O Ibama não é "bicho papão"













Nesta quinta-feira, 20, foi realizada uma audiência na sede da Justiça Federal em Marabá, para tratar da situação em que se encontra a ação pública que o IBAMA move contra algumas siderúrgicas do DIM (Distrito Industrial de Marabá), que contou com a presença de representantes de algumas guseiras, promotoria de justiça, SEMMA e IBAMA.

O advogado e procurador federal Aníbal Pessoa Picanço, novo superintendente do IBAMA, concedeu, logo após a audiência, uma entrevista exclusiva à TV Eldorado-SBT, de Marabá, onde entre vários assuntos, afirmou ao entrevistador Markus Mutran que o institutto não é o nenhum "bicho-papão", conforme alguns empresários o vem taxando, mas é, sim, uma entidade preocupada em resguardar os interesses dos setores produtivos, porém nunca em detrimento da preservação ambiental.

Plebiscito pelo novo Estado pode ser votado este ano

Paulo Leandro Leal

O Estado do Tapajós

O presidente da Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia, recebeu na manhã desta terça-feira, 18, em Brasília, o abaixo-assinado com 350 mil assinaturas pedindo a aprovação do projeto que autoriza o plebiscito pela criação do Estado do Tapajós no Oeste do Pará. O documento foi entregue em mãos por um grupo de deputados, vereadores, prefeitos, lideranças empresariais e de movimentos sociais do oeste do Pará, que permanecem em Brasília durante toda a semana articulando a votação do projeto na Câmara federal.

O deputado federal Lira Maia, que articulou a entrega do documento, avaliou nesta terça-feira que está sendo muito positiva a receptividade aos anseios da região com relação à criação do novo estado. Além dele, estiveram os deputados estaduais Alexandre Von e Antonio Rocha, a prefeita Maria do Carmo e os prefeitos dos municípios de Juruti, Jacareacanga, Porto de Moz, Itaituba e Rurópolis, além de vereadores, lideranças empresariais e integrantes do Movimento pelo Plebiscito e Criação do Novo Estado. As assinaturas foram coletadas durante meses pelos integrantes do movimento em todos os 25 municípios que poderão formar o novo Estado da federação.

Segundo o presidente do movimento, professor Edvaldo Bernardes, as ações realizadas em Brasília estão tendo grande sucesso. "A avaliação é a melhor possível. Após a desobstrução da pauta de votação tenho certeza absoluta que o projeto (que autoriza o plebiscito) será colocado em votação", comemora Bernardes, destacando que existe entre os deputados um clima muito favorável à criação do Estado do Tapajós.

Para o deputado federal Lira Maia, há muito o que comemorar. Ele destaca a grande comitiva que foi à Brasília para a entrega do documento, avaliando que esta participação ajudou muito a chamar a atenção dos parlamentares para o assunto, inclusive do presidente da Câmara. "O deputado Chinaglia se comprometeu a levar a matéria para o colégio de líderes e, não havendo nenhuma objeção, colocar o projeto em votação", informou Maia, explicando que o líder do governo, deputado José Múcio, se mostrou favorável ao projeto e vai atuar para que a bancada governista possa ser liberada para votar a favor do plebiscito.

Lira Maia informou que além da entrega das assinaturas, estão sendo mantidas reuniões com diversas lideranças políticas ou não, para tentar conseguir o maior apoio possível ao projeto. Entre elas está o presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil, Cézar Brito, que também disse que era favorável ao projeto e prometeu que a OAB se posicionaria sobre o assunto. Até esta terça, praticamente todos os lideres de partidos já haviam sido visitados por integrantes da comitiva.

Alem disso, a comitiva que está em Brasília se reuniu em nove equipes que nesta quarta-feira vão visitar todos os deputados em seus gabinetes, para pedir apoio à aprovação do projeto quando o mesmo for colocado em votação. Diante de tamanha articulação, Lira Maia está confiante quando á votação do projeto. Ele explicou que no momento quatro Medidas Provisórias e outros três projetos trancam a pauta na Câmara, por isso o projeto do novo estado não deve ser votado este mês. "Minha expectativa é que seja votado ainda neste semestre", disse o parlamentar. O deputado santareno diz ainda que as articulações estão sendo muito importantes para convencer as lideranças em Brasília. "Todos os lideres se manifestaram favoráveis, estou muito otimista", finaliza o parlamentar.

