Plenário rejeita bloco de artigos da lista pré-ordenada

Foto: J. Batista














Não passou na votação em bloco do Projeto Substitutivo da Reforma Política, a proposta de lista pré-ordenada para as eleições proporcionais. Portanto, o eleitor brasileiro continuará a votar em seu candidato de preferência e não numa lista determinada pelos caciques políticos. Encerrada a Sessão histórica para a democracia brasileira, as demais propostas serão votadas na sessões seguintes. Não haverá mais possibilidade de se discutir esse item no Projeto de Reforma Política.

Para o leitor do blog entender na prática o que isso significa, reporto que o PTB, por exemplo, está arregimentando para suas fileiras, de ex-paquitas a costureiros falidos, atrizes de filmes pornôs, à chacretes aposentadas. Uma vergonha e um subterfúgio rasteiro para que a legenda obtenha do eleitor ignorante, o maior número de votos possíveis nas próximas eleições.

Getúlio Vargas deve está revirando na tumba.

Votação por bloco de artigos

Por acordo de Plenário, os deputados votarão agora, nominalmente, por bloco de artigos do substitutivo do Projeto de Reforma Política, de autoria do deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO).

A expectativa é que este grupo de artigo que se refere à lista pré-ordenada seja rejeitada.

Também por acordo, se qualquer artigo for rejeitado, o Projeto de Substitutivo não será apreciado.

Deputados divididos após queda do voto híbrido

Plenário rejeita preferência para sistema híbrido

Na foto de J. Batista, vibrando, o deputado federal Giovanni Queiroz (PDT-PA).

O PDT foi o primeiro partido a rejeitar a proposta de lista fechada.

O Plenário rejeitou há pouco, por 240 votos a 203, o requerimento do PMDB que pedia preferência de votação à emenda substitutiva aglutinativa apresentada por diversos líderes em relação ao texto do relator Ronaldo Caiado (DEM-GO) para o Projeto de Lei 1210/07, da reforma política.




A emenda propõe um sistema híbrido de escolha nas eleições proporcionais. Metade das vagas a que o partido ou federação partidária teria direito seria preenchida obedecendo a ordem da lista apresentada. A outra metade ficaria com os candidatos dessa lista mais votados individualmente pelo eleitor.

Quanto ao financiamento de campanha, o sistema também seria misto, com recursos públicos e recursos privados arrecadados de pessoas físicas.

Governadora começa a repor a ordem

PM cumpre mandado e 150 invasores deixam fazenda no interior

Polícia Militar inicia "Operação Tocantins" no sul e sudeste do Pará Às 6h da manhã desta quarta-feira (27), o comandante de Missões Especiais da Polícia Militar do Estado, coronel Walci Luiz Travassos de Queiroz, conduziu a tropa, composta por 115 homens da PM, para a Fazenda "Landi", situada no município de São João do Araguaia, a 12 quilômetros de Marabá, para dar início ao cumprimento do primeiro mandado de reintegração de posse da "Operação Tocantins". Com cerca de 360 alqueires, a propriedade pertence a José Macena de Miranda e foi invadida pela primeira vez no ano de 1997 por famílias ligadas Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST). Desde então, o poder Judiciário já cumpriu seis mandados de reintegração de posse na área, com o apoio da Polícia Militar do Estado.

Nesta manhã, a PM chegou ao local em companhia dos oficiais de Justiça da Vara Agrária de Marabá, Roberto Souza e Elizeu de Oliveira. Eles informaram aos invasores que a ação expedida pelo juiz Líbio Araújo Moura "é uma decisão que já foi tramitada em julgado, portanto, trata-se de uma sentença definitiva".

"Todos os prazos para as famílias recorrerem da decisão do juiz da Vara Agrária já foram esgotados. Esta é uma decisão definitiva, não cabe mais nenhum tipo de recurso por parte dos invasores, por isso pedimos a todos que recolham os seus pertences e se retirem da propriedade rural", disse Elizeu de Oliveira.

