Jobim aprova nova expedição sobre desaparecidos no Araguaia

Jobim na investigação do Araguaia

DITADURA

Nelson Jobim, da Defesa: novas buscas por ossadas no segundo semestre
Mesmo não agradando a setores das Forças Armadas, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, pretende esclarecer definitivamente os acontecimentos da Guerrilha do Araguaia. Além de uma coletânea de documentos sobre o assunto, disponível no Arquivo Nacional, no Rio de Janeiro e que será enviado à Justiça Federal, o ministro quer levar adiante as investigações. Na semana passada, por meio de portaria, Jobim mandou criar um grupo de trabalho para tentar localizar ossadas de pessoas supostamente desaparecidas no confronto iniciado há 37 anos.

Calados desde a saída de alguns generais remanescentes do golpe militar de 31 de março de 1964, oficiais do grupo considerado linha dura dentro das Forças Armadas evitam entrar em confronto com Jobim. Mas há uma insatisfação pela edição da portaria na última quinta-feira. A medida mostra a intenção do ministro de ir fundo na investigação. “O processo de procura dos desaparecidos começou há vários anos, mesmo antes da demanda judicial, e vai até o fim”, afirma um colaborador próximo de Jobim.

A própria portaria reconhece que as investigações até agora não foram suficientes por causa “da limitação dos resultados alcançados nas expedições já realizadas para o fim de localizar, recolher e identificar os restos mortais de guerrilheiros e militares mortos no episódio conhecido como Guerrilha do Araguaia”. Agora, uma nova comissão formada de militares do Exército, governos do Pará e Distrito Federal e outros órgãos públicos deve seguir para a região até o início do próximo semestre em busca de ossadas. Desta vez, usando métodos científicos que serão planejados pelo grupo.

Os primeiros trabalhos para tentar recuperar os corpos dos desaparecidos do Araguaia ocorreram em 2003, quando o governo constituiu uma comissão interministerial, que tinha como finalidade obter informações que levassem à localização de possíveis ossadas. Na época, as Forças Armadas se encarregaram de indicar locais onde os confrontos teriam acontecido. Depois disso, outras três expedições foram enviadas à região, sendo a última em dezembro do ano passado. Todos os relatórios sobre o tema foram inconclusivos, já que não tinham informações concretas sobre os restos mortais.

A intenção do governo é evitar novas demandas judiciais por conta da Guerrilha do Araguaia. Todos os documentos localizados nos arquivos públicos são catalogados para serem entregues à Justiça Federal até o próximo mês, quando se encerra o prazo estabelecido. A decisão é o cumprimento de uma sentença no processo em que familiares de desaparecidos políticos pedem que o Estado disponibilizasse os papéis referentes ao episódio. Mesmo contrariando militares de linha dura que ainda estão nos quadros das Forças Armadas, Jobim manteve a intenção de não recorrer de nenhuma decisão.
A auxiliares próximos, o ministro da Defesa confirma que pretende encerrar definitivamente o caso Guerrilha do Araguaia, tanto na esfera judicial quanto política. “Por isso, ao analisar o material das últimas expedições, o ministério viu que ainda era preciso investigar mais, ir até o final”, diz um assessor de Jobim. A comissão que irá para a região será composta por 10 pessoas indicadas pelo comandante do Exército, general Enzo Peri.

Conheça a íntegra da Portaria 567 do Ministério da Defesa

Efraim comemora aprovação de projeto que isenta do IR maiores de 70 anos

Em pronunciamento nesta terça-feira (28/04), o senador Efraim Morais (DEM-PB) comemorou a aprovação, em decisão terminativa na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), de projeto de sua autoria (PLS 421/07) que isenta do pagamento do Imposto de Renda das Pessoas Físicas (IRPF) aposentados e pensionistas com mais de 70 anos. A matéria, que já tinha sido aprovada pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS), segue para a Câmara dos Deputados, caso não seja apresentado recurso solicitando sua votação em Plenário.

Clique aqui e leia a reportagem completa.

Fonte: Agência Senado

Senado investiga Agaciel e tenta barrar aposentadoria de Zoghbi

Brasília - A corregedoria do Senado pediu ajuda ao Banco Central para investigar o ex-diretor de Recursos Humanos João Carlos Zoghbi, suspeito de comandar um esquema de desvio de dinheiro em contratos com financeiras autorizadas a fornecer crédito consignado aos funcionários da Casa. O Senado quer impedir a aposentadoria do servidor, artifício utilizado por Zoghbi para escapar da demissão.

