O nepotismo

PRERROGATIVAS

O ministro da Justiça, Tarso Genro, ao comentar a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de editar súmula vedando a prática do nepotismo na administração dos Três Poderes, afirmou que respeita a decisão e que cabe ao Legislativo avaliar se o tribunal estaria ou não interferindo na competência do Congresso de legislar. Genro disse que, do ponto de vista do conteúdo, “não há dúvida” de que a Constituição impede a prática do nepotismo, mas o ministro evitou avaliar se o STF, ao editar a súmula, está ou não agindo “dentro de suas prerrogativas”.

No Legislativo 15 projetos que proíbem a prática de nepotismo tramitam na Câmara 5 propostas foram apresentadas no Senado

Súmula do Supremo é abrangente
Mirella D´Elia

O Supremo Tribunal Federal (STF) aprovou ontem a súmula vinculante que proíbe a prática do nepotismo nos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. Além de vedar a contratação, sem concurso, de parentes no serviço público, os ministros decidiram pôr fim ao chamado nepotismo cruzado, a troca de favores em que um servidor público contrata o parente do outro e recebe, em troca, a nomeação de familiares.

Com a publicação da súmula, a decisão terá que ser seguida por todos os tribunais do país. Até mesmo parentes que foram contratados antes da decisão do Supremo terão que ser exonerados. Em caso de descumprimento da norma, o Ministério Público poderá contestar, no próprio STF, a contratação de parentes para cargos da administração pública direta e indireta da União, estados, municípios e do Distrito Federal.

Cargos políticos
O texto veda a nomeação, para cargos comissionados, de confiança ou funções gratificadas, de parentes de servidores até o terceiro grau. Isso inclui tios e sobrinhos, cônjuges, companheiros e familiares por afinidade, como sogros, cunhados e noras. Os ministros afirmaram ontem que a decisão só deixa de fora os cargos políticos — ministros de Estado, secretários estaduais, municipais e distritais.

Mas admitiram que restaram dúvidas que terão que ser solucionadas caso a caso, como, por exemplo, a contratação de funcionários de gabinetes de deputados e senadores ou até mesmo se detentores de cargos políticos poderão ser enquadrados no chamado nepotismo cruzado. “Cada caso é um caso, a realidade é multifacetada, nós acabamos de editar a súmula, não podemos avaliar com precisão a repercussão que ela terá na prática”, disse o redator da súmula, ministro Ricardo Lewandowski.

“Não quero examinar esse caso específico, mas a súmula faz alusão aos cargos em comissão, aos cargos em confiança e funções gratificadas. Se esses cargos nos gabinetes se caracterizarem como funções gratificadas certamente estarão abrangidos pela súmula”, completou, ao ser indagado sobre a situação no Congresso Nacional.

O presidente do STF, Gilmar Mendes, disse acreditar que a decisão será cumprida sem resistência. “A experiência indica que havendo segurança jurídica, que havendo convicção é aquela a maneira clara e séria de cumprir a decisão, que se cumpra sem pestanejar, sem nenhuma recalcitrância”, afirmou.

E foi enfático: a mais alta Corte do país não está concorrendo com a atuação do Congresso Nacional, que tem a função de legislar. “Não estamos em concorrência com o Congresso Nacional, não temos a pretensão de substituir o Congresso Nacional. É fundamental que haja um legislativo ativo no Brasil. Isso é fundamental para a democracia, e nós queremos assim”, afirmou.

O que foi decidido pelo STF

Constituição

Os ministros afirmaram que o artigo 37 da Constituição Federal veda a contratação, sem concurso, de parentes de funcionários no serviço público. Esse artigo determina que a administração pública deve ser pautada pelos princípios da moralidade, da impessoalidade e da eficiência. Por isso, o Congresso Nacional não precisa aprovar uma lei específica vedando expressamente a prática

Cargos

O STF proibiu a contratação de parentes de autoridades ou de servidores que ocupem cargos de direção, chefia ou assessoramento para cargos comissionados, de confiança ou funções gratificadas na administração pública direta e indireta da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios

Poderes

A proibição vale para os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário

Parentesco

O parentesco considerado pelos ministros vai até o terceiro grau, o que inclui o veto à contratação de tios e sobrinhos, por exemplo. Também não podem ser nomeados familiares por afinidade, como cunhado ou noras.

Cônjuges

Os ministros vetaram ainda a contratação de cônjuges e companheiros

Políticos

A proibição não será válida para cargos políticos, ou seja, ministros de Estado, secretários estaduais, municipais e distritais.

