As moças querem Renan

O povo de Brasília é notabilizado por um excelente humor. Veja.

Itamaraty apóia pleito contra pretensões da Cool Earth

Os Deputados da Comissão da Amazônia, Integração Nacional e Desenvolvimento Regional
estiveram reunidos ontem no Palácio do Itamaraty com o secretário-geral das Relações Exteriores, Samuel Pinheiro Guimarães, para tratar da veiculação, na mídia, de anúncios de compra de áreas na Amazônia por organizações não governamentais (ONG) estrangeiras. "A Amazônia é alvo freqüente de denúncias. Desta vez soubemos do projeto de uma agência americana que diz querer preservar a Bacia Amazônica angariando fundos de doadores. Vamos fazer o que for possível para impedir esse tipo de ajuda", explica a presidente da comissão, deputada Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM).

Trata-se da ONG Cool Earth que vem veiculando internacionalmente um projeto que propõe que os doadores patrocinem por 35 libras - cerca de R$ 140 - meio acre de terras, o que eqüivale a 2 mil metros quadrados de mata. Para os parlamentares essa ação é muito grave.

O secretário Samuel Pinheiro Guimarães, ao ser questionado sobre as ações do ministério, disse desconhecer o fato. Ele também negou que exista algum acordo internacional firmado pelo governo brasileiro sobre o tema.

"Para a nossa surpresa, o Itamaraty não tinha essas informações, mas já se prontificou a nos ajudar", disse Grazziotin.

Ficou acordado que deputados e representantes do Ministério das Relações Exteriores e do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) vão se reunir para buscar soluções. A deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AC) explicou que os deputados estão atentos às propostas de internacionalização da Amazônia. "Temos que ser vigilantes e alertar o Itamaraty. Queremos punição para esse pessoal", acrescentou.

Redação do Blog e Ag. Câmara

Não há futuro com esses números

O senador Cristovam Buarque mantém informações atualizadas sobre Educação em seu blog. Vale a pena conhecê-lo, clique aqui>>

São 9,5 milhões de jovens sem escola e sem emprego
Os jovens brasileiros vão pouco à escola, recebem ensino de baixa qualidade e têm mais dificuldades do que em qualquer país da América Latina para conquistar o primeiro emprego.

Por isso, matam e morrem mais, estão perto das drogas e iniciam a vida sexual cada vez mais cedo. Essas são algumas das conclusões do relatório "Jovens em situação de risco no Brasil", divulgado ontem pelo Banco Mundial, em Brasília.

O documento diz que os investimentos brasileiros em políticas públicas para esse grupo não são suficientes.

Embora não arrisque dizer quantos brasileiros entre 15 e 24 anos estão nessa situação, o documento traz cálculo inédito: segundo os pesquisadores, o custo de ter uma geração em situação de risco será de até R$320 bilhões, ou cerca de 20% do PIB brasileiro.

Clique aqui para ler a íntegra da matéria do jornal O Globo.

A cobiça pentecostal

Eles apresentam-se como guardiães da moral, da família e da sociedade. Quem não reza em sua bíblia é impuro, macumbeiro e não merece o Reino dos Céus.

Dois dos representantes dessa linha-seita religiosa, dois deputados federais eleitos por seus seguidores em Minas Gerais, ganharam as páginas principais de todos os jornais do Brasil e do Mundo.

Uma história sórdida de pistolagem, cobiça e muito, muito dinheiro. Leia os detalhes aqui>>

Caso Renangate

Novidades de hoje sobre o caso Renangate aqui>> no Press Brasília.

A máscara do MST




Modo de emprego (pág A2, 25/06)

Denis Lerrer Rosenfield, é professor


Não se iluda. O suposto rompimento do MST com o governo Lula é mero jogo de cena. Se não fosse, o financiamento dessa organização política seria cortado, a lei relativa à não-desapropriação das terras invadidas seria cumprida e o Incra e a Funai seriam desaparelhados. Enquanto isso não ocorrer, trata-se apenas de desavenças internas, próprias de um casamento cujos cônjuges têm uma visão diferente no que diz respeito à radicalização do processo político. Nada que conduza a um divórcio.