O Banco Central (BC) foi acionado para abrir auditoria que apure a movimentação financeira de bancos que ofereceram empréstimos consignados aos servidores da Casa durante a gestão do ex-diretor João Carlos Zoghbi.

De acordo com o corregedor do Senado, Romeu Tuma (DEM-SP), o BC vai examinar se financiamentos feitos a servidores durante a gestão de Zoghbi ultrapassaram o percentual limite de 30% do salário, como estipula o regimento interno da Casa. Segundo a assessoria de Tuma, o ofício enviado ao BC partiu de ordem do presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), na quarta-feira (29).

Pressionado, Zoghbi recorreu à imprensa para dar um recado ao Senado: denunciou o ex-diretor-geral Agaciel Maia de ser sócio oculto em várias empresas que têm contrato com o Senado e também apontou os senadores Romeu Tuma (PTB-SP) e Efraim Moraes (DEM-PB) como beneficiários do esquema.

Segundo o site ABC Político, ao mesmo tempo que busca ajuda do Banco Central para verificar possíveis movimentações financeiras de Zoghbi, o Senado abre outra frente de investigação. Ontem, a Polícia Legislativa do Senado abriu uma ocorrência para investigar as novas denúncias feitas por Zoghbi. Ele acusa o ex-diretor-geral da Casa Agaciel Maia e senadores de participarem de um esquema de fraudes em contratos do Prodasen (Sistema de Processamento de Dados), na comunicação social e no serviço de taquigrafia do Senado.

O primeiro-secretário do Senado, Heráclito Fortes (DEM-PI), se reuniu com o diretor da Polícia do Senado, Pedro Ricardo Araújo Carvalho, e o diretor-geral, Alexandre Gazineo, para avaliar as denúncias. Heráclito considerou as acusações graves, mas destacou que elas precisam ser confirmadas para serem oficialmente investigadas.

Laranjas
Se Zoghbi conseguir comprovar o suposto esquema de desvio de recursos públicos, as denúncias serão incluídas no inquérito que foi aberto pelo comando do Senado na semana passada para apurar as denúncias de que ele desviava recursos do Senado para empresas de fachada registradas em nomes de laranjas.

"Decidimos abrir uma ocorrência para apurar as denúncias. Dependendo do resultado, podemos abrir uma sindicância. O fundamental é apurarmos a existência dos fatos denunciados. Precisamos saber se eles existem ou se apenas fazem parte de uma tática para desviar os fatos. Se confirmar, vamos apurar", disse o primeiro-secretário.

Em entrevista à revista Época, Zoghbi afirma que os senadores Romeu Tuma (PTB-SP) e Efraim Moraes (DEM-PI), ex-primeiros-secretários da Casa, estariam envolvidos no esquema de corrupção comandado por Agaciel. Heráclito disse as denúncias não são suficientes para colocar sob suspeita o trabalho de Tuma à frente da Corregedoria do Senado.

"Não acredito que o senador Tuma dificulte as investigações. Agora, é estranho que ele tenha convivido todos esses anos com esses senadores e não tenha feito nenhuma acusação. Agora que sua situação evoluiu ele arrisca. Todo acusado começa a atirar pedra nos outros", afirmou Heráclito.

O primeiro-secretário descartou acionar a Polícia Federal para entrar no caso. Heráclito disse ter confiança no trabalho da Polícia do Senado. O senador lembrou que as investigações serão monitoradas pelo Ministério Público, que ao final das investigações terá que se posicionar. "O Ministério Público vai avaliar o caso e dizer se aceita ou não a denúncia", disse.

O diretor-geral do Senado considera as denúncias de Zoghbi sem fundamento. "São denúncias vagas, mas estamos tomando as providências. São acusações sem detalhes que de certa forma vão até prejudicar a investigação", afirmou Gazineo.
*Com agências

Novas estratégias: Reflexões sobre os quadros mundial e brasileiro para definição de novas estratégias política e de desenvolvimento para o Brasil, a partir de 2011

* César Francisco Alves

ARTIGO

A definição de novas estratégias política e de desenvolvimento para o período posterior ao término do segundo governo Lula exige, necessariamente, uma análise dos quadros atuais mundial e brasileiro resultantes, em grande parte, da crise do neoliberalismo nas economias centrais, sobretudo na dos Estados Unidos, e dos seus reflexos nas demais, especialmente na brasileira. Esta visão é compartilhada pelo Deputado João Herrmann (PDT/SP), que juntamente com seu colega de Partido, da Bahia, Severiano Alves, lideram agora a Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara dos Deputados, nos cargos de, respectivamente, 1º Vice-Presidente e Presidente.

