Crescimento consolida a pecuária
Vergonha para o setor
"Acusado no Pará de marcar empregado com ferro em brasa, como se ferra gado, o fazendeiro Gilberto Andrade foi preso ontem pela Polícia Federal, em Paragominas, por outra ação do MP federal, por trabalho escravo. A PF cumpriu mandado de prisão da Justiça Federal do Maranhão e ontem mesmo escoltou o pecuarista para São Luís, onde era considerado foragido de Justiça. Aqui, na ação do procurador da República Igor Nery Figueiredo, Andrade responderá por tortura e escravidão contra o empregado."
Gilberto Andrade é tudo o que o produtor nacional não pode nem imaginar em ser e agir.
No ano 2000 os Sindicatos de Produtores Rurais de Redenção e Marabá, com apoio da Faepa e da CNA, lançaram um programa de discussões através de seminários e encontros ruralistas para alertar os problemas que atingiriam o setor em relação ao problema das relações de trabalho.
A atividade é importantíssima para o Estado do Pará e para o país.
O agronegócio cresceu quase 8% em 2007 e a expansão foi equilibrada dentro da porteira.
O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio brasileiro – estimado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Universidade de São Paulo (Cepea/USP) – apresentou crescimento de 1,61% em dezembro, acumulando 7,89% de crescimento no ano. Os segmentos básico e de insumos, que acumularam aproximadamente 12% de crescimento cada um, foram os principais responsáveis por esse desempenho satisfatório do agronegócio brasileiro em 2007.
Ao contrário de 2006, a pecuária destacou-se nesse ano.
Enquanto o agronegócio da agricultura cresceu 1,52% no mês, acumulando 6,78% em 2007, o PIB do agronegócio da pecuária cresceu 1,84% em dezembro e 10,72% no acumulado do ano. Nos dois setores, o efeito do aumento de preços predominou no crescimento do PIB.
O setor pode comemorar o ano de 2007. Quanto a 2008, apesar das turbulências iniciais, geradas pelos problemas do setor imobiliário nos Estados Unidos, as perspectivas são otimistas. Para o agronegócio, a expectativa é de mercado firme, tanto interna como externamente. Mas um crescimento mais rápido do que em 2007 – ou na mesma velocidade – poderá esbarrar em deficiências de infra-estrutura e em pressões dos custos, como no caso dos fertilizantes.
Portanto, não há motivos para produtores rurais estarem as voltas com as manchetes dos jornais com acusações de trabalho escravo e tortura de funcionários como é o vergonhoso caso do fazendeiro Gilberto Andrade. Nada justifica tal barbaridade.
Fazendeiro acusado de matar Dorothy Stang é absolvido
Já Rayfran das Neves Sales, acusado de ser o executor do crime, foi condenado a 28 anos de reclusão. Este foi o terceiro julgamento de Rayfran.
Eduardo Imbiriba, o advogado de Vitalmiro Moura, negou em sua defesa que seu cliente fosse autor do crime e cobrou sua absolvição. Ele afirmou que não existe nenhuma prova concreta no processo contra Moura, mais conhecido como Bida.
Já Marilda Cantal, defensora pública de Rayfran Sales, afirmou que o crime não foi encomendado e que seu cliente só atirou na missionária por que se sentia pressionado por Dorothy e pelos colonos apoiados por ela.
A missionária norte-americana Dorothy Stang foi morta a tiros na zona rural de Anapu em 12 de fevereiro de 2005.
Carlos Ayres Britto assume TSE e diz preferir encarar o desafio de estender as regras da propaganda eleitoral às novidades da Internet
Um ministro antenado com seu tempo é um justo resumo do novo presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Carlos Ayres Britto que assumiu há pouco substituindo Marco Aurélio Mello.
Nesta entrevista, concedida com exclusividade ao site Última Instância, Ayres Britto diz preferir encarar o desafio de estender as regras da propaganda eleitoral às novidades da Internet do que simplesmente ignorá-las. “Quando o direito ignora a realidade, a realidade dá o troco e passa a ignorar o direito”.
