Se ele for besta...imagina os outros!?

PF aponta lobby para negócio milionário

Ugo Braga
Correio Braziliense
14/6/2007

Ao concluir inquérito, delegado afirma que envelopes apreendidos na casa de Vavá provam tráfico de influência

Campo Grande — Ao cumprir mandado de busca e apreensão na casa do ex-metalúrgico Genival Inácio da Silva, o Vavá, irmão mais velho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a Polícia Federal colheu o que julga ser provas documentais dos crimes oriundos do lobby que ele vinha tentando emplacar em Brasília. Tratam-se de dois envelopes, um branco e outro pardo, envolvendo pleitos milionários de uma empresa e do representante de um grupo de pessoas, interessados, respectivamente, em obter vantagens junto à Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) e favores do senador Aloizio Mercadante (PT-SP) e do próprio Lula. A PF realizou a busca no último dia 4 e vinha mantendo o auto de apreensão guardado a sete chaves. O delegado responsável, Alexandre Custódio, fechou ontem o relatório final do inquérito gerado a partir da Operação Xeque-Mate e o mandou à Justiça Federal. O Correio teve acesso à parte do texto que se refere a Vavá, já indiciado por tráfico de influência e exploração de prestígio. O primeiro envelope, “branco tipo carta”, na descrição da PF, tem num dos versos as palavras “Sen. Aloizio Mercadante”. Dentro, há uma folha de papel sulfite em que a Distribuidora Rezende S/A Comércio e Indústria explica ser credora da CSN em aproximadamente R$ 13,7 milhões. No último parágrafo, a finalidade da carta mandada a Vavá: “A Rezende pretende um acesso à CSN para propor um acordo para pagamento da dívida, ainda que seja de forma parcelada, mas para tanto depende de alguém que viabilize este acesso para abrir negociação”.

Comentários

Ricardo Rayol disse…
Uma coisa que eu digo, nada a ver o vavá ser uma toupeira para tratar com ministros. O irmão também é e manda num monte deles.

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