Naruhito agradece hospitalidade e carinho do povo brasileiro com os japoneses

Foto: Antonio Cruz/ABr





















O Príncipe Naruhito, herdeiro do trono do Japão, fala durante solenidade em comemoração aos 100 anos da imigração japonesa no país. À esquerda, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e à direita, o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia

Câmara dos Deputados homenageia imigrantes japoneses

O Plenário iniciou há pouco sessão solene em homenagem ao Centenário da Imigração Japonesa no Brasil. O príncipe herdeiro Naruhito representa a Família Imperial Japonesa. Além de Brasília, ele participará de homenagens em São Paulo e no Paraná, estados que contam com grande número de japoneses e descendentes.

O príncipe Naruhito atende a convite do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que enviou uma carta em agosto de 2006 ao imperador Akihito. O príncipe herdeiro Naruhito visitou o Brasil em 1982. Seu irmão mais novo, príncipe Akishino, veio ao País em 1988, no 80º aniversário da imigração japonesa.

Os governos do Japão e do Brasil designaram 2008 como o "Ano do Intercâmbio Brasil-Japão", comemorando o Centenário da Imigração Japonesa no Brasil.


O presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia, destacou há pouco as contribuições dos japoneses para o desenvolvimento do Brasil. Chinaglia mencionou a participação dos imigrantes japoneses e de seus descendentes na agricultura, na gastronomia, na ciência, na tecnologia e na religião. "Esse fluxo de duas vias só faz aprofundar os laços entre os dois países. O de hoje na indústria japonesa - com os dekasseguis - e o de ontem na cultura do café", afirmou.

Chinaglia cumprimentou o príncipe herdeiro Naruhito, que representa o imperador Akihito e a Família Imperial Japonesa na homenagem realizada neste momento. Ao final do pronunciamento de Chinaglia, foi reproduzida uma mensagem do então príncípe herdeiro Akihito, hoje imperador do Japão, em visita ao Congresso Nacional em 1967.

Príncipe herdeiro do Japão visita Brasília

Foto: Antonio Cruz/ABr















O presidente Luiz Inácio Lula da Silva cumprimenta o Príncipe Naruhito, herdeiro do trono do Japão, durante solenidade em comemoração aos 100 anos da imigração japonesa no país.

O príncipe visita neste momento o Congresso Nacional em Sessão Especial.

Os equívocos da política cultural

ARTIGO

Incentivo ou renúncia?

Por Carlos Augusto Calil

Nossa política cultural se meteu numa armadilha. O incentivo à iniciativa privada não pode corresponder à renúncia do setor público

A ADOÇÃO indiscriminada de incentivos fiscais na cultura levou à atrofia dos orçamentos públicos e à inibição da atuação do poder público, que se tornou refém de um processo cuja dinâmica não necessariamente leva em consideração o interesse público.

A agenda dos projetos incentivados não contempla o universo amplo das necessidades do setor, privilegiando, em alguns casos, investimentos de duvidosa legitimidade. Um volume considerável (40% em 2007, cerca de R$ 400 milhões) de recursos incentivados provém da renúncia fiscal de empresas estatais, em conseqüência do refluxo do interesse do setor privado, apesar das vantagens oferecidas.

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100 anos da imigração japonesa – poderes simbólicos

No Japão, a figura do imperador é quase divina, intocável. Segundo a Constituição do Japão, ele é o símbolo do Estado e da unidade do povo. Parte do caráter mítico do Império do Sol se deve ao fato de ele ser a mais antiga monarquia hereditária do mundo. Desde a ascensão do imperador Jimmu, em 11 de fevereiro do ano 660 a.C., a Casa Imperial reconheceu a existência de 125 monarcas legítimos, incluindo o atual imperador Akihito, pai do príncipe Naruhito. A história só teve conhecimento da origem da linhagem imperial japonesa por meio da análise de tumbas antigas (kofun) dos monarcas. Ainda que não seja tecnicamente um chefe de Estado, o atual imperador Akihito freqüentemente é tratado como tal em viagens e dentro do próprio país.

A família real japonesa possui 22 integrantes, e parte deles exerce tarefas de caráter social, além de obrigações cerimoniais. A ordem de sucessão ao chamado Trono do Crisântemo — o selo da Casa Imperial é representado pela flor amarela — determina que Naruhito seja o herdeiro natural, se Akihito morrer ou for considerado incapaz para o cargo. O príncipe Akishino, o segundo filho do imperador, vem em seguida. Caso nenhum dos dois possa exercer a função e como Naruhito não tem filhos homens, o império seria assumido por Hisahito, filho mais velho do príncipe Akishino. No entanto, o futuro da dinastia pode mudar caso Naruhito e a princesa Masako tenham um filho varão.

