estado do Carajás, cujos habitantes também merecem progredir. É questão de união. Realmente, só unidos, transformaremos a Amazônia, numa bancada forte, formada por mais governadores, mais senadores, mais deputados federais, e contaremos com o grande diferencial para vencer as dificuldades, que é ter o “Centro de Decisão” mais próximo do povo, com maior força política para aprovação de projetos e emendas constitucionais, atraindo maiores volumes de recursos para toda Amazônia, intensificando as transações comerciais na região. Uma Amazônia com cara nova!

Juarez Regis

Edição: Samuel de Souza

Câmara dos Deputados: Sessão entrará pela madrugada

Foto: Ag. Câmara















Hoje será outro dia e noite longos, como ontem.

A Sessão Extraordinária marcada para as 16h00 teve dificuldade de quorum e só agora abriu a Ordem do Dia.

Está em pauta, entre outras matérias, as propostas de emenda à Constituição que prorrogam a CPMF e a DRU até 2011.

Prevejo que os trabalhos se estendam, como ontem, além das três horas da manhã.

Enquanto trabalha-se como nunca na Câmara, o Senado segue sem votações.

Deputado Giovanni quer informações sobre obras públicas

Foto: Ag. Câmara















A Comissão Mista de Orçamento pode votar hoje requerimento de informações do deputado Giovanni Queiroz (PDT-PA) sobre preços de obras públicas. O parlamentar pede que o Tribunal de Contas da União (TCU) envie à comissão as seguintes informações:- custo médio unitário, por m², das obras de construção, com recursos da União, de prédios públicos nos últimos cinco anos; - custo médio unitário, por km, das obras realizadas com recursos da União em rodovias federais nos últimos cinco anos;- custo médio unitário adotado como padrão pelo Tribunal de Contas da União para obras de construção de prédios públicos e para as obras realizadas em rodovias federais.


A comissão ainda pode votar requerimento do deputado Eduardo Valverde (PT-RO) para que integrantes do Comitê de Avaliação de Informações sobre Obras e Serviços com Indícios de Irregularidades Graves participem dos seminários regionais sobre o Plano Plurianual 2008/2011 e o Orçamento 2008, que serão promovidos pela comissão. Outro requerimento, do deputado José Pimentel (PT-CE), propõe seminário regional sobre o PPA e o Orçamento em Rondônia.


A reunião está marcada para ser realizada no plenário 2.

Os Correios vão pagar o meu prejuízo?


Tenho contas retidas nos escaninhos dos Correios. Como se não tivesse mais o que fazer na vida, tudo me leva a crêr que essa empresa vai me causar aborrecimentos enormes nos próximos dias se as faturas não chegarem na data.

Segundo o JB de hoje, cerca de 100 mil correspondências que se acumulam nos Centros de Triagem de Encomendas (CTE) dos Correios.

O martírio poderá se estender ainda pelo mês seguinte: depois de uma semana de paralisação e duas reuniões com o ministro das Comunicações, Hélio Costa, a greve dos Correios, ao que parece, ainda está longe do fim.

– E o seu prejuízo, quem vai pagar?

Veja como foi a sessão solene em Homenagem à Nossa Senhora de Nazaré 2024, na Câmara dos Deputados

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