Ao contrário do ministro Marco Aurélio Mello, que se dispôs a discutir sobre questões gerais presentes na mídia durante sua presidência no tribunal, Britto avalia que sua relação com a imprensa deve ser mais cautelosa.
“Cada cabeça uma sentença. Eu tenho o estilo de me comunicar bem com a imprensa, na medida da necessidade de levar ao público o conhecimento daquilo que ao público interessa”, disse.
Britto defendeu a modificação de regras em ano eleitoral, desde que essas alterações sejam por força de interpretações das leis já existentes.
“Os fatos são tão dinâmicos que nos propiciam ver uma velha regra por um ângulo normativo novo. Isso é o que se chama de atualizar as interpretações do direito. Isso é possível.” Sobre as proibições às campanhas eleitorais, o ministro disse acreditar que não se pode inibir demasiadamente o contato do candidato com o eleitor. “Eleição é também uma festa democrática, um momento de exaltação do civismo e da soberania popular.”
Durante cerca de 40 minutos, Ayres Britto respondeu às perguntas sem deixar de atender as ligações de seu celular. “Quando se tem filhos não se pode desligar”, disse, bem-humorado, ao mesmo tempo em que se preocupava com a clareza das respostas das perguntas. “Eu não sou fácil de entrevistar, mas sou sincero.”
Leia o perfil do novo presidente do TSE
Leia a seguir os principais trechos da entrevista:
Última Instância — Quais os principais desafios que espera enfrentar no comando do TSE e como pretende solucioná-los?
Carlos Ayres Britto — Sou uma pessoa de espírito aberto, sempre disposto a converter dogmas em problemas e, por conseqüência, em desafios. A minha predisposição é de encarar o que vier. À Justiça Eleitoral está reservado um papel tão fundamental quanto insubstituível, que é acima de tudo planejar, executar e julgar o processo eleitoral brasileiro a cada dois anos.
O desafio é conciliar o direito com a vida, que é cambiante, surpreendente, irreprimivelmente.
Vale dizer que o vínculo entre a classe política e a população é umbilical e o povo merece o melhor. O nosso papel na Justiça Eleitoral é impedir a degradação dos sistemas políticos em última análise. Essa contribuição eu tenho certeza que darei com o melhor da minha vocação, do meu empenho. É uma honra muito grande servir à Justiça e ao povo mediante o exercício da presidência do Tribunal Superior Eleitoral.
Última Instância — O ministro Marco Aurélio Mello esteve muito presente na mídia, comentando diversos assuntos. O senhor pretende manter essa relação com a imprensa?
Carlos Ayres Britto — Cada cabeça uma sentença. O homem é o estilo, o estilo é o homem, dizia Buffon. Eu tenho o estilo de me comunicar bem com a imprensa, na medida da necessidade de levar ao público o conhecimento daquilo que ao público interessa.
Última Instância — A Resolução 118, que impede a obtenção de certidão de quitação eleitoral para aqueles que tiverem as contas desaprovadas, muda completamente o cenário anterior. Essa regra deve valer para essas eleições?
Carlos Ayres Britto — Meu estilo é de evitar comentários sobre questões processuais ainda pendentes de julgamentos. Uma vez proferida a sentença, me sinto à vontade para debulhar o respectivo conteúdo e aclarar para o público o significado da decisão. Prefiro aguardar o julgamento do colegiado, mas lembro: a Justiça Eleitoral é mais dinâmica do que os outros ramos do Poder Judiciário, porém, sem prejuízo daquele mínimo de segurança jurídica enquanto elemento conceitual do próprio Estado de Direito.
Última Instância — Há uma discussão sobre impedir candidaturas pela existência de processos criminais. Qual a opinião do senhor sobre isso?
Carlos Ayres Britto — Já temos uma decisão formalmente proferida pelo TSE na matéria. O TSE, por quatro votos a três, entendeu que o direito à presunção de não culpabilidade em matéria penal se comunica à esfera eleitoral. O que prevalece neste momento é essa decisão.
Admito, porém, que o tema é muito importante e deverá tornar à apreciação do TSE sob a forma de processo formal e aí, se for o caso, teremos a oportunidade de reestudar a questão, agora sob nova composição dos ministros do TSE. Inclusive já se anuncia o revolver do tema sobretudo a partir do Tribunal Regional do Rio de Janeiro. Aguardemos, portanto, esse relançar das teses prós e contras.
