Rosso surpreende e é eleito no 1º turno
Com o apoio de um grupo anti-Roriz que se uniu para derrotar Wilson Lima, peemedebista recebe 13 votos e vai governar o Distrito Federal pelos próximos oito meses. Entre seus eleitores estão oito distritais suspeitos de envolvimento na Caixa de Pandora
Com um favoritismo conquistado na véspera da eleição e mantido em segredo até o início da votação, o advogado Rogério Rosso, do PMDB, tornou-se o governador-tampão do Distrito Federal. Levou 13 votos, o mínimo necessário para a vitória em primeiro turno, e conquistou o direito de comandar o Buriti até 31 de dezembro. Terá a ex-administradora de Brasília Ivelise Longhi como vice. O peemedebista se elegeu com a ajuda de parte do grupo que até a última quinta-feira trabalhava em prol da candidatura do governador em exercício, Wilson Lima. Mas, na última hora, o PMDB conseguiu reverter a preferência dos distritais para a chapa liderada por Rosso. O candidato do PT, Antônio Ibañez, reuniu seis eleitores, placar insuficiente para levar a decisão ao segundo turno. Wilson Lima manteve apenas quatro deputados ao seu lado e agora volta à Presidência da Câmara Legislativa, sem a chance de tentar se reeleger deputado distrital em outubro.
Eram 15h, o horário marcado para o início da eleição indireta, e a maioria dos distritais ainda estava fora do plenário, reunida nos gabinetes e negociando adesões. A decisão de parte do grupo de Wilson de migrar os votos para Rosso foi tomada ainda na sexta-feira. Mas como nem todos os deputados aderiram, o PMDB fez boca de urna. Alguns dos parlamentares foram convencidos nos últimos minutos a se aliar ao peemedebista. Dos 13 votos de Rosso, oito vieram de distritais suspeitos de participação na Caixa de Pandora — Eurides Brito (PMDB), Rôney Nemer (PMDB), Benício Tavares (PMDB), Aylton Gomes (PR), Benedito Domingos (PP), Rogério Ulysses (sem partido), Pedro do Ovo (PRP) e Geraldo Naves (sem partido).
O PT foi um dos partidos cuja participação era considerada fundamental. Mesmo com um candidato em plenário, a direção do partido havia fechado acordo com o PMDB de Rosso. Chegou a se comprometer em votar em primeiro turno se houvesse risco de ele ser derrotado por Lima na primeira rodada. Mas os petistas não precisaram se expor. Rosso venceu no limite dos votos, sem se valer da parceria costurada com o PT, que, ao se aliar ao PMDB, tomou a decisão de derrotar Wilson Lima a qualquer custo. O governador em exercício chegou a cogitar deixar o governo temporariamente para participar da votação e evitar que Pedro do Ovo, seu suplente, impulsionasse Rosso. Foi impedido por força da legislação.
Pedro do Ovo, Geraldo Naves e Aylton Gomes só decidiram seus votos em cima da hora. Aylton anunciou sua preferência ao peemedebista após receber o aval da direção nacional do PR liberando o distrital de votar em Wilson, seu colega de partido. Ao optar por Rogério Rosso, Pedro do Ovo confirmou sua despedida do cargo de deputado. Como Wilson Lima perdeu, retomará seu mandato na Câmara. Mas Pedro do Ovo não ficará desamparado. Sempre foi um aliado de Rosso, de quem recebeu apoio na campanha de 2006, quando o candidato distrital chegou à suplência.
Última hora
O gabinete do deputado Milton Barbosa (PSDB) tornou-se o principal ponto de negociações enquanto prosseguia a sessão da eleição indireta no plenário da Câmara. O grupo contrário à candidatura de Rogério Rosso e Ivelise Longhi se revezou dentro do gabinete com os parlamentares que ficaram em cima do muro. A costura de um acordo de última hora contou com a presença dos próprios candidatos. Wilson Lima e o petebista Luiz Filipe Coelho defenderam a manutenção de suas chapas. Nenhum deles quis abrir mão de tentar concorrer ao Palácio do Buriti, mesmo correndo o risco de dividir os votos e facilitar a vitória do PMDB.