A "Landi" estava ocupada por cerca de 150 pessoas, a maioria mulheres e crianças, ligadas à Federação dos Trabalhadores da Agricultura (Fetagri). A operação de desocupação foi pacífica, sem nenhum tipo de manifestação ou resistência por parte dos invasores e acompanhada de perto pelo coordenador da Fetagri, na região sudeste do Pará, Francisco de Assis da Costa.

A tropa do CME, que integra homens do efetivo do Batalhão de Polícia de Choque, Companhia de Operações Especiais, Regimento de Polícia Montada e Grupamento Aéreo, contou com o apoiou da Delegacia de Conflitos Agrários da Polícia Civil. (Agência Pará)

Quem tem medo da Amazônia?

O DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO DA REGIÃO NORTE EM POUCAS DECISÕES

Por Roberto Limeira de Castro *

DECISÃO 1 - Os governadores do Pará e do Amazonas deixam de morar em países estranhos e marcam uma reunião de trabalho de uma manhã, por enquanto, sozinhos, em Belém ou em Manaus.

DECISÃO 2 – Nesta reunião, tomam a decisão histórica de re-dividir os seus ingovernáveis territórios em mais seis novos Estados (Carajás, Tapajós e Marajó pelo Pará e Solimões, Juruá e Rio Negro pelo Amazonas), transformando, já no decorrer de 2007, dois Estados em oito, conforme aspiração secular de metade da população das duas estagnadas unidades federativas brasileiras.

Com essas duas singelas decisões, os dois heróis regionais dariam à região seis novos governadores, 18 novos senadores e 48 novos deputados federais, 144 novos deputados estaduais e cerca de 100 novas secretarias especializadas para promover o desenvolvimento econômico, o bem estar social da população e a finalmente, a implantação da República nesses territórios desorganizados.

Com essa valiosa representação popular democrática, os 12 Estados da região, incluindo Tocantins, Rondônia, Acre, Roraima, Amapá, além do Pará, Amazonas e os seis novos Estados, exigiriam a injeção nas verbas do PAC ou de outra rubrica qualquer, de R$ 12 bilhões para implantação acelerada e imediata das novas unidades federativas.

A Constituição Federal é cristalina quanto a essa decisão que cabe exclusivamente ao povo e aos poderes legislativos locais, através de plebiscito, com o reforço e os incentivos dos executivos dos Estados divididos e sem ter que bater biela para o Rio e S.Paulo, ou Brasília.

Tomadas essas duas únicas decisões, os seis novos governadores eleitos a partir de 2008 se reuniriam com os seis governantes já existentes e convidariam investidores do Brasil e do mundo para produzir petróleo sintético, a partir do gás synthol (carvão de madeira + vapor d’água em reatores Fischer-Tropsch, igual ao que a Shell e a Sasol já produzem na África do Sul e na Malásia) e etanol da celulose da madeira (que os países nórdicos já produzem a partir de suas florestas). A preferência seria dada à Petrobrás, aos usineiros nacionais e aos empresários locais.

Segundo dados fornecidos pelo cientista Antonio Manzi do LBA/INPA, a reserva de energia solar renovável já armazenada na floresta amazônica através do processo de fotossíntese monta a 100 bilhões de toneladas de carbono.

Através de cálculos comezinhos essa energia acumulada poderia produzir cerca de 120 trilhões de litros ou 750 bilhões de barris de petróleo sintético tipo Brent venezuelano com eficiência de 60%, o que equivalem a cerca de 1.000.000 (um milhão de dias) de toda a produção brasileira de petróleo que é de aproximadamente 900.000 barris de petróleo diários ou 143,1 milhões de litros/dia durante cerca de 23 séculos. Essa reserva total correspondente a 750 bilhões de barris do mais valioso petróleo tem um valor estimado de US$ 45 trilhões ou R$ 90 trilhões, ou ainda, todo o PIB atual brasileiro de 45 anos, o atual PIB paulista de 225 anos ou PIB de hoje da região norte por 10 séculos.

Apenas para se ter uma idéia desses números de maneira mais sucinta, segundo dados da OPEP a produção mundial das 41 maiores Nações produtoras de petróleo somadas, no pico de produção, seria de 31 bilhões de barris/ano, o que daria à reserva amazônica estática, sem se plantar uma única árvore, toda a produção mundial de petróleo anual por 24 anos consecutivos, aproximadamente, no pico.