Além das assinaturas, as lideranças da região ainda levaram um manifesto público de apoio ao plebiscito assinado por diversas associações comerciais da região, inclusive a do município de Ananindeua, na região metropolitana. O manifesto, liderado pela Associação Comercial de Santarém, conta com a assinatura de 64 entidades da sociedade civil de oito municípios do interior do Pará.

Fonte: Paulo Leandro Leal

1- Nota do blog: O Estado do Carajás ainda precisa ser aprovado no Plenário do Senado e, somente a partir dai, seguir para votação final no Plenário da Câmara.

2- Nota do blog: Somente os Projetos de Decreto Legislativo que autorizam o plebiscito no Tapajós e no Maranhão do Sul estão pronto para votação final.

Resultado da enquete

Você acha correto que ao assumir, o novo Governo deve promover a caça às bruxas e bruxos do seu antecessor?

Acho 4,55% (1 voto)

Não acho 18,18% (4 votos)

Tem que demitir todos que estavam em cargo de confiança 22,73% (5 votos)

Matém os de comprovada competência, independente da filiação partidária 54,55% (12 votos)

Não interessa. O importante é aparelhar a máquina com os puxa-sacos, competentes ou não (nenhum voto)
Total: 22 votos

É evidente que este consenso apontado pela sondagem da enquete não é adotado por vários governos, inclusive aqueles que se autoproclamam de vanguarda.

Josenir assume diretoria executiva e Lula lança PAC da Funasa

Josenir Nascimento tomou posse hoje assumindo a diretoria executiva da Funasa no Marina Hall, com direito à presença do primeiro escalão do governo. O prato principal do evento foi o lançamento do PAC da Funasa.
Lula anuncia recursos do Programa de Aceleração do Crescimento para a Fundação Nacional de Saúde (PAC/Funasa) para municípios com até 50 mil habitantes, priorizando aqueles com altos índices de mortalidade infantil e registros de casos de malária e doença de chagas

PAC da Funasa promete investimentos de R$ 4 bi


Ullisses Campbell


Correio Braziliense

SANEAMENTO BÁSICO
Lula quer prioridade em saneamento básico e combate a doenças endêmicas. Quilombolas e povos indígenas estão entre beneficiados

Danilo Forte, da Funasa: União quer levar água e esgoto aos Grotões

O presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva anuncia hoje um pacote de medidas para os pequenos municípios brasileiros e para a saúde indígena, apelidado de PAC da Funasa. O programa prevê investimento de R$ 4 bilhões em saneamento básico e combate a doenças endêmicas até 2010. Na semana que vem, Lula deverá anunciar o chamado PAC da Saúde, entregue pelo ministro José Gomes Temporão, no Palácio do Planalto, e ainda não aprovado pelo presidente.

O PAC da Funasa está dividido em três eixos. O primeiro dá prioridade à saúde indígena. O governo quer elevar o abastecimento de água da população indígena nas aldeias do país, de 62% para 90%, e dobrar, de 30% para 60% a cobertura do sistema de esgotamento sanitário. No Amazonas, onde vivem 125 mil índios, apenas 7% têm água encanada. “Isso é um absurdo porque esses índios vivem na maior bacia hidrográfica do mundo e não tem água tratada para beber”, disse o presidente da Funasa, Danilo Forte.

Segundo ele, o presidente Lula pediu que seja dada uma atenção especial às comunidades indígenas e um reforço no combate à doença de Chagas e à malária. Os dois males atingem, principalmente, as populações ribeirinhas que vivem na Região Amazônica.

Recentemente, foi traçado um mapa epidemiológico para Chagas e descobriu-se que a doença está mais evidente em cerca de 500 municípios localizados no meridiano que vai do sul do estado do Piauí, no limite com o Ceará, e segue até a divisa do Rio Grande do Sul com o Uruguai. Os maiores casos encontram-se na margem esquerda do Rio São Francisco, nos estados da Bahia e Minas Gerais. “Só para combate à doença de Chagas o PAC prevê R$ 280 milhões”, disse Forte.

Nos estados da Amazônia Legal com áreas sujeitas à malária, as medidas prevêm ações de manejo ambiental e drenagem urbana em 30 municípios onde a incidência dos casos da doença é maior. Uma das cidades a serem beneficiadas é Manaus (AM), que registrou, no primeiro trimestre deste ano, 16.944 notificações de malária, um crescimento de 815% em relação ao ano passado.