Os distritais do PSDB, Raimundo Ribeiro e Milson Barbosa, mantiveram o apoio a Wilson Lima. Jaqueline Roriz (PMN) também votou com o governador em exercício, que nos bastidores era apoiado por seu pai, o ex-governador Joaquim Roriz (PSC). O quarto voto dele veio de Paulo Roriz (DEM), que saiu do controle do deputado federal Alberto Fraga, o principal articulador do partido no processo de sucessão. O combinado era votar em Wilson Lima. Raad Massouh se absteve — foi o único. Eliana Pedrosa (DEM) surpreendeu até ao PT ao escolher Antônio Ibañez.
Um sinal de que o grupo de Lima começava a ruir veio de uma das chapas concorrentes. Menos de 24 horas antes da eleição, o presidente do PRB no Distrito Federal, Roberto Wagner, e vice na coligação do deputado Aguinaldo de Jesus antecipou ao Correio que o distrital desistiria do embate em prol de uma aliança fechada entre nove partidos que tinham a princípio seis votos na Câmara. Os dois distritais do PTB, Dr. Charles e Cristiano Araújo, se somaram à atitude de Aguinaldo. Com a diferença de que, nesse último caso, a chapa não anunciou oficialmente sua desistência. No discurso anterior à votação, o concorrente petebista, Luiz Filipe, anunciou que manteria a candidatura. Mas não teve sequer os votos do partido.
Jatinho
Para evitar a pressão que começou tão logo o grupo em defesa de Wilson Lima percebeu a movimentação de desembarque do governador em exercício, os deputados fizeram as malas, desligaram os celulares e se refugiaram em Goiânia. Viajaram em jatinho emprestado pela família de Cristiano Araújo. Ao oferecer o avião, o distrital do PTB já havia desembarcado da candidatura do correligionário Luiz Filipe. Onze deputados se hospedaram no Castro’s Park Hotel, de onde saíram apenas na manhã de ontem, direto para a Câmara Legislativa.
O grupo se valeu da mesma prática utilizada pela deputada Eliana Pedrosa quando derrotou a base de Joaquim Roriz em 2004 e conseguiu fazer de Fábio Barcellos, hoje no PDT, o presidente da Câmara. Eliana trabalhava nos bastidores pela vitória de Wilson Lima. Ao perceber que seu candidato seria derrotado, optou por uma saída intermediária. Ao dar seu voto para Ibañez, pode até ter ficado mal com Lima, mas nem tanto com o novo governador.
O ex-governador Roriz foi um dos principais cabos eleitorais de Wilson Lima. Chegou a declarar a preferência publicamente, o que foi considerado por vários deputados um erro decisivo para a ruína da chapa do governador em exercício. Horas antes do início da votação, Roriz ainda telefonava para deputados na esperança de convencê-los a eleger Wilson Lima.
Placar
Veja como votaram os 24 deputados distritais na eleição indireta de ontem à tarde
Rogério Rosso (PMDB) - 13 votos
Aguinaldo de Jesus (PRB)
Alírio Neto (PPS)
Aylton Gomes (PR)
Batista das Cooperativas (PRP)
Benedito Domingos (PP)
Benício Tavares (PMDB)
Cristiano Araújo (PTB)
Dr. Charles (PTB)
Geraldo Naves (sem partido)
Eurides Brito (PMDB)
Pedro do Ovo (PRB)
Rogério Ulysses (PSB)
Rôney Nemer (PMDB)
Antônio Ibañez (PT) - 6 votos
Chico Leite (PT)
Érika Kokay (PT)
Paulo Tadeu (PT)
Cabo Patrício (PT)
Antônio Reguffe (PDT)
Eliana Pedrosa (DEM)
Wilson Lima (PR) - 4 votos
Jaqueline Roriz (PMN)
Raimundo Ribeiro (PSDB)
Milton Barbosa (PSDB)
Paulo Roriz (DEM)
Abstenção
Raad Massouh (DEM)
Fonte: Correio Braziliense.