Não podemos esquecer que brotam diariamente na floresta amazônica milhões e milhões de novas árvores, em número muito superior ao desmatamento e que através do manejo sustentável, a reserva amazônica de energia limpa e renovável seria infinita.

Com usinas de produção de combustíveis limpos e renováveis em sistema de manejo florestal científico, apenas para enfatizar, sem sequer arranhar a floresta amazônica, em pontos estratégicos de onze Estados, a região passaria a produzir petróleo Brent sintético e etanol para abastecer todo o mundo, além dos seus subprodutos, o que daria ao ateador de queimadas o atestado de maluco juramentado com direito a passar o resto da vida em manicômios judiciários construídos na região, especialmente para eles.

Apenas para brincar com a riqueza amazônica, esses 11 governadores poderiam se dar ao luxo de instalar estações de tratamento de água de alta eficiência em terras contíguas a foz do Rio Amazonas e em vez de permitir o desperdício de jogar 100% de toda a água doce nas águas salgadas do Oceano Atlântico, aproveitaria 5% dessa reserva mundial para abastecer o Brasil e o mundo com água mineral, cujo preço no mercado mundial é de U$S 100 o barril, US$ 40 a mais que o petróleo, dobrando o PIB petrolífero.

Ah! Não esquecer! Construir doze noves estádios iguais ao Mangueirão e dar de presente aos 14 maiores clubes da região, com os dois estádios já existentes, e colocar todos esses clubes na série A do Campeonato Brasileiro de Futebol, apenas para diversão de sua população.

A previsão pessimista é que, tomadas as decisões básicas, estaríamos inaugurando, até o final dos mandatos dos governadores – atuais e novos - o asfaltamento das vias expressas Cuiabá-Santarém, da Transamazônica completa, da nova Macapá-Manaus, da Macapá-Marabá via Gurupá, da Manaus-Porto Velho e de outras estradas ligando os novos Estados, com mãos duplas de 08 vias cada, todas dotadas de jardins iluminados nos canteiros centrais.

Quanto à geração de emprego e renda e o melhoramento das condições republicanas da população local em todos os indicadores sociais e econômicos, seriam uma conseqüência do desenvolvimento econômico e da arrecadação de impostos multiplicados por dez ou vinte.

Trata-se de uma escolha econômica e ecológica elementar. Escolher entre produzir 3 toneladas de soja por hectare a US$ 250,00/ton num montante total de US$ 750,00 jogando toneladas de carbono na atmosfera ou receber o mesmo valor pela floresta em pé sem mover uma palha, o que proporcionaria à usina uma produção de 7500 litros de etanol de celulose no valor de US$ 2.500,00 ou 45 barris de petróleo Brent por US$ 2.820,00, contra a produção de 2500 litros de etanol ou biodiesel das culturas rasteiras do tipo fotossintético C3 (Cana-de-açúcar, mamona, girasol, etc.) por hectare, por apenas US$ 500,00.

Daí, a decisão da Usaid de arrecadar dólares entre os gringos para comprar cada palmo de chão amazônico e engessar a região para sempre.

Enquanto os nossos governadores não tomarem essas decisões básicas do que desejam para a Região Norte e os seus povos, os patriotas do Ibama com os seus aliados Lobbys-Ongs alienígenas e inocentes úteis tupiniquins de todos os quilates, irão fazendo as suas partes.

Ou será que existe alguma força descomunal para deter a tendência mundial à urbanização que se reproduz em todas cidades grandes e médias de toda a região amazônica.

* Roberto Limeira de Castro é economista

O boi no brejo

Torquato Guadêncio, cientista político e jornalista, colunista dominical no jornal O Estado de S. Paulo.





Quarta-feira, 27 de junho de 2007 - Migalhas nº 1.683.

COITADA DA BEZERRA

Marcos Valério, o publicitário careca, para justificar contas astronômicas valeu-se do gado. Disse que eram recursos oriundos da venda de bovinos. O senador Renan Calheiros seguiu a trilha do curral e, da mesma forma, inflacionou a arroba da carne bovina. Alagoas é campeão nacional do gado de primeira. O senador Roriz também foi buscar no pasto o argumento para cobrir um cheque de R$ 2,2 milhões que recebeu de Nenê Constantino, dono da empresa aérea Gol. Ou seja, na ausência de uma boa prova, chama-se a bezerra.

