Por um capitalismo democrático

ARTIGO

* Por Davis Sena Filho

O sistema capitalista, por si só, pelos seus propósitos, é violento. Como ele é excludente, por ser selvagem, os que têm dinheiro compram segurança, compram armas, para garantir seu patrimônio em uma cultura patrimonialista historicamente malvada, há séculos em vigência no Brasil. Esse processo acontece porque os governos brasileiros têm uma tradição de dar prioridade às políticas econômicas que atendam aos interesses do capital em detrimento das políticas sociais.


Por isso, que as sociedades, principalmente as mais desenvolvidas, cobram dos governos a efetivação de políticas públicas sociais, no sentido de civilizar a competição, que é a essência do sistema capitalista e de qualquer regime político que implemente esse sistema.


Quero dizer que o sistema capitalista, se não for regulamentado, torna-se predatório, porque somente algumas dezenas de milhares de famílias terão acesso aos meios de produção, aos empregos bem-remunerados e aos cargos de mando, sejam eles pertencentes ao segmento político ou ao segmento empresarial.


Acontece que o Brasil tem uma população que ultrapassa os 180 milhões de pessoas, o que faz com que cheguemos à conclusão que a concentração de renda é brutal, porque, do total de brasileiros, mais da metade dos 180 milhões é composta de pobres e muito pobres, o que me leva a dizer que, sem sombra de dúvida, o sistema capitalista não-regulamentado, como o do Brasil, é cruelmente injusto e perversamente mortal.


Países como a Suécia, a Dinamarca, a Noruega, a Bélgica, a Holanda, o Canadá, a Islândia, o Japão, a Coréia do Sul, a França, dentre muitos outros, regulamentaram seus sistemas capitalistas, o que significa que essas nações não permitiram a concentração de renda, assim como as diferenças salariais imensas entre profissionais que exercem a mesma profissão ou não. Esses países conseguiram gerenciar suas riquezas de forma eqüânime, a fim de efetivar o estado de bem-estar social, regime este, sim, capitalista mas democrático, tanto no que concerne às questões econômicas quanto no que tange às questões sociais.


Um País somente é democrático se houver, em sua plenitude, democracia econômica. O Brasil lutou 20 anos por causa da ausência das liberdades democráticas. O País se democratizou em 1985, fortaleceu suas instituições republicanas, realizou um sem-número de eleições diretas e livres, baniu a censura mas não democratizou a economia.


E por quê? Porque as elites deste Pais se apoderaram do trabalho produzido pelos trabalhadores. Por controlarem as terras, as matérias-primas, as máquinas e, conseqüentemente, o capital, que é o dinheiro, nossos homens e mulheres de negócios barganham esse imenso poder, juntamente com os governos, para impor suas razões e seus interesses, que, comumente, não coadunam com os interesses da sociedade em geral, que, mais fraca economicamente, vive de migalhas e se submete a todos tipos de violência, sendo que as piores delas são a ignorância e a miséria.


Dentro deste contexto, percebe-se, então, que não interessa às nossas elites a democracia plena, pois ela se recusa a distribuir as riquezas deste País de forma mais justa. Haveremos de nos lembrar que o pilar de nossa economia, há um tempo de apenas 120 anos, era a escravidão. Temos, portanto, uma elite econômica herdeira da escravidão, o que me faz pensar e concluir esse pensamento, no sentido que se temos uma elite que foi escravocrata naturalmente que ela sempre lutará contra os avanço sociais e a democratização das riquezas produzidas pelos trabalhadores do Brasil.


Sei que o regime democrático é falho. Mas é o melhor que a humanidade pôde criar. Mas lembremos que eu argumentei anteriormente que o sistema capitalista pode ser humanizado, democratizado, civilizado e regulamentado. Pondero que esse sistema tem de tomar um banho de democracia, tal qual os países nórdicos, os países baixos europeus tomaram. Esses países, que são capitalistas, equalizaram as riquezas, aperfeiçoaram, através das décadas, seus sistemas educacionais e de saúde e com isso proporcionaram o desenvolvimento socioeconômico de seus povos, que experimentam, realmente, a democracia política, social e econômica.


