Vale terá recursos do BNDES para ferrovia de Carajás
Por Alessandra Saraiva e Jacqueline Farid, RIO DE JANEIRO
Financiamento de R$ 774,6 milhões será usado para ampliar capacidade de transporte da estrada de ferro
A Companhia Vale do Rio Doce voltou a buscar financiamento no BNDES. Ontem, o banco anunciou a aprovação de um empréstimo de R$ 774,6 milhões para expansão de capacidade da Estrada de Ferro Carajás (EFC). Com status de “investment grade” - empresas classificadas internacionalmente como risco quase zero para o investidor -, a Vale há anos não recorria ao banco estatal de fomento, dando preferência à captação de recursos no exterior.
“As reduções nos juros começam a tornar atrativas as linhas de financiamento do BNDES. As condições dadas à Vale devem ter sido bem interessantes”, disse Pedro Galdi, analista do ABN Amro. A Vale não quis comentar a operação. O gerente do departamento de logística do BNDES, Antonio Tovar, disse que, além do financiamento aprovado para a área de logística da mineradora, outros cinco projetos de ferrovias estão em fase de análise na instituição, com possibilidade de aprovação até o final deste ano. Segundo ele, se aprovados, os financiamentos do banco nesses projetos somarão R$ 4 bilhões.
A ferrovia de Carajás terá sua capacidade ampliada de 70 milhões para 103 milhões de toneladas transportadas por ano. O empréstimo do banco representa 57% do total de investimentos da mineradora na estrada de ferro, que é de R$ 1,4 bilhão. Na avaliação do BNDES, o aumento do volume transportado “significará o início de um novo ciclo de crescimento da CVRD e exigirá importante volume de investimentos, não só em infra-estrutura e superestrutura da EFC, como, também, no Porto da Madeira, por onde é exportada a produção de minério da região de Carajás.”
O banco vem reduzindo sistematicamente as taxas de juros de todas as suas linhas de crédito. A Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e que serve de base para os empréstimos do BNDES, caiu 2,75 pontos porcentuais desde janeiro de 2006.
Segundo Tovar, hoje a infra-estrutura de transporte é uma das prioridades do banco. Na carteira de operações contratadas da instituição no segmento de ferrovias há sete operações em fase de desembolso - são financiamentos de R$ 1,5 bilhão para um investimento total de R$ 8 bilhões. Segundo ele, no caso específico da Vale, a expansão da capacidade de transporte da EFC terá impacto positivo na balança comercial do País, já que haverá aumento das exportações de minério de ferro.
A expansão está diretamente relacionada ao aumento da capacidade de produção de minério na região de Carajás. Os investimentos serão realizados em sinalização das linhas, ampliação e construção de pátios de cruzamentos, oficinas, ampliação de terminais ferroviários e aquisição de novas locomotivas e vagões.
Inaugurada em 1985, com o propósito de escoar a produção de minério de ferro de Carajás, a EFC é uma das ferrovia mais modernas e produtivas do Brasil. Tem 892 quilômetros de extensão e passa por 22 municípios - 19 no Maranhão e 3 no Pará. Transporta também 1,5 mil passageiros por dia.
NÚMEROS
R$ 1,4 bilhão é o volume total de recursos que será investido pela Vale na Estrada de Ferro Carajás, incluídos os R$ 774,6 milhões do financiamento do BNDES
103 milhões de toneladas por ano será a capacidade de transporte da ferrovia após a ampliação. Hoje, a capacidade é de 70 milhões de toneladas
892 quilômetros é a extensão da Estrada de Ferro Carajás, que passa por 22 municípios - sendo 19 no Maranhão e 3 no Pará.
Ahitar vai para o Tocantins
Deputado sofre ruptura de aneurisma e está em coma
Desde ontem, Nélio Dias está em coma induzido por precaução da equipe médica. Ele vai permanecer nesse estado até amanhã, quando os médicos farão novos exames para avaliar as seqüelas do acidente cerebral e da parada cardíaca. De acordo com a assessoria de imprensa do deputado, os médicos afirmam que o estado do parlamentar é grave, mas estável.