Última Instância — Como foi o voto do sr. neste caso?
Carlos Ayres Britto — O meu voto foi no sentido de que no ordenamento jurídico constitucional existe uma regra implícita de habilitação da Justiça Eleitoral para apreciar a vida pregressa do candidato quando do pedido de registro da candidatura dele. A Constituição fala de candidato no sentido coloquial de cândido, puro, pessoa depurada do ponto de vista ético.
Não se pode deixar de reconhecer que o povo merece o melhor em termos de representante e esse melhor começa por uma vida pregressa, livre de números avultados de processos criminais e ações de improbidade administrativas.
Pelo meu voto, há duas modalidades de inelegibilidade. Uma é a inelegibilidade originária, que se afere quando da apreciação do pedido de registro de candidatura e outra é a inelegibilidade superveniente que já pressupõe o exercício cargo pessoalmente ou por um terceiro cônjuge ou parente. É preciso trabalhar com a inelegibilidade relacionada à vida pregressa do candidato e neste caso, a inelegibilidade muda de nome e passa a se chamar condição de elegibilidade.
Última Instância — Há uma expectativa grande quanto à resposta do TSE sobre a propaganda eleitoral pela Internet, bastante usada na última eleição. É possível que mesmo nessa fase do ano eleitoral os ministros limitem a propaganda ao site dos candidatos?
Carlos Ayres Britto — Esse é outro tema recorrente, porque a mídia ampliou suas fronteiras para abarcar também a comunicação eletrônica. É um desafio que temos pela frente de saber até que ponto é possível estender a essa mídia eletrônica, hoje globalizada, as regras usuais de regulação da atividade midiática em tema eleitoral.
O fato é que já tivemos uma Idade Média e agora estamos no centro de uma Idade Mídia a desafiar o direito para uma devida regulação que signifique acima de tudo preservar o postulado da paridade de armas por igualdade de meios entre os disputantes de cargo eletivo. É um tema fascinante a desafiar nosso senso de Justiça material e nossa capacidade de interpretar o direito como um todo.
Última Instância — Há um parecer neste caso que diz "o que não é previsto é proibido". Qual é a opinião do sr. sobre essa conclusão?
Carlos Ayres Britto — Eu parto de um pressuposto como operador jurídico: quando o direito ignora a realidade, a realidade dá o troco e passa a ignorar o direito. Isso é extremamente perigoso. Sou uma pessoa muito atenta à realidade e procuro buscar respostas normativas para tudo que acontece empiricamente. Muitas vezes o ordenamento jurídico não padece de déficit de normatividade. Nós os seus intérpretes é que padecemos de um déficit de interpretatividade.
Eu nunca respondo que o direito não tem resposta para isso. Eu procuro por todos os meios buscar no ordenamento jurídico uma resposta normativa para todo e qualquer problema. A priori eu não descarto a ausência de norma jurídica.
Eu procuro queimar a pestana para não deixar o real sem revestimento normativo e isso é uma questão de estilo. Neste caso, eu acredito que o direito tem sim como se aplicar aos novos fenômenos midiáticos, mas vamos ouvir o Colegiado e buscar a contribuição dos pares, que são pessoas muito experientes e muito comprometidas com o processo democrático. Vamos aguardar.
Última Instância — O telemarketing também foi questionado nessa consulta. É possível impedir o uso dessa ferramenta mesmo sem que haja qualquer regulamentação sobre o assunto?
Carlos Ayres Britto — O nosso a priori lógico é preservar a igualdade entre os competidores da preferência do eleitor e tudo que significar um desequilíbrio nesse processo competitivo desperta da nossa parte uma reação, ou seja, uma postura reativa desfavorável. Onde quer que se ache um meio desequilibrador da disputa eleitoral favorecendo um e desfavorecendo outros, desperta em cada um de nós uma reação.