Alcance social
A Funasa é responsável pelo saneamento básico nos municípios brasileiros com até 50 mil habitantes e tem como missão atender a saúde das populações indígenas, das comunidades especiais quilombolas, assentamentos rurais, ribeirinhos e extrativistas. O órgão implementará com o Ministério da Saúde os projetos com execução previstos até 2010. De acordo com o presidente da Funasa, as ações estruturantes na área de saneamento possibilitarão o acesso de uma grande parcela da população mais carente a serviços básicos e essenciais na área de saúde.

As comunidades de quilombolas receberão água tratada e esgoto, com 45 mil famílias sendo beneficiadas em mais de 600 comunidades espalhadas pelo país. O chamado PAC da Funasa prevê ainda a formulação do Programa Nacional de Saneamento Rural, que fornecerá água de boa qualidade e esgotamento sanitário para as populações rurais dispersas em localidades rurais com até 2,5 mil habitantes. Para viabilizar esse plano, serão destinados recursos para construção de sistemas de abastecimento de água e esgoto. As escolas rurais também serão beneficiadas.

O governo promete a criação de 150 empregos para cada R$ 1 milhão investidos na área de infra-estrutura. Isso que dizer que, pelas contas da Funasa, a aplicação de R$ 1 bilhão vai gerar 150 mil empregos. No total, serão 750 mil novos postos de trabalho, ao longo dos próximos três anos e meio.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), cada R$ 1 aplicado na área de saneamento representa uma economia de R$ 5 em atendimento ambulatorial e hospitalar. “Como estaremos trabalhando com R$ 1 bilhão por ano, teremos uma economia de R$ 5 bilhões na execução do PAC, desonerando o sistema de atendimento à saúde”, prevê Danilo Forte.
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As principais medidas

O governo promete investir R$ 4 bilhões no chamado PAC da Funasa

Fornecer água para 90% das comunidades indígenas. Hoje, apenas 62% das aldeias têm água encanada. O governo quer ampliar de 30% para 60% o fornecimento de esgotamento sanitário. O governo vai priorizar as áreas com maiores déficits de cobertura de saneamento em municípios com até 50 mil habitantes, levando em consideração cidades com potenciais riscos à saúde

As comunidades quilombolas receberão água de boa qualidade e esgoto. Medidas beneficiam 45 mil famílias em 622 comunidades

Também serão contemplados 500 municípios localizados em área de alto risco da doença de Chagas, principalmente nos estados de Minas Gerais, Bahia e Rio Grande do Sul.

Na Amazônia, o governo quer prioridade para as áreas sujeitas à malária.

Entre as propostas, estão ações de manejo ambiental e drenagem urbana nos 30 municípios com maior número de casos da doença.

Entregue o abaixo-assinado para o plebiscito do Tapajós

Foto: Agência Câmara
Presidente Arlindo Chinaglia recebe Dep. Lira Maia (DEM-PA), que conduziu outras 30 Pessoas para entrega de 500 mil assinaturas favoráveis à criação do Estado do Tapajós.

Divisão Territorial. Uma Amazônia com afeições novas.



























Sobre a mesa 500 mil assinaturas para acelerar o plebiscito
A população paraense ainda está dividida quanto à questão. A realidade é que o atual Estado do Pará com seus 1.248.052 Km² de superfície, contendo blocos de cidades eqüidistantes da capital, tem uma perniciosa concentração de renda, que é um dos fatores que contribuem para o atraso geral da cultura, para a falta de saneamento básico e para a ausência de um turismo expressivo, uma vez que há sérias dificuldades de alocação de recursos por todo o Estado. Esta falta de recursos, aliada a uma intensa explosão demográfica, em decorrência dos grandes projetos implantados, não oferece condições de propiciar o atendimento social a populações espraiadas por um imenso território.