Há um modo único de operação nas ações de MST, Comissão Pastoral da Terra (CPT), Conselho Indigenista Missionário (Cimi), Fundação Palmares e PT, coordenados com o Incra e a Funai. De um lado, temos os ditos "movimentos sociais", apoiados pelo PT, e, de outro, os órgãos do Estado, aparelhados pelo próprio PT e por esses mesmos "movimentos". Estabelece-se uma sincronia de atividades que responde a uma mesma agenda política. Sob esta ótica, o Incra e a Funai funcionariam, dentro do mesmo Estado, como respondendo a uma "causa", consistente em voltar-se contra a iniciativa privada, a economia de mercado e o Estado de Direito.

O Estado deu um exemplo de como opera esse esquema. Na página A10 de 10/6, foi anunciado que o congresso do MST, "o maior de sua história", teria como preocupação central "como o capital estrangeiro, por meio de associação com empresas brasileiras, está comprando terras no Brasil", no dizer de João Pedro Stédile. "Achávamos que isso era coisa do período colonial, mas a sanha deles é insaciável." O objetivo é claro: as empresas estrangeiras, tanto individualmente quanto em sociedade com empresas nacionais. Na página A11 foi dada a notícia de que o Incra "quer rever as leis que regulam a compra de terras por estrangeiros". Já estaria quase pronta uma "portaria" e seria constituído um grupo de trabalho com o intuito de analisar o assunto e apresentar uma proposta ao Congresso Nacional. Na verdade, os estudos estariam bem adiantados, com toda uma discussão jurídica envolvendo o conceito de empresa nacional. Observe-se:

A suposta coincidência entre ambas as iniciativas, em que um estudo do Incra, sobre o "capital estrangeiro" no agronegócio, aparece simultaneamente a um "encontro" do MST;

coincidências desse tipo ocorrem normalmente entre "estudos" e "portarias" do Incra (poderia ser a Funai) e ações dos movimentos ditos sociais;

o mesmo tema orienta tanto os "estudos" e a "portaria" quanto a ação do MST, prelúdio de novas invasões.

Esquema análogo opera em outros órgãos de Estado ou no mesmo em diferentes momentos. Já há "vazamentos" de que os "índices de produtividade" deverão ser revistos, conforme uma promessa feita por Lula. O presidente não estaria cumprindo a sua "promessa", de modo que novas invasões serão provavelmente feitas segundo os novos critérios. Anuncia-se, ao mesmo tempo, que o Incra já possui estudos que atualizam os índices de produtividade, estabelecendo regiões prioritárias para assentamentos. O mesmo ocorre com a Funai, onde os "estudos" antropológicos realizados são concomitantes às invasões e às propostas de "portarias". Os "índios" invadem as propriedades, com o apoio do Cimi e do MST, criando o problema, que é, então, apresentado à mídia como uma luta entre uma grande empresa, apenas preocupada com o seu "lucro", e os pobres injustiçados por uma exploração de 500 anos. Exemplos do mesmo tipo poderiam ser apresentados no que diz respeito aos quilombolas, à Fundação Palmares, ao Incra e às invasões.

Há um mesmo roteiro. Vejamos os seus passos:

O primeiro consiste na determinação do alvo a ser atingido, segundo uma decisão que envolve o PT, as pastorais da Igreja (CPT e Cimi), o MST, setores da CUT e órgãos do Estado (Incra e Funai);

o segundo consiste em que tal decisão só pode ser possível por envolver pessoas que defendem a mesma causa. Ocorre o aparelhamento do Estado pelo PT e por esses movimentos sociais, sem o que não poderia haver tal sincronia;

o terceiro se desdobra em dois: o do estudo, de um lado, e o das invasões e dos congressos, do outro, de tal maneira que esses dois lados da mesma moeda apareçam para a opinião pública como se fossem distintos;

o quarto reside em notícias que são plantadas ou vazadas para os jornais, segundo as quais há estudos em andamento que mostram a injustiça vigente numa determinada área tanto geográfica quanto social, racial, indígena ou de meio ambiente. Simultaneamente a essas notícias começam as invasões que comprovariam a veracidade dos estudos;

o quinto é o da apresentação da "questão social" assim criada, que captura adesões na opinião pública, de modo que se crie uma legitimidade tanto para a publicação da "portaria", que regulariza tal problema em nome da justiça social, quanto para as invasões;

