Coordenador nega que liga seja uma organização paramilitar
Ao participar de audiência da Comissão de Agricultura para discutir denúncias contra a Liga dos Camponeses Pobres, Hallack afirmou que a liga e sua luta são resultado do "fracasso da reforma agrária no Brasil". Ele disse que a situação hoje ainda é pior do que no governo Fernando Henrique, porque as famílias não são assentadas, a grilagem não é combatida nem as políticas ambientais são desenvolvidas. Para o representante da entidade, a ação contra o movimento é parte de uma política que pretende expulsar os pequenos camponeses da Amazônia para loteá-la.
As declarações do coordenador da Liga dos Camponeses Pobres foram em direção oposta ao relatório de 400 páginas produzidos pelos órgão de inteligência apresentado por Cezzar Pizzano, Secretário de Estado Adjunto da Segurança, Defesa e Cidadania Pública do Estado de Rondônia.
Segundo foi revelado, são várias as Ligas de Camponeses Pobres, atuando em diversos municípios.
"A Liga dos Camponeses Pobres é o braço armado da Liga Operária Camponesa-LOC (uma cisão da organização Ala Vermelha que, por sua vez, já era uma cisão do Partido Comunista do Brasil) uma organização de linha maoísta", diz o relatório.
O primeiro núcleu dando conta da existência da LCP é no Norte de Minas Gerais, expandindo-se para o Centro-Oeste de Minas Gerais e posteriormente surgiu a Liga dos Camponeses Pobres de Rondônia, após o massacred e Corumbiara -- há doze anos --, e outro núcleo instalado no Sul do Pará.
Todas essas organizações tiveram origem nas Comissões Camponesas de Luta (CCL) que começaram a surgir no ano 2000.
Audiência discute violência rural na Amazônia
Ainda segundo a publicação, em Rondônia os integrantes do movimento controlariam 500 mil hectares de terra. O grupo teria feito 22 vítimas só no ano passado. A reportagem diz que a liga combate "a burguesia, o imperialismo e o latifúndio" e teria assaltado, torturado e matado moradores da região, especialmente fazendeiros e trabalhadores de fazendas.
A revista Isto É denuncia ainda que só conseguiriam transitar livremente no território caminhões de madeireiros clandestinos, que pagariam pedágio ao grupo. Em troca, os integrantes da liga dariam segurança armada para os madeireiros roubar árvores de propriedades privadas. Outra denúncia é que os integrantes do movimento teriam aberto uma estrada até a Bolívia, por onde passariam com drogas e armas.
A Liga dos Camponeses Pobres divulgou nota repudiando a reportagem. Segundo a liga, trata-se de matéria paga com o objetivo de servir de justificativa para ações repressivas a camponeses pobres.
Omissão
A audiência foi sugerida pelos deputados Giovanni Queiroz (PDT-PA), Ernandes Amorim (PTB-RO) e Moreira Mendes (PPS-RO). "Isso é guerrilha rural, que já se instalou no Brasil. O pior de tudo é a conivência do Estado brasileiro com essa prática. A omissão, neste caso, é exatamente a co-responsabilidade pelos atos que estão sendo praticados por aqueles que afugentam homens e produtores rurais", afirma Giovanni Queiroz.
Convidados
Participaram do debate:
- o delegado regional executivo da Polícia Federal, Marcelo Salvio Rezende Vieira;
- o juiz de Direito da Comarca de Buritis (RO), Jeferson Cristi Tessila de Melo;
- o secretário-adjunto da Segurança, Defesa e Cidadania Pública de Rondônia, Cezzar Pizzano;
- o diretor de Polícia Legislativa da Assembléia de Rondônia e ex-comandante da PM de Jaru, tenente-coronel Enedy Dias Araújo;
- o comandante do Batalhão de Polícia Militar Ambiental de Candeias do Jamari (RO), tenente-coronel Josenildo Jacinto do Nascimento;
- o autor da reportagem, Alan Rodrigues;
- o representante da Liga dos Camponeses Pobres Nilo Halack;
O ministro da Justiça Tarso Genro enviou Marcelo Salvio Rezende Vieira – Delegado da Polícia Federal.
O evento é uma realização da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, de autoria dos deputados federais Giovanni Queiroz, Ernandes Amorim e Moreira Mendes.
