Imagens dos lançamento das Frentes Pró Carajás e Tapajós - Parte II





Imagens dos lançamento das Frentes Pró Carajás e Tapajós

Fotos: Val-André Mutran

















Publicitário Duda Mendonça explica à platéia que o plebiscito do Carajás e do Tapajós é a nossa Copa do Mundo

















Economista Célio Costa (esquerda), deputado licenciado Asdrubal Bentes, Duda Mendonça, prefeito de Marabá Maurino Magalhães e Lucas, da coordenação da Frente Pró Carajás e Tapajós


















Presidente da Câmara Municipal de Marabá, vereador Nagib Mutran, em entrevista a uma rede de TV


















Mesa dos trabalhos em Marabá, aberta pelo prefeito Maurino Magalhães

O povo prestigiou o lançamento das Frentes Pró Carajás e Tapajós

Fotos: Val-André Mutran
















































A maratona ocorrida na última quinta-feira, 21 que percorreu os três quadrantes do Pará, supreendeu o grupo de parlamentares que compõem as Frentes Pró Carajás e Tapajós.

A primeira suspresa foi a receptividade das peças criadas pelo publicitário Duda Mendonça, especialmente o jingle da campanha em Belém, centro geográfico dos contrários à emancipação das regiões Oeste e Sul/Sudeste do Pará.

As manifestações de empolgação popular demonstradas pelo povo tapajônico foi outro momento marcante desse período pré-Plebiscito, que culminará na eleição plebiscitária de 11 de dezembro. Santarém recebeu com muito entusiasmo o lançamento das duas Frentes.

Mas foi em Marabá que o blogger pode sentir de perto a extensão da manifestação popular.

O prefeito de Marabá Maurino Magalhães, na condição de anfitrião da comitiva, apresentou o publicitário Duda Mendonça à audiência que lotava as dependências da moderníssima Nova Sede do Poder Legislativo Municipal.

Após as apresentações, o próprio publicitário fez uso da palavra, explicando que a espinha dorsal de qualquer campanha política é o jingle, cuja letra e a concepção que dá o Norte ao marketing que se vai trabalhar ao longo do período eleitoral de três meses, que terá início no dia 13 de setembro até a véspera da eleição, no dia 10 de dezembro deste ano.

Slogan
A campanha tem como slogan "Carajás e Tapajós – SIM – Queremos Justiça e como ponto central: "Diga SIM para os três Estados, diga sim para essa União". Em seguida foi executado pela primeira vez o jingle da campanha que literalmente levantou a platéia. Vário ficaram emocionados com a letra que fez referência ao filho que cresce e emancipa-se dos pais, não sem continuar colaborando para o crescimento da família e de seus irmãos.

Faça o download do jingle no site da campanha aqui www.estadodocarajas.com.br

É hora de união
O deputado Lira Maia, representante da Frente Pró Tapajós, clamou pela união das duas regiões que buscam a sua emancipação político administrativa. "Precisamos mostrar aos que ainda têm dúvidas que na verdade seremos três Estado do Paraá, o Pará do Tapajós, o Pará do Carajás e o Pará da cidade mãe. Somos todos seus filhos e não nos dividiremos e sim somaremos forças para o crescimento das nossas regiões", garantiu.

Já os deputados estadual e federal do Carajás, a palavra de ordem é: "a hora é de união". Giovanni Queiroz, autor do projeto que autoriza o plebiscito do Carajás, fez uma resumo histórico do momento. Lembrou que foi o seu colega deputado licenciado Asdrubal Bentes que apresentou o primeiro projeto que foi arquivado com a sua não reeleição. Pediu à platéia o reconhecimento do professor Brandão, fundador da Comissão que leva o seu nome, como primeira entidade da sociedade civil a defender a criação do estado do Carajás. "Marabá é o berço da luta pela redivisão, uma vez que foi num encontro de vereadores realizado aqui na Agrópolis do Incra, que tudo começou sob o ponto de vista político e com participação popular."

Após o lançamento das Frentes, Queiroz voltou a destacar a importância da regularização dos títulos eleitorais, transferência de domicílio e emissão do documento daqueles que completarão 16 anos até a data do plebiscito.