O papel da Justiça eleitoral é, entre tantas outras coisas, velar por esse equilíbrio, essa paridade competitiva. Aqui e ali, seja qual for o meio, o processo ou o instrumento, onde se dê um desequilíbrio evidentemente injusto, passa a suscitar uma reação da Justiça eleitoral. A minha postura priorística é essa, mas vamos esperar que o caso aflore no Colegiado para uma discussão coletiva e um equacionamento também coletivo da questão.
Última Instância — Há alguma previsão para que essa consulta entre na pauta e seja respondida pelos ministros?
Carlos Ayres Britto — Não que eu saiba.
Última Instância — Como ocorreu com a verticalização, mudar as regras em ano eleitoral pode criar uma insegurança jurídica muito grande. Há regras que permitem essas mudanças?
Carlos Ayres Britto — A Constituição tem o conhecido princípio da anualidade, impeditivo de alteração no processo legislativo eleitoral. A lei que alterar o processo eleitoral pode entrar em vigor na data da sua publicação, mas somente se aplica à eleição que ocorrer até um ano da data de vigência dessa lei.
Mas é a lei, não a interpretação da lei. Nós podemos dar a lei uma interpretação atualizada, mais correta, mais consistente do que a interpretação anterior. De maneira que isso não muda a lei, muda a percepção do seu conteúdo e da sua finalidade. Os fatos são tão dinâmicos que nos propiciam ver uma velha regra por um ângulo normativo novo. Isso é o que se chama de atualizar as interpretações do direito. Isso é possível. A Constituição não proíbe.
Pelo contrário, a Constituição, feita para a realidade, se deseja conciliada com essa realidade permanentemente. Eu volto a dizer que quando o direito ignora a realidade, a realidade costuma dar o troco. Esse descompasso entre o direito e a realidade é o que de pior pode haver para a vida social.
Eu sei que isso para quem não é da área jurídica significa insegurança, instabilidade, mas é isso mesmo. Não se pode crucificar no madeiro de uma ortodoxa segurança toda idéia de avanço, toda idéia de progresso, toda idéia de modalidade social. Então a idéia de avanço, de progresso, de mobilidade social passa a prevalecer sobre a idéia também válida e louvável de segurança. O avanço e a segurança vivem em permanente fricção, em permanente tensão e o nosso papel é esse, de ir conciliando.
Chega um ponto em que você muito formalisticamente, para homenagear a segurança, refreia o avanço da vida. Isso não está correto. Outras horas você percebe que aquele avanço corresponde a uma idéia cujo tempo chegou. Então a gente modifica a interpretação do direito e concilia o direito com a vida. Isso no direito eleitoral é particularmente recorrente.
Última Instância — As regras firmadas nas últimas eleições limitaram bastante a propaganda eleitoral, proibindo showmícios e distribuição de brindes. Também nessas eleições foi eleito um número significativo de cantores, atletas e pessoas com alguma projeção na mídia. A restrição do livre debate pode ter relação com esse resultado?
Carlos Ayres Britto — Nós transitamos sempre em matéria eleitoral sobre um fio de navalha, porque há valores a considerar negativos e positivos. De uma parte é preciso mesmo impedir o estardalhaço, a agressividade apelativa do candidato, praticamente assediando e sufocando o eleitor e assim impedindo que ele disponha daquele mínimo de tempo, de espaço e reflexão para decidir livremente, conscientemente.
De outra parte, não se pode inibir demasiadamente esse contato do candidato com o eleitor, que afinal eleição é também uma festa democrática, um momento de exaltação do civismo e da soberania popular.
A cada eleição nós nos debruçamos sobre novos valores, novos processos de interação do candidato com os eleitores e esse dinamismo por vezes estonteante. A Justiça Eleitoral é sempre orientada para a depuração ética e democrática do processo eleitoral. O que nos impele, nos impulsiona e que nos move é essa preocupação com o aperfeiçoamento do processo democrático sobre dois preponderantes vetores: o vetor democrático e o vetor ético. Daí que antecipar soluções é sempre temerário. A Justiça Eleitoral mais que todas as outras é como que orteguiana, para lembrar Ortega y Gasset, filósofo espanhol, que nos legou a frase "eu sou eu e as minhas circunstâncias".