O Brasil caminha em sentido contrário ao que deu certo em outros países. Trilha por veredas tortuosas e não percebe que concentração de renda e de riqueza leva à indigência social e moral e à violência nos lares e nas ruas. Nada é mais feio do que a miséria material, que leva à miséria moral. Nada é mais feio do que vermos pessoas, como nós, a morar em favelas e palafitas, despidas de seus sonhos, que lhes foram arrancados, com desrespeito e desprezo, por aqueles que não permitem que os cidadãos brasileiros edifiquem um estado de bem-estar social, que o livre do desemprego, da ignorância, das doenças e da miséria.


Somos um País surreal, porque não investimos em nosso próprio povo, mas acenamos aos oportunistas, aos jogadores, aos aplicadores das bolsas de valores e dos bancos e financeiras para que eles tragam seu dinheiro volátil para o Brasil. Para que eles se locupletem com os juros praticados no Brasil. Para que eles, depois de lucrarem promiscuamente, levem o dinheiro de volta para seus bolsos, sem qualquer compromisso com o desenvolvimento social do povo brasileiro.


Somente para se ter uma idéia do que afirmo nesta tribuna, cito alguns números referentes aos bancos nacionais e estrangeiros que atuam no Brasil. Mas, antes, considero que o governo deveria colocar em prática alguma forma de intervenção no segmento, porque é visível que os bancos cometem práticas prejudiciais aos interesses da maioria dos brasileiros.


De 1996 até 2007, os balanços bancários denotam que os lucros obtidos com tarifas bancárias são exorbitantes. As tarifas impulsionaram o crescimento financeiro do setor. No ano de 1996, essas cobranças junto aos correntistas propiciou aos bancos um lucro de R$ 12,1 bilhões. Em 2006, ou seja, dez anos depois, os lucros deram um salto impressionante e atingiram a marca de R$ 47,5 bilhões. A alta, portanto, chegou aos inacreditáveis 293%. A inflação no Brasil, de 1996 a 2006, foi de 92,7%. No mesmo período, a follha de pagamento dos bancos cresceu 55%, enquanto as tarifas bancárias tiveram um aumento de 293%.


É algo que impressiona, mas mesmo assim os bancos atuam livres neste País que insiste em não regulamentar o sistema em que vivemos, que é o sistema capitalista. Se o País não efetiva esse processo, como poderá impor regras àqueles que se beneficiam com a frouxidão dos governos — que é o caso dos banqueiros. As 104 instituições financeiras que atuam no País tiveram lucros, em 2006, que atingiram os R$ 33,4 bilhões, o que significa o retorno de 22,9% sobre o patrimônio líquido das instituições bancárias.


Todo esse gigantesco lucro, de acordo com o Banco Central, não inclui negócios por intermédio de previdência privada, cartões de crédito, consórcios e seguros. As receitas dos bancos com juros tiveram alta de mais de 100% nos últimos 10 anos. Elas são provenientes, principalmente, dos investimentos em títulos públicos e das operações de crédito. Como se vê ser banqueiro neste País é estar no paraíso, graças à permissividade e à perversidade do nosso sistema capitalista que teima em não ser regulamentado, no sentido de ele ser civilizado e não selvagem.


O Governo Lula melhorou as condições de vida da população brasileira, notadamente a parcela mais pobre. Os avanços sociais são visíveis. Não os ignoro, mas o Governo do operário deveria ser mais assertivo, propositivo e que radicalizasse o processo de desenvolvimento social e econômico do nosso povo. O PIB brasileira, que foi de R$ 2,6 trilhões em 2007, de acordo com o IBGE, colocou o Brasil no 8º lugar das maiores economias do Mundo. No Governo de Fernando Henrique chegamos a ser a 14º economia, o que, sobremaneira, fez com que o Brasil, naquele período, fosse ao FMI três vezes. É necessário, portanto, que as riquezas deste País sejam o mais rapidamente distribuídas, para o bem da Nação, que há cinco séculos é vítima da beligerância e do egoísmo de nossas elites.