Esboçado a realidade dos paraenses, resta indagar o que fazer para mudar esse panorama? Mudar tudo, dirão alguns. Mas, resta saber em que base? Até porque, frases de impacto, feitas por autoridades do governo, de que será dada a largada a investimentos nas áreas menos desenvolvidas, já não surtem efeito, pois essas promessas já vêm de longa data, passando por vários governos, sem que nada aconteça. Acontece que em que pese o povo não acreditar nessas colocações de especialistas de plantão, elas sempre estarão na mídia, através de instituições que vão se sentir prejudicadas, e portanto, seus porta-vozes dirão que não é preciso dividir o Estado, bastando que o atual governo estadual processe as mudanças necessárias nas estruturas da produção agropecuária e na política industrial que passarão a ser direcionadas com mais pujanças para aquelas áreas do Estado. Assim, segundo eles, estradas serão priorizadas e portos serão construídos, resolvendo o problema até do país. A par disso, perguntamos: Com que paradigmas? Essas mudanças serão feitas com eficiência econômica e justiça social? Ou somente com prudência ecológica? Fazemos essas simples perguntas, pois antevemos que sejam lá quais forem às respostas, elas não se coadunam com a heterogeneidade e grandiosidade do território paraense.

Na verdade, o que existe, de fato, para os paraenses - não são descomunais riquezas do sub-solo -, é um extenso território, entrecortado por grandes rios e lagos, igapós e várzeas. O que existe mesmo, são cidades maiores, cujas periferias estão cheias de ruralistas exilados e cujos núcleos urbanos concentram toda a renda estadual, sobrando bolsões de pobreza espalhados por núcleos populacionais descentralizados. O que se observa, hoje, é que passado à fase eufórica de fazer da Amazônia a mais nova fronteira do país, houve o reverso do processo desenvolvimentista, com o inchamento, principalmente, das cidades de Santarém e Marabá, acarretando problemas de toda ordem, que nunca foram solucionados, em que pese às promessas políticas de ser interiorizado o progresso, através da continuidade no processo de desenvolvimento com a implementação dos sistemas infra-estruturais, físicos e sociais.

Portanto, já não é de hoje que o povo do Médio e Baixo-Amazonas está desiludido com promessas vazias, que vêm desde 1853, quando pela primeira vez se propôs a criação da Província do Tapajós. Entende-se que as falácias de ontem se repetem, ou melhor, são as mesmas de hoje, sem base de sustentação e sem certeza para fazer chegar, nessa parte da Amazônia, o desenvolvimento tão esperado. O pior é que as falácias surgem de instituições de classes, genuinamente, paraenses, com sede na capital. Tudo isso, porém, tem uma explicação: essas instituições habituadas à gestão cômoda, sem apresentar nenhum projeto auto-sustentável, não querem perder a força de polarizar a concentração de renda na capital. E assim, temerosas de que as mudanças que possam ocorrer, na economia regional - com a distribuindo eqüitativa da renda, e com o deslocamento de plantas industriais, formando novos distritos produtivos e, conseqüentemente, a intensificação do comércio por toda a região amazônica -, coloquem elas em cheque, quanto à eficiência dos atuais empresários sediados na capital paraense, que se prevalecem, costumeiramente, dos fracassos dos empresários das regiões mais afastadas do grande centro econômico que é Belém.

O certo é que essa modernização e melhoria de qualidade de vida requerida, por exemplo, pela população do Vale do Tapajós, não virá através dos meios convencionais, como possa parecer para aqueles analistas políticos acostumados com utopias e discursos eleitoreiros, mas virá da mesma maneira como veio para os mais novos estados do sul e centro-oeste do país, ou seja, através da vontade do povo, até mesmo de Belém do Pará, pois o povo em geral sente que é assim que se fará justiça, e que assim, todos sairão ganhando.

Depois de tudo o que já ocorreu, no país, a população passou a ser bem informada, entendendo que o modelo de desenvolvimento, implantado pelo regime militar que ainda persiste, atualmente, na democracia, é por demais concentrador de riquezas, nas mãos de poucos, e portanto, salta logo aos olhos de qualquer pessoa, que as populações dos municípios circunscritos no desenho dos estados - incluindo-se aí, o novo Estado do Pará, muito mais aconchegante em território -, só terão a ganhar, porque terão como monitorar as ações dos futuros três governos na exploração das riquezas naturais, com a preservação dos ecossistemas, uma vez que se constituirão em unidades com autonomia para firmar acordos internacionais de investimentos, cooperação técnica e parcerias em pesquisas, e, portanto, tendo vida própria. Assim é que, segundo os cálculos das organizações prol divisão, o novo Estado a ser formado, com o nome de Tapajós, com sede, provavelmente, em Santarém, já nascerá com um PIB maior que R$ 5 bilhões, bem superior que o PIB dos estados de Tocantins, Amapá, Acre e Roraima. Ainda de acordo com esses pré-estudos, que podem ser encontrados no site www.novoestado.com.br, o fundo de participação do Estado (FPE), começará com quase R$ 70 milhões, sem contar as complementaridades que virão do governo federal.