A superação da citada crise, que ainda está longe de ocorrer e que, nas estimativas mais realistas, só deverá se concretizar a partir de 2011 (ano que, no Brasil, corresponderá ao primeiro de um novo governo brasileiro), depende, evidentemente, de decisões políticas e empresariais internas e externas.

Há dúvidas, mesmo após a adoção das primeiras medidas do governo Obama, quanto à eficácia delas para a reversão da crise da principal economia neoliberal, cuja causa básica foi a expansão excessiva do crédito para financiar o consumo de imóveis e de outros bens duráveis, por causa da redução da renda interna. A alta inadimplência e a falta de capital para manter o financiamento do consumismo e do enriquecimento fácil provocaram a quebra de instituições financeiras e/ou sua absorção por outras, assim como o aporte de recursos públicos em níveis jamais vistos, nos Estados Unidos, para tentar salvá-las, assim como às empresas de outros setores (imobiliário, automobilístico etc.). 

A crise norte-americana resultou, entre outros fatos principais, dos investimentos externos do setor industrial em países de custos baixos, dentro do processo de globalização econômica, para maximizar a produção, a produtividade e o lucro, sem a contrapartida da criação de emprego nos Estados Unidos, sendo que o financiamento ao consumo foi a alternativa adotada para ampliar a produção interna e a importação de bens de consumo.
Processos semelhantes ao norte-americano ocorreram em outros países e regiões, inclusive no Brasil, no Mercosul e na América Latina, onde as principais empresas privadas e públicas também investiram somas expressivas de recursos para aumentar sua inserção no mercado mundial. 

Se, por um lado, houve ganhos econômicos e políticos para o Brasil – inclusive quanto à sua presença em organizações multilaterais e no cenário internacional - resultantes desse processo, por outro lado, ocorreu o agravamento do quadro social, devido às taxas de crescimento econômico mais baixas relativamente aquelas de outros países, entre o final do século XX e o início do atual.

A conseqüência foi uma oferta de trabalho inferior à demanda, sobretudo nas principais áreas metropolitanas brasileiras onde estão concentradas as atividades industriais. O citado agravamento social, acompanhado do aumento da marginalidade e da criminalidade, só não foi maior por causa da política assistencialista do governo Lula que, por intermédio do programa Bolsa Família, consolidou e ampliou os criados durante os dois governos anteriores de Fernando Henrique Cardoso.

Outra medida compensatória foi a ampliação do emprego público, nos diversos poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) e níveis (federal, estadual e municipal), sendo que a maioria sem concursos públicos. Por exemplo, o número de Ministérios do governo Fernando Henrique Cardoso para o governo Lula aumentou significativamente, com o objetivo básico de ampliar sua base política de apoio, sobretudo no Legislativo.

Com isso, regrediu a reforma administrativa do Estado moderno, nas suas dimensões burocrática e gerencial, que visava torná-lo mais eficiente, legítimo e de bem-estar social, independentemente de o regime ser autoritário ou democrático. Esta reforma nada tem a ver com a privatização de empresas públicas ou da abertura dos seus mercados, como no caso da Petrobras, que ocorreu a partir do governo neoliberal de Fernando Collor de Mello e que foi ampliada pelo do seu sucessor Fernando Henrique Cardoso.

O falecido empresário e ex-funcionário público, Helio Beltrão, era defensor incansável da reforma administrativa do Estado brasileiro, e, ao mesmo tempo, crítico intransigente da abertura do monopólio estatal do petróleo e do gás natural, durante o regime militar no qual foi, cronologicamente, Ministro do Planejamento, da Desburocratização e da Previdência Social. Além disso, era defensor do planejamento estratégico do desenvolvimento brasileiro aproximando-se, assim, de idéias e posições de políticos do centro e da esquerda brasileira, embora tenha pertencido à Arena e ao PFL, na tentativa frustrada de viabilizar sua candidatura à Presidência da República. Depois, apoiou Aureliano Chaves na sucessão presidencial do general João Figueiredo e, em seguida, Tancredo Neves e seu candidato a Vice-Presidente, José Sarney. Este ratificou, após a morte do político mineiro, a indicação de Helio Beltrão para a Presidência da Petrobras, da qual saiu após discordar do congelamento dos preços de derivados do petróleo, que precedeu ao dos demais produtos e serviços com a implantação do Plano Cruzado. O fracasso deste abriu espaço para as políticas neoliberais dos seus sucessores Mello e Cardoso, que enfraqueceram, ao mesmo tempo, as dimensões do Estado brasileiro como gestor administrativo e empresário público, ao contrário do que era defendido por Helio Beltrão e outras lideranças empresariais, políticas e governamentais.