Nossos governos têm de entender que as pessoas estão acima dos sistemas econômicos e dos regimes políticos. As pessoas morrem e por isso acredito que elas precisam viver com dignidade e respeito. Além disso, os sistemas criados pelos homens não são eternos porque tudo se renova, avança e se modifica, bem como, muitas vezes, chegam ao seu fim.


* Davis Sena Filho é jornalista e assessor de imprensa.

Licença seis meses antes

Antes tarde do que nunca será votado a Licença seis meses antes das eleições para quem quiser se reeleger.

A Comissão de Constituição e Justiça do Senado deu parecer favorável nesta quarta-feira a uma proposta de emenda à Constituição (PEC) que obriga os chefes do Poder Executivo (presidente da República, governadores e prefeitos) a tirar licença de seis meses quando forem se candidatar à reeleição. Agora o projeto, de autoria do senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), terá de ser votado no plenário do Senado, para depois seguir para análise da Câmara. Leia mais em Comissão do Senado aprova exigência de licença para chefes do Executivo que tentam reeleição.

Fonte: Blog do Noblat.


Aumento dos servidores públicos no "fio da navalha"

Governo não garante reajuste para servidores

Bolha global
Ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, diz que se perda de receita for maior que R$ 15 bilhões, aumentos negociados serão “insustentáveis”


Bernardo, do Planejamento: no momento, servidores não estão ameaçados

Os reajustes de salários negociados com pelo menos 16 categorias do funcionalismo público e 750 mil militares não estão garantidos. A indicação de que os aumentos podem não ser concretizados foi dada ontem pelo ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, caso a perda de receita no Orçamento de 2009 supere a previsão inicial de R$ 15 bilhões.

O ministro afirmou que, se o efeito da crise for pior que o imaginado na economia brasileira, com um cenário mais grave de perda de arrecadação, o governo terá que revisar todos os números. Ele acrescentou que o impacto dos reajustes para os servidores pode ficar “insustentável do ponto de vista orçamentário”.

Na entrevista, Paulo Bernardo não não explicou de que forma a redução da receita impactaria nos reajustes. Como os aumentos previstos para este ano já estão sendo pagos, os condicionamentos feitos por ele só podem estar relacionados às parcelas a serem pagas em 2009 e 2010.

A realização de concursos, nomeação de aprovados e substituição de terceirizados também podem estar na berlinda. “Se isso ocorrer (redução de arrecadação além do previsto), esse cronograma, com certeza, terá que ser alterado”, disse. “Mas havendo necessidade de adequação, o problema não é a realização do concurso, que não gasta nada, mas os atos de nomeação”, observou.

Paulo Bernardo disse, por outro lado, que se o rombo se mantiver na projeção de R$ 15 bilhões não haverá ameaça para os servidores. “Com esse patamar de perda, tenho certeza que teremos condições de resolver durante o ano, uma vez que essas despesas já estavam previstas”, ponderou o ministro.

As medidas provisórias 440 e 441 que implementarão os aumentos salariais já foram aprovadas no Senado e aguardam decisão da Câmara dos Deputados.

Ele destacou que técnicos do Ministério do Planejamento e do Congresso irão trabalhar na definição de critérios para os cortes que serão necessários a partir dessa perda de receita. Entretanto, reafirmou que estarão preservados os investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC ) e os programas sociais do governo. “Todo o resto está passível de corte, seja de custeio ou investimento”, disse numa clara indicação de preocupação com a despesa com pessoal.

Os gastos com funcionários públicos são um dos maiores do Orçamento. De acordo com a previsão do governo, a despesa passa de R$ 133,3 bilhões este ano para R$ 155,3 bilhões em 2009.