É impressionante como em matéria eleitoral a vida é incomumente surpreendente a exigir de nós uma cuidade visual, um senso material de Justiça, uma devoção à causa pública, sobretudo à causa democrática. Por isso nós viramos as madrugadas julgando, analisando cada peculiaridade, cada singularidade.
Última Instância — No segundo semestre, o TSE deve julgar governadores, como Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) e Luiz Henrique (PMDB-SC), e alguns senadores por crime eleitoral. Como deve ser o comportamento do tribunal nesses casos?
Carlos Ayres Britto — Há uma seletividade natural quanto à importância dos processos. Há uma gradação natural no plano da importância dos processos pela repercussão geográfica e popular dos nossos julgamentos. Quando julgamos um presidente da República, temos consciência de que a decisão é mais impactante para a sociedade e para a geografia do país do que a decisão sobre um governador, porque temos 27 governadores.
Por outro lado, quando julgamos um governador, também temos consciência de que aquela decisão é mais impactante do que o julgamento de um prefeito, porque nós temos 5.624 prefeitos. Isso é natural.
Nós temos três governadores sob julgamento, de Santa Catarina, Maranhão e da Paraíba. Claro que nossas atenções sobre esses três processos serão ainda mais focadas e cuidadosas, por essa diferença natural na própria representatividade popular. Eu estou com dois deles, do Maranhão e da Paraíba, e era minha intenção julgá-los antes da minha posse, porém surgiram fatos novos.
O tribunal passou a interpretar que o vice-governador tem direito a citação pessoal para integrar a lide como litisconsortes necessário, e, portanto, podendo arrolar testemunhas próprias, independentemente daquelas arroladas pelo governador do Estado.
Tive que tomar novas providências no plano processual e isso, pelo que parece, vai me impedir de julgar esses dois processos até o dia 6. É assim mesmo, nada a reclamar.
Última Instância — E qual a expectativa para a tramitação desses processos?
Carlos Ayres Britto — Eles tramitarão como já estão tramitando, com prioridade. Todo juiz quando vai proferir uma sentença pensa no reflexo social da sua decisão. Não que ele seja refém da sociedade, mas ele se preocupa sim com a interferência do Poder Judiciário no cotidiano da população.
Paulinho da "Força" nega acusações e abre seu sigilo
O deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força (PDT-SP), culpou a “elite” pelas denúncias da Polícia Federal de que teria participado de um esquema de desvio de recursos no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O parlamentar afirmou que entregará ainda nesta terça-feira (6) ao Procurador-Geral da República, Antonio Fernando De Souza, um documento abrindo mão de seu sigilo bancário, fiscal e telefônico.
Fonte: G1
Bispo do Marajó acusa governo do Pará de omisso
O bispo afirmou que o governo do Pará, apesar de ter conhecimento do número, ainda não tomou providências para reduzir os casos. “Não me preocupa tanto a minha segurança pessoal. Se existem 300 homens e mulheres marcados para morrer, isso indica uma sociedade doente, pobre e moribunda”, criticou.
Nota do BNDES
"A respeito das menções feitas ao BNDES na coluna de Elio Gaspari de domingo ("O BNDES caiu na banda podre do noticiário", Brasil) a fim de qualificar a discussão sobre o assunto, gostaríamos de esclarecer o que segue.
1) Diferentemente do que diz o jornalista, a linha limite de crédito não foi criada especialmente para a Vale. A primeira operação dessa modalidade de financiamento foi aprovada em novembro de 2005 e, desde então, diversas companhias já fizeram uso dela. Além disso, conforme já explicado diversas vezes, o ex-superintendente do BNDES que se transferiu para a mineradora não participou da análise, da aprovação ou da concessão do crédito para a empresa.
2) Não houve modificação nos procedimentos de análise realizados pelo banco, como sugere o colunista. Os pedidos são avaliados levando-se em conta critérios técnicos, mérito do projeto e capacidade de pagamento do tomador. As decisões não são individuais, mas tomadas por corpos colegiados.
3) O apoio à reestruturação societária da OI/Telemar utilizará recursos provenientes do giro da carteira de ações da BNDESPar, o que não envolve recursos do Tesouro ou do FAT."