o sexto se traduz pelo começo de três relativizações da propriedade privada: as funções social, racial e indígena. A propriedade privada é, então, relativizada em razão dos problemas sociais, raciais e indígenas do campo e das cidades. O seu resultado reside nos processos de desapropriações, dependendo do caso, com ou sem indenizações;

o sétimo é o do comparecimento do Estado como instância capaz de equacionar os problemas sociais, cumprindo, assim, sua finalidade distributiva. Intervém o imaginário do resgate de uma "dívida histórica", o que tende a ser bem aceito pela população, já capturada por essas idéias;

o oitavo consiste no fortalecimento dos movimentos ditos sociais, que ganham para si uma parte desse financiamento, continuando com suas atividades. Cabe salientar que essas organizações políticas se legitimam para novas invasões e novos financiamentos, fortalecendo-se, enquanto organizações, num círculo vicioso que se repete indefinidamente.

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Já no Fórum dos Leitores (Estadão, A3, 25/06), o Sr. Igor Santos, assessor de imprensa do MST, esclarece reportagem sobre desmatamentos. Eu, como contribuinte, gostaria que o assessor esclarecesse como pode um movimento, que não existe como pessoa jurídica, ter assessoria de imprensa, coordenadores regionais, diretoria, ser subsidiado com dinheiro público e não prestar conta alguma à sociedade, bem como funcionam os infindáveis assentamentos que não são auto-sustentáveis. Alguém pode me responder?

Ex-ministro defende divisão de pasta de Minas e Energia

O ex-ministro de Minas e Energia, Rodolpho Tourinho, defendeu nesta quarta-feira (20.6), em Brasília, a divisão do ministério de Minas e Energia em duas pastas e a criação de uma Agência para regulamentar a atividade mineradora. Durante encontro com deputados realizado pela comissão temática da Câmara destinada a discutir a exploração de recursos minerais, o também ex-senador afirmou que todo o sistema precisa passar por uma grande reformulação.

“Defendo a divisão do Ministério em Petrobras e Energia de um lado e Minas de outro. Isso proporcionará avanços significativos para o setor da mineração no país. Além disso, o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) precisa ser transformado em uma Agência Reguladora com autonomia para a área de minas”, afirmou.


De acordo com Tourinho, a questão da licença ambiental é um problema tanto para a área de energia quanto de mineração. “Creio é que o governo precisa ter um entendimento muito claro com relação ao que o País precisa para que haja crescimento econômico sem que haja agressão ao meio ambiente nas duas áreas”, comentou.


Para o vice-presidente da Comissão, deputado federal Vitor Penido (Democratas-MG), “o encontro com o ex-ministro contribuiu para que os deputados tivessem mais subsídios e informações sobre o setor de Minas e Energia”, informou.


Vinícius Tavares
Ascom Dep. Vitor Penido

Mentiras, mentiras...e mais mentiras. Isso é a Isto É dessa semana

A revista semanal Isto É, bem que poderia dizer aos seus leitores quanto custou a matéria paga que publicou esta semana, para dizer que o prefeito Duciomar Costa (PTB) - pior prefeito da história de Belém - tem 70% de elogios dos belemenses.

Até as pedras do Ver-o-Peso, um dos cartões postais da capital paraense e que se encontra imundo como nunca, sabem que esse cidadão é a maior fraude eleitoral jamais vista na terra dos cabanos.

Metrópole da Amazônia

Prefeito planeja trazer de volta a Belém o esplendor da Belle Époque e é elogiado por 70% da população

PORTA DE ENTRADA Casarões coloniais, ruas e praças foram restaurados, de olho no turismo da Amazônia
Os número de Belém

O Frommer’s Travel Guide, um dos mais conceituados guias de turismo internacional, acaba de contabilizar que o Estado do Pará foi o terceiro entre os dez destinos mais procurados do mundo por turistas em 2006. No ranking realizado pelos norte-americanos – que classificou ainda em sua publicação a exuberante ilha da Tasmânia, na Austrália, e o paraíso de Goa, na Índia – a Amazônia ganhou tal preferência apoiada no tripé beleza natural, gastronomia exótica e a eficiência na infra-estrutura. Essa tríade, que impulsionou o turismo na região em 2006, tem como ponto-chave do sucesso a parada obrigatória de todo viajante que deseja desvendar os segredos e os mistérios da floresta: a cidade de Belém, capital do Pará, o portal da Amazônia.

