No Japão, a figura do imperador é quase divina, intocável. Segundo a Constituição do Japão, ele é o símbolo do Estado e da unidade do povo. Parte do caráter mítico do Império do Sol se deve ao fato de ele ser a mais antiga monarquia hereditária do mundo. Desde a ascensão do imperador Jimmu, em 11 de fevereiro do ano 660 a.C., a Casa Imperial reconheceu a existência de 125 monarcas legítimos, incluindo o atual imperador Akihito, pai do príncipe Naruhito. A história só teve conhecimento da origem da linhagem imperial japonesa por meio da análise de tumbas antigas (kofun) dos monarcas. Ainda que não seja tecnicamente um chefe de Estado, o atual imperador Akihito freqüentemente é tratado como tal em viagens e dentro do próprio país.
A família real japonesa possui 22 integrantes, e parte deles exerce tarefas de caráter social, além de obrigações cerimoniais. A ordem de sucessão ao chamado Trono do Crisântemo — o selo da Casa Imperial é representado pela flor amarela — determina que Naruhito seja o herdeiro natural, se Akihito morrer ou for considerado incapaz para o cargo. O príncipe Akishino, o segundo filho do imperador, vem em seguida. Caso nenhum dos dois possa exercer a função e como Naruhito não tem filhos homens, o império seria assumido por Hisahito, filho mais velho do príncipe Akishino. No entanto, o futuro da dinastia pode mudar caso Naruhito e a princesa Masako tenham um filho varão.
O imperador Akihito ascendeu ao trono em 7 de janeiro de 1989, com a morte de seu pai, Hirohito. O papel do imperador do Japão tem historicamente se alternado entre um posto de clérigo supremo com amplos poderes simbólicos e entre a administração imperial. Até 1945, fim da Segunda Guerra Mundial, os monarcas eram oficialmente os comandantes-em-chefe das Forças Armadas do Japão. Akihito exerce seu império a partir do Kokyo, como é conhecido o Palácio Imperial, situado no centro de Tóquio. (RC)
100 anos da imigração japonesa – poderes simbólicos
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Data histórica: há 100 anos a primeira leva de imigrantes desembarcava no Brasil
Príncipe Naruhito se reúne hoje com Lula e participa de cerimônias em comemoração ao centenário. Nipobrasileiros que serão recebidos pelo herdeiro do Império do Sol falam sobre suas expectativas
``Uma oportunidade dessas é rara. A gente nem sonhava que isso pudesse ocorrer. Ser recebido pelo imperador é uma grande satisfação``
Yukio Matsunaga, único nipobrasileiro condecorado pessoalmente pelo imperador Akihito em maio passado
Nem mesmo a distância de 18 mil quilômetros foi suficiente para apagar o brilho do sol nascente em 1,5 milhão de vidas no Brasil, número estimado da colônia japonesa no país. Em Brasília, são cerca de 12 mil imigrantes e nipodescendentes. Apenas 23 deles terão a honra de serem recebidos amanhã pelo príncipe Naruhito, herdeiro do Trono do Crisântemo e filho mais velho do imperador Akihito e da imperatriz Michiko. O encontro marca o centenário da imigração no Brasil. Em 18 de junho de 1908, o navio Kasato Maru aportou em Santos (SP), depois de 50 dias de viagem desde Kobe, trazendo 781 japoneses atraídos pelo trabalho nos cafezais de São Paulo.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o príncipe Naruhito lembrarão a data com o lançamento de selo e moeda comemorativos, às 11h15 de hoje no Palácio do Planalto. Pouco depois, anfitrião e visitante devem entregar medalhas a personalidades que contribuíram para o fortalecimento das relações bilaterais e para a integração da comunidade nipobrasileira. Os outros compromissos de Naruhito incluem queima de fogos de artifício, às 20h, no Palácio do Itamaraty. Às 20h15, ele e Lula terão encontro privado no local e jantar.
Shigeru Hayashi, presidente da Comissão de Comemoração do Centenário da Imigração Japonesa no DF, é uma das pessoas que serão condecoradas no Planalto e recebidas por Naruhito às 17h, na embaixada do Japão. Antes, às 14h45, o príncipe faz visita de cortesia ao senador Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), presidente do Senado. Quinze minutos depois, participa de sessão solene aberta ao público, no plenário da Câmara dos Deputados. “A presença do príncipe é o ponto culminante das comemorações, já que a comunidade japonesa idolatra a família imperial”, afirmou Hayashi, que é nissei (filho de imigrantes chegados ao Brasil em 1937). Ele diz ser “muito fácil” falar sobre a importância do imigrante japonês no Brasil. “A gente vivenciou a luta, os sacrifícios e a obstinação de vencer em um país totalmente adverso”, comentou.
Começo difícil – As mãos do advogado Shinji Imai, de 74 anos, guardam os calos de quem ajudou a construir uma terra distante. Há meio século, ele trocou a província de Saitama por Santos (SP). O aposentado lembra que o começo de vida no Brasil não foi fácil. Imai se viu obrigado a puxar enxada em um cafezal e na lavoura de tomate, em Cotia (SP). Foram quatro anos de trabalho pesado. “O encontro com o príncipe é um marco histórico da imigração. Desde 1808, os japoneses vêm se integrando à sociedade brasileira e desenvolvendo várias atividades econômicas.”