Tendo o funcionalismo como um grande potencial de eleitores para a eleição de 2010, o governo fez ao longo desse ano amplas negociações salariais. Pelo menos 780 mil servidores de 16 carreiras foram beneficiados com aumentos, cujo impacto, somente este ano, é estimado em R$ 3,5 bilhões. E isso sem contar o aumento dado a outros 750 mil militares. Nesses acordos, os índices de correção variaram, mas houve casos de aumentos de até 238%.

Na última quinta-feira, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, chegou a fazer um apelo aos senadores para vetar qualquer tentativa de aumento ao funcionalismo e despesas da Previdência Social.

No dia seguinte, o ministro Paulo Bernardo afirmou que o colega da Fazenda não se referiu ao reajuste dos servidores quando pediu ao Senado para votar contra o aumento das despesas com pessoal, mas a outros projetos em tramitação no Congresso.

PIB mais baixo
Pela primeira vez desde a eclosão da crise, o governo admitiu que a economia crescerá menos em 2009. Segundo Paulo Bernardo, a meta de expansão de 4,5% do Produto Interno Bruto Brasileiro (PIB) vai ser rebaixada para 3,7% a 3,8%.

Fonte: Correio Braziliense.

"Batata quente" no colo de governadores e prefeitos

Queda de receita afetará Estados e municípios

A queda na estimativa de receitas primárias da União para 2009, que o Ministério do Planejamento calcula ser de R$ 15 bilhões, vai afetar também Estados e municípios. Segundo o ministro da Pasta, Paulo Bernardo, no âmbito do Orçamento Federal, a perda líquida será de aproximadamente R$ 8 bilhões. O restante, cerca de R$ 7 bilhões, refere-se à frustração de receitas que seriam repassadas a governos estaduais e prefeituras.

A informação foi dada pelo ministro, ontem à noite, após se reunir com o relator-geral do projeto de Orçamento da União para o próximo ano, senador Delcídio Amaral (PT-MS). Bernardo anunciou ainda que, para efeitos de Orçamento, o governo trabalha com uma projeção de inflação de 5% para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo, em 2009. " Isso não significa que a meta (de 4,5%) mudou " , esclareceu.

Delcídio Amaral, por sua vez, disse que, na reunião, concluiu-se que a reserva proposta no seu relatório preliminar - a ser votado possivelmente hoje pela Comissão Mista de Orçamento do Congresso (CMO) - é suficiente para ajustar o projeto de Orçamento à queda esperada na estimativa de receita. A arrecadação projetada cairá em função da mudança de parâmetros macroeconômicos. Além da inflação e indicadores como o preço do petróleo, o governo também vai mudar a previsão de crescimento econômico real em 2009, de 4,5% para 3,8%.

Delcídio já havia proposto a criação de uma reserva fiscal, a partir do corte em despesas da programação original, como forma de neutralizar o aumento líquido feito pelo Congresso na estimativa de receita, antes da crise, também de R$ 8 bilhões. Ao informar que a reserva é suficiente para acomodar os ajustes, o senador e o ministro indicaram, portanto, que a queda bruta de R$ 15 bilhões calculada pelo Planejamento é sobre o valor de arrecadação já elevado pelo Congresso e não sobre o projeto original. Em relação ao projeto original, portanto, não haveria perda líquida para a União, apenas remanejamento de recursos para atendimento de emendas parlamentares. Já para Estados e municípios, a perda sobre o projeto original seria de R$ 5,8 bilhões, pois R$ 1,2 bilhões foram acrescentados pelo Congresso à previsão de repasses.

O governo aceita o corte em despesas por ele programadas para atender emendas. Mas está preocupado com o movimento de parte da base aliada para aumentar o limite de emendas individuais de R$ 8 milhões para R$ 10 milhões. Considerando-se que são 594 deputados e senadores, isso exigiria corte adicional de quase R$ 1,2 bilhão em outras despesas originalmente programas do Orçamento. Na visão de muitos aliados, porém, se há sobra de R$ 14,2 bilhões para alocar ao fundo soberano, há verbas para aumentar as emendas.