Portugal e Espanha, ao contrário do Brasil e de outros países periféricos neoliberais, durante os governos Mello e Cardoso, evoluíram de regimes autoritários e de economia fechada, para a democracia e para o modelo de desenvolvimento aberto à interdependência global, estimulados pela adesão de ambos à União Européia e pela privatização de empresas estatais brasileiras do setor de telecomunicações e outros, assim como pela oferta serviços públicos brasileiros (administração de rodovias etc.). Empresas públicas e privadas portuguesas e espanholas lideraram as compras de empresas estatais brasileiras, dentro de um processo estratégico definido pelos governos de Portugal e da Espanha, que contribuiu para tirar suas economias de um atraso sistêmico e inseri-las dentro do processo de globalização.

O caminho escolhido para o desenvolvimento brasileiro, de submissão passiva ao neoliberalismo - a exemplo de outros países da América Latina -, foi, em parte, alterado pelo governo Lula quanto ao seu modelo de inserção na economia globalizada. O Brasil e sua política externa vêm, desde 2003, procurando reduzir a dependência às economias centrais dos Estados Unidos e dos países desenvolvidos da Europa, sobretudo quanto ao comércio exterior.

Porém, a exemplo do governo Cardoso, o governo Lula carece de uma política de desenvolvimento, que contemple setores estratégicos (mineral etc.) ao contrário, por exemplo, daquelas existentes no governo Getúlio (antes e durante a Segunda Guerra Mundial e depois da sua eleição até sua morte) e do governo Geisel. São isoladas as posições defendidas por parlamentares do PDT, como, por exemplo, o Deputado Giovanni Queiroz, defensor intransigente da necessidade de adoção de uma política mineral. 

Além disso, o governo Lula manteve a ortodoxia em termos de políticas monetária e de juros, enquanto a fiscal caracteriza-se pelo aumento da carga tributária e da eficiência em sua arrecadação, de forma a compensar a orgia dos gastos públicos, sobretudo para financiar as despesas correntes do governo federal, enquanto afrouxa a responsabilidade fiscal dos governos estaduais e municipais (parcelamento amplo dos débitos com o INSS etc.), estimulando-os também a investir em projetos do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), com objetivo eleitoral: eleger a candidata presidencial e ministra Dilma.

Há uma consciência crescente quanto à impossibilidade de se manter as atuais políticas públicas, que beneficiam alguns setores privados (bancos, montadoras de veículos, empresas exportadoras etc.), em detrimento de um desenvolvimento estratégico, que contemple também o social sem recorrer ao assistencialismmo. De nada adianta ter os bancos públicos brasileiros entre os 10 mais rentáveis das Américas, como anunciado em março corrente, se, em contrapartida, ainda há no Brasil milhões de brasileiros sem acesso à Educação, à Saúde, à Segurança e a outros bens sociais, capazes de lhes assegurar o exercício pleno da cidadania. 

A citada consciência evolui no sentido de um possível consenso entre lideranças do centro e da esquerda brasileiras sobre a alternativa mais adequada para dar início a um novo ciclo de desenvolvimento, enquanto o DEM e outros partidos mantêm suas ideologias e posições neoliberais, apesar do fracasso mundial representado pela crise atual, acompanhada do recrudescimento inevitável do protecionismo. 

Este vai agravá-la, a exemplo do que ocorreu após a Grande Depressão de 1929, quando os Estados Unidos foram também o epicentro dela, mas suas conseqüências negativas impactaram mais a Europa. Esta região se tornou o palco principal da Segunda Guerra Mundial, após o surgimento do fascismo e do nazismo, sendo que tanto na Itália quanto na Alemanha o nacionalismo foi a cimento que uniu seus povos descontentes, basicamente, com a pobreza e a falta de perspectivas, em torno de dois ditadores: Mussolini e Hitler.