Quanta à crítica de número um, por parte dos contrários ao redesenho territorial - que se radicaliza na construção das instalações para o funcionamento de novos governos, a corrente separatista que vai crescendo aceleradamente, principalmente nos meios estudantis, tece as seguintes considerações: os investimentos para organizar um estado nascente, na formação de instituições, tais como palácio de governo, assembléia Legislativa, Tribunal de Justiça, Secretarias e todo o aparato político, incluindo deputados federais e senadores -, segundo os cálculos do “pool prol Estado do Tapajós”, que incluem aí faculdades, câmaras municipais e associações comerciais e de logistas das sub-regiões, os investimentos federais para a consecução desses objetivos, não ultrapassam R$ 905 milhões de reais, além de poderem ser reembolsados, em parte, com a receita própria do futuro Estado.

O grande desafio que surge, é banir o medo que tem a população de Belém, e seus arredores, talvez induzida pelas autoridades ameaçadas, em seus esconderijos, e querem dar entender que não restará quase nada para a população do Pará remanescente. Nada disso é verdade, e nisso fazemos coro com os separatistas, visto que não há fundamentação em tal argumento. Ao nosso ver, o desenvolvimento de uma unidade federada não está dependente, diretamente,de sua dimensão territorial, mas sim, da sua força política para captar recursos para administrar, num espaço menor, com eficácia e destreza, e com a vantagem de ter as prefeituras mais perto do centro de decisão, sem perder de vista o acompanhamento dos investimentos, reduzindo assim os desperdícios e conseguindo melhor produtividade, com menor custos, em todos os campos das atividades econômicas. E é isso que, na realidade, vai ocorrer com o Estado do Pará a partir de um território bem menor.

A maior vantagem do futuro e novo Pará reside, fundamentalmente, em já recomeçar com uma população privilegiada, contando com uma malha viária bem estruturada e conectada com o Nordeste e Centro-Oeste do país, possibilitando o surgimento de novas atividades econômicas. Quanto ao Marajó, o Baixo-Tocantins e a região do Nordeste Paraense, cujos municípios, atualmente, são desprovidos de assistência governamental para a implantação de projetos econômicos e sociais, terão reais possibilidades de ter toda atenção do governador voltada para suas prefeituras, em suas linhas de ações. Na verdade, com um território menor, os municípios paraenses, contarão com mais recursos, porque não terão mais a concorrência de Santarém, Marabá e de todos os municípios que comporão os novos territórios. E justamente, por contar com uma cidade que não perderá a capacidade de ser a metrópole da Amazônia, e que tem uma infra-estrutura urbanística invejável, com uma série de atrativos turísticos, sendo bem servida em termos de sistema financeiro e parque industrial, e além disso, com uma significativa produtividade no campo, que o Pará ainda reterá o maior PIB, e ainda contará com mais de R$ 107 milhões em termo de FPE, em seus cofres públicos, e deixará de ter a responsabilidade de investir em 25 municípios a ser cedidos ao Tapajós e outro tanto ao futuro Estado do Carajás. Os setores de educação e saúde, por sua vez, contarão com maiores investimentos no Estado do Pará, e claro nos outros dois estados, também.

A partir dessa visualização, pergunta-se: para que melhor que isso? Só quem tem interesses escusos, ou está com uma visão estreita, não vê a vantagem de um território menor. A sorte é que a maioria da população, que é pobre, sofrida, e que está cansada de ser enganada com promessas de palanque, já está amadurecida, e sabe que é chegado o momento de dar o “sim” ao plebiscito, e de votar a favor da aprovação da “divisão’. Até porque, entende que só assim, pela força do voto, o atual modelo econômico, perversamente concentrador de riquezas, terá seus dias contados, transformando-se em um novo modelo, auto-sustentável, com uma distribuição mais justa dos fatores produtivos, pois novas perspectivas de emprego e renda se abrirão para levas e levas de jovens pobres, na idade de trabalhar, cujas famílias terão o poder aquisitivo aumentado. Sim, novas perspectivas surgirão, com o corredor de exportação que se formará; com as fábricas e instituições do governo, e através da rede financeira e hoteleira que para lá se dirigirá, oferecendo, também, oportunidades que atrairão os jovens de Belém e especialistas das mais variadas áreas profissionalizantes para as cidades do interior.

