Há uma saída para a crise de representação parlamentar

O blog Política e Políticos no Paraná foi uma das ferramentas adotadas pelo Núcleo de Pesquisa "Curitiba pensa o Paraná", para divulgação de parte dos projetos de pesquisa realizadas no Centro Universitário Curitiba, criado em 2003. O blog disponibiliza aos interessados em Ciências Políticas, uma pequena parcela da produção desenvolvida no âmbito de seu foco: a Ciência Política.

Conforme os próprios editores responsáveis pelo blog deixam claro, sua finalidade é a de "apresentar análises e sugerir temas para melhor compreensão de temas políticos e da política paranaense", o que, naturalmente, extrapola os limites territoriais daquele Estado. O FEED do blog é: http://politicaparana.blogspot.com/atom.xml.

Não conheço projeto semelhante em outra parte, de modo que fiquei muito entusiasmado com a iniciativa e estarei "mexendo o palito no tacacá" sugerindo algo como "Marabá pensa o Pará" a quem interessar possa. Que tal?

A conversa não é fiada, e penso que já está mais do que na hora de setores da elite paraense encastelados na capital Belém, mudem velhas práticas, notadamente aquelas que insistem na preservação de um modêlo de desenvolvimento cujo sustentáculo é a alta capacidade de um pequeno grupo social agregar a maior fatia do PIB estadual, manipulando e financiando benesses dos entes políticos a cada ciclo eleitoral.

No meu entendimento essa prática não passa de golpe rasteiro, corrupção ativa e alimentação de um ciclo pernicioso que tem reflexos em todo o conjunto da sociedade.

O blog que recomendo aos iniciados na política, divulga os esforços internacionais para que o papel dos parlamentos sejam pilares para a reconstrução da confiança do Estado e não o contrário.

Não deixem de ler e conhecer o artigo abaixo.

Está claro que hoje, em muitos países do mundo, as instituições públicas, Parlamentos entre elas, enfrentam uma crise de legitimidade. Muitos perderam a confiança nestas instituições que são percebidas como ineficazes e inaptas a responder às suas necessidades. A Organização das Nações Unidas realizaram um encontro de cúpula em Viena, de 26 a 29 de junho, para se debruçar sobre as deficiências da governança pública. O 7.o Fórum Mundial reuniu altos representantes de diversos governos e Parlamentos, assim como da sociedade civil, para debater essas questões e propor medidas para melhorar a governança pelo mundo.

A (UIP) União Interparlamentar, organização internacional de parlamentos e de Estados soberanos, convocou, a propósito, um fórum de deputados nessa ocasião para que pudessem refletir sobre o papel específico atribuído aos Parlamentos, garantidores de uma governança mais transparente e mais responsável, tanto a nível nacional quanto internacional.

A reunião foi viabilizada pelo convite do Parlamento austríaco e atraiu a participação de mais de cem deputados de 31 países. Os debates versaram sobre o papel que a transparência e a responsabilidade podem desempenhar no restabelecimento da confiança das instituições do Estado. De acordo com as propostas da Sra. Barbara Prammer, Presidente da Câmara Baixa do Parlamento austríaco, os governos devem ganhar a confiança da nação reforçando a participação popular no processo de elaboração das políticas, assegurando a promoção da coesão entre comunidades e praticando uma governança transparente, responsável e realista.

Os participantes à reunião de Viena refletiram sobre os meios pelos quais os Parlamentos podem responsabilizar o Poder Executivo e destacaram que Parlamentos fortes, independentes, dotados de recursos suficientes e poderes reais são um pilar indispensável e incontornável da democracia. Observaram que os Parlamentos devem ser exemplos inatacáveis de integridade se desejam promover a integridade dos governantes. Quanto a isso, numerosos oradores intervieram para recomendar a adoção de códigos de conduta ética para deputados.

A vontade dos Parlamentos de estender o seu controle a todos os setores da atividade nacional surgiu de debates exaustivos consagrados ao direito de observação parlamentar sobre o setor da segurança. Assim, a Sra. Margaret Mensah-Williams, Vice-Presidente do Comitê executivo da UIP (União Interparlamentar), que presidia o Fórum, afirmou que nenhum setor da vida de uma nação poderia, legitimamente, subtrair-se ao direito de fiscalizar e investigar o Parlamento. Se é verdadeiro que a segurança nacional é um domínio de exame relativamente novo para os Parlamentos, e que a aproximação a ele pode ser marcada por dificuldades e opacidade, os participantes destacaram que o setor da segurança deveria estar a serviço de toda a nação e que, para isso, é necessário submetê-lo a um controle exercido por civis. Os Parlamentos devem, por conseguinte, ter o direito de examinar a estrutura, as políticas e o funcionamento de qualquer serviço de segurança. Este direito de fiscalização parlamentar deve se realizar também sobre as contratações públicas e sobre o emprego de forças militares no estrangeiro. Os participantes também condenaram com vivacidade a ingerência dos militares na vida política das nações.

