Inpe garante que o Amazonas é maior que o Nilo

O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) concluiu as medições com imagens de satélites que indicam o Amazonas como o maior rio do mundo. Segundo a metodologia do trabalho coordenado por Paulo Roberto Martini, da Divisão de Sensoreamento Remoto do INPE, o Amazonas tem 6.992,06km de extensão, enquanto o africano Nilo atinge 6.852,15km.

Desde o início dos anos 90, o INPE estuda o Rio Amazonas por meio do sensoreamento remoto e geoprocessamento, tecnologias derivadas do Programa Espacial Brasileiro. O trabalho que analisou os rios Amazonas e Nilo será apresentado no 13º Simpósio Latino Americano de Sensoreamento Remoto, em setembro, em Havana, Cuba.

A incrível história da curumim Hakani

Hakani é o nome da menina que nasceu com hipertiroidismo e, por não ter o desenvolvimento físico esperado pela tribo, foi enterrada viva, mas salva pelo irmão mais velho. Depois de abandonada pela família, a criança foi adotada pelo casal de lingüistas Marcia e Edison Suzuki. A menina, que completa 13 anos na próxima segunda-feira, vive e estuda em Brasília. Com versões em português e em inglês, o filme relata, com pequenas adaptações, a história de Hakani e pode ser assistido no site www.hakani.org, criado para ser a principal peça da campanha contra o infanticídio entre indígenas. A história da pequena índia foi revelada pelo Correio Braziliense no ano passado.

A Funai considerou “escusa” a origem do filme e teme a generalização inadequada de uma tradição indígena. A fundação admite acionar a Polícia Federal para investigar a legalidade da realização do trabalho. Encarregada pela tutela dos indígenas brasileiros, a direção da entidade entende que a questão abordada pelo vídeo precisa ser tratada em uma ampla discussão sobre os direitos humanos universais e a relatividade cultural deles, envolvendo governo, organizações indígenas e a sociedade em geral. A Funai conhece a pratica, mas garante que não é comum a todas as etinias e, mesmo entre as que ainda a adotam, já há alternativas de adoção das crianças doentes por outras famílias para evitar as mortes.

Interferência
Com cenas consideradas exageradamente fortes e até criminosas por antropólogos, o filme foi produzido pela organização não-governamental (ONG) Atini — palavra que significa voz pela vida — e financiado pela instituição evangélica Jovens com um ideal (Jocum), que tem sede nos Estados Unidos e vários escritórios no Brasil. A instituição se especializou na evangelização dos índios e no resgate de crianças marcadas para morrer nas tribos por serem portadoras de necessidades especiais.

O ex-presidente da Funai Mercio Pereira Gomes pediu a interferência da PF, do Ministério da Justiça e até do Supremo Tribunal Federal para impedir a divulgação do filme. “A encenação é criminosa. Os autores têm que ser processados e os demais responsáveis punidos rigorosamente”, protestou Mercio.

Além das cenas na suposta aldeia Suruwaha, o documentário mostra depoimentos do juiz Renato Mimessi, de Rondônia, defendendo a campanha. Também aparece nas cenas o deputado Francisco Praciano (PT-AM), declarando, durante sessão da Comissão de Direitos Humanos, que a Constituição brasileira não foi feita para índios. O congressista reclamou. Segundo ele, a campanha agride a cultura indígena. “A prática indígena assusta o homem das cidades. Mas também assusta a interferência de entidades religiosas que querem alterar a cultura dos povos indígenas, criminalizando uma prática que ainda não sabemos entender”, protestou.

Megaprodução
Com produção digna dos grandes filmes de ficção e dirigido pelo cineasta americano David Cunningham (A última das guerras), o documentário informa que se trata de “uma história verídica”. Foi rodado em janeiro em uma fazenda da Jocum, nos arredores de Porto Velho (RO), com a participação de índios de várias etnias que vivem fora das aldeias e trabalharam como atores. Em algumas tomadas, foi utilizado até um helicóptero para simular uma ventania. Para filmar o enterro das crianças ainda vivas, a produção utilizou um imenso bolo de chocolate para simular a cova. Com roteiro de Kevin Miller, e narração em português da atriz Irene Ravache, o trabalho teve co-produção do brasileiro Enock Freitas e os cineastas aceitaram trabalhar no filme como voluntários, segundo a Jocum.

Os índios que atuaram no filme receberam cachês, mesmo sendo amadores. “O direito à vida é mais importante que o direito de preservar as tradições. Todas as culturas evoluem e precisamos superar essa prática terrível”, comentou o índio Eli Ticuna. Ele, junto com a mulher e os filhos, atua nas filmagens. No fim do filme, a menina aparece contando como está a vida dela hoje, já tratada da doença.

"A encenação é criminosa. Os autores têm que ser processados".

Mercio Pereira Gomes, antropólogo e ex-presidente da Funai.

"O direito à vida é mais importante que o direito de preservar as tradições".

Eli Ticuna, índio que atua no filme Hakani.


Funai estuda censurar filme

A Fundação Nacional do Índio (Funai) estuda qual instrumento jurídico vai utilizar para impedir, na Justiça, a divulgação do filme Hakani pela internet e emissoras de televisão brasileiras. Com 36 minutos de duração, o misto de documentário e drama conta a história de duas crianças indígenas enterradas vivas por terem nascido com deficiências físicas e faz parte da campanha contra o infanticídio nas tribos da Amazônia.