Claro que uma divisão, dessa magnitude, tem um certo custo, tanto financeiro como social. Agora, há aqueles que querem tirar proveito da mudança. E o pior é que, alguns deles, são os mesmos que são contra, mas quanto a isso, a sociedade está em alerta, para que grupos interesseiros não venham manchar os bons propósitos e desvanecer as esperanças, principalmente dos jovens, em ver um Pará, um Tapajós e um Carajás bem desenvolvidos.

Dizem os defensores da divisão estadual que se o povo da Grande Belém for inteligente, apoiará o povo do Baixo e Médio-Amazonas, na sua aspiração, e assim, nascerá um Pará forte. Da mesma forma acredita-se que se os habitantes do Leste Paraense apoiarem a causa do Oeste do Pará, passarão a ter o apoio total, em prol do Estado do Carajás, cujos habitantes também merecem progredir. É questão de união. Realmente, só unidos, transformaremos a Amazônia, numa bancada forte, formada por mais governadores, mais senadores, mais deputados federais, e contaremos com o grande diferencial para vencer as dificuldades, que é ter o “Centro de Decisão” mais próximo do povo, com maior força política para aprovação de projetos e emendas constitucionais, atraindo maiores volumes de recursos para toda Amazônia, intensificando as transações comerciais na região. Uma Amazônia com cara nova!

Juarez Regis

Edição: Samuel de Souza

Câmara dos Deputados: Sessão entrará pela madrugada

Foto: Ag. Câmara















Hoje será outro dia e noite longos, como ontem.

A Sessão Extraordinária marcada para as 16h00 teve dificuldade de quorum e só agora abriu a Ordem do Dia.

Está em pauta, entre outras matérias, as propostas de emenda à Constituição que prorrogam a CPMF e a DRU até 2011.

Prevejo que os trabalhos se estendam, como ontem, além das três horas da manhã.

Enquanto trabalha-se como nunca na Câmara, o Senado segue sem votações.

Deputado Giovanni quer informações sobre obras públicas

Foto: Ag. Câmara















A Comissão Mista de Orçamento pode votar hoje requerimento de informações do deputado Giovanni Queiroz (PDT-PA) sobre preços de obras públicas. O parlamentar pede que o Tribunal de Contas da União (TCU) envie à comissão as seguintes informações:- custo médio unitário, por m², das obras de construção, com recursos da União, de prédios públicos nos últimos cinco anos; - custo médio unitário, por km, das obras realizadas com recursos da União em rodovias federais nos últimos cinco anos;- custo médio unitário adotado como padrão pelo Tribunal de Contas da União para obras de construção de prédios públicos e para as obras realizadas em rodovias federais.


A comissão ainda pode votar requerimento do deputado Eduardo Valverde (PT-RO) para que integrantes do Comitê de Avaliação de Informações sobre Obras e Serviços com Indícios de Irregularidades Graves participem dos seminários regionais sobre o Plano Plurianual 2008/2011 e o Orçamento 2008, que serão promovidos pela comissão. Outro requerimento, do deputado José Pimentel (PT-CE), propõe seminário regional sobre o PPA e o Orçamento em Rondônia.


A reunião está marcada para ser realizada no plenário 2.

Os Correios vão pagar o meu prejuízo?


Tenho contas retidas nos escaninhos dos Correios. Como se não tivesse mais o que fazer na vida, tudo me leva a crêr que essa empresa vai me causar aborrecimentos enormes nos próximos dias se as faturas não chegarem na data.

Segundo o JB de hoje, cerca de 100 mil correspondências que se acumulam nos Centros de Triagem de Encomendas (CTE) dos Correios.

O martírio poderá se estender ainda pelo mês seguinte: depois de uma semana de paralisação e duas reuniões com o ministro das Comunicações, Hélio Costa, a greve dos Correios, ao que parece, ainda está longe do fim.

– E o seu prejuízo, quem vai pagar?