Articulação de bastidor elege novo governador do DF
Labels:
Distrito Federal,
Política
Acompanho fatos relevantes a partir de abordagem jornalística, isenta e independente
Eleições 2010 - PT e PMDB mantém impasse me vários estados
Comprovando a máxima de que o PMDB é um partido consciente da Federação, não da União, a legenda segue rachada pelo país. A coligação com o PT só está definida em Sergipe, Alagoas, Rio, Espírito Santo, Rondônia, Mato Grosso, Paraíba e Rio Grande do Norte. No Ceará e na Bahia, ainda há ruídos. No Piauí, no Maranhão e no Pará, a situação segue confusa. “Minas é uma incógnita”, avalia o deputado Paulo Henrique Lustosa (PMDB-CE). Em São Paulo, pode ter acordo, mas no Acre e no Mato Grosso do Sul, o PT deve ficar sem o apoio dos peemedebistas.
No Correio Braziliense.
No Correio Braziliense.
Labels:
Eleições 2010
Acompanho fatos relevantes a partir de abordagem jornalística, isenta e independente
Eleições 2010 - Marcos Coimbra discorre sobre os tipos de eleitor
É verdade que uma parcela grande do eleitorado brasileiro não se identifica com nenhum partido. Mas é fato que quase 50% tem sua preferência
Às vezes, por trás de uma conjetura simples, esconde-se algo complicado. Isso pode acontecer em tudo que fazemos e, a toda hora, ocorre no debate político. Como agora, que estamos discutindo a sucessão de Lula.
Existe pergunta mais inofensiva que “o que o eleitor brasileiro quer da eleição de 2010?”. Parece que não, que qualquer pessoa que acompanha o processo eleitoral seria capaz de solucioná-la. Um pesquisador, então, teria obrigação de ter a resposta na ponta da língua.
Dá-se o caso que é uma pergunta que pode ser tudo, menos simples. De um lado, ela talvez não tenha qualquer significado. De outro, pode ser muito reveladora, permitindo que pensemos o país que somos e a sociedade que constituímos.
Faz algum sentido falar de “o eleitor brasileiro”? O que seria esse ente, indiviso e singular? Onde está esse eleitor?
Qualquer um sabe que, no mundo real, não existe “o eleitor”, mas “os eleitores”, um conjunto formado por seres muito diferentes. São do sul e do norte, pobres e ricos, que foram à escola e que não foram, mulheres e homens, jovens e velhos. A pergunta sobre o que quer “o eleitor” só faz sentido se a reformularmos para “o que querem da eleição de 2010 os diferentes eleitores do país?”.
Basta refazê-la para perceber que só há uma forma de respondê-la: coisas diferentes, que decorrem das várias necessidades que diferentes tipos de pessoa têm no momento pelo qual o Brasil passa.
Estamos prontos a admitir nossas diferenças socioeconômicas. Todos conhecemos as clivagens que nos separam e ninguém espera que um camponês miserável do Nordeste seja igual a um modelo que desfila nos Jardins, região nobre de São Paulo. Nem que ambos queiram as mesmas coisas da eleição de 2010.
Mas nem sempre nos lembramos que os eleitores não diferem apenas naquilo que a sociologia chama de diferenças objetivas. Além delas (com sua evidente importância), existem outras, que pertencem a outros domínios da vida social. À política, por exemplo.
Quando a imprensa, nos Estados Unidos, se refere aos eleitores, a primeira coisa que faz é dizer se está falando de eleitores democratas ou republicanos. Muito raramente (se é que alguma vez) fala de eleitores abstratos, por isso mesmo indiferenciados. Ninguém entenderia uma eleição naquele país se não tivesse em mente as diferentes visões e os desejos que cada categoria de eleitor, pensando em termos partidários, possui.
