Nem Pará, nem Maranhão. Vale anuncia siderúrgica no Ceará

Nem Pará, muito menos o Maranhão. Quem se deu bem foi o Ceará.

Enquanto os investimentos da CVRD para a construção de um siderúrgica para produção de placas de aço estão congelados no Maranhão. O projeto seria em associação com os chineses da Bao Steel. O Ceará sai na frente e a Vale anuncia, em associação com os coreanos, investimentos de US$ 2 bi na primeira fase do projeto.






Presidente da Vale anuncia construção de siderúrgica

Brasília. Depois de uma audiência com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto, ontem, o presidente da Companhia Vale do Rio Doce (CVRD), Roger Agnelli, disse que espera para o dia 20 de novembro o anúncio da construção da usina siderúrgica no Ceará, em parceria com a coreana Dongkuk. O projeto será executado sem o uso do gás, mas de carvão.

Segundo Agnelli, trata-se de um investimento superior a US$ 1 bilhão. A previsão é de que a usina fique pronta em até três anos e meio e produza 2,5 milhões de toneladas de aço, podendo atingir 5 milhões.

- O presidente havia me pedido para acelerar o entendimento com os coreanos no sentido de viabilizar definitivamente a usina no Ceará - disse o presidente da mineradora.

Roger Agnelli rebateu a declaração do presidente Lula de que a Vale do Rio Doce estaria dando prioridade a investimentos fora do Brasil. Segundo ele, dos US$ 11 bilhões em investimentos da Vale previstos para 2008, 80% serão executados no país.

- Pelo menos para mim ele nunca se queixou, não. Ele tem acompanhado todos os projetos da Vale, toda a execução dos investimentos - informou Agnelli. - Os grandes projetos estão aqui no Brasil, por isso que a gente está investindo tudo aqui.

Segundo o presidente da Vale, o único grande projeto da companhia fora do Brasil é o de níquel, na Nova Caledônia (Oceania): "Mas igual a este temos no Pará".

Roger Agnelli ressaltou que o Brasil deve acelerar as licitações para produção de energia. Criticou a demora nas concessões de licenças ambientais. Segundo ele, "prioridade é não faltar energia", base de qualquer crescimento.

Para o presidente da Vale, este é um desafio de todos os países em crescimento.

- Tem uma questão ambiental grave, mas, com o país crescendo, mais gente vai comprar refrigerador, mais gente vai andar de elevador. E, na hora que não tiver energia, quero ver quem vai dar conta disso.

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