Governo gasta muito e mal

NÍVEIS (O Estado de S. Paulo)

Toda vez que foram deslocados de seus postos os funcionários o fizeram com autorização de seus chefes imediatos. As diárias não fazem parte do contracheque do servidor e o valor depende de seu escalão. Elas são pagas de acordo com tabela do Ministério do Planejamento, regulamentada por decreto. Quanto mais bem posicionado na máquina for o servidor, melhor será seu pagamento. A menor diária está na casa de R$ 57, paga a um auxiliar em viagem pelo interior, e o valor máximo chega a R$ 187,83, geralmente, para diretores do Banco Central ou os chamados DAS6, que são as funções ocupadas por secretários-executivos, em viagens pelo Brasil.

Dentro do território nacional, os ministros de Estado não recebem diárias. Eles só são beneficiados com esse tipo de ajuda quando se encontram em missão oficial no exterior. Entre os ministros listados pelo Portal da Transparência, Marta Suplicy, do Turismo, lidera a lista dos que mais receberam diárias. A pasta reduziu em 19 % o pagamento das diárias, mas Marta continuou a líder entre os ministros, com R$ 34 mil.

Mas suas viagens, todas internacionais, teriam sido realizadas para promover o Brasil no exterior, fomentar o intercâmbio com os países visitados e atrair novos investimentos por meio de memorandos de entendimento, acordos e outras formas de cooperação. As ações estão previstas no Plano Aquarela de Marketing Internacional, desenvolvido por meio da Embratur - cuja presidente registrou gastos com diárias muito superiores aos da ministra. No ano passado, Jeanine Pires recebeu R$ 72, 5 mil em diárias e, em quatro anos, acumulou R$ 328 mil. Ela supera até o assessor especial da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia, que em viagens e missões internacionais recebeu, no ano passado, R$ 27,2 mil.

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