Em 2004, Imai já tinha recebido sua recompensa: o imperador Akihito lhe entregou uma condecoração por meio da embaixada. Segundo Imai, o sistema imperial perdeu o conceito ao longo dos tempos e não tem a mesma pompa da antigüidade. “O imperador é o símbolo nacional, uma fonte da união do povo.”
A integração dos japoneses ao Brasil obedece a laços afetivos. Kimiko Sambuichi, dirigente da Associação de Estudos da Língua Japonesa de Brasília, é um exemplo: nascida em Tóquio, veio para o Brasil em 1965, onde se casou. O respeito pela tradição está tão enraizado que, em 1984, Kimiko fundou uma escola de japonês em Taguatinga. Se o protocolo deixar, ela sabe o que dirá ao príncipe. “Quero que o Japão nos dê força para ensinar a língua japonesa”, disse a senhora de 68 anos. (CB)
``Uma oportunidade dessas é rara. A gente nem sonhava que isso pudesse ocorrer. Ser recebido pelo imperador é uma grande satisfação``
Yukio Matsunaga, único nipobrasileiro condecorado pessoalmente pelo imperador Akihito em maio passado
Nem mesmo a distância de 18 mil quilômetros foi suficiente para apagar o brilho do sol nascente em 1,5 milhão de vidas no Brasil, número estimado da colônia japonesa no país. Em Brasília, são cerca de 12 mil imigrantes e nipodescendentes. Apenas 23 deles terão a honra de serem recebidos amanhã pelo príncipe Naruhito, herdeiro do Trono do Crisântemo e filho mais velho do imperador Akihito e da imperatriz Michiko. O encontro marca o centenário da imigração no Brasil. Em 18 de junho de 1908, o navio Kasato Maru aportou em Santos (SP), depois de 50 dias de viagem desde Kobe, trazendo 781 japoneses atraídos pelo trabalho nos cafezais de São Paulo.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o príncipe Naruhito lembrarão a data com o lançamento de selo e moeda comemorativos, às 11h15 de hoje no Palácio do Planalto. Pouco depois, anfitrião e visitante devem entregar medalhas a personalidades que contribuíram para o fortalecimento das relações bilaterais e para a integração da comunidade nipobrasileira. Os outros compromissos de Naruhito incluem queima de fogos de artifício, às 20h, no Palácio do Itamaraty. Às 20h15, ele e Lula terão encontro privado no local e jantar.
Shigeru Hayashi, presidente da Comissão de Comemoração do Centenário da Imigração Japonesa no DF, é uma das pessoas que serão condecoradas no Planalto e recebidas por Naruhito às 17h, na embaixada do Japão. Antes, às 14h45, o príncipe faz visita de cortesia ao senador Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), presidente do Senado. Quinze minutos depois, participa de sessão solene aberta ao público, no plenário da Câmara dos Deputados. “A presença do príncipe é o ponto culminante das comemorações, já que a comunidade japonesa idolatra a família imperial”, afirmou Hayashi, que é nissei (filho de imigrantes chegados ao Brasil em 1937). Ele diz ser “muito fácil” falar sobre a importância do imigrante japonês no Brasil. “A gente vivenciou a luta, os sacrifícios e a obstinação de vencer em um país totalmente adverso”, comentou.
Começo difícil – As mãos do advogado Shinji Imai, de 74 anos, guardam os calos de quem ajudou a construir uma terra distante. Há meio século, ele trocou a província de Saitama por Santos (SP). O aposentado lembra que o começo de vida no Brasil não foi fácil. Imai se viu obrigado a puxar enxada em um cafezal e na lavoura de tomate, em Cotia (SP). Foram quatro anos de trabalho pesado. “O encontro com o príncipe é um marco histórico da imigração. Desde 1808, os japoneses vêm se integrando à sociedade brasileira e desenvolvendo várias atividades econômicas.”
Em 2004, Imai já tinha recebido sua recompensa: o imperador Akihito lhe entregou uma condecoração por meio da embaixada. Segundo Imai, o sistema imperial perdeu o conceito ao longo dos tempos e não tem a mesma pompa da antigüidade. “O imperador é o símbolo nacional, uma fonte da união do povo.”
A integração dos japoneses ao Brasil obedece a laços afetivos. Kimiko Sambuichi, dirigente da Associação de Estudos da Língua Japonesa de Brasília, é um exemplo: nascida em Tóquio, veio para o Brasil em 1965, onde se casou. O respeito pela tradição está tão enraizado que, em 1984, Kimiko fundou uma escola de japonês em Taguatinga. Se o protocolo deixar, ela sabe o que dirá ao príncipe. “Quero que o Japão nos dê força para ensinar a língua japonesa”, disse a senhora de 68 anos. (CB)
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Aéreas se mancam e começam a mudar cardápio
Coube à TAM inaugurar novo sistema de alimentação a bordo. Já não há mais aqueles sanduíches requentados e de pouca aceitação. Surgiu nos aviões o Festival de Culinária Regional, onde os pratos quentes são diferenciados conforme a região a ser voada. A idéia foi bem aceita.