A IMAGEM DO PECUARISTA NO BREJO

A cada novo escândalo envolvendo boi no pasto ou bezerra premiada, o maior perdedor é o bom pecuarista, aquele que cumpre as normas, tem Declaração do Nascimento do Gado (DNG) e Guia de Transporte Animal (GTA). E a imagem do bom pecuarista se atola no brejo.

Artigo sobre Reforma Política

O deputado federal Antonio Carlos Mendes Thame (PSDB-SP), enviou para o blog artigo político que publico abaixo.

Melhorar a qualidade da representação política

Antonio Carlos de Mendes Thame*

O atual sistema de eleição de deputados federais e estaduais apresenta dois graves inconvenientes: o elevado custo das campanhas eleitorais e a diluição da representatividade, em decorrência da dispersão geográfica e da diversidade de reivindicações e demandas políticas daí advindas. Em virtude desse afastamento, o acompanhamento e a cobrança das atividades dos deputados eleitos praticamente inexiste.

Tomemos o Estado de São Paulo, como exemplo. Um candidato a deputado estadual ou federal deve comunicar que é candidato para quase 30 milhões de eleitores. Só para isso, só para contar que é candidato, o custo já é extremamente alto. Fazer campanha em todo o Estado é desumano. Caro e desumano. Candidatos por isso perdem grande parte do tempo procurando empresas para financiar sua campanha. Tempo que seria mais bem empregado para apresentar propostas e manter contatos diretos com os eleitores. Além disso, poder ser votado em regiões distantes do seu domicílio eleitoral contribui para piorar a qualidade da representação política, pois permite o voto em quem não se conhece. Alguns deputados acusados de receber mensalão ou de serem "sanguessugas" tiveram pequena votação no seu domicílio eleitoral, mas foram reeleitos em 2006, porque tiveram votos espalhados por todo o Estado. Como isso foi possível? Realizando campanhas caríssimas, contratando " cabos-eleitorais" em todo estado para obter votos junto a eleitores com os quais não tem identidade. Se só pudessem ser votados no distrito em que moram, dificilmente seriam eleitos.

Por outro lado, há ampla polêmica quanto ao novo modelo a ser adotado. Pelo menos duas alternativas vêm sendo discutidas nos últimos dias. Uma delas é a lista fechada. O eleitor passaria a votar em listas elaboradas pelos partidos. Essa proposta permitiria o financiamento público das campanhas, já que só os partidos receberiam recursos. Fortalece os partidos, mas tira do eleitor a possibilidade de escolher o seu deputado. Coloca nas mãos da burocracia partidária toda a força para indicar os que serão eleitos. Os primeiros nomes da lista deverão ser os mais conhecidos, servindo para "puxar" votos. O terceiro, o quarto, o quinto nome, porém, poderão ser fruto de barganhas espúrias, trazendo para dentro do partido um processo de degradação e corrupção. Além disso, invariavelmente, dificultaria muito a renovação e o surgimento de novas lideranças.

A alternativa apresentada é a do voto distrital. Com o voto distrital puro, dividindo o Estado de São Paulo, cuja bancada federal é de 70 deputados, em 70 distritos, cada distrito elegeria um deputado pelo sistema majoritário. Tem inegáveis vantagens: aproxima o eleitor dos eleitos, dimunui o custo das campanhas e facilita o acompanhamento e fiscalização dos trabalhos dos eleitos. O inconveniente, porém, é que isso exige uma emenda à Constituição Federal, com aprovação pelos votos de três quintos da Câmara e do Senado, em duas votações.

Outra hipótese é a do voto distrital misto: uma parte, digamos 80% das cadeiras, seriam disputadas nos distritos e 20% seriam preenchidas por lista fechada dos partidos.

Assim como no caso do distrital puro, a mudança para distrital misto também exige mudança na Constituição Federal.