O imperador Akihito ascendeu ao trono em 7 de janeiro de 1989, com a morte de seu pai, Hirohito. O papel do imperador do Japão tem historicamente se alternado entre um posto de clérigo supremo com amplos poderes simbólicos e entre a administração imperial. Até 1945, fim da Segunda Guerra Mundial, os monarcas eram oficialmente os comandantes-em-chefe das Forças Armadas do Japão. Akihito exerce seu império a partir do Kokyo, como é conhecido o Palácio Imperial, situado no centro de Tóquio. (RC)

Data histórica: há 100 anos a primeira leva de imigrantes desembarcava no Brasil

Príncipe Naruhito se reúne hoje com Lula e participa de cerimônias em comemoração ao centenário. Nipobrasileiros que serão recebidos pelo herdeiro do Império do Sol falam sobre suas expectativas

``Uma oportunidade dessas é rara. A gente nem sonhava que isso pudesse ocorrer. Ser recebido pelo imperador é uma grande satisfação``
Yukio Matsunaga, único nipobrasileiro condecorado pessoalmente pelo imperador Akihito em maio passado

Nem mesmo a distância de 18 mil quilômetros foi suficiente para apagar o brilho do sol nascente em 1,5 milhão de vidas no Brasil, número estimado da colônia japonesa no país. Em Brasília, são cerca de 12 mil imigrantes e nipodescendentes. Apenas 23 deles terão a honra de serem recebidos amanhã pelo príncipe Naruhito, herdeiro do Trono do Crisântemo e filho mais velho do imperador Akihito e da imperatriz Michiko. O encontro marca o centenário da imigração no Brasil. Em 18 de junho de 1908, o navio Kasato Maru aportou em Santos (SP), depois de 50 dias de viagem desde Kobe, trazendo 781 japoneses atraídos pelo trabalho nos cafezais de São Paulo.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o príncipe Naruhito lembrarão a data com o lançamento de selo e moeda comemorativos, às 11h15 de hoje no Palácio do Planalto. Pouco depois, anfitrião e visitante devem entregar medalhas a personalidades que contribuíram para o fortalecimento das relações bilaterais e para a integração da comunidade nipobrasileira. Os outros compromissos de Naruhito incluem queima de fogos de artifício, às 20h, no Palácio do Itamaraty. Às 20h15, ele e Lula terão encontro privado no local e jantar.

Shigeru Hayashi, presidente da Comissão de Comemoração do Centenário da Imigração Japonesa no DF, é uma das pessoas que serão condecoradas no Planalto e recebidas por Naruhito às 17h, na embaixada do Japão. Antes, às 14h45, o príncipe faz visita de cortesia ao senador Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), presidente do Senado. Quinze minutos depois, participa de sessão solene aberta ao público, no plenário da Câmara dos Deputados. “A presença do príncipe é o ponto culminante das comemorações, já que a comunidade japonesa idolatra a família imperial”, afirmou Hayashi, que é nissei (filho de imigrantes chegados ao Brasil em 1937). Ele diz ser “muito fácil” falar sobre a importância do imigrante japonês no Brasil. “A gente vivenciou a luta, os sacrifícios e a obstinação de vencer em um país totalmente adverso”, comentou.

Começo difícil – As mãos do advogado Shinji Imai, de 74 anos, guardam os calos de quem ajudou a construir uma terra distante. Há meio século, ele trocou a província de Saitama por Santos (SP). O aposentado lembra que o começo de vida no Brasil não foi fácil. Imai se viu obrigado a puxar enxada em um cafezal e na lavoura de tomate, em Cotia (SP). Foram quatro anos de trabalho pesado. “O encontro com o príncipe é um marco histórico da imigração. Desde 1808, os japoneses vêm se integrando à sociedade brasileira e desenvolvendo várias atividades econômicas.”

Em 2004, Imai já tinha recebido sua recompensa: o imperador Akihito lhe entregou uma condecoração por meio da embaixada. Segundo Imai, o sistema imperial perdeu o conceito ao longo dos tempos e não tem a mesma pompa da antigüidade. “O imperador é o símbolo nacional, uma fonte da união do povo.”