STF

A expectativa agora volta-se novamente para Brasília onde o Supremo Tribunal Federal julgará a ADI nº 250 que interpretará se manterá as regras do Tribunal Superior Eleitoral quanto a área a ser aplicado o plebiscito.

Subcomissão Feminina Pró Carajás recebe visita ilustre do professor Brandão

Fotos: Markus Mutran

















Desde que foi criada, há cerca de dez dias, a Subcomissão Feminina Pró-Carajás, vem cumprindo a risca seu calendário de trabalho. Entre atividades diversas e articulações individuais de suas integrantes, preferencialmente junto a lideranças e demais personalidades femininas de Marabá e entorno, a frente reúne-se pelo menos uma vez por semana, ocasião em que as ações realizadas são discutidas e avaliadas, assim como novas iniciativas são planejadas e cuidadosamente atribuídas sob o critério da vocação de cada participante.

Durante a mais recente dessas reuniões, ocorrida na manhã desta terça feira, 13, tão logo iniciaram os debates, o grupo foi surpreendido com a presença de ninguém menos do que o Professor Brandão, considerado a nível social, o ícone máximo do movimento que visa a criação do Estado do Carajás, por conta de seu incansável trabalho iniciado há trinta anos, sendo destes, quase vinte e cinco vinculados a atuação da bancada a qual empresta seu nome (Comissão Brandão Pró-Criação do Carajás), que presidiu durante boa parte desse tempo.

O visitante ilustre, que compareceu gentilmente a reunião atendendo um convite feito de véspera pela secretária-geral da Comissão Municipal Pró-Carajás, Míriam Guedes, a qual hoje a própria Comissão Brandão encontra-se integrada, proporcionou um brilho especial ao encontro. Do alto de sua experiência, Brandão iniciou sua colaboração destacando o foco que deve ser dado ao trabalho, não apenas da Subcomissão Feminina, mas do movimento como um todo: “Quaisquer que sejam as iniciativas, elas devem ser direcionadas prioritariamente para atingir o povão e não apenas a grupos restritos”, alertou o professor.

O fundador da Comissão Brandão delongou-se em sugerir medidas que o grupo pode adotar visando a eficácia de suas atividades, sempre citando exemplos do potencial feminino em inúmeros episódios históricos envolvendo, sobretudo, conquistas sociais. Ele afirmou que em qualquer que seja a causa “quando a mulher realmente quer algo, não há obstáculo capaz de impedi-la”. E como forma de ilustrar todo esse poderio, Brandão lançou mão de uma curiosa comparação: “Se o touro tivesse noção da força que possui jamais se deixaria domar. Assim também é com a mulher”, disse o educador.

Para uma das coordenadoras da Subcomissão, a advogada Aurenice Botelho, “sem dúvida a experiência e as sugestões do professor Brandão são preciosas e farão a diferença na gestão das nossas ações”. Ela explica que no momento a Subcomissão vive a fase de constituição, ou seja, “antes de agir o grupo precisa existir”, referindo-se a necessidade primordial de atender as exigências burocráticas de praxe através das quais a Comissão se tornará devidamente legitimada, passando a possuir registros como CNPJ e demais inscrições, habilitando-a dessa forma a atuar dentro da legalidade, especialmente no que tange a captação e administração de recursos.


Outra integrante da “linha de frente” da aliança, a empresária Magda Alves, a quem foi delegada a responsabilidade de coordenar os mecanismos de operação da Subcomissão, revela já haver ações planejadas para ocorrer junto às instituições de ensino, públicas e privadas; Associações de bairros; Clubes de serviços; Igrejas; e nos diversos setores produtivos, especialmente os voltados à mineração e ao agronegócio, que respondem pela maior fatia de mercado da região.

Magda adianta, ainda, que dentre uma série de ações elaboradas, não apenas com o objetivo de promover a visualização da Subcomissão por parte da sociedade, tornando-a conhecida e respeitada, mas de angariar fundos para bancar suas despesas e necessidades, já estão definidas: a realização de um jantar, que reunirá o maior número possível de lideranças femininas da cidade, assim como leilões de animais de grande e pequeno porte.

Esses eventos contarão, invariavelmente, com palestras e apresentações referentes às atividades do movimento Pró-Carajás, proferidas pelo economista Célio Costa, autor do Estudo de Viabilidade do Estado do Carajás, além de outros técnicos e de líderes políticos envolvidos no processo.