Cenário político de Brasília

Desconfiança geral

Denise Rothenburg - Correio Braziliense

Os aliados do senador Renan Calheiros (PMDB-AL) estão desconfiadíssimos de um possível acordo entre PT e PSDB para tirar o alagoano do comando do Senado. Juntaram para isso três argumentos. Primeiro, a atitude do senador Aloizio Mercadante (PT-SP) de ir à tribuna pregar a análise conjunta de todos os três processos contra Renan Calheiros e uma licença do peemedebista. Em segundo, Mercadante avisou pessoalmente aos oposicionistas que não perdessem o seu discurso. Por último, houve uma reunião do vice-presidente do Senado, Tião Viana (PT-AC), com integrantes do PSDB para tratar do futuro do Senado, com ou sem Renan.

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A proposta de Mercadante, de adiar a votação do caso Schincariol no Conselho de Ética, é tudo o que Renan não quer. Ele sabe que a tendência é o arquivamento e queria marcar esse gol ainda esta semana. Se o PT e seus mais emblemáticos representantes, como Mercadante, começarem a empurrar Renan para a fogueira, em breve, garantem alguns aliados do senador alagoano, o clima no Senado estará pior do que no dia em que a absolvição de Renan foi patrocinada por 40 mais seis senadores que se abstiveram — um deles Aloizio Mercadante. E assim, a oposição liderada pelos tucanos termina o seu jogo num empate: deixa o Senado nas mãos do PT, mas envenena a relação dos petistas com o PMDB.
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Temporão ajuda o DEM

O Ministério da Saúde construirá seu almoxarifado central de medicamentos no Distrito Federal. O governo federal prevê investimento na ordem de R$ 40 milhões para erguer uma estrutura de 40 mil metros quadrados, segundo acordo selado ontem com o vice-governador, Paulo Octávio (DEM), com a equipe do ministro José Gomes Temporão.
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Só problema

O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, paranaense, conseguiu irritar o seu colega da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, e o governador da Bahia, Jaques Wagner. Tudo porque propôs o fim da Comissão Executiva de Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac). Hoje, Wagner deve trazer o assunto para o presidente Lula. Pelo visto, vai sobrar para o presidente arbitrar mais essa antes mesmo de completar três dias da sua volta para casa.
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Nem vem

Essa história de redução gradativa da alíquota da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) não colou. Nada a ver com o PT. É que os governadores tucanos — Aécio Neves, de Minas Gerais, José Serra, de São Paulo, e outros — disseram a seus deputados que não dá para deixar os três últimos anos de Lula com muito dinheiro e, depois, ficar só com o bagaço no primeiro ano pós-Lula.
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Questão de perfil

Os petistas que têm analisado à distância a escolha do futuro presidente do partido listam uma única razão para tirar dois nomes da disputa, o ministro da Secretaria Geral da Presidência da República, Luiz Dulci, e o assessor especial da Presidência Marco Aurélio Garcia. Ambos são Lula demais. E com o PT a um passo de dar uma guinada à esquerda, não dá para arriscar jogando tudo num candidato de dentro do Palácio do Planalto.
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No cafezinho

Reprimenda
A assessoria do ministro da Educação, Fernando Haddad, avisou ontem à coluna que o motorista dele levou uma advertência por escrito ontem por avançar o sinal vermelho no Lago Sul. Ele foi flagrado pela coluna no momento em que levava o ministro ao aeroporto no domingo. Haddad, que ia no banco de trás, falava ao telefone. Quem dirige ou anda de carro oficial tem mesmo que ficar pianinho. Afinal, Brasília virou um Big Brother.

Suspense
Nos bastidores da Câmara, o assunto CPI da TVA ferve. Tem gente apostando que o presidente da Casa, Arlindo Chinaglia, mandará instalar a CPI, levando a briga para a Comissão de Constituição e Justiça da Casa.

Dois pesos
O deputado Arnaldo Madeira (PSDB-SP) não engoliu a história do presidente Lula tirar duas medidas provisórias do Congresso para acelerar a tramitação da CPMF: “O critério para se editar uma MP é relevância e urgência. Está claro que o relevante para o governo é obstruir a pauta do Congresso. Como o relevante agora é desobstruir a pauta, recolheram as MPs”, comentou ele.