Enquanto isso, a elevação do preço das passagens reduz crescimento do setor. Em 12 meses, reajuste repassado chegou a 67%.
Um dos sinais da inclusão da classe C no mercado de consumo, as viagens aéreas estão deixando de fazer parte da planilha de gastos dos brasileiros menos abastados. O número de passageiros que voaram desde o início do ano é maior que o do mesmo período de 2007, mas o crescimento está perdendo fôlego. O incremento de 3,5% de janeiro a abril é o menor dos últimos quatro anos, de acordo com a Infraero.
A culpa é do reajuste dos preços. Desde o início de 2008 até o fim de maio, as passagens domésticas ficaram 11,13% mais caras em média do que em 2007. É a maior elevação dos últimos 12 anos. Desde 1997, em apenas dois momentos as passagens ficaram mais caras que no ano anterior. Segundo dados da Fundação Getúlio Vargas (FGV), desde 2000, voar pelo Brasil fica mais barato a cada ano que passa. A interrupção da trajetória de queda só está sendo revertida agora.
Enquanto isso, a elevação do preço das passagens reduz crescimento do setor. Em 12 meses, reajuste repassado chegou a 67%.
Um dos sinais da inclusão da classe C no mercado de consumo, as viagens aéreas estão deixando de fazer parte da planilha de gastos dos brasileiros menos abastados. O número de passageiros que voaram desde o início do ano é maior que o do mesmo período de 2007, mas o crescimento está perdendo fôlego. O incremento de 3,5% de janeiro a abril é o menor dos últimos quatro anos, de acordo com a Infraero.
A culpa é do reajuste dos preços. Desde o início de 2008 até o fim de maio, as passagens domésticas ficaram 11,13% mais caras em média do que em 2007. É a maior elevação dos últimos 12 anos. Desde 1997, em apenas dois momentos as passagens ficaram mais caras que no ano anterior. Segundo dados da Fundação Getúlio Vargas (FGV), desde 2000, voar pelo Brasil fica mais barato a cada ano que passa. A interrupção da trajetória de queda só está sendo revertida agora.
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Mangabeira quer exército para regularizar terras na Amazônia
Em meio a denúncias de crescente devastação da Amazônia, o ministro extraordinário de Assuntos Estratégicos, Roberto Mangabeira Unger, anunciou ontem prioridade para a regularização fundiária na região. A medida foi apresentada durante a primeira reunião do grupo executivo da comissão gestora do faz parte do Plano Amazônia Sustentável (PAS), ontem.
“Se há uma prioridade, é tirar a Amazônia do caldeirão de insegurança judicial que se encontra”, afirmou Unger. Participaram do encontro os ministros Carlos Minc, do Mistério do Meio Ambiente, Guilherme Cassel, do Desenvolvimento Agrário, Reinhold Stephanes, da Agricultura, Nelson Jobim, da Defesa, e Edson Lobão, de Minas e Energia.
“Se há uma prioridade, é tirar a Amazônia do caldeirão de insegurança judicial que se encontra”, afirmou Unger. Participaram do encontro os ministros Carlos Minc, do Mistério do Meio Ambiente, Guilherme Cassel, do Desenvolvimento Agrário, Reinhold Stephanes, da Agricultura, Nelson Jobim, da Defesa, e Edson Lobão, de Minas e Energia.
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Vandalismo ou atentado?
O presidente da Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia(PT-SP), passou por um grande constrangimento quando encerrava um dia de visitas a cidades do sudoeste de São Paulo, no último sábado.
Ao se dirigir para o aeroporto de Itapeva, onde o aguardava um avião da Força Aérea Brasileira (FAB), foi informado de que a aeronave tinha sido “depenada” e estava sem condições de vôo. Sem saber se era uma simples ação de vândalos ou se tinha sido vítima de sabotagem, Chinaglia preferiu dormir numa cidade próxima e esperar o resgate que só chegaria no dia seguinte.
Na chegada ele já tinha sido vítima de outro “mico”: nem o prefeito Luiz Cavani (PSDB), nem os vereadores do PT estavam à sua espera. Na Delegacia Seccional da Polícia Civil de Itapeva, o caso foi registrado como “furto qualificado e dano ao patrimônio público”.
Ao se dirigir para o aeroporto de Itapeva, onde o aguardava um avião da Força Aérea Brasileira (FAB), foi informado de que a aeronave tinha sido “depenada” e estava sem condições de vôo. Sem saber se era uma simples ação de vândalos ou se tinha sido vítima de sabotagem, Chinaglia preferiu dormir numa cidade próxima e esperar o resgate que só chegaria no dia seguinte.
Na chegada ele já tinha sido vítima de outro “mico”: nem o prefeito Luiz Cavani (PSDB), nem os vereadores do PT estavam à sua espera. Na Delegacia Seccional da Polícia Civil de Itapeva, o caso foi registrado como “furto qualificado e dano ao patrimônio público”.