O ministro da coordenação política, José Múcio Monteiro, argumenta que a manutenção do limite em R$ 8 milhões aumenta as chances de execução das emendas individuais. Além disso, desde o início do governo Lula, quando era de R$ 2,5 milhões, o teto por parlamentar mais que triplicou.

Múcio deve se reunir hoje com Paulo Bernardo. O ministro do Planejamento também vem conversando com o presidente da Comissão de Orçamento, deputado Mendes Ribeiro Filho (PMDB-RS). Todo o esforço é para demover os aliados da pressão, em um momento em que o próprio governo revê para baixo suas expectativas de arrecadação para 2009.

Fonte: Valor.

Maurino equivoca-se e quer extinguir secretaria de Cultura

Vazou dos bastidores que a equipe do prefeito eleito Maurino Magalhães, em Marabá, supostamente teria decidido a extinção da Secretaria Municipal de Cultura, rebaixando-a ao status de Departamento vinculado a Educação. Segundo fontes de Marabá, os grupos artísticos estão se reunindo no Grupo de Artes de Marabá – uma ONG que atua no setor cultural marabaense – para discutirem o assunto. Os artistas estariam redigindo cartas que estimulem a reflexão e o apoio à cultura.

O blog publica abaixo uma delas.

CARTA ABERTA DE APOIO A CULTURA EM MARABÁ
Belém, 05 de novembro de 2008

* Por Deíze Botelho

POLITICAS PÚBLICAS DE CULTURA NO BRASIL

O Brasil vive um momento impar na construção de novas formas de implementação das políticas públicas de cultura. Nos últimos seis anos, a CULTURA vem sendo tratada de forma nunca vista ou vivida pelos artistas, produtores culturais, grupos e instituições. Novos conceitos vêm sendo discutidos em nível nacional, estadual e municipal por governo e sociedade que juntos vem transformando a incômoda realidade histórica de descaso político da cultura sempre relegada a ultimo plano, sendo tratada apenas como entretenimento e lazer e por muitas vezes confundida e reduzida à realização de eventos.
A partir de então, a CULTURA passou a ser discutida e entendida em todas as suas dimensões política, econômica, social, ambiental, educacional e tecnológica.

Na esfera de governo federal podemos acompanhar o desenvolvimento de Programas e Projetos que se destacam como exemplos não somente para os países Latinos Americano, mas para críticos, analistas, gestores culturais e sociedades no mundo.

Exemplifico:

1- Programa Cultura Viva e Programa Mais Cultura do Governo Federal criou o Edital de Pontos de Cultura que fomenta a autonomia*, protagonismo* e empoderamento* da sociedade por meio de convênios e repasse de recursos federais para iniciativas culturais sem fins lucrativos que atuam em prol do desenvolvimento local integrado e sustentável por meio do uso de linguagens artísticas, tecnológicas, valorização dos saberes tradicionais, relação escola x comunidade, preservação do meio ambiente, preservação de patrimônio material e imaterial, fortalecimento da identidade cultural brasileira.
Hoje existem 800 Pontos de Cultura no Brasil que estão atuando e disseminando esses conceitos e valores culturais. A meta até 2010 divulgada pelo Ministério da Cultura é de implantação de até 10.000 Pontos de Cultura.
Por meio de uma Gestão Compartilhada, o Governo Federal vem pactuando com os Estados, Municípios e Sociedade a ampliação dessas ações de forma a acelerar o desenvolvimento sócio-cultural das regiões, prioritariamente nos territórios com baixo índice de desenvolvimento humano e alto índice de violência contra jovens.
No Nordeste e Norte do Brasil, os estados do Ceará, Maranhão, Acre e Pará, já estão em fase de divulgação de editais de seleção de novos Pontos de Cultura.