FÁBIO KERCHE , assessor da presidência do BNDES (Rio de Janeiro, RJ)
Bicentenário da Imprensa Nacional
Confira a programação em Brasília
Dia 10 de maio de 2008 (sábado)
Local: Parque da Cidade, estacionamento nº 12
Horário: 9 horas
- A Imprensa Nacional vai ao Parque
Dia 12 de maio de 2008 (segunda-feira)
Local: Auditório D. João VI, Imprensa Nacional
Horário: 15 horas
- Abertura da semana comemorativa pelo Diretor-Geral da Imprensa Nacional, Fernando Tolentino de Sousa Vieira
- Conferência do professor emérito da Universidade de Brasília e da Universidade de Erlangen-Nuremberg, Alemanha, Vamireh Chacon: "Imprensa Nacional: Independência Intelectual do Brasil"
- Palestra da escritora e jornalista Rosa Nepomuceno, autora do livro "O Jardim de D. João"
- Palestra de Renata Santos,doutoranda em História Social, da UFRJ, autora do livro "A Imagem Gravada"
- Palestra de Francisca Azevedo, historiadora (mestrado em História da América Latina pela Temple University - EUA), autora do livro "Carlota Joaquina, Cartas Inéditas"
- Lançamento do livro "Conde Linhares" pelo editor Victor Alegria, da Thesaurus Editora de Brasília e o pré-lançamento, pelo mesmo editor, da primeira edição (fac-similar) do livro "Memórias Póstumas de Brás Cubas" de Machado de Assis, patrono "in memoriam" da Imprensa Nacional
- Lançamento da revista "A Odisséia da Informação Oficial", produzida pela Assessoria de Comunicação da Imprensa Nacional
- Sessão de Autógrafos:. Vamireh Chacon - "Conde de Linhares". Rosa Nepomuceno - "O Jardim de D. João". Renata Santos - "A Imagem Gravada". Francisca Azevedo - "Carlota Joaquina, Cartas Inéditas"
- Concerto do Pianista Arthur Moreira Lima (a confirmar)
Local: Auditório D. João VI, Imprensa Nacional
Horário: 18 horas
Dia 13 de maio de 2008 - (terça-feira)
- 200 anos da Imprensa NacionalLocal: Entrada principal da Imprensa Nacional
Horário: 9h30
- Hasteamento das bandeiras de Portugal, Brasil e Imprensa Nacional, ao som da Banda de Música dos Dragões da Independência, regimento bicentenário
- Inauguração da Praça Impressão Régia, com o Busto de D. João
Local: Auditório D. João VI. Instalação do Instituto Camões, da Embaixada de Portugal
- Lançamento do selo de comemorativo dos 200 anos da Imprensa Nacional, pela Empresa Brasileira de Correios de Telégrafos
- Entrega de troféus e medalhas aos campeões da Gincana Esportiva 200 Anos, da Associação dos Servidores da Imprensa Nacional-ASDIN
- Visita das autoridades às instalações da Imprensa Nacional
Local: Catedral Metropolitana de BrasíliaHorário: 18 horas - Celebração do Te Deum em homenagem ao bicentenário da Imprensa Nacional e Dragões da Independência por Dom João Braz de Aviz Arcebispo de Brasília, Dom Osvino José Both - Arcebispo Militar do Brasil e Frei Hércules Antônio de Lima - Capelão Militar do Exército
Dia 14 de maio de 2008 - (quarta-feira)
Local: a confirmar
Horário: 19 horas
- Extração nº 4242-0 da Loteria Federal do Brasil. Bilhete emitido em homenagem aos 200 da Imprensa Nacional pela Caixa Econômica Federal
Dia 15 de maio de 2008-(quinta-feira)
Local: Auditório D. João VI, da Imprensa Nacional
Horário: 10 horas
- Celebração ecumênica alusiva aos 200 anos da Imprensa Nacional, pelo Bispo Antônio Costa, presidente da Igreja Nova Vida de Brasília, e pelo Padre Getúlio Alencar, da Paróquia São José Operário.