O Fórum parlamentar foi concluído com um vigoroso clamor para que se amplie a proteção que se deve assegurar aos deputados no exercício das suas funções. A esse respeito, a questão dos privilégios e das imunidades parlamentares foi objeto de longos debates no curso dos quais os intervenientes afirmaram que a imunidade parlamentar não pode ser um privilégio conferido a título individual mas deve ser um sistema coletivo que permita ao Parlamento, enquanto instituição, funcionar sem obstáculos.
Uma advertência foi lançada também aos partidos políticos, que devem tomar mais iniciativas para promover integração, em especial no que diz respeito às relações de igualdade entre homens e mulheres nas instituições públicas. Os partidos também foram instados a adotar procedimentos internos mais democráticos e a aumentar a disciplina partidária para garantir que os deputados possam se expressar e agir de maneira mais independente, a fim de promover a responsabilidade dos governantes.

As opiniões e recomendações formuladas pelos deputados foram transmitidas a todos os participantes do 7.o Fórum mundial "Reinventar a governança do Estado" numa mensagem lida, em nome da UIP, pela Sra. Nino Burjanadze, Presidente do Parlamento da Geórgia.

(Texto originalmente publicado em francês e inglês no Boletim No. 8, 18 de julho de 2007 da Union Interparlementaire – Tradução de Carlos Luiz Strapazzon, Professor de Ciência Política do Centro Universitário Curitiba, Doutorando em Sociologia Política - UFPr, disponivel em www.ipu.org)

Protest day or a day belongs to the hunt the other of the hunter

Blog dos Blogs

The space that separates the shabby of the imbecile is tenuous when we talk about politics and competences.

Post below captured of the Blog dos Blogs by contundência and reflection that can impregnate hearts and minds. Seize and read.

The angry side of the "Fora, Lula!"

Yesterday to the 10h30 posted here an email that I received from Adriana and Giulio, of blog Prose & Political. They cared for other post, posted also here yesterday, to the 7h35, in which I cited the fact of they are announcing, with blog of the Democratic party, a demonstration in São Paulo call from "Outside, Lula!". Said that they sent an email polite to justify the such movement, but that I continued finding golpismo talk in "Fora,Lula!" At this time. In the same way as PFL (today GIVE) and PSDB classified as golpismo the groups of left that talked in "Outside, FHC!" At that time of the privatizations.

But I was alerted by internauta that is signed Marco Antônio Quirim (maqs13@gmail.com), in a comment in one of posts, that Adriana and Giulio were polite just in that email. In your blog, they express, tell, of angrier way. Well, that kind of action is used to deteriorate for angrier attitudes... Explosive until!

Thence because -- as reveleou Helena Wounds in post yesterday's, here, to the 19h56 -- the Plateau Palace is fearful. Actually, everybody gets fearful. That golpismo business does not serve to anybody. See below Adriana's Post and Giulio and check as already they went up a tone:
“Journalist petista and blog crook

The journalist Such Faria, branch director in Brasília of the Newspaper of Brazil, did not like the note of this blog announcing the movement “The great hiss day” in SP (the note follows below). Did not like and it published in its today's column telling that that is golpismo.

Very well, my expensive Such, golpismo is to deceive the people with the purses-alms. Crook is a president who when it needs if put in the role of president invents a stye and not if solidariza with your people that suffers. Blow is to know that the population runs risk with an inefficient aerial and chaotic system, and we shut up, letting more 200 people die. Anyway, that more than golpismo, is murder.
Therefore, crook we, my expensive Such?

GREAT HISS DEMONSTRATION: DAY OF THE OUTSIDE Lula

Saturday, day 4 of August, to the 14:00, in Av. From São Paulo (c/ Pamplona) there will be a demonstration "Outside Lula".

-Carry throat for hiss.
-Isopor planes.
-Any cardboard with sentences anti-comuno-fascist writings.
-Cloths blacks.
-Clothes pretas.
-Xerocar texts for distruibuição.
-Go in couple, trio or group.
-Clown noses.
-Send message of cellular calling the friends who are not facisto-petralha in the day.
-Send email inviting all of those well-known that are not comuno-facisto-petralhista.
-Care for all the newspapers, radios and TV's informing the happening.
-Do what it is possible for this great hiss happen. If do not happen tomorrow it will be worse.