Para contornar esta dificuldade, apresentei o projeto de lei 7537/06, instituindo o voto proporcional distrital. A proposta mantém o sistema proporcional, sendo que cada estado Definirá o número de distritos. Teríamos, no mínimo, dois eleitos em cada distrito e, no máximo, o correspondente à metade das cadeiras disputadas. Por exemplo: São Paulo, com 70 deputados federais, poderá ter no mínimo dois ou no máximo 35 distritos, de tal forma que em nenhum distrito haja a disputa de apenas uma cadeira. Se tivéssemos, por exemplo, sete distritos, cada um elegeria 10 deputados federais. Tal modelo não impede a eleição de candidatos temáticos que, sem identificação com temas locais, teriam maior dificuldade de serem eleitos em uma eleição distrital pura. Combina-se a possibilidade de eleger candidatos de fato próximos a uma dada base eleitoral, conhecido por seus eleitores até pessoalmente, com a possibilidade de preservar a candidatura de quem fizesse sua campanha em base a temas que empolgassem o eleitorado, pois se houvesse mais de um bom candidato na circunscrição, os mais bem votados seriam eleitos, e não apenas um único mais bem votado de todos.

Dessa forma, poderão ser diminuídos imensamente os custos das campanhas. Com sete distritos, em São Paulo, estaríamos diminuindo em 85% estes custos. Com 10 distritos, diminuindo em 90%! O voto proporcional distrital agregaria três expressivas vantagens: a proximidade do eleitor com os candidatos, a maior fiscalização da atuação dos eleitos e a redução dos custos de campanha.

Esse é um projeto factível, por não exigir emenda constitucional. Pode ser aprovado por lei ordinária. O projeto não contraria o sistema proporcional determinado pela Constituição da República, apenas modifica o critério para delimitar as circunscrição eleitorais, razão pela qual sua aprovação implica a revogação do artigo 86, da Lei n.º 4.747, de 15 de julho de 1965. É um projeto que só tem vantagens. Há quem alegue dificuldades para definir o tamanho dos distritos, inconveniente que também teria que ser enfrentado no caso do voto distrital puro ou misto.

A proposta é de grande simplicidade, resumindo-se, na prática, à redução da abrangência do Colégio eleitoral, que hoje são os estados, para circunscrições, distritos eleitorais menores em que os e estados se subdividirão.

Por último, há críticos que reconhecem a vantagem do voto proporcional distrital, porém acham necessária uma reforma mais radical. Nossa contestação é que o importante é mudar para melhor. Mesmo que não se corrijam todos os problemas , enquanto o voto em lista é um " tiro no escuro", contendo incógnitas que podem transformá-lo em brutal retrocesso, o voto proporcional distrital significa um concreto avanço, com vantagens inegáveis.

Antonio Carlos de Mendes Thame é deputado federal (PSDB/SP) e professor (licenciado) do Departamento de Economia da ESALQ/USP.

e-mail: dep.mendesthame@terra.com.br

Ainda temos uma pequena reserva moral

VERGONHA NACIONAL CONTINUA!!!!!
Jefferson Peres: "A Casa está desmoronando"

Quarta, 27 de junho de 2007, 09h43

Raphael Prado

Marcello Casal Jr./Agência Brasil


















Jefferson Peres (PDT-AM), desanimado com os últimos acontecimentos no Senado, diz que não quer mais continuar na Casa
- A Casa está desmoronando.
É com essa visão fatalista (e realista) que o senador Jefferson Peres (PDT-AM) inicia a entrevista a Terra Magazine. Ele se mostra completamente desiludido com o Senado Federal, com os últimos acontecimentos no Conselho de Ética - e o mais recente foi a renúncia do presidente, Sibá Machado (PT-AC).

Peres está desanimado com "a farsa" montada no caso do senador Renan Calheiros (PMDB-AL), que vem refutando a idéia de renunciar à presidência da Casa enquanto é investigado. Tão desanimado que anuncia o fim da carreira pública federal:
- Podem pensar o que quiserem, que é fuga, mas eu não quero voltar para o Senado Federal. Não quero. Encerro aqui. Posso até ser vereador em Manaus, mas senador eu não quero mais.
Jefferson sentencia:
- O Senado está no chão.
O senador não tem esperanças que algo vá mudar com a renúncia de Sibá Machado. Acha que o processo vai ser arquivado e tudo continua como está. Diz que os senadores realmente indignados são "4 ou 5".