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Oposição aposta na derrota da CSS no senado e apressa votação na Câmara
Oposição faz acordo com o governo e pode encerrar obstrução da nova contribuição na Câmara. Idéia é acelerar a ida do projeto ao Senado, onde tem maioria.
Depois de obstruir por semanas a votação do projeto que cria a Contribuição Social para a Saúde (CSS), a oposição percebeu que está fazendo o jogo do governo. Neste momento, nem o Palácio do Planalto acredita ter maioria no Senado para aprovar a criação do imposto do cheque. O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR) admitiu abertamente o desejo de adiar a votação do projeto para depois das eleições municipais. Algo que a obstrução da oposição vem ajudando.
Faltam menos de duas semanas para o recesso de julho. No segundo semestre, com a campanha eleitoral, dificilmente o Senado terá quorum para votar um projeto tão polêmico. E depois das eleições o clima pode mudar. Portanto, a oposição passou a ter pressa em votar a CSS no Senado. (CB)
Depois de obstruir por semanas a votação do projeto que cria a Contribuição Social para a Saúde (CSS), a oposição percebeu que está fazendo o jogo do governo. Neste momento, nem o Palácio do Planalto acredita ter maioria no Senado para aprovar a criação do imposto do cheque. O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR) admitiu abertamente o desejo de adiar a votação do projeto para depois das eleições municipais. Algo que a obstrução da oposição vem ajudando.
Faltam menos de duas semanas para o recesso de julho. No segundo semestre, com a campanha eleitoral, dificilmente o Senado terá quorum para votar um projeto tão polêmico. E depois das eleições o clima pode mudar. Portanto, a oposição passou a ter pressa em votar a CSS no Senado. (CB)
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Dossiê FHC – Foro especial
Como Dilma, por ser ministra, tem foro privilegiado, caberá à própria Procuradoria-Geral da República pedir ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma abertura de investigação contra ela, caso a PF inclua seu nome no relatório final. Ou seja, se o procurador Antonio Fernando rejeitar o pedido feito pela oposição em março, ele dará um sinal de que pode não aceitar a conclusão da PF. Ciente disso, Menezes está segurando o término do inquérito.
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Dossiê FHC – PF deve responsabilizar Dilma Rousseff
A Polícia Federal quer responsabilizar a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, pela elaboração do dossiê com gastos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Mas o delegado Sérgio Menezes, que cuida do caso, teme apontar a culpa da ministra e, logo depois, o procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, negar um pedido feito em março pela oposição de abertura de investigação sobre a participação dela no episódio. Isso enfraqueceria a conclusão da PF.
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Artigo – É possível 'salvar' a Amazônia?
Por José Goldemberg
Há 10 mil anos as florestas cobriam uma área de quase 50 milhões de quilômetros quadrados da superfície da Terra, seis vezes maior do que todo o Brasil. Com o avanço da civilização, cerca de 10 milhões desses quilômetros quadrados foram derrubados e transformados em áreas dedicadas à agricultura, principalmente na Europa, na América do Norte, bem como em áreas com florestas de clima temperado ou boreal.
Nessas regiões o desmatamento cessou há mais de cem anos e muitas áreas foram reflorestadas, como, aliás, é o caso da Floresta da Tijuca, no Rio de Janeiro, que fora substituída, na primeira metade do século 19, por plantações de café, sendo a madeira utilizada para lenha e carvão.
O que está ocorrendo hoje é a derrubada de florestas tropicais - que até meados do século 20 tinha sido pequena -, principalmente na Indonésia, no Brasil, na Malásia, na Tailândia e em países da África. Cerca de 100 mil quilômetros quadrados por ano dessas florestas estão sendo transformados em áreas dedicadas à agricultura ou a pastagens, quase 20% dos quais no Brasil, principalmente na Amazônia.
A expansão da fronteira agrícola nas florestas tropicais não está ocorrendo por acaso, mas é o resultado de forças econômicas consideráveis, que tentam responder à demanda crescente por alimentos no mundo e ao comércio ilegal de madeiras nobres.
As conseqüências negativas do desmatamento da Amazônia em grande escala são muito mais bem conhecidas hoje do que no passado, e já se sabe que ele mudará para pior o clima de todo o País.
Apesar disso, ele continua a ocorrer, por uma simples razão: as conseqüências do desmatamento só se fazem sentir a médio e longo prazos, mas os benefícios (para os que desmatam) são imediatos, tais como a venda da madeira e a conversão da terra (barata) em pastagens e em plantações de soja. É por isso que governadores e prefeitos da região amazônica em geral são favoráveis ao desmatamento, respondendo aos anseios da população que lá vive e levando em conta os seus interesses políticos de eleição e reeleição a cada quatro anos.
Por essa razão, não é realista pensar que a floresta amazônica será preservada intacta, como um imenso jardim botânico, porque já vivem lá 25 milhões de brasileiros. Cerca de 15% da floresta já foi derrubada, mas existem também inúmeros parques nacionais e áreas protegidas.
Fora dessas áreas deveria ser preservada, pelos seus proprietários, a “reserva legal” de 80%. Se este dispositivo fosse obedecido, ainda se poderia “salvar” a floresta não como uma área contígua, mas como um gigantesco mosaico.