Dia de protesto ou um dia é da caça o outro do caçador

O espaço que separa o roto do imbecil é tênue quando falamos de política e competências.

O post abaixo capturei do Blog dos Blogs pela contundência e reflexão que pode impregnar corações e mentes. Aproveitem e leiam.

















A face raivosa do "Fora,Lula!"

Ontem às 10h30 postei aqui um email que recebi de Adriana e Giulio, do blog Prosa & Política. Tratavam de outro post, também postado aqui ontem, às 7h35, em que citei o fato de eles estarem divulgando, junto com o blog do partido Democratas, uma passeata em São Paulo chamada de "Fora, Lula!". Disse que eles mandaram um email educado para justificar o tal movimento, mas que eu continuava achando golpismo falar em "Fora,Lula!" neste momento. Da mesma forma como o PFL (hoje DEM) e o PSDB classificaram como golpismo os grupos de esquerda que falaram em "Fora, FHC!" na época das privatizações.

Mas fui alertado pelo internauta que se assina Marco Antônio Quirim (maqs13@gmail.com), num comentário em um dos posts, que Adriana e Giulio foram educados apenas naquele email. No seu blog, eles se expressam, digamos, de maneira mais raivosa. Pois é, esse tipo de movimento costuma deteriorar para atitudes mais raivosas... Explosivas até!

Daí porque -- conforme reveleou Helena Chagas no post de ontem, aqui, às 19h56 -- o Palácio do Planalto fica temeroso. Na verdade, todos ficamos temerosos. Esse negócio de golpismo não serve a ninguém. Veja abaixo o post de Adriana e Giulio e confira como já subiram um tom:
Jornalista petista e o blog golpista

O jornalista Tales Faria, diretor da sucursal em Brasília do Jornal do Brasil, não gostou da nota deste blog divulgando o movimento “O dia da grande vaia” em SP (a nota segue abaixo). Não gostou e publicou em sua coluna de hoje dizendo que isso é golpismo.

Pois bem, meu caro Tales, golpismo é enganar o povo com as bolsas-esmolas. Golpista é um presidente que quando precisa se colocar no papel de presidente inventa um terçol e não se solidariza com seu povo que sofre. Golpe é saber que a população corre risco com um sistema aéreo ineficiente e caótico, e se cala, deixando que mais 200 pessoas morram. Aliás, isso mais que golpismo, é assassinato.
Portanto, golpista nós, meu caro Tales?

PASSEATA DA GRANDE VAIA: DIA DO FORA LULA

Sábado, dia 4 de agosto, às 14:00, na Av. Paulista (c/ Pamplona) haverá uma passeata "Fora Lula".


-Levar garganta para vaia.
-Aviões de isopor.
-Qualquer cartolina com frases anti-comuno-fascistas escritas.
-Panos pretos.
-Roupas pretas.
-Xerocar textos para distruibuição.
-Ir em dupla, trio ou grupo.
-Narizes de palhaço.
-Mandar mensagem de celular chamando os amigos que não forem facisto-petralha no dia.
-Mandar email convidando todos aqueles conhecidos que não são comuno-facisto-petralhista.
-Ligar para todos os jornais, rádios e TV's informando o acontecimento.
-Fazer o que for possível para essa grande vaia acontecer. Se não acontecer o amanhã será pior.

The Internet revolution in the Communication vehicles

Below, a very interesting extract of the interview that Roberto Civita, who commands the group April, gave to the editors of "Jornalistas&Cia " Eduardo Ribeiro and Wilson Baroncelli, accompanied of the teacher Carlos Chaparro, of the Communication and Arts School of the University of São Paulo, ECA/USP:

In Blog dos Blogs


"Do not give to anymore be in the media without internet"

P – What editorial and technological areas for April does it consider priority to invest?
RC – Internet.

P – And editorialmente, what niches?

RC – Are going to tell this way: Does not give to anymore be in the media without internet. Does not give anymore to talk about information, communication and entertainment without talking of internet. Internet is the biggest revolution in the communication area since Gutenberg. Point. Or you are there or dies.

P – You already talked times ago that, if you have to start today, would start by the internet, only would not know how to pay the rent. Does today already give to pay the rent? How is the revenue of the digital media?