TSE vai realizar audiência pública sobre plebiscito no Pará



O Diário de Justiça Eletrônico (DJe) do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) publicou, em sua edição desta quarta-feira (13), convite para audiência pública sobre as instruções que irão regulamentar o plebiscito no Estado do Pará. Estão convidados a participar os partidos políticos registrados no TSE e demais interessados. A audiência foi marcada para o dia 5 de agosto, às 15 horas, e deve ocorrer no auditório do edifício sede do TSE, em Brasília.

As sugestões para as instruções – cujas minutas estarão disponíveis no site do TSE a partir de 27 de julho – deverão ser apresentadas por meio do endereço eletrônico asespplebiscitopara@tse.jus.br até o dia 4 de agosto. Essas sugestões poderão ser expostas oralmente durante a audiência, por até cinco minutos, mediante inscrição na data do evento.

Para regulamentar o plebiscito, serão editadas dez instruções, que vão discorrer sobre escolha e o registro das frentes que atuarão nos plebiscitos; propaganda eleitoral; arrecadação e prestação de contas das frentes nos plebiscitos; atos preparatórios nos plebiscitos, a recepção de votos, as garantias eleitorais, justificativa eleitoral, a totalização e a proclamação dos resultados, e a diplomação; representações, reclamações e pedidos de resposta previstos na Lei nº 9.504/97; cerimônia de assinatura digital e fiscalização do sistema eletrônico de votação, do registro digital do voto, da votação paralela e dos procedimentos de segurança dos dados dos sistemas eleitorais; cédulas oficiais de uso contingente para os plebiscitos; formulários a serem utilizados nos plebiscitos; pesquisas eleitorais; e apuração de crimes.

No último dia 8, o DJe publicou o calendário para o plebiscito, que acontece no dia 11 de dezembro de 2011.

Congresso vota orçamento até quinta-feira e entrará em recesso

A Comissão Mista de Orçamento aprovou na tarde desta terça-feira (12) o relatório do deputado Márcio Reinaldo Moreira (PP-RJ) com o texto base da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que define as prioridades do governo federal. Os 303 destaques que foram apresentados ao relatório serão votados de forma separada pelos parlamentares.

O projeto da LDO deve ser votado em uma sessão conjunta do Congresso Nacional até a próxima quinta-feira (14). Além dos destaques, o projeto do governo federal recebeu 3.010 emendas. Em seu relatório, Moreira defendeu a aprovação de 122 emendas. Outras 1.276 foram aprovadas de forma parcial, e outras 1.612 emendas foram completamente rejeitadas pelo deputado.

Um dos pontos mais polêmicos defendidos pelo relator é a manutenção das emendas individuais e coletivas de todos os parlamentares apresentadas à LDO. Moreira não abre mão de que as emendas sejam preservadas, o que vai contra os interesses do governo. "Queremos que sejam consideradas admitidas todas as emendas individuais e coletivas apresentadas à LDO", disse o relator.

Além das emendas, o relator também propõe que, ao todo, 17 ações do governo fiquem livres de contingenciamento de recursos, entre eles prevenção e combate ao desmatamento, queimada e incêndios florestais e à conservação e uso sustentável da biodiversidade e dos recursos genéticos; atividades de fiscalização, inclusive das agências reguladoras; ações e programas na faixa de fronteira, no âmbito do Ministério da Integração Nacional; medicamento para diabetes e hipertensão arterial; e bolsa de Pesquisa e Bolsa Atleta.