2- Melhoria de Mecanismos Legais de Apoio a Cultura

Readequação da Lei Nacional de Incentivo a Cultura – Lei Rouanet., discutida em Fóruns realizados por todo o Brasil;
Fomento a criação e fortalecimento de conselhos estaduais e municipais de cultura
Fomento a criação de Secretarias Municipais de Cultura
Fomento a criação de Fundos Estaduais e Municipais de Cultura
Implantação de Políticas de Editais Culturais
Criação e consolidação de Fóruns de Culturas Populares

Na esfera estadual, o governo lança,

1- Programa Cultura Para Todos e Programa Cultura Sustentável que focam na democratização do acesso aos recursos estaduais por meio da implantação de uma política de editais considerando as manifestações artísticas e as diferenças regionais, valorizando as peculiaridades e a diversidade cultural de cada município, na formação em arte e ofícios e no aprimoramento do artista no uso de diversas linguagens.

2- Acordo de cooperação com o Programa Mais Cultura e Cultura Viva do Governo Federal, iniciando com a criação de 60 novos Pontos de Cultura no Estado do Pará e com previsão de expansão para diversas ações de apoio aos municípios e sociedade civil organizada. Edital lançado em 09 de outubro de 2008, com inscrições abertas.

3- Criação de Fóruns, Conferências Intermunicipais e Estadual de Cultura realizadas em 12 municípios que demandaram propostas de ações e embasaram a criação de um Plano Estadual de Cultura e de Programas e Projetos de governo.

4- Melhoria de mecanismos de incentivo a Cultura, tendo desencadeado um processo de discussão e reflexão (em andamento) sobre a Lei Estadual de Incentivo a Cultura, a atual composição do Conselho Estadual de Cultura, que não atende a representatividades dos municípios, a implementação do Fundo Estadual de Cultura.

Enquanto isso, o que podemos fazer para engajar o município de Marabá neste processo de construção de um novo olhar sobre a CULTURA?...Digo: um olhar adiante!!!

Acompanhamos um processo inverso ao cenário anteriormente descrito... o futuro Gestor anuncia o fim da Secretaria de Cultura, contrariando toda a lógica do desenvolvimento. Torná-la um “departamento” significa romper com um processo desencadeado e fortalecido pelos movimentos sociais que ao longo de anos vem sendo desenvolvido pelas associações de músicos, poetas, artistas plásticos, artesãos, galerias de artes, Galpão de Artes de Marabá, Casa da Cultura, Grupos de dança, grupos juninos, Boi Bumbá, associações de bairros, grupos de capoeira, movimento estudantis e manifestações populares que correm o risco de desaparecimento pela ausência de incentivo, e outros.

Aliás, até hoje os artistas e sociedade clamam pelo retorno do Festival da Canção em Marabá - FECAM, que impulsionou o surgimento de diversos outros movimentos, como pró – FECAM, Cultura Marabá Hoje, Coral da Cidade, Amapá Cultural, Feiras de artesanatos, dentre outros.

A Realidade atual de Marabá

1. Inatividade da lei de incentivo a cultura criada em 1993;
2. Inoperância do Conselho Municipal de Cultura
3. Inexistência do Fundo de Cultura;
4. Inexistência de um Plano Municipal de Cultura
5. Baixo valor orçamentário direcionado a Cultura – a discussão da temática em nível nacional sugere o mínimo de 1% nos municípios;
6. Baixo poder de execução orçamentária da Secretaria de Cultura.

Diante do contexto, propomos uma reflexão e análise da equipe do futuro gestor, no exercício de uma gestão compartilhada, discutindo com os movimentos culturais e sociedade, o novo rumo da política pública de cultura em nosso município, de forma a integrá-la na construção de um novo olhar sobre a cultura.
“O protagonismo dos movimentos sociais aparece na medida em que suas organizações são entendidas como sujeitos de suas práticas, que intervêm nas políticas de desenvolvimento social, nos hábitos da sociedade e na elaboração de políticas públicas’.

* Deize Botelho – Assistente Social e produtora cultural, ativista cultura há mais de 20 anos no município de Marabá e região. Atualmente Assessora da Câmara da Política Setorial de Desenvolvimento Sociocultural – Secretaria de Estado de Governo do Pará (SEGOV), membro da Comissão Paraense de Pontos de Culturas, Colaboradora do Galpão de Artes de Marabá –GAM e gestora da empresa Tallentus Amazônia.