RC – You Tube is not a traditional vehicle and is an enormous success. Second Life is not a traditional vehicle and is an enormous success. They are several. There are things that were only invented for the internet, that do not have nothing to do with traditional vehicles, and they are going very much well. Difficult is, for the existing vehicles, of the traditional media, find your way in the internet. That is more difficult. What is the biggest invention in the internet? Probably Messenger. I do not have the numbers, but it probably is what it more uses in the internet, people communicating themselves to each other. It is the communication great middle among people in the whole world. Fantastic! So, the inter-activity is the internet essence and she dumb everything. Why? In the good times, there were 20, 30 newspapers and 30 or 50 magazines in the Country, five or six television channels, hundreds of radios and finished! It was that. And who decided what the public was going to see, hear, read and to know they were few people's hundreds. Few, the called gatekeapers. And today, how is? Today, there is million people determining what you are going to read, see, hear. Million. And the control of this passed of us for the public. This is the revolution. And they decide what they want to read, when they want, that appearance want, in the cellular or in laptop, or they print, because they want to read printed... Or – because I do not like this everything, I want to read in my magazine, do not want to bother me seeking a thousand sources, I am crazy – paid to choose for me. It is that that they are doing. So, you have to if adapt. It has to ask: What the readers of Claudia, Playboy, Four Wheels, See or Exam want to know, beyond of that what we publish? And how they want to interact with us? What they want it to tell us? In which they want it to give an opinion? They do not want only to to read you, want to be there, take part. That changes the game. It is another game. And thanks to God there are young that understand that game. For they is normal. They were born with that. They arrive here and they tell: “Oh, that is not problem!” But as to is me, I ask: “How is just that is done, nessas circumstances?”

P – Doing an association between this vision of the new world with the old, that internet phenomenon – what belongs to diffusion, of a full capacity of diffusion and of interaction –, that does it strengthen or does it weaken the traditional printed media?

RC – The first thing that happens is menace. It have people who tells: “Do I need anymore of the newspaper to have news”. Is not true? But it is a smaller menace for the magazines, because we are not in this business of telling what happened. How much people were to television Tuesday at night, how many they went to the radio, how many they went to the internet to it know what it was happening with that terrible disaster in Congonhas?

A revolução da Internet nos veículos de Comunicação

Abaixo, um trecho bastante interessante da entrevista que Roberto Civita, que comanda o grupo Abril, deu aos editores do "Jornalistas&Cia " Eduardo Ribeiro e Wilson Baroncelli, acompanhados do professor Carlos Chaparro, da Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo, a ECA/USP:

No Blog dos Blogs

"Não dá mais para estar na mídia sem internet"

P – Que áreas editoriais e tecnológicas a Abril considera prioritárias para investir?
RC – Internet.

P – E editorialmente, que nichos?

RC – Vamos dizer assim: não dá mais para estar na mídia sem internet. Não dá mais para falar de informação, comunicação e entretenimento sem falar de internet. Internet é a maior revolução na área de comunicação desde Gutenberg. Ponto. Ou você está lá ou morre.

P – O senhor já falou tempos atrás que, se tivesse que começar hoje, começaria pela internet, só não saberia como pagar o aluguel. Hoje já dá para pagar o aluguel? Como está o faturamento da mídia digital?

RC – You Tube não é um veículo tradicional e é um enorme sucesso. Second Life não é um veículo tradicional e é um enorme sucesso. São vários. Há coisas que foram inventadas só para a internet, que não têm nada a ver com veículos tradicionais, e estão indo muitíssimo bem. Difícil é, para os veículos existentes, da mídia tradicional, encontrarem o seu caminho na internet. Isso é mais difícil. Qual é a maior invenção na internet? Provavelmente o Messenger. Eu não tenho os números, mas provavelmente é o que mais se usa na internet, as pessoas se comunicando entre si. É o grande meio de comunicação entre as pessoas no mundo inteiro. Fantástico! Então, a interatividade é a essência da internet e ela muda tudo. Por quê? Nos bons tempos, havia 20, 30 jornais e 30 ou 50 revistas no País, cinco ou seis canais de televisão, centenas de rádios e acabou! Era isso. E quem decidia o que o público ia ver, ouvir, ler e saber eram poucas centenas de pessoas. Poucas, os chamados gatekeapers. E hoje, como é? Hoje, há milhões de pessoas determinando o que você vai ler, ver, ouvir. Milhões. E o controle disso passou de nós para o público. Esta é a revolução. Sendo que eles decidem o que querem ler, quando querem, de que jeito querem, no celular ou no laptop, ou imprimem, porque querem ler impresso... Ou – porque eu não gosto disso tudo, quero ler na minha revista, não quero me chatear buscando mil fontes, fico louco – pago para escolherem para mim. É isso que eles estão fazendo. Então, você tem que se adaptar. Tem que perguntar: o que os leitores de Claudia, Playboy, Quatro Rodas, Veja ou Exame querem saber, além daquilo que publicamos? E como eles querem interagir conosco? O que querem nos dizer? Em que querem opinar? Eles não querem só ler você, querem estar lá, participar. Isso muda o jogo. É um outro jogo. E graças a Deus há jovens que entendem esse jogo. Para eles é normal. Nasceram com isso. Chegam aqui e dizem: “Ah, isso não é problema!” Mas como para mim é, eu pergunto: “Como é que se faz, nessas circunstâncias?”