Biônico
O deputado Claudio Vignatti (foto), do PT de Santa Catarina, é chamado pelos colegas de “o homem de R$ 3 trilhões”. É que ele concluiu ontem o relatório preliminar do novo Plano Plurianual de Investimentos (PPA), onde estão previstos R$ 3,6 trilhões em recursos para infra-estrutura e programas sociais nos próximos quatro anos. Amanhã, Vignatti começa um périplo pelos estados, com uma reunião em Rondônia. Os governadores e prefeitos estão doidinhos para emplacar seus estados e municípios nesse bolo.

Um longo caminho para a aprovação da CPMF

A Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que prorroga a CPMF até 2011 terá de passar por uma série de trâmites antes de sua votação final.

O primeiro turno na Câmara e o segundo turno na Câmara.

A CCJ do Senado.

O primeiro turno no Senado e o segundo turno no Senado.

O primeiro turno na Câmara.

Como ontem acabou o prazo (chamado de interstício) de duas sessões ordinárias após a aprovação da PEC na comissão especial, a proposta pode ser colocada em votação a partir da sessão de hoje. Para ser aprovada, precisa do voto de dois terços da Câmara, independentemente do quorum da sessão. Isso equivale a 308 votos dos 513 deputados

O segundo turno na Câmara
Se passar no primeiro turno, a PEC que prorroga a cobrança da CPMF até 2011 deverá aguardar um interstício de cinco sessões ordinárias para ser votada no segundo turno, também no plenário da Câmara. A proposta precisará novamente dos votos favoráveis de 308 deputados para ser aprovada

A CCJ do Senado
Aprovada na Câmara, a PEC segue para a Comissão de Constituição e Justiça do Senado. O presidente da comissão nomeia um relator, que tem prazo máximo de 30 dias para apresentar um parecer sobre a PEC. Aí corre um novo prazo, também de 30 dias, para a CCJ analisar e votar o parecer. Esses prazos podem ser encurtados, o que costuma ocorrer. Já existem requerimentos para a realização de audiência pública sobre a PEC na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, mas isso ainda depende de votação. A CCJ tem 23 titulares, e para ser aprovada a PEC necessita da maioria dos votos do colegiado

O primeiro turno no Senado
Depois da publicação do resultado da votação na CCJ, é preciso esperar um prazo de cinco dias úteis para a PEC ser levada ao plenário do Senado para o primeiro turno de votação. No plenário, são necessárias cinco sessões ordinárias para a discussão antes da votação. Se forem apresentadas emendas à PEC, ela precisará voltar à CCJ, onde serão repetidos os prazos da comissão. Só então a PEC retorna ao plenário e é colocada na pauta. Para ser aprovada, a PEC precisa dos votos favoráveis de 49 dos 81 senadores

O segundo turno no Senado
Depois do primeiro turno, precisará esperar mais cinco dias úteis antes de ser analisada no segundo turno de votação. A exigência do número mínimo de votos para a aprovação é a mesma do primeiro turno. Se o Senado fizer qualquer alteração na PEC antes de aprová-la, a proposta precisará retornar à Câmara para novas discussão e votação.

- Ufa! E ainda acham que é fácil aprovar uma PEC.

Mantega não quer redução
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou ontem que o governo não negociará redução de alíquota da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) no texto em tramitação no Congresso. “Depois de aprovada a CPMF, existe uma autorização para que, por lei ordinária, se possa fazer a redução da alíquota, mas isso vamos discutir num segundo momento”, disse. Mantega reconheceu que na Câmara a tramitação será mais rápida, mas que a tarefa no Senado será mais difícil. “Mas vamos fazer todo o esforço para aprovar a matéria”, afirmou.

Juíza baiana por um fio

Está literalmente por um fio a quebra do sigilo fiscal, bancário, telefônico e telemático (computador) da juíza Olga Regina Santiago Guimarães — promovida, na semana passada, a titular da 47ª Vara de Substituições de Salvador — e de seu marido, Balduíno Santana. Olga e Santana estão sendo investigados por suspeita de envolvimento com o narcotraficante colombiano Gustavo Duran Bautista, preso em agosto, no Uruguai, ao ser flagrado com 485 kg de cocaína pura. A magistrada, que continua trabalhando normalmente, nega as acusações. “Com o pedido, queremos apurar a realidade dos fatos, para dar uma resposta à sociedade”, disse o procurador José Edivaldo Rocha Rotondano, titular da Procuradoria de Justiça Criminal do Ministério Público Estadual da Bahia, autor do pedido de devassa do casal.

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