Câmara e PDT lançam livro da Legalidade na quarta, 13/07


A Câmara dos Deputados, o PDT e a Editora Sulina convidam para o lançamento do livro sobre a Legalidade. O escritor Juremir Machado da Silva, autor de “Vozes da Legalidade – Política e imaginário na era do rádio”, fará lançamento do livro, em Brasília, dia 13 de julho, quarta-feira, às 19 horas no Salão Nobre da Câmara dos Deputados.
O evento contará com a presença do presidente da Câmara, Marco Maia, do presidente licenciado do PDT, Carlos Lupi, do presidente em exercício, deputado André Figueiredo (CE), do secretário do partido, Manoel Dias, entre outras autoridades, parlamentares, estudantes e o público em geral.
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Clique no link abaixo para ouvir a áudio-entrevista Juremir.
http://www.goear.com/files/external.swf?file=8a2f031
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No livro, Juremir aborda um aspecto decisivo da rebelião de 1961: a utilização de toda a potencialidade do rádio na vitória de Leonel Brizola na Campanha da Legalidade. O Rio Grande do Sul teve um papel determinante na história do Brasil do século XX. É inegável. A revolução de 1930, comandada por Getúlio Vargas, levou os gaúchos a amarrarem seus cavalos no obelisco da avenida Rio Branco, no Rio de Janeiro. Por 24 anos, Getúlio, dentro ou fora do poder, influenciou os destinos dos brasileiros. Morto, deixou seus herdeiros, entre os quais, João Goulart, que se tornou duas vezes vice-presidente do país. Em 1961, Jânio Quadros renunciou intempestivamente.
No final de agosto de 1961, há 50 anos, começou em Porto Alegre uma primavera da liberdade. O governador do Rio Grande do Sul, Leonel Brizola, comandou a resistência ao golpe contra Jango. Requisitou a Rádio Guaíba, formou a Rede da Legalidade, distribuiu armas, mobilizou a população e, com discursos inflamados, garantiu a volta de Jango da China.
Este livro é uma história de muitas vozes, vozes da Legalidade e da ilegalidade, a voz de Brizola, em tom maior, a voz de Jango, buscando uma solução pacífica, a voz de Carlos Lacerda, governador da Guanabara, o Corvo, o eterno golpista, incendiando o ânimo dos militares contra João Goulart, a voz do general Machado Lopes, comandante do III Exército, sediado em Porto Alegre, a voz do ministro da Guerra, Odylio Denys.
Mas também a voz do renunciante, o esquisito Jânio Quadros, as vozes dos remanescentes, jornalistas, radialistas e políticos, todos muito jovens na época, que lembram a grande aventura com a justa nostalgia e o devido orgulho, a voz das ruas, a voz do Rio Grande, a voz do rádio, especialmente da Rádio Guaíba, que se tornou a cabeça de uma rede inusitada e vitoriosa.
O livro é uma história de nomes de homens, de coadjuvantes e protagonistas, quatro civis e dois militares, uma história de vozes tonitruantes, vozes da era do rádio.
ISBN: 978-85-205-0607-3
Categoria: História, Comunicação, Sociologia
Edição: 1ª – 2011
Formato: 14 x 21 cm
Nº de Pag.: 223
Peso: 280 gramas

Um vexame na UFPA

Senhor advogado Sérgio Couto. Ainda guri meu pai me ensinou que devemos respeitar as pessoas para sermos respeitados. O senhor, como convidado ao debate na UFPA para tratar de assunto maior – a respeito da divisão territorial do Pará e representando uma autoridade estadual, o deputado federal licenciado e Chefe da Casa Civil do Governo do Pará, seu colega e ilustre homem público Zenaldo Coutinho, antes de tudo, traiu a sua confiança.
Observe, senhor advogado, que o senhor desrespeitou, em abominável declaração, num trote (sua frase de encerramento de seu artigo publicado hoje em O Liberal – a Folha Nariguda), 1,6 milhões de carajaenses.
Isso tem um preço, senhor advogado. O preço é nossa repulsa à Sua Senhoria.
Faça-nos um favor. Dobre a língua quando apontares o dedo a quem te contratou e pagou ou trabalhas para caloteiros foragidos de dívidas?
Trabalhas para pistoleiros?
Advogas para cornos?
Volte para o Lar que te gerou e aprende bons modos advogado.
E faça-me um favor. Vai procurar a tua turma e nos respeite.

P.S.: Em todos esses anos de militância em prol da criação do Estado do Carajás, nunca, jamais, o nobre deputado Zenaldo Coutinho faltou com o respeito ao povo carajaense. Homem de formação irrepreensível, ético até onde sei, amigo de seu adversário de idéia Giovanni Queiroz. Coutinho deve rever suas amizades e quem manda representá-lo. Não peque por desconhecimento, meu caro Zenaldo. Deus castiga.
Um bom domingo para todos.
Val-André Mutran

III Rock Rio Tocantins

















III Rock Rio Tocantins. Verão em Marabá.
Vai perder?!