Sem que tenhamos, no Brasil, uma história de vida partidária sequer parecida com a deles, algo de semelhante existe por aqui. Engana-se quem analisa o comportamento de nossos eleitores subestimando as diferenças políticas que os distinguem.
É verdade que uma parcela grande do eleitorado brasileiro não se identifica com nenhum partido. Mas é fato que quase 50% tem sua preferência. Ou seja, considerando que o sufrágio é universal aqui, que talvez tenhamos, proporcionalmente, tantas pessoas “partidarizadas” no Brasil quanto nos Estados Unidos.
Não estamos indo para a eleição deste ano com um eleitorado formado por iguais, mas por diferentes. Pessoas que viveram de maneiras diferentes os últimos oito anos, que sentiram de maneiras diferentes o que foi o governo Lula em comparação com o de FHC. Que chegam a esta eleição com identidades políticas diferentes, formadas ao longo da vida.
A velha história de que 30% vota com Lula, 30% contra ele e os restantes variam em função do contexto, tem nova aritmética. As pesquisas mostram que os primeiros cresceram e encurtaram a proporção dos segundos. O piso subiu de um lado e desceu do outro.
Em outras palavras: com os 30% que as atuais pesquisas lhe dão, Dilma ainda não chegou nem perto de seu “patamar”. (O que não quer dizer que vai ganhar as eleições, pois isso depende de muitas coisas).
Sociólogo e presidente do Instituto Vox Populi
Artigo publicado no Correio Braziliense e no Estado de Minas
Às vezes, por trás de uma conjetura simples, esconde-se algo complicado. Isso pode acontecer em tudo que fazemos e, a toda hora, ocorre no debate político. Como agora, que estamos discutindo a sucessão de Lula.
Existe pergunta mais inofensiva que “o que o eleitor brasileiro quer da eleição de 2010?”. Parece que não, que qualquer pessoa que acompanha o processo eleitoral seria capaz de solucioná-la. Um pesquisador, então, teria obrigação de ter a resposta na ponta da língua.
Dá-se o caso que é uma pergunta que pode ser tudo, menos simples. De um lado, ela talvez não tenha qualquer significado. De outro, pode ser muito reveladora, permitindo que pensemos o país que somos e a sociedade que constituímos.
Faz algum sentido falar de “o eleitor brasileiro”? O que seria esse ente, indiviso e singular? Onde está esse eleitor?
Qualquer um sabe que, no mundo real, não existe “o eleitor”, mas “os eleitores”, um conjunto formado por seres muito diferentes. São do sul e do norte, pobres e ricos, que foram à escola e que não foram, mulheres e homens, jovens e velhos. A pergunta sobre o que quer “o eleitor” só faz sentido se a reformularmos para “o que querem da eleição de 2010 os diferentes eleitores do país?”.
Basta refazê-la para perceber que só há uma forma de respondê-la: coisas diferentes, que decorrem das várias necessidades que diferentes tipos de pessoa têm no momento pelo qual o Brasil passa.
Estamos prontos a admitir nossas diferenças socioeconômicas. Todos conhecemos as clivagens que nos separam e ninguém espera que um camponês miserável do Nordeste seja igual a um modelo que desfila nos Jardins, região nobre de São Paulo. Nem que ambos queiram as mesmas coisas da eleição de 2010.
Mas nem sempre nos lembramos que os eleitores não diferem apenas naquilo que a sociologia chama de diferenças objetivas. Além delas (com sua evidente importância), existem outras, que pertencem a outros domínios da vida social. À política, por exemplo.
Quando a imprensa, nos Estados Unidos, se refere aos eleitores, a primeira coisa que faz é dizer se está falando de eleitores democratas ou republicanos. Muito raramente (se é que alguma vez) fala de eleitores abstratos, por isso mesmo indiferenciados. Ninguém entenderia uma eleição naquele país se não tivesse em mente as diferentes visões e os desejos que cada categoria de eleitor, pensando em termos partidários, possui.
Sem que tenhamos, no Brasil, uma história de vida partidária sequer parecida com a deles, algo de semelhante existe por aqui. Engana-se quem analisa o comportamento de nossos eleitores subestimando as diferenças políticas que os distinguem.