Se, por um lado, é difícil se imaginar a possibilidade do surgimento de novos líderes e governos autoritários nos países centrais e em emergentes como o Brasil, onde o processo democrático encontra-se mais avançado, por outro lado, há sempre o risco do recrudescimento do nacionalismo que podem se chocar com conquistas internacionais. 

Além disso, no plano interno, há também o risco de eleição de presidente brasileiro capaz de sacrificar as conquistas obtidas no desenvolvimento brasileiro, inclusive a mais recente da estabilidade econômica (controle da inflação), ainda que esta tenha sido alcançada com altas taxas de juros, baixo crescimento econômico e reduzida oferta de trabalho.

A definição de novas estratégias política e de desenvolvimento tem de levar em consideração as experiências resultantes das trajetórias descritas dos países desenvolvidos e emergentes, sobretudo do Brasil, até a atual crise econômica mundial.

Está cada vez mais claro que só a injeção de recursos no combalido mercado financeiro mundial, do qual o brasileiro faz parte e está interligado, não será suficiente para recuperar as economias dos países centrais e periféricos, e, muito menos, para redirencioná-las no sentido de reduzir a ênfase à produção de bens de consumo duráveis, e, conseqüentemente, de diminuir a dependência da economia mundial ao petróleo, seus derivados e outros insumos. 

O PDT e suas lideranças, juntamente com as de outros partidos, precisam repensar sua estratégia política de conquista e de manutenção do poder para participar do processo de defnição de novo rumo para o desenvolvimento nacional, capaz de, entre outros fatos, acabar ou reduzir a privatização de bens e de recurso públicos, em detrimento da maior parte dos cidadãos brasileiros, conforme, aliás, vem sendo denunciado pelo Senador Cristovam Buarque, defensor, permanente, da ênfase à Educação como melhor opção para se criar novo modelo de desenvolvimento brasileiro.

Há um longo caminho a ser percorrido pelo PDT, herdeiro de tradições trabalhistas que foram transmitidas pelo falecido líder Leonel Brizola e que remontam a João Goulart e a Getúlio Vargas. Além disso, o PDT é o único partido brasileiro filiado à Internacional Socialista, que é uma associação livre dos principais partidos socialistas e social-democratas em todo o mundo, com sede em Londres, e cuja origem foi a Segunda Inernacional, fundada em 1889, pela facção marxista após a cisão da Associação Internacional dos Trabalhadores.

O PDT precisa reforçar, com base num projeto político realista, suas conquistas recentes de dois governos estaduais (Amapá e Maranhão) e de duas Assembléias (Pernambuco e Sergipe), bem como ampliar sua participação no processo de definição de uma nova estratégia de desenvolvimento do Brasil, a partir de 2010.

As reflexões acima visam estimular um debate profundo e produtivo neste sentido de todos que estejam interessados em participar do citado processo.

(*) Cesar Francisco Alves é jornalista, ex-Vice-Consul do Consulado do Brasil em Miami e Assessor Parlamentar da 2ª Suplência da Mesa-Diretora da Câmara dos Deputados.

Ahmadinejad cancela visita à América Latina

TEERÃ, 4 MAI (ANSA) - O presidente do Irã, Mahmud Ahmadinejad, cancelou hoje a viagem que faria nos próximos dias ao Brasil, Venezuela e Equador, segundo informou a agência local Irna.

    Estava previsto para o mandatário chegar nesta quarta-feira ao Brasil, acompanhado de uma delegação composta por 110 pessoas e, em seguida, ir ao Equador e à Venezuela, a fim de verificar os acordos energéticos e econômicos firmados com os governos locais.

    No entanto, a visita que o presidente fará amanhã a Síria, onde se reunirá com seu homólogo Bashar al Assad, não sofreu alterações.

    Nesta manhã, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Hassan Qashqavi, havia confirmado a viagem, explicando que o governo buscava "relações ativas com os países da América Latina nos setores de cultura, economia e política".

    Na ocasião, Qashqavi, criticou as declarações da secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, que considerou "inquietante" os vínculos de Teerã e da China com a região latino-americana.

    "Eu não acho que no mundo de hoje, um mundo multipolar no qual estamos competindo pela atenção e relacionamento com, pelo menos, russos, chineses e iranianos, seja do nosso interesse virar as costas para países do nosso hemisfério", comentou Hillary na última sexta-feira.