P – Fazendo uma associação entre essa visão do mundo novo com o antigo, esse fenômeno da internet – que é de difusão, de uma capacidade plena de difusão e de interação –, isso fortalece ou enfraquece a tradicional mídia impressa?

RC – A primeira coisa que acontece é ameaça. Tem gente que diz: “eu não preciso mais do jornal para ter notícias”. Não é verdade? Mas é uma ameaça menor para as revistas, porque nós não estamos nesse negócio de dizer o que aconteceu. Quanta gente foi para a televisão terça-feira à noite, quantos foram para o rádio, quantos foram para a internet para saber o que estava acontecendo com aquele desastre terrível em Congonhas?

Professor Lauande. A mais nova vítima da violência que domina Belém

É o que destaca o 5.a Emenda aqui>>

Aguardo a proposta já sugerida de uma blogagem coletiva para sensibilizar as autoridades, visto que ninguém agüenta mais tamanha violência contra os homens e mulheres de bem desse país.

Eduardo André Risuenho Lauande é paraense, sociólogo e professor da UFPA, tem 41 anos, é casado e foi baleado na porta de sua casa ao proteger a esposa de um assalto, no final desta manhã.

Mantém na blogosfera o Blog do Lauande, espaço onde trasita entre periquitos, papaguaios e muita sabedoria.

Parsifal Pontes: Um intelectual de força e fôlego

Advogado forjado no DNA das Barrancas do Rio Tocantins. Cabôclo formado na Escola da Clarividência da Vida - a mais nobre e fundamental Universidade criada pelo Arquiteto do Universo. É essa pequena visão que tenho do grande Deputado Estadual Parsifal Pontes - ícone do PMDB sulparaense.

Pontes fala com argumentos possantes, fruto de sua pena treinada no mergulho do pensamento lógico - o que nos faz um só corpo, uma só mente, dentre várias variantes da complexidade carajaense -, um artigo saboroso escrito em parágrafos de três sentenças. E como essas sentenças são a marca de ferro impingidas num povo que não quer mais ser subjugado. Deixo meus dois leitores com Parsifal Pontes: A Lamparina do moderno pensamento sulparaense. Leiam.

Pesos e medidas

* Por Parsifal Pontes (O original está aqui)

A discussão emancipacionista que está em evidência no Pará, tem propiciado constatações surpreendentes.

Pessoas que supostamente teriam condições para discutir o assunto com equilíbrio e sabedoria, limitam suas opiniões ao achincalhe.

De onde se deveria esperar achincalhes constatam-se um equilíbrio e uma delicadeza gratificante: o respeito mútuo é imprescindível ao bom termo de qualquer contenda.

No Pará inteiro, a ladainha é a mesma: a ausência do Estado é assunto de 10 em cada 9 oradores.

Alguns acusam o governo, a maioria, porém, acusa o Estado mesmo, excluindo dele a pessoa do governante.

O Pará não tem conseguido usar adequadamente os recursos que recebe, em benefício da população.

Se for verdadeiro o fato de que o problema não está no administrador, devemos então concluir que a causa desta situação está na arquitetura do Estado.

Outra conclusão seria mais radical: o Pará seria inviável, estaria falido e deveria fechar as portas.

Não acreditamos na inviabilidade do ser humano. A sua capacidade de gerar riquezas nas condições mais adversas é notória.

Dizer que um estado ou município a ser criado é inviável é duvidar da tenacidade da espécie humana.

Em pouquíssimo tempo o homo sapiens saiu das cavernas e chegou à lua: o ser humano é um vencedor.

As riquezas no Pará estão tendo resolutividade econômico-financeira. Ocorre que a população não está sendo beneficiada com isto.

Má vontade dos gestores? Não. Há impraticabilidade administrativa, que tem como causa o inadequado aproveitamento geopolítico do território.

Não é inteligente acreditar que se pode governar o Pará a partir exclusivamente de Belém.

É estrábica a visão colonialista que têm alguns grupos da capital em relação ao Sul e Oeste do Pará.

Algumas argumentações daqueles que se colocam de encontro à divisão do Pará, são de uma numerologia capciosa: dois bilhões de reais para implantar um novo estado, perda de 350 bilhões para o Pará, pois este é o valor estimado das reservas minerais.

