Orquestras inusitadas












O Centro Cultural Banco do Brasil será palco para que mais duas orquestras mostrem que de tudo se pode tirar som. As atrações deste fim de semana do projeto Novas Orquestras serão a Enxadário Orquestras de Enxadas, na sexta (23), e a Barbatuques, nos dois dias seguintes. Vinda de Minas Gerais, a primeira toca instrumentos feitos com enxadas, como berimbaus, associados a baixos, trombones e guitarras. Já a Barbatuques é uma orquestra corporal, ou seja, seu som é extraído de palmas, estalos, batidas no peito, sapateados, efeitos de voz, entre outros. O trabalho do grupo pode ser conferido também no CD e DVD Corpo do Som, lançado em 2005.


Onde: Centro Cultural Banco do Brasil. SCES Trecho 2, lote 22.

Telefone: (61) 3310-7087. Sexta (23) e sábado (24), 21h; domingo (25), 20h. R$ 15,00 (inteira) e R$ 7,50 (meia, para estudantes e correntistas do Banco do Brasil). www.bb.com.br/cultura.

CPMF e o tiro que saiu pela culatra

No final do ano passado, quando o Senado rejeitou a prorrogação da CPMF, o presidente Lula ensaiou um discurso apocalíptico. Em suas andanças pelo Brasil, disse que o fim do imposto do cheque representaria uma sangria de R$ 20 bilhões nas contas da saúde pública e que a falta desse dinheiro poderia provocar um caos no setor, vitimando a população mais pobre. Tentava, com essa estratégia, reverter em desgaste para os adversários a derrota que sofrera no Congresso.

Um dos principais pilares desse raciocínio era que o fim da CPMF sepultara as possibilidades de regulamentação da Emenda 29, que amplia os recursos para a Saúde. Mas o governo não contava com a reação de sua própria bancada e especialmente do PT, historicamente comprometido com a proposta. Os petistas colocaram o projeto em votação e tiveram o apoio da oposição, interessada em deixar o governo em dificuldades. A proposta passou no Senado e agora está pronta para votação na Câmara.

O jogo virou e agora é Lula quem se vê diante da possibilidade de ter de explicar porque vetou o aumento das verbas para a saúde. Especialmente num momento em que o governo tem excesso de arrecadação. É nessa margem apertada que o Planalto se mexe em busca de uma solução. (CB)

A ética está de luto ― morre Jefferson Peres

Ag. Senado


O líder do PDT no Senado, Jefferson Peres (PDT-AM), 76, morreu às 6h30 desta sexta-feira (horário local) em Manaus (AM).

Ele morreu na casa onde morava, no bairro de Adrianópolis, e foi vítima de um infarto fulminante.

Mal soube da morte do líder do PDT, Jefferson Péres, o presidente do Senado, Garibaldi Alves, dirigiu-se ao Congresso, onde chegou expressando sua tristeza. Ele disse que Péres será sempre lembrado por sua atuação como um combatente em defesa da democracia e da Amazônia.

― Perdemos um grande senador, um grande homem público, um homem dedicado à defesa da nossa democracia. Era um dos sustentáculos da coluna vertebral do Senado. Um grande pregador, um grande peregrino em defesa da ética. Será sempre lembrado pela maneira como defendia a prevalência dos valores éticos na cena política. Era um combatente em favor de suas idéias. Era um político incansável na defesa dos seus ideais, incansável na luta para que o Senado fosse um poder independente. Um homem que sempre esteve absolutamente voltado para a boa causa, como a da necessidade de restringir-se o poder do Executivo em editar medidas provisórias. Não podemos esquecer que era também um incansável defensor da Amazônia. Foi uma perda inestimável - reiterou Garibaldi.

O deputado federal Giovanni Queiroz (PDT-PA) amigo de longa data de Peres, lamentou a morte do colega.

― Ainda esta semana conversamos sobre processos importantes em curso em busca de encaminhamentos para alguns dos graves problemas da Amazônia. É uma perda irreparável disse o presidente regional do PDT no Pará.

Serra Pelada ― a vergonha nacional que o governo finge não ser de sua responsabilidade

















Oficialmente, até ser fechado pelo então presidente Fernando Collor, em 1992, 42 toneladas de ouro foram extraídas das entranhas de Serra Pelada.