Em janeiro de 2005, quando tomou posse na prefeitura de Belém, o senador Duciomar Costa (PTB) assegurou a seus munícipes que a cidade, em sua administração, iria resgatar a condição de “Metrópole da Amazônia” que ostentava outrora. Mas Belém não chama a atenção apenas dos estrangeiros. Pesquisa Databrain revela que a população local tem aprovado a atual gestão. Na enquete que entrevistou 800 pessoas, entre os dias 14 e 15 de junho de 2007, concluiu- se que 70% da população reconheceu positivamente o bom desempenho do governo municipal. Os números garantem que os habitantes de Belém acreditam que a imagem da cidade, de fato, voltou a ser inserida no cenário nacional e internacional.

DESTAQUES A paisagem da “cidade das mangueiras” é destaque em guias internacionais de turismo

A cidade viveu seu apogeu durante a Belle Époque, entre o final do século XIX e início da 1ª Guerra Mundial (1914), quando a região viveu o ápice do ciclo da borracha. Foi uma época da exuberância, inovações e de efervescência cultural. Naquele tempo, Belém era considerada pelos empresários, políticos e turistas um dos municípios mais desenvolvidos do Brasil e uma das capitais mais prósperas do mundo. Justamente para resgatar essa notoriedade, a prefeitura local tem se desdobrado em ações de todos os tipos. A base do desenvolvimento da cidade é o projeto batizado de “Ama Belém”, no qual várias iniciativas de desenvolvimento e geração de empregos estão sendo gestadas.

Segundo a pesquisa Databrain, 84,8% dos moradores da cidade acreditam que os administradores do município vêm cumprindo as promessas feitas nos palanques e só 8% dos entrevistados dizem que o prefeito não cumpre nada do que prometeu. Outros 7% não souberam ou não quiseram responder a pesquisa. Um bom exemplo de que compromisso assumido, na gestão municipal, é trabalho realizado, pode ser aferido nas ruas da “cidades das mangueiras”, como carinhosamente é chamada Belém, em alusão à grande quantidade dessas árvores nas vias do município. Mais da metade de seus 2,4 mil quilômetros de ruas esburacadas foram transformadas em ruas pavimentadas, outras estão sendo reformadas e dezenas de praças foram arborizadas. Quando consultados sobre a pavimentação e conservação das praças, trinta em cada 100 belenenses dão nota dez para Duciomar Costa.

DINAMISMO A administração do prefeito Duciomar Costa é avaliada positivamente por 7 em cada 10 belenenses

Belém, que já foi a cidade de Santa Maria do Grão- Pará, tornou-se a capital do Estado do Maranhão e do Grão-Pará, em 1751, quando era responsável por todo o extremo norte do Brasil. Tempos depois, passou a se chamar Santa Maria de Belém do Grão-Pará. Hoje, a cidade tem cerca de 1,2 milhão de habitantes. Nos últimos anos, a cidade tinha sido praticamente abandonada por seus administradores. Por isso, a equipe do prefeito resolveu em primeiro lugar resgatar a auto-estima da população. Como auto-estima e educação caminham juntos, a prefeitura construiu várias escolas, reformou outras 52, dotou 48 delas com equipamentos de informática. Ainda na Educação, a secretaria da pasta ergueu oito salas multifuncionais para crianças com necessidades especiais. Para garantir a tranqüilidade no município, na área de segurança pública, 800 pessoas foram integradas a guarda municipal.

Na capital do Pará, há de tudo que existe de bom no Estado para ser mostrado e aproveitado. A cidade realiza a maior manifestação religiosa do País: são mais de dois milhões de pessoas que transitam pela metrópole na festa do Círio de Nazaré, que acontece no mês de outubro. Além da beleza do artesanato, o turista que chega a Belém desfruta de um clima tropical que faz os termômetros baterem a máxima de 38 graus e mínimas de vinte – o mês de julho é o ideal para desfrutar o “verão” da região, que conta com um invejável potencial hidrográfico. Mas o visitante e o morador de Belém têm mais a apreciar na cidade: a beleza da arquitetura secular das construções restauradas, assim como as igrejas imponentes que contracenam com os prédios modernos. Na culinária exótica, a forte influência indígena está presente à mesa em pratos como o pato no tucupi, o tacacá, a maniçoba e outras delícias como o açaí. No conjunto, cidade bem cuidada, gastronomia exuberante e cultura efervescente dão à capital do Pará um toque de cidade cosmopolita. A pesquisa Databrain captou que 51,5% da população local avaliou que Belém progrediu no atual mandato. É, de fato, um retorno à Belle-Époque.