Nepotismo cruzado

Os ministros decidiram proibir, também, o nepotismo cruzado, ou seja, a troca de favores em que um servidor público contrata o parente do outro e recebe, em troca, a nomeação de familiares

Para saber mais - Três mil já demitidos

Desde a resolução do Conselho Nacional de Justiça que proibiu a prática do nepotismo no Poder Judiciário, em 2005, três mil pessoas foram demitidas. O Conselho deu prazo até janeiro de 2006 para que parentes de juízes e de servidores com cargos de direção fossem exonerados de funções comissionadas e gratificadas.

Segundo o conselheiro Paulo Lobo, autor da resolução, houve resistência principalmente dos TJs para cumprir a norma. Ele citou o exemplo do TJ do Rio de Janeiro, que teria criado uma espécie de central de assessores. Formalmente, os funcionários não estariam vinculados a gabinetes, embora isso ocorresse na prática.

O CNJ determinou a exoneração dos servidores. Outra prática derrubada pelo conselho, informou ele, foi a do chamado nepotismo cruzado no Amapá. Parentes de juízes teriam sido contratados por integrantes do Ministério Público e do Tribunal de Contas que, por sua vez, tinham parentes contratados pelos outros órgãos para tentar escapar do rigor da norma. No fim do ano passado, 60 pessoas foram exoneradas por ordem do CNJ no Amapá.

Fonte: Correio Braziliense.

Nota do blog: A decisão é um extraordinário avanço, mas, precisa de correções. Cargos de confiança devem estar vinculadas sob o manto vigente de prerrogativas garantidas em Lei.

Parente competentes e qualidficados serão sempre a decisão sine qua non de qualquer gestor ou detentor de cargo público, respeitados os limites constitucionais que o garantem. Exemplo: O Poder Legislativo.

Veremos ao longo da repercussão dessa decisão, hipócritas de todos os matizes defendendo um lado e outro desta moeda.

A decisão é polêmica e o STF atropelou o Legislativo mais uma vez.

Aguardem! Vai ter guerra.

Raposa Serra do Sol. Terra brasileira?

Tive a oportunidade esta semana mais tranqüila por aqui, de conversar com um diplomata amigo e enviei-lhe este arquivo, o qual agora publico, e que me foi recomendado assistir.

Trata-se se um short film da espetaculosa ação da Polícia Federal na reserva indígena Raposa-Serra do Sol contra produtores rurais e índios que se opõem à chamada 'desintrusão', ou seja, sua injusta expulsão.

Uma ação, ressalte-se que será ou não considerada abusiva, de acordo com o entendimento dos ministros do Supremo Tribunal Federal. que julgarão se é do interesse nacional a confirmação da demarcação da reserva em área contínua.

Caso seja confirmada, o precedente deixará claro o fracasso de esforços para mitigar um espúrio acordo -- melhor seria dizer ato de lesa-pátria -- proporcionado pelo executivo sob auspícios desde o presidente imperador FHC e seu sucessor populista Luis Inácio Lula da Silva.

São só alguns minutos. Tirem suas próprias conclusões.

Se a proposta imposta entranhas abaixo dos brasileiros prosperar, será a vitória de algumas ONG´s, cujo trabalho temos todos que tirar o chapéu, dado sua capacidade de imposição de interesses escusos internacionais ao governo brasileiro.

Confesso aos leitores que estou muitíssimo preocupado com o desfecho desse assunto, e se a decisão soberana do STF for desfavorável á esse outro ato de lesa-pátria, a parte prejudicada poderá recorrer aos préstimos do Conselho Nacional de Justiça sob a justificativa de entreguismo puro e simples.

Essa é uma das decisões do ex-ministro Márcio Thomaz Bastos que recentemente foi contratado para traçar estratégia de defesa de executivos do Google Brasil na CPI da Pedofilia.


Exclusivo! O novo single do The Cure



Para ouví-lo clique aqui.

Promotor José Carlos Blat fala sobre ética e transparência no Serviço Público em Congresso da Mega Brasil



O Promotor de Justiça, José Carlos Blat, integra a mesa redonda, analisando a questão da “Ética e transparência no Serviço Público”, no 8º Congresso Brasileiro de Comunicação no Serviço Público, realizado pela Mega Brasil. Sua participação acontece no dia 29 de agosto de agosto, às 15 horas, no Centro de Convenções Rebouças, em São Paulo. Blat, ex-integrante do GRAERCO – Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado de São Paulo, é co-autor do livro “O caso da Favela Naval – Polícia contra o Povo”, em que faz referência à atuação da Justiça, da Imprensa e da Polícia em um episódio de violência na cidade de Diadema.
No Congresso de Comunicação no Serviço Público, o promotor vai debater o dilema de quem é o intermediário entre a autoridade e a sociedade.