Da Redação/PCS
LDO deve ir à votação sem Renan
No entanto, quem deverá presidir a sessão é o vice-presidente do Congresso, Nárcio Rodrigues (PSDB-MG), também primeiro vice-presidente da Câmara. Renan, envolvido em uma crise que dura mais de mês, quer evitar constrangimentos, como aconteceu semana passada.
Na ocasião, mais de uma dúzia de senadores pediram que ele se afastasse do cargo de presidente do Senado (e do Congresso) até que terminem as investigações contra ele no Conselho de Ética. Renan é acusado de ter despesas pessoais pagas por um lobista da construtora Mendes Júnior – em especial, a pensão da filha que tem com a jornalista Mônica Veloso, fruto de uma relação extraconjugal.
Fonte: Congresso em Foco
Carta de Belém sistematizará propostas para ciência na Amazônia
A Mesa Redonda materializou uma participação inédita do Congresso Nacional no maior evento do mundo científico brasileiro. Dezesseis parlamentares se deslocaram até Belém exclusivamente para o evento, 12 dos quais membros da CAINDR (ver lista abaixo) e representantes da Comissão de Ciência e Tecnologia, deputado Emanuel Fernandes, da Comissão Mista de Mudanças Climáticas, deputado Rodrigo Rolemberg (PSB-DF), da Comissão de Educação e Cultura, deputado Waldir Maranhão (PP-MA) e o senador José Nery (PSOL-PA).
Depois de elaborada e aprovada pelas quatro comissões que participaram do evento, a Carta de Belém será encaminhada ao presidente da República, Luis Inácio Lula da Silva. De acordo com a deputada Vanessa Graziottin (PCdoB-AM), presidente da CAINDR, a Carta será fundamentada nos eixos infra-estrutura, educação, ciência e tecnologia.
O documento constituirá um esforço do legislativo para reverter o quadro da ciência e da pesquisa na Amazônia, que hoje exibe números constrangedores como, por exemplo, o exposto pelo presidente da SBPC, Ênio Candotti, de que 70% da pesquisa que é produzida na região é feita por pesquisadores estrangeiros. Ou o dado do CNPQ (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) revelador de que dos 50 mil pesquisadores existentes Brasil, só dois mil estão na Amazônia.
Quando o relatório de 2006 do CNPQ parte para um comparativo numérico de instituições superior de ensino, a distorção também é grande: No Brasil existem 52 Universidades Federais, das quais só 10 estão na região Amazônica. O País tem 33 universidades estaduais, só cinco estão na Amazônia. Existem vinte e cinco universidades municipais brasileiras, nenhuma delas está na Amazônia. Resumindo, o universo nacional de professores graduados, professores com especialização, mestres, doutores, universidades públicas e privadas somam 65.897, dos quais somente 2.780 estão no Norte. O que representa apenas 4.2% para uma região que representa 62% da área geográfica do Pais.
Sugestões – O presidente da SBPC apontou como necessidade imediata a implementação dos Programas de Ciência e Tecnologia na Amazônia no nível da importância que a região tem. “Precisamos multiplicar por dez o número de cientistas, pesquisadores, professores e engenheiros na Amazônia. Precisamos de um programa que faça isso”, disse, estimando o custo dessa ação em R$ 20 milhões por mês.
Ênio Candotti também disse que é urgente um Projeto de Lei que “descriminalize” a prática da ciência. “Precisamos conhecer o que queremos preservar e para isso precisamos poder pesquisar”, ressaltou.
Outra solicitação de Candotti, são ações voltadas para o reconhecimento e valorização dos saberes tradicionais. “Eles são as chaves da entrada na floresta. Não devem ser guardadas na geladeira. São vivos, renováveis. Têm tanto valor quanto os conhecimentos científicos”, destacou.
O cientista Marcos Antônio Raupp, presidente eleito da SBPC, disse que é necessário a efetiva instalação e implantação das universidades já existentes. Além de ações que motivem ainda mais governadores como os dos Estados do Amazonas e Pará que já têm feito ações de apoio à educação como a criação de novas universidades e centros de pesquisas.