Leia a entrevista exclusiva do senador a Terra Magazine:

Terra Magazine - O que é que está acontecendo nesta Casa, senador?
Jefferson Peres - A Casa está desmoronando, desmoronando... o nível todo do Senado caiu muito. Do Parlamento em geral... São pessoas que não têm espírito público, que querem apenas usufruir o poder e a qualquer custo. Desculpe o meu diagnóstico pessimista.
Desde que começou o processo contra o senador Renan, a sociedade nota que tudo parece uma grande farsa: a imprensa finge que está fazendo um trabalho de cobertura, os senadores fingem que estão trabalhando...
É um jogo de faz-de-conta, é uma farsa tudo isso. Como é que a imprensa toda não cobra, principalmente em editoriais, que refletem a opinião dos jornais, que ele, o Renan, não pode ficar na presidência do Senado sendo investigado, interferindo nas decisões do Conselho de Ética? Isso é um escândalo e não parece ser um escândalo! Ontem, afinal, o Democratas saiu do muro e definiu, assim mesmo com pressão de deputados, pedir a saída dele (de Renan Calheiros da presidência).
E como fica agora para alguns parlamentares sensatos - e felizmente ainda temos alguns - cobrarem que o processo seja mantido?
Nós, senadores que nos indignamos com isso... os realmente indignados, somos 4 ou 5. Ficamos muito isolados, eu me sinto cada fez mais solitário e desconfortável na Casa. Podem pensar o que quiserem, que é fuga, mas eu não quero voltar para o Senado Federal. Não quero. Encerro aqui. Posso até ser vereador em Manaus, mas senador eu não quero mais. O Senado está no chão.

Dá um sentimento de impotência até?
Impotência, impotência. Porque você vê que é geral. O Renan é presidente do Congresso Nacional e poucos deputados também reagem contra isso. Enfim, é um abastardamento dos costumes políticos impressionante.

O senhor vê perspectiva de mudança nos próximos dias?
Não, nos próximos dias não. Eu não acredito. Eu acho que eles vão encerrar o processo, arquivar e tudo continua como está. Mas eu vou defender hoje que o vice-presidente do Conselho de Ética (senador Adelmir Santana, do DEM-DF) assuma a presidência. Ele é presidente para todos os efeitos, até ser eleito o novo.

Ele é do Democratas, que defendeu a renúncia de Renan Calheiros à presidência da Casa. Diante disso, alguma coisa pode melhorar?
Talvez, se ele se dispuser e exercer as funções. Eu tenho medo que ele fuja também. É preciso imprensá-lo. Ele tem que responder pela presidência e praticar todos os atos. Se ele não fizer isso, é um omisso.

Tadinha dela
























Paris' Post-Prison Runway Walk
Detail´s here>>

O bloger acha essa capetinha linda!

http://www.tmz.com/2007/06/26/paris-post-prison-runway-walk/

Os empresários brasileiros contra Chávez

Foto: Francesco Spotorno/Reuters











Os dois principais diários americanos, The New York Times e Wall Street Journal, dão destaque à decisão das companhias petrolíferas Conoco Phillips e Exxon Mobil de deixarem a Venezuela por discordarem da nova lei de concessões.

Hora perfeita, mostra o Valor para que a Confederação Nacional da Indústria envie cartas aos senadores pedindo o veto a entrada da Venezuela no Mercosul. Os empresários dizem temer que as posições políticas do presidente Chávez atrapalhem o bloco nas negociações com grandes mercados, como União Européia e EUA. É pretexto. Na verdade, essa é uma discussão política. Hoje, a indústria brasileira hoje tem mais lucro vendendo para a Venezuela do que para a Índia.

Tão atual!

MONARCAS DE BRASÍLIA

(Junho, 2007)

“É impossível para um homem aprender aquilo que ele acha que já sabe”.

(Epíteto)

És a glória talvez! Talvez a morte!...

O diálogo mais repisado em Brasília:

Lobista - Preciso falar contigo.

Monarca - Boas mensagens?