É verdade que uma parcela grande do eleitorado brasileiro não se identifica com nenhum partido. Mas é fato que quase 50% tem sua preferência. Ou seja, considerando que o sufrágio é universal aqui, que talvez tenhamos, proporcionalmente, tantas pessoas “partidarizadas” no Brasil quanto nos Estados Unidos.
Não estamos indo para a eleição deste ano com um eleitorado formado por iguais, mas por diferentes. Pessoas que viveram de maneiras diferentes os últimos oito anos, que sentiram de maneiras diferentes o que foi o governo Lula em comparação com o de FHC. Que chegam a esta eleição com identidades políticas diferentes, formadas ao longo da vida.
A velha história de que 30% vota com Lula, 30% contra ele e os restantes variam em função do contexto, tem nova aritmética. As pesquisas mostram que os primeiros cresceram e encurtaram a proporção dos segundos. O piso subiu de um lado e desceu do outro.
Em outras palavras: com os 30% que as atuais pesquisas lhe dão, Dilma ainda não chegou nem perto de seu “patamar”. (O que não quer dizer que vai ganhar as eleições, pois isso depende de muitas coisas).
Sociólogo e presidente do Instituto Vox Populi
Artigo publicado no Correio Braziliense e no Estado de Minas
Labels:
Artigo,
Eleição 2010,
Opinião,
Política
Acompanho fatos relevantes a partir de abordagem jornalística, isenta e independente
Após lançamento de candidatura Serra empaca
Pesquisa serena ânimos
Petistas e tucanos respiraram aliviados com a revelação dos dados do Instituto Datafolha. Os dois pré-candidatos à Presidência mantiveram o patamar de intenção de votos da pesquisa anterior. A manutenção do quadro tranquilizou os aliados de Dilma Rousseff (PT). Eles temiam um avanço de José Serra (PSDB) depois do lançamento oficial da pré-candidatura, no último sábado. No ninho tucano, os ânimos serenaram ao perceber que a divulgação da pesquisa Sensus, indicando empate técnico entre os adversários, não teve respaldo na sondagem paulista. Para os petistas, os 38% obtidos por José Serra (PSDB) na simulação estimulada, cinco dias depois da apresentação formal do pré-candidato tucano, foi um resultado positivo, apesar de a ex-ministra petista ficar 10 pontos atrás do ex-governador de São Paulo (28%). “A pesquisa foi boa para nós. Depois de toda essa exposição do Serra, ele não cresceu”, comenta o líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP).
Os dados de ontem são semelhantes aos da consulta anterior, feita cinco dias depois do lançamento da pré-candidatura do PT, que registrou 36% de indicações para o tucano e 27% para a petista na pesquisa estimulada. Atento às minúcias, o deputado Jutahy Júnior (PSDB-BA) comemora a vantagem de 12% que Serra abre à frente de Dilma quando o deputado Ciro Gomes (PSB) não é considerado. “É um resultado que demonstra a força da candidatura do Serra. No cenário mais provável, que é sem o Ciro, ele chega a 12% de frente”.
A forte influência do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na campanha ficou marcada pela resposta dos eleitores na sondagem espontânea. Na função de “cabo eleitoral”, a popularidade do presidente (73% o consideram bom ou ótimo) pode desequilibrar o jogo. A enquete indica que 54% do eleitorado ainda não sabem em quem votar quando a pesquisa não indica os nomes. Nesse recorte, Dilma aparece com 13%, contra 12% de Serra. Pesa a favor da ex-ministra o fato de que outros 10% votariam em Lula ou no escolhido por ele.
“Isso justifica que alguns especialistas atribuam favoritismo a Dilma. Ela está mostrando que é uma candidata viável, mas muitas coisas podem interferir. Por exemplo, o eleitorado feminino, onde ela ainda não chega”, disse o cientista político Fábio Wanderley Reis, professor emérito da Universidade Federal de Minas Gerais. (JJ)
OS NÚMEROS
38% - Intenções de voto em Serra, segundo pesquisa do Datafolha
28% - Projeção dos votos em Dilma, de acordo com o mesmo instituto
Fonte: Correio Braziliense.