O secretário de ciência e tecnologia do Amazonas, José Aldemir de Oliveira, reforçou a necessidade de respeito aos conhecimentos tradicionais com a criação de linhas de pesquisa que estudem este patrimônio cultural. Solicitou também linhas de pesquisa que estudem a grande migração do interior para as grandes cidades. Além de ações que desconcentrem dos Estados do Pará e do Amazonas a pesquisa realizada na região Norte. “Não podemos repetir na Amazônia o que criticamos no Brasil”. Justificou.
Alex Fiuza de Melo, reitor da Universidade Federal do Pará (UFPA), enfatizou que a Amazônia não defende com exército, nem com armas, só com conhecimento. “A Amazônia tem muitos recursos naturais mas não tem conhecimento sobre eles”, disse, ressaltando ainda que o Brasil tem um pacto federativo extremamente injusto. O reitor solicitou ainda empenho dos parlamentares para obter do Governo Lula grande volume de concursos públicos para as universidades da Amazônia.
O reitor da universidade estadual do Pará, Fernando Palácio, também criticou o pacto federativo. Ele lembrou que na Amazônia só 7% dos jovens freqüentam ensino superior. A média do Brasil é de 12% e da região Sul é quase 30%. “A expectativa de trabalharmos juntos – legislativo e mundo cientifico – é fundamental para reverter essa lógica injusta do pacto federativo”, defendeu.
Lúcio Flávio, membro a SBPC e professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, criticou a concentração de Centros de Pesquisa nas regiões Sul e Sudeste do País. “Nos Estados Unidos e na França estes centros estão espalhados por todo o País”, exemplificou.
José Raimundo, membro da SBPC e pesquisador do Parque Tecnológico de São José dos Campos, destacou que a importância da Amazônia é consenso na SBPC e sugeriu aos parlamentares revisão da legislação de exportação de minério. “Temos que exigir agregado tecnológico neste minério. Não podemos nos orgulhar de exportar matéria-prima”.
Momento Vitorioso – Quase todos os parlamentares se manifestaram e assumiram compromisso com uma agenda positiva para o legislativo na área de ciência e tecnologia. Vanessa Graziottin considerou o evento um momento vitorioso. “Foi a primeira vez que um grupo de parlamentares esteve numa reunião da SBPC e o resultado é muito bom”, comemorou.
Participaram do evento os seguintes parlamentares da Comissão da Amazônia: Neudo Campos (PP-RR), Urzeni Rocha (PSDB-RR), Lindomar Garçon (PV-RO), Perpétua Almeida (PCdoB-AC), Elcione Barbalho (PMDB-PA), Zé Geraldo (PT-PA), Márcio Junqueira (DEM-RR), Paulo Rocha (PT-PA), Lira Maia (DEM-PA), Ilderlei Cordeiro (PPS -AC) e Sebastião Bala Rocha (PDT-AP).
Bety Rita Ramos (
Assessoria de Imprensa da Comissão
Plano da ANP prevê investimentos de 1,57 bi em estudos geólogicos
O presidente da ANP, Haroldo Lima, apresentou o atual estágio da atividade produtiva petrolífera na Amazônia brasileira, cuja bacia de maior potencial de produção é a do Solimões. As bacias Acre e Madre de Deus, Alto Tapajós, Tacutu e Marajó têm seus potenciais pouco conhecidos, disse Lima.
Haroldo Lima disse também que mesmo a do Solimões, considerada a mais produtora, tem apresentado declínio. Ela possui três campos: Leste do Urucu, Rio Urucu e Sudoeste do Urucu. Em termos de óleo, o primeiro é o mais produtivo e apresentou queda em 2006. ”São campos que estão em produção há muitos anos, considerados hoje maduros”, explicou.
Mas Haroldo Lima também informou que bacias da mesma idade são ainda produtoras em várias partes do mundo. Segundo ele, a Petrobrás está trabalhando um Plano de Revitalização desses campos maduros.