CCJ aprova serviço de mototáxi e o substitutivo ao Projeto de Lei volta ao Senado
Pelo texto, os veículos empregados em fretes devem ter protetor de motor e aparador de linha (antena corta-pipa), além de passar por inspeção semestral e ter registro na categoria de aluguel. A atividade só poderá ser exercida com autorização do órgão executivo de trânsito dos estados e do Distrito Federal.
Quanto ao condutor do veículo, o texto prevê a exigência de aprovação em curso especializado, conforme regulamentação do Conselho Nacional de Trânsito (Contran). O motorista também deve utilizar colete de segurança com dispositivos retrorrefletivos.
Como a Câmara apresentou emendas ao substitutivo do Projeto de Lei, o mesmo volta ao Senado para votação e se aprovado vai à sanção presidencial.
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Quércia anuncia apoio à Kassab
Repercussão
O primeiro escalão do Governo, inclusive o presidente da República tiveram que ouvir calados duas horas de discursos que caiu como uma carapuça para muito aloprado nas três esferas do poder.
Três ex-presidentes estavam presentes, José Sarney, Fernando Collor de Melo e FHC.
O rei Pelé estava por lá também.
PL desobriga locatário de pagar IPTU
A partir da aprovação do projeto de lei 3253/2008 de autoria do deputado federal Zequinha Marinho (PMDB/PA), locatários de imóveis não deverão mais pagar impostos incidentes sobre o bem. De acordo com o PL, o locador, ou seja, o proprietário do imóvel terá a obrigação de pagar todos os impostos que incidirem sobre o bem, tais como IPTU, outros impostos e taxas, além do prêmio de seguro complementar contra fogo, vedando a transferência desta obrigação para o locatário.
De acordo com Zequinha Marinho, o objetivo desta proposta é corrigir uma injustiça que vem sendo praticada contra os locatários de imóveis, que, além de arcar com o alto custo do aluguel, ainda têm de pagar os impostos e taxas incidentes sobre esse bem.
"Aquele que aluga imóvel para outrem já dispõe de um bem que lhe gera renda e ainda se beneficia com a transferência dos encargos para o locatário. Trata-se de verdadeira injustiça, pois aquele que se encontra em situação menos privilegiada é exatamente o que arca com despesas que interessam diretamente ao proprietário", justificou Zequinha Marinho.
O parlamentar explicou, ainda, que o proprietário que possui um bem que a cada dia se valoriza, aumenta seu patrimônio e ainda recebe uma renda extra com o aluguel deste imóvel: "como se não bastasse todo este ganho, o locador pode ainda repassar ao locatário a obrigação de pagar o valor dos impostos, economizando esse montante, que se somará aos ganhos obtidos com o aluguel do imóvel".
Zequinha Marinho entende que o projeto é uma forma de promover justiça social: "o locatário que não possui casa própria, tem de desembolsar uma quantia significativa, todo mês, a fim de garantir um teto para sua família e, além deste valor, é obrigado a pagar as dívidas do proprietário. A idéia é mudar esta legislação sendo mais justo e garantindo que os locatários de imóveis não fiquem tão prejudicados".
Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados aprova audiência pública sobre LCP
Disponibilizado arquivos do ex-presidente Ernesto Geisel
A documentação cobre praticamente todas as principais questões nacionais do período que dependiam de decisão do presidente da República, e através de sua leitura pode-se acompanhar parte do processo de tomada de decisões políticas referentes a todos os setores da vida nacional, em sua instância máxima. Em alguns documentos, Geisel fazia comentários e anotações à margem, permitindo desse modo reconstituir o encaminhamento que dava aos assuntos. Quando isso não acontece, ficamos ao menos sabendo - o que não deixa de ser importante - que assuntos eram levados, e como eram levados, ao presidente, para sua decisão.
Trata-se, acima de tudo, de um tipo de documentação raramente disponível para a pesquisa histórica, mesmo se considerarmos o conjunto de acervos de ex-presidentes da República.
Veja os arquivos aqui...