Bel Mesquita fala sobre Simpósio Pró-Criação do Estado do Carajás

Foto: Sônia Baiocchi
Em pronunciamento esta tarde na Tribuna da Câmara dos Deputados, a deputada federal Bel Mesquita (PMDB-PA), descreveu suas impressões do 1.º Simpósio Pró-Criação dos Estados de Carajás e Tapajós, realizado pela Câmara Municipal de Marabá. "Foi um encontro de pessoas envolvidas com o único ideal: transformar a região onde vivem em um lugar seu."
Participaram do evento autoridades do sul, do sudeste e do oeste do Pará, e do sul do Maranhão e de Tocantins.

De acordo com a parlamentar, o debate sobre a reestruturação do território brasileiro não é nenhuma novidade. Desde a proclamação da República este tema provoca polêmicas acirradas. Mesquita, porém, acredita que, "se quisermos obter êxito na nossa jornada, o caminho é este: persistência e diálogo.
Quero deixar claro que nós, participantes do referido evento, amamos o Pará assim como um filho ama os pais. Mas todos nós sabemos que chega um momento em que o filho toma consciência da sua capacidade de se auto-sustentar e de se desenvolver e decide sair de casa." É isso o que acontece no Carajás, comparou a peemedebista.

"O nosso desejo de emancipação vem do sentimento de que somos capazes de autodeterminar o nosso desenvolvimento", disse Bel Mesquita.

A deputada acredita que a redivisão territorial expressaria maior democratização das forças regionais. O Pará é um Estado de dimensões gigantescas. Sua área territorial é de aproximadamente 1.247.700 quilômetros quadrados, cerca de 15% do território brasileiro. Só para se ter uma idéia de como é grande o Pará, dentro dele cabem quase 5 Inglaterras e mais de 41 Bélgicas. A área do Carajás se situa a 670 quilômetros de distância de Belém, e o município de Conceição do Araguaia dista mais de 1.100 quilômetros da capital do Pará.

Mesquita explicou que com a criação de novos Estados haverá melhoria na segurança territorial, na comunicação entre municípios e Estado e, principalmente, melhoria na qualidade de vida da população.

Propostas - Atualmente tramitam nas duas Casas do Congresso Nacional 16 propostas de criação de novos Estados e Territórios no País. A criação de novos Estados é um ideal, o reflexo do desejo de uma gente que acredita que pode fazer a diferença. A deputada Bel Mesquita ressaltou que "como membros do Legislativo, este é o nosso dever: ouvir os anseios da população e, a partir daí, elaborar projetos, acompanhá-los e votá-los. Devemos lutar por ideais, mas nunca nos omitindo da nossa responsabilidade para a qual fomos eleitos".

Ex-prefeita do Município de Parauapebas - umdos mais importantes do Pará-, Mesquita destacou que sua experiência no Poder Executivo lhe permitiu ter a consciência da importância do Legislativo, completando que: "Agora que sou uma Parlamentar reconheço a responsabilidade que tenho nas mãos. Além de criar novas leis e de fiscalizar o Executivo, nos cabe a missão de conscientizar as pessoas de todo o Estado e de todo o Brasil das vantagens que a nova configuração da divisão territorial trará a todos nós."

Bel MEsquita disse ainda ao deputado que presidia a sessão que: "Esse é o nosso grande desafio, que sabe a responsabilidade e tem um pezinho no Pará também, como o senhor sempre diz, na cidade de Benevides, está aqui um grande desafio.

(PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO GABINETE)
A SRA. BEL MESQUITA (Bloco/PMDB-PA. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, no dia 15 de junho, participei do 1º Simpósio pró-criação dos Estados de Carajás e Tapajós, evento realizado pela Câmara Municipal de Marabá. Foi um encontro de pessoas envolvidas com um único ideal: transformar a região onde vivem em um lugar seu. Participaram do evento autoridades do Sul, Sudeste e Oeste do Paráe do Sul do Maranhão.
Presidente, é sabido que o debate sobre a reestruturação do território brasileiro não é nenhuma novidade. Desde a proclamação da República este tema provoca polêmicas acirradas. Mas acredito que, se quisermos obter êxito na nossa jornada, o caminho é esse: persistência e diálogo.
Quero deixar claro que nós, participantes do referido evento, amamos o Pará assim como um filho ama os pais. Mas todos nós sabemos que chega um momento em que o filho toma consciência da sua capacidade de se auto-sustentar e de se desenvolver e aí ele decide sair de casa. É isso o que acontece no Carajás. O nosso desejo de emancipação vem do sentimento de que somos capazes de autodeterminar o nosso desenvolvimento.

Acredito, nobres colegas, que a redivisão territorial expressaria maior democratização das forças regionais. O Pará é um Estado de dimensões gigantescas. Sua área territorial é de aproximadamente 1.247.700 km² (um milhão duzentos e quarenta e sete mil e setecentos quilômetros quadrados). É cerca de 15% do território brasileiro. Só para se ter uma idéia dentro do Pará cabem quase cinco Inglaterras e mais de 41 Bélgicas. Quero informar-lhes, nobres colegas, que a área do Carajás se situa a 670 quilômetros de distância de Belém, a capital do Pará. Creio que com a criação de novos Estados haverá melhoria na segurança territorial, na comunicação entre municípios e Estado e, principalmente, melhoria na qualidade de vida da população.

Atualmente tramitam nas duas casas do Congresso Nacional 16 propostas de criação de novos Estados e Territórios no País. A criação de novos Estados é um ideal, éo reflexo do desejo de uma gente que acredita que pode fazer a diferença. Como membros do Legislativo esse é o nosso dever: ouvir os anseios da população e, a partir daí, elaborar projetos, acompanhá-los e votá-los. Devemos lutar por ideais, sim, mas nunca nos omitindo da nossa responsabilidade para a qual fomos eleitos.

Eu, que já fiz parte do Poder Executivo, conheço a importância do Legislativo. Agora que sou uma parlamentar reconheço a responsabilidade que tenho nas mãos. Além de criar novas leis e de fiscalizar o Executivo, nos cabe a missão de conscientizar as pessoas de todo o Estado e de todo o Brasil das vantagens que a nova configuração da divisão territorial trará. Esse é o nosso desafio.

Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente. Agradeço a oportunidade e solicito a divulgação nos órgãos de comunicação da Casa e na Voz do Brasil.

Repúdio ao projeto da Usaid

Vários parlamentares que compõem a Comissão da Amazônia, Integração Nacional e de Desenvolvimento Regional, terão, daqui a pouco, audiência com o embaixador Samuel Pinheiro Guimarães, Secretário-Geral das Relações Exteriores do Itamaraty.
A Comissão da Amazônia solicitou esta audiência para debater uma série de questões relativas a alguns problemas em curso na Amazônia.

Um dos temas a serem discutidos com o secretário-geral, é sobre matéria publicada no jornal Correio Braziliense, em maio próximo passado, dando conta de que a Agência Norte-Americana para o Desenvolvimento Internacional — USAID, "estaria desenvolvendo e financiando projeto para preservar a Amazônia, cujo valor inicial seria da ordem de 130 milhões de dólares, e em parceira com aproximadamente 26 entidades, entre elas instituições universitárias brasileiras, estrangeiras e entidades não-governamentais", explicou a deputada federal Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), agora a pouco no pequeno expediente da Câmara.

O objetivo desse projeto, segundo a deputada, é denominado de Conservação da Bacia Amazônica e teria como objetivo o de monitorar e vigiar a nossa região, sobretudo, o de fazer acompanhamentos próximos e permanentes dos grandes projetos previstos para a região, as duas hidrelétricas do rio Madeira, a construção da estrada que liga o Brasil ao Peru, o asfaltamento da BR-319, que liga Manaus a Porto Velho, o gasoduto Urucum-Porto Velho e tantas outras obras.

Além do mais, de acordo com a matéria publicada no jornal, o Governo brasileiro, por intermédio do Itamaraty e do Ministério da Defesa, teria barrado o referido projeto que chegou de forma equivocada: um organismo norte-americano define área no Brasil que deve ser preservada, a metodologia e a forma como isso deve ser feito.