Dia 16 de maio de 2008 - (sexta-feira)
Local: Auditório D. João VI, da Imprensa Nacional
Horário: 10 horas
- Sessão Solene da Câmara Legislativa do Distrito Federal
Dia 20 de maio de 2008 - (terça-feira)
Local: Rio de Janeiro/RJ
Horário: 18h30
- Sessão Solene na Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro em homenagem aos 200 anos da Imprensa Nacional
Comissão do Bicentenário(61) 3441-9911
Política sideral
Denise Rothenburg
O quadro das capitais que o presidente do PMDB, Michel Temer, apresentou ao presidente Lula na semana passada, para mostrar que seu partido apóia o PT em nove capitais, não é tão preciso quanto parece. Em Belém, o grupo do deputado Jader Barbalho (PMDB) está fechado com a candidatura do peemedebista José Priante, que espera o apoio do PT. No Rio de Janeiro, articula-se uma reunião do diretório regional para afastar o PMDB de Alexandre Molon (PT). No caso do Rio, mesmo quem defende a aliança, tem lá suas restrições: “Se não houver coligação na proporcional, não tem aliança”, diz o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Pelo visto, a próxima vez em que Temer e Henrique Eduardo Alves forem a um encontro com Lula, não terão mais nove capitais para mostrar como o PMDB é amiguinho do PT.
Segurança territorial e soberania nacional na Amazônia
* Jarbas Passarinho
As declarações corretas do general Heleno, comandante da Amazônia, no decorrer de um seminário no Clube Militar, causaram instigante polêmica. Um jornalista estranhou que, tendo eu demarcado a Terra Indígena Ianomâmi, fosse contra o mesmo na Raposa Terra do Sol. Expliquei-lhe a aparente contradição. Há duas diferenças fundamentais nos dois casos. A demarcação da Terra Indígena Ianomâmi decorreu do cumprimento de sentença do juiz da 7ª Vara Federal de Brasília. A origem foi medida cautelar impetrada pelo Ministério Público contra os decretos do presidente Sarney anulando o estabelecido no governo Figueiredo, que demarcava a terra indígena em linha contínua, com 90 milhões de hectares. A segunda diferença recai no fato de que a demarcação, em linha contínua, da Raposa Terra do Sol é decisão autônoma do governo Lula.
Não a aprovo porque os índios lá vivem em íntima colaboração com não índios. Já estão aculturados. Dirigente atual da Funai diz que a palavra aculturação é demodé. Usada pela primeira vez em 1936 por Robert Redfield, continua adotada por antropólogos para significar o contato entre culturas diferentes e as transformações que ocorrem. Ora, tive testemunhos de que os índios macuxis já tinham até vereadores municipais, conviveram com pecuaristas por centenas de anos e, mais recentemente, com plantadores de arroz. Logo, não há contradição minha. Ianomâmis são primitivos. Os macuxis não.
Os decretos do presidente Sarney reduziam a terra indígena de 90 milhões para 2 milhões de hectares, distribuídos em 19 "ilhas" de tribos, separadas por Florestas Nacionais (Flonas), nelas permitida a garimpagem, que no exterior nos causava campanha difamatória de genocidas. Antes de cumprir a sentença, ouvi ministros e governos sobre o impacto da decisão. O Itamaraty, chefiado por um jurista, negou ameaça à segurança nacional. O chefe da consultoria jurídica do Ministério da Justiça também, em fundamentado parecer, uma vez que a fronteira com a Venezuela é, em linguagem militar, morta, ou seja, de um lado e do outro da demarcação não há vida, nem história de confronto de qualquer natureza. O então ministro da Justiça, Maurício Correa, em face de notícia de massacre de 18 índios ianomâmis, deslocou-se até a fronteira. Apesar da competência do aviador, pousou na terra venezuelana, supondo estar na brasileira.
Na Raposa Terra do Sol a fronteira é viva e conflituosa. A Venezuela e nós disputamos com a Inglaterra, desde o século 19, a fronteira com a Guiana Britânica. Árbitro, o rei da Itália nos fez perder pequena região, chamada Depressão do Rio Pirara, e a Venezuela todo o extenso território a oeste do rio Essequibo, o que a Venezuela periodicamente tenta reconquistar. A segurança de nossa fronteira tem sido garantida simbolicamente, já que a tropa militar brasileira, para neutralizar qualquer eventual ameaça, como é seu dever constitucional, lhe é distante.