“Estamos apenas engatinhando em termos de exploração em comparação com outros países”, admimitu o presidente da Agência. “Por isso propomos O Plano Plurianual. Queremos conhecer melhor nossas bacias. Vamos propor à Ministra Dilma Roussef o incorporamento deste Plano no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento)”, informou Lima.
Críticas e Questionamentos – “Não podemos conviver com este dado que mostra que somente 7% das bacias brasileiras são conhecidas. Como podemos pensar em progresso se não temos estudos sobre nosso potencial?” questionou a presidente da CAINDR, deputada Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM).
Grazziotin questionou ainda, junto com a deputada Maria Helena (PSB -RR) e o deputado Neudo Campos (PP-RR), porquê há exploração de petróleo em países vizinhos como Bolívia, Peru e Venezuela e não há do outro lado nos Estados brasileiros Acre e Roraima?. Já o deputado Sebastião Bala Rocha (PDT-AP)) solicitou informações da ANP sobre o resultado de pesquisa realizada até 2002 no Amapá pela empresa Britsh Petróleo (AP).
Investimentos - Haroldo Lima demosntrou concordar com as críticas dos parlamentares e disse esperar que a situação mude a partir do Plano, que prevê para a Bacia Amazônica investimentos de R$ 603 milhões, sendo: R$ 64 milhões para a Bacia Acre e Madre de Deus; R$ 79 milhões para a Bacia do Solimões; R$ 192 milhões para a Bacia Amazonas; R$ 74 milhões para a Bacia Tacutu; R$ 62 milhões para a Alto Tapajós; R$ 72 milhões para a Marajó; R% 40 milhões para a Foz do Amazonas; e R$20 milhões para a Bacia Pará-Maranhão.
“A ANP está empenhada em conhecer e ampliar a atividade de áreas com potencial petrolífero pouco conhecido. O Plano Plurianual da Agência programou atividades para isso. Porém, é indispensável empenho dos parlamentares contra o contingenciamento dos recursos para a execução deste Plano, solicitou Haroldo Lima.
Royalties – O Diretor da ANP solicitou também ao parlamentares o debate sobre mudanças na política de royalties. Segundo ele, hoje os recursos pagos pelas empresas exploradoras são concentrados em poucos municípios e Estados que detém matérias-primas.
Bety Rita Ramos
Assessoria de Imprensa da CAINDR
Se Renan presidir LDO pode não ser votada
O PSDB, DEM e PPS prometeram obstruir a votação da sessão conjunta de amanhã que votará a LDO, se sem o que, o Congresso Nacional não poderá entrar em recesso no próximo dia 18, se Renan "Mendes Júnior" Calheiros, presidir a sessão.
Prejuízo de produtores chega a R$ 75 bi nos últimos três anos
Governo planeja carência de até 5 anos a agricultores |
PEDRO SOARES |
Folha de S. Paulo |
10/7/2007 |
Renegociação de dívidas atinge R$ 6,9 bilhões; só 20% seriam pagos neste ano O governo vai anunciar até o dia 15 as regras para renegociação de R$ 6,9 bilhões em dívidas em atraso de agricultores, principalmente com o BNDES e o Banco do Brasil. A proposta é prorrogar o vencimento de até 80% do valor do débito, segundo o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes. ----- Atualizada as 22h00 Câmara aprova financiamento para dívida de produtor rural Sônia Baiocchi O financiamento previsto na MP aprovada pelo Plenário beneficiará agricultores com dívidas vencidas desde janeiro de 2005. O Plenário aprovou nesta terça-feira projeto de lei de conversão à Medida Provisória 372/07, que autoriza os bancos que lidam com crédito rural a conceder linha de financiamento para quitação de dívidas dos produtores rurais ou suas cooperativas junto a fornecedores de insumos (sementes, fertilizantes e agrotóxicos). Para isso, os bancos poderão usar o dinheiro que devem direcionar obrigatoriamente ao financiamento do setor, vindo da poupança rural e dos depósitos à vista. A matéria será votada ainda pelo Senado. |
Para OAB, Renan tenta constranger demais senadores
O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Cezar Britto, recomendou hoje que o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) se afaste da presidência do Senado enquanto estiver sendo investigado pelo Conselho de Ética da Casa. Renan é acusado de aceitar que o lobista Cláudio Gontijo, da empreiteira Mendes Júnior, pagasse a pensão de sua filha com a jornalista Mônica Veloso.