Lobista - Espero-o às 20 horas no lugar de sempre.

Monarca - Você reserve e certifique-se que não seremos vistos.

Lobista - Este lugar sempre nos serviu bem. Temos dois candidatos interessados na construção das usinas.

Monarca - Ruim, , muita concorrência.

Lobista - O edital fala de duas usinas.

Monarca - Ah! Que bom. E já se acertaram?

Lobista - Claro! Só que nós resolvemos que haverá um sobre-prêço, adicional “mixuruco, para garantir a seguinte divisão: Monarca 20 %, Partido do monarca 10 %, Para você, Patrono das obras 10 % e para os Eventuais (congresso, outros monarcas, jornalistas) 10 %.

Monarca - Fechadíssimo.

Ao se despedirem, o lobista aconselhou o interlocutor a manter sigilo porque estas mesmas usinas, do outro lado do oceano, são construídas apenas com uma terça parte dos recursos que orçamos para estas duas.

O monarca estrelado, totalmente blindado, apenas sem coroa, muito amigo do coroado Gautama Buda, pensa sem dizer nenhuma palavra: todos sabem ser o empreiteiro mais pobre de todos os que disputam obras públicas, ele só está na parada de pequenas construções. Buda espiritualizado ou não, é peixe pequeno que está aflito porque não conseguiu blindar a sua empresa; as posses não permitiram fazer grandes “doações”.

As grandes empreiteiras, hoje são até banqueiros, exatamente aquelas que doam milhões para os fundos partidários, conhecidos como sobra de campanha; estão sempre misturados com o poder, eles e os poderes subservientes, para quem não os conhece, vendo-os em seus relacionamentos seria lógico pensar que se aquecem no mesmo cobertor.

Quanto mais o cobertor aquecia, mais exigências de verba e maior carga tributária, pouco importa o empobrecimento do povo e a conseqüente falta de crescimento. Único aquecimento que acontecia era nos cofres das empreiteiras e dos corpos sob o mesmo cobertor. Os controles de qualidade das obras eram subservientes e pagos para calar.

“Quem és tu? Quem és tu? És minha sorte!

É’

És talvez o ideal que est’alma espera!

És a glória talvez! Talvez a morte!... (Castro Alves)

Se a poesia estivesse sendo escrita no momento, em que tantos monarcas tomam conta de Brasília, o poeta, com certeza, declararia: Vossas mãos estão cheias de dinheiro público, cheias de dinheiro roubado, cheias de sangue dos mortos, vocês são a própria morte;. Vocês mentiram, estenderam uma casca de cebola, deram-lhe o nome de asfalto e produziram muitas placas: BR-buraco, BR-roubo, BR-caixinha, BR-vitória eleitoral, BR-prédio de Miami, BR- garanti o meu, os outros que se fodam.

ARISTÓTELES escreveu em 360 a.C: “A grandeza não consiste em receber honras, mas em merecê-las”.

Do mesmo autor: “Critique menos, trabalhe mais. E, não se esqueça nunca de agradecer.

Atenção! Aristóteles não viveu no Brasil e nunca imaginou os desmandos que aconteceriam de 1986 até hoje.

Ah! Que inferno.

Walter Marquart

Cx. Postal, 45

Águas de São Pedro - SP

PS

JK, um “peixe vivo, percebeu que para vencer a olimpíada da corrupção teria que seguir rumos diferentes dos exemplos europeus.

Parafraseando Quércia: QUEBROU O PAÍS, mas o monstro está lá, chama-se Brasília.

Os japoneses, “povo retardado”, não pensaram como JK. No lugar de sonhar, modernizaram a sua Capital, dotaram-na do necessário transporte de massas. No lugar de acabar com as suas ferrovias, planejaram, construíram e inauguraram o trem bala.

Nossa Capital de então, para o mundo e para nós uma cidade maravilhosa, degradou, degradou... O luxo de Brasília pode, e deve ser culpado de termos ordenado que a cidade maravilhosa se tornasse um inferno. é!

Os ratos do orçamento público e os Monarcas não toleram a idéia de que o Brasil deixe de lhes proporcionar bem-estar, luxo, conforto e licença para desenvolver o perdularismo.

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