Num momento em que o governo estadual e federal reforçam a cultura com políticas regionalizantes, inclusive com a publicação de edital para ampliação dos chamados "Pontos de Cultura", o novo governo marabaense, no mínimo, equivocou-se na decisão, se é que ela seja levada a cabo.

Governador de Rondônia tem mandato cassado

O TRE-RO (Tribunal Regional Eleitoral de Rondônia) acatou o pedido de cassação do mandato do governador Ivo Cassol (sem partido), sob a suspeita de compra de votos na campanha de 2006, quando ele foi reeleito pelo PPS. Por meio de sua assessoria, Cassol afirmou que está tranqüilo por ser inocente e disse que irá recorrer ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Segundo os jornais Folha de S. Paulo e Correio Braziliense, a relatora do processo, a desembargadora Ivanira Feitosa Borges, também ordenou a realização de nova eleição para governador para o dia 14 de dezembro.
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Nova proposta de reforma tributária aguarda votação

Relatório foi apresentado ontem

Redução gradual da contribuição previdenciária dos empregadores de 20% para 14%; criação de uma “trava” contra o aumento da carga tributária, e reconhecimento de incentivos fiscais concedidos a alguns setores até 5 de julho de 2008. Essas são algumas das alterações feitas pelo deputado Sandro Mabel (PR-GO), relator da proposta de reforma tributária, ao texto enviado pelo Executivo.

Confira a íntegra do relatório de Mabel

O substitutivo, que começará a ser discutido hoje (5) na comissão especial que trata do assunto, divide parlamentares da oposição e da base governista (leia mais). A proposta prevê, entre outras mudanças, a unificação das 27 legislações do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), a extinção de quatro tributos (Cofins, PIS, Salário Educação e CSLL) para a criação do Imposto sobre Valor Adicionado Federal (IVA-F) e a instituição do Fundo de Desenvolvimento Regional.

Mais aqui.


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Crise do setor leiteiro na pauta dos deputados

A Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural decidiu marcar uma reunião com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, a fim de buscar uma solução para a forte queda que os preços ao produtor do leite vem sofrendo nos últimos meses. A sugestão partiu do deputado Adão Pretto (PT-RS), e recebeu apoio unânime dos integrantes da comissão que participaram, ontem, de uma audiência pública destinada a discutir o problema.

“É preciso uma solução imediata, porque milhares de agricultores familiares, quem têm no leite sua principal fonte de renda, encontram-se ameaçados”, advertiu Adão Pretto. Ele propõe que a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), ligada ao Ministério da Agricultura, compre parte do leite excedente no mercado, e o coloque na merenda escolar e na cesta básica. Adão Pretto argumenta que a Conab pode muito bem fazer isso, porque, além de arroz, feijão e outros produtos básicos, já está adquirindo produtos como vinho e mel de abelhas.

O deputado Leonardo Vilela (PSDB-GO) apoiou a proposta, acrescentando que também quer discutir com o ministro Mantega a redução dos impostos sobre os insumos da produção de leite. Por sua vez, o deputado Moacir Micheletto (PMDB-PR) informou que a Frente Parlamentar da Agricultura teria um jantar ontem à noite com o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, e o problema do leite estaria incluído na pauta. A audiência foi presidida pelo deputado Luiz Carlos Setim (DEM-PR).

Estoque elevado - O coordenador de Pecuária e Culturas Permanentes do Ministério da Agricultura, João Antônio Fagundes Salomão informou que o estoque excedente atinge 1,4 bilhão de litros - um valor muito elevado. Esse é um fator relevante para a baixa dos preços do produto. Segundo Salomão, o ministério trabalha com dois tipos de solução: montar um sistema, com apoio
financeiro do governo, que permita escoar parte do excedente para ser vendido em regiões mais carentes; e reforçar o apoio à estocagem, aumentando de R$ 10 milhões para R$ 15 milhões o limite, por empresa, dos Empréstimos do Governo Federal (EGFs) destinados a financiar o carregamento do estoque.