Petistas e tucanos respiraram aliviados com a revelação dos dados do Instituto Datafolha. Os dois pré-candidatos à Presidência mantiveram o patamar de intenção de votos da pesquisa anterior. A manutenção do quadro tranquilizou os aliados de Dilma Rousseff (PT). Eles temiam um avanço de José Serra (PSDB) depois do lançamento oficial da pré-candidatura, no último sábado. No ninho tucano, os ânimos serenaram ao perceber que a divulgação da pesquisa Sensus, indicando empate técnico entre os adversários, não teve respaldo na sondagem paulista. Para os petistas, os 38% obtidos por José Serra (PSDB) na simulação estimulada, cinco dias depois da apresentação formal do pré-candidato tucano, foi um resultado positivo, apesar de a ex-ministra petista ficar 10 pontos atrás do ex-governador de São Paulo (28%). “A pesquisa foi boa para nós. Depois de toda essa exposição do Serra, ele não cresceu”, comenta o líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP).
Os dados de ontem são semelhantes aos da consulta anterior, feita cinco dias depois do lançamento da pré-candidatura do PT, que registrou 36% de indicações para o tucano e 27% para a petista na pesquisa estimulada. Atento às minúcias, o deputado Jutahy Júnior (PSDB-BA) comemora a vantagem de 12% que Serra abre à frente de Dilma quando o deputado Ciro Gomes (PSB) não é considerado. “É um resultado que demonstra a força da candidatura do Serra. No cenário mais provável, que é sem o Ciro, ele chega a 12% de frente”.
A forte influência do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na campanha ficou marcada pela resposta dos eleitores na sondagem espontânea. Na função de “cabo eleitoral”, a popularidade do presidente (73% o consideram bom ou ótimo) pode desequilibrar o jogo. A enquete indica que 54% do eleitorado ainda não sabem em quem votar quando a pesquisa não indica os nomes. Nesse recorte, Dilma aparece com 13%, contra 12% de Serra. Pesa a favor da ex-ministra o fato de que outros 10% votariam em Lula ou no escolhido por ele.
“Isso justifica que alguns especialistas atribuam favoritismo a Dilma. Ela está mostrando que é uma candidata viável, mas muitas coisas podem interferir. Por exemplo, o eleitorado feminino, onde ela ainda não chega”, disse o cientista político Fábio Wanderley Reis, professor emérito da Universidade Federal de Minas Gerais. (JJ)
OS NÚMEROS
38% - Intenções de voto em Serra, segundo pesquisa do Datafolha
28% - Projeção dos votos em Dilma, de acordo com o mesmo instituto
Fonte: Correio Braziliense.
Labels:
Eleição 2010,
Institutos de Pesquisa
Acompanho fatos relevantes a partir de abordagem jornalística, isenta e independente
Cidadãos poderão opinar sobre as matérias em tramitação na Câmara dos Deputados
A partir da próxima terça-feira (20), a Agência Câmara de Notícias vai abrir suas matérias de manchete para comentários dos leitores. Um dos objetivos da iniciativa é facilitar discussões sobre as propostas em tramitação, aumentando os canais de interatividade com a sociedade e a transparência dos debates. Essas são premissas fundamentais da comunicação que a Agência Câmara se propõe a fazer: a de interesse público.
Atualmente, a Agência Câmara já conta com um mecanismo que permite aos leitores encaminhar comentários aos parlamentares relacionados com as notícias publicadas, mas essas opiniões não são publicadas — vão diretamente para os e-mails dos deputados, sem moderação.
Os comentários publicados serão avaliados previamente por um moderador e só serão divulgados se tiverem relação com o tema da notícia e não contiverem palavras de baixo calão, conteúdo publicitário, propagandístico ou eleitoral.