    A visita do presidente iraniano ao Brasil gerou algumas tensões, já que Ahmadinejad negou a existência do holocausto durante a na Conferência sobre Racismo da Organização das Nações Unidas (ONU) no último dia 20.

    Na ocasião, o governo brasileiro criticou em nota oficial o discurso do mandatário, mas não retirou o convite da visita ao país, fato que fez com que Israel convocasse para consultas o embaixador do Brasil em Teerã, Pedro Motta.

    O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Celso Amorin, respondeu dizendo que o país desejava iniciar com o Irã "um diálogo franco, sem reservas e com liberdade para exprimir as suas divergências".

    Ontem, centenas de pessoas protestaram no Rio de Janeiro e em São Paulo contra a visita do presidente iraniano.

O Itamaraty ainda não foi oficialmente avisado sobre o cancelamento da visita oficial.

Fonte: Agência Ansa.

Para que serve um amigo?

Pra que serve um amigo?

Pra tanta coisa..... não é?

Para Instalar o XP no computador
e não cobrar nada, mesmo perdendo horas e horas a fio!

Para trazer muamba do Paraguai e quase ser preso!

Para emprestar o carro e recebê-lo de volta com multa
e 21 pontos na carteira.

Pra rachar a gasolina, emprestar a prancha,
recomendar um cd, dar carona para festa, passar cola,
caminhar no shopping, segurar a barra.

Todas as alternativas estão corretas,
porém isso não basta para guardar um amigo do lado esquerdo do peito.

A amizade é indispensável para o bom funcionamento
da memória e para a integridade do próprio eu.

Um amigo não racha apenas a gasolina:
racha lembranças, crises e choro, experiências.

Racha a culpa, racha segredos.

Um amigo não empresta apenas a prancha.

Empresta o verbo, empresta o ombro, empresta
o tempo, empresta o calor e a jaqueta.

Um amigo não recomenda apenas um cd.

Recomenda cautela, recomenda um emprego, recomenda um país.

Um amigo não dá carona apenas para festa.

Te leva para o mundo dele e topa conhecer o teu.

Um amigo não passa apenas cola...

Passa contigo um aperto, passa junto o reveillon.

Um amigo não caminha apenas no shopping.

Anda em silêncio na dor, entra contigo em campo,
sai do fracasso ao teu lado.

Segura o tranco, o palavrão, segura o elevador.

Duas dúzias de amigos assim, talvez, ninguém tem...

Se tiver um, amém!

Obrigado por tua amizade... Ela é muito importante para mim!

Texto reproduzido de livre circulação na Internet de autor anônimo.

Ao revelar doença grave Dilma muda paradigma de comportamento dos políticos

Artigo

Marcos Coimbra - A saúde de Dilma

Todos desejamos que ela possa ser julgada pelos eleitores, em 2010, pelo que é e pelo que tem a propor ao país

O fato político mais importante da semana não foi político. Mas foi cheio de consequências políticas.

Quando tomou a decisão de falar claramente a respeito de seus problemas de saúde, Dilma não tinha escolha, pelo que se sabe do que aconteceu nos dias que antecederam o anúncio. A imprensa de São Paulo estava prestes a noticiar sua internação e cirurgia. Elas seriam tornadas públicas a qualquer momento.

Como ela só convocou a coletiva na última hora, o que se deduz é que, para ela e seus conselheiros, a opção preferida era nada dizer. Se tivessem conseguido manter em sigilo o que estava acontecendo, era isso que teriam feito.

Não há nada de estranho nisso. Pessoas conhecidas costumam preferir que, de sua vida privada, o distinto público só conheça aquilo que as engrandece. Toda celebridade é assim.

Políticos são especialmente avessos à divulgação de detalhes sobre seu estado de saúde, em particular os que ocupam funções executivas. Em qualquer lugar, os cidadãos ficam inquietos quando sabem que o chefe de governo não governa na plenitude, por um impedimento ou uma limitação dessa natureza. Suas doenças só são reveladas quando já foram superadas ou quando não interferem com suas atividades.

Assim, Dilma e o presidente, junto com os assessores que consultaram, escolheram a linha de ação mais comum nessas situações: manter a doença em segredo, rezar para que ninguém a descubra e só admitir que existe se for inevitável. Se dependesse deles, ninguém conheceria o diagnóstico, a cirurgia ou o tratamento a que a ministra se submeterá.