De onde, porém, pode vir o perigo? Mais que decorrente da linha contínua da demarcação, vem do vazio militar da fronteira, que o projeto Calha Norte teria assegurado a defesa, não fora ter ficado inacabado — como ficou — lastimavelmente por alegação desidiosa de falta de recursos. Perigo, na linha contínua passando pela fronteira, não haveria, como não há nas fronteiras do Sul. Em Santana do Livramento, uma rua, comum ao Brasil e o Uruguai, delimita a fronteira. Uma ponte, em Uruguaiana, nos separa da Argentina, porque tropas brasileiras lá estão, ou próximas.
Leve-se, porém, em consideração que essas fronteiras resultam da história do chamado "vai-e-vem", demarcadas jurídica e definitivamente por tratados, e não fronteiras habitadas por índios brasileiros, morta na terra ianomâmi, objeto de "interesse humanitário" internacional, e viva, na Raposa Serra do Sol, frente à Guiana, sob conflito interno. O vazio militar é um convite à realização da ameaça à segurança. Mas o perigo real está na atuação perniciosa de certas ONGs, e potencial na lastimável resolução dos direitos indígenas, votada inclusive pelo Brasil petista..
Um exemplo recentíssimo li na entrevista do deputado comunista Aldo Rebelo ao Estado de S. Paulo, publicada no dia 27 de abril passado. Visitara uma maloca ianomâmi. Quem o recebeu? "Uma moça da ONG Urihi. Perguntei por que não se puxava do pelotão água e luz para dentro da comunidade indígena, o que daria mais conforto à população. A moça da ONG disse que não, que isso ia deformar o modo de vida dos índios. Nessa visita, o comandante militar que estava comigo não pôde entrar na área indígena".
Em minha portaria relativa à Terra Indígena Ianomâmi, está expresso: "Proibir o ingresso, o trânsito e a permanência de pessoas ou grupos de não índios ressalvadas a presença e a ação de autoridades federais bem como o de particulares especialmente autorizados". Como a portaria proíbe particulares se não autorizados, quem autorizou a ONG, não só a entrar como administrar? E como a terra não é dos índios, mas da União, por que um militar, qualquer que seja sua patente, autoridade federal, acataria a audaciosa proibição inconstitucional, audaciosa e arbitrária?
* Foi ministro de Estado, governador e senador
Mangabeira Unger discutirá desenvolvimento da Amazônia
A reunião foi sugerida pelos deputados Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), Luciano Castro (PR-RR) e Giovanni Queiroz (PDT-PA). Eles argumentam que a Amazônia Legal corresponde a 60% do território brasileiro e abriga a maior bacia hidrográfica do mundo, com aproximadamente 80 mil quilômetros de rios navegáveis. Portanto, conforme dizem, o desenvolvimento sustentável da região é estratégico não só para o Norte, mas para todo o País.
Mangabeira Unger declarou em abril que a Amazônia é o foco das preocupações do governo federal em matéria de defesa e vinculou esse problema à preservação ambiental e ao projeto de desenvolvimento econômico da região. "Se não houver projeto econômico, não haverá estruturas sociais e produtivas organizadas na Amazônia. Uma vasta região sem estruturas produtivas e sociais organizadas não pode ser defendida", afirmou na ocasião.
A reunião está marcada para as 10 horas, no plenário 15.
Veja como foi a sessão solene em Homenagem à Nossa Senhora de Nazaré 2024, na Câmara dos Deputados
Veja como foi a sessão solene em Homenagem à Nossa Senhora de Nazaré 2024, na Câmara dos Deputados A imagem peregrina da padroeira dos par...
-
Na próxima terça-feira, 30, a Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap) e entidades filiadas realizarão mais um ma...
-
Ficou para o início do mês de agosto a votação em plenário do Projeto de Lei nº 001/2007, do senador Paulo Paim (PT-RS), que estabelece a co...