As notícias abertas para comentários exibirão o termo "Comentários" logo acima do título — a partir do qual o leitor poderá tanto comentar como ler os comentários já publicados.
A Agência Câmara de Notícias dispõe ainda de outras ferramentas de interatividade, como bate-papo entre internautas e relatores de projetos polêmicos, e enquetes na página principal do site e em notícias sobre projetos de lei (apresentação e votação nas comissões).
Atualmente, a Agência Câmara já conta com um mecanismo que permite aos leitores encaminhar comentários aos parlamentares relacionados com as notícias publicadas, mas essas opiniões não são publicadas — vão diretamente para os e-mails dos deputados, sem moderação.
Os comentários publicados serão avaliados previamente por um moderador e só serão divulgados se tiverem relação com o tema da notícia e não contiverem palavras de baixo calão, conteúdo publicitário, propagandístico ou eleitoral.
As notícias abertas para comentários exibirão o termo "Comentários" logo acima do título — a partir do qual o leitor poderá tanto comentar como ler os comentários já publicados.
A Agência Câmara de Notícias dispõe ainda de outras ferramentas de interatividade, como bate-papo entre internautas e relatores de projetos polêmicos, e enquetes na página principal do site e em notícias sobre projetos de lei (apresentação e votação nas comissões).
Labels:
Câmara dos Deputados,
Debate qualificado
Acompanho fatos relevantes a partir de abordagem jornalística, isenta e independente
Por quê criar o Estado do Carajás? Giovanni Queiroz responde
TV Câmara
Acompanho fatos relevantes a partir de abordagem jornalística, isenta e independente
Depoimento visionário do gaúcho Pompeo de Mattos sobre o Carajás
TV Câmara
Labels:
Atuação Parlamentar,
Estado do Carajás
Acompanho fatos relevantes a partir de abordagem jornalística, isenta e independente
Estado do Carajás: Celso Maldaner diz que está provado que a descentralização, resulta em desenvolvimento
Labels:
Estado do Carajás,
Estado do Tapajós
Acompanho fatos relevantes a partir de abordagem jornalística, isenta e independente
O visionário acreano do Carajás
TV Câmara
Os manipuladores de nossa história: a história do Carajás e do Tapajós não sabem, mas agora vão saber:
Os manipuladores de nossa história: a história do Carajás e do Tapajós não sabem, mas agora vão saber:
A razão que move há décadas o entusiasmo popular em busca da criação do Tapajós e do Carajás, passa sim, por muitos homens e mulheres que nasceram nessas terras. E passa também por irmãos de outros estados.
Essas terras, que de tão abençoadas por Deus, são ricas; mas, não conseguem, ao longo da história, conceder aos povos migrantes e nativos, um lugar ao Sol. Por que?
Vejam que o Estado do Pará é motivo de chacota há dezenas de décadas nos jornais e cartórios do país.
Mas, insisto na pergunta: por quê será que somos vistos como marginais?
Mas, insisto na pergunta: por quê será que somos vistos como marginais?
Somos vistos, por exemplo, no Rio de Janeiro, como surfistas de jacarés!
Salvo raras exceções, nosso povo é taxado como sub-raça da pior qualidade.
- Somos, segundo o subliminar conceito: gente que pratica a preguiça, o descaminho e a safadeza como meio de vida. A nossa gente é vista como pilantras contrabandistas, facilitadores do descaminho fiscal e uzeiros e vezeiros na prática da má ação empresarial.
Somos, escravagistas, desmatadores, assassinos e usurpadores. Somos, ainda, elitistas, pedófilos e distantes de Deus.
Somos, conforme nossos julgadores, a pior espécie de gente jamais concebida pela natureza.
- Eu digo que nós, não somos, afirmo, nem sombra disso.
Há mais ou menos 40 anos atrás, um caboclinho acreano, ousou sair de sua tapera em busca do mundo. Seu nome:
- Asdrubal Bentes.