O oposto não faria mesmo nenhum sentido, pois está para nascer o político que acha bom que todos saibam de seus problemas. Que toma a iniciativa de chamar a imprensa para comunicar que tem uma doença grave.

Desde quando Dilma deu as declarações, o que mais vimos, nos meios políticos e na imprensa, foram especulações sobre suas consequências. O tom geral foi de que a doença poderia ter um “lado bom”, tese que empolgou alguns governistas e encheu de cautelas a oposição. Nela, houve até quem desconfiasse de um maquiavelismo tão sinuoso que, quem sabe, não fosse a própria doença um ardil, uma armação para turbinar a candidatura da ministra.

Tentar tornar positivo o negativo é uma das coisas mais naturais na política. Nada há, portanto, de inusitado em que o governo procure “fazer do limão uma limonada”. Perante o choque de saber que sua candidata enfrenta um sério problema de saúde, o estado-maior governista reagiu insinuando que, ao contrário de ser prejudicial, a doença poderia não ser de todo negativa.

A verdade é que, se a versão oficial sobre ela estiver certa (detecção precoce, cirurgia bem-sucedida e tratamento que não obriga à mudança da rotina de trabalho), a doença de Dilma será coisa do passado quando chegarmos à eleição. Ela não será nem boa, nem má. Pouca gente sequer vai se lembrar dela.

E ninguém vai correr o risco de fazer com que ela volte à memória do eleitor. Quem, nas oposições, quiser explorar a fraqueza de uma “candidata doente”, ou quem, no governo, quiser enaltecer a “coragem e a humanidade” de quem a enfrentou, será rejeitado pela imensa maioria das pessoas.

Ninguém vai deixar de votar em Dilma por ela ter tido, um dia, um problema de saúde, por mais grave que seja. E também ninguém vai votar nela por tê-lo encarado.

Todos desejamos que ela possa ser julgada pelos eleitores, em 2010, pelo que é e pelo que tem a propor ao país. Quem achar que pode torná-la uma “coitadinha”, seja para o lado negativo, seja para o positivo, será punido pelo eleitorado.

Fonte: Correio Braziliense.

Deputados observam pressão da internet sobre Congresso

A revelação do Congresso em Foco de que parlamentares usavam suas cotas de passagens aéreas para patrocinar viagens de amigos, parentes e artistas, colaborou para que a sociedade aumente a cobrança em relação aos gastos do Parlamento. Essa é uma das avaliação de um grupo de deputados consultados pelo site. 

“Isso não tem volta. Agora é o caso das passagens. Depois aparecerão outros questionamentos sobre a relação entre o público e o privado”, afirma o deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR).

Leia reportagem completa no Congresso em Foco.

O fantástico plano de saúde vitalício dos senadores

Ooolá! Quem quer ser senador?

Basta passar seis meses como Senador para ter garantido, sem nada mais pagar, um plano de saúde familiar vitalício que consome por ano R$ 17 milhões.

O pior é que com um plano de saúde desses e a despreocupação com a vida, tornam os senadores, como esse aí, quase imortais, não morrem nunca, se perpetuam no planeta, causando despesas eternas aos cofres públicos

Esse é o melhor plano de Saúde familiar do mundo, um custo benefício sem precedentes: uma cobertura total, desde o começo, sem preocupações com doenças preexistentes, sem limites de idade e nenhum custo, para o resto da vida, que se alonga pelas facilidades com o atendimento médico e custa ainda mais ao contribuinte.

A matéria de Eugênia Lopes e Rosa Costa no Estadão, põe a descoberto mais um exagerado beneficio que o senhores senadores e senadoras se autopremiaram a pesar nas costas de todos os brasileiros:
Os 310 ex-senadores e seus familiares pensionistas custam pelo menos R$ 9 milhões por ano, cerca de R$ 32 mil por parlamentar aposentado. Detalhe: para se tornar um ex-senador e ter direito a usar pelo resto da vida o sistema de saúde bancado pelos cofres públicos é preciso ocupar o cargo por apenas seis meses. Antes de 1995, a mordomia era ainda maior: bastava ter ficado na suplência por apenas um dia.

No total, os 81 senadores da ativa e os 310 ex-senadores e seus pensionistas usufruem de um sistema privilegiado de saúde que consome cerca de R$ 17 milhões por ano. Os parlamentares da ativa e seus familiares não têm limite de despesas com saúde: em 2008, gastaram cerca de R$ 7 milhões - R$ 80 mil por senador.