Mais sobre o importante Congresso clique aqui.

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Tentativa de Golpe

Non passará. Uma história de quando a tenacidade muda de nome e passa a chamar-se prepotência...

clipped from www.vermelho.org.br
O Limite da Propriedade da Terra e sua função social será debatido na 4ª Conferência da Paz, que será realizada durante todo o dia desta segunda-feira (25), na Câmara dos Deputados, em Brasília. Autoridades, religiosos, indígenas e trabalhadores rurais vão se reunir no debate que faz parte da Campanha pelo Limite da propriedade da terra: em defesa da Reforma Agrária e da Soberania Territorial e Alimentar, realizada pelo Fórum da Reforma Agrária e Justiça no Campo.
A Campanha propõe a inclusão de um novo inciso na Constituição Federal que limite às propriedades rurais em 35 módulos fiscais, medida adotada pelo Estado para dividir a propriedade rural e que varia de região para região.
“O direito à propriedade é geralmente interpretado como garantia de um direito absoluto e ilimitado, legitimando a concentração de terras nas mãos de poucas pessoas e grupos, enquanto a maior parte da população do campo encontra-se excluída”, diz o convite para o evento.

Leia aqui.

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Samantha Power no Roda Viva

Harvard University
A jornalista e escritora Samantha Power radicada nos Estados Unidos será a atração do programa Roda Viva, TV Cultura.

Nascida na Irlanda, aos nove anos Samantha Power foi morar nos Estados Unidos. Formou-se em Direito e depois seguiu carreira jornalística, onde acabou cobrindo, como correspondente de guerra, conflitos na Iugoslávia, Sudão, Ruanda e Timor.

amantha é uma das maiores autoridades em relações internacionais e de 2005 a 2008 trabalhou como assessora de política internacional do senador Barack Obama, candidato à presidência dos Estados Unidos pelo Partido Democrata.

Ela acaba de lançar, em português, uma biografia de Sérgio Vieira de Mello, onde conta a trajetória do diplomata brasileiro, morto num atentado terrorista há 5 anos, em Bagdá, no Iraque.

Em 2003, Samantha Power recebeu o prêmio Pulitzer pela publicação de outro livro: "Genocídio - A Retórica Americana em Questão", onde defende a tese da incapacidade do governo americano, durante várias gestões, de impedir genocídios pelo mundo.

Samantha Power é professora da Universidade de Harvard e colunista da revista Time.

Participam como convidados entrevistadores:
José Augusto Guilhon de Albuquerque, pesquisador do Núcleo de Pesquisa em Relações Internacionais da Universidade de São Paulo e professor aposentado de Relações Internacionais da Faculdade de Economia e administração da USP; Carlos Eduardo Lins da Silva, ombudsman da Folha de S. Paulo; Roberto Lameirinhas, sub-editor de internacional do jornal O Estado de S. Paulo; Carlos Taquari, editor executivo do Jornal da Cultura.
Perguntas dos telespectadores: Laís Duarte.

Entrevistadores: José Augusto Guilhon de Albuquerque, pesquisador do Núcleo de Pesquisa em Relações Internacionais da Universidade de São Paulo e professor aposentado de Relações Internacionais da Faculdade de Economia e administração da USP; Carlos Eduardo Lins da Silva, ombudsman da Folha de S. Paulo; Roberto Lameirinhas, sub-editor de internacional do jornal O Estado de S. Paulo; Carlos Taquari, editor executivo do Jornal da Cultura.

Apresentação: Alexandre Machado.

O Roda Viva é apresentado às segundas a partir das 22h10.
Você pode assistir on-line acessando o site no horário do programa.
http://www.tvcultura.com.br/rodaviva.