O diretor de Geração de Renda da Secretaria de Agricultura Familiar do Ministério do Desenvolvimento Agrário, Arnoldo Campos, destacou que o leite representa 60% da renda da agricultura familiar e informou que o ministério procura proteger esse setor social por meio de uma política de garantia de preços. O governo fixa o preço de referência do leite, e, quando o preço do produto cai abaixo desse valor fixado, o governo banca a diferença para o agricultor familiar.

Câmara votará cinco projetos hoje

Reunidos ontem à noite, os líderes decidiram incluir na pauta de votações de hoje cinco projetos - apenas um já estava pautado, o Projeto de Lei 3775/08, do Executivo, que formula um novo modelo de educação profissional e tecnológica ao criar a Rede Federal de Educação profissional, Científica e Tecnológica. De acordo com a proposta, que foi aprovada ontem pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) serão criados 38 institutos nos 26 estados e no Distrito Federal, formados a partir da reorganização dos centros federais de educação tecnológica (Cefets), das escolas técnicas federais, das escolas agrotécnicas federais e das escolas técnicas vinculadas às universidades federais.

Também ficou decidido que entrará na pauta a PEC da Juventude (138/03), do deputado Sandes Júnior (PP-GO), já aprovada em primeiro turno em agosto.

O texto assegura ao jovem entre 15 e 29 anos prioridade em direitos como saúde, alimentação, educação, lazer, profissionalização e cultura. Trata-se de direitos constitucionais já garantidos a
crianças, adolescentes e idosos.

Outros projetos incluídos são: o PL 717/03, de Antonio Carlos Mendes Thame (PSDB-SP), que sujeita produtos importados às mesmas regras de segurança e qualidade a que estão sujeitos
os produtos nacionais; o Projeto de Lei do deputado Elismar Prado (PTMG), que estende a merenda escolar para o ensino médio (PL 1659/07); e o de combate à pedofilia (PL 1167/07, do
Senado).

Segundo o líder do governo na Câmara, deputado Henrique Fontana (PT-RS), o objetivo é criar um ambiente para votar a MP 443/08 na próxima terça-feira - pacote de ajuda aos bancos. Fontana e o líder do DEM, Antonio Carlos Magalhães Neto (DEM-BA), confirmaram que o ministro da Educação, Fernando Haddad, vai conversar com os líderes sobre o projeto que cria cargos para as universidades federais (PL 1746/07), cuja urgência foi retirada pelo governo para permitir a votação da primeira MP anticrise (442/08), que fortalece o Banco Central.

Minha homenagem a Barack Obama

Publico em forma de homenagem ao recém-eleito primeiro presidente negro da história americana, o teor da carta "O Berro". Não apenas um problema Americano, mas um problema mundial. Discurso proferido por Malcom X, em 1965, no Corn Hill Methodist Church.

Uma situação enfrentada com o "beiço"

PA: Ministério Público pede o fim de "lixão" ao lado de aeroporto

BELÉM - O Ministério Público Federal pediu para a Justiça interditar definitivamente o aterro sanitário de Marabá, no Pará. O procurador da República Marcelo José Ferreira alega que os urubus representam um risco de acidente, já que o lixão fica a 5 km do aeroporto.

Segundo uma resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) 004/95, a distância mínima deveria ser de 20 km, contando a partir do centro geométrico do aeroporto, quando operam com regras de vôo por instrumento. Entre janeiro de 2003 e maio de 2008, as aves causaram 15 situações reais de colisões com as aeronaves.

Esse é o segundo pedido de desativação do aterro sanitário. O primeiro foi deferido pela Justiça Federal em Marabá, em 25 de setembro de 2007. O prazo para a interdição total era de um ano a partir da intimação, com multa de R$ 100 mil no caso de descumprimento.

Além da interdição, o procurador também pediu uma multa de R$ 100 mil para o município, por violar a decisão judicial, e de R$ 10 mil diários ao prefeito caso venha a desobedecer novamente a sentença.

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