Divisão Territorial. Uma Amazônia com afeições novas

Por Juarez Regis

A população paraense ainda está divida quanto à questão. A realidade é que o atual Estado do Pará com seus 1.248.052 Km² de superfície, contendo blocos de cidades eqüidistantes da capital, tem uma perniciosa concentração de renda, que é um dos fatores que contribuem para o atraso geral da cultura, para a falta de saneamento básico e para a ausência de um turismo expressivo, uma vez que há sérias dificuldades de alocação de recursos por todo o Estado. Esta falta de recursos, aliada a uma intensa explosão demográfica, em decorrência dos grandes projetos implantados, não oferece condições de propiciar o atendimento social a populações espraiadas por um imenso território.

Esboçado a realidade dos paraenses, resta indagar o que fazer para mudar esse panorama? Mudar tudo, dirão alguns. Mas, resta saber em que base? Até porque, frases de impacto, feitas por autoridades do governo, de que será dada a largada a investimentos nas áreas menos desenvolvidas, já não surtem efeito, pois essas promessas já vêm de longa data, passando por vários governos, sem que nada aconteça. Acontece que em que pese o povo não acreditar nessas colocações de especialistas de plantão, elas sempre estarão na mídia, através de instituições que vão se sentir prejudicadas, e portanto, seus porta-vozes dirão que não é preciso dividir o Estado, bastando que o atual governo estadual processe as mudanças necessárias nas estruturas da produção agropecuária e na política industrial que passarão a ser direcionadas com mais pujanças para aquelas áreas do Estado. Assim segundo eles, estradas serão priorizadas e portos serão construídos, resolvendo o problema até do país. A par disso, perguntamos: Com que paradigmas? Essas mudanças serão feitas com eficiência econômica e justiça social? Ou somente com prudência ecológica? Fazemos essas simples perguntas, pois antevemos que sejam lá quais forem às respostas, elas não se coadunam com a heterogeneidade e grandiosidade do território paraense.

Na verdade, o que existe, de fato, para os paraenses - não são descomunais riquezas do sub-solo -, é um extenso território, entrecortado por grandes rios e lagos, igapós e várzeas. O que existe mesmo, são cidades maiores, cujas periferias estão cheias de ruralistas exilados e cujos núcleos urbanos concentram toda a renda estadual, sobrando bolsões de pobreza espalhados por núcleos populacionais descentralizados. O que se observa, hoje, é que passado à fase eufórica de fazer da Amazônia a mais nova fronteira do país, houve o reverso do processo desenvolvimentista, com o inchamento, principalmente, das cidades de Santarém e Marabá, acarretando problemas de toda ordem, que nunca foram solucionados, em que pese às promessas políticas de ser interiorizado o progresso, através da continuidade no processo de desenvolvimento com a implementação dos sistemas infra-estruturais, físicos e sociais.

Portanto, já não é de hoje que o povo do Médio e Baixo-Amazonas está desiludido com promessas vazias, que vêm desde 1853, quando pela primeira vez se propôs a criação da Província do Tapajós. Entende-se que as falácias de ontem se repetem, ou melhor, são as mesmas de hoje, sem base de sustentação e sem certeza para fazer chegar, nessa parte da Amazônia, o desenvolvimento tão esperado. O pior é que as falácias surgem de instituições de classes, genuinamente, paraenses, com sede na capital. Tudo isso, porém, tem uma explicação: essas instituições habituadas à gestão cômoda, sem apresentar nenhum projeto auto-sustentável, não querem perder a força de polarizar a concentração de renda na capital. E assim, temerosas de que as mudanças que possam ocorrer, na economia regional - com a distribuindo eqüitativa da renda, e com o deslocamento de plantas industriais, formando novos distritos produtivos e, conseqüentemente, a intensificação do comércio por toda a região amazônica -, coloquem elas em cheque, quanto à eficiência dos atuais empresários sediados na capital paraense, que se prevalecem, costumeiramente, dos fracassos dos empresários das regiões mais afastadas do grande centro econômico que é Belém.