Há muita fantasia, mas poucos são os eleitos que realmente sabem quanto de ouro ainda espera a ser explorado no lugar.

Só a expectativa gerada por um suposto filão ainda maior que o ouro garimpado no auge da fase exploratória, desperta a cobiça, o ódio e uma seqüência fatídica de assassinatos em série de quem ousa incomodar um ou outro dos três grupos que disputam o poder como "Midas" do poderoso minério amarelo.


Passados décadas após a proibição de lavra no garimpo, estima-se que pelo menos 30%, ou seja, algo próximo a 15 toneladas de ouro foram contrabandeadas.


A dicotomia que atende aos interesses de um governo omisso com os assuntos relevantes da Amazônia, cria no microcosmo de problemas internalizados em Serra Pelada uma vergonha nacional.


O desprêzo, incompetência e irresponsabilidade institucional do governo, marcada pela notória ausência de fato na região, são alguns dos ingredientes que obrigam aqueles que operam em Serra Pelada serem "obrigados" à intermináveis périplos pelo 5.o Distrito do Departamento Nacional de Produção Mineral, em Belém, sua sede em Brasília e "pires na mão" à gabinetes de parlamentares no Congresso Nacional.


O Estatuto dos Garimpeiros que seria um alento para a classe, pouco avançou para a regularização da atividade, de modo que possa evitar as tragédias humanas relatadas em Serra Pelada.


A anomalia da disputa sangrenta pelo protagonismo nos destinos de Serra Pelada tomba vítimas.
O governo leniente faz de conta que nada vê.
Vence o atraso. Ganha a lei do mais bem armado para matar. Perde o Pará. Dana-se o Brasil.



















Serra Pelada hoje ― a cava.

Serra Pelada ― ouro de tôlo

Segundo texto publicado pela Cooperativa dos Garimpeiros invadida por adversários da atual diretoria no último domingo, 17. No mês de Abril de 1980, isto é, cerca de três meses depois da descoberta das primeiras pepitas em Serra Pelada cerca de dez mil homens já se dedicavam ao trabalho de escavação em Serra Pelada.

A notícia se espalhou rapidamente e o garimpo recebeu a visita de representantes da Docegeo, uma subsidiária da Vale do Rio Doce e, no dia 05 de maio daquele ano, descendo de helicóptero, chegava à área de Serra Pelada, representando o Governo Federal, o Major Curió, que se infiltrando entre os garimpeiros, viria a tornar-se o maior líder que os garimpeiros já conheceram. Quando o major curió, chegou à Serra Pelada, todos usavam armas, a violência era tamanha a insegurança era total, morriam muitos garimpeiros todos os dias, todas as questões, todas as dúvidas eram resolvidas na base do revólver, segundo contam os antigos garimpeiros como; Neném Capixaba, Pé na Cova, Raimundo Sena, Capota, Geraldo Oládio e muitos outros que ninguém dormia com tantos tiros que eram disparados pelos garimpeiros durante à noite.

Quando o Major Curió chegou à Serra Pelada, designado pela Presidência da República, as condições em Serra Pelada eram sub-humanas, havia surto de meningite e morriam cerca de três garimpeiros por dia, fora os que morriam à base do 38.

Em Serra Pelada o trabalho era contínuo, homens formavam filões humanos de até 15 mil garimpeiros, carregando de forma ordenada os cascalhos em sacos de até 40 kg, percorrendo uma média de 20 a 25 km por dia até completar a sua tarefa.

Na verdade, Serra Pelada foi o primeiro garimpo em que o Governo Federal entrou para organizar e garantir trabalho a milhares de homens vindos de regiões as mais distantes do Maranhão, Pará e Goiás, coincidentemente, as zonas mais pobres do Brasil, o nordeste.

Não havia condição nenhuma de apoio sanitário e como em todos os garimpos dessa grande Amazônia, o garimpeiro sempre foi um escravo, pois sempre quem é o dono do garimpo é o dono da pista e avião que joga as cargas com alimentos, além de fazer o transporte de pessoal. O dono da pista é o homem que abre a pista no meio da selva e só ele tem o controle. Ele explora as casas de mulheres, as chamadas bodegas de vendas de alimentos e cobra de 20 até 50% dos garimpeiros de suas produções. Quando o Governo Federal na verdade entrou no garimpo, o fez para organizar e garantir o trabalho de milhares e milhares de garimpeiros, tudo isso foi corrigido, a bebida, a prostituição, o Governo procurou dar condição de trabalho, condições humanas. Constituindo na mão-de-obra mais bem remunerada do país.