No ano passado, os gastos globais do Senado com saúde para parlamentares e servidores foram de R$ 70 milhões. O Senado não divulga, no entanto, o valor dessas despesas apenas com senadores. O diretor-geral, Alexandre Gazineo, alega que precisa de "tempo" para obter esses dados.

O Estado apurou que, em 2008, o Senado gastou cerca de R$ 53 milhões com a saúde de 18 mil servidores efetivos e comissionados, entre ativos e inativos. Ao contrário dos senadores, que não descontam um tostão para ter todas as despesas de saúde pagas, os servidores em atividade e inativos têm descontados, em média, R$ 260 por mês. O custo de cada servidor ao ano é de cerca de R$ 3 mil.

E não precisam nem trabalhar: O senador Mão Santa preside a sessão para ninguém. A foto é de uma sexta-feira, 24 de abril de 2009 - 13h03, horário de sessão. As sexta-feiras não há mais senadores em Brasília, chegam na terça e abandonam o senado e Brasília na quinta a noite, no mais tardar, a está altura já estão em casa, ou em Nova Iorque, Miami, Paris, Londres...

Para este ano, a previsão feita no Orçamento estabeleceu R$ 61 milhões para arcar com a saúde dos senadores e servidores. Na quinta-feira, o Senado anunciou contingenciamento de R$ 25 milhões nas despesas médicas e odontológicas. Ou seja: o orçamento de 2009 deverá ficar em R$ 36 milhões. A área técnica do Senado está convicta de que o corte recairá integralmente sobre a saúde dos servidores. Os senadores continuarão com as despesas ilimitadas.

Técnicos começaram a fazer estudo para compensar o corte no orçamento deste ano no plano de saúde dos servidores. Uma das hipóteses é aumentar a contribuição dos funcionários. Atualmente, existem 262 servidores e funcionários comissionados em tratamento de câncer à custa do Senado. Diante do anúncio de contingenciamento, 18 famílias procuraram a direção do Senado nas últimas 24 horas para saber se serão atingidas com o corte de gastos.

O pagamento das despesas médicas de senadores, ex-senadores e dependentes é regulamentado pelo Ato nº 9, de 8 de junho de 1995. A norma prevê que o Senado arca com todas as despesas dos senadores, sem limites. Estabelece até o pagamento de cirurgias e tratamento médico no exterior. Tudo tem de ser autorizado pela Mesa Diretora, que raramente nega o pedido de gastos médicos.

O limite de R$ 32 mil de gastos anuais para ex-senadores, aliás, é frequentemente ignorado. É o caso, por exemplo, do ex-senador Reginaldo Duarte (PSDB-CE) - ele recebeu R$ 45.029,02 de ressarcimento em gastos médicos, em fevereiro deste ano.

Só o senador Fernando Collor de Melo (PTB-AL), (fotos)já colocou no plano de saúde vitalício familiar do senado, seus dois primos: o primeiro suplente, senador Euclydes Affonso de Mello Neto (PTB-AL) e a segunda suplente Ada Mercedes de Mello Marques Luz (PTB-AL), que assumem alternativamente nas ausências do primo ilustre. Euclydes já está garantido, Ada precisa de mais alguns meses de suplência, mas vai chegar lá, podem ter certeza.

Além dos senadores e ex-senadores, a regalia de atendimento médico vitalício também é estendida aos servidores que ocuparem o cargo de diretor-geral e secretário-geral da Mesa. Essa mordomia, criada em 2000, beneficia hoje Agaciel Maia, que deixou o cargo em março por não ter registrado em seu nome a casa onde mora, avaliada em R$ 5 milhões. Outro favorecido é Raimundo Carreiro, hoje ministro do Tribunal de Contas da União (TCU).
Esse mesmo senado aprovou, por emenda constitucional, os funcionários públicos já em gozo de aposentadoria a passarem a contribuir com 11% de taxa previdenciária. Quem mandou não ser senador?

Fonte: O Estado de São Paulo (26.04.09)

Frase do dia: cuidado com quem falas as coisas espirituais

Quando você se abrir espiritualmente, faça-o somente para alguém a quem confie do fundo do seu coração, alguém bem próximo de você.
Esse tipo de abertura é um passo importante para a superação dos problemas espirituais.



Sua Santidade, o Dalai-Lama, em Palavras de Sabedoria

Como de resto a Educação no Pará é uma vergonha

Segundo o Enem com detalhes no blog do Zé Dudu.

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