A capciosidade está na falácia de ter como fundamento a idéia de que as regiões emancipáveis são um grande deserto onde se vai ter que construir tudo em 24 horas, inclusive os suntuosos palácios para abrigar os três poderes.

Povos precisam de governo e não de palácios de governos. A estrutura física que pode abrigar uma administração já existe nestes locais.

O argumento de que o Pará perderá suas reservas minerais para um futuro Estado de Carajás, é um sofisma: o Pará não tem reservas minerais.

O subsolo é patrimônio da União, e, no caso de Carajás, a União o entregou à Companhia Vale do Rio Doce, que explora, conotativa e pejorativamente, as tais riquezas minerais: o Pará só vê o trem passar e o navio zarpar.

Além do mais, discussões de retificações geopolíticas, devem-se dar sob óticas de desenvolvimento regional e não de negociações divorciais.

Caso se estabelecesse a lógica da compensação pelo que não é propriedade do estado, colocando-se na cesta o bem, só porque ele está no território, teríamos que colocar preço nos rios e nas florestas das áreas emancipáveis, o que seria um absurdo.

A lógica, portanto, que alguns estão querendo construir, peca pela falta de senso.

Mais sensato seria admitir a inviabilidade político administrativa do território paraense da forma como ele está inserido no mapa e discutir, a partir desta constatação, a melhor forma de retificar-lhe o território.


* Parsifal Pontes é advogado, ambientalista e deputado estadual pelo PMDB paraense. Um dos entusiastas da criação do Estado do Carajás, emancipando o Sul/Sudeste do Pará, do julgo de 200 anos de exploração.

Congresso pode não começar trabalhos na data marcada

Quem alerta é o jornalista Carlos Chagas em sua Coluna na Tribuna da Imprensa.

Como chegar a Brasília

Marcada para quarta-feira, a reabertura dos trabalhos do Congresso corre o risco de não acontecer. Fora alguns bissextos integrantes da CPI do Apagão Aéreo, a imensa maioria dos 513 deputados permanece fora de Brasília. A bancada de Goiás dispõe da opção de vir de carro. Os demais, só de avião. Alguns felizardos possuem jatinhos ou amigos do peito proprietários de jatinhos, mas a massa não conseguia, até ontem, sequer comprar passagem. Quanto mais ter certeza de que embarcará nos aeroportos de origem, na hora prevista.

Os paulistas, então, lamentam ter sido a capital transplantada para o Planalto Central. Continuasse no Rio e ainda seria possível viajar de navio, partindo de Santos. Quanto aos senadores, a mesma coisa. Os amigos de Renan Calheiros poderão pleitear carona no avião da FAB a que tem direito o presidente do Senado, mas como chegar a Maceió?

Eis um tema jamais considerado pelo Congresso, mas extremamente necessário e capaz de alimentar os debates: que tal a aprovação de uma lei ou emenda constitucional determinando a aplicação em ferrovias de todos os recursos desviados pelo governo para o pagamento dos juros das dívidas externa e pública? Mesmo assim, a adoção de proposta tão necessária exigirá que venham todos a Brasília, cidade há décadas sem ouvir o apito de um trem...

Nota do Blog: O ilustre jornalista Carlos Chagas deve ter se referido a trem de passageiros, visto que o de cargas funciona a pleno vapôr aqui.

Uma parada para a brisa na Morena do Amazonas






















Nilson Chaves fez um pit stop e curtiu um pouquinho a brisa do Macapá Verão, de passagem, indo para o Afuá - a Veneza Marajoara, que se agita para o Festival do Camarão. Recebeu tratamento vip, como sempre, do amigo Calos Lobato,
informa o Repiquete no Meio do Mundo.

O cantor, compositor, poeta e arranjador paraense é a maior expressão da autêntica Música Popular Amazônica. Sofisticadíssima e, infelizmente pouco conhecida aqui em Brasília, onde o Pará e de resto a Amazônia é conhecida pela Banda Calypso e pelo Boi Garantido e Caprichoso.

Uma dica aos leitores: Assistí as gravações da participação de Nilson Chaves e Banda no projeto Câmara das Artes, realizadas nos estúdios da TV Câmara em parceria com o SESC-DF.

Nilson lançou o imperdível "Maniva" - a base da feijoada paraense: a maniçoba, título de seu último trabalho, o qual comprei duas cópias autografadas para minha esposa e para mim, é claro! É uma obra de arte de genialidade em arranjos, letras e melodias. Sensacional!!!