Para que isso ocorra é preciso, antes de mais nada, regularizar a posse da terra e impedir a “grilagem”, sobretudo em terras públicas, ou seja, é preciso aumentar a presença do poder público na Amazônia, criando uma Polícia Ambiental que proteja os parques nacionais e puna severamente aqueles que não respeitam a “reserva legal” e desmatam a floresta.
Argumentar que isso não pode ser feito é falso e pode ser demonstrado pelo que está ocorrendo em Estados do sul do País, sobretudo em São Paulo, onde a Polícia Ambiental possui um efetivo superior a 2 mil homens. Os Estados da Amazônia deveriam ter também uma Polícia Ambiental e, se não tiverem recursos para tal, caberia ao governo federal assumir essa tarefa.
Uma outra idéia, que surgiu mais recentemente, é a de remunerar os proprietários de terras na Amazônia para conservar a floresta em pé, em lugar de cortá-la. Este método é aplicado há muitos anos nos Estados Unidos para manter sem uso uma reserva de cerca de 10% da área agricultável daquele país. Isso é feito para evitar que o excesso de produção de certos produtos leve a uma queda exagerada do seu valor no mercado.
Nos Estados Unidos, o governo paga cerca de US$ 100 por hectare aos proprietários. Aplicar esse sistema no Brasil exige, em primeiro lugar, que seja regularizada a questão da posse das terras. Em segundo, seria preciso definir de onde viriam os recursos, que poderiam ser enormes por causa da extensão do desmatamento.
A solução aventada até agora pelo Ministério do Meio Ambiente e pelo Itamaraty é usar a filantropia internacional, o que nos parece uma proposição inviável. As doações filantrópicas teriam de ser feitas todos os anos e, dependendo do valor que se dê à floresta (e ao carbono nela armazenado), poderiam ser necessários bilhões de dólares por ano. A nosso ver, só um mecanismo de mercado, como o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo, mobilizaria esses recursos.
Além disso, o problema dessa proposta é que muitos proprietários poderiam preferir derrubar a floresta e usar a área desmatada para atividades econômicas mais rentáveis, plantar soja, por exemplo, como está, de fato, ocorrendo em muitos Estados, freqüentemente com créditos facilitados de bancos estatais.
Sem facilidades de crédito o desmatamento é reduzido, como ocorreu entre 1989 e 1992, nos governos Sarney e Collor. E, se o entusiasmo do governo federal em abrir estradas na Amazônia diminuir, as possibilidades de evitar a expansão do desmatamento vão reduzir-se mais ainda. Afinal de contas, a área devastada no Pará, em Mato Grosso e em alguns outros Estados já foi tão grande - cerca de 400 mil quilômetros quadrados - que a sua utilização tornaria desnecessários novos desmatamentos, se fossem dados incentivos para tal, uma vez que a recuperação do solo exige investimentos.
Mesmo com essas políticas, nunca teremos de volta uma floresta contígua e intocada como no passado, mas um mosaico com áreas prósperas e enormes áreas protegidas, garantindo um desenvolvimento sustentável da região.
José Goldemberg é professor da Universidade de São Paulo (Estadão)
Há 10 mil anos as florestas cobriam uma área de quase 50 milhões de quilômetros quadrados da superfície da Terra, seis vezes maior do que todo o Brasil. Com o avanço da civilização, cerca de 10 milhões desses quilômetros quadrados foram derrubados e transformados em áreas dedicadas à agricultura, principalmente na Europa, na América do Norte, bem como em áreas com florestas de clima temperado ou boreal.
Nessas regiões o desmatamento cessou há mais de cem anos e muitas áreas foram reflorestadas, como, aliás, é o caso da Floresta da Tijuca, no Rio de Janeiro, que fora substituída, na primeira metade do século 19, por plantações de café, sendo a madeira utilizada para lenha e carvão.
O que está ocorrendo hoje é a derrubada de florestas tropicais - que até meados do século 20 tinha sido pequena -, principalmente na Indonésia, no Brasil, na Malásia, na Tailândia e em países da África. Cerca de 100 mil quilômetros quadrados por ano dessas florestas estão sendo transformados em áreas dedicadas à agricultura ou a pastagens, quase 20% dos quais no Brasil, principalmente na Amazônia.
A expansão da fronteira agrícola nas florestas tropicais não está ocorrendo por acaso, mas é o resultado de forças econômicas consideráveis, que tentam responder à demanda crescente por alimentos no mundo e ao comércio ilegal de madeiras nobres.
As conseqüências negativas do desmatamento da Amazônia em grande escala são muito mais bem conhecidas hoje do que no passado, e já se sabe que ele mudará para pior o clima de todo o País.
Apesar disso, ele continua a ocorrer, por uma simples razão: as conseqüências do desmatamento só se fazem sentir a médio e longo prazos, mas os benefícios (para os que desmatam) são imediatos, tais como a venda da madeira e a conversão da terra (barata) em pastagens e em plantações de soja. É por isso que governadores e prefeitos da região amazônica em geral são favoráveis ao desmatamento, respondendo aos anseios da população que lá vive e levando em conta os seus interesses políticos de eleição e reeleição a cada quatro anos.