Para o advogado, o senador tem se utilizado dos poderes de presidente do Congresso para impedir os colegas que tentam investigá-lo. "O fato de termos três relatores e não mais um demonstra que houve um constrangimento claro no âmbito da atuação individual", afirmou, ao sair de uma reunião com o ministro da Justiça, Tarso Genro.
Cresce a indignação contra Calheiros
Não pára de crescer a indignação do povo brasileiro com a sinalização de que não haverá nenhuma punição ao presidente do Congresso Nacional Renan Calheiros (PMDB-AL).
O homem é portador de uma frieza assustadora. Está passando por constrangimentos jamais visto e não arreda o pé da lama em que colocou a instituição. Sequer, considera ou respeita seus pares ao pedir o afastamento para que tudo seja investigado. Resumo: um cara-de-pau.
Senado Federal – Obrigado, Renan Calheiros!
A centenária instituição, Senado Federal, nunca mais será a mesma depois das manobras e atitudes cínicas, obscuras e de total deboche com a sociedade brasileira, realizadas pelo presidente da casa, Senador Renan Calheiros (PMDB-AL) e seus "aliados" no Senado Federal, na tentativa de arquivar processo aberto de decoro parlamentar proposto pelo PSOL, contra o próprio presidente da instituição, após as denuncias publicadas na Revista Veja, sobre o "favor concedido" pelo lobista "amigo" Cláudio Gontijo, que realizou pagamentos pessoais de pensão e outras despesas, em nome do Senador Renan Calheiros a jornalista Mônica Veloso, com a qual o senador teve uma filha, fruto de uma relação extra conjugal.
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ARTIGO: 65 anos do Banco da Amazônia
O Banco da Amazônia completa nesta segunda, dia 9, 65 anos. Um momento rico e ímpar em que o Banco vive um bom desempenho operacional, que é um momento de bons e necessários debates.
A Amazônia, maior região do país, mas que apresenta uma variedade muito grande de paisagens; ecossistemas que devem ser conservados; núcleos populacionais com tipicidades diferentes, precisa mais que nunca que o Banco da Amazônia seja fortalecido para, respeitando essas diversidades, atuar firmemente em busca da melhoria da qualidade de vida desses habitantes, perseguindo um genuíno desenvolvimento econômico, social e com sustentabilidade. Para gerar desenvolvimento com crescimento efetivo.
Somente uma instituição com as características do Banco da Amazônia, se aventurará a fazer-se presente naquelas áreas mais carentes e que necessitam de maior apoio para seu progresso, algumas onde os índices de desenvolvimento humano apresentam valores africanos.
Também somente um banco público regional poderá alterar suas políticas a partir do clamor da sociedade, o que não ocorreria com a rede privada ou com os dois grandes bancos federais nacionais. Referimo-nos aos Gritos da Terra, que impulsionaram o apoio à agricultura familiar. Porém muito ainda há por ser feito, como por exemplo, o repúdio a cultivos devastadores e sem finalidade para a população da região, como é o caso da soja.
Desse modo, conclui-se pela necessidade de se lutar tenazmente contra qualquer iniciativa que reduza os recursos e a capacidade de atuação, tanto do BASA quanto do BNB, como é o caso do Projeto de Lei de autoria do deputado Zequinha Marinho, em tramitação na Câmara Federal, que se aprovado desviará verbas dos Fundos Constitucionais de Financiamento para o Banco do Brasil, o que iniciaria um processo de erosão dos dois bancos regionais (Banco da Amazônia e Banco do Nordeste).