Em dezembro e 1983, o número de garimpeiros era de mais de cento e vinte mil, representando a maior concentração de trabalhadores do País, principalmente nordestinos, que representa 70% dos atuais trabalhadores, meia-praça e diaristas, aqueles que recebem para carregar a terra para fora da cava, recebiam em média CR$ 10.000,00 (dez mil cruzeiros), pelo dia de trabalho, estes são os diaristas, estes não recebem qualquer porcentagem na apuração do ouro, pois são garimpeiros sem barranco, outros são meia-praça, trabalham o dia todo na sua cata, estes têm suas despesas livre, o dono do barranco ou cata, tem esta responsabilidade. Responsável pela sustentação indireta de mais de seis milhões de pessoas, numa fase em que o desemprego é o nosso mais grave problema social e, numa região em que as condições de vida da população são de quase miséria absoluta. Nesse período, os milhares de garimpeiros existentes em Serra Pelada foram capazes de desmontar uma montanha ali existente, carregando cascalho nas costas, invertendo a posição da Serra e transformando-a em um imenso buraco, num atestado de capacidade de luta dos brasileiros, mesmo trabalhando nas condições mais difíceis possíveis.

É importante salientar que a experiência de Serra Pelada veio mostrar a possibilidade de se erguerem empreendimentos fabulosos, apoiados no trabalho de nosso povo, sem a utilização de recursos de fora nem mesmo do Governo e com grande resultado para o País. Serra Pelada produziu até Novembro de 1983, nada menos que 28 mil quilos de ouro dos quais 6.600 kg em 1980, 2.500 kg em 1981, 6.800 kg em 1982 e o restante em 1983. Todo o custeio da produção do ouro de Serra Pelada foi sem qualquer ônus para o Governo a não ser o rebaixamento das terras nas bordas, coberto com a diferença do preço do ouro comprado pela Docegeo e CEF.

Outro fator importante a salientar na exploração do ouro de Serra Pelada é o caráter da distribuição de renda e de riqueza, uma vez que a exploração é feita através de barrancos medindo 2 X 3 metros, onde trabalham cerca de 20 pessoas em cada barranco, na prática em regime de sociedade, através do que é chamado método de meia-praça. Na realidade os garimpeiros foram e são os efetivos pesquisadores e lavradores da área, representam em Serra Pelada o primeiro grande exemplo de participação comunitária na riqueza mineral do País, em oposição a outros modelos de exploração que nenhum benefício tem gerado ao nosso povo.

A permanência de garimpeiros do ouro, como atividade humana compensadora, fica dessa maneira, na dependência das circunstâncias humanas de coragem destes bravos trabalhadores que deixam suas famílias expulsas pelo desemprego, pela seca e pela falta de terra para o trabalho e se achatam nas matas a procura de um tesouro.

Em 1983, apesar da presença de cerca de 120 mil garimpeiros apenas 48 mil deles eram oficialmente reconhecidos como garimpeiros e obviamente estavam recolhendo o imposto sindical ao Sindicato Nacional dos Garimpeiros que conforme declarações dos garimpeiros, mantêm-se afastado do atendimento aos filiados de Serra Pelada. (fonte revista do garimpeiro nº. 001/ Dez/1983).

O restante dos 120 mil, ou seja, 72 mil (os que não tinham documentação), eram os “furões”, aqueles que andando a pé 30 km, conseguiam penetrar no garimpo sem documentação, burlando a fiscalização.

Na verdade a CVRD, Companhia Vale do Rio Doce, a estatal que já na época era a maior mineradora do mundo, era detentora de um Decreto de Lavra nº 74.509, para a exploração de minério de ferro, que abrangia uma área de 10.000 hectares dentro da qual estava a área de Serra Pelada, que passou a ser assim chamada devido a uma outra serra cuja vegetação era rasteira, devido a grande quantidade de minério de ferro, contrastando com as demais. A CVRD, na realidade nunca se conformou com a situação do garimpo em Serra Pelada e, por todos os meios legais tentou expulsar os trabalhadores da área. À medida que o garimpo avançava, tornava-se cada vez mais perigoso garimpar, aquilo que era uma serra, em pouco tempo, transformou-se em um enorme buraco do tamanho de um campo de futebol do tamanho do Maracanã.