O certo é que essa modernização e melhoria de qualidade de vida requerida, por exemplo, pela população do Vale do Tapajós, não virá através dos meios convencionais, como possa parecer para aqueles analistas políticos acostumados com utopias e discursos eleitoreiros, mas virá da mesma maneira como veio para os mais novos estados do sul e centro-oeste do país, ou seja, através da vontade do povo, até mesmo de Belém do Pará, pois o povo em geral sente que é assim que se fará justiça, e que assim, todos sairão ganhando.

Depois de tudo o que já ocorreu, no país, a população passou a ser bem informada, entendendo que o modelo de desenvolvimento, implantado pelo regime militar que ainda persiste, atualmente, na democracia, é por demais concentrador de riquezas, nas mãos de poucos, e portanto, salta logo aos olhos de qualquer pessoa, que as populações dos municípios circunscritos no desenho dos estados - incluindo-se aí, o novo Estado do Pará, muito mais aconchegante em território -, só terão a ganhar, porque terão como monitorar as ações dos futuros três governos na exploração das riquezas naturais, com a preservação dos ecossistemas, uma vez que se constituirão em unidades com autonomia para firmar acordos internacionais de investimentos, cooperação técnica e parcerias em pesquisas, e, portanto, tendo vida própria. Assim é que, segundo os cálculos das organizações prol divisão, o novo Estado a ser formado, com o nome de Tapajós, com sede, provavelmente, em Santarém, já nascerá com um PIB maior que R$ 5 bilhões, bem superior que o PIB dos estados de Tocantins, Amapá, Acre e Roraima. Ainda de acordo com esses pré-estudos, que podem ser encontrados no site www.novoestado.com.br, o fundo de participação do Estado (FPE), começará com quase R$ 70 milhões, sem contar as complementaridades que virão do governo federal.

Quanta à crítica de número um, por parte dos contrários ao redesenho territorial - que se radicaliza na construção das instalações para o funcionamento de novos governos, a corrente separatista que vai crescendo aceleradamente, principalmente nos meios estudantis, tece as seguintes considerações: os investimentos para organizar um estado nascente, na formação de instituições, tais como palácio de governo, assembléia Legislativa, Tribunal de Justiça, Secretarias e todo o aparato político, incluindo deputados federais e senadores -, segundo os cálculos do “pool prol Estado do Tapajós”, que incluem aí faculdades, câmaras municipais e associações comerciais e de logistas das sub-regiões, os investimentos federais para a consecução desses objetivos, não ultrapassam R$ 905 milhões de reais, além de poderem ser reembolsados, em parte, com a receita própria do futuro Estado.

O grande desafio que surge, é banir o medo que tem a população de Belém, e seus arredores, talvez induzida pelas autoridades ameaçadas, em seus esconderijos, e querem dar entender que não restará quase nada para a população do Pará remanescente. Nada disso é verdade, e nisso fazemos coro com os separatistas, visto que não há fundamentação em tal argumento. Ao nosso ver, o desenvolvimento de uma unidade federada não está dependente, diretamente, de sua dimensão territorial, mas sim, da sua força política para captar recursos para administrar, num espaço menor, com eficácia e destreza, e com a vantagem de ter as prefeituras mais perto do centro de decisão, sem perder de vista o acompanhamento dos investimentos, reduzindo assim os desperdícios e conseguindo melhor produtividade, com menor custos, em todos os campos das atividades econômicas. E é isso que, na realidade, vai ocorrer com o Estado do Pará a partir de um território bem menor.

A maior vantagem do futuro e novo Pará reside, fundamentalmente, em já recomeçar com uma população privilegiada, contando com uma malha viária bem estruturada e conectada com o Nordeste e Centro-Oeste do país, possibilitando o surgimento de novas atividades econômicas. Quanto ao Marajó, o Baixo-Tocantins e a região do Nordeste Paraense, cujos municípios, atualmente, são desprovidos de assistência governamental para a implantação de projetos econômicos e sociais, terão reais possibilidades de ter toda atenção do governador voltada para suas prefeituras, em suas linhas de ações. Na verdade, com um território menor, os municípios paraenses, contarão com mais recursos, porque não terão mais a concorrência de Santarém, Marabá e de todos os municípios que comporão os novos territórios. E justamente, por contar com uma cidade que não perderá a capacidade de ser a metrópole da Amazônia, e que tem uma infra-estrutura urbanística invejável, com uma série de atrativos turísticos, sendo bem servida em termos de sistema financeiro e parque industrial, e além disso, com uma significativa produtividade no campo, que o Pará ainda reterá o maior PIB, e ainda contará com mais de R$ 107 milhões em termo de FPE, em seus cofres públicos, e deixará de ter a responsabilidade de investir em 27 municípios a ser cedidos ao Tapajós e outro tanto ao futuro Estado do Carajás (39). Os setores de educação e saúde, por sua vez, contarão com maiores investimentos no Estado do Pará, e claro nos outros dois estados, também.