Continuamos amanhã
A Amazônia sem mata: novo modelo econômico
Delimitada em grande parte na fronteira oriental e meridional da selva, na avaliação do ministro, "a melhor solução não é tentar reverter o desmatamento e restringir às cidades toda a atividade não florestal. Mas também não é coonestar a entrega dessas áreas a atividades econômicas ao mesmo tempo depredadoras e ineficientes, como a pecuária extensiva – a maior inimiga da mata na Amazônia", acredita.
Agricultura Familiar e Cooperativismo
A solução é aproveitar esse espaço para inovar, construindo na agricultura, na pequena indústria e nos serviços um modelo econômico que não repita os erros do passado brasileiro. Três características devem pautar tal modelo.
Segundo a proposta do ministério o primeiro traço é a coordenação estratégica entre os governos e a iniciativa privada, sobretudo a iniciativa dos pequenos produtores, livre de qualquer constrangimento de preconceito ideológico. Uma das áreas mais importantes para efetivar essa orientação é a agricultura familiar, destacou Mangabeira Unger.
Ainda de acordo com o ministro, a agricultura familiar de integrar-se, quando conveniente, com a pecuária intensiva, e apoiar-se num sistema de seguro de renda e de garantia de preço – indispensável à estabilidade da agricultura familiar. "É sistema que ainda não conseguimos generalizar no país", reconheu o ministro.
O segundo atributo é o estímulo pelo governo às práticas de "concorrência cooperativa" entre os pequenos produtores: práticas por meio das quais possam esses produtores competir e cooperar ao mesmo tempo e ganhar, por meio da cooperãção, acesso a economias de escala. É princípio que se pode aplicar em todos os setores da economia, inclusive a empreendimentos tecnologicamente avançados, como demonstra a experiência de algumas economias regionais mais vanguardistas da Europa, afirma Mangabeira Unger.
O terceiro distintivo é o esforço para estabelecer vínculos diretos entre as vanguardas e as retaguardas da produção. Indústria de ponta, " pós-Fordistas", podem produzir, de maneira não padronizada, máquinas e insumos que a retaguarda de empreendimentos menores e mais atrasados consigam usar. O objetivo, de acordo com a percepção do ministro, é pular a etapa do modelo industrial paulista, organizado em meados do século 20 em torno de um " Fordismo" já tardio: a produção em grande escala de hierarquias e especializações definidas e mão de obra semiqualificada.
De acordo com o ministro, a idéia é simples e fundamental: aproveitar o espaço da Amazônia já desmatada para fazer diferente do que se fez até agora na organização da economia brasileira.
Projeto Amazônia – O eixo
Mangabeira Unger destaca que "é necessário desconsiderar, para essa finalidade, as diferenças conceituais entre [zonas] e outras divisões geográficas.
Na avaliação do ministro, há muito que se reconhece a importância de tal zoneamento. Em grande parte da Amazônia, ainda não e traduziu o princípio em realidade. É que zoneamento econômico ecológico não representa exercício de cartografia. Significa tradução espacial de um pensamento econômico.
De acordo com Roberto Mangabeira Unger é esse pensamento que tem faltado – na forma e no grau requeridas – à Amazônia e ao Brasil.
A importância do ZEE
De maneira didática, o ministro explicou que o zoneamento econômico ecológico é simplesmente uma maneira de decidir o que pode – e deve – ser produzido onde. Não se confunde com a pretensão de planejar atividades produtivas determinadas e de designá-las como adequadas ou inadequadas para certas regiões. Estabelece os limites do que pode e não pode ocorrer em cada área zoneada. Daí ser a contrapartida ao zoneamento econômico e ecológico um conjunto de estratégias econômicas – e de idéias institucionais que as acompanhem – para cada um dos territórios classificados pelo zoneamento.
O pressuposto prático mais importante do ZEE, de acordo com Mangabeira Unger, é a solução dos problemas fundiários em toda a Amazônia. "Há muito pouco que se pode fazer enquanto a titularidade da terra – ou a legitimidade de sua posse – continuarem em dúvida", reiterou.
Duas vertentes
A partir do eixo representado pelo zoneamento econômico e ecológico, é possível começar a formular um projeto econômico para a Amazônia em duas grandes vertentes: para a Amazônia já desmatada e as grandes cidades (onde se concentra, ainda mais do que em outras regiões do país, a maior parte da população) e para a Amazônia onde a mara permanece em pé.
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