O major Curió, que já se afeiçoara aos garimpeiros, vendo as manobras que eram engendradas contra os descobridores de tamanha riqueza, lançou-se na vida política para ali melhor defender os seus amigos garimpeiros.

Eleito em 1982, o Deputado Federal mais votado do Brasil, Curió, foi incansável na luta em defesa dos garimpeiros, pois as forças contrárias à continuação do garimpo de Serra Pelada, tentavam primeiramente paralisar os trabalhos no garimpo e depois expulsar os garimpeiros da área. Em 1983, o Deputado dos garimpeiros, Sebastião Curió apresentou o seguinte projeto ao Congresso Nacional. “ ... Concede autorização, a título precário, para que os atuais garimpeiros continuem explorando o ouro de Serra Pelada e determina outras providências.

Com o crescimento do garimpo, vieram a surgir também os problemas sociais em grande escala. Foi aí que o Major Curió, enxergando esta necessidade, resolve candidatar-se a deputado federal, sendo então o deputado federal com a maior quantidade de votos da atualidade.

Quando em 11 de junho de 1984, foi criada pelo Congresso Nacional a Lei 7.194, sancionada pelo então presidente da republica JOSÃO BATISTA DE OLIVEIRA FIGUEIREDO, criando a reserva garimpeira. desmembrando da aérea da CVRD.

JÚLIO DE DEUS FILHO.

Conhecido na Serra Pelada como “Julinho”, foi ele que no dia 18 de Setembro de 1983, às 22 horas, tirou a maior pepita de ouro do Brasil, pesando inicialmente 80 kg, depois de lavada, perdeu alguns quilos, indo parra 62.300 gramas, entregue ao Presidente Figueiredo, juntamente com ela apareceram duas de menor peso, as pedras foram entregues ao Presidente pelo Ministro das Minas e Energia, César Cals e pelo Presidente da Caixa Econômica Federal, Gil Macieira. Na época o Ministro Venturini, Chefe do Conselho de Segurança Nacional anunciava que o Ministério da Justiça iria desarmar o garimpo de Serra Pelada.

A pedra achada por “Julinho” foi batizada como Canaã, era a maior que a Pedra Democracia, que pesava 36kg apesar de já ter sido encontrada a pedra Americana no barranco do Albino, que pesou 42 kg. A pedra Canaã é considerada a terceira maior do mundo, pois que na Austrália já haviam sido encontradas duas maiores, uma pesando 95 kg e a outra 72kg.

Julinho disse – antes eu era construtor de calçamento, na cidade de Estreito – Ma, foi eu que entrei como primeiro caminhão em Serra Pelada, trazendo 70 peões, arrastando os peões com os ranchos, além do caminhão ser puxado numa corda, pois não existia estrada, cheguei aqui no dia 16 de Maio de 1980, peguei um barranco comprado por 500 cruzeiros, comecei a baixar barranco, logo o DNPM me proibiu de baixar o barranco, dizendo não ter ouro na área, me deram outro no lugar apertado da Serra, outro na Babilônia e outro na Malvina, este barranco da pepita maior do Brasil, baixei o barranco desde 1981, somente em setembro deste ano (1983) começou a dar ouro, antes peguei ouro no barranco da “Bucetinha”, no apertado da Serra, me deu 28 kg de ouro, sonhei tirando várias pepitas de ouro e tenho certeza que vou tirar mais de 1.000 kg de ouro, pois a Serra está prometendo.