A partir dessa visualização, pergunta-se: para que melhor que isso? Só quem tem interesses escusos, ou está com uma visão estreita, não vê a vantagem de um território menor. A sorte é que a maioria da população, que é pobre, sofrida, e que está cansada de ser enganada com promessas de palanque, já está amadurecida, e sabe que é chegado o momento de dar o “sim” ao plebiscito, e de votar a favor da aprovação da “divisão’. Até porque, entende que só assim, pela força do voto, o atual modelo econômico, perversamente concentrador de riquezas, terá seus dias contados, transformando-se em um novo modelo, auto-sustentável, com uma distribuição mais justa dos fatores produtivos, pois novas perspectivas de emprego e renda se abrirão para levas e levas de jovens pobres, na idade de trabalhar, cujas famílias terão o poder aquisitivo aumentado. Sim, novas perspectivas surgirão, com o corredor de exportação que se formará; com as fábricas e instituições do governo, e através da rede financeira e hoteleira que para lá se dirigirá, oferecendo, também, oportunidades que atrairão os jovens de Belém e especialistas das mais variadas áreas profissionalizantes para as cidades do interior.

Claro que uma divisão, dessa magnitude, tem um certo custo, tanto financeiro como social. Agora, há aqueles que querem tirar proveito da mudança. E o pior é que, alguns deles, são os mesmos que são contra, mas quanto a isso, a sociedade está em alerta, para que grupos interesseiros não venham manchar os bons propósitos e desvanecer as esperanças, principalmente dos jovens, em ver um Pará, um Tapajós e um Carajás bem desenvolvidos.

Dizem os defensores da divisão estadual que se o povo da Grande Belém for inteligente, apoiará o povo do Baixo e Médio-Amazonas, na sua aspiração, e assim, nascerá um Pará forte. Da mesma forma acredita-se que se os habitantes do Leste Paraense apoiarem a causa do Oeste do Pará, passarão a ter o apoio total, em prol do Estado do Carajás, cujos habitantes também merecem progredir. É questão de união. Realmente, só unidos, transformaremos a Amazônia, numa bancada forte, formada por mais governadores, mais senadores, mais deputados federais, e contaremos com o grande diferencial para vencer as dificuldades, que é ter o “Centro de Decisão” mais próximo do povo, com maior força política para aprovação de projetos e emendas constitucionais, atraindo maiores volumes de recursos para toda Amazônia, intensificando as transações comerciais na região. Uma Amazônia com cara nova!

Explicação importantíssima sobre o art. 2º da resolução sobre o plebiscito no Pará

OArt. 2º diz: Serão submetidas a todos os eleitores cadastrados na circunscrição do Estado do Pará as seguintes perguntas:

a) Você é a favor da divisão do Estado do Pará para a criação do Estado do Carajás?

b) Você é a favor da divisão do Estado do Pará para a criação do Estado do Tapajós?

§ 1º Os números 55 e 77 corresponderão à manifestação positiva ou negativa às perguntas apresentadas na urna eletrônica.

No § 2º é que dirime a dúvida. "A ordem como as perguntas figurarão na urna eletrônica, bem como a correspondência positiva ou negativa das combinações numéricas de que trata o parágrafo anterior, serão sorteadas, no mês de agosto." Ou seja, a ordem das perguntas na urnas e se é o 55 ou 77 que corresponderão ao SIM ou ao Não como opção ao eleitor, serão definidos apenas em agosto através de sorteio no TSE.

Não podemos sair por ai fazendo adesivos com 55 ou 77. Só em agosto isso será possível.

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