Ainda de acordo com a parlamentar, teria sido formada uma Comissão Interministerial para tratar desse assunto e que o assunto será tema do encontro com o embaixador Samuel Pinheiro. Mas mais do que isso, será tratado também do problema fundiário na região amazônica, especialmente do acesso dos estrangeiros à propriedade de terra no Brasil, mas sobretudo na Amazônia. "Temos em nosso País uma lei específica que trata do acesso dos estrangeiros a propriedades", disse Grazziotin.

"O próprio INCRA diz que formou uma Comissão para que ela estabeleça novas diretrizes uma vez que não há limites. Quero dizer que temos lei e que ela determina, sim, limites para o acesso de estrangeiros a terras no Brasil, repito, sobretudo na Amazônia. Isso deve ser respeitado", cobrou a deputada.

Outro assunto a ser discutido com o embaixador diz respeito a vários cidadãos brasileiros, nordestinos, nortistas, que se encontram presos na Venezuela. Pessoas que foram trabalhar, não de uma forma legal, mas que encontram-se detidos no país vizinho, país amigo e vizinho, vivendo em condições subumanas. Então, a Comissão deverá tratar desses tópicos com o embaixador Samuel Pinheiro e espera-se que em breve tenha-se notícias a respeito desses assuntos tão importantes, não só para a região, mas para o exercício da soberania e da nossa autonomia, complementou a deputada.

Encrenca peemedebista no Senado

Duas matérias publicadas hoje no jornal F. de São Paulo expõe a situação em que se encontram os dois senadores do PMDB envolvidos em suspeita de corrupção e lavagem de dinheiro.

As repórteres Renata Giraldi e Silvana de Freitas, contam que a três semanas do início do recesso do Congresso, os aliados do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), iniciam, nos próximos dias, a estratégia para adiar a votação do processo de quebra de decoro parlamentar no Conselho de Ética, apostando que o tempo contará a seu favor.

Na quarta-feira, em reunião do conselho, o vice-líder do PMDB, senador Wellington Salgado (MG), um dos fiéis integrantes da tropa de choque de Renan, vai apresentar um requerimento contestando ponto a ponto todos os procedimentos adotados até agora nesse processo disciplinar.

"A representação do PSOL [pela abertura da investigação no conselho] teve um objetivo específico e o que se percebe agora é que as denúncias geram outros questionamentos", disse Salgado, alegando um suposto desvirtuamento do alvo. Os questionamentos têm o objetivo de atrasar outras medidas que poderiam ser definidas pelo Conselho.

Em outra matéria assinada pela dupla de repórteres, diz que a Corregedoria do Senado vai analisar suspeitas sobre Joaquim Roriz, ex-governador do Distrito Federal e atualmente exercendo mandato de senador.

Assessores do senador, suspeito de ter negociado partilha de dinheiro de origem ignorada, afirmam que o assunto já foi explicado

Alvo de gravações telefônicas que o colocaram sob suspeita de negociar partilha de dinheiro de origem ignorada, o senador Joaquim Roriz (PMDB-DF) terá o processo analisado pela Corregedoria do Senado.

O corregedor-geral do Senado, Romeu Tuma (DEM-SP), decidiu pedir ao Ministério Público e à Polícia Civil do Distrito Federal cópia da investigação e das gravações. Tuma pode arquivar o caso ou remetê-lo ao Conselho de Ética, que poderá iniciar uma investigação.

Conversas gravadas em 13 de março, com autorização judicial, registraram Roriz supostamente combinando partilha de dinheiro com o ex-presidente do BRB (Banco de Brasília) Tarcísio Franklin de Moura.

As gravações foram realizadas pela Polícia Civil do DF, na Operação Aquarela, que resultou na prisão de 19 pessoas em Brasília e em São Paulo, inclusive Moura, por suspeita de desvio de R$ 50 milhões do BRB.

Alguns parlamentares defendem que Roriz vá à tribuna hoje mesmo. "Vamos esperar que ele ocupe a tribuna e preste os devidos esclarecimentos", disse Jefferson Péres (PDT-AM). Demóstenes Torres (DEM-GO) disse considerar o caso "aparentemente grave".

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