Por essa razão, não é realista pensar que a floresta amazônica será preservada intacta, como um imenso jardim botânico, porque já vivem lá 25 milhões de brasileiros. Cerca de 15% da floresta já foi derrubada, mas existem também inúmeros parques nacionais e áreas protegidas.
Fora dessas áreas deveria ser preservada, pelos seus proprietários, a “reserva legal” de 80%. Se este dispositivo fosse obedecido, ainda se poderia “salvar” a floresta não como uma área contígua, mas como um gigantesco mosaico.
Para que isso ocorra é preciso, antes de mais nada, regularizar a posse da terra e impedir a “grilagem”, sobretudo em terras públicas, ou seja, é preciso aumentar a presença do poder público na Amazônia, criando uma Polícia Ambiental que proteja os parques nacionais e puna severamente aqueles que não respeitam a “reserva legal” e desmatam a floresta.
Argumentar que isso não pode ser feito é falso e pode ser demonstrado pelo que está ocorrendo em Estados do sul do País, sobretudo em São Paulo, onde a Polícia Ambiental possui um efetivo superior a 2 mil homens. Os Estados da Amazônia deveriam ter também uma Polícia Ambiental e, se não tiverem recursos para tal, caberia ao governo federal assumir essa tarefa.
Uma outra idéia, que surgiu mais recentemente, é a de remunerar os proprietários de terras na Amazônia para conservar a floresta em pé, em lugar de cortá-la. Este método é aplicado há muitos anos nos Estados Unidos para manter sem uso uma reserva de cerca de 10% da área agricultável daquele país. Isso é feito para evitar que o excesso de produção de certos produtos leve a uma queda exagerada do seu valor no mercado.
Nos Estados Unidos, o governo paga cerca de US$ 100 por hectare aos proprietários. Aplicar esse sistema no Brasil exige, em primeiro lugar, que seja regularizada a questão da posse das terras. Em segundo, seria preciso definir de onde viriam os recursos, que poderiam ser enormes por causa da extensão do desmatamento.
A solução aventada até agora pelo Ministério do Meio Ambiente e pelo Itamaraty é usar a filantropia internacional, o que nos parece uma proposição inviável. As doações filantrópicas teriam de ser feitas todos os anos e, dependendo do valor que se dê à floresta (e ao carbono nela armazenado), poderiam ser necessários bilhões de dólares por ano. A nosso ver, só um mecanismo de mercado, como o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo, mobilizaria esses recursos.
Além disso, o problema dessa proposta é que muitos proprietários poderiam preferir derrubar a floresta e usar a área desmatada para atividades econômicas mais rentáveis, plantar soja, por exemplo, como está, de fato, ocorrendo em muitos Estados, freqüentemente com créditos facilitados de bancos estatais.
Sem facilidades de crédito o desmatamento é reduzido, como ocorreu entre 1989 e 1992, nos governos Sarney e Collor. E, se o entusiasmo do governo federal em abrir estradas na Amazônia diminuir, as possibilidades de evitar a expansão do desmatamento vão reduzir-se mais ainda. Afinal de contas, a área devastada no Pará, em Mato Grosso e em alguns outros Estados já foi tão grande - cerca de 400 mil quilômetros quadrados - que a sua utilização tornaria desnecessários novos desmatamentos, se fossem dados incentivos para tal, uma vez que a recuperação do solo exige investimentos.
Mesmo com essas políticas, nunca teremos de volta uma floresta contígua e intocada como no passado, mas um mosaico com áreas prósperas e enormes áreas protegidas, garantindo um desenvolvimento sustentável da região.
José Goldemberg é professor da Universidade de São Paulo (Estadão)
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TAM sai na frente oferecendo pacotes multimídias aos passageiros
Cursos de línguas e guias turísticos eletrônicos patrocinados estão entre os novos produtos que companhias pretendem oferecer
Das empresas aéreas, 96% oferecem alguma forma de entretenimento durante os vôos; TAM lança neste mês jornal diário para a classe C
Numa área em que a alta do petróleo faz estragos nos balanços, as companhias aéreas têm encontrado alternativas tradicionais para reduzir prejuízos. Aumento nos preços das passagens ou taxas cobradas por bagagens, como anunciou a American Airlines e outras empresas norte-americanas, têm sido as mais comuns. Algumas companhias, no entanto, resolveram transformar seus aviões e suas viagens em empresas multimídia -e faturar com isso.
"Nossa área de conteúdo já dá lucro, que é revertido para a própria operação", afirma Manoela Amaro, diretora de marketing da TAM. "Usamos o dinheiro hoje, por exemplo, para comprar licenças de filmes, que são bastante caras. Essa área, entretanto, tem potencial para que, à medida que a plataforma cresça, gere resultados para a própria companhia."
O caso da TAM foi apresentado ontem num workshop no 55º Festival Internacional de Publicidade de Cannes. Pela primeira vez, a produção de conteúdo por marcas foi incluída no evento, que começou ontem no balneário francês.