JOSÉ GARCIA PEREIRA ALENCAR

Este é um filho de um dos homens que mais se destacou em Serra Pelada, é filho de Carolina no Maranhão, e como o seu o pai, confiou em Serra Pelada, chegando aqui em meados de Fevereiro de 1980, ouvindo falar na Grota Rica que estava dando muito ouro, antes do sábado de Aleluia que foi o dia em que partimos para Serra Pelada, reunimos dez lavradores de nossa fazenda, por nome Sítio Novo km 89, município de São João do Araguaia – PA, partimos de camioneta , já era permito a entrada de veículos esta viagem até chegar a Serra Pelada durou dois dias, sendo um dia de casa até a Fazenda do Pernambuco, pois daí para frente não podia entrar de carro, chovia muito, dali pra frente, fomos a pé com as mercadorias nas costas, debaixo de chuva e precisado fazer o nosso rancho, os cinco primeiros dias foram para buscar o rancho no sexto dia só eu e outro que já não me lembro o nome trouxemos o resto o rancho, o barracão já estava pronto. Nesta época a Grota Rica já estava cheia de gente, foi aí que meu pai Raimundo Serra Alencar, mais tarde conhecido como farejador de ouro resolveu cavar um barranco sobre a serra da Babilônia, no encontro das três grotas ali existentes, três dias após marcar os serviços um homem a quem não me recordo o nome, encontrou uma pepita de 900 gramas e, no outro dia a Serra já estava limpa e 500 homens trabalhando, ao nosso lado estava o José Maria e o Japonês, que em 80 dias foram mais felizes, encontrando uma laje de 380 kg de ouro, pegando 18 baldes de ouro de ouro, esta laje teve de ser cortada a machado, nós só pegamos uma parte do filão, ou seja, 180 kg após 3 meses de garimpagem, até a chegada desta data, o dinheiro que trouxemos já havia acabado, já tínhamos vendido 200 sacos de arroz e 30 bezerros, isto ainda não deu para pagar tudo até chegar ao ouro, então tive que começar a fazer transporte de garimpeiros e na volta trazer laranjas para a venda no comércio, na última viagem, dois companheiros me aguardavam para me avisar de que nós havíamos bamburrado, dei todas as laranjas de graça, foi o meu primeiro reque que dei, após este dia eu trabalhei na operação ouro durante 23 dias sem saber o que se passava fora do garimpo, mas como o trabalho maneirou, pedi ao meu pai para passear em Marabá, as mulheres atormentavam minha cabeça no sonho, o velho se mancou, foi dureza até ele me liberar, saí às 3 horas da tarde,lá chegando comprei um carro e me mandei, comprei um caminhão Scania, só para matar minha vontade de infância, queria conhecer o Brasil de ponta a ponta, sobre um caminhão, isto eu completei, voltei ao garimpo em 81 – 82 nestes anos tirei 11 kg de ouro, em 83 só tristeza, mas serei o último dos garimpeiros a sair desta mina.
Alencar morreu no ano passado vítima de um infarto fulminante sem uma grama de ouro.

Serra Pelada ― a "corrida em busca do ouro"



















A tese incutida por determinadas testemunhas oculares do evento, garantem que Serra Pelada ainda não havia sido descoberta como garimpo, de acordo com o narrado o post anterior. Eis que outro fato corroborou para a segunda tese de origem do garimpo. Esta, também por um fato do acaso, protagonizado pelo Senhor Sebastião Ferreira, que ao procurar lenha seca para cozinhar seus alimentos e não a encontrando facilmente nas imediações da Grota Rica, resolveu procurá-la nas encostas da serra e com isso foi cada vez mais para cima, na direção do topo da elevação e lá chegando encontrou ali as primeiras pepitas encontradas no depois batizado garimpo de Serra Pelada.

Ferreira era um humilde velhinho agricultor que não contendo-se de excitação com a descoberta, desceu a serra e espalhou a novidade, rapidamente todos os que estavam trabalhando na Grota Rica, passaram a procurar ouro também no topo da Serra e como em garimpo, as notícias não correm, voam, não se sabe como, mas imediatamente começou a chegar centenas e centenas de garimpeiros e depois milhares.

Serra Pelada ― problemas desde a descoberta












Nunca se soube ao certo quantas toneladas de ouro foram garimpadas em Serra Pelada.

Tudo começo na fazenda de uma família ― os Camargos ― que há décadas haviam migrado de Gioás para o sudeste do Pará.

No mês da graças de fevereiro da era cristã de 1980 do século XX, atrubui-se ao posseiro José Feitosa, que trabalhava na área do Senhor Genésio Camargo, ao tomar banho na Grota Rica, encontrou por acaso, pequenas pepitas de ouro.

A notícia se espalhou como rastilho de pólvora e logo chegou a localidade os primeiros garimpeiros.

Um punhado dêles que cresceram segundo uma proporção geométrica. Um mês depois, no dia 05 de Março, estes pioneiros somavam mais de cinco mil garimpeiros.