O blog Coluna Açaí com Música destaca:

NILSON CHAVES E MANIÇOBA DA BOA

Fonte da Foto: Outros Brasis

Após longa expectativa e oito meses de gravação, enfim chegou às lojas, e aos corações dos fãs, o CD "MANIVA", o 14o da carreira do cantor e compositor Nilson Chaves, um dos principais expoentes da música brasileira:.
O CD, através do prestigio e amizades do cantor, teve participações de artistas consagrados de outros Estados, como: Zeca Baleiro (co-produtor do CD), Chico Cezar, Flávio Venturini, e paraenses (ou quase) não menos notórios, entre eles: Edmar Rocha Jr., Vital Lima, Celso Viáfora...

RETAGUARDA PAPA-CHIBÉ
Os músicos que deram "corpo" ao Cd "Maniva", gravado em Belém, são paraenses, entre eles: Davi Amorim na Guitarra e violão, Edvaldo Cavalcante Anaice na batera, Esdras de Souza nos metais (instrumentos sopro), Edigar Mattos nos teclados, Adelbert Carneiro no contra baixo, arranjos e direção musical, Mapyu e Trio Manari na percussão.
Não podemos esquecer as participações dos paulistas: Tuco Marcondes e Toninho Ferragutti.

Sem dúvida o CD "Maniva" de Nilson Chaves, lançado dia 02 de dezembro passado, foi um dos grandes presentes de Natal, um raro brinde ao término de um ano de lutas e conquistas, e uma feliz saudação ao ano de 2006.
Que bom que começamos com o pé direito essa nova etapa da cultura Amazônica. Parabéns ao Nilson e aos que acreditaram e patrocinaram esse importante projeto. O Pará, mais uma vez, literalmente, está em festa.

Em tempos de "apagão aéreo" o caos permanece em compasso de espera em Macapá

Viví no Amapá três anos (1976-79). Eram tempos de Território Federal, qualidade de vida espetacular, índices do IDH em patamares acima da média nacional.

É lá, na fronteira Norte, que começa o Brasil na ponta do Oiapoque.

Transformado em Estado junto com seus congêneres: Rondônia, Roraima e Acre na promulgação da Constituinte de 1988, os investimentos despencaram em razão dos cortes de recursos através de transferência direta da União que eram o modelo de então.

Cortes que atingiram em cheio a estrutura aeroportuária do novo Estado. Pior, revelaram péssimos políticos na gestão da coisa pública e eleitos através das urnas.

O aeroporto de Macapá em tempos da metade do século passado, sempre foi o principal elo de ligação do que restou do cordão umbilical que liga o antigo Território ao seu Estado-Mãe: O Pará. A outra são os rios e uma interminável rede de balsas que inviabiliza o incremento dos negócios entres os dois Estados, tornando, portanto, o Amapá, um refém do modal aéreo.

Os jornais e blog's de Macapá destacam que: “as obras do aeroporto de Macapá estão paradas porque o TCU constatou irregularidades na construção com suspeita muito forte de desvio de cerca de 50 milhões de reais e mandou suspender os pagamentos para a empresa, a Gautama, declarada inidônea”. Se pegar esses 50 milhões dá para continuar a construção. Já o superintendente da Infraero no Amapá, Júlio Kenzo afirmou que “a Infraero é uma empresa muito séria”. Então a Gautama também é, e todo mundo está levantando “aleive” - falso testemunho, calúnia, no linguajar amazônico - sobre duas empresas seriíssimas, a pública e a privada. Em tempo: a Infraero está sendo apontada como uma das maiores fontes da corrupção nacional e a Gautama é aquilo que todo mundo está vendo todo dia.

Aguardamos todos, se o Paladino empossado ontem resolverá esse imbróglio que cheira muito mal.

Mais: aguardamos todos se o Estado tem o dinheiro destinado e aprovado no Orçamento Geral da União para a conclusão dessas obras que permite a ponte de Macapá com o restante do país.

- Aliás. Cadê o Sarney heim?

Arrisco um palpite: Muito abalado pela morte do amigão ACM, o senador turista deve está em profunda reflexão, pois que será o próximo da lista para mudar de plano.

- E que seja feita a nossa vontade. Basta!