O ritual ainda é praticado por várias tribos, inclusive os Suruwaha, etnia que vive às margens do Rio Purus, no Amazonas, onde a história do filme se passa. Era nessa aldeia que vivia a menina Hakani. “A Funai está tomando providências para que o vídeo seja retirado do site YouTube, pois entende que o conteúdo denigre a imagem das mais de 220 etnias que vivem no Brasil”, diz a nota da instituição.

Eleições 2008 – mulheres lideram em Porto Alegre

Candidatos à prefeitura de Porto Alegre, Luciana Genro (PSol-RS), Manuela D’Ávila (PCdoB) e Onyx Lorenzoni (DEM-RS) estiveram em Brasília cumprindo as obrigações parlamentares. Maria do Rosário (PT) ficou no Sul. Também pudera. Ela e Manuela estão praticamente empatadas nas pesquisas eleitorais e, para completar, a candidata do PCdoB venceria hoje em todos os cenários de segundo turno.

Eleiçoes 2008 – Luzianne no fio da navalha

A prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins (PT), corre o risco de ter sua candidatura à reeleição impugnada. Tudo por conta de uma querela com o governador Cid Gomes (PSB) a quem caberia a indicação do vice para compor a chapa com a petista. Mas Cid sequer apareceu na convenção que homologou a candidatura. Diante do impasse, os petistas registraram o nome do presidente do partido como provisório. Mas juristas questionam a medida. Para alguns, o nome do vice deveria ter sido registrado até domingo, último dia previsto pela Justiça Eleitoral para as convenções partidárias. Outros dizem que há uma brecha, o intervalo entre a convenção e o prazo final para o registro das candidaturas que se encerra no próximo dia 5.

Receita federal disponibiliza cartilha para candidatos

A Secretaria da Receita Federal do Brasil e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) orientam os partidos, comitês eleitorais e candidatos a cargos eletivos nas eleições municipais deste ano sobre os procedimentos básicos de atendimento às normas estabelecidas pela legislação fiscal por meio da cartilha As eleições, os candidatos, os trabalhadores e a Receita Federal do Brasil. A cartilha apresenta, de forma clara e didática, exemplos práticos abrangendo as principais determinações legais sobre o tema no sentido de facilitar o cumprimento das obrigações tributárias, previdenciárias e acessórias. Esse material está disponível no sitio da Receita. Baixe a cartilha aqui.


LDO aprovada

A Comissão Mista de Orçamento aprovou nesta quarta-feira o texto-base da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) do ano que vem, mas ainda restam 161 destaques a serem apreciados antes de o texto seguir para votação em plenário. Nova reunião da comissão será realizada ainda hoje para apreciar esses destaques. “Uma série desses destaques já está prejudicada porque eles propõem mudanças que já foram acatadas pela relatora”, explica o deputado Mendes Ribeiro Filho (PMDB-RS), presidente da comissão.

Operação João de Barro – devassa nas emendas parlamentares

A Polícia Federal prepara uma varredura nas emendas parlamentares destinadas aos 119 municípios investigados pela Operação João de Barro. A intenção é verificar o trâmite dos processos, desde a participação dos deputados até a assinatura dos convênios com as prefeituras.

Investigadores que atuam na apuração dos desvios de financiamentos públicos, inclusive do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), acreditam que outros servidores da União e integrantes do Legislativo podem aparecer durante essa fase. A PF já tem uma relação de todas as obras e liberações de recursos supostamente irregulares, já que as buscas e apreensões realizadas no dia 20 de junho estavam direcionadas para determinados documentos que podem comprovar as fraudes.

Caça aos bois

Esse negócio de caçar bois piratas em áreas protegidas na Amazônia, mostra de forma incontestável uma verdade absoluta: as áreas estão invadidas porque não estão manejadas para cumprir os objetivos para os quais foram criadas, ou seja, a proteção da natureza.

A ação do Ministério do Meio Ambiente é justamente à oposta a qualquer medida de bom senso. Caçar bois vai custar caro, então porque não implementar e guarnecer de pessoal as unidades de conservação na região ou em todo o país? Os bois entram em áreas já desmatadas na Amazônia, mesmo que estejam em unidades de conservação, e entram em unidades de conservação porque nada e ninguém as impede. Na grande maioria das vezes entram naquelas áreas protegidas que não foi, ainda, objeto de regularização fundiária.

Como será que está funcionando essa atividade cinegética incomum? Terá o IBAMA (ou o Chico Mendes), já tão assoberbado com o gigantismo de suas tarefas, de aprender mais uma? O que vão fazer com os bois caçados? Transportá-los em balsas ou caminhões alugados? Levá-los em comitivas? Matá-los? Castrá-los? Alugar pastos de outros fazendeiros? Soltá-los em terras públicas? Doá-los? Comê-los? Como vai ficar a parte legal do proprietário dos bois e não das terras? Ou os proprietários de bois e terras em unidades de conservação, que não foram, todavia indenizados?

Maria Tereza Jorge Pádua
Fundadora da Funatura, membro do Conselho da Fundação O Boticário de Proteção à Natureza e da comissão mundial de Parques Nacionais da UICN. Mais sobre a autora em Quem Somos.

Leia a íntegra do artigo aqui.

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