Bentes foi o primeiro parlamentar, hipnotizado pela energia concedida pelo privilégio de representar os paraenses no processo decisório de elaboração da chamada Constituição Cidadã; promulgada com entusiasmo em 1988; que apresentou quase ao tempo da promulgação da Carta que ajudou a escrever como constituinte, o Projeto de Decreto Legislativo n.o 36. Era o futuro Estado do Carajás.
Vejam e ouçam o que Asdrúbal Bentes (PMDB-PA) falou na última quarta-feira, 14, sobre a importância da aprovação do requerimento de urgência das matérias sobre os plebiscitos do Carajás e do Tapajós.
O parlamentar no 5.o mandato, defende melhor um cidadão, como eu, nascido em Marabá; que qualquer vestal nascido em meu Estado.
Acompanho fatos relevantes a partir de abordagem jornalística, isenta e independente
Estado do Carajás: deputado Júlio César, do Piauí, crava apoio aos irmãos nortistas
TV Câmara
Meus parabéns Júlio. Acredito que todo o povo lascado do sul e do oeste do Pará, concordarão comigo sobre teu entendimento para corrigirmos um erro histórico da ocupação do nosso país.
Nota: O deputado piaiuense Júlio César herda o nome do imperador de mesmo nome e não se faz de rogado: é um homem extraordinariamente inteligente, dedicado até a última instância aos interesses de seus sofridos conterrâneos que, recebem o povo doente e sem esperança de vida do Carajás em seus hospitais de referência internacional.
- Deputado Júlio César, o senhor não tem noção o quanto o povo carajaense é agradecido com seu depoimento, que sei, é sincero e vem de sua boa alma de um homem sem nódoa em sua vida.
Ave César!
Meus parabéns Júlio. Acredito que todo o povo lascado do sul e do oeste do Pará, concordarão comigo sobre teu entendimento para corrigirmos um erro histórico da ocupação do nosso país.
Nota: O deputado piaiuense Júlio César herda o nome do imperador de mesmo nome e não se faz de rogado: é um homem extraordinariamente inteligente, dedicado até a última instância aos interesses de seus sofridos conterrâneos que, recebem o povo doente e sem esperança de vida do Carajás em seus hospitais de referência internacional.
- Deputado Júlio César, o senhor não tem noção o quanto o povo carajaense é agradecido com seu depoimento, que sei, é sincero e vem de sua boa alma de um homem sem nódoa em sua vida.
Ave César!
Labels:
Atuação Parlamentar,
Criação de Novos Estados,
Estado do Carajás,
Estado do Tapajós,
Geopolítica
Acompanho fatos relevantes a partir de abordagem jornalística, isenta e independente
Estado do Carajás: Zé Geraldo muda de idéia
TV Câmara
Para não ficar mal no sul do Pará e no Oeste do Estado, o deputado Zé Geraldo (PT-PA), como naqueles truques incríveis dos mágicos, apresenta seu voto a favor da Constituição que jurou defender.
- Bom. Será que dá tempo para os eleitores do Carajás e do Tapajós engolirem essa?!
Para não ficar mal no sul do Pará e no Oeste do Estado, o deputado Zé Geraldo (PT-PA), como naqueles truques incríveis dos mágicos, apresenta seu voto a favor da Constituição que jurou defender.
- Bom. Será que dá tempo para os eleitores do Carajás e do Tapajós engolirem essa?!
Acompanho fatos relevantes a partir de abordagem jornalística, isenta e independente
Assinar:
Postagens (Atom)
Veja como foi a sessão solene em Homenagem à Nossa Senhora de Nazaré 2024, na Câmara dos Deputados
Veja como foi a sessão solene em Homenagem à Nossa Senhora de Nazaré 2024, na Câmara dos Deputados A imagem peregrina da padroeira dos par...
-
Segundo texto publicado pela Cooperativa dos Garimpeiros invadida por adversários da atual diretoria no último domingo, 17. No mês de Abril ...
-
Os 52 municípios paraenses que integram o pólo turístico Araguaia Tocantins se preparam para mais uma temporada de férias. Entre as opções...