Decreto de crimes ambientais passará por ajustes


O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, acordou nesta quarta-feira (20) com parlamentares da Comissão de Agricultura da Câmara alterações no Decreto nº 6.514/08, que regulamentou a Lei de Crimes Ambientais, para facilitar o enquadramento dos produtores rurais às exigências de reconstituição e manutenção da reserva legal. Minc acatou os argumentos dos ruralistas de que o decreto instituiu prazos muito exíguos e admitiu que, em algumas propriedades, será impossível fazer a recomposição exigida da vegetação nativa sem ocupar a área de produção. Essas dificuldades, no entanto, não eximem os produtores das exigências, que serão adequadas para ser cumpridas.
"O miolo, o coração do decreto, não pode e não será mudado. O que faremos são pequenos ajustes para atender reivindicações justas dos proprietários rurais, que estão tendo dificuldades de cumprir a lei. Nós vamos superar essas dificuldades para que a lei possa ser cumprida", explicou Minc.

Leia mais aqui.
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Dicas de Brasília

Divulgação
Essa é para o meus amigos Juvêncio de Arruda e o flanante Carlos Barreto.
O primeiro está assoberbado com suas monografias. Até que não precisava, mas, sua busca por mais conhecimento é admirável, mesmo o sendo um mestre na essência da palavra.

O Barreto retornou recentemente de uma tour pelos Estados Unidos com a família a tiracolo. Penso que voltou revigorado com o que viu em Nova Iorque, a cidade mais espetacular do planeta. Apaixonado que é por tecnologia, além de ser um excepcional médico intensivista.

Sejam muito bem-vindos pois, aguardo-os por aqui para sovermos um dos itens desse cardápio. Vocês não imaginam o tempêro dessa tilápia.

O Filé de tilápia à Belle Meunière é escandalosamente delicioso.


Péssimo exemplo


Repercute mal, muito mal a fala do presidente Luis Inácio Lula da Silva em palanque no Ceará.

As críticas são pertinentes e o presidente deu um péssimo exemplo do que um político não deve falar em hipótese nenhuma.

O presidente deu uma verdadeira aula de anti-ética política e os puxa-sacos aplaudiram obsessivamente.

Soul Music

Dando uma geral na cada vez mais problemática coleção que está a ocupar quase todo o meu escritório -- não há lugar livre num escaninho sequer --, achei umas pérolas, mais ou menos uns cento e cinqüênta Lp´s que estou finalizando a digitalização com filtros para evitar os estalos, porventura provenientes de alguma sujeirinha passada despercebida pelos olhos.

Minha coleção é impecavelmente bem cuidada e os 150 que me referi é apenas a parte de soul music que a compõe.

Começo a postar ainda hoje as pérolas com direito à uma introdução um tanto pessoal para dois místicos sêlos americanos: A Motown e a Atlantic Records, para quem gosta do estilo, espero agradar.

Você vai conferir tudo aqui. No Conversa de Caboclo.

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Atualizado às 18h54. Clique no link acima que começamos a série com o soul man Bobby Womack.

A lembrança é predicado pessoal


Quem um dia ainda não sentiu na alma a saudade do fim de um dia espetacular que encerra as férias de verão?

Um dia em que a onda que inunda todos os poros de nosso corpo, é imediatamente reconhecida como mágica de uma vivência inesquecível, e por isso mesmo nos deixa um tanto fragilizados, pois, a desconfiança que outro dia igual a este, dificilmente se dará em nossa breve existência? Não é mole não.

Com as devidas proporções da descrição, uma de minhas bandas prediletas conseguiu me transportar para esse lugar mágico! A sensação invocada é de que urge necessário muito esforço e merecimento para que o último dia do verão (?) de quando éramos inocentes e extremamente vulneráreis pode voltar um dia, quem sabe, mas, desta feita, em homens e mulheres mais maduros, calejados e nostálgicos de boas lembranças de um último dia de verão.

Bobagem...!? Coisas do amor? Talvez seja a mudança de intensidade e foco.

Ouçam "The Last Day of Summer".

Nothing I am
Nothing I dream
Nothing is new
Nothing I think or believe in or say
Nothing is true

It used to be so easy
I never even tried
Yeah, it used to be so easy...

But the last day of summer never felt so cold
The last day of summer never felt so old

Never felt so...

All that I have
All that I hold
All that is wrong
All that I feel for or trust in or love
All that is gone

It used to be so easy
I never even tried
Yeah, it used to be so easy...

But the last day of summer never felt so cold
The last day of summer never felt so old
The last day of summer never felt so cold
Never felt so...

Além de potencializar lembranças, Bob Smith ensina aos entendidos o que uma boa e simples harmonia de guitarra pode fazer: arrasar corações e gerar... um caleidoscópio de caríssimas lembraças de um tempo que ficou onde deve ficar: num bom lugar do passado dentro dos corações de cada um de nós. Os amantes incuráveis.

A música vocês podem ouvir aqui.

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