Os legítimos proprietários da área e seus herdeiros nada poderam fazer para impedir a invasão da área.

O ouro estava espalhado à flôr da terra.

Não havia completado um ano que moradores de Marabá, principal cidade da região, distante aproximadadmente 150 quilômetros do garimpo, comemoram, soltando rojões e foguêtes a decisão do governo federal de derrubar, via decreto, a condição do município como Área de Segurança Nacional. Poucos anos antes da "febre do ouro" o governo havia "assado uma castanha" envolvendo escaramuças com militantes revolucionários na chamada "Guerrilha do Araguia".

Coomigasp ― após invasão violenta cooperativa reabre




















Um contingente de 70 policiais militares permacem protegendo as instalações da sede da Cooperativa de Garimpeiros de Serra Pelada que retomou sua rotina após os violentos tumultos ocorridos no último domingo,17.

Um grupo de 50 sem-terras que estavam concentrados em uma casa no Morumbi ― bairro do Distrito do Município de Curionópolis ― foram expulsos do local pela PM . O líder nacional do MST, Pedro Stédile, condenou a invasão e a quebradeiras feita pelos sem-terras à Cooperativa dos Garimpeiros de Serra Pelada. Raimundo Benigno que comandou a ocupação ao prédio da Coomigasp com a ajuda do líder do MST de Palmares II, Eurivaldo Martins , vulgo Totô, acusou a PM de ter destruído a cooperativa. O delegado responsável pelo inquérito pediu a prisão preventiva de Benigno.

O líder garimpeiro que comanda um dos três grupos que se matam-se entre si há décadas, desde o fechamento daquele que foi na década do 80 o maior garimpo a céu aberto do mundo, está foragido.

Benigo é facilmente encontrado em Brasília, onde visita sem sem incomodado, os gabinetes de deputados e senadores de vários estados.

Muito sangue ainda vai manchar o chão do distrito batizado com o nome do famoso garimpo.

Tudo sob o olhar de milhares de brasileiros que para lá se dirigiram em busca do Eldorado e da possibilidade da riqueza fácil.

Os governos federal e estadual não conseguem desatar o nó do impasse em que atualmente se encontra o garimpo.

Muita gente ainda vai morrer.

Vários estão marcados nessa disputa.

Mudanças no Enem

O presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Anísio Teixeira (Inep), Reynaldo Fernandes, anunciou ontem em São Paulo mudanças significativas no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) do ano que vem. Segundo ele, o objetivo das mudanças é permitir a comparação entre as notas de diferentes edições da prova e, com isso, melhorar o planejamento da Educação no país.

Em 2007, por exemplo, as médias da avaliação subiram bastante e a prova foi considerada mais fácil pelo Inep. Esse método dificulta a seleção dos melhores alunos, já que milhares de alunos com desempenho satisfatório acabam com nota alta no exame, mascarando a estatística.

Até quem presta vestibular vai sentir as modificações. Isso porque a maior parte dos processos seletivos permite apenas a utilização da nota do último Enem realizado. Atualmente, quem fez Enem em 2006 e quer prestar vestibular em 2008 não pode usar a pontuação antiga. A mesma restrição existe para quem busca uma bolsa de estudos pelo Programa Universidade para Todos (ProUni) do governo federal. De acordo com as regras atuais do programa, só quem fez a última edição do Enem pode disputar.

Fonte: Correio Braziliense

O polêmico Minc

O novo ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, que assume a pasta na próxima terça-feira, 27, amplia a crise no governo.

Saiba porque aqui.

Nepotismo com os dias contados

A luz amarela acendeu para servidores que são parentes de autoridades públicas. De olho em acabar com o favorecimento político nessas contratações, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou ontem projeto que proíbe a nomeação para cargos de confiança de parentes até o terceiro grau. A proposta abrange todas as áreas: Executivo, Legislativo, Judiciário, Ministério Público e Tribunais de Contas.

Quem descumprir a regra sofrerá ação por improbidade administrativa, além da anulação do ato que nomeou o familiar. O projeto, uma emenda constitucional, agora seguirá para o plenário do Senado. Depois, vai para a Câmara. A aprovação em cada Casa dependerá dos votos de três quintos de cada plenário.

É o começo do fim da maladragem de contratar parentes. Vossas excelências terão agora que confiar em outras pessoas que não seus parentes.

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