A integração dos japoneses ao Brasil obedece a laços afetivos. Kimiko Sambuichi, dirigente da Associação de Estudos da Língua Japonesa de Brasília, é um exemplo: nascida em Tóquio, veio para o Brasil em 1965, onde se casou. O respeito pela tradição está tão enraizado que, em 1984, Kimiko fundou uma escola de japonês em Taguatinga. Se o protocolo deixar, ela sabe o que dirá ao príncipe. “Quero que o Japão nos dê força para ensinar a língua japonesa”, disse a senhora de 68 anos. (CB)

Aéreas se mancam e começam a mudar cardápio

Coube à TAM inaugurar novo sistema de alimentação a bordo. Já não há mais aqueles sanduíches requentados e de pouca aceitação. Surgiu nos aviões o Festival de Culinária Regional, onde os pratos quentes são diferenciados conforme a região a ser voada. A idéia foi bem aceita.

Enquanto isso, a elevação do preço das passagens reduz crescimento do setor. Em 12 meses, reajuste repassado chegou a 67%.

Um dos sinais da inclusão da classe C no mercado de consumo, as viagens aéreas estão deixando de fazer parte da planilha de gastos dos brasileiros menos abastados. O número de passageiros que voaram desde o início do ano é maior que o do mesmo período de 2007, mas o crescimento está perdendo fôlego. O incremento de 3,5% de janeiro a abril é o menor dos últimos quatro anos, de acordo com a Infraero.

A culpa é do reajuste dos preços. Desde o início de 2008 até o fim de maio, as passagens domésticas ficaram 11,13% mais caras em média do que em 2007. É a maior elevação dos últimos 12 anos. Desde 1997, em apenas dois momentos as passagens ficaram mais caras que no ano anterior. Segundo dados da Fundação Getúlio Vargas (FGV), desde 2000, voar pelo Brasil fica mais barato a cada ano que passa. A interrupção da trajetória de queda só está sendo revertida agora.

Mangabeira quer exército para regularizar terras na Amazônia

Em meio a denúncias de crescente devastação da Amazônia, o ministro extraordinário de Assuntos Estratégicos, Roberto Mangabeira Unger, anunciou ontem prioridade para a regularização fundiária na região. A medida foi apresentada durante a primeira reunião do grupo executivo da comissão gestora do faz parte do Plano Amazônia Sustentável (PAS), ontem.

“Se há uma prioridade, é tirar a Amazônia do caldeirão de insegurança judicial que se encontra”, afirmou Unger. Participaram do encontro os ministros Carlos Minc, do Mistério do Meio Ambiente, Guilherme Cassel, do Desenvolvimento Agrário, Reinhold Stephanes, da Agricultura, Nelson Jobim, da Defesa, e Edson Lobão, de Minas e Energia.

Vandalismo ou atentado?

O presidente da Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia(PT-SP), passou por um grande constrangimento quando encerrava um dia de visitas a cidades do sudoeste de São Paulo, no último sábado.

Ao se dirigir para o aeroporto de Itapeva, onde o aguardava um avião da Força Aérea Brasileira (FAB), foi informado de que a aeronave tinha sido “depenada” e estava sem condições de vôo. Sem saber se era uma simples ação de vândalos ou se tinha sido vítima de sabotagem, Chinaglia preferiu dormir numa cidade próxima e esperar o resgate que só chegaria no dia seguinte.

Na chegada ele já tinha sido vítima de outro “mico”: nem o prefeito Luiz Cavani (PSDB), nem os vereadores do PT estavam à sua espera. Na Delegacia Seccional da Polícia Civil de Itapeva, o caso foi registrado como “furto qualificado e dano ao patrimônio público”.

Oposição aposta na derrota da CSS no senado e apressa votação na Câmara

Oposição faz acordo com o governo e pode encerrar obstrução da nova contribuição na Câmara. Idéia é acelerar a ida do projeto ao Senado, onde tem maioria.

Depois de obstruir por semanas a votação do projeto que cria a Contribuição Social para a Saúde (CSS), a oposição percebeu que está fazendo o jogo do governo. Neste momento, nem o Palácio do Planalto acredita ter maioria no Senado para aprovar a criação do imposto do cheque. O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR) admitiu abertamente o desejo de adiar a votação do projeto para depois das eleições municipais. Algo que a obstrução da oposição vem ajudando.

Faltam menos de duas semanas para o recesso de julho. No segundo semestre, com a campanha eleitoral, dificilmente o Senado terá quorum para votar um projeto tão polêmico. E depois das eleições o clima pode mudar. Portanto, a oposição passou a ter pressa em votar a CSS no Senado. (CB)

Dossiê FHC – Foro especial

Como Dilma, por ser ministra, tem foro privilegiado, caberá à própria Procuradoria-Geral da República pedir ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma abertura de investigação contra ela, caso a PF inclua seu nome no relatório final. Ou seja, se o procurador Antonio Fernando rejeitar o pedido feito pela oposição em março, ele dará um sinal de que pode não aceitar a conclusão da PF. Ciente disso, Menezes está segurando o término do inquérito.

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