Nelson Jobim: O fraudador

Em duas notas o jornalista Correa Neto previne o que devemos esperar do recem empossado Ministro da Defesa do Brasil:

O perfil técnico
Não tenho motivo para acreditar num ministro que se confessou fraudador da Constituição, mas me agrada uma coisa que ele falou ontem: “para conduzir o processo (da aviação civil) os nomeados devem ter perfil técnico”. Pronto, descobriram a pólvora. Mesmo que seja Nelson Jobim, a torcida é para que resolva o problema, ainda que todos corramos o risco de acabar virando presidente da República, se der certo.
O perfil técnico II
E para que não fique a impressão de que tenho prevenção contra o Nelson Jobim, leiam o que o Hélio Fernandes escreveu na Tribuna da Imprensa sobre a mesma figura. “Há 48 horas se sabia que Nelson Jobim seria o ministro da Defesa. Tomou posse ontem. Quis ser vice de Lula, chefe da Casa Civil, presidente do PMDB. Perdeu tudo, agora saiu do ostracismo.
O que se pode esperar de um homem que fraudou a Constituição na Comissão de Redação? E depois se orgulhou do fato, revelando-o a todo o País? Redundância geral: "Jobim foi convidado e aceitou". Ha! Ha! Ha! O que é que pode fazer? Derrapar, como sempre”.

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Leiam o que escreveu o colunista Hélio Fernandes na Tribuna da Imprensa sobre a decisão do presidente em substituir Waldir Pires por Nelson Jobim.

Lula teve várias oportunidades para substituir Waldir Pires sem desgastá-lo, o que não queria fazer. Podia ter tido a idéia luminosa quando a embaixada do Brasil em Portugal ficou vaga com a saída de Paes de Andrade. Waldir seria grande embaixador, Lula não percebeu. Continuou desprestigiando o amigo, alimentando o caos, Waldir não era chefe ideal, não tinha comando, gosto ou autoridade.

Pressionado fortemente pela opinião pública, seqüestrado pela imobilidade, obrigado a mudar de qualquer maneira, o presidente Lula, anestesiado pelo tempo em que ficou apático e negligente, teve que resolver às pressas. E como um presidente não pode nem deve ser enjaulado pelos fatos, acabou se movimentando, escolhendo um novo ministro da Defesa.

Imprensado e apressado, indicou, nomeou e empossou um dos mais contraditórios, carreiristas e controversos personagens da vida pública brasileira, Nelson Jobim. Este encenou a farsa da não aceitação. Desde os rumores até à concretização, sabia que ia aceitar.

E curiosamente, de passado altamente duvidoso, derrotado e execrado em todos os cargos pelos quais passou e por todos que não conseguiu conquistar, é rigorosamente O HOMEM CERTO PARA O MOMENTO INCERTO.

1 - Traiu a constituinte e a Constituição, "introduzindo" um princípio que não existia nem foi votado.

2 - Deslumbrado pelos holofotes, mais tarde confessaria a fraude.

3 - Mas já estava no Supremo Tribunal Federal, depois de uma passagem pífia e inútil pelo Ministério da Justiça.

4 - Pelo sistema de rodízio chegou a presidente do Supremo, com atuação desgastante, delirante e decadente.

5 - Agiu sempre diferente de um ministro do Supremo, desagradou a todos.

6 - O movimento de magistrados do seu Estado, o Rio Grande do Sul, liderado perante o Supremo pelo grande advogado Ivan Nunes Ferreira, obrigou Nelson Jobim a se aposentar precocemente do Supremo 11 anos antes do obrigatório.

7 - Ficou vagando pelo espaço (aéreo?), derrotado em todas as ambições (e sua vida é cheia de ambições), não conseguiu ser vice de Lula, chefe da Casa Civil, presidente do PMDB, fortemente apoiado e sustentado por Renan Calheiros. Essa é a sua vida. Vejamos o outro lado.

Sem nenhuma contradição, tendo mostrado o herói sem nenhum caráter, a conclusão seguinte: se alguém tem condições para controlar o caos e o apagão aéreo, não há dúvida que é Nelson Jobim. Por tudo o que representa, pelo comando que tem o ex-ministro da Justiça e ministro aposentado do Supremo, pode colocar ordem no espaço. Se o seu comando tiver que chegar à truculência, na certa que o fará sem qualquer constrangimento.

PS - Como digo no título, Jobim é Nelson sem a importância do almirante que derrotou o gênio Napoleão. Jobim é um Nelson que nem de longe se junta a Mandela, que preso durante 27 anos destruiu o apartheid e o preconceito.

PS 2 - Sendo apenas Jobim, disse que não vai "partidarizar", que seu partido não foi consultado. Mas sabe que ele, pessoalmente, se inseriu no mapa geográfico do futuro. Gagarin disse "a Terra é azul". É o sentimento de Jobim, no momento em que volta ao palco. Se obtiver sucesso de crítica e de público, o Brasil ficará satisfeito.

P.S. do Blog: Não esqueçamos que Nelson Jobim foi nomeado para Ministro, chegando a presidência do Supremo Tribunal Federal pelo imperador Fernando Henrique Cardoso.

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