No discurso de abertura do ENEB- Encontro Nacional dos Empregados do banco da Amazônia, em nome da diretoria da AEBA, reafirmei que não existe banco forte com empregados desmotivados. Que é preciso ousadia da diretoria do Banco da Amazônia para vencer obstáculos colocados à frente dos empregados, tais como: solução da CAPAF sem a perda de direitos. Também, que o novo Plano de Cargos e Salários não fique apenas na intenção. Que se traduza em gestos claros, objetivos e urgentes. Isso é sustentabilidade social do grupamento empregados. E de todos, com isonomia para todos e não apenas para este ou aquele grupo.
Então, no entendimento da AEBA, é preciso ter um impulso de sustentabilidade que seja inclusivo e que abranja todos os empregados.
E como precisamos orar e vigiar o tempo inteiro, também não podemos descuidar um só minuto de que o nosso Banco da Amazônia, que passou por tantos sobressaltos, pode vir a ser encampado por outro banco público, no caso, o banco do Brasil.
Assim como fizemos valorosamente no passado, a AEBA continuará desempenhando o papel de articuladora e mobilizadora da sociedade na defesa deste grande instrumento de crédito e desenvolvimento que é o Banco da Amazônia. A AEBA continuará sendo peça de resistência e luta tanto para o fortalecimento do Banco, como de seus empregados e do povo amazônico.
Por fim, companheiras e companheiros, não nos esqueçamos nunca que o banco da Amazônia está no coração da Amazônia.
Vive e pulsa em uma das regiões de maior biodiversidade do planeta.
Então, este Banco terá, obrigatoriamente, que estar vinculado à agricultura familiar, ao desenvolvimento humano e solidário, ao financiamento de projetos que incluam o homem e a mulher do campo, os pequenos agricultores, as cidades e não os projetos de monocultura que devastam o meio-ambiente como esmagam o emprego, a renda e a esperança, a crença.
O Banco da Amazônia não é um banco qualquer. É efetivamente aquele que chega nos lares amazônicos e brasileiros levando o crédito e o conforto, o desenvolvimento e vai criando laços de solidariedade entre os povos. Não pode, portanto, financiar o trabalho escravo, o trabalho infantil, a devastação e barbárie. Porque, ao gerar desenvolvimento, o Banco da Amazônia gera sustentabilidade do planeta e das mulheres, homens e crianças que aqui habitam. Habitam e precisam viver com muita dignidade.
Neste dia em que o banco aniversaria, a AEBA faz votos para que o Banco da Amazônia continue e aprofunde o caminho da inclusão, do desenvolvimento das famílias e do crescimento dos muncípios e dos povos. Respeitando as tradições, as identidades culturais e reafirmando a soberania do nosso povo e do nosso país.
A sustentabilidade exige que o sistema financeiro como um todo - isto é, todos os bancos - participem ativamente do desenvolvimento com crescimento. E que o banco da Amazônia cada vez mais atue como linha de frente no desenvolvimento com crescimento. Que não ceda jamais à tentação da concentração de capital como missão e sim, que amplie os financiamentos para atividades que promovam o desenvolvimento, criem laços de solidariedade, aumentem o emprego, gerem emprego, renda e concretizem sonhos.
A AEBA não concorda que qualquer banco dê créditos e financiamentos para projetos que sujam nossos rios, aumentam a derrubada das florestas, diminuam o emprego e sujam o planeta.
A AEBA tem a convicção de que o banco da Amazônia aumentará a concessão de créditos e financiamentos para promover a inclusão social e melhorar a vida do povo amazônico e do povo brasileiro. Pois o Banco da Amazônia, que hoje está no berço, tem a semelhança do seu povo.
Parabéns aos empregados da Regional de Santarém, parabéns ao banco da Amazônia. Longa vida ao Banco da Amazônia, patrimônio da Amazônia e do povo brasileiro.
Sérgio Trindade - presidente da Associação dos Empregados do Banco da Amazônia (AEBA)
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Segundo texto publicado pela Cooperativa dos Garimpeiros invadida por adversários da atual diretoria no último domingo, 17. No mês de Abril ...