O projeto da TAM é bem mais ambicioso do que apenas a revista ou o programa de televisão de bordo. Iniciado em janeiro, ele envolve diferentes áreas, como cursos de línguas em vôos destinados a países estrangeiros, patrocinados por escolas de idiomas. Também há guias das cidades de destino, feitos, por exemplo, para iPods, e-mails e celulares.
A bordo – Segundo Giovanni Rivetti, diretor da agência New Content, os passageiros poderão, num futuro breve, selecionar o conteúdo que desejam ver a bordo, antes de viajar. Ele será patrocinado por anunciantes, como é feito hoje o Festival de Sopas de Inverno, que tem o apoio da Knorr.
"Outro serviço que já temos disponível são saídas USB, nas quais os passageiros podem descarregar suas fotos e vê-las nos monitores individuais dos vôos", diz Amaro. "Em breve, eles poderão imprimi-las durante o vôo, gratuitamente, graças a patrocinadores."
A empresa também pretende oferecer serviços de guias pelo celular, ligado a programas de milhagem, bem como a promoção de redes e chats entre passageiros. "Colocar um sistema de entretenimento a bordo custa US$ 4 milhões", diz Amaro. "É um grande diferencial de fidelização, com a vantagem de trazer receitas adicionais."
Empresas como a Mexicana Airlines adotam os sistemas de entretenimento de acordo com o potencial de faturamento de cada vôo. Existem hoje no mundo 230 empresas aéreas, das quais 96% têm alguma forma de entretenimento durante os vôos.
A TAM irá lançar neste mês um jornal diário, com o qual pretende também atingir os consumidores de classe C que estão em férias. (Folha)
Das empresas aéreas, 96% oferecem alguma forma de entretenimento durante os vôos; TAM lança neste mês jornal diário para a classe C
Numa área em que a alta do petróleo faz estragos nos balanços, as companhias aéreas têm encontrado alternativas tradicionais para reduzir prejuízos. Aumento nos preços das passagens ou taxas cobradas por bagagens, como anunciou a American Airlines e outras empresas norte-americanas, têm sido as mais comuns. Algumas companhias, no entanto, resolveram transformar seus aviões e suas viagens em empresas multimídia -e faturar com isso.
"Nossa área de conteúdo já dá lucro, que é revertido para a própria operação", afirma Manoela Amaro, diretora de marketing da TAM. "Usamos o dinheiro hoje, por exemplo, para comprar licenças de filmes, que são bastante caras. Essa área, entretanto, tem potencial para que, à medida que a plataforma cresça, gere resultados para a própria companhia."
O caso da TAM foi apresentado ontem num workshop no 55º Festival Internacional de Publicidade de Cannes. Pela primeira vez, a produção de conteúdo por marcas foi incluída no evento, que começou ontem no balneário francês.
O projeto da TAM é bem mais ambicioso do que apenas a revista ou o programa de televisão de bordo. Iniciado em janeiro, ele envolve diferentes áreas, como cursos de línguas em vôos destinados a países estrangeiros, patrocinados por escolas de idiomas. Também há guias das cidades de destino, feitos, por exemplo, para iPods, e-mails e celulares.
A bordo – Segundo Giovanni Rivetti, diretor da agência New Content, os passageiros poderão, num futuro breve, selecionar o conteúdo que desejam ver a bordo, antes de viajar. Ele será patrocinado por anunciantes, como é feito hoje o Festival de Sopas de Inverno, que tem o apoio da Knorr.
"Outro serviço que já temos disponível são saídas USB, nas quais os passageiros podem descarregar suas fotos e vê-las nos monitores individuais dos vôos", diz Amaro. "Em breve, eles poderão imprimi-las durante o vôo, gratuitamente, graças a patrocinadores."
A empresa também pretende oferecer serviços de guias pelo celular, ligado a programas de milhagem, bem como a promoção de redes e chats entre passageiros. "Colocar um sistema de entretenimento a bordo custa US$ 4 milhões", diz Amaro. "É um grande diferencial de fidelização, com a vantagem de trazer receitas adicionais."
Empresas como a Mexicana Airlines adotam os sistemas de entretenimento de acordo com o potencial de faturamento de cada vôo. Existem hoje no mundo 230 empresas aéreas, das quais 96% têm alguma forma de entretenimento durante os vôos.
A TAM irá lançar neste mês um jornal diário, com o qual pretende também atingir os consumidores de classe C que estão em férias. (Folha)
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Vale estuda compra da Anglo American
O jornal "Observer" destaca que acionistas aceitariam oferta que ultrapassasse em 25% o valor das ações no fechamento de sexta
Vale disse que quer emitir US$ 15 bi em ações, e dinheiro poderá ser usado em negócios; mineradoras passam bancos em fusões
A Vale estuda fazer uma proposta de compra da mineradora Anglo American, cujo valor de mercado atinge US$ 85 bilhões, segundo o jornal britânico "The Observer".
De acordo com o jornal, os acionistas da empresa aceitariam uma oferta se ela ultrapassasse em 25% o valor das ações da Anglo American no fechamento de sexta-feira. Procurada, a Vale diz que não comentaria o assunto, que classificou como "boatos de mercado".
A produtora brasileira, que retirou uma oferta pela Xstrata, disse que pode vender cerca de US$ 15 bilhões em ações para fazer fusões. Na semana passada, a Vale fez pedido à CVM (Comissão de Valores Mobiliários) para emitir ações.
A última aquisição de peso da Vale ocorreu em novembro de 2006, quando venceu a disputa pela produtora de níquel canadense Inco depois de uma oferta de US$ 18,2 bilhões.
A Freeport-McMoRan, a segunda maior produtora mundial de cobre, a Alcoa, a terceira maior produtora de alumínio, e a Southern Copper, do Grupo Mexico SAB, são possíveis alvos de aquisições, disseram executivos do setor bancário.
Essas empresas detêm um valor de mercado conjunto de aproximadamente US$ 112 bilhões. Altos funcionários das três empresas recusaram-se a fazer comentários.
As especulações sobre as novas compras da Vale vêm em um momento em que o setor de mineração lidera os negócios de fusões e aquisições.
O valor das aquisições anunciadas para o setor mais do que triplicou, ao passar a US$ 199 bilhões, nos primeiros cinco meses de 2008 ante o mesmo período do ano passado, apesar de o ritmo mundial de fusões e compras ter recuado 37%, segundo mostram dados compilados pela Bloomberg.
As empresas de serviços financeiros, que vinham sendo as maiores propulsoras das tarifas de fusão nos últimos dois anos, informaram US$ 173,5 bilhões em transações nos primeiros cinco meses de 2008. Essa é a primeira vez que as fusões do setor de mineração encabeçam o ranking de fusões e aquisições desde que a Bloomberg começou a compilar esse tipo de dado, em 1998.
O aumento nas aquisições ocorre em um contexto em que as empresas concorrem por ativos minerais escassos e à medida que a alta dos custos torna mais barata a compra de concorrentes do que o desenvolvimento de novas minas.
"Não ficaria surpreso em ver meganegócios nos próximos seis meses, quer sejam transações de US$ 20 bilhões ou de US$ 50 bilhões ou mais", disse Tim Goldsmith, 45, sócio do setor de mineração da PricewaterhouseCoopers em Melbourne, na Austrália. "Há um desejo mundial para abocanhar quaisquer recursos que estejam disponíveis, pois eles são escassos. Há bons tempos pela frente." (Folha)
Vale disse que quer emitir US$ 15 bi em ações, e dinheiro poderá ser usado em negócios; mineradoras passam bancos em fusões
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De acordo com o jornal, os acionistas da empresa aceitariam uma oferta se ela ultrapassasse em 25% o valor das ações da Anglo American no fechamento de sexta-feira. Procurada, a Vale diz que não comentaria o assunto, que classificou como "boatos de mercado".
A produtora brasileira, que retirou uma oferta pela Xstrata, disse que pode vender cerca de US$ 15 bilhões em ações para fazer fusões. Na semana passada, a Vale fez pedido à CVM (Comissão de Valores Mobiliários) para emitir ações.
A última aquisição de peso da Vale ocorreu em novembro de 2006, quando venceu a disputa pela produtora de níquel canadense Inco depois de uma oferta de US$ 18,2 bilhões.
A Freeport-McMoRan, a segunda maior produtora mundial de cobre, a Alcoa, a terceira maior produtora de alumínio, e a Southern Copper, do Grupo Mexico SAB, são possíveis alvos de aquisições, disseram executivos do setor bancário.
Essas empresas detêm um valor de mercado conjunto de aproximadamente US$ 112 bilhões. Altos funcionários das três empresas recusaram-se a fazer comentários.
As especulações sobre as novas compras da Vale vêm em um momento em que o setor de mineração lidera os negócios de fusões e aquisições.
O valor das aquisições anunciadas para o setor mais do que triplicou, ao passar a US$ 199 bilhões, nos primeiros cinco meses de 2008 ante o mesmo período do ano passado, apesar de o ritmo mundial de fusões e compras ter recuado 37%, segundo mostram dados compilados pela Bloomberg.
As empresas de serviços financeiros, que vinham sendo as maiores propulsoras das tarifas de fusão nos últimos dois anos, informaram US$ 173,5 bilhões em transações nos primeiros cinco meses de 2008. Essa é a primeira vez que as fusões do setor de mineração encabeçam o ranking de fusões e aquisições desde que a Bloomberg começou a compilar esse tipo de dado, em 1998.
O aumento nas aquisições ocorre em um contexto em que as empresas concorrem por ativos minerais escassos e à medida que a alta dos custos torna mais barata a compra de concorrentes do que o desenvolvimento de novas minas.
"Não ficaria surpreso em ver meganegócios nos próximos seis meses, quer sejam transações de US$ 20 bilhões ou de US$ 50 bilhões ou mais", disse Tim Goldsmith, 45, sócio do setor de mineração da PricewaterhouseCoopers em Melbourne, na Austrália. "Há um desejo mundial para abocanhar quaisquer recursos que estejam disponíveis, pois eles são escassos. Há